A Magia Alegre E Comunicativa De Tony
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REVISTAREVISTA DODO MUNDOMUNDO MÁGICOMÁGICO ANO3 - Nº10 - SETEMBRO/2003 www.revistamagi.com.br A magia alegre e comunicativa de Tony Qu EL TM EEE bb (6) uu idS-VANIIHdUNS 9 SA04dUIOD *9SS9DY Es 4 ’“oyujou epule eioby o) oO | -— € iad oO o) ALIS OAON = WEN EDITOR vários eventos ainda estão por vir, antes do término do corrente ano. Podemos citar, por ordem cronológica, o 2º CONFRAMAGIC em Pouso Alegre-MG, nos dias 18 e 19 de outubro; a conferência em Canoas-RS, no dia 20 de outubro; o CONADEMA 2003 em Rio Claro-SP, nos dias 31 de outubro, 01 e 02 de novembro; o II Festival SP Magic Show, em São Paulo-SP, Willians e Tony a ser realizado durante o mês de novembr: além do tradicional Mercado Mágico em São países. Paulo, entre outros. Isto demonstra que o Nesta edição trazemos como interesse pela Arte Mágica vem crescendo a destaque o mágico gaúcho TONY (Paulo cada dia. Procure, caro leitor, participar dos Roberto Martins) conhecido eventos, estar em contato direto com outros carinhosamente por Tio Tony, que é um mágicos, a fim de favorecer a troca de dos grandes batalhadores em prol da Arte informações e o aprendizado. Veja nas Mágica nos dias atuais, sendo suas ações páginas de nossa revista os detalhes de repercutidas em vários países. cada evento. Tenham todos uma boa leitura e até Quero noticiar também, a criação do a próxima edição! = site do Ring São Paulo. Agora você pode acessar www.ibmsp.com.br e se inteirar das últimas novidades do grupo. Navegue e Willians S. Lopes confira porque o Ring São Paulo (IBM 351), magi.will@ uol.com.br com pouco tempo de vida, já é considerado um dos melhores grupos de mágicos do Brasil. A Revista MAGI tem recebido muitas críticas positivas, inclusive reconhecimento internacional. Acabamos de abrir um canal direto entre Brasil e Portugal, com o Clube Mágico Português, onde poderemos publicar notícias do Brasil na Revista “O Mágico”, daquela entidade, e vice-versa, Ring Sao Paulo facilitando a comunicação entre os dois Presidente + Pede-se permuta * We ask for exchange * on demande 'echange + Man bi he um austausch MAG] «<== + si rechiede lo scambio Tiragem: 1000 exemplares A Revista MAGI é um órgão de comunicação Impressão: Ferreira e Bresciani trimestral da classe mágica, MAGI Caixa Postal 192 - 16400-970 - Lins - SP - Brasil Diretor: Wilians S. Lopes www. revistamagi. com.br Jornalista Responsável: Sergio Fiore 'Ouol.com.br Diagramação, Editoração: Gino Ishizaka Fotos: Paulo Ferreira Os artigos e manifestações assinados correspondem, Ilustração: Adilson Kich exclusivamente, às opiniões dos respectivos autores. O Mágico e seu Diretor Por Eduardo Peres Hoje vamos falar sobre a questão da me daria mais direção em shows de mágica. O mágico é um confiança, me artista cênico. Seu repertório, seu figurino, seu faria acreditar texto: detalhes que podem depender do próprio ainda mais no artista. Um detalhe apenas foge a essa regra, a que eu já tinha essa auto-suficiência — a direção. como interes- A auto-direção de mágicosé uma prática sante em minha muito comum — é a opção mais natural parao artista concepção. O iniciante— mas devemos ter a consciência de que resultado final foi isso é um erro. Muito felizmente hoje em dia, há muito positivo. exceções. Hoje no Brasil, entre alguns artistas E também profissionais (e hobbistas que levam a arte a sério) dirigiu outros temos casos muito bem sucedidos de mágicos que dois shows que estiveram naquele congresso, tiveram seus números dirigidos por uma visão de que seriam muito menos do que são se não fora, por olhares clínicos, por observadores bem tivessem passado por seu crivo. Ele, em seus intencionados. Estes números, em sua grande muitos anos de atuação “nos bastidores”, também maioria, têm absoluto sucesso de crítica e público. tem pra nos servir como exemplo um outro caso Compreensível: números dirigidos são muito mais de grande sucesso: Vik & Fabrini. bem pensados, têm o timing muito mais apurado, Quando estive em temporada na deixam um espaço menor para improvisos (e, se Alemanha, em janeiro de 2002, tive o privilégio de contrário, por uma razão absolutamente ser dirigido por um diretor absolutamente genial. intencional), estão muitíssimo menos sujeitos a Seu nome eu nunca conseguiria grafar: eu o imprevistos, têm os movimentos de misdirection chamava (como me ensinaram) de “fberhah”. Um muito mais bem definidos, são mais redondos, são nome realmente impossível (acho uma lástima não melhores. poder citá-lo com correção), mas expresso aqui O artista que não tem direção, por opção meu imenso respeito por esse homem. Ele era de ou por falta de recursos ou oportunidade, não uma sensibilidade cênica rara, uma pessoa de consegue ter uma visão externa e sincronizada palavras poucas mas certeiras. Conseguiu mudar com o tempo atual em suas atuações. Não é passes em meu show mesmo com a música feita possível, dentro da perspectiva do palco e em rigorosamente à medida. Mudou pra muito melhor, plena atuação, perceber detalhes que por mínimos teve idéias que eu nunca teria. Se ele já foi diretor que pareçam à sensibilidade do artista em cena, de alguém antes? Topas, Jungue Jungue, soam grotescos à percepção do público. Uma Roxanne, Franklin e alguns outros . Destes visão externa imparcial - sabemos— é a solução. citados aqui, um grand prix, dois primeiros prêmios, Aí entra o trabalho precioso do diretor, mesmo que um segundo (que vale como primeiro porque esse esse trabalho seja simplesmente dizer “está pronto, ficou vago) e um terceiro em congressos FISM. está lindo”. Desta maneira, fica evidente a importância (e Tive o privilégio de poder estar dos dois sobretudo nesse caso a competência) do diretor. lados, atuando como artista sendo dirigido, e como Como diretor, tive a deliciosa experiência sendo diretor. Como artista, sempre fiz questão de de trabalhar com um outro grande amigo, Moisés ser dirigido. Em certa ocasião, fui submetido à Lima. Moisés é um mágico de extrema qualidade direção do meu querido amigo Enio, doutorem Arte técnica, grande inteligência no emaranhar de Mágica. Na oportunidade, atuávamos juntos como rotinas e muito experiente como artista cênico. artista e empresário, e o show em questão era Mesmo assim, ele, que tem consciência de suas meu ato de manipulação, recém composto na qualidades, ainda julgou necessário o trabalho de época, que iria concorrer a prêmio no congresso um diretor. Perfeito. Depois de recebero convite, FISM. Apesar de eu ter trabalhado sozinho resolvi me empenhar em ser o melhor diretor que escrevendo o show, selecionando o repertório, o eu conseguisse, estava disposto a não medir figurino e fazendo a música, (Enio colaborou muito esforços. Começamos a trabalhar intensamente, na produção, cenografiae efeitos especiais), achei passávamos períodos de cinco, seis dias absolutamente necessária uma direção dele, aquilo ininterruptos, dormíamos pouco e nos alimentávamos uma vez por dia. Meus shows presente na final, mas se classificou como vice- atrapalhavam um pouco a rotina. Ensaiávamos os campeão por ter ultrapassado o tempo de números separadamente, depois decidíamos como apresentação em cena. Em suma, concluímos seria a transição de um número para o outro, e depois que o fato dos shows terem sido submetidos depois fazíamos um ensaio geral corrido, sem à direção foi fundamental para o grande sucesso interrupções mas com grandes considerações, das apresentações, foi um detalhe crucial para discussões e reflexões no final. Depois de chegar estabilizar a segurança do Moisés em cena. a certas conclusões, refazíamos o ensaio. No Brasil felizmente temos outros Chamávamos leigos (leia no singular, a única grandes exemplos de shows extremamente espectadora era minha mãe). Para relaxar, conceituados, que foram dirigidos. Paul & Jack rarefazíamos nossas cabeças. Voltávamos depois são um exemplo exuberante de profissionalismo e ao trabalho. perfeição na direção. Átila e Rosi são um outro Pensávamos em detalhes dos mais grande exemplo. Outros ainda poderiam ser insignificantes, mas que fizeram toda a diferença citados. no final, nos três shows diferentes que tivemos Em suma, conclui-se que o trabalho do que criar (fase eliminatória, semi-final e final do diretor (muitas vezes acusado de ser campeonato organizado pelo The Oriental Magic desnecessário, perda de tempo, capricho, etc) é Show, no Valle Sporis Bar no primeiro semestre absolutamente útil para o artista mágico em cena deste ano de 2003.). O resultado é analisado hoje ou mesmo em close-up. Muito bom saber que a por nós como um grande sucesso: Moisés foi o tendência atual é que se aumente o número de mágico mais bem pontuado pelos jurados, teve a artistas que investem neste detalhe tão preferência deles de acordo com a argumentação fundamental, muito mais que fundamental, muito pessoal pública de cada um perante o público mais que simplesmente útil: algo necessário. macio Fernando, Ayala, Fabrini, Mirko e Vik Issao Imamura, Fiore, Rosi e Átila a Hugo Moraes, Tháryck, Anderson e Willians Três grandes amigos mágicos, da esquerda para em Curitiba - PR a direita: Enio Finochi, Bob Ricardo e Alex 5 Resultado do FISM O melhor competidor holandês foi o Mágica Mental Principe das Ilusões (Marcel e - Aaron - Bélgica Kalisvaart), o melhor em Ilusões - Chris Joker - Alemanha de Palco, Micromagia Os ganhadores da FISM 2003 1º - Jason Latimer - EUA 2 - Nicholas Einhorn - Reino Unido Manipulação - Norbert Ferré - França 2° - Shawn Farquhar - Canada - Eun-Gyeol Lee - República da - Ferenc Galambos - Hungria ies Coréia Cartomagia reea 3° - Kenji Minemura - Japão 18- Mago Migue - Espanha qa - Gregory Wilson - EUA Geral 2º- Inaki - Argentina - Pat Perry e Archibald - Suiça 3º - Etienne - Reino Unido 2º - Simon Pierro - Alemanha - Danny Cole - EUA Prêmio de Invenção 3º - Mirko - Argentina - Jason Latimer - EUA O campeão mundial de Mágica de - Jan Ditgen - Alemanha Palco é Norbert Ferré, da França. Ilusões de Palco - Arsêne Lupin - Polônia - Prince of Illusions - Holanda O campeão mundial de Mágica de 3º - Doctor MarraX - Alemanha Prêmio de Apresentação Cômica Proximidade (“close-up”) é Jason - The Great Nardini - Escócia Latimer, dos EUA.