Fundamentos Históricos Da Poesia Luso-Árabe (No Século De Almutâmide) Na Nova Música Portuguesa O Amor E O Vinho

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Fundamentos Históricos Da Poesia Luso-Árabe (No Século De Almutâmide) Na Nova Música Portuguesa O Amor E O Vinho FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA POESIA LUSO-ÁRABE (NO SÉCULO DE ALMUTÂMIDE) NA NOVA MÚSICA PORTUGUESA O AMOR E O VINHO Eduardo Manuel da Conceição Candeias Raposo DISSERTAÇÃO DE DOUTORAMENTO EM HISTÓRIA CULTURAL E DAS MENTALIDADES CONTEMPORÂNEAS 2009 Sob Orientação do Professor Doutor António Pedro Vicente O AMOR E O VINHO Eduardo Manuel da Conceição Candeias Raposo OUTUBRO DE 2009 FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA POESIA LUSO-ÁRABE (NO SÉCULO DE ALMUTÂMIDE) NA NOVA MÚSICA PORTUGUESA Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História Cultural e das Mentalidades Contemporâneas, realizada sob orientação científica do Professor Doutor António Pedro Vicente Declaro que esta Dissertação se encontra em condições de ser apreciada pelo júri a designar. O candidato Lisboa, 20 de Outubro de 2009 Declaro que esta Dissertação se encontra em condições de ser apreciada pelo júri a designar. O orientador Lisboa, 20 de Outubro de 2009 Maria Maria Nascida no monte À beira da estrada Maria Bebida na fonte Nas ervas criada Talvez Que Maria se espante De ser tão louvada Mas não Quem por ela se prende De a ver tão prendada Maria Nascida do trevo Criada no trigo Quem dera Maria que o trevo Casara comigo Prouvera A Maria sem medo Crer no que lhe digo Maria Nascida no trevo Beiral do mendigo Maria Nascida no trevo Beiral do mendigo Maria De todas primeira De todas menina Maria Soubera a cigana Ler a tua sina Não sei Se deveras se engana Quem demais se afina Maria Sol da madrugada Flor de tangerina Maria Sol de madrugada Flor de tangerina José Afonso (Cantares de José Afonso – 1964) Nota de Abertura A Poesia da Música ao som da Pintura Este trabalho foi escrito no Sul. E, mesmo quando pontualmente ali não estava fisicamente, o Sul estava-me no corpo, estava-me no olhar, era o sabor do Sul que tinha nos lábios. Havia telas com o Sul na alma, havia Música, havia Poesia, havia a amizade fraterna do meu amigo Manel (o pintor Manuel Casa Branca). O meu mundo era o seu simpático e suave atelier e era o castelo – o castelo mais bonito de todos, não só pelas suas ruínas e pela imagem de longe, muito doce harmoniosa, mas também quando caminhamos por entre o Paço do Alcaide, nas suas etéreas ruínas, tão românticas. O meu mundo era as amoras que colhia diariamente na Ecopista e me deliciava com cada recanto daquele lugar paradisíaco, lugar solar ou nocturno, onde eu gostava de caminhar ao anoitecer. Escrevia e esperava. A minha rotina era então uma descoberta permanente, um deslumbramento quase contínuo por cada pedra, cada monte em ruínas. Escrevia, caminhava. Escrevia e esperava, esperava serenamente… Agradecimentos Em primeiro lugar, ao Professor Doutor António Pedro Vicente que me “aturou” ao longo de mais de cinco longos anos, Mestre da História e da sua investigação e também, como um dia escrevi “ficar à conversa com o Professor Pedro Vicente é uma experiência avassaladora de simplicidade, de humanismo, de argúcia intelectual, de compreensão do mundo e da vida e do papel da história nos nossos dias.” Os meus profundos agradecimentos ao meu amigo, o pintor Manuel Casa Branca que me abriu as portas do seu atelier e da sua galeria, onde passei temporadas – sempre que me permitiam as obrigações profissionais - nos últimos meses, entre a música de que é apaixonado e a beleza etérea da sua pintura, como intitulei o breve texto anterior: “A Poesia da Música ao Som da Pintura”. Esse gesto fraterno do meu amigo foi determinante para chegar ao fim deste trabalho, depois de ultrapassar tantos escolhos exteriores. A galeria 9Ocre foi tantas vezes o meu porto de abrigo. Obrigado Amigo. Agradecer a um restrito grupo de amigos, que como escrevi na última edição do Canto de Intervenção 1960-1974, “cada um à sua maneira iluminam os meus dias”: sugerindo, apoiando, revendo infatigavelmente, encontrando soluções informáticas, enfim reafirmando a solidez da amizade e de como são imprescindíveis na minha vida: sem eles, se existisse, seria infeliz, menos humano, menos sereno, menos fraterno, menos lutador, menos sensível… não existia! Queria também agradecer aos intérpretes, músicos, “cantautores”, investigadores e arabistas que se disponibilizaram a ouvir as minhas interrogações e a sugerir caminhos: Professor António Borges Coelho – decano dos arabistas da contemporaneidade - Professora Teresa Rita Lopes, Dr. Adalberto Alves, Ruben de Carvalho, Luís Represas, Manuel Rocha, Tiago Bensetil e muito especialmente ao Cláudio Torres, Rui Curto, Janita Salomé, João Afonso e também Nuno Bernardo. Aos arabistas A. Borges Coelho, Adalberto Alves e Cláudio Torres e o CAM (Santiago Macias e a restante equipa), José Alberto Alegria e Adel Sidarus uma palavra muito especial pelo contributo decisivo que, cada um à sua maneira, têm tido para a divulgação do legado islâmico em Portugal. A vós devo a revelação desse passado em mim adormecido mas tão forte, tão presente. O meu profundo reconhecimento. Agradecimentos também ao amigo Francisco Constantino Pinto, assim como ao Dr. José Domingues Gaspar e ao Dr. José Gonçalves (CMA) pelas facilidades concedidas. Resumo Fundamentos Históricos da Poesia Luso-Árabe (no Século de Almutâmide) na Nova Música Portuguesa O Amor e o Vinho Eduardo Manuel da Conceição Candeias Raposo Palavras-chave: Poesia, Sul, Portugal, Beleza, Amor, Vinho Temos como objectivo estudar a importância que a Poesia tem na Nova Música Portuguesa, dando assim continuidade cronológica ao estudo anterior, resultante da tese de mestrado e depois publicado: Canto de Intervenção 1960- 1974. A “Canção de Coimbra” levou-nos ao lirismo trovadoresco e este ao Zéjel, nascido em finais do século IX, na região de Córdova, para ser cantado, fruto de um encontro de línguas e culturas. A presença do Sul será sempre uma constante. Percebemos então a importância que o “Século de Almutâmide”- Poeta- Rei (1040-1095) nascido em Beja - poderá ter tido para a génese da nossa poesia lírica, assim como este período de apogeu civilizacional, possibilitou o “caldo de cultura” existente no Garbe al-Andalus, onde poucas décadas depois surgiu o reino de Portugal. Terá sido nos séculos XI e XII que se inicia a “caminhada” poética que percorremos, destacando-se D. Dinis (e seu avô Afonso X, o sábio), João Roiz de Castelo Branco, Bernardim Ribeiro, António Ferreira, Gil Vicente, Luís de Camões, Francisco Rodrigues Lobo, Bocage, Marquesa de Alorna, e as várias gerações do Romantismo, entre outros, que são o rosto visível desta “aventura” lírica que marca indelevelmente a História de Portugal. Pessoa revê-se neste imaginário poético de há quase mil anos. Hoje, em 2009, depois de Coimbra e do Canto de Intervenção, os intérpretes, “cantautores” e “escritores de canções”, identificados com a matriz do génio da nossa música popular, José Afonso, trilharam novos e inovadores caminhos musicais, mas a poesia, a grande poesia é a marca da perenidade. É assim que Sérgio Godinho, Rui Veloso, Janita Salomé, Vitorino, Fausto, Luís Represas e Trovante, mas também a Brigada Víctor Jara, João Afonso, Francisco Naia ou Eduardo Ramos (cantam-se ou) cantam, desde Almutâmide e Ibne Sara a Carlos Tê, João Monge, Carlos Mota de Oliveira, José Jorge Letria, Hélia Correia, Luís Andrade (Pignatelli) e claro, Manuel Alegre, Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Maria Rosa Colaço, José Afonso, entre muitos, não esquecendo os temas de raiz popular. Assim, apenas vos queremos falar da Beleza. Da Beleza presente na Poesia e na Vida, o Amor e o Vinho - temas nos poemas transcritos - elementos caracterizadores deste país com um património genético no Sul mediterrânico, onde o Sol dá o tom certo da sensualidade dos corpos e o vinho produz a languidez da libertação dos sentidos. Deste país que também é fruto da sensibilidade dos seus poetas, dos seus reis-poetas. Bebendo no apogeu civilizacional que acabava de acontecer no al- Andalus e nomeadamente aqui no Garbe – fruto da síntese das civilizações mediterrânicas que o Islão nos legou - nasceu Portugal. E sem esse legado anterior à nacionalidade mas tão presente, no dizer de Adalberto Alves: “nós Portugueses seríamos também outros, menos apaixonados”(…) e “Talvez que a Saudade não fosse dita em português e Camões ou Pessoa não pudessem ter sido.” Summary Historical Grounds of Luso-Arabic Poetry (in the Century of Almutâmide) in New Portuguese Music Love and Wine Eduardo Manuel da Conceição Candeias Raposo Keywords: Poetry, South, Portugal, Beauty, Love, Wine Our aim is to study the importance that Poetry has in the New Portuguese Music, thus giving chronological continuity to the previous study, which resulted from the master’s thesis and was then published: Canto de Intervenção 1960-1974. The “Canção de Coimbra” took us to troubadoresque lyricism and this to Zéjel, born in the end of the IX century, in the region of Córdova, to be sung, the result of a meeting between languages and cultures. The presence of the South will always be a constant. We then understood the importance that “Século de Almutâmide”- Poet-King (1040-1095) born in Beja – could have had to the genesis of our lyrical poetry, as well as how this period of civilizational apex, enabled the “cultural melting pot” which existed in Garbe al-Andalus, where a few decades later the kingdom of Portugal would arise. It was in the XI and XII century that the poetic “path” we travelled began, with highlight to D. Dinis (and his grandfather Afonso X, the wise), João Roiz de Castelo Branco, Bernardim Ribeiro, António Ferreira, Gil Vicente, Luís de Camões, Francisco Rodrigues Lobo, Bocage, Marquesa de Alorna, and the many generations of Romanticism, among others, who are the visible face of this lyrical “adventure” which indelibly marks the History of Portugal. Pessoa sees himself in this poetic imaginary of almost a thousand years.
Recommended publications
  • Allemand a Venir…
    FRANCAIS PAGES DE 1 A 76 ANGLAIS PAGES DE 76 A 167 ITALIEN PAGES DE 167 A 177 PORTUGUAIS PAGES DE 177 A 180 ESPAGNOL PAGES DE 180 A 183 NEERLANDAIS PAGES DE 183 A 189 ALLEMAND A VENIR… FA 1716 CA IRA MON AMOUR 1789 FA 1714 POUR LA PEINE 1789 FA 1715 SUR MA PEAU 1789 FA 1717 JE VEUX LE MONDE 1789 F 0869 PARTIR UN JOUR 2 BE 3 F 0944 POUR ETRE LIBRE 2 BE 3 F 0006 EN BLUES JEANS ET BLOUSON D'CUIR ADAMO F 0727 MES MAINS SUR TES HANCHES ADAMO F 0728 UNE MECHE DE CHEVEUX ADAMO F 0729 INCH'ALLAH ADAMO F 0730 VOUS PERMETTEZ MONSIEUR ADAMO F 0731 TOMBE LA NEIGE ADAMO F 0732 A VOT' BON CŒUR ADAMO F 0733 LES FILLES DU BORD DE MER ADAMO F 0734 VIENS MA BRUNE ADAMO F 0735 TON NOM ADAMO F 0736 QUAND LES ROSES ADAMO F 0737 N'EST-CE PAS MERVEILLEUX ADAMO F 0738 LA NUIT ADAMO F 0739 UNE LARME AUX NUAGES ADAMO F 1917 MAUVAIS GARCON ADAMO F 1918 SANS TOI MA MIE ADAMO FA 0360 C'EST MA VIE ADAMO FA 0569 L'AMOUR TE RESSEMBLE ADAMO FA 0677 Le néon ADAMO FA 0916 A DEMAIN SUR LA LUNE ADAMO FA 0917 ACCROCHE UNE LARME AUX NUAGES ADAMO FA 0918 ALORS REVIENS ADAMO FA 0919 CAR JE VEUX ADAMO FA 0920 COMME TOUJOURS ADAMO FA 0921 EN BANDOUILLERE ADAMO FA 0922 ENSEMBLE ADAMO FA 0923 J'AIME ADAMO FA 0924 J'AVAIS OUBLIE QUE LES ROSES SONT ROSES ADAMO FA 0925 JE VOUS OFFRE ADAMO FA 0926 LE BARBU SANS BARBE ADAMO FA 0927 LE RUISSEAU DE MON ENFANCE ADAMO FA 0928 MANUEL ADAMO FA 0929 PETIT BONHEUR ADAMO FA 0451 SOMEOME LIKE YOU ADELE FA 0786 ROLLING IN THE DEEP ADELE FA 0787 SKYFALL ADELE F 0856 CHIC PLANETE AFFAIRE LUIS TRIO F 1487 AMI - OH ( AMIE ) AFRICAN CONNECTION F 1807
    [Show full text]
  • O Jardim Das Cerejeiras
    O jardim das cerejeiras Versão: 1.3 Escrito por Anton Tchékhov - 1904 Traduzido por Jorge Maricato - 2013 Personagens ● LIUBOV ANDRÊIEVNA RANÉVSKAI (Madame RANÉVSKAI), a proprietária das terras ● ÂNIA, sua filha, 17 anos ● VÁRIA (BÁRBARA MIHAILÓVNA), sua filha adotada, 27 anos ● LEÔNID ANDREIÊVITCH GAÉV, Irmão de madame Ranévskai ● IERMOLAI ALEXEIÊVITCH LOPAKHIN, um comerciante ● PIOTR SERGEIÊVITCH TROFÍMOV (PÉTIA), um estudante ● BÓRIS BORISSOVITCH SIMEONOV-PISCHIN, um proprietário de terras ● CHARLOTA IVANÓVNA, uma governanta ● SÍMEON PANTELEIÊVITCH IEPIKHODOV, um escriturário ● DUNIACHA (AVDÓTIA FEDORÓVNA), uma criada ● FIERS, um velho servo, 87 anos ● IACHA, um servo novo ● Um vagabundo ● Um chefe de estação de trem ● Um carteiro ● Convidados ● Um servo A peça ocorre no patrimônio de madame RANÉVSKAI. PRIMEIRO ATO Um quarto que ainda é chamado de “berçário”. Uma das portas leva para o quarto de ÂNIA . O nascer do sol se aproxima. Mês de maio. As cerejeiras estão dando flores, mas está frio no jardim. Uma geada precoce aparece. As janelas do quarto estão fechadas. DUNIACHA entra com uma vela e LOPAKHIN com um livro em mãos. LOPAKHIN. O trem chegou, graças a Deus. Que horas são? DUNIACHA. Quase duas horas. [Apaga a vela.] Já está Claro. LOPAKHIN. Quanto tempo o trem se atrasou? Duas horas no mínimo. [ Boceja e se espreguiça ] Eu sou mesmo um desastre! Eu vim para cá apenas para encontrá-la na estação, e acabei dormindo... Na minha cadeira. Uma pena. Você deveria ter me acordado! DUNIACHA. Eu pensei que você tinha ido embora. [ Ouve ] Eu acho que eles estão chegando. LOPAKHIN. [ Ouve ] Não... Eles terão que carregar as bagagens e vão demorar..
    [Show full text]
  • Semi-Rápidas Dezembro 2018
    Lista de ELO actualizada Semi-rápidas Dezembro 2018 ID_No Nome ELO Nacional 1 Manuel Vaz Vieira (GMI) 2562 2 Tiago Manuel (GM) 2495 3 Nuno Vieira (GM) 2164 4 Fernando Gonçalves (GM) 2060 5 Manuel Cardoso 1974 6 José Carlos Anjos (M) 1950 7 Veríssimo Dias (GM) 1946 8 Justino Miguel (M) 1914 9 Perfeito Aguiar 1898 10 Joaquim Silva(Pardal) (M) 1890 11 Fernando Pinto 1870 12 Sérgio Bonifácio 1867 13 Mário Silva 1866 14 Luís Carvalho 1830 15 João Sepanas 1820 16 Luís Miguel 1810 17 Medalha da Silva (GM) 1803 18 Vasco Esperança 1802 19 Delfim Alves 1801 20 Amadeu Neves 1798 21 Manuel Cunha 1789 22 Carlos Bastos 1786 23 Vitor Nédio 1783 24 António Figueiredo 1780 25 Joaquim Ferreira 1775 26 Luís Sá 1769 27 Manuel Silva (Norte) 1768 28 Luís Leite 1753 29 Alcides Ferreira 1751 30 José Melo 1749 31 Manuel Madureira 1745 32 João Carlos 1737 33 Alexandre Martins 1727 34 João Oliveira 1723 35 José Ramalho 1718 36 Nélson Monteiro 1711 37 José Monteiro 1707 38 Camilo Silva 1705 39 José Dias Pereira 1695 40 António Almeida 1692 41 Carlos Gonçalves 1692 42 Helder Sebastião 1657 43 Ferreira da Silva 1653 44 Ricardo Araújo 1653 45 Carlos Pereira 1651 46 Idalino Lopes 1645 47 Pedro Monteiro 1644 48 Amadeu Silva 1643 49 José Barreira 1639 50 Arlindo Roda 1635 51 António Martins 1618 52 Abílio Pereira 1604 53 José Rocha 1604 54 Luís Prazeres 1596 55 António Estrela 1588 56 Délio Nunes 1588 57 Faustino Oliveira 1580 58 João Rodrigues 1576 59 Fernando Beça 1564 60 Deolindo Silva 1556 61 Joaquim Faustino 1542 62 Luís Severo 1535 63 Fernando Varela 1532 64 Leandro
    [Show full text]
  • O Imaginêrio De Antonio Carlos Jobim
    O IMAGINÁRIO DE ANTONIO CARLOS JOBIM: REPRESENTAÇÕES E DISCURSOS Patrícia Helena Fuentes Lima A dissertation submitted to the faculty of the University of North Carolina at Chapel Hill in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy in the Department of Romance Languages (Portuguese). Chapel Hill 2008 Approved by: Advisor: Monica Rector Reader: Teresa Chapa Reader: John Chasteen Reader: Fred Clark Reader: Richard Vernon © 2008 Patrícia Helena Fuentes Lima ALL RIGHTS RESERVED ii ABSTRACT PATRÍCIA HELENA FUENTES LIMA: Antonio Carlos Jobim: representações e discursos (Under the direction of Monica Rector) My aim with the present work is to describe the personal and creative trajectory of this artist that became known to his audience and people as a hero in the mythological sense—an individual that constructs a series of victories and defeats that continues until death, after which he is glorified by his community. Therefore, I approach the narratives that made him famous: the ones produced by the print press as well as those texts that negotiate meaning, memory, domain and identity created by his fans. I will place special emphasis on the fact that his public produced a definitive narrative about his figure, an account imbued with devotion, familiarity and creativity following his death. More specifically, I identify intertwined relations between the Brazilian audience and the media involved with creating the image of Antonio Carlos Jobim. My hypothesis is that Antonio Carlos Jobim’s image was exhaustively associated with the Brazilian musical movement Bossa Nova for ideological reasons. Specially, during a particular moment in Brazilian history—the Juscelino Kubitschek’s years (1955-1961).
    [Show full text]
  • Leiria No Pelotão Da Frente Com Mais Empresas
    Fundador Adriano Lucas (1925-2011) | Director Adriano Callé Lucas 7 DE ABRIL DE 2016 QUINTA-FEIRA | 0,65 EUROS LEIRIA NO PELOTÃO DA FRENTE COM MAIS EMPRESAS Empresa especialista em informação sobre o tecido empresarial coloca Leiria na linha da frente dos distritos com mais empresas no País. Estudo aponta que são já 21 mil empresas na região, número que a coloca na 6.ª posição Página 24 LUÍS FILIPE COITO Associação contra plantação de eucaliptos na Lagoa da Ervedeira Leiria | P4 Empresário da Benedita é um dos ‘tubarões’ da SIC Programa ‘Shark Tank’ | P9 PS recua e mantém expulsão de Diogo Coelho Pedrógão Grande | P2 Valorlis dasafia escolas a reciclar Projecto ambientali Região | P7 sensibiliza criançasi Triatlo vai levar 400 para preservação do Lisi atletas à Ervedeira Prova junto a lagoa | P17 Projecto 'Roteiro do Ambiente' sensibiliza alunos de Leiria para a preservação e defesa do Rio Lis Página 2 02 | 7 ABR 2016 | QUINTA-FEIRA Ana Pedroso apresenta ‘A Ponte para a Felicidade’ em Leiria ‘A Ponte para a Felicidade’ é o nome do livro de Ana Pedroso, que vai ser apresentado no próximo sábado, pelas 17h00, na Fnac de Leiria. O pedido das crianças foi o mote Leiria para este livro, “num apelo a que os adultos se despertem, escutem, confiem e amem”. dado com as crianças, mais hi- Roteiro sensibiliza crianças póteses temos para despertar nelas a consciência da preser- vação”. A vereadora faz saber que é também importante “ga- para a importância dos rios rantir a qualidade, o acesso e o uso responsável da água, sen- sibilizando desde cedo as pes- soas para a necessidade de se Ambiente Cerca de 29 alunos do concelho de Leiria estiveram, ontem, junto ao Lis para uma “apro- usar este recurso de uma forma ximação à natureza e ao rio”.
    [Show full text]
  • Comunicado Oficial N.: 423 Data:26/04/2019
    COMUNICADO OFICIAL N.: 423 DATA:26/04/2019 CONTABILIZAÇÃO DE CARTÕES AMARELOS Para conhecimento dos Sócios Ordinários, Clubes, Sociedades Desportivas e demais interessados, nos termos do disposto no artigo 170.º do Regulamento Disciplinar, publica-se, em anexo, a listagem dos cartões amarelos aplicados nas competições relevantes para esse efeito. No caso de ocorrer num jogo, a acumulação de um cartão amarelo com um cartão vermelho e sem prejuízo da sanção decorrente deste último, o cartão amarelo acumula para os efeitos do disposto no artigo 170.º, supramencionado. Pel’A Direção da FPF Contabilização de Cartões Amarelos LIGA REVELAÇÃO SUB-23 Jogador Clube Nr Cartões ADELCIO HELDER SILVA VARELA OS BELENENSES, SAD 10 PEDRO MANUEL GRACIO LAGOA ACADÉMICA COIMBRA/OAF SDUQ 9 SAMIR BANJAI ACADÉMICA COIMBRA/OAF SDUQ 9 PEDRO HENRIQUE BARCELOS SILVA CD COVA PIEDADE, SAD 9 JOAO OTHAVIO BASSO ESTORIL PRAIA, SAD 9 FABIO MUTARO BALDE SC BRAGA SAD 9 JORGE DANIEL ABREU VILELA CD AVES, SDUQ 8 DANNY AGOSTINHO HENRIQUES OS BELENENSES, SAD 8 DIOGO JOAO MIRANDA BIANCHI REIS SANTOS RIO AVE FC, SDUQ 8 VITOR EMANUEL ARAUJO FERREIRA RIO AVE FC, SDUQ 8 PAULO LUCAS SANTOS PAULA SPORTING CP, SAD 8 BERNARDO GIL COUTINHO MORGADO VITÓRIA FC, SAD 8 SÁVIO RIOBERTO JULIÃO FIGUEIREDO VITÓRIA FC, SAD 8 LUIS ANDRE LEITE ESTEVES VITÓRIA SC, SAD 8 NUNO FILIPE ESGUEIRAO DUARTE VIEIRA ACADÉMICA COIMBRA/OAF SDUQ 7 KADU RIBEIRO DURVAL ESTORIL PRAIA, SAD 7 DIOGO SANTOS CABRAL OS BELENENSES, SAD 7 LUCA VAN DER GAAG OS BELENENSES, SAD 7 ABDU CADRI CONTE SPORTING CP, SAD 7 JOAO PAULO
    [Show full text]
  • Último Encontro Antes Do Embate Com a Suécia
    COMITIVA PROGRAMA SELEÇÃO NACIONAL 02.09.2013 segunda-feira 15h00 Contactos informais com os OCS em Óbidos Hotel Marriot, Praia d’El Rey Até às 15h00 Concentração dos jogadores em Óbidos Hotel Marriot, Praia d’El Rey 17h30 Treino (Fechado – 15 minutos OCS) Campo de treinos do Hotel Marriot 03.09.2013 terça-feira 10h30 Treino (Fechado – 15 minutos OCS) Campo de treinos do Hotel Marriot 12h45 Roda de Imprensa com um jogador em Óbidos Hotel Marriot, Praia d’El Rey 04.09.2013 quarta-feira 10h30 Treino (Fechado – 15 minutos OCS) Campo de treinos do Hotel Marriot 12h45 Roda de Imprensa com um jogador em Óbidos Hotel Marriot, Praia d’El Rey 05.09.2013 quinta-feira 10h25 Partida de Lisboa para Belfast Voo MZ 6441 13h15 Chegada a Belfast 19h30 Treino em Besfast Windsor Park Após o treino Conferência de Imprensa com o Selecionador Windsor Park Nacional, Paulo Bento, em Belfast 06.09.2013 sexta-feira 19h45 Jogo IRLANDA DO NORTE vs PORTUGAL Windsor Park Após o jogo Conferência de Imprensa com o Selecionador Windsor Park Nacional, Paulo Bento, e Zona Mista 00h00 Partida de Belfast para Boston Voo MZ 6451 07.09.2013 sábado 02h00 Chegada a Boston 17h00 Treino (Fechado – 15 minutos OCS) Campo de Treinos Gillette Stadium 08.09.2013 domingo Antes do treino Roda de Imprensa com um jogador Campo de Treinos Gillette Stadium 10h00 Treino (Fechado – 15 minutos OCS) Campo de Treinos Gillette Stadium 09.09.2013 segunda-feira 15h00 Conferência de Imprensa com o Selecionador Gillette Stadium Nacional, Paulo Bento 19h30 Treino (Fechado – 15 minutos OCS) Gillette Stadium 10.09.2013 terça-feira 21h00 Jogo BRASIL vs PORTUGAL Gillette Stadium Após o jogo Conferência de Imprensa com o Selecionador Gillette Stadium Nacional, Paulo Bento, e Zona Mista 11.09.2013 quarta-feira 02h00 Partida de Boston Voo MZ 6432 13h05 Chegada a Lisboa Nota: As horas indicadas no programa são as locais.
    [Show full text]
  • Cátia Almeida Caro Memórias Musicais Em Pessoas Idosas
    CÁTIA ALMEIDA CARO MEMÓRIAS MUSICAIS EM PESSOAS IDOSAS UNIVERSIDADE DO ALGARVE Escola Superior de Educação e Comunicação 2019 1 CÁTIA ALMEIDA CARO MEMÓRIAS MUSICAIS EM PESSOAS IDOSAS Mestrado em Gerontologia Social Trabalho efetuada sob a orientação de: Prof.ª Doutora Aurízia Anica UNIVERSIDADE DO ALGARVE Escola Superior de Educação e Comunicação 2019 2 MEMÓRIAS MUSICAIS EM PESSOAS IDOSAS CÁTIA CARO MEMÓRIAS MUSICAIS EM PESSOAS IDOSAS Mestrado em Gerontologia Social Declaração de autoria do Trabalho de Investigação Eu, Cátia Almeida Caro, declaro ser a autora deste trabalho de investigação, que é original e inédito. Autores e trabalhos consultados estão devidamente citados no texto e constam da listagem de referências bibliográficas incluída. (Cátia Almeida Caro) Direito de cópia ou Copyright® Copyright®: (Cátia Almeida Caro) A Universidade do Algarve reserva para si o direito, em conformidade com o disposto no Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, de arquivar, reproduzir e publicar a obra, independentemente do meio utilizado, bem como de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição para fins meramente educacionais ou de investigação e não comerciais, conquanto seja dado o devido crédito ao autor e editor respetivos. i MEMÓRIAS MUSICAIS EM PESSOAS IDOSAS CÁTIA CARO AGRADECIMENTOS A conclusão deste trabalho apenas foi possível graças ao apoio incondicional de algumas pessoas ao longo deste percurso, às quais gostaria de agradecer: À Professora Doutora Aurízia Anica, pela sua disponibilidade e colaboração ao longo do desenvolvimento deste trabalho; À Universidade do Algarve para a Terceira Idade, sua Direção técnica e alunos, que prontamente abriram as portas da instituição e colaboraram neste estudo; Ao meu marido, Igor Glória, por acreditar nas minhas capacidades, motivando-me a nunca desistir; À minha mãe, Caetana Almeida Caro, por todo o carinho e apoio prestado.
    [Show full text]
  • Os Festivais Da Canção Enquanto Eventos Midiáticos: Brasil E Portugal
    OS FESTIVAIS DA CANÇÃO ENQUANTO EVENTOS MIDIÁTICOS: BRASIL E PORTUGAL. José Fernando Saroba Monteiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Os festivais da canção, tal como os conhecemos hoje, surgem ainda na década de 1950, com o precursor Festival de San Remo (Festival della Canzone Italiana), inaugurando o formato festival que logo foi copiado por países no mundo todo, dando origem a uma infinidade de festivais nacionais, e outros tantos, fazendo competir diferentes países e, por vezes, de diferentes continentes. Dentre os mais conhecidos festivais estão: o Festival Eurovisão da Canção, surgido em 1956, na esteira do festival italiano, e o primeiro a fazer competir países entre si; o Festival Intervisão, tendo a mesma concepção do Festival Eurovisão, mas direcionado para os países do bloco soviético; o Festival OTI, voltado para os países iberoamericanos; e poderíamos assinalar uma infinidade de outros festivais nacionais, muitos deles responsáveis pela escolha de uma canção representante no Festival Eurovisão (quando se tratando do quadro europeu), como é o caso do Festival RTP da Canção, iniciado em 1964 em Portugal, justamente para escolher sua representante no eurofestival, mas muitos outros atingindo certa autonomia e reconhecimento inclusive internacionalmente, como o Festival Yamaha, realizado em Tóquio, reunindo artistas de inúmeros países, o Festival de Atenas, de caráter multicultural, o Festival de Sopot, e, dentre outros, o Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, dividido em duas fases, uma nacional e outra internacional, nesta segunda, notadamente, os vencedores nacionais competiam com canções representantes de países de todo o mundo. Surgidos a partir da década de 1950, os festivais da canção puderam contar com o inovador recurso da imagem, possibilitado pelo advento da televisão, que se desenvolvia e se propagava justamente nesta mesma década.
    [Show full text]
  • Selección De Memorias Del Máster De Diplomacia Y Relaciones Internacionales 2017-2018
    Selección de memorias del Máster de Diplomacia y Relaciones Internacionales 2017-2018 CUADERNOS DE LA ESCUELA DIPLOMÁTICA Selección de memorias del Máster de Diplomacia y Relaciones Internacionales 2017-2018 Nota Legal A tenor de lo dispuesto en la Ley de Propiedad Intelectual, no está permiti- da la reproducción total o parcial de esta publicación, ni su tratamiento informáti- co, ni la transmisión de ninguna forma o por cualquier medio, ya sea electrónico, por fotocopia, por registro u otros métodos, ni su préstamo, alquiler o cualquier otra forma de cesión de su uso, sin el permiso previo y por escrito del autor, sal- vo aquellas copias que se realicen para uso exclusivo del Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación”. MINISTERIO DE ASUNTOS EXTERIORES, UNIÓN EUROPEA Y COOPERACIÓN © de los textos sus autores © de la presente edición 2018: Escuela Diplomática Paseo de Juan XXIII, 5 - 28040 Madrid NIPO ESTABLE: (en línea) 108-19-002-1 NIPO ESTABLE: (en papel) 108-19-001-6 ISSN: 0464-3755 Depósito Legal: M-28074-2020 DISEÑA E IMPRIME: IMPRENTA DE LA DIRECCIÓN GENERAL DE COMUNICACIÓN, DIPLOMACIA PÚBLICA Y REDES DISEÑO PORTADA: JAVIER HERNÁNDEZ: (www.nolson.com) Reproducción en papel para conservación, consulta en biblioteca y uso exclusivo en sesiones de trabajo. Catálogo General de Publicaciones Oficiales de la Administración del Estado. https://publicacionesoficiales.boe.es "En esta publicación se ha utilizado papel reciclado libre de cloro de acuerdo con los criterios medioambientales de la contratación pública". Índice Nota Legal ........................................................................................................ 6 PRIMERA MEMORIA POR LUIS ÁLVAREZ LÓPEZ EL FESTIVAL DE EUROVISIÓN: un atípico Concierto Europeo ...................................................................... 13 AGRADECIMIENTOS ....................................................................................
    [Show full text]
  • Os Cinquenta Anos Do Festival Eurovisivo Português
    Revista Brasileira de Estudos da Canção – ISSN 2238-1198 Natal, n.6, jul-dez 2014. Disponível em: www.rbec.ect.ufrn.br Festival RTP da Canção: Os cinquenta anos do festival eurovisivo português José Fernando Saroba Monteiro1 [email protected] Resumo: Em 2014 o Festival RTP da Canção chega ao seu cinquentenário. Surgido para escolher uma canção portuguesa para concorrer no Festival Eurovisão da Canção, o festival português tornou-se uma plataforma para o descobrimento e reconhecimento de diversos artistas, além de apresentar canções que hoje são vistas como verdadeiras expressões da alma portuguesa. Mesmo Portugal nunca tendo vencido o Eurovisão, o Festival RTP da Canção continua a ser realizado como uma forma de celebração da música portuguesa e de erguer os ânimos da produção musical em nível nacional. Palavras-chave: Festival RTP da Canção; Festival Eurovisão da Canção; Música Portuguesa. Abstract: In 2014, the RTP Song Festival reaches its fiftieth anniversary. Arisen to choose a Portuguese song to compete in the Eurovision Song Contest, the Portuguese festival has become a platform for the discovery and recognition of several artists, as well as to present songs that are seen today as a true expression of the Portuguese soul. Although Portugal has never won the Eurovision, the RTP Song Festival continues to be held as a way to celebrate the Portuguese music and to raise the spirits of music production at national level. Keywords: RTP Song Festival; Eurovision Song Contest; Portuguese Music. Introdução Surgido em 1964 com a finalidade de escolher uma canção para representar Portugal no Festival Eurovisão2, o Festival RTP da Canção completa, em 2014, cinquenta anos.
    [Show full text]
  • Novas Manifestações Estéticas E Ideológicas Na Canção De
    novas manifestações estéticas e ideológicas na canção de intervenção portuguesa New aesthetical and ideological manifestations in Portuguese political musical compositions Ana Maria Simão Saldanha1 resumo: A Revolução que se operou em Portugal em 1974 não se exprimiu, apenas, no campo econômico-social e político e no campo da literatura, tendo-se, igualmente, revelado no domínio das artes visuais e no domínio da canção e da música. Com este artigo, pretendemos abordar as manifestações acústicas que, desde a segunda metade do século XX, nos permitem acompanhar as graduais alterações sociossimbólicas ocorridas em Portugal, as quais consubstanciam transfor- mações estéticas e ideológicas que se revelarão na sua plenitude após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Com efeito, quer a música contestatária, quer as artes, em geral, incitaram, até à eclosão da Revolução, à luta contra o regime instalado, utilizando novas imagens e novos símbolos, numa atitude estética e ideológica que se contrapunha ao esteticismo veiculado pela ditadura (1926- 1974). Esta atitude visual e musical atingirá o seu apogeu após a Revolução portuguesa, quando a arte acompanhará o público saindo do silêncio a que a censura a havia votado e impondo-se no ruído das ruas e vozes portuguesas. palavras-chave: música de intervenção; Revolução portuguesa; estética; simbologia. abstract: The revolution that has taken place in Portugal in 1974 is expressed not only in the socio-economic and political field, but also in literature, in visual arts and in music. With this article, we intend to understand the musical manifestations, which, since the second half of the twentieth cen- tury, allow us to follow the social and symbolic changes in Portugal.
    [Show full text]