Treinador De Futebol: Herói Ou Vilão?
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Professor José de Souza Teixeira TREINADOR DE FUTEBOL: HERÓI OU VILÃO? “HISTÓRIAS, FATOS, RELATOS E EXEMPLOS, PARA QUE O TREINADOR DE FUTEBOL, PRINCIPALMENTE O INICIANTE, CONSIGA COM A SUA EQUIPE OS RESULTADOS QUE O FAÇA PERTENCER AO GRUPO DOS VENCEDORES, DOS HERÓIS! 1 Professor JOSÉ DE SOUZA TEIXEIRA Treinador de Futebol: Herói ou Vilão? São Paulo - 2018 2 Copyright @ 2018 by José de Souza Teixeira Junior, Eduardo de Souza Teixeira e Marcia Teixeira Teochi [email protected] (11) 9-9733-5181 www.professorjoseteixeira.com.br #professorjoseteixeira Capa: Carlos Henrique Redig de Campos Diagramação: JOB Marketing Impressão: DOCU Print – DEK Comércio e Serviços Ltda. Agradecimentos: Museu do Futebol e Centro de Referência do Futebol Brasileiro (CRFB) DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Ademir Takara (CRB8-7735) T266t Teixeira, José de Souza Treinador de futebol: herói ou vilão? / José de Souza Teixeira - São Paulo: Família Teixeira, 2018. 224 p.; 14 x 21cm. 1. Futebol 2. Técnicos de futebol - Brasil 3. Teixeira, José de Souza I. Título CDD 796.334 CDU 796.332 Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos, mecânicos, fotocopiado, gravado ou outro, sem a autorização prévia por escrito dos editores. 3 AGRADECIMENTOS - AOS MEUS PAIS FRANCISCO E ELIZA (EM HOMENAGEM PÓSTUMA), QUE ME ENSINARAM O CORRETO CAMINHO DA VIDA; - À MINHA FAMÍLIA QUE SEMPRE ME PROPORCIONOU A TRANQUILIDADE PARA PODER DEDICAR-ME AOS COMPROMISSOS PROFISSIONAIS; - À MINHA ETERNA ESPOSA CLEIDE, COMPANHEIRA, MÃE E AVÓ DEDICADA; - AOS MEUS FILHOS, JÚNIOR, EDUARDO E MÁRCIA, QUE SEMPRE ME APOIARAM NAS DECISÕES DE FICAR EM CLUBES LONGE DE CASA; - AO MEU GENRO LUIZ FERNANDO E MINHA NORA SABRINA, QUE CONTINUARAM COM A NOSSA LINHA DE CONDUTA FAMILIAR; - AOS ADORADOS NETOS, GIOVANNA, LEONARDO E LUCAS, QUE ENFEITAM O JARDIM DA NOSSA FAMÍLIA; - A DEUS, QUE PERMITIU O TEMPO SUFICIENTE PARA QUE TUDO DE BOM PUDESSE ACONTECER DURANTE A MINHA VIDA; - A TODAS AS PESSOAS COM AS QUAIS CONVIVI PROFISSIONALMENTE E CUJOS NOMES E LEMBRANÇAS FAZEM PARTE DA MINHA HISTÓRIA. São Paulo, 10 de março de 2018 4 PREFÁCIO Quando nascemos em 1966, 1968 e 1970, nosso pai já estava trabalhando no futebol como Preparador Físico do elenco profissional e Técnico da equipe de aspirantes do Sport Club Corinthians Paulista, clube que aprendemos a gostar por ter sido o primeiro que conhecemos; assim como todos os demais que ele trabalhou, porque o clube que ele estava era também o nosso time! Com o passar do tempo, começamos a conviver com a preocupação e torcida da nossa Mãe Cleide, quando ouvia os jogos pelo rádio ou os via pela televisão, embora ainda não tivéssemos entendimento da real diferença entre uma vitória e uma derrota, fato que só começamos a entender, quando o time do nosso pai saia derrotado num determinado jogo, e os colegas da escola comentavam e brincavam sobre a derrota no dia seguinte... No entanto, os dias alegres e com final feliz foram em maior número, pelas vitórias nos jogos ou pelos títulos conquistados, que eram comemorados como se fosse um de nós que tivesse marcado o gol da vitória, principalmente quando nosso pai chegava em casa e era abraçado por todos nós! Em um determinado dia, nos disseram que iríamos morar em Salvador, porque nosso pai iria trabalhar no E.C. Bahia e teríamos que acompanhá-lo. Fomos e lá vivemos sem nenhuma preocupação, motivada pela nossa pouca idade, frequentando a piscina do Clube Português e a Praia da Pituba, que ficavam perto de casa, ou passeando pela cidade aos nossos 6, 4 e 2 anos de idade. O tempo foi passando e quando já tínhamos 14, 12 e 10 anos e o nosso pai era o Treinador do Corinthians e Auxiliar Técnico do Cláudio Coutinho na Seleção Brasileira, foi convidado pelo Club Deportivo Los Millonarios, de Bogotá, para ser o Treinador e que deveríamos viver na Colômbia, com outra cultura, estudar e falar em espanhol. Em 1980 e 1981 moramos em Bogotá, onde passamos dois anos completamente adaptados e felizes, estudando, aprendendo o espanhol, cantando o Hino Colombiano no colégio e antes dos jogos no Estádio El Campín, e até hoje recordamos os inesquecíveis momentos 5 na escola, no clube, nos treinos, nos jogos, nos passeios e também em nosso apartamento, na Carrera 13, # 38-76, Apto. 1102, não imaginando que outras surpresas de viver em países ainda mais distantes e diferentes iriam acontecer. E assim foi em Riad na Arábia Saudita, Lima no Peru, Dubai nos Emirados Árabes e Tóquio no Japão, além de muitos outros países que o Futebol nos proporcionou conhecer e conviver, que valorizaram em muito a nossa educação com uma sólida formação cultural, social e principalmente de forte união familiar. Quando falávamos que iríamos viver em outro país, o primeiro pensamento de algumas pessoas está relacionado com uma vida tranquila, compras de roupas e tênis de marcas famosas, passeios em modernos shoppings, etc, mas não podemos esquecer que morar no exterior e longe da nossa casa, necessitava de uma adaptação à nova realidade que deveríamos enfrentar, e que muitas vezes não eram tão agradáveis como poderiam parecer inicialmente. Cada cidade e cada país têm suas peculiaridades e normas de vida que devemos respeitar e seguir, como o acontecido em Riad, capital de um país de religião muçulmana, onde tudo é muito bonito, embora com hábitos totalmente diferentes dos que conhecíamos, com Mesquitas, Palácios, Mercado do Ouro, amplas estradas e até aquele deserto sem fim com muitos camelos, porém, tudo com uma beleza e uma grandeza realmente fantásticas. Nos dias em que a nossa equipe do Al Nasr Saudi Club tinha jogos em outras cidades pelo campeonato nacional ou em outros países pelo Campeonato do Golfo, ficávamos dentro daquele enorme apartamento, assistindo filmes americanos em VHS, jogando Atari, ouvindo músicas brasileiras, escrevendo cartas para o Brasil, mas que, no entanto, era muito pequeno para as nossas curiosidades e vontade de conhecer outros lugares e passear, afinal, já éramos adolescentes! Pelas leis da Arábia Saudita na época, a esposa e os filhos dos estrangeiros só deveriam sair acompanhados do pai, já que as mulheres não podiam dirigir automóveis, tomar taxi ou visitar um shopping. Entendendo aquela situação, não saíamos de casa durante 2 ou 3 dias, ou seja, o clube viajava após o treino para jogar no dia seguinte, só voltando ainda no outro dia! Claro que não era muito agradável ficar assistindo a televisão que não entendíamos o idioma, brincando ou 6 estudando dentro de casa, sempre orientados e ajudados pela nossa Mãe Cleide. Nosso pai usava um rádio Sony que tinha AM, FM e Ondas Curtas, onde conseguíamos sintonizar a Voz do Brasil, que fazia transmissão em português para o Oriente Médio, em determinados dias e horários da semana, e lá estávamos nós, tentando ouvir as notícias do nosso país por entre os chiados e tentando melhorar a recepção, colocando o fio da antena mais pra lá ou mais pra cá.... E tudo isso numa época que ainda não existia a internet, TV a cabo, que os telefonemas internacionais eram solicitados para uma telefonista e que as cartas demoravam quase um mês para chegar, ou seja, “as distâncias eram muito maiores!” Foi um grande e aparente sacrifício naquele momento, mas foi muito importante para a nossa formação e compreensão do cumprimento da responsabilidade familiar. Estivemos sempre unidos, o que solidificou ainda mais a nossa família até os dias de hoje. Em 1983, quando retornávamos da Arábia Saudita, ficamos alguns dias em Portugal, e encontramos nossos avós paternos, Francisco e Eliza, em Lisboa, para um passeio em família. Nosso avô tinha saído da Ilha da Madeira muito jovem, assim como nossa avó, que saiu da Lapa do Lobo ainda menina, ambos vieram morar em São Paulo. E foi muito emocionante retornar com eles aos seus locais de nascimento e reencontrar seus irmãos, tios, primos e amigos, que não se viam há 60 anos, foi incrível viver com eles e com os nossos pais aqueles dias de muita alegria em terras portuguesas. Agora, já adultos, com nossas famílias constituídas e profissionalmente encaminhados, percebemos que pelas aparentes dificuldades encontradas, como viver longe de casa, estudar e nos comunicar em outros idiomas, conviver com outras religiões e culturas, podemos dizer que tudo isso valeu a pena! A constante preocupação na boa convivência familiar, entre os irmãos e nossa Mãe, que sempre esteve presente ao nosso lado, enquanto nosso pai se dedicava diariamente ao seu trabalho nos clubes, foi que nos uniu e fortaleceu ainda mais como seres humanos, 7 encarando as dificuldades com uma grande possibilidade de crescimento, o que realmente aconteceu. Por isso, ao prefaciar este livro a pedido do nosso pai, gostaríamos de parabenizá-lo por esta terceira obra sobre Futebol quando completa 60 anos de carreira, e agradecer publicamente à nossa Mãe Cleide, que em todos os momentos ofereceu todo tipo de amparo, orientação e amor que necessitávamos, principalmente porque sempre seguimos seus ensinamentos e nos sentimos honrados em pertencer à esta maravilhosa família, e que estamos procurando dar continuidade com os nossos filhos, os seus amados netos. “Obrigado” é e sempre será muito pouco por tudo que vocês nos proporcionaram! Pai e Mãe, nós te amamos! Junior, Eduardo e Márcia. 8 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO p. 12 1.1 - Apresentação p. 13 1.2 - Mensagem aos treinadores de futebol, principalmente aos iniciantes p. 14 2 - OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE A ATIVIDADE DOS TREINADORES p. 20 2.1 - Formação, capacitação, aperfeiçoamento e administração da carreira como treinador profissional p. 21 2.2 - Tipos de treinadores, de comandantes, de líderes p. 34 3 - O TREINADOR E SUA AUTOAVALIAÇÃO p.