Dubey, 1977 (Apicomplexa: Sarcocystidae)
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ASPECTOS BIOMORFOLÓGICOS DE Hammondia heydorni (TADROS & LAARMAN, 1976) DUBEY, 1977 (APICOMPLEXA: SARCOCYSTIDAE) MARIA JULIA SALIM PEREIRA 1987 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE BIOLOGIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA ASPECTOS BIOMORFOLÓGICOS DE Hammondia heydorni (TADROS & LAARMAN, 1976) DUBEY, 1977 (APICOMPLEXA: SARCOCYSTIDAE) MARIA JULIA SALIM PEREIRA SOB A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR: CARLOS WILSON GOMES LOPES Tese submetida como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências em Medicina Veterinária, á- rea de concentração em Parasitologia Veterinária. ITAGUAÍ, RIO DE JANEIRO MARÇO, 1987 TITULO DA TESE ASPECTOS BIOMORFOLÓGICOS DE Hammondia heydorni (TADROS & LAARMAN, 1976) DUBEY, 1977 (APICOMPLEXA: SARCOCYSTIDAE) AUTOR MARIA JULIA SALIM PEREIRA APROVADO EM: 06 DE MARÇO DE 1987 Dr. CARLOS WILSON GOMES LOPES Dr. GILBERTO GARCIA BOTELHO Dr. CARLOS LUÍZ MASSARD AGRADECIMENTOS À Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), à Dele- gacia Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul (DFA/MS), à Unidade de Apoio ao Programa Na- cional de Pesquisa em Saúde Ani- mal - EMBRAPA - RJ, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien- tífico e Tecnológico (CNPq), aos professores e funcionários da área de Parasitologia Veteriná- ria e a todos que, direta ou in- diretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. BIOGRAFIA MARIA JULIA SALIM PEREIRA, filha de Sebastião Perei- ra e Léa Salim Pereira, natural do Estado do Rio de Janeiro, onde nasceu a 7 de fevereiro de 1958, realizou o curso pri- mário na Escola Instituto de Zootecnia e os cursos ginasial e de 2º grau no Colégio Fernando Costa, todos em Seropédica, município de Itaguaí, no mesmo Estado. Em 1978, ingressou no Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, diplomando- se a 23 de julho de 1982. Foi bolsista da Divisão de Assistência e Residência da UFRRJ, exercendo suas atividades na Patologia Clínica do Departamento Hospitalar do Instituto de Veterinária, no pe- ríodo de 1978 a 1980, e na Área de Parasitologia, do Insti- tuto de Biologia, no período de 1981 até o 1º semestre de 1982. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimen- to Científico e Tecnológico (CNPq) nas categorias de Inicia- vi. ção Científica, no 1º semestre de 1982, de Aperfeiçoamento Cien- tífico, no 2º semestre de 1982, e de Pós-Graduação - Mestrado a partir de março de 1985, quando iniciou o curso. Exerce a função de Médica Veterinária do Serviço de De- fesa Sanitária Animal da Delegacia Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, desde 26 de janeiro de 1985. ÍNDICE Págs. 1. INTRODUÇÃO 1 2. REVISÃO DA LITERATURA 3 2.1. Aspectos sistemáticos 3 2.2. Aspectos biológicos 8 2.2.1. Período pré-patente e patente 11 2.2.2. Esporulação 13 2.3. Aspectos morfológicos 15 2.3.1. Formas extra-intestinais 15 2.3.2. Formas intestinais 21 2.4. Aspectos clínicos e patológicos 22 2.5. Aspectos epidemiológicos 23 2.6. Aspectos imunológicos 25 28 3. MATERIAL E MÉTODOS 28 3.1. Obtenção do material infectante 28 3.2. Obtenção dos animais 28 3.2.1. Obtenção dos carnívoros viii. Págs. 3.2.2. Obtenção dos herbívoros 29 3.3. Infecções experimentais 29 3.4. Trabalho laboratorial 32 3.4.1. Exame coprológico, mensuração e conserva- ção dos oocistos 32 3.4.2. Necropsia 34 3.4.3. Imunofluorescência 34 3.4.4. Fotografia 35 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 36 5. CONCLUSÕES 66 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 68 7. APÊNDICE 77 ÍNDICE DAS TABELAS Págs. TABELA 1. Eliminação de oocistos por cães, após inges- tão de tecidos de cães infectados com H. 44 heydorni TABELA 2. Eliminação de oocistos por cães, após inges- tão de tecido muscular de ovinos infectados 45 com H. heydorni TABELA 3. Eliminação de oocistos por canídeos, após in- gestão de tecido muscular de caprinos infec- 46 tados com H. heydorni TABELA 4. Comparação das medidas dos oocistos e esporo- cistos de H. heydorni, provenientes de dife- 47 rentes hospedeiros TABELA 5. Medidas de oocistos e esporocistos de H. hey- dorni, de acordo com diversos autores 48 ÍNDICE DAS FIGURAS Págs. FIGURA 1. Hammondia heydorni - oocisto não esporulado, solução saturada de açúcar. 1200x 49 FIGURA 2. Hammondia heydorni - oocisto esporulado, so- lução saturada de açúcar. 1200x 50 FIGURA 3. Variação do diâmetro polar e regressão li- near dos diâmetros equatorial e polar de oo- cistos de H. heydorni obtidos da infecção de cães com tecido muscular de ovino experimen- talmente infectado 51 FIGURA 4. Variação do diâmetro polar e regressão li- near dos diâmetros equatorial e polar de oo- cistos de H. heydorni obtidos da infecção de cães com tecido muscular de cão experimental- mente infectado 52 FIGURA 5. Variação do diâmetro polar e regressão li- xi. Págs. near dos diâmetros equatorial e polar de oo- cistos de H. heydorni obtidos da infecção de cães com musculatura de caprino experimen- 53 talmente infectado FIGURA 6. Variação do diâmetro polar e regressão li- near dos diâmetros equatorial e polar de oo- cistos de H. heydorni obtidos da infecção de cães com musculatura de bovino naturalmen- 54 te infectado FIGURA 7. Variação do diâmetro polar e regressão li- near dos diâmetros equatorial e polar de oo- cistos de H. heydorni obtidos da infecção de um cachorro do mato, com tecido muscular de 55 caprino experimentalmente infectado FIGURA 8. Distribuição das medidas de 100 oocistos de H. heydorni provenientes da infecção de cães com musculatura de bovino naturalmente infec- 56 fado FIGURA 9. Distribuição das medidas de 100 oocistos de H. heydorni provenientes da infecção de cães com musculatura de ovino experimentalmente in- 57 fectado xii. Págs. FI GURA 10. Distribuição das medidas de 100 oocistos de H. heydorni provenientes da infecção de cães com musculatura de cão experimentalmente in- fectado 58 FIGURA 11. Distribuição das medidas de 100 oocistos de H. heydorni provenientes da infecção de um cachorro do mato com musculatura de caprino experimentalmente infectado 59 FIGURA 12. Distribuição das medidas de 100 oocistos de H. heydorni provenientes da infecção de cães com musculatura de caprino experimentalmente infectado 60 FIGURA 13. Hammondia heydorni - cisto monozóico em mus- culatura estriada esquelética de um caprino. H.E. 1200x 61 FIGURA 14. Hammondia heydorni - meronte em raspado de mucosa do intestino delgado de um cão. Giemsa. 62 1200x FIGURA 15. Hammondia heydorni - merozoítas em raspado de mucosa do intestino delgado de um cão. Giemsa. 63 1200x FIGURA 16. Hammondia heydorni - macrogametócito em ras- xiii. Págs. pado de mucosa do intestino delgado de um cão. 64 Giemsa. 1200x FIGURA 17. Hammondia heydorni - microgametócito em raspa- do de mucosa do intestino delgado de um cão. 65 Giemsa. 1200x RESUMO Foram estudados os aspectos biomorfológicos de H. heydorni através de infecções experimentais e naturais de carnívoros e ruminantes, observando-se os períodos pré-pa- tente e patente e o tempo de esporulação dos oocistos. Os períodos pré-patente e patente variaram com as diferentes infecções. O tempo de esporulação dos oocistos foi de 24 horas tanto para oocistos submetidos à temperatura ambiente (27-32°C) quanto para aqueles submetidos à temperatura con- trolada (25 ± 1°C). Os índices morfológicos dos oocistos provenientes de diferentes hospedeiros confirmaram a forma esférica e subesférica destes. Entre as dimensões médias dos oocistos prove- nientes de amostras procedentes de diferentes hospedeiros, algumas diferenças foram significativas a nível de 5%; en- tretanto, tais diferenças devem ser consideradas como varia- ções intraespecíficas. XV. Não se observou qualquer sinal clínico nos animais infectados ou qualquer alteração macroscópica à necropsia. Ao exame histopatológico de fragmentos de tecidos mus- culares de ruminantes foram observadas formas semelhantes a cistos monozóicos, e à imunofluorescência, estruturas esver- deadas em forma de banana. Nos raspados de mucosa corados pelo Giemsa, as for- mas intestinais do parasito foram caracterizadas por meron- tes, merozoítas, macrogametócitos e microgametócitos. SUMMARY Biomorphological aspects of natural and experimental Hammondia heydorni infections were studied in carnivores and ruminants. The prepatent and patent periods varied in different infections, but the sporulation time of the oocysts was 24 hours in enviromental temperature at 27-32°C, as those submited to controled temperature of 25 ± 1°C. The morphological index of the oocysts from differents hosts confirmed the spherical or subspherical form. In some cases differences of average size of the oocysts originated from samples of different hosts were significant ar level of 5%, however, these differences should be considered as intraspecific variations. N o clinical signs nor pathological findings were observed in infected animals. Histopathological examinations of muscle tissues from ruminants showed forms of the parasite similar to monozoic xvii. cysts, and in the immunofluorescence these parasites had a banana-shaped form. Smears of the small intestine, stained with Giemsa, demonstrated forms of the parasite characterized as meronts, merozoites, macro and microgametocytes. I.INTRODUÇÃO Hammondia heydorni (Tadros & Laarman, 1976) Dubey, 1977, é um coccídeo heteroxeno obrigatório, que tem canídeos como hospedeiros definitivos, nos quais ocorre a fase sexual do ciclo biológico do parasita, e herbívoros (ruminantes) e o cão doméstico como hospedeiros intermediários, nos quais se passa a fase assexuada. Apesar de haver na literatura vários relatos sobre a ocorrência deste coccídeo em cães, a maioria dos estudos se restringe à fase exógena do parasito, o oocisto, por quan- to somente na década passada é que foi elucidada parte de seu ciclo biológico, sendo ainda poucos os estudos referen- tes a este. Embora H. heydorni tenha oocistos similares aos de Toxoplasma gondii Nicolle & Manceaux, 1909 e aos de Hammondia hammondi Frenkel & Dubey, 1975, estes dois últi- mos têm gatos como hospedeiros definitivos. Entretanto, os três coccídeos possuem hospedeiros intermediários comuns, tornan- 2. do-se necessário, portanto, um melhor conhecimento das formas parasitárias de H. heydorni que possam ocorrer nestes hospe- deiros.