Kriolidadi 37

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Kriolidadi 37 2 A Semana - sexta-feira, 3 de Jun. 2005 K R I O L I D A D I CARLOS CARVALHO, presidente do IIPC “Tanto o Estado como os privados têm que fazer cedências” Na sequência da reportagem sobre património histórico privado, publicada neste suplemento há três semanas atrás, Kriolidadi mostra agora a resposta do presidente do Instituto da Investigação e do Património Culturais, Carlos Carvalho, às críticas dos proprietários. A discussão está em aberto, numa altura em que o IIPC prepara a candidatura do plateau da Praia a Património da Humanidade. POR: PEDRO MIGUEL CARDOSO Kriolidadi - Os proprietários de casas como uma mais-valia, como acontece em todo classificadas dizem que a lei do patrimó- o mundo, e agir de acordo com isso. Actual- nio em vigor encarrega-os de uma série de mente, os proprietários apenas vêem as suas obrigações mas não contempla os seus di- casas como algo que não lhes traz mais-valias reitos. Ao mesmo tempo, numa mesa-re- económicas e financeiras. donda recente onde esta questão foi discu- - Mas isto acontece porque o actual qua- tida, defendeu a revisão da lei. O que é que dro legislativo não os favorece. tem que mudar? - Concordo, mas mesmo que os favoreces- Carlos Carvalho - O dispositivo legal so- se, em muitos casos a questão manter-se-ia, bre o património é uma lei global datada de porque o que a maioria dos proprietários quer finais de 1990, cujo grande problema é não ter é rentabilizar um espaço que vale ouro, atra- sido regulamentada. Assim sendo, actualmen- vés da demolição das casas antigas e da cons- te não há nenhum dispositivo com força legal trução de outra, no seu lugar. Esse é que é o que enquadre a classificação do património. É grande problema. Mas se permitimos que os por isso necessário rever, regulamentar e ac- moradores derrubem os edifícios a seu bel-pra- Património Património tualizar a lei para ficarmos a saber, por exem- zer, daqui a pouco não há mais centro históri- plo, que critérios devem ser tomados em con- co na Praia nem em qualquer outro lado. ta na hora de classificar os bens ou que regime - Que alternativas poderão ser então cri- de compensações poderemos aplicar. Entretan- adas? to, já estabelecemos contactos com a UNES- - Terá que ser encontrada uma solução onde CO para nos ajudar com estas questões. ninguém saia prejudicado, que poderá passar, - Quando é que estes regulamentos es- por exemplo, pela atribuição de terrenos. No tarão prontos? entanto, penso que a alternativa devia ter sem- - É uma questão que permanece em aber- pre em conta, preferencialmente, a fixação das to, porque precisamos de meios financeiros. pessoas no Plateau, para evitar a desertifica- Mas ainda antes dos regulamentos precisamos ção do centro histórico. de inventariar todos os bens culturais a nível - Uma das queixas dos proprietários é a nacional, o que até agora só foi feito nos mu- de que não foram tidos nem achados ao lon- nicípios da Praia, Mindelo, S. Filipe e Ribeira go de todo o processo de classificação das Grande. Mas também estes inventários preci- casas, e que souberam que viviam num imó- sam de ser actualizados. Só depois de termos vel “especial” por acaso. concluído todo o levantamento é que passare- - A classificação das casas do centro históri- mos à fase da classificação. co da Praia foi feita pelo Gabinete de Salvaguar- - Fizeram já a calendarização destas ac- da do Plateau, não pelo IIPC. No entanto, duvi- tividades? do que as pessoas não soubessem que as suas - Para já, o que temos previsto é uma for- casas estavam a ser classificadas, ainda para mais mação em 2006, na Direcção-Geral do Patri- vivendo lá. Não digo que não se tenha passado mónio em França, onde vamos aprender no- desta forma, mas ponho as minhas dúvidas. vas técnicas de inventariação. - Um dos donos de uma destas casas, que - No que toca ao património, de que for- Kriolidadi entrevistou, falou de um “ping- ma se podem compatibilizar os interesses pong” de responsabilidades entre o Minis- públicos e privados? tério da Cultura e a Câmara Municipal da - Acima de tudo, tem que haver uma deci- Praia, quando chegou o momento de pro- são política quanto ao património que já foi curar respostas sobre o porquê da sua casa classificado e inventariado. E, muito impor- ter sido classificada. Essa alegada falta de tante, tanto o Estado como os privados têm que coordenação entre poder central e autárqui- estar dispostos a fazer cedências, de forma a co, no que toca ao património, é efectiva? alcançarem um equilíbrio de interesses. Por- - O que posso garantir é que, pelo menos que as duas partes têm responsabilidades e di- no caso no caso que li na reportagem, nunca reitos, na sequência dessa classificação. Por um ninguém contactou o IIPC sobre esse assunto. lado, o Estado tem que proteger o património No entanto, admito que não há uma definição e ter em conta a eventual falta de meios finan- clara da forma como “as coisas” do património ceiros dos proprietários, mas por outro, o dono devem desenrolar-se, onde acaba o papel de um tem também que começar a ver o património e começa o do outro. As câmaras têm feito a A Semana - sexta-feira, 3 de Jun. 2005 3 K R I O L I D A D I PATRIMÓNIO DO ESTADO EM INVENTARIAÇÃO “Inventário” parece ser a palavra de ordem também no que toca ao pa- trimónio não cultural do Estado. Como adiantou António Soares ao Kriolidadi, “neste momento esta- mos a fazer o levantamento e a iden- tificação do património construído, de forma a sabermos com precisão onde está e em que estado está”. Após a conclusão deste instrumen- to, a DGP fará, então, uma estimativa do montante necessário para a remo- delação do património. Embora o processo ainda esteja sua gestão do património, mas cabe unicamen- - Em que ponto se encontra o dossier de outro, é o mesmo Estado que se desleixa em curso, o Director-Geral do Patri- te ao Ministério da Cultura a classificação. candidatura? em relação aos imóveis que possui. Como mónio antecipa-se: “O nosso patri- - O Ministério da Cultura está a desen- - Na próxima semana vou para o Benin, reage a estas críticas? mónio encontra-se muito degradado volver algum trabalho para acabar com esta participar num atelier de formação da UNES- - Não lhes reconheço qualquer fundamen- e vamos precisar de um grande in- indefinição? CO sobre a preparação de propostas de inscri- to. Quando dizem que o Estado deixa cair o vestimento distribuído por várias fa- - Numa reunião que fiz em Santo Antão ções de bens culturais candidatos à inscrição património histórico que detém é porque des- ses, para que chegue a um estado aceitável. Somos um país sem mui- com os autarcas, depois das últimas eleições na Lista de Património Mundial. A partir daí conhecem o que temos estado a fazer um pou- tos recursos, e por isso o restauro municipais, decidimos concertar esforços para vamos ficar mais capacitados para tentarmos co por todo o país. É lógico que não temos dos imóveis que nos pertencem sem- definir os perímetros dos vários centros histó- levar o processo a bom porto. [Este atelier de dinheiro para reabilitar tudo de uma vez. E por pre foi secundarizado”. ricos, para depois podermos fazer o inventá- formação decorreu durante uma semana e ter- isso estas recuperações têm ser suportadas, A inventariação está a ser condu- rio e a classificação dos espaços. Mas às ve- mina hoje.] Na minha opinião temos que ca- quase obrigatoriamente, pelo financiamento de zida pela DGP, em conjunto com as zes o que se programa não se cumpre e para minhar para transformar aquele planalto num entidades externas. câmaras municipais. Segundo Antó- já, pouco foi feito nesse sentido. No entanto centro cultural com salas de espectáculo, mu- - O que é que o IIPC está a fazer nesta nio Soares, esta parceria permitirá estamos todos empenhados em criar as condi- seus, com o Palácio da Cultura. área, em concreto? “clarificar que património é da autar- quia e que património é do Estado”, ções para que isso aconteça, até porque as pró- - Essa aposta passará, decerto, pela cri- - Em S. Nicolau, por exemplo, estamos dada a indefinição “que se coloca em prias Câmaras Municipais precisam de ter esse ação do tão falado Museu Nacional, no a investir na recuperação da Igreja da Nossa várias situações e que criou já algu- instrumento para a gestão urbana. Quartel Jaime Mota. Em que ponto está esse Senhora do Rosário, do Forte da Preguiça, mas confusões entretanto resolvi- Património - Uma vez que a revisão da lei, a neces- processo? estamos a ver as possibilidades de intervir- das”. No entanto, garante, “não va- Património sidade de a regulamentar e de encontrar - No que toca ao IIPC, a recolha do espó- mos também no antigo campo de concen- mos expulsar ninguém dos nossos um regime de compensações parece reu- lio museológico está em fase de conclusão. tração do Tarrafal e de criar um museu de edifícios, esta é apenas uma forma de nir consenso de todas as partes envolvidas, Pela informação que tenho, as negociações arte sacra no Seminário; em Santo Antão definir quem detém o quê”. porque é que esta questão apenas está a para a desafectação do quartel do Ministério queremos recuperar a Igreja de Ribeira Entre o património a ser inventari- ser equacionada pelo Estado quinze anos da Defesa estão na fase final. Por isso, parece Grande e vamos criar no Paul um género de ado estará também o de índole histó- rica e cultural.
Recommended publications
  • A Imprensa Em Cabo Verde E No Brasil Um Olhar, Duas Histórias
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS JORNALISMO A IMPRENSA EM CABO VERDE E NO BRASIL UM OLHAR, DUAS HISTÓRIAS ROSSANA PINA RIBEIRO RIO DE JANEIRO 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS JORNALISMO A IMPRENSA EM CABO VERDE E NO BRASIL UM OLHAR, DUAS HISTÓRIAS Monografia submetida à Banca de Graduaçãocomo requisito para obtenção do diploma de Comunicação Social/ Jornalismo. ROSSANA PINA RIBEIRO Orientadora: Profa. Dra. Cristina Rego Monteiro da Luz RIO DE JANEIRO 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO TERMO DE APROVAÇÃO A Comissão Examinadora, abaixo assinada, avalia a Monografia A Imprensa em Cabo Verde e no Brasil. Um olhar, duas histórias. Elaborada por Rossana Pina Ribeiro. Monografia examinada: Rio de Janeiro, no dia........./........./.......... Comissão Examinadora: Orientadora: Profa. Dra. Cristina Rego Monteiro da Luz Doutora em Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação .- UFRJ Departamento de Comunicação - UFRJ Profa. Cristiane Henriques Costa Doutor em Comunicação pela Escola de Comunicação - UFRJ Departamento de Comunicação -. UFRJ Prof. Paulo Guilherme Domenech Oneto Doutor em Filosofia pela Université de Nice (França) Departamento de Comunicação – UFRJ RIO DE JANEIRO 2013 FICHA CATALOGRÁFICA ROCHA, Juliana Marques. Representação da Baixada na mídia: a cobertura da chacina de 31 de março de Ribeiro, Rossana Pina. 2005. Rio de Janeiro, 2005. Jornalismo Comparado: A imprensa em Cabo Verde e no Brasil. Um olhar, duas histórias. Rio de Janeiro, 2013. Monografia (Graduação em Comunicação Social/ Jornalismo) – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Escola de Comunicação – ECO.
    [Show full text]
  • Do Migrants Improve Governance at Home? Evidence from a Voting Experiment *
    Do Migrants Improve Governance at Home? Evidence from a Voting Experiment * Catia Batista and Pedro C. Vicente Forthcoming at World Bank Economic Review Abstract Can international migration promote better institutions at home by raising the demand for political accountability? In order to examine this question, we designed a behavioral measure of the population’s desire for better governance. A postcard was distributed to households with the pledge that, if enough postcards were mailed back, results from a survey module on perceived corruption would be made public in the national media. Using data from a tailored household survey, we examine the determinants of our behavioral measure of demand for political accountability (i.e. of undertaking the costly action of mailing the postcard), and isolate the positive effect of international emigration using locality level variation. The estimated effects are robust to the use of instrumental variables, including both past migration and macro shocks in the migrant destination countries. We find that the estimated effects can be mainly attributed to those who emigrated to countries with better governance, especially return migrants. JEL Codes: F22, O12, O15, O43, P16. Keywords: international migration, governance, political accountability, institutions, effects of emigration in origin countries, household survey, Cape Verde, sub-Saharan Africa. * Catia Batista is Assistant Professor at Trinity College Dublin and Research Affiliate at IZA; her email address is [email protected] . Pedro C. Vicente is Assistant Professor at Trinity College Dublin, Research Associate at CSAE - University of Oxford, and Research Affiliate at BREAD; his email address is [email protected] . The authors gratefully acknowledge useful comments from the editor, Jaime de Melo, and three anonymous referees.
    [Show full text]
  • Estatística Do Acesso E Consumo Da Comunicação Social
    k FICHA TÉCNICA Instituto Nacional de Estatística ESTATÍSTICAS DO ACESSO E CONSUMO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL Inquérito Multiobjetivo Contínuo 2018 Presidente Osvaldo Rui Monteiro dos Reis Borges Vice-Presidente Celso Herminio Soares Ribeiro Departamento de Administração Maria Gorete Carvalho Editor Instituto Nacional de Estatística Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais Rua da Caixa Económica, nº18 Cx. Postal 116, Fazenda, Praia Tel.:+238 61 38 27 / Fax: +238 261 16 56 Email: [email protected] Web Site: www.ine.cv Design e Composição Divisão de Comunicação, Difusão e Relações Institucionais © Copyright 2013 Instituto Nacional de Estatística Apoio ao utilizador Divisão de Comunicação, Difusão e Relações Institucionais Rua da Caixa Económica, nº18 Cx. Postal 116, Fazenda, Praia Tel.: +238 261 38 27 * Fax: +238 261 16 56 * E-mail: [email protected] Data Publicação Agosto 2019 Para quaisquer esclarecimentos, contactar: Departamento das Estatísticas Demográficas e Sociais Diretora - Noemi Rute Ramos E-mail: [email protected] Equipa Técnica Ulisses da Cruz - Email: [email protected] Acesso e Consumo da Comunicação Social, 2018 www.ine.cv | Av. Cidade de Lisboa, 18 CP: 116, Fazenda, Praia | [email protected] |Tel.: +238 261 38 27 4 Acesso e Consumo da Comunicação Social, 2018 CONTEÚDO SIGLAS E ABREVIATURAS ...................................................................................................... 6 LISTA DE TABELAS .................................................................................................................
    [Show full text]
  • Televisão E Democracia Em Cabo Verde: Entre a Expectativa Da Cidada- Nia E As Investidas Políticas
    Anua?rio:Layout 1 09/03/17 11:18 Page 69 Televisão e democracia em Cabo Verde: Entre a expectativa da cidada- nia e as investidas políticas Silvino Lopes Évora* Helena Sousa** Resumo Apesar do fim do monopólio da televisão estatal em Cabo Verde estar previsto desde 1992, foi apenas no final de 2006 que esta ideia política se materializou. A abertura da televisão à iniciativa privada foi sendo sistematicamente adida pelas autorida- des e foi a forte pressão da das empresas interessadas em entrar no mercado e da sociedade civil que tornou este desenvolvimento inevitável. Neste artigo, procura explicar-se um conjunto de factores que contribuiram para esta decisão política e examina-se as principais dinâmicas do sistema mediático cabo-verdiano e respecti- vas conexões com o sistema social mais amplo. Este texto aborda o aparecimento da primeira estação privada oficial que, à margem das determinações legais, recebeu uma licença provisória até à abertura do concurso no qual participou e examina as conexões que os projectos televisivos concorrentes têm com os principais partidos políticos, numa tentativa de iluminar a (re)organização das forças em presença e de reflectir sobre a fragilidade da liberdade de imprensa num país em consolidação democrática. Palavras-chave: Televisão, democracia, liberdade, política, cidadania, Cabo-Verde Apesar das extraordinárias transformações no campo da comunicação e dos media, a televisão continua a ser a principal fonte de informações e de entretenimento para milhares de milhões de pessoas em todo o mundo (Straubhaar, 2007; Tunstall, 2008, Sinclair, 1999). As possibilidades oferecidas pela Internet alteram os padrões de con- sumo televisivo.
    [Show full text]
  • Cabo Verde 2.0. Marca Y Desarrollo Turístico En El Archipiélago
    PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural ISSN: 1695-7121 [email protected] Universidad de La Laguna España Cabo Verde 2.0. Marca y desarrollo turístico en el archipiélago Marcelino, Pedro F.; Oca Gonzaléz, Luzia Cabo Verde 2.0. Marca y desarrollo turístico en el archipiélago PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, vol. 17, no. Esp.3, 2019 Universidad de La Laguna, España Available in: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=88165935004 DOI: https://doi.org/10.25145/j.pasos.2019.17.037 This work is licensed under Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 4.0 International. PDF generated from XML JATS4R by Redalyc Project academic non-profit, developed under the open access initiative Pedro F. Marcelino, et al. Cabo Verde 2.0. Marca y desarrollo turístico en el archipiélago Artículos Cabo Verde 2.0. Marca y desarrollo turístico en el archipiélago Cabo Verde 2.0: desarrollo de marca y turismo en todo el archipiélago Pedro F. Marcelino DOI: https://doi.org/10.25145/j.pasos.2019.17.037 Longyearbyen Consulting, Canadá Redalyc: https://www.redalyc.org/articulo.oa? [email protected] id=88165935004 Luzia Oca Gonzaléz University of Trás#os#Montes, Portugal [email protected] Received: 21 January 2019 Accepted: 18 February 2019 Abstract: is article homes in on the genesis and the development process of tourism in the Cabo Verdes Islands, West Africa, from its definition as a national priority in the post#independence period, to its qualification as a strategic sector in the 1990s, to the prioritizing of the sector as a core economic pillar for the 21s Century.
    [Show full text]
  • Do Migrants Improve Governance at Home? Evidence from a Voting Experiment
    A Service of Leibniz-Informationszentrum econstor Wirtschaft Leibniz Information Centre Make Your Publications Visible. zbw for Economics Batista, Cátia; Vicente, Pedro C. Working Paper Do migrants improve governance at home? Evidence from a voting experiment IZA Discussion Papers, No. 4688 Provided in Cooperation with: IZA – Institute of Labor Economics Suggested Citation: Batista, Cátia; Vicente, Pedro C. (2010) : Do migrants improve governance at home? Evidence from a voting experiment, IZA Discussion Papers, No. 4688, Institute for the Study of Labor (IZA), Bonn This Version is available at: http://hdl.handle.net/10419/36182 Standard-Nutzungsbedingungen: Terms of use: Die Dokumente auf EconStor dürfen zu eigenen wissenschaftlichen Documents in EconStor may be saved and copied for your Zwecken und zum Privatgebrauch gespeichert und kopiert werden. personal and scholarly purposes. Sie dürfen die Dokumente nicht für öffentliche oder kommerzielle You are not to copy documents for public or commercial Zwecke vervielfältigen, öffentlich ausstellen, öffentlich zugänglich purposes, to exhibit the documents publicly, to make them machen, vertreiben oder anderweitig nutzen. publicly available on the internet, or to distribute or otherwise use the documents in public. Sofern die Verfasser die Dokumente unter Open-Content-Lizenzen (insbesondere CC-Lizenzen) zur Verfügung gestellt haben sollten, If the documents have been made available under an Open gelten abweichend von diesen Nutzungsbedingungen die in der dort Content Licence (especially Creative Commons Licences), you genannten Lizenz gewährten Nutzungsrechte. may exercise further usage rights as specified in the indicated licence. www.econstor.eu IZA DP No. 4688 Do Migrants Improve Governance at Home? Evidence from a Voting Experiment Catia Batista Pedro C.
    [Show full text]
  • Universidade De Cabo Verde Université Catholique De Louvain- La-Neuve
    Universidade de Cabo Verde Université Catholique de Louvain- la-Neuve Departamento de Ciências Sociais e Faculté des Sciences Économiques, Humanas Sociales et Politiques Département Sciences Politiques et Sociales AS ELITES POLÍTICAS LOCAIS CABO-VERDIANAS: RECRUTAMENTO, REPRODUÇÃO E IDENTIDADE – ESTUDO DE CASO DOS MUNICÍPIOS DA PRAIA, DE SANTA CATARINA E DE SANTO ANTÃO: 1991-2008 José António Vaz Semedo Tese apresentada para obtenção do Título de Doutor em Ciências Políticas e Sociais Orientadores: Prof. Doutor: Cláudio Alves Furtado Prof. Doutor: Olivier Servais ___________________________________________________ SETEMBRO DE 2012 AS ELITES POLÍTICAS LOCAIS CABO-VERDIANAS: RECRUTAMENTO, REPRODUÇÃO E IDENTIDADE – ESTUDO DE CASO DOS MUNICÍPIOS DA PRAIA, DE SANTA CATARINA E DE SANTO ANTÃO: 1991-2008 José António Vaz Semedo Membros do Júri: Profª. Doutora Ana Cristina Pires FERREIRA (Presidente) _____________________________________________ Prof. Doutor Cláudio Alves FURTADO (Co-orientador) _____________________________________________ Prof. Doutor Olivier SERVAIS (Co-orientador) _____________________________________________ Prof. Doutor José Carlos dos ANJOS (Arguente) _____________________________________________ Prof. Doutor Tangui DE WILDE (Arguente) _____________________________________________ Profª. Doutora Nathalie BURNAY (Arguente) _____________________________________________ Praia, 13 de Setembro de 2012 AGRADECIMENTOS A realização desta tese só se tornou possível, devido ao contributo, ao longo destes quatro anos, de inúmeras
    [Show full text]
  • Cabo Verde: Antologia De Poesia Contemporânea
    Revista África e Africanidades - Ano IV - n. 13 – Maio. 2011 – ISSN 1983-2354 CABO VERDE: ANTOLOGIA DE POESIA CONTEMPORÂNEA António de Névada – Carlota de Barros – Danny Spínola – Dina Salústio – Filinto Elísio – José Luis Hopffer C. Almada – Margarida Fontes – Maria Helena Sato – Mario Lucio Sousa – Oswaldo Osório – Paula Vasconcelos – Vasco Martins – Vera Duarte ILUSTRAÇÕES Abraão Vicente e Mito Elias ORGANIZAÇÃO Ricardo Riso Maio de 2011 1 Revista África e Africanidades - Ano IV - n. 13 – Maio. 2011 – ISSN 1983-2354 ÍNDICE Palavras Iniciais - Nágila Oliveira dos Santos Apresentação - Ricardo Riso POETAS António de Névada Carlota de Barros Danny Spínola Dina Salústio Filinto Elísio José Luis Hopffer C. Almada Poemas de NZé Dy Sant’Y’Águ Poemas de Erasmo Cabral de Almada Poemas de Alma Dofer Catarino Margarida Fontes Maria Helena Sato Mario Lucio Sousa Oswaldo Osório Paula Vasconcelos Vasco Martins Vera Duarte ILUSTRADORES - Biografias Abraão Vicente Mito Elias BIOGRAFIA Ricardo Riso * Imagem da capa: Retrato fingido do poeta em Pessoa. (mix). Mito Elias Técnica mista sobre papel. 15x21 cm. 2011 2 Revista África e Africanidades - Ano IV - n. 13 – Maio. 2011 – ISSN 1983-2354 PALAVRAS INICIAIS Raros são os momentos, no espaço editorial brasileiro, em que de desvela a produção artística de escritores e escritoras que pouco ou quase nunca circulam entre nós e em especial quando nos referimos especificamente sobre as literaturas africanas de língua portuguesa. Desde 2008, a Revista África e Africanidades, através de suas edições trimestrais, vem contribuindo para a inserção e divulgação das manifestações literárias africanas no espaço acadêmico brasileiro. Esforço este realizado tanto a partir da publicação de trabalhos realizados por estudantes e pesquisadores brasileiros quanto da publicação de obras de diversos escritores do outro lado do Atlântico.
    [Show full text]
  • THE LANGUAGE DEBATE in CAPE VERDE a Thesis Presented to The
    THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE A thesis presented to the faculty of the Center for International Studies of Ohio University In partial fulfillment of the requirements for the degree Master of Arts Patrick J. Coonan June 2007 This thesis entitled THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE by PATRICK J. COONAN has been approved for the Center for International Studies by __________________________________________________ Ann R. Tickamyer Professor of Sociology and Anthropology __________________________________________________ Drew McDaniel Interim Director, Center for International Studies Abstract COONAN, PATRICK J., M.A., June 2007, International Development Studies THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE (138 pp.) Director of Thesis: Ann R. Tickamyer In many countries around the world, controversy surrounds state policy on language. The West African archipelago of Cape Verde is no exception. Ever since the country’s independence from Portugal in 1975, a movement of bilingual Cape Verdeans has spearheaded planning efforts for the national language (Cape Verdean Creole) in an attempt to build the case for making that language the country’s co-official language. Nevertheless, these individuals face resistance from other Cape Verdeans who view the project as an attempt to marginalize the current official language (Portuguese) and/or certain regional dialects of Cape Verdean Creole. This study looks at texts taken from the discourse of language policy in Cape Verde in order to identify the language ideologies, i.e. “sets of beliefs about language articulated by users as a rationalization or justification of perceived language structure or use” (Silverstein, 1979, p.497), that Cape Verdeans use to support or to resist certain language policy and planning options.
    [Show full text]
  • O Golfe E Os Rumos Do Cabo Verde Independente Estudos Ibero-Americanos, Vol
    Estudos Ibero-Americanos ISSN: 0101-4064 [email protected] Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Brasil Andrade Melo, Victor O golfe e os rumos do Cabo Verde independente Estudos Ibero-Americanos, vol. 42, núm. 3, septiembre-diciembre, 2016, pp. 888-912 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=134648568005 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto 40 ANOS DE INDEPENDÊNCIA EM ÁFRICA http://dx.doi.org/10.15448/1980-864X.2016.3.23429 O golfe e os rumos do Cabo Verde independente* Golfing and the independent Cape Verde directions El golf y los caminos del Cabo Verde independiente Victor Andrade Melo** Resumo: Em função de uma série de peculiaridades, o golfe tem desempenhado um importante papel na história de Cabo Verde. A prática, que tem uma longa trajetória no arquipélago, em diversas ocasiões foi mobilizada a fim de materializar a ideia de que o cabo-verdiano era portador de um alto padrão civilizacional. No período colonial, essa foi uma das estratégias pelos nativos usada para lidar com o jugo da metrópole, argumento utilizado para requisitar maior respeito às especificidades e atenção às necessidades locais. O que terá mudado nas considerações sobre esse esporte quando chegou a independência (1975)? Que diferenças podem ser sentidas nas décadas seguintes? Neste artigo, argumentamos que os discursos sobre a modalidade nos ajudam a lançar um olhar sobre os debates acerca dos rumos do país insular nos últimos 40 anos.
    [Show full text]
  • Imprensa Cabo-Verdiana: Mapeamento Do Campo
    Imprensa Cabo-verdiana: Mapeamento do campo Imprensa Cabo-verdiana: Mapeamento do campo Silvino Lopes Évora Edição NÓS MEDIA, 2006. Índice Págs A Semana………………………………………………………………………...………2 Expresso das Ilhas…………………………………………………………………...…..3 Liberal………………………………………………………………………………...….4 Paralelo…………………………………………………………………………………..5 Visão News……………………………………………………………………...……….6 Tarrafal………………………………………………………………….……………….7 Sport Kriolu…………………………………………………………………..………….8 Terra Nova………………………………………………………………….……………9 Rádio Nova………………………………………………………….………………….10 Crioula………………………………………………………………………………….12 Revista Mindelact……………………………………………………………………....13 TCV………………………………………………………………………………….…14 Voz di Povo…………………………………………………………………………….15 Inforpress…………………………………………………………….…………………15 Rádio Voz de Santa Cruz……………………………………………………...………..16 A Rádio Comunitária Voz de Ponta d’Água…………………………………………...17 Rádio Comunitária para o Desenvolvimento da Mulher………………………….……18 Rádio Comunitária da Brava…………………………………………………..……….19 Silvino Lopes Évora www.nosmedia.wordpress.com 1 Imprensa Cabo-verdiana: Mapeamento do campo A SEMANA Contacto Morada : Palmarejo, Cidade da Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde Telefone : 262 86 62 Fax : 262 86 61 Em 1991, ano em que a abertura política foi consubstanciado com as eleições de 13 de Janeiro, surgiu o jornal A Semana, depois do PAICV ter perdido o poder para o Movimento para a Democracia (MpD). Trata-se do jornal com maior penetração no mercado mediático cabo-verdiano e tem alguma audiência na diáspora, com particular destaque para a comunidade
    [Show full text]
  • A Semana 726 DU
    2 PRESIDENCIAIS A questão presidencial pode abrir uma ferida no seio da família do PAICV, principalmente se o assunto não for devidamente gerido pelas partes nela envolvidas. Numa altura em que se tem AA BB CC DD EEpraticamente como certa a recandidatura de Pedro Pires, dos potenciais candidatos ligados ao PAICV que se haviam posicionado na corrida, Felisberto Vieira é o único que se mostra insatisfeito, mantendo de pé o seu projecto presidencial. Actualidade F J H I GSexta-feira, 16 de Setembro de 2005 K F J H I G FilúK mantém candidatura edro Pires ainda não eventualidade, na mesma linha do na alma, sobretudo porque entrou de mana Hopffer Almada recusou-se a disse, publicamente, que vem fazendo em relação às le- cabeça na preparação da sua candi- pronunciar-se sobre o assunto, ale- se é ou não candida- gislativas. datura porque Pires lhe tinha garan- gando não ser este o melhor momen- to à sua própria su- Dado o sinal de recolher, na área tido que a sua missão na PR termina- to. “Impus a mim próprio não me pro- cessão. Mas dela do PAICV, os nomes que desponta- va em 2006. Por isso, e quanto mais nunciar sobre as presidenciais du- ninguém mais pare- ram nos últimos meses como poten- não seja pelo peso que acha ter den- rante algum tempo”, afirmou, sem ce ter dúvidas, so- ciais candidatos presidenciais come- tro da máquina tambarina, Filú acha clarificar até quando manterá este bretudo depois de lidas as en- çam a retirar-se, até porque quase que merece mais respeito, pelo que voto de silêncio.
    [Show full text]