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ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL. DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO

TAXONOMIC STUDY ON OF TROPICAL BOTANIC GARDEN. DIALYPETALOUS DICOTYLEDONES OF INFERIOR OVARY

MARIA CÂNDIDA LIBERATO

RESUMO dos autores. As famílias, géneros e espécies apresentam-se em sequência alfabética. No Jardim Botânico Tropical (JBT), antigo Para cada espécie e táxones inferiores, Jardim-Museu Agrícola Tropical, encontra-se apresenta-se uma descrição botânica, a feno- preservada uma valiosa colecção de plantas, a logia observada, ocorrência natural, locali- maioria de origem tropical e subtropical. Esta zação no JMAT, nome ou nomes vulgares biodiversidade tem vindo a ser estudada usados em Portugal, alguns dos seus usos e, taxonomicamente pela autora. por vezes, notas consideradas de interesse. No presente trabalho é contemplado o estudo taxonómico de dicotiledóneas dialipé- Palavras-chave: biodiversidade, dialipétalas, talas de ovário ínfero, que se desenvolvem didotiledóneas, Jardim-Botânico-Tropical, naquele Jardim. Lisboa. As ordens pertencentes ao grupo de plantas estudado expõem-se segundo a disposição apresentada por Melchior na 12ª edição de A. ABSTRACT Engler, Syllabus der Pflanzenfamilien, publi- cada em 1964, com algumas adaptações In the “Jardim Botânico Tropical” (JBT), consideradas adequadas e aceites pela maioria former “Jardim-Museu Agrícola Tropical”, a valuable collection of plants, mainly of tropical and subtropical origin, lives and is preserved. The scope of the present work is the (1) Jardim Botânico Tropical, Instituto de taxonomic study of biodiversity dialypetalous Investigação Científica Tropical Largo dos Jerónimos dicotyledones of inferior ovary which grow 1400-209 Lisboa, Portugal in that Garden. [email protected]. The orders of this studied group follow Melchior in A. Engler, Syllabus der Pflanzen- Recepção/Reception: 2006.09.22 Aceitação/Acception: 2007.05.09 familien, ed. 12, published in 1964, with some ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 241 considered adequate adaptations. The families, O grupo de espécies mencionado são genera and species are presented in alphabetic plantas vasculares cujo embrião tem dois sequence. cotilédones, apresentam flores com pétalas The botanical description, phenologie, livres e ovário aderente ao receptáculo ou ao natural origin, JMAT location, common tubo do cálice, inserindo-se as restantes peças Portuguese names, some uses and some of florais acima dele. interest notes are presented to each species and Este conjunto de plantas não se integra taxa below the species. num grupo taxonómico, não contemplando, nalguns casos, todos os géneros de uma Key-words: biodiversity, dialypetalous, família, como, por exemplo, nas Rosáceas. dicotyledones, Botanic-Tropical-Garden, No final do trabalho, encontra-se uma Lisbon. Planta Geral do JBT com a indicação do número de ordem de localização dos talhões. No Catálogo de Plantas do Jardim-Museu INTRODUÇÃO Agrícola Tropical (Liberato, 1994) encontra-se a localização das diversas espécies aqui O Jardim Botânico Tropical (JBT), antigo estudadas em cada um dos talhões. Jardim-Museu Agrícola Tropical, Lisboa, Relativamente às espécies referidas na pertence ao Instituto de Investigação Científica publicação citada, encontram-se algumas alte- Tropical. rações, quer nomenclaturais, quer de identi- Tem uma área de cerca de cinco hectares ficação, devido ao aprofundamento de estudos onde se encontram maioritariamente espécies nessas áreas produzidos em nova bibliografia. de origem tropical e subtropical. Também se regista um enriquecimento da Uma das principais missões dos Jardins colecção então existente, traduzido no au- Botânicos é a conservação da biodiversidade. mento do número de espécies ou táxones A International Agenda for Botanic Gardens infraespecíficos preservados. in Conservation aprovada no Congresso Mundial dos Jardins Botânicos em 2000 (Jackson & Sutherland, 2000), evidencia a MATERIAL E MÉTODOS importância global desta missão, nela inte- grando a preservação das espécies e do ambien- O presente estudo tem como base táxones te e a necessidade de sensibilização da opinião com as características referidas existentes no pública para o valor, respeito pela diversidade JBT. vegetal e para as ameaças de extinção que Tal como nos trabalhos já efectuados algumas espécies enfrentam. A difusão do (Liberato, 2000-2001; 2003), na apresentação conhecimento sobre as espécies, necessidade das espécies e táxones infraspecíficos perten- da sua conservação e educação ambiental é e centes ao grupo de plantas estudado, segue-se será um factor importante na promoção do uso a ordem e respectiva sequência apresentada sustentado dos recursos naturais. por Melchior na 12ª edição de A. Engler, Sylla- No trabalho que se apresenta dá-se conti- bus der Pflanzenfamilien, publicada em 1964, nuidade ao estudo taxonómico das plantas com algumas adaptações consideradas ade- preservadas neste Jardim e tem como objectivo quadas e seguidas pela maioria dos autores. as dicotiledóneas dialipétalas de ovário ínfero As famílias, géneros e espécies apresentam-se que se desenvolvem ao ar livre. alfabeticamente. 242 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Para precisão dos nomes das espécies também a sua ocorrência natural, talhões citam-se, de acordo com o International Code onde se localizam os exemplares existentes, of Botanical Nomenclature adoptado no 17º nome ou nomes vulgares portugueses atri- Congresso Internacional de Botânica, 2005, e buídos (Rocha, 1996) e alguns dos seus editado por McNeill et al. (2006), o nome do usos. Aparecem, por vezes, em nota, algumas autor ou autores que os publicaram valida- referências consideradas de interesse. mente. Estes nomes são mencionados segundo a forma recomendada por Brummitt & Powell (1992). RESULTADOS Tendo em vista também a função didáctica que os Jardins Botânicos têm, apresenta-se, Estudo taxonómico efectuado para cada uma das espécies, uma pequena descrição botânica. ANGIOSPERMAE As identificações efectuadas, assim como a descrição apresentada das espécies, funda- DICOTYLEDONEAE mentam-se no estudo dos caracteres morfo- lógicos externos observados nos espécimes CACTALES existentes no JBT, respectivos exemplares herborizados, através de bibliografia adequada CACTACEAE (Ashton, 1975; Castroviejo & Berthet, 1990; Cullen et al., 1987; Fernandes, 1972; Franco, Cereus jamacaru DC. 1971; Hill & Johnson, 1995; Huxley, Griffiths & Levy, 1992; Judd et al., 2002; Lorenzi & Plantas arborescentes, atingindo 10 m de Matos, 2002; Mabberley, 2000; Missouri altura, suculentas, de caule curtamente lenhoso Botanical Garden W3 Trópicos; Royal Botanic na base. Gardens, Kew; Tutin et al., 1968, 1996; Valdés Caules ramosos, colunares, de cerca de 15 et al., 1987; Vasconcellos, 1969; Verheij et cm de diâmetro, com constrições não muito al., 1991; Walters et al., 1989; Woodland, profundas, distanciadas 30-50 cm entre si, 6- 1997), e, quando necessário, comparação costados, verde-glaucos; costas com cerca de com espécimes herborizados tipificados. 3 cm de profundidade, com aréolas distan- Nas descrições são mencionadas medidas ciadas 2-3 cm entre si, apresentando 7-10 espi- numéricas, referidas geralmente à dimensão nhos castanho-escuros. de órgãos adultos. Quando aquelas são Inflorescências unifloras, sésseis, nas indicadas sem qualificação, dizem respeito ao aréolas superiores. comprimento; se interligadas pelo sinal (x), a Flores nocturnas, bissexuadas, regulares, primeira diz respeito ao comprimento e a com cerca de 26 cm de comprimento e 12 cm segunda à largura; quando se referem duas de diâmetro, de eixo floral bem desenvolvido, medidas interligadas por um traço (-), a tubuloso, apresentando externamente escamas primeira indica a medida menor observada e bracteiformes esverdeadas com o ápice acasta- a segunda a maior (Franco, 1972). nhado; perianto de numerosas peças dispostas Para cada espécie é apresentada a feno- helicoidalmente; sépalas verde-acastanhadas; logia observada nos espécimes do JBT ao pétalas com cerca de 6,5 cm, obovadas, as longo de vários anos, indicando-se os meses externas branco-esverdeadas com o ápice em caracteres romanos; mencionam-se acastanhado e as internas brancas; estames ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 243 numerosos, inclusos, até 13,5 cm, branco- Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose esverdeados; ovário ínfero; estilete 1, com cerca de 15 cm; estigma com cerca de 13 Plantas epifíticas, trepadoras, atingindo 10 ramos. m de altura, suculentas, com caules lenhosos Pseudobaga com cerca de 12 cm, ovóide- na base. oblonga, vermelha. Caules articulados; artículos com cerca de Floração: VII-IX. Frutificação: IX-XI. Ori- 3,8 x 6 cm, trialados, de margem crenada, gem: Nordeste do Brasil. Localização: talhões recortes distanciados cerca de 4 cm entre si, 5 e 10. Nomes vulgares: jamacaru, mandacaru. com aréolas apresentando alguns espinhos de Utilidade: cultivada em Portugal como orna- cerca de 2 mm de comprimento. mental; noutras regiões cultivada como fru- Inflorescências unifloras, sésseis, nas teira, devido ao fruto saboroso ou como ali- aréolas laterais superiores. mento em regiões áridas e também como Flores nocturnas , bissexuadas, regulares, forrageira; usada também medicinalmente. com cerca de 26 cm de comprimento e 14 cm de diâmetro, de eixo floral bem desenvolvido, Cereus uruguayanus Kiesling tubuloso, com escamas bracteiformes externa- ‘Monstruosus’ mente, verdes; perianto de segmentos nume- rosos, dispostos helicoidalmente; sépalas trian- Plantas arborescentes, atingindo 8-10 m de gulares, estreitamente lanceoladas, amarelo- altura, suculentas. esverdeadas; pétalas com cerca de 8,5 cm, Caules muito ramosos, erectos, constritos, obovadas, brancas; estames numerosos, muito irregularmente costados, verde-escuros inclusos, até 17 cm, amarelados; ovário ínfero; lenhosos na base. estilete 1, com cerca de 20 cm; estigma com Inflorescências unifloras, sésseis, nas aréo- numerosos ramos. las superiores. Peudobaga com cerca de 14 cm, ovóide- Flores nocturnas, bissexuadas, regulares, oblonga, vermelha, com escamas longamente com cerca de 26,5 cm de comprimento, de eixo agudas. floral bem desenvolvido, tubuloso, apresen- Floração: VII-X. Frutificação: VIII. Ori- tando externamente escamas bracteiformes, gem: América tropical. Localização: talhão 5. verdes com o ápice castanho-rosado; perianto Utilidade: cultivada em Portugal como orna- de numerosas peças dispostas helicoidalmente; mental, noutras regiões pelo seu fruto comes- sépalas castanho-rosadas; pétalas com 5,5-6 tível e saboroso. Nota: a frutificação só ocorre cm, oblongas, de ápice agudo, as externas esporadicamente. brancas com o ápice rosado e as mais internas totalmente brancas; estames numerosos, Opuntia ficus-indica (L.) Mill. inclusos, com cerca de 8 cm; ovário ínfero, com 4 cm; estilete com cerca de 17,5 cm; estig- Arbustos até 5m de altura, suculentos, ma com cerca de 10 ramos. erectos, de caule lenhoso na base. Pseudobaga com cerca de 8 cm, ovóide- Caules patentes, articulados; artículos oblonga, amarelada na maturação. com 20-60x10-40 cm, obovados ou oblongo- Floração: VIII. Frutificação: VIII. Origem: obovados comprimidos, verdes ou glaucos, hortícola. Localização: talhões 5 e 10. Utili- por fim acinzentados, apresentando aréolas dade: ornamental. pequenas, com numerosos gloquídeos curtos e amarelos, sem espinhos ou apenas 1 ou 2 244 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS até 15 mm, filiformes, direitos e esbranqui- desenvolvido, não tubuloso, apresentando ex- çados. ternamente escamas bracteiformes; perianto de Folhas com 2-4 mm, assoveladas, precoce- numerosas peças dispostas helicoidalmente; mente caducas sépalas rosado-esverdeadas; pétalas com cerca Inflorescências unifloras, sésseis, nas de 4 cm, alaranjado-avermelhadas; estames aréolas terminais e laterais superiores. numerosos, inclusos, com cerca de 1,8 cm, de Flores diurnas, bissexuadas, regulares, filetes alaranjados; ovário ínfero, 1-locular, com cerca de 5-6 cm de diâmetro, com eixo multiovulado; estilete 1; estigma 8-ramoso. floral bem desenvolvido, não tubuloso, apre- Pseudobaga com 4-5 cm, piriforme, umbi- sentando externamente escamas bracteifor- licada no ápice, avermelhada, com algumas mes, verdes; perianto de numerosas peças dis- aréolas e gloquídeos acastanhados. postas helicoidalmente; sépalas verde-ama- Floração: VI. Frutificação: X. Origem: Mé- reladas; pétalas com cerca de 3 cm, amarelo- xico. Localização: talhão 5. Utilidade: vivo; estames numerosos inclusos com filetes ornamental. de cerca de 14 cm, amarelo-pálidos; ovário ínfero, 1-locular, multiovulado; estilete1; Opuntia littoralis (Engelm.) Cockerell estigma 3-ramoso. Pseudobaga com 5-9x4-9cm, obovóide- Arbusto com cerca de 5 m de altura, sucu- oblonga, verde-purpúreo ou verde-amarelado, lento, erecto, com caule um pouco lenhoso na com muitas aréolas e gloquídeos amarelos. base. Floração: V-VI. Frutificação: X-II. Ori- Caules articulados; artículos até 22x9 cm, gem: México. Localização: talhão 1. Nome obovados a elípticos, comprimidos, verde- vulgar: figueira-da-índia, figueira-da-berbéria. -glaucos, com aréolas pequenas, circulares, Utilidade: usada como fruteira, sebes vivas e com gloquídeos amarelados a acastanhados e medicinalmente. 1-9 espinhos até 4 cm, acinzentados a acasta- nhados tornando-se castanhos nos artículos Opuntia lindheimeri Engelm. mais velhos. Folhas com cerca de 3 mm, assoveladas, Arbusto com cerca de 5 m de altura, sucu- precocemente caducas. lento, erecto, com caule lenhoso na base em Inflorescências unifloras, sésseis nas aréolas cerca de 1 m. terminais e laterais superiores. Caules patentes, articulados; artículos até Flores diurnas, bissexuadas, regulares, 40x27 cm, obovados, comprimidos, verde- com cerca de 7 cm de diâmetro, com eixo floral acinzentados, com aréolas pequenas, circu- bem desenvolvido, não tubuloso, com escamas lares, com numerosos gloquídeos acasta- bracteiformes externamente; perianto de nhados e 1-7 espinhos até 3,5 cm, esbranqui- numerosas peças dispostas helicoidalmente; çados, tornando-se castanhos nos artículos sépalas verde-amareladas; pétalas com cerca mais velhos. de 4 cm, amarelas; estames numerosos, inclu- Folhas com 2-3 mm, assoveladas, precoce- sos, com cerca de 1,8 cm, de filetes amare- mente caducas. lados; ovário ínfero, 1-locular, multiovulado; Inflorescências unifloras, sésseis nas aréo- estilete 1; estigma ramoso. las terminais e laterais superiores. Pseudobaga com cerca de 4 cm, obovóide, Flores diurnas, bissexuadas, regulares, com umbilicada no ápice, avermelhada, inerme. cerca de 8 cm de diâmetro e eixo floral bem Floração: VI. Frutificação: X. Origem: ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 245

México. Localização: talhão 5. Utilidade: Caules pequenos, patentes, articulados, ornamental; frutos e folhas comestíveis. lenhosos na base; artículos com 30-40x8-14 cm, oblongo-obovados, muito estreitos na Opuntia monacantha (Willd.) Haw. base, comprimidos, verde-escuros, com aréo- las pequenas elípticas, com numerosos glo- Arbustos até 2,5 m de altura, suculentos, quídeos acastanhados, inermes ou com 1-3 erectos. espinhos até 6 cm, filiformes, direitos e esbran- Caules patentes, articulados, lenhosos quiçados. na base; artículos até 30x12,5 cm, obovados, Folhas com 2-4 mm, assoveladas, precoce- muito estreitos na base, muito compridos, mente caducas. verde-escuros, com aréolas distanciadas cerca Inflorescências unifloras, sésseis, nas aréo- de 4cm, pequenas com numerosos gloquídeos las terminais e laterais superiores. acinzentados e 1-2 espinhos de comprimento Flores diurnas, bissexuadas, regulares, diferente, até 4 cm, castanhos na base e ápice, com 7-8 cm de diâmetro, com eixo floral bem esverdeados no meio, mais numerosos nos desenvolvido, com escamas bracteiformes; pe- artículos mais velhos e no tronco. rianto de numerosas peças dispostas helicoi- Folhas com 2-3 mm, assoveladas, precoce- dalmente; sépalas castanho-esverdeadas e com mente caducas. alguns gloquídeos na base; pétalas até 5cm, Inflorescências unifloras, sésseis, numero- cor-de-laranja; estames numerosos, inclusos, sas nas aréolas terminais e laterais superiores. com cerca de 2,5 cm, de filetes rosado-alaran- Flores diurnas, bissexuadas, regulares, jados; ovário ínfero, 1-locular, multiovulado; com cerca de 7 cm de diâmetro, com eixo floral estilete1; estigma com 8 ramos. bem desenvolvido, não tubuloso, com escamas Pseudobaga com cerca de 7 cm; obovóide- bracteiformes; perianto de numerosas peças oblonga, purpúrea. dispostas helicoidalmente; sépalas avermelha- Floração: VI. Frutificação: XI-II. Origem: das; pétalas com cerca de 3 cm, as externas Paraguai. Localização: talhão 2. Utilidade: amarelas manchadas de vermelho e as internas ornamental. amarelo-vivo; estames numerosos, inclusos, de fíletes com cerca de 1,5 mm, amarelo-esver- Rhipsalis baccifera (J.S. Muell.) Stearn deados; ovário ínfero, 1-locular, multiovulado; estilete 1; estigma com 5-8 ramos. Planta epifítica sobre muro, suculenta, pen- Pseudobaga até 9x5 cm, umbilicada no dente, muito ramosa. ápice, verde-amarelada, a verde-avermelhada, Caules longos, delgados, tornando-se com aréolas e gloquídeos acastanhados, muito cedo pendentes, segmentados, cilín- tornando-se acinzentados. dricos, com 4-6 mm de diâmetro, sem espi- Floração: V-VII. Frutificação: X-XII. Ori- nhos; ramos jovens apresentando aréolas gem: SE do Brasil até à Argentina. Locali- pequenas, com 1 a 2 gloquídeos de 1 mm, zação: talhões 1, 5 e 10. Utilidade: usada em caducos. sebes vivas e como ornamental. Folhas ausentes ou minúsculas, cedo caducas. Opuntia paraguayensis K. Schum. Inflorescências unifloras, numerosas, nas aréolas laterais, sésseis. Arbusto com cerca de 4m de altura, sucu- Flores bissexuadas, regulares, até 10 mm lento, erecto. de diâmetro; perianto de vários segmentos 246 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS desiguais, os externos sepalóides, triangu- usada como ornamental e, como aceita bem lares, esverdeados; segmentos internos a poda, em sebes vivas. petalóides, com cerca de 3 mm, oblongos, esbranquiçados; estames menores que o perianto; ovário ínfero, multiovulado. HYDRANGEACEAE Pseudobaga esférica, com 5-8 mm de diâ- metro, translúcida, branca a rosada. Philadelphus coronarius L. Floração: XII-I. Frutificação II-III. Ori- gem: pantropical. Localização: talhão 4. Uti- Arbustos com cerca de 2 m, caducifólios. lidade: ornamental. Ramos arqueados, com ritidoma castanho- escuro, que se destaca, esparsamente sedosos, tornando-se glabros. ROSALES Folhas opostas; pecíolo com cerca de 1cm, sulcado adaxialmente, esparsamente pubes- ESCALLONIACEAE cente; limbo com 7-9,2x4,1-4,6 cm, ovado, acuminado, margens remota e irregularmente Escallonia rubra (Ruiz & Pav.) Pers. dentadas, base arredondada a obtusa, pubes- cente nas nervuras, um pouco mais na página Arbustos perenifólios. inferior. Tronco erecto, muito ramoso. Inflorescências curtas, constituídas por Raminhos estriados, pubescentes e com cachos paucifloros terminais ou solitárias nas glândulas pediculadas, avermelhados. axilas superiores. Folhas alternas; pecíolos de 2mm, pubes- Flores com cerca de 3 cm de diâmetro, centes; limbo com 2,5-5x1-1,7 cm, obovado, bissexuadas, regulares, aromáticas; pedicelos um tanto acuminado no ápice, margens de 6 mm, frouxamente pubescentes; sépalas dentadas nos 2/3 superiores, cada dente com 4, triangulares, agudas; pétalas 4, com cerca uma glândula no exterior, decurrente na base, de 1,5 cm, oblongo-elípticas, brancas; estames verde-brilhante na página superior, verde-claro 25-29, menores que as pétalas, de filetes e com numerosas glândulas na inferior. brancos e anteras basifixas; ovário ínfero, Inflorescência um cacho com cerca de 2,5 4-locular; estilete branco, 4-ramoso no cimo. cm, muito aberto, terminal. Pseudocápsula com cerca de 4 mm, obcó- Flores bissexuadas, regulares; pedicelos nica, negra, apresentando no ápice as sépalas com 5 mm, vermelhos; cálice com 5 sépalas reflexas. de 2 mm; corola de 5 pétalas livres, com 9 Sementes numerosas, caudado-aladas. mm, obovadas, recurvadas, longamente ungui- Floração: VII. Frutificação: VIII. Origem: culadas, com as unhas muito juntas formando Itália, Áustria, Roménia e Cáucaso. Locali- um tubo, avermelhadas; estames 5, livres, de zação: talhões 15 e 16. Nome vulgar: silindra. filetes com 6 mm; ovário ínfero; estilete sim- Utilidade: ornamental, usada em sebes e ples com 8 mm; estigma bilobado. saboaria. Pseudocápsula com cerca de 4 mm, obcó- nica, apresentando no ápice o cálice e estilete marcescentes. Floração: VII. Frutificação: VIII. Origem: Chile. Localização: talhões 5 e 19. Utilização: ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 247

ROSACEAE salientes na página inferior. Inflorescências constituídas por panícu- Cotoneaster lacteus W.W.Sm. las terminais, com o eixo, pedúnculos e pedi- celos densamente ferruginoso-tomentosos. Arbustos atingindo cerca de 5m de altura, Flores bissexuadas, regulares, com 2 cm perenifólios, formando tufo. de diâmetro; cálice com 8 mm, 5-lobado, Ramos arqueados; raminhos lanosos. densamente ferruginoso-tomentoso; corola de Folhas alternas, inteiras; pecíolo até 1 cm, 5 pétalas, com 9 mm, estreitamente obovadas, lanoso; limbo com 3,5-9 x 1,7-4 cm, obovado brancas; estames 20, brancos, de filetes com a largamente elíptico, ápice obtuso a arredon- 9 mm e anteras dorsifixas; ovário ínfero; dado, por vezes apiculado, margens onduladas, estiletes 3. base acunheada, coriáceo, página superior Pomo com cerca de 3,5x2,3 a 4x3,3 cm, verde-escura, glabra, a inferior amarelo-lanosa elipsóide a piriforme, amarelo-alaranjado, e nervuras salientes. apresentando no ápice os lobos do cálice Inflorescências constituídas por corimbos persistentes. terminais multifloros, de eixos tomentosos. Floração: X-XI. Frutificação: IV-V. Ori- Flores bissexuadas, regulares, com 8 mm gem: China e Japão. Localização: talhões 2, 3, de diâmetro; hipanto tubuloso, tomentoso; 6, 7 e 10. Nome vulgar: nespereira; nespereira- cálice de 5 sépalas, com cerca de 9 mm, do-japão. Utilidade: cultivada como fruteira. tomentosas; corola de 5 pétalas, com cerca de 2 mm, orbiculares, brancas; estames até 20, Malus x purpurea (Barbier) Rehder livres, de filetes até 3 mm, brancos, anteras vermelhas; ovário ínfero; estiletes 2. Árvore com cerca de 7 m de altura, cadu- Pomo com cerca de 5 mm, obovóide, ver- cifólia. melho a rosado, apresentando no ápice o cálice Copa aberta. e os estames marcescentes. Raminhos avermelhados, puberulentos. Floração: V. Frutificação: X-XI. Origem: Folhas alternas; pecíolo com 1,5-3,5 cm, China. Localização: talhões 3, 14, e 18. Utili- pubescente, avermelhado; limbo com 5-10x3- dade: ornamental e tintureira. -5,5 cm, elíptico a oblongo-elíptico, agudo a acuminado no ápice, margens crenado- Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. serradas, acunheado a decorrente na base, castanho-avermelhado de início, perdendo esta Árvores atingindo 10 m de altura, pereni- cor e ficando verde depois, pubescente nas fólias. nervuras. Copa densa. Inflorescências constituídas por cimeiras Tronco com ritidoma escamoso. umbeliformes, simples, terminais. Ramos robustos; raminhos tomentoso- Flores bissexuadas, regulares, com 3-4 cm lanosos. de diâmetro, aparecendo antes das folhas; Folhas alternas, tomentoso-lanosas; pe- hipanto com cerca de 5 mm, tubuloso, pubes- cíolo com 5 mm; limbo com 14-19x4-7,5 cm, cente; cálice de 5 sépalas, com 5-6 mm, gla- obovado-lanceolado a elíptico-oblongo, bo- brescentes externamente, pubescentes lhoso, serrado, verde-escuro e com as nervuras internamente; corola de 5 pétalas, com cerca tomentosas na página superior, branco a de 1,5 mm, vermelhas de início, tornando-se ferruginoso, tomentoso e com as nervuras cor-de-rosa-claro; estames cerca de 18, livres 248 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS de filetes com cerca de 7 mm, rosados e anteras espessado, verde-vivo-brilhante na página avermelhadas; ovário ínfero; estiletes 5. superior, mais claro na inferior. Pomo pequeno com 1,5-2,5 x 1,5-1,7 cm, Inflorescências de pequenos cachos termi- vermelho-escuro, apresentando o cálice nais, erectos. marcescente no ápice. Flores bissexuadas, regulares, com cerca Floração: III-IV. Frutificação: VI-X. Ori- de 1,5 cm de diâmetro; cálice com cerca de 5 gem: hortícola. Localização: talhões 2 e 13. mm, tubuloso, pubescente, com 5 lobos erec- Utilidade: ornamental. tos, avermelhados; corola com 5 pétalas, com 10 x 8 mm, obovadas, espatuladas, brancas; Photinia serratifolia (Desf.) Kalkman estames cerca de 20, de filetes com 4-5 mm, rosado-avermelhados e anteras introrsas; ová- Arbustos com cerca de 5m de altura, pere- rio ínfero; estilete com 8 mm, bifurcando-se a nifólios. cerca do meio. Folhas alternas, inteiras; pecíolo até 4,5 cm, Pseudobaga piriforme, com cerca de 8 mm, canelado adaxialmente; limbo até 15x5 cm, de diâmetro, azul-anegrada na maturação. oblongo-elíptico, ápice agudo-acuminado, Floração: II-V. Frutificação: IX-X. Ori- margens levemente dentadas, acunheado a gem: Japão e Coreia. Localização: talhões 3 e arredondado na base, coriáceo, avermelhado 7. Utilidade: ornamental e tintureira. quando jovem, tornando-se verde-escuro bri- lhante na página superior, verde-claro e ner- Rosa spp. vura principal saliente na inferior, glabro. Inflorescências constituídas por panículas Arbustos erectos ou trepadores, aculeados umbeliformes terminais. e caducifólios. Flores bissexuadas, regulares, com 1 cm Folhas alternas, imparifolioladas, em geral de diâmetro; hipanto tubuloso; cálice de 5 com 5 folíolos, estípulas aderentes ao pecíolo; sépalas com 1,5 mm, persistentes; corola de 5 folíolos de margens dentadas. pétalas de 4 mm, orbiculares, brancas; estames Inflorescências unifloras ou com cimeiras até 25, livres de filetes com 3 mm, brancos e corimbiformes terminais. anteras dorsifixas; ovário ínfero; estiletes 2 a 3. Flores em geral apenas femininas; hipanto Pomo de 4 mm, subgloboso, esverdeado, urceolado; cálice de 5 sépalas; pétalas nume- tornando-se anegrado. rosas devido a transformações hortícolas dos Floração: V. Frutificação: VI-VII. Origem: estames, sendo estes nulos; carpelos nume- China. Localização: talhões 13 e 16. rosos; ovários ínferos uniovolados; estiletes Utilidade: ornamental e medicinal. vários. Cinórrodo, isto é, um pseudofruto consti- Rhaphiolepis umbellata (Thunb.) Makino tuído pelo hipanto que encerra presos á sua parede interna os diversos frutos secos, indeis- Subarbustos vigorosos, com cerca de 1,5 centes e monospérmicos, com cerca de 2,5 cm m de altura, perenifólios. de diâmetro, subgloboso e verde-amarelado a Tronco erecto, de ritidoma cinzento. avermelhado. Folhas alternas; pecíolo com cerca de 1 Floração: III-IX. Frutificação: VIII-XI. cm; limbo com 2,5-5,5x2,5-3 cm, largamente Origem: hortícola. Localização: talhões 1, 4, 5, obovado, arredondado no ápice, margens 7, 9, 14, 15, 16, 17, 18 e 19. Utilidade: orna- levemente dentadas no 1/3 superior, muito mentais. Nome vulgar: roseiras. ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 249

Nota: existem diversas cultivares, todas 19. Nome vulgar: feijoa. Utilidade: cultivada de flores dobradas, algumas produzindo como fruteira e ornamental. fruto, outras não. Callistemon linearis (Schrad. & J.C.Wendl.) Sweet MYRTIFLORAE Arbustos com cerca de 2,5 m de altura, perenifólios Tronco tortuoso, fissurado. Acca sellowiana (O. Berg) Burret Ramos angulosos. Folhas alternas, subsésseis, por vezes um Arbustos até 4 m de altura, perenifólios. pouco torcidas, com 3-7x0,3-0,4 cm, estreita- Tronco de ritidoma castanho a acinzen- mente lanceoladas a lineares, acuminadas e tado, liso, tornando-se escamoso. levemente picantes no ápice, inteiras, acunhea- Raminhos lanosos, tornando-se glabres- das na base, coriáceas, pubescentes quando centes, castanhos-claros. novas tornando-se glabras, com numerosas Folhas opostas; pecíolo com 6-8 mm, glândulas pequenas, nervura principal evidente canelado adaxialmente para o ápice, lanoso; na página inferior. limbo com 3,5-8x2,4-3,5 cm, obovado- Inflorescências constituídas por espigas elíptico, obtuso a arredondado no ápice, agudo com 7,5-11 x 5 cm, densas, cilíndricas, cujo a acunheado na base, página superior verde- ráquis se prolonga em ramo folhoso. brilhante com numerosas pontuações glandu- Flores bissexuadas, regulares, sésseis, losas, nervura principal pubescente, página inseridas numa depressão da ráquis; cálice de inferior densamente cinzento-lanosa, com as 5 sépalas, com 2 mm, obovadas, pubescentes; nervuras salientes. corola de 5 pétalas livres com 6 mm, ovadas, Inflorescências unifloras, axilares. esverdeadas, com pontuações glandulosas e Flores bissexuadas, actinomórficas, com ciliadas; estames numerosos, livres, com cerca 3-4 cm de diâmetro; pedicelos até 1,7 cm; cá- de 2cm, de filetes vermelhos e anteras ama- lice de 4 sépalas, com 6-7 mm, oblongo-ova- relas; ovário ínfero, 3-locular, cada lóculo mul- das, glabras e avermelhadas internamente; co- tiovulado; estilete com cerca de 2,5 cm, rola de 4 pétalas com 1,5-2 cm, suborbiculares avermelhado; estigma terminal. a elípticas, glabras, com numerosas pontua- Pseudocápsula lenhosa, mais ou menos ções glandulosas, brancas externamente, globosa, achatada no ápice, com 6-7 mm de avermelhadas internamente, por fim reflexas; diâmetro, permanecendo por alguns anos nos estames numerosos, livres, de filetes com cerca ramos. de 2 cm, vermelhos e anteras amarelas; ovário Floração: V-VI. Frutificação: VII-X. Ori- ínfero, 4-locular, cada lóculo multiovulado; gem: SE da Austrália. Localização: talhão 2. estilete maior que os estames, até 3 cm; estig- Nome vulgar: escova-de-garrafa. Utilidade: é ma terminal. tolerante a regiões alagadas, ao vento, secura Pseudobaga com cerca de 4x3,5 cm, ovói- e regiões costeiras, pelo que é muito usada de, verde, densamente tomentosa, apresen- nestas zonas, e também como ornamental. tando no ápice os lobos do cálice marcescentes. Floração: V. Frutificação: IX-X. Origem: Brasil e Uruguai. Localização: talhões 9, 16 e 250 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Corymbia maculata (Hook.) K.D. Hill & também como espécie pioneira, podendo ser L.A.S. Johnson usada na recuperação de solos pobres ou degradados. Árvore com cerca de 25 m de altura, pere- . nifólia. Eucalyptus camaldulensis Dehnh. Tronco erecto, robusto, de ritidoma liso, cinzento-chumbo, desprendendo-se em placas Árvore atingindo cerca de 20 m de altura, que deixam pequenas depressões e dando apa- perenifólias. rência de manchado, ramificando-se apenas a Tronco de ritidoma liso, baço, esbran- cerca de 15 m de altura. quiçado, destacando-se em tiras longitudinais, Folhas adultas alternas; pecíolo 1,3-2 cm, permanecendo persistente e rugoso na base do torcido, comprimido adaxialmente; limbo com tronco. 14-19x1,5-3 cm, lanceolado, acuminado, acu- Raminhos novos avermelhados. nheado na base, espessado, de igual coloração Folhas adultas alternas; pecíolo com 1,5- verde nas duas páginas, apresentando nume- 2 cm, torcido, comprimido adaxialmente para rosas glândulas olíferas, regulares, nervuras o ápice; limbo com 8-22x2,5-3,2 cm, ovado, laterais numerosas, oblíquas, apertadas, reu- por vezes um pouco falciforme, agudo-acu- nindo-se numa nervura marginal a cerca de 1 minado, arredondado a acunheado na base, mm da margem. verde-claro a acinzentado, um pouco mais Inflorescências axilares, constituídas por claro na página inferior, nervuras secundárias panículas apertadas corimbosas de umbelas de pouco proeminentes, oblíquas, reunidas numa 3 flores bissexuadas, regulares; pedúnculo com nervura marginal a cerca de 2 mm da margem. cerca de 1,7 mm, roliço. Inflorescências constituídas por umbelas Botões florais ovóides, com 8-11 mm, em axilares de 3-10 flores bissexuadas, regulares; pedicelos até 5 mm, angulosos. Cálice de pedúnculo com cerca de 1,5 cm, roliço. sépalas concrescentes entre si e com as pétalas Botões florais com cerca de 8 mm, em constituindo um opérculo com cerca de 3 mm, pedicelos até 12 mm. Cálice com o tubo de hemisférico, apiculado, caduco na ântese; o cerca de 2 mm, ovóide, com os lobos con- androceu desenvolve-se no receptáculo, cons- crescentes com as pétalas e estas aderentes tituído por numerosos estames livres com entre si (não se considerando contudo uma anteras dorsifixas; ovário ínfero, 3-locular, corola simpétala), constituindo um opérculo estigma piloso. com cerca de 5 mm, mais comprido que o tubo, Pseudocápsula lenhosa, globóide-urceo- cónico, um pouco rostrado, caduco na ântese; lada, 1-1,4x 0,0-1,1 cm, de valvas muito inclu- estames epipétalos, numerosos, livres, cremes, sas; disco espessado. de filetes com cerca de 2 mm; ovário ínfero, Sementes pequenas, brilhantes, vermelho- aderente ao tubo do cálice; estilete com cerca acastanhadas, dorsiventralmente comprimidas. de 1,5 mm; estigma capitado. Floração: III-IV. Frutificação: V-XI. Ori- Pseudocápsula com cerca de 8x8 mm, sub- gem: Austrália: Queenslândia, N de Nova globosa, glauca, com uma margem larga proe- Gales do Sul e Vitória. Localização: talhão 14. minente, deiscente por 4-5 valvas exsertas. Utilidade: produz madeira dura e de grão fino, Sementes muito pequenas, numerosas. resistente aos fungos e xilófagos, com diversos Floração: I-III. Frutificação: IV-V. Ori- usos, nomeadamente construção naval, pegas gem: Austrália. Localização: talhão 13. Nome de ferramentas e rolamentos de madeira; usada vulgar: eucalipto-negral, eucalipto-vermelho. ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 251

Utilidade: produz madeira pesada, rija, de lhão 13. Nome vulgar: eucalipto-comum, grande conservação, tanto na água como em eucalipto-azul. Utilidade: das folhas extrai-se terra, pelo que tem inúmeras aplicações; usada óleo essencial; as folhas e a casca são usadas em reflorestação em regiões áridas e semi- medicinalmente; a madeira é empregada so- áridas; produz bom carvão e pasta para papel; bretudo para pasta de papel; é planta melífera. a goma exsudada é tintorial e de uso medicinal; importante como espécie melífera. Eucalyptus gomphocephala DC.

Eucalyptus globulus Labill. Árvore com cerca de 25 m de altura, pere- nifólia. Árvore com cerca de 30 m de altura, pere- Tronco de ritidoma persistente, espesso, fi- nifólia. namente sulcado longitudinalmente, cinzento. Tronco de ritidoma liso, destacando-se em Raminhos novos avermelhados. tiras compridas e estreitas. Folhas adultas alternas; pecíolo com 2-2,8 cm, Ramimhos novos avermelhados ou verdes. comprimido lateralmente, torcido e sulcado Folhas adultas alternas; pecíolo de 2,5-3,5 cm, adaxialmente no ápice; limbo com 8,5-18,5 x comprimido adaxialmente na parte superior; 2,5-3,5 cm, estreitamente ovado-lanceolado, limbo com 14-15x1,8-3 cm, ovado-lanceola- acuminado, por vezes oblíquo na base, um do, falciforme, agudo-acuminado, acunheado pouco espesso, de cor igual nas duas páginas, na base, verde-escuro nas duas páginas, nervu- nervuras secundárias pouco distintas, oblíquas, ras secundárias oblíquas, irregulares, reunidas reunindo-se numa nervura marginal a cerca de numa nervura marginal a cerca de 2 mm da 1 mm da margem. margem. Inflorescências constituídas por cimeiras Inflorescências solitárias, subsésseis, de umbeliformes nas axilas superiores; com 4-7 flores bissexuadas, regulares. flores bissexuadas, regulares; pedúnculo com Botões florais com 1,6 x 1 cm, verrugosos 2,5-3,5 cm, muito comprimido. e pruinosos. Cálice com o tubo com cerca de Botões florais sésseis, com 1,7-2 cm. Cá- 1 cm, oblongo, 4-costado, com os lobos con- lice com o tubo com cerca de 1 cm, tubuloso- crescentes com as pétalas e estas aderentes campanulado, com os lobos concrescentes entre si (não se considerando contudo uma com as pétalas e estas aderentes entre si (não corola simpétala), constituindo um opérculo se considerando contudo uma corola sim- com cerca de 6 mm, mais curto que o tubo do pétala), constituindo um opérculo com 8-9 mm, cálice, proeminente no centro, caduco na hemisférico, mais largo que o receptáculo, ântese; estames epipétalos, numerosos, livres, caduco na ântese; estames epipétalos, nu- brancos, de filetes com cerca de 4 mm; ovário merosos, livres, brancos, de filetes com 2,5 ínfero, aderente ao tubo do cálice; estilete com mm; ovário ínfero, aderente ao tubo do cálice; cerca de 3 mm; estigma capitado. estilete 3 mm; estigma capitado. Pseudocápsula com 1,5-2 x 2 cm, hemis- Pseudocápsula com 14-18x11-13 mm, le- férico-deprimida, sublenhosa, verrugosa, nhosa, deiscente no ápice por 4 valvas fortes, verde-glauca, 4-costada, deiscente no ápice ligeiramente salientes. por 4-5 válvulas fortes levemente deprimidas. Sementes muito pequenas, numerosas. Sementes muito pequenas, numerosas. Floração: V-VIII. Frutificação: VII-X. Ori- Floração: I-VI. Frutificação: II-VIII. Ori- gem: Austrália Ocidental. Localização: talhão gem: Austrália (Tasmânia). Localização: ta- 13. Nome vulgar: eucalipto. Utilidade: usada 252 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS em reflorestamento em regiões quentes e usos, como travessas de caminho de ferro, como controladora da erosão; a madeira construção naval, carroceria, postes, assim contém muita fibra e produz bom carvão; espé- como combustível; também é empregada em cie usada para sombra e como ornamental. reflorestamentos.

Eucalyptus tereticornis Sm. Eugenia uniflora L.

Árvore com cerca de 25 m de altura, pere- Arbustos ou pequenas árvores até 6-7 m nifólia. de altura, perenifólios, densos. Tronco de ritidoma liso, acinzentado, que Tronco erecto, de ritidoma cinzento. se destaca em placas, mas persistindo na base. Raminhos roliços, glabros. Raminhos novos castanho-avermelhados. Folhas opostas; pecíolo de 2-4 mm; limbo Folhas adultas alternas; pecíolo com 1,5- com 2,5-6,5x2,5-3,8 cm, ovado, curtamente -2 cm, comprimido lateralmente; limbo de 7- acuminado, arredondado na base, verde- -12,5x0,7-1,6 cm, estreitamente ovado-lanceo- brilhante na página superior. lado, por vezes um pouco falciforme, agudo- Inflorescências solitárias ou bifloras, nas -acuminado no ápice, acunheado e por vezes axilas superiores. oblíquo na base, um pouco espesso, verde- Flores bissexuadas, regulares, com cerca de -escuro nas duas páginas, nervuras secundárias 1,5 cm de diâmetro; pedicelos até 1 cm, glabros; muito ténues, oblíquas, reunindo-se numa cálice de 4 sépalas com cerca de 4 mm, ciliadas; nervura marginal a cerca de 2 mm da margem. corola de 4 pétalas com 6x6 mm, obovadas, Inflorescências constituídas por cimeiras brancas, com a base rosada, pubescentes umbeliformes, axilares, com 2-9 flores bisse- externamente, precocemente caducas; estames xuadas, regulares; pedúnculo com cerca de 1 cm, numerosos, até 10 mm, brancos; ovário ínfero, roliço. 2-locular; estilete branco; estigma terminal. Botões florais com cerca de 9 mm, pedi- Pseudobaga com cerca de 1,5 cm, globoso- celados; pedicelos até 3,5 mm. Cálice de tubo deprimida, 8-sulcada, avermelhada, apresen- com cerca de 3 mm, campanulado, com os lo- tando no ápice os lobos do cálice marcescentes. bos concrescentes com as pétalas e estas ade- Floração: I-V e VIII-IX. Frutificação: V- rentes entre si (não se considerando contudo -VI e VIII-X. Origem: América tropical. uma corola simpétala), constituindo um opér- Localização: talhões 16, 17 e 19. Nome vulgar: culo de 7 mm, cónico, mais comprido que o pitangueira. Utilidade: cultivada como fruteira. tubo do cálice, caduco na ântese; estames epipétalos, numerosos, livres, brancos, de file- Hexachlamys edulis (O. Berg) Kausel & Legr. tes até 4 mm; ovário ínfero, aderente ao tubo do cálice; estilete com cerca de 2 mm; estigma Árvore com cerca de 12 m de altura, cadu- capitado. cifólia. Pseudocápsula com cerca de 8x7 mm, Tronco erecto, de ritidoma cinzento, fis- subglobosa, deiscente no ápice por 3-4 valvas surado. muito salientes. Folhas opostas; pecíolo 5-7 mm, pubes- Floração: V-VIII. Frutificação: VI-X. Ori- cente; limbo com 4-5,8x1,1-1,4 cm, lanceo- gem: Austrália. Localização: talhão 13. Nome lado, agudo-acuminado, arredondado na base, vulgar: eucalipto. Utilidade: produz madeira verde-claro, puberulento na página superior, pesada, dura, muito resistente, com diversos pubescente na inferior. ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 253

Inflorescências unifloras, antecedendo rosos, com os filetes unidos em cerca de 9 a rebentação foliar ou coincidindo com esta, mm, em fascículos opostos às pétalas e abaixo da axila foliar. anteras amarelas; ovário ínfero, 3-locular; Flores bissexuadas, regulares, com cerca estilete 2 mm; estigma terminal. de 2 cm de diâmetro; pedicelos de 8 mm, Pseudocápsula, com 1 cm de diâmetro, densamente pubescentes; cálice tubuloso, com hemisférica, permanecendo na árvore por 5 lobos com cerca de 4 mm, triangulares, muito tempo. agudos, amarelo-esverdeados, densamente Floração: VI-VII. Frutificação: V-VIII. pubescentes interna e externamente, por fim Origem: costa oriental da Austrália. Locali- reflexos; corola de 5 pétalas com cerca de 8 zação: talhão 12. Utilidade: produz madeira mm, ovadas, branco-amareladas, ciliadas, por com diversos usos, como construções navais, fim reflexas; estames numerosos, com filetes pontes e instrumentos; é também usada como de comprimento diferente, branco-amarelados árvore de arruamento e ornamental. e anteras amarelas; ovário ínfero, 2-locular; estilete com cerca de 7,5 mm, branco-amare- Melaleuca armillaris ( Sol. ex Gaertn.) Sm. lado; estigma capitado. Pseudodrupa com cerca de 3x3,2 cm, Árvore com cerca de 6 m de altura, pere- ovado-globosa, amarelo-vivo, apresentando no nifólia. ápice o cálice marcescente. Copa arredondada, grácil. Floração: II-III. Frutificação: V. Origem: Tronco de ritidoma acinzentado, fissurado. Brasil. Localização: talhão 17. Utilidade: culti- Raminhos pubescentes tornando-se gla- vada como fruteira. bros. Folhas alternas, subsésseis, com 1,4-3x0,1 Lophostemon confertus (R.Br.) Paul G. cm, linear-falciformes, comprimidas, mucro- Wilson & J. T. Waterh. nadas, pontuadas de glândulas. Inflorescências constituídas por espigas Árvore com cerca de 25 m de altura, pere- com cerca de 5 cm, densas, cilíndricas, cujo nifólia. ráquis se prolonga em ramo folhoso. Tronco de ritidoma castanho-rosado, des- Folhas bissexuadas, regulares, sésseis, tacando-se em pequenas placas, mas rugoso, inseridas em depressões da ráquis; cálice de 5 espessado, escurecido e persistente na base. sépalas com 1,5 mm, ovadas, branco-mar- Folhas apresentando-se como dispostas em ginadas; corola de 5 pétalas, com 2,5-3 mm, verticilos de 4; pecíolo com cerca de 2 cm; obovadas, côncavas, brancas, com pontuações limbo com 9-12,5x3-4,5 cm, ovado-lanceo- glandulosas; estames numerosos, de cerca de lado, agudo a acuminado, decurrente na base, 15 mm, brancos, com filetes aderentes em glabro. cerca de ½ do seu comprimento em 5 fascí- Inflorescências constituídas por cimeiras culos opostos às pétalas e anteras dorsifixas; de 3-7 flores, axilares; pedúnculo até 1 cm, ovário ínfero, 3-locular, cada lóculo multio- pubescente. volado; estilete com cerca de 15 mm; estigma Flores bissexuadas, regulares; cálice de 5 terminal. sépalas com 4 mm, triangulares; corola de 5 Pseudocápsula com 3-4 mm, lenhosa, pétalas com cerca de 10 mm, esbranquiçadas, subglobosa. obovadas, estreitamente unguiculadas na base, Floração: V. Frutificação: X-XI. Origem: pubescentes externamente; estames nume- SE da Austrália. Localização: talhão 13. Utili- 254 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS dades: usada como quebra-ventos e como dentes; raminhos densamente cinzento-to- ornamental. mentosos. Folhas opostas; pecíolo de 5-7 mm, Melaleuca lanceolata Otto canelado adaxialmente, tomentoso; limbo com 4,5-6x1,8-2,7 cm, oblongo-elíptico, de ápice Árvore com cerca de 8 m de altura, pere- agudo a obtuso, margens revolutas, base arre- nifólia. dondada a acunheada, verde-escuro e glabres- Tronco de ritidoma acinzentado, fissurado. cente na página superior e densamente cin- Ramos um pouco decumbentes. zento-tomentoso na inferior, coriáceo. Raminhos pubescentes. Inflorescências constituídas por cimeiras Folhas alternas, apertadas, simples, intei- compostas, muito vistosas. ras; pecíolo de 1 mm; limbo com cerca de Flores bissexuadas, regulares, com pedi- 10x1,5 mm, estreitamente oblongo a lanceo- celo de cerca de 1,5 cm, espesso, tomentoso; lado, agudo, obscuramente 1 a 3 nervado, cálice de 5 sépalas, com cerca de 2 mm, pubescente, recurvado. tomentosas; corola de 5 pétalas, com 4 mm, Inflorescências constituídas por espigas, obovadas; estames numerosos, livres, com com cerca de 5 cm, densas, cilíndricas, cujo cerca de 2 cm, vermelhos; ovário ínfero, 3- ráquis se prolonga em ramo folhoso. locular; estilete 2 cm, vermelho; estigma Flores bissexuadas, regulares, sésseis; terminal. cálice de 5 sépalas com 1 mm, ovadas; Pseudocápsula com cerca de 7 mm, obo- corola de 5 pétalas, com 2,5 mm, ovadas, vada, lenhosa e tomentosa. côncavas, unguiculadas, brancas; estames Floração: VI-VII. Frutificação: VIII-IX. numerosos, de filetes com 6 mm, brancos, Origem: Nova Zelândia. Localização: talhões aderentes na base em 5 fascículos opostos 16 e 17. Utilidade: usada como árvore de arrua- às pétalas e com anteras dorsifixas, branco- mentos e ornamental; também empregue como cremes; ovário ínfero, 3-locular, cada lóculo medicinal. multiovolado; estilete com cerca de 5 mm; estigma terminal. Myrtus communis L. Pseudocápsula com 2,3-4,8x2,5-5 mm, doliforme, lisa e papirácea, apresentando no Arbustos perenifólios sujeitos a poda para ápice, quando jovem, os lobos do cálice. formar sebe. Floração: VI-VIII. Frutificação: VI-X. Tronco erecto, muito ramoso. Origem: S da Austrália. Localização: talhões Raminhos quandrangulares, pubescentes. 2 e 17. Utilidade: usada como quebra ventos, Folhas oposto-cruzadas; pecíolo com 1,5 sendo resistente ao sal, e como ornamental. mm, pubescente; limbo até 16x6 mm, ovado- lanceolado, agudas, um pouco coriáceas, com Metrosideros excelsa Sol. ex Gaertn. numerosas pontuações oleíferas, muito aro- máticas quando maceradas. Árvores erectas, atingindo cerca de 20 m Inflorescências unifloras nas axilas supe- de altura, perenifólias. riores. Tronco de ritidoma castanho-acinzentado, Flores bissexuadas, regulares, com cerca de profundamente fissurado, destacando-se em 2 cm de diâmetro, aromáticas; pedicelos com tiras longitudinais. cerca de 6 mm, curto-pubescentes; cálice de 5 Ramos densos, com raízes aéreas pen- sépalas, até 2 mm, corola de 5 pétalas, com 8 ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 255 mm, ovadas, agudas, brancas, curto-pubes- (ilha). Nome vulgar: araçazeiro, araçazeiro centes; estames numerosos, livres, até 10 mm, amarelo, araçazeiro-da-praia, araçazeiro-ver- com filetes brancos e anteras amarelo-claro; melho. Utilidade: cultivada como fruteira. ovário ínfero; estilete com 12 mm, branco; estigma terminal. Psidium guajava L. Pseudobaga com cerca de 8x7mm, subglobosa, negro-azulada na maturação, Arbusto com cerca de 5 m de altura, pere- apresentando os lobos do cálice no ápice. nifólio. Floração: VII. Frutificação: X. Origem: Tronco erecto de ritidoma acastanhado, Região Mediterrânica até ao SW da Europa. destacando-se em tiras longitudinais. Localização: talhão 4. Nome vulgar: murta. Raminhos quandrangulares, pubescentes. Utilização: produtora de óleo essencial; usada Folhas opostas; pecíolo curto, até 5 mm, como medicinal, cosmética, ornamental e, sulcado adaxialmente, pubescente; limbo com como aceita bem a poda, em sebes. 10-14,5x4-5,7 cm, elíptico a oblongo-elíptico, agudo no ápice, arredondado na base, espes- Psidium cattleianum Sabine sado, verde-claro, puberulento na página supe- rior, pubescente e com as nervuras salientes Arbusto até 3 m de altura, perenifólio. na página inferior, as secundárias mais ou Tronco erecto de ritidoma liso, cinzento- menos paralelas entre si, reunindo-se numa -acastanhado. nervura marginal arqueada. Ramos densos, roliços; raminhos glabros. Inflorescências unifloras, nas axilas supe- Folhas opostas; pecíolo até 90 mm, glabro; riores. limbo com 4-9x2,7-4 cm, elíptico, obovado a Flores bissexuadas, regulares, com cerca obovado-elíptico, arredondado, obtuso e por de 3,5 cm de diâmetro; pedicelos de cerca de vezes apiculado no ápice, acunheado na base, 1,3 cm, pubescentes; cálice de 4 sépalas com espessado, glabro, com 8-10 pares de nervuras 8 mm; corola de 5 pétalas, com cerca de 1,5 cm, secundárias, paralelas entre si, reunindo-se obovadas, brancas, precocemente caducas; numa nervura marginal arqueada. estames numerosos, livres, com cerca de 10 Inflorescências unifloras, nas axilas supe- mm, brancos; ovário ínfero, 4-5 locular, multi- riores. ovulado; estilete com 6 mm, branco; estigma Flores bissexuadas, regulares, até 3 cm de terminal. diâmetro; pedicelos de 4- 9 mm; cálice de 4-5 Pseudobaga até 6 cm, obovado-piriforme, sépalas com 5-6 mm; corola de 5 pétalas com amarelada quando madura, apresentando no 7 mm, obovadas, brancas, pubescentes ápice os lobos de cálice marcescentes, de polpa externamente, precocemente caducas; estames amarelada internamente. numerosos livres, até 10 mm, brancos; ovário Floração: VI-VIII. Frutificação: XII-I. ínfero; estilete menor que os estames, com Origem: América tropical. Localização: talhão cerca de 6 mm, branco; estigma terminal. 6. Nome vulgar: goiabeira. Utilidade: culti- Pseudobaga de cerca de 2-4 cm, globosa vada como fruteira; usada medicinalmente. ou obovóide, amarelada a avermelhada quando madura, apresentando no ápice os lobos do Psidium guajava L. ‘Beaumont’ cálice marcescentes. Floração: VII. Frutificação: VIII-IX. Ori- Arbusto com cerca de 5 m de altura, pere- gem: Brasil. Localização: talhões 16, 17, 18 nifólio. 256 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Tronco erecto de ritidoma verde-acasta- Inflorescências unifloras, nas axilas supe- nhado, destacando-se em tiras longitudinais. riores. Raminhos quandrangulares, pubescentes. Flores bissexuadas, regulares, com cerca Folhas opostas; pecíolo com cerca de 5 de 2 cm de diâmetro; pedicelos com 1,5-3 cm; mm, sulcado adaxialmente, pubescente; limbo cálice de 4-5 sépalas com 5 mm; corola de 4 a com 9-10,5x4,7-5,3 cm, oblongo elíptico, 5 pétalas com 15 mm, obovadas, brancas, ápice apiculado, espessado, pubescente e com caducas; estames numerosos, livres, com as nervuras na página inferior salientes, as cerca de 7 mm, brancos; ovário ínfero, 4-5 secundárias 12-18 de cada lado da principal, locular, multiovolado; estilete menor que os reunindo-se numa nervura marginal arqueada. estames; estigma terminal. Inflorescências unifloras, nas axilas supe- Pseudobaga de 1,5-2,5cm, globosa, riores. amarela ou avermelhada quando madura, Flores bissexuadas, regulares, com cerca apresentando no ápice os lobos do cálice de 4,5 cm de diâmetro; pedicelos de cerca de marcescentes. 1,8 cm, pubescentes; cálice de 4 sépalas até 1 Floração: V-VI. Frutificação: X-II. Ori- cm; corola de 5 pétalas, até 2 cm, obovadas, gem: América tropical. Localização: talhões brancas, precocemente caducas; estames 4, 17 e 19. Nome vulgar: araçazeiro. Utilidade: numerosos, livres, até 1,5 cm, brancos; ovário cultivada como fruteira. ínfero, 4-5 locular, multiovulado; estilete com 6 mm, branco; estigma terminal. Syzygium cuminii (L.) Skeels Pseudobaga de 4x3,5 cm, subglobosa, amarelada quando madura, apresentando no Árvore perenifólia, até 18 m de altura, to- ápice os lobos de cálice marcescentes, de polpa talmente glabra. rosada internamente. Copa irregular. Floração: VII-VIII. Frutificação: XII-I. Tronco de ritidoma espesso, rugoso e Origem: hortícola. Localização: talhão 18 cinzento na parte inferior, destacando-se em (ilha). Nome vulgar: goiabeira-vermelha. pequenas placas. Utilidade: cultivada como fruteira. Raminhos pendentes e roliços. Folhas opostas; pecíolo com 1,5-2,5 cm, Psidium guineense Sw. canaliculado adaxialmente; limbo com 9,5- 13,5x3-8,5 cm, elíptico, oblongo-elíptico a Arbusto até 4 m de altura, perenifólio. ovado-oblongo, ápice agudo, margens um Tronco de ritidoma castanho-esverdeado, pouco onduladas, base curtamente decorrente destacando-se em tiras longitudinais. no pecíolo, sub-coriáceo, verde a verde-amare- Ramos roliços; raminhos pubescentes. lado, mais claro na página inferior, com nume- Folhas opostas; pecíolo com 4-10 mm, rosas pontuações, nervura principal canalicu- comprimido, miudamente pubescente; limbo lada na página superior, saliente na inferior, com 5-7x2,4-3,3 cm, oblongo-elíptico, obtuso nervuras secundárias muitas, oblíquas, para- a subagudo e ligeiramente apiculado no ápice, lelas entre si, reunindo-se numa nervura margens avermelhadas, ciliadas, acunheado na marginal. base, espessado, verde-brilhante na página su- Inflorescências laterais, constituídas por perior, puberulento na inferior, com 7-10 pares panículas compostas de cimeiras inseridas em de nervuras secundárias, paralelas entre si, ângulo recto, nos ramos abaixo das folhas ou reunindo-se numa nervura marginal arqueada. por entre as primeiras folhas dos ramos. ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 257

Inflorescências bissexuadas, regulares, indeiscente, com os lóculos sobrepostos e com cerca de 8 mm de diâmetro, subsésseis; compartimentados interiormente por meio de cálice de 3-5 mm, campanulado, irregular- tabiques delgados, correspondentes aos mente dentado; disco amarelo; corola de 4 carpelos dispostos em vários andares) com 5- pétalas, com cerca de 4 mm, orbiculares, -7 cm, globosa, castanho-avermelhada, apre- brancas, formando como que um opérculo que sentando no ápice as sépalas persistentes e se destaca na ântese; estames numerosos, acrescentes. brancos; ovário ínfero. Floração: VI-VII. Frutificação: VIII-IX. Pseudobaga, com 1,6-3,2x0,6-1,5 cm, Origem: regiões do Mediterrâneo oriental até oblongo-ovóide a elipsóide, um pouco encur- ao Himalaia. Localização: talhão 2. Nomes vada, apresentando no ápice o cálice marces- vulgares: romãzeira, romeira. Utilidade: cul- cente. tiva-se para obtenção das suas sementes de Floração: VIII-IX. Frutificação: IX-X. testa carnudo, comestíveis e como ornamental; Origem: Índia e Java. Localização: talhões 6, usada medicinalmente. 11, 18 (ilha). Nomes vulgares: jambolão. Utilidade: cultivada como fruteira; usada medicinalmente. UMBELLIFLORAE

ARALIACEAE PUNICACEAE Hedera cariensis Willd. var. variegata (Paul) Punica granatum L. G.M. Schulze

Árvore com cerca de 6 m de altura, cadu- Planta lenhosa, trepadora, perenifólia. cifólia. Caules lenhosos, sarmentosos; ramos com Ramos angulosos, espinhosos. raízes adventícias; raminhos vermelhos, com Folhas opostas; pecíolo curto, de cerca de pêlos estrelados, avermelhados. 3 mm; limbo com 2-5x1,5-1,8 cm, oblongo- Folhas alternas, simples, longamente lanceolado a oblongo-obovado; verde-pálido, pecioladas; limbo até 13x3 cm, inteiro, ovado glabro, nervura principal saliente na página e verde-escuro nos ramos mais velhos, 3- inferior. lobado, sendo, do centro para as margens, Inflorescências solitárias ou em fascículos verde-escuro, verde-claro e branco-creme paucifloros, nas axilas superiores ou terminais. marginalmente no das folhas jovens e juvenis, Flores bissexuadas, regulares, sésseis, com estas com pêlos curtos, estrelados. cerca de 4,5 cm de diâmetro; cálice com 2,5 Origem: Canárias, N África. Localização: cm, tubuloso, 6-7-lobado, coriáceo, vermelho- talhão 4. Nome vulgar: hera. Utilidade: orna- claro; corola rodada, com 7 pétalas imbricadas, mental. Nota: não floresce. obovadas, enrugadas, vermelho-claro, preco- cemente caducas; estames numerosos, dispos- Hedera helix L. subsp. helix tos em várias séries, inclusos, com filetes de 5-6 mm, avermelhados e anteras introrsas, Plantas lenhosas, trepadoras ou prostradas, amarelas; ovário ínfero; estilete com 3 mm; perenifólias. estigma terminal. Caules lenhosos, sarmentosos; ramos cas- Balaústia (pseudofruto sincárpico seco, tanho-avermelhados com raízes adventícias; 258 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS raminhos com pêlos brancos, curtos, estrela- Folhas alternas, simples, glabras; pecíolo dos, levantados e ásperos. longo até 26 cm, alargado na base e no ápice; Folhas alternas, simples, longamente pe- limbo até 31x23,5 cm, ovado a largamente cioladas e com limbo até 9 cm de compri- ovado, agudo e um pouco acuminado, margem mento, um pouco mais largo que longo, espes- ondulada, obtuso na base, espessado, verde- sado, verde-escuro, brilhante, com nervação escuro na página superior, mais claro e com verde-clara, apresentando grande variação, as nervuras proeminentes na inferior, com o quer nas dimensões, quer na forma entre as 1º par de nervuras laterais inserido junto á base dos ramos estéreis e férteis; as dos ramos esté- da nervura principal. reis apresentam-se distintamente, cordadas, 3- Inflorescências compostas, com cerca de 5-palmatilobadas, com o lobo mediano maior 25 cm, constituídas por capítulos peduncu- que os laterais; as dos ramos férteis estreita- lados reunidos em panículas terminais sésseis, mente elípticas a suborbicular-cordadas, eixo estrelado-pubescente. inteiras, por vezes onduladas; as dos ramos Flores bissexuadas, funcionalmente mas- juvenis com pêlos curtos, estrelado-peltados, culinas, regulares; cálice com 3 mm, campa- brancos. nulado, 5-dentado, tomentoso; corola de 5 Inflorescências terminais, constituídas por pétalas com 2 mm, estreitamente ovadas, bran- umbelas globosas, solitárias ou reunidas em cas; estames 5 com filetes de 3 mm, brancos e panículas, com indumento estrelado e branco. anteras amarelas, dorsifixas; ovário ínfero; Flores bissexuadas, regulares; cálice de 5 estiletes 2, com 1 mm. sépalas com 0,6 mm, triangulares; corola de 5 Floração: X-XI. Origem: indeterminada, pétalas de 3 mm, triangular-cuculadas, esver- possivelmente Guatemala. Localização: talhão deadas; estames 5, livres, com filetes de 2 mm, 15. Utilidade: melífera e ornamental. esverdeados e anteras amarelas, dorsifixas; ovário ínfero, 5-locular, encimado por um disco convexo evidente; estilete muito menor CORNACEAE que os filetes; estigma 5-lobado. Pseudobaga globosa, com cerca de 8 mm Aucuba japonica Thunb. ‘Variegata’ de diâmetro, verde-amarelada a verde-aver- melhada, por vezes anegrada, apresentando no Arbusto com cerca de 1,60 m, perenifólio, ápice o estilete marcescente. dióico, glabro. Floração: VII-VIII. Frutificação: XI-XII. Folhas opostas; pecíolo até 4,5 cm; limbo Origem: Europa. Localização: talhões 1, 3, 5, com 11-17x3-9 cm, ovado-elíptico a estreita- 13, 18, e 19. Nome vulgar: hera. Utilidade: mente-ovado, acuminado, margens largamente ornamental, como cobertura de muros, paredes dentadas nos 2/3 superiores, coriáceo, verde- e, por vezes, de solo; usada medicinalmente. escuro com pequenas manchas amarelas. Inflorescência uma panícula terminal, com Oreopanax nymphaeifolius (Linden ex cerca de 2 cm. Hibberd) Gentil Flores regulares, unissexuadas, femininas, curtamente pediceladas; cálice tubuloso, 4- Árvore com cerca de 7 m de altura, pere- lobado; corola de 4 pétalas livres, lanceoladas, nifólia, funcionalmente dióica. reflexas, esverdeadas externamente, castanho- Copa ampla. avermelhadas internamente, reflexas; ovário Ramos mais ou menos recurvados. ínfero. ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 259

Floração:III. Origem: hortícola. Locali- Castroviejo, S.& Berthet, P. (1990) – zação: talhão 3. Utilidade: ornamental. CACTACEAE. In: Castroviejo, S.; Laínz, M.; González, G.; Montserrat, P.; Garmendia, F.; J. Paiva & Villar, L. (Eds.) Flora Iberica. Real Jardín Botánico, Madrid, 2: 62-70. CONCLUSÕES Cullen, J.; Alexander, J.; Brickell, C.; Edmondson, J.; Green, P.; Heywood, V.; Jorgensen, P.; Jury, S.; O trabalho efectuado permite concluir que Knees, S.; Matthews, V.; Maxwell, H.; Miller, D., Nelson, E.; Robson, N.; Walters, S. & Yeo P. (Eds.) entre os táxones estudados se encontram: 41 (1997) - The european garden flora. Cambridge espécies ou táxones infra-específicos distri- University Press, Cambridge, 5: 646 pp. buídos por oito famílias, sendo as MYRTA- Fernandes, R.B. (1972) - Vocabulário de termos CEAE e CACTACEAE as mais representadas; botânicos. Anuário da Sociedade Broteriana 38: proporcionam diversos usos ao homem, como, 181-292. Franco, J. do Amaral (1971) - Nova flora de Portugal fruteiras, produtoras de madeira para diversos (continente e Açores). Edição do autor, Lisboa, 1: fins, óleos essenciais, medicinais e cosmética, 648 pp. sebes vivas, corta-ventos, arruamentos e Franco, J. do Amaral (1972) - Instruções para a sombreamento, reflorestamento, tinturaria, redacção dos textos destinados à Flora Lusitanica, saboaria, protecção e recuperação de solos e Azorica et Madeirensis. Anuário da Sociedade Broteriana 38: 53-60. ornamentais; considera-se que o JBT é muito Hill, K.D. & Johnson, L.A.S. (1995) – Systematic importante para a conservação da biodiver- studies in the eucalypts 7. A revision of the bloo- sidade ex situ, investigação, programas dwoods, genus Corymbia (Myrtaceae). Telopea 6 didácticos e educacionais. (2-3): 185-504. Huxley A.; Griffiths, M. & Levy, M (Eds) (1992)- The New royal horticultural society dictionary of gardening. The Macmillan Press Lld, London & AGRADECIMENTOS Basingstoke, 1: 815 pp; 2: 747 pp.; 3: 790 pp.; 4: 888 pp. Ao Professor Catedrático João do Amaral Jackson, W.P.S.& Sutherland, L.A. (2000)- Interna- Franco um agradecimento profundo pela tional agenda for botanic gardens and conservation. Botanic Gardens Conservation International, paciente revisão crítica do texto. Surrey, 56 pp. . À Doutora Maria Lisete Caixinhas as suas Judd, W.S.; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, valiosas sugestões. P.E.& Donoghue, M.J. (2002). – systematics: A Eve Lucas e Eimear Nic Lughadha, a phylogenetic approach, 2nd ed. Sinauer Associates, especialistas de do Herbário do Royal Inc., Sunderland, 576 pp. Liberato, M.C. (1994) - Catálogo de plantas do Jardim- Botanic Gardens, em Kew, pela identificação de Museu Agrícola Tropical, Instituto de Investigação Hexachlamys edulis (O. Berg) Kausel & Legr. Científica Tropical; Fundação Berardo, Lisboa, 100 pp. Liberato, M. C. (2000-2001) - Estudo taxonómico das REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS plantas do Jardim-Museu Agrícola Tropical. Gimnospermas. Anais do Instituto Superior de Agronomia 48: 141-182. Ashton, P.S. (1981) – MYRTACEAE. In: Dassanayake, Liberato, M. C. (2003) - Estudo taxonómico das plantas M.D. & Fosberg, F.R. (Eds.) Flora of Ceylon. do Jardim-Museu Agrícola Tropical. Dicotiledóneas Smithsonian Institution & National Science aclamídeas e haploclamídeas. Anais do Instituto Foundation, Washington, 2: 403-472. Superior de Agronomia 49: 63-103. Brummitt, R.K. & PowelL, C.E. (Eds.) (1992) - Authors Lorenzi, H.& Matos, F.J. de Abreu (2002) – Plantas of plant names, 3ª ed. Royal Botanic Gardens, Kew, medicinais no Brasil, nativas e exóticas. Instituto 732 pp. Plantarum de Estudos da Flora Lda, Nova Odessa, 512 pp. 260 REVISTA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

JARDIM BOTÂNICO TROPICAL Planta Geral

LOCALIZAÇÃO DOS TALHÕES

N ESTUDO TAXONÓMICO DE PLANTAS DO JARDIM BOTÂNICO TROPICAL DICOTILEDÓNEAS DIALIPÉTALAS DE OVÁRIO ÍNFERO 261

Mabberley, D.J. (1997) - The Plant-Book, 2nd. ed. Tutin T.G.; Burges, N.A.; Chater, A.O.; Edmonson, Cambridge University Press, Cambridge, 858 pp. J.R.; Heywood, V.H.; Moore, D.M.; Valentine, McNeilly, J.; Barrie, F.R.; Burdet, H.M.; Demoulin, D.H.; Walters, S.M. & Webb, D.A. (Eds.) (1996) V.; Hawksworth, D.L.; Marhold, K.; Nicholson, - Flora europaea. Cambridge University Press, D.H.; Prado, J.; Silva, P.C.; Skog, J.E.; Wiersema, Cambridge, 1: 464 pp. J. & Turland, N.J. (2006) - International code of Valdés, B.; Talavera; S. & Fernández-Galiano, E., (Eds.) botanical nomenclature. Gantner Verlag, Rugell, (1987) – Flora vascular de Andalucía Ocidental. 568 pp. Ketres Editora, S.A., Barcelona, 1: 436 pp. Melchior, H. E. (Ed.) (1964) - A. Engler’s, Syllabus Vasconcellos, J. de Carvalho e (1969) - Noções sobre der Pflanzenfamilien. 12ª ed. Gebrüder Borntraeger, a morfologia externa das plantas superiores, 3ª. ed. Berlin, 2: 266 pp. Estudos e Informações Técnicas, nº 25. Direcção- Missouri Botanical Garden W3Tropicos; (acesso Verheij, E.W.M.& Coronel, R.E., (Eds.) (1991) – Plant até 01.05.2007). resources of South-East Asia. Edible fruits and nuts. Rocha, F. (1996) - Nomes vulgares de plantas existentes Pudoc, Wageningen, 448 pp. em Portugal. Direcção Geral de Protecção de Walters, S.M.; Alexander, A.B.; BrickelL, C.D.; Cullen, Culturas, Lisboa, 591 pp. . J.; Green, P.S.; Heywood, V.H.; Matthews, V.A.; Royal Botanic Gardens, Kwe (2002) - Electronic Plant Robson, N.K.; Yeo, P.F.& Knees, S.G. (Eds.) (1989) Information Centre; – The European garden flora. Cambridge (acesso até 01.05.2007). University Press, Cambridge, 3: 474 pp. Tutin, T.G.; Heywood, V.H.; Burges, N.A.; Moore Woodland, D.W. (1997) – Contemporary plant D.M.; Valentine, D.H.; Walters, S.M. & Webb, D.A. systematics, 2.ª ed. Berrien Springs, Michigan, 620 (Eds.) (1968) – Flora europaea. Cambridge pp. University Press. Cambridge, 2: 454 pp..