Universidade Federal Do Paraná Carina Kozera
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CARINA KOZERA FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA FORMAÇÃO PIONEIRA COM INFLUÊNCIA FLUVIAL E DE UMA ESTEPE GRAMÍNEO-LENHOSA EM DIFERENTES UNIDADES GEOPEDOLÓGICAS, MUNICÍPIO DE BALSA NOVA, PARANÁ - BRASIL CURITIBA 2008 CARINA KOZERA FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA FORMAÇÃO PIONEIRA COM INFLUÊNCIA FLUVIAL E DE UMA ESTEPE GRAMÍNEO-LENHOSA EM DIFERENTES UNIDADES GEOPEDOLÓGICAS, MUNICÍPIO DE BALSA NOVA, PARANÁ - BRASIL Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Engenharia Florestal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, como requisito para a obtenção do título de Doutor em Ciências Florestais na Área de Concentração: Conservação da Natureza. Orientadora: Dra. Yoshiko Saito Kuniyoshi Co-orientadores: Dr. Franklin Galvão Dr. Gustavo Ribas Curcio CURITIBA 2008 Ficha catalográfica elaborada por Rosangelis Visoni Azanha de Ornelas - CRB/9 - 501 Kozera, Carina. Florística e fitossociologia de uma Formação Pioneira com Influência Fluvial e de uma Estepe Gramíneo-Lenhosa em diferentes unidades geopedológicas, município de Balsa Nova, Paraná - Brasil / Carina Kozera - 2008. xix, 267f. : il., tabs., 29,7cm. Orientador: Yoshiko Saito Kuniyoshi Co-orientador: Franklin Galvão, Gustavo Ribas Curcio Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Área de concentração: Conservação da Natureza 1. Comunidades vegetais – Paraná. 2. Geomorfologia – Paraná. 3. Flores – Levantamento – Paraná. 4. Teses. I. Kuniyoshi, Yoshiko Saito. II. Galvão, Franklin. III. Curcio, Gustavo Ribas. IV. Título. CDD – 581.5 CDU – 634.0.182(816.2) A Deus por ter-me dado forças em todos os momentos, E à minha família, pai, mãe, Vanessa e Melissa, por ser a única coisa certa e mais valiosa que tenho nesta vida... Dedico este trabalho e agradeço eternamente por tudo. AGRADECIMENTOS Meus sinceros agradecimentos a todos os amigos, colegas, familiares e pesquisadores que estiveram, de alguma forma, envolvidos neste trabalho. Também agradeço à Universidade Federal do Paraná, pela oportunidade de participação no curso de Pós-Graduação, e ao CNPq, pelo auxílio financeiro. Muito obrigada... À Yoshiko Saito Kuniyoshi e ao Frankliln Galvão, queridos amigos e estimados orientadores, pela orientação, confiança na realização deste trabalho, incentivo e pela maravilhosa convivência. Ao amigo e orientador Gustavo Ribas Curcio, pelos conhecimentos transmitidos em campo e no laboratório, inúmeras discussões, coletas das amostras de solos e elaboração dos perfis, além do incentivo na realização deste estudo. Aos membros da banca, pela correção da tese. Aos proprietários da área de estudo, Marcos Rigoni Mello e Eduardo Rogalski, pela permissão de trabalho em suas propriedades. Aos amigos e colegas: Rodrigo de A. Kersten, Andrea da L. Sanches, Juliana W. Morais, Caroline M. F. de Souza, Bianca Ott Andrade, Nelson Luiz Cosmo, Alessandra M. Gogosz, Hugo Rivera e à minha mãe e ao meu pai, pelo auxílio em campo durante o levantamento florístico e amostragens. Aos especialistas: Adriana Guglieri, Ana Cláudia Araujo, Ana Zanin, Armando Carlos Cervi, Carolina Agostini Mittelstaedt, Cinthia R. Sakagami, Fabrício S. Meyer, Gerdt Güenther Hatschbach, José F. M. Valls, Juarez Cordeiro, Juliana W. Morais, Luiza S. Kinoshita, Marcos E. G. Sobral, Olavo A. Guimarães, Osmar dos S. Ribas, Paulo Labiak, Rafael Trevisan, Renato Goldenberg, Rodrigo B. Singer, Tarciso Filgueiras, Thaís S. do Canto-Dorow, Vinícius A. de Oliveira Dittrich e Vitor F. Oliveira de Miranda, pela determinação de parte do material botânico coletado. Ao amigo e professor Carlos Vellozo Roderjan, pela oportunidade de trabalhos anteriormente ao período de concessão da bolsa de pesquisa, pela ótima convivência, amizade e grande incentivo. Ao professor Olavo A. Guimarães, pelo empréstimo de literaturas, disponibilidade de tempo para o esclarecimento de dúvidas taxonômicas, sugestões, revisão das listagens e pela carinhosa amizade. Por todos os ensinamentos de botânica que constituiram a base da minha formação profissional. Ao amigo Marcos V. Giongo Alves, pela elaboração da figura e das imagens com a localização da área de estudo. Aos amigos Rodrigo de A. Kersten e Alexandre Uhlmann, pelas análises estatísticas realizadas. Ao professor Omar Ferreira Lopes, pela gentil revisão e pelas sugestões referentes aos textos sobre geologia e geomorfologia. Ao amigo e pesquisador Marcos F. Gluck Rachwal, “Caco”, pelo auxílio na coleta dos solos, na descrição dos perfis e pela revisão dos textos sobre solos. Ao pesquisador Renato Dedecek, pelas análises físico-hídricas. Aos professores Alessandro Angelo, Antonio C. Nogueira, Armando C. Cervi e Graciela I. B. de Muñiz, pela amizade e incentivo durante a realização deste trabalho. Aos meus tios Gregório e Alzira, às minhas irmãs e aos meus cunhados Edson e Fábio, pela alegre companhia durante os trabalhos de campo e/ou pela inestimável colaboração na tese, mesmo que de forma indireta, durante o longo período de tratamento médico. Aos funcionários do Museu Botânico Municipal de Curitiba, especialmente ao Sr. Gerdt Güenther Hatschbach, Lucia L. Siqueira, Clarisse B. Poliquesi, Juarez Cordeiro e Osmar dos S. Ribas, e à funcionária do Herbário do Centro de Ciências Florestais e da Madeira da UFPR, Lúcia Helena M. L. Toczek, pela colaboração na realização do trabalho. Ao Simepar, por disponibilizar os dados de temperatura média, umidade relativa do ar e de precipitação da estação meteorológica localizada no município da Lapa e de Fernandes Pinheiro, ambas no Paraná. Ao Paulo Cesar Botosso, Rodrigo de A. Kersten e Regina Boeger, pela elaboração e correção do abstract. Aos amigos e colegas, especialmente ao José Renato, Juliana W. Morais, Carolina H. S. D. Vieira, Rodrigo de A. Kersten, Alison T. Sawczuk, Marcelo Francia Arco-Verde, Christopher T. Blum, Ludmila P. Aguiar, Marília Borgo, Roman Carlos Rios e Vinícius A. de Oliveira Dittrich, pela ótima convivência, amizade e apoio durante a realização do trabalho de pesquisa da tese. Também agradeço, especialmente, à minha mãe, pelas inúmeras horas e finais de semana dedicados à digitação de parte dos textos da revisão e das referências, e à amiga Cátia Regina Augustin, pelo carinho e enorme incentivo na superação das dificuldades e no reestabelecimento da minha saúde. RESUMO O levantamento florístico e fitossociológico da Formação Pioneira com Influência Fluvial (várzea) e da Estepe Gramíneo-Lenhosa (campos), em uma área de 9 ha, Balsa Nova, PR, foi efetuado com objetivo de conhecer a flora e a estrutura da vegetação sobre diferentes unidades geopedológicas, verificar relação entre o meio biológico (flora e vegetação) e os aspectos abióticos (superfícies geomórficas, classes de solos, graus de hidromorfia), e incrementar coleções de herbários. Para tanto, foram instalados poços hídricos para o acompanhamento do lençol freático e realizados levantamentos pedológicos com distinção das classes de solos por tradagem e/ou abertura de perfis. Para a florística, foram efetuadas observações quinzenais e coletas de material para herborização e determinação. Para a fitossociologia, definiram-se 4 transecções e 15 pontos (comunidades amostrais), considerando-se o estado de conservação do terreno, compartimento (vertentes, região de transição, planície de inundação), classes de solos, com ênfase ao regime hídrico, e a homogeneidade fitofisionômica. Em cada comunidade, alocaram-se parcelas de1 m2 em número variável e anotaram-se todas as espécies, seus valores de cobertura (%), altura predominante e sociabilidade. Instalaram-se 196 parcelas sobre Neossolos Litólicos e Regolíticos, Cambissolos Flúvicos, Gleissolos Melânicos e Organossolos Háplicos. No estudo florístico, listaram-se 631 espécies, 291 gêneros e 93 famílias onde Asteraceae (120), Poaceae (107), Cyperaceae (64) e Fabaceae (26) perfazem 50% do total de espécies, correspondendo às mais ricas em levantamentos campestres sulinos. No levantamento fitossociológico, 261 espécies, 132 gêneros e 45 famílias foram registradas sendo Poaceae (54), Asteraceae (49), Cyperaceae (35) e Fabaceae (12) as mais ricas. 428 espécies foram observadas em campos mesófilos (solos não-hidromórficos), 206 em campos higrófilos (solos semi-hidromórficos), 170 em campos hidrófilos (solos hidromórficos) e 175 na vegetação hidrófila da planície de inundação (solos hidromórficos). A riqueza de espécies, que acompanha a restrição imposta pelo regime hídrico, ressalta a diversidade dos campos e das várzeas. Associada à fragilidade dos ambientes e à acelerada conversão dessas áreas naturais, salientam a importância e a urgência de conservação dessas tipologias. Com relação à heterogeneidade florística, evidenciou-se que poucas famílias compreendem o maior número de espécies e poucas espécies destacaram-se como as mais importantes nas comunidades, justificando, em parte, a aparente homogeneidade fisionômica dos campos e das várzeas. Análises complementares evidenciaram grupos de comunidades similares quanto à florística, um deles reunindo aquelas sobre solos não-hidromórficos (vertentes) e semi-hidromórficos (região de transição) e outro aquelas sobre solos hidromórficos da planície de inundação e das vertentes. Dados de temperatura (ar e solo), umidade relativa do ar e luminosidade foram coletados na vertente e na planície, sendo poucas as diferenças entre esses compartimentos. Provavelmente, a pequena distância e altimetria entre os pontos de leitura tenham sido insuficientes para evidenciar maiores diferenças.