LEI Nº 722/2015

Dispõe sobre aprovação do PLANO MUNICIPAL DECENAL DE EDUCAÇÃO, para o decênio 2015-2025, na forma a seguir especificada, e adota outras providências.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAÇU, ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte lei:

Art. 1º. Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, de caráter plurianual, que se apresenta na forma do Anexo Único desta Lei e que desta é parte integrante, com duração de dez anos, em cumprimento á Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014.

Art. 2º - Fica designada a Comissão Executiva do Plano Municipal de Educação para Permanente de Avaliação sob a coordenação do Conselho Municipal de Educação – CME, para acompanhamento da execução e avaliação periódica.

Parágrafo Único. A cada dois anos, ou a qualquer tempo, extraordinariamente, o Plano será avaliado em um Fórum com a participação de autoridades do Executivo e Legislativo, educadores e representantes da sociedade civil, cabendo ao Legislativo Municipal aprovar as medidas legais decorrentes, com vistas à correção de deficiências e distorções.

Art.3º - Os Planos Plurianuais do Município, nos próximos dez anos, deverão ser elaborados de forma a dar suporte aos objetivos e metas constantes no Plano Municipal de Educação, no que for de responsabilidade do próprio Município.

Art. 4º. Fica sob a responsabilidade dos Poderes Legislativo e Executivo a tarefa de divulgação do Plano objeto desta Lei, para que a sociedade dele tome conhecimento e acompanhe a sua execução.

Art. 5º. As despesas decorrentes da aprovação desta Lei correrão por conta de dotações próprias previstas em orçamento.

Art. 8º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal de Campinaçú/GO, 24 dias de Junho de 2015.

WELITON FERNANDES RODRIGUES PREFEITO MUNICIPAL 1

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Prefeito Weliton Fernandes Rodrigues

Vice Prefeito Avelino da Costa Moreira

Presidente da Câmara Municipal José Venâncio Pardim

Secretária Municipal de Educação Rosilei Aparecida Ferreira Machado

Presidente do Cacs- FUNDEB Alexandrina Francisco dos Santos Souza

Presidente do Conselho Municipal de Educação Eliésio Antônio Soares

Comissão Executiva de Sistematização do Plano Municipal de Educação de Campinaçu instituída pelo Decreto nº 014/2015

Rosilei Aparecida Ferreira Machado Secretária Municipal de Educação

Luciene Rosa da Silva Coordenadora Pedagógica

Rosilene Pereira da Silva Coordenadora Pedagógica

Eliésio Antônio Soares Presidente do CME

Sueli Mônica da Silva Secretária do CME

Alexandrina Francisco dos Santos Souza Presidente do Cacs - FUNDEB

João Guilherme Mendes Represente do Executivo- Controlador Interno

Franklin Rodrigues da Silva Vereador

Nilva David da Silva Gestora Escolar

Mauro Alves Correia 3

Professor Escola Mun. Professor Dionésio Alves de Souza

Jalmiro de Oliveira Marques Representante de Pais

Pe. Geferson Pereira dos Santos Representante Igreja Católica

Marly Maria Lamouniêr de Paula Representante do CMEI – Vovó Ana

Valmir de Souza da Cruz Representante Escola Mul Presidente Costa e Silva

Maria Divina Freitas Representante Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela

Lucimar Gomes da Silva Representante Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela

Izabel Pereira Martins Fernandes Representante Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão

Ana da Costa Santos Representante Escola Mul Presidente Costa e Silva

Raquel Anzanello da Silva Representante de Pais

Elisvânia Pinto Vilela Representante da Faculdade Albert Einstein

Pr. Ademar da Costa Moreira Representante das Igrejas Evangélicas

Adriane Antunes Ferreira Machado Representante de Alunos

Eduarda de Souza Oliveira Representante de Alunos

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SUMÁRIO

Apresentação ...... 7

Considerações Iniciais ...... 8

Introdução ...... 9

O Município de Campinaçu ...... 13

2.1 ASPECTO HISTÓRICO ...... 13

2.2 ASPECTO GEOGRÁFICO ...... 16

2.3 ASPECTO AMBIENTAL ...... 16

2.4 ASPECTO ECONÔMICO ...... 17

2.4.1 Produção Agropecuária ...... 17

2.4.2 Produção Econômica ...... 18

2.4.3 Mercado de Trabalho ...... 20

2.5 ASPECTO CULTURAL ...... 22

2.6 ASPECTO SOCIAL ...... 23

2.6.1 Pobreza e Transferência de Renda ...... 23

2.6.2 Assistência Social ...... 23

2.6.3 Inclusão Produtiva ...... 24

2.6.4 Saúde ...... 25

3. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO ...... 27

3.1 Indicadores da Educação em Campinaçu ...... 34

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4. INFRAESTRUTURA DAS ESCOLAS DE CAMPINAÇU ...... 40

5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPINAÇU...... 47

METAS E ESTRATÉGIAS...... 49

REFERÊNCIAS...... 72

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APRESENTAÇÃO

Ao elaborar este Plano Municipal de Educação, Campinaçu – GO afirma seus compromissos com o ensino, estabelecidos a curto, médio e longo prazo, visando as metas a serem alcançadas em 10 anos, marcando a história da cidade. O município assume o propósito de, com a participação de todos os segmentos da sociedade civil e organizada, produzir transformações profundas, conceituais e institucionais, capazes de reverter às tendências atuais da educação, integrando aos esforços do Governo Federal e Governo Estadual, conforme suas respectivas responsabilidades e regime de cooperação e colaboração, no sentido de inserir Campinaçu no contexto de assegurar a todos o direito à educação de qualidade social. Este Plano se apresenta, então, ao amplo e permanente debate pelos cidadãos, com suas proposições políticas e pedagógicas em busca da consolidação de políticas públicas e de gestão da educação, demandadas pela população Campinaçuence. A aprovação deste, pelo Poder Legislativo e transformação em Lei, sancionada pelo Poder Executivo, lhe confere poder para garantir sua efetivação e continuidade das políticas educacionais, em busca da superação e prevenção do analfabetismo, da universalização da educação básica e da melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, dentre outros, tendo como principal protagonista o ALUNO. Além disso, reitera o papel da educação como o direito de todos garantindo acesso, permanência, aprendizagem e conclusão com resultados positivos das crianças, adolescentes, jovens e adultos nas instituições de ensino em Campinaçu.

WELITON FERNANDES RODRIGUES PREFEITO DE CAMPINAÇU

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente documento que ora entregamos à sociedade Campinaçuence, em especial à comunidade educacional, representa o resultado de uma parte significativa de um aberto processo de construção e reconstrução coletiva do projeto educacional que desejamos, a fim de contribuir com a formação das gerações presentes e futuras e consequentemente, para o desenvolvimento socioeconômico, cognitivo e cultural deste município. Grande foi o compromisso e vivacidade evidenciados nos trabalhos da equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação que coordenou e participou de todo o processo constituinte além de sistematizar o Plano Municipal de Educação de Campinaçu para os próximos dez anos, demonstrando a fidedignidade aos anseios, vozes e propostas emanadas pela comunidade escolar e sociedade local. É humanamente impossível traduzir neste documento, a riqueza e os variados ganhos que foram capazes de proporcionar discussões relevantes e com o nível de abrangência de participação e colaboração que teve. Este primeiro Plano Municipal de Educação é um instrumento político pedagógico que orientará o funcionamento do Sistema Municipal de Educação de Campinaçu e expressa a síntese do pensamento coletivo manifestado nos vários momentos de estudos internos e externos, debates, reflexões que aconteceram em vários encontros realizados com êxito no período de março a maio de 2015. Assim sendo, entregamos com muita honra e espírito de confiança, na grandeza de cada cidadão e em especial a cada educador que faz parte da comunidade educacional do nosso município, este “Documento” que estabelece as diretrizes, metas e estratégias que regerão o ensino no decênio 2015-2025.

ROSILEI APARECIDA FERREIRA MACHADO SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Campinaçu-Go, elaborado de forma democrática e participativa, trata do conjunto da educação no âmbito Municipal. É um Plano do Município e não somente um Plano de Governo. Sua elaboração está preconizada no Plano Nacional de Educação - PNE, aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que declara: “(...) será preciso, de imediato, iniciar a elaboração dos Planos Estaduais em consonância com o Plano Nacional e, em seguida, dos Planos Municipais, também coerentes com o Plano do respectivo Estado, devendo, estes três documentos, comporem um conjunto integrado e articulado”. O Plano Nacional de Educação, cuja elaboração e vigência estão previstas na Constituição Federal (1988), no Artigo 214, constitui-se a principal ferramenta democrática de planejamento da Educação no país.

“Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.” (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009).

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei Nº 9394/96 – LDBN, referindo-se ao artigo 206 da Constituição Federal, estabelece uma base de princípios para o ensino - objeto da legislação educacional - ao estabelecer:

“Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial.” (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

O alinhamento das metas e estratégias do Plano Municipal de Educação - PME e a organização dos sistemas de ensino, a partir do regime de colaboração e da distribuição proporcional das responsabilidades, entre as esferas federal, estadual e municipal são necessários para assegurar o cumprimento dessas metas em cada área de atuação e de responsabilidade de cada esfera governamental. Os Municípios têm como prioridade o ensino fundamental e a educação infantil; os Estados prioritariamente na oferta do ensino fundamental e médio e a União pela organização e financiamento da educação superior. A distribuição das responsabilidades e das competências do governo federal, dos Estados e dos Municípios, na oferta de atendimento e na organização dos sistemas de ensino é estabelecida nos artigos 8º a 11 da LDB nº 9394/96, descritos abaixo:

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“Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. Art. 9º A União incumbir-se-á de: III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados.”

Além disso, os artigos 9º, 10 e 11, que seguem, reafirmam a colaboração e a integração entre as três esferas governamentais na elaboração dos planos de ensino, com o objetivo de assegurar a efetividade das políticas educacionais.

“Art. 9º A União incumbir-se-á de: IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum; 18 Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, 11

integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - Oferecer à educação infantil em creches e pré-escolas e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino. Parágrafo Único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.”

Com a responsabilidade de se instituir o Plano Municipal de Educação, com metas e estratégias projetadas para o período de 2015 a 2025, criou-se uma Comissão Executiva de Elaboração e Sistematização do PME de Campinaçu, através do Decreto Nº 014/2015 – de 25 de fevereiro de 2015. A Secretaria Municipal de Educação de Campinaçu e o Conselho Municipal de Educação tiveram como responsabilidade, impulsionar o processo de construção do citado Plano, viabilizando diagnosticar as necessidades a serem atendidas e a forma mais adequada de alcançar educação de qualidade para todos do município.

O PME é um documento legal estratégico que estabelece as políticas públicas para educação do município por um período de 10 anos, destacando as necessidades de uma população, definindo-se como um plano de município e não de governo. Sua tônica é a construção de maneira coletiva, com a participação da sociedade, respeitando os princípios de colaboração, da gestão democrática e as características da realidade local, assegurando a continuidade das ações, independente dos gestores e partidos à frente do governo municipal. 12

Na primeira etapa do processo de elaboração do PME de Campinaçu, foram realizadas diversas reuniões e estudos com o objetivo de discutir com os Coordenadores, Técnicos, Professores, Diretores e Representantes Institucionais e da Comunidade, a relevância do Plano Municipal e da participação efetiva de todos para o desenvolvimento do mesmo. A segunda fase, norteada pelas discussões nos grupos de trabalho.

O texto está organizado à luz do Plano Nacional de Educação – PNE e do Plano Estadual de Educação – PEE. Disposto em: Evidências Gerais do Município de Campinaçu e Considerações sobre as modalidades do ensino público, além dos aspectos referentes à educação, desenvolvidos a partir das metas previstas para o Brasil.

Cada meta e estratégia debatidas poderão ser alteradas, suprimidas ou adicionadas conforme o entendimento dos grupos de discussão.

2. O MUNICÍPIO DE CAMPINAÇU

2.1 ASPECTO HISTÓRICO

Conta-se que no município, as primeiras famílias começaram a chegar por volta de 1940 e viviam espalhadas por várias regiões do município: Curriola, Encosto, Capão Comprido, Córrego Carneiro, Praia Grande, Serra da Moeda (Rola Vaca), Córrego Água Fria (Córrego dos Pretos). Por se tratarem de pessoas de cor o córrego que cortava a região ficou conhecido como “Córrego dos Pretos”.

O pioneiro do povoado foi o Sr. Calumério Rodrigues Galvão, com sua família, que chegou à região aproximadamente nos anos de 1953 e 1954. Surge a partir daí os primeiros estabelecimentos comerciais, destacando o primeiro comerciante, Mário Damasceno Duarte no ramo de armarinhos em geral, após alguns anos foram surgindo novos estabelecimentos comerciais. Eles se instalaram com suas famílias e vinham com o objetivo de desenvolver a agropecuária, e agricultura atraídos pela fertilidade da terra na região para poderem plantar e

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viverem de uma forma mais digna e, sobretudo darem uma melhor condição de vida para suas famílias.

Inicialmente, o povoado ficou conhecido como Lagoa Campina Verde. Então um grupo de pessoas entre fazendeiros e comerciantes se uniu, pois, acreditando na prosperidade de uma futura cidade, procuraram se inteirar da procedência das terras do povoado no cartório de Uruaçu, onde ficou constatado que as terras pertenciam ao Sr. Vital Rodrigues da Costa, e este cidadão se propôs em doá-las para o povoado, onde formaram uma organização denominada Campinaçu – Emancipação CEMA.

Daí adiante o povoamento foi se processando lentamente. Em 1974, o povoado se elevou à categoria de distrito. Por meio desta entidade, CEMA, realizou-se um trabalho junto à população local conscientizando a todos da importante participação do povo no plebiscito realizado em 14 de maio de 1982 e que decidiu pela emancipação política tornando-se Lei Estadual de nº 9.177 emancipando o Distrito de Campinaçu, passando a categoria cidade.

A partir daí o progresso começou a chegar através do primeiro prefeito eleito, e a construção da Rodovia GO-241, ligando Santa Tereza a e Campinaçu a Minaçu, a cidade se desenvolveu rápido, mesmo assim, a população vem diminuindo, pois Campinaçu já alcançou uma população de aproximadamente 12.000 habitantes durante a "Associação" (movimento camponês, caracterizado apenas com uma luta pela posse da terra e sua legalidade) como nos mostra os dados do censo, com relação ao estado e ao país, veja:

Ano Campinaçu Goiás Brasil

1991 4.483 4.018.903 146.825.475

1996 3.806 4.478.143 156.032.944 2000 3.707 5.003.228 169.799.170

2007 3.765 5.647.035 183.987.291 2010 3.656 6.003.788 190.755.799

Fonte: IBGE: Censo Demográfico 1991, Contagem Populacional 1996, Censo Demográfico 2000, Contagem Populacional 2007 e Censo Demográfico 2010

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Faixa Etária

Idade Campinaçu Goiás Brasil Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 0 a 4 anos 98 107 178.818 172.600 5.638.154 5.444.151 5 a 9 anos 145 133 241.633 231.094 7.623.749 7.344.867 10 a 14 anos 186 170 269.952 261.006 8.724.960 8.440.940 15 a 19 anos 176 127 268.462 265.128 8.558.497 8.431.641 20 a 24 anos 130 122 279.238 274.901 8.629.807 8.614.581 25 a 29 anos 125 144 277.270 279.332 8.460.631 8.643.096 30 a 34 anos 156 152 262.570 269.702 7.717.365 8.026.554 35 a 39 anos 166 137 232.644 240.988 6.766.450 7.121.722 40 a 44 anos 133 126 211.499 219.502 6.320.374 6.688.585 45 a 49 anos 132 111 181.350 190.374 5.691.791 6.141.128 50 a 54 anos 85 102 148.258 157.108 4.834.828 5.305.231 55 a 59 anos 116 87 117.043 125.245 3.902.183 4.373.673 60 a 64 anos 87 61 90.235 95.602 3.040.897 3.467.956 65 a 69 anos 59 52 67.274 71.156 2.223.953 2.616.639 70 a 74 anos 53 35 49.891 53.961 1.667.289 2.074.165 75 a 79 anos 35 12 31.327 35.252 1.090.455 1.472.860 80 a 84 anos 24 19 17.904 20.824 668.589 998.311 85 a 89 anos 8 5 8.130 10.097 310.739 508.702 90 a 94 anos 1 3 3.032 4.008 114.961 211.589 95 a 99 anos 0 0 879 1.378 31.528 66.804 Mais de 100 anos 0 0 262 413 7.245 16.987 Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010

A educação de Campinaçu surgiu com a chegada dos primeiros habitantes que aqui chegaram à procura de um espaço para trabalharem na lavoura. Com a chegada de Argentina da Apresentação Marques que, também veio em busca de sua sobrevivência colocou uma sala de aula em sua própria casa, professora leiga e com boa disposição, deu inicio a educação no lugar. Tempos depois se constrói

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uma escola onde funciona as primeiras séries do Ensino fundamental, e mais tarde a construção do Colégio Senador Teotônio Vilela e a implantação do Ensino Médio (antigo 2º grau), o município já teve um total de 32 escolas do campo em funcionamento, hoje conta com apenas 01 na região do Assentamento Vale do Bijuí. Temos ainda 03 escolas urbanas sendo 01 municipal e 02 estadual e um CMEI. Campinaçu é uma cidade pouco planejada, com pouca arborização, mas, é limpa e com uma população bastante acolhedora.

2.2 ASPECTO GEOGRAFICO

Campinaçu, localizado no norte do Estado de Goiás, com área de 1.974,4 Km2, e altitude média de 711 m pertencente à microrregião de a 450 km da capital Goiânia e a 70 km da BR 153. As coordenadas geográficas do município Latitude: 13° 46' 46'' Sul Longitude: 48° 34' 29'' Oeste tem como confrontantes os municípios de Niquelândia a (sul), a (oeste), Minaçu a (leste), a (nordeste) e Uruaçu a (sudoeste) e Trombas (norte).

A cidade possui clima tropical com temperatura média de 20º C, apesar das altas temperaturas, o clima é agradável. A vegetação é formada por campos, cerrados e florestas tropicais. Esta vegetação vem sendo modificada no decorrer dos anos pela intervenção das ações humanas.

As formas mais características do relevo de Campinaçu são as serras predominando também os chapadões presentes em algumas regiões como Vale do Bijuí, Retiro e Curriola; as serras consideradas mais elevadas situam-se nas regiões do Córrego da Onça, Mata do Café e Praia Grande. No que se refere a hidrografia do município destaca-se o Lago Serra da Mesa que banha 25% do município de Campinaçu, outro rio importante é o Cana Brava e ainda os Córregos

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do Oco, Palmeira, Praia Grande, Córrego dos Pretos, Córrego Grande e o Córrego Vermelho.

2.3 ASPECTO AMBIENTAL O município apresenta um grande potencial ambiental através dos seus recursos naturais disponíveis: solos férteis e cursos d’água existentes. Grande parte dos Córregos que formam a bacia hidrográfica de Campinaçu, que antes possuíam grande potencial de pesca, agricultura, e lazer, hoje se encontra poluído e em processo de assoreamento, resultado entre outros, do desmatamento.

O município apresenta um elenco de problemas ambientais, entre eles: poluição dos Córregos, assoreamento e devastação, pesca predatória, e usos indevidos do solo e contaminação do mesmo com lixão a céu aberto próximo à cidade, comprometendo o meio ambiente e a saúde da população, pois o município ainda, não cumpre a Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que se constitui como instrumento essencial na busca de soluções para um dos mais graves problemas ambientais do Brasil, o mau destino dado aos resíduos sólidos. Estamos avançando no que se refere ao esgoto, pois está sendo construída a rede no município que evitará o comprometimento do subsolo devido às instalações sanitárias individuais e indiscriminadas.

2.4 ASPECTO ECONOMICO

2.4.1 Produção Agropecuária

Quando analisamos os aspectos econômicos do município, é importante levar em consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda através de atividades nas áreas da pecuária e agricultura. No caso da pecuária, dados coletados da Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, referentes a 2011, apontam que as 05 (cinco) principais culturas de rebanho local são as

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indicadas no gráfico abaixo:

Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece dados acerca da área de agricultura local. Neste caso, foram coletados dados acerca das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do município, divididas entre aquelas permanentes e aquelas temporárias, conforme demonstrado no gráfico que segue:

Permanente

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Vale lembrar que a partir de 2012 a cultura da soja é uma atividade que vem crescendo no município. Outra atividade importante é o comércio, essencialmente varejista, praticada em média escala.

2.4.2 Produção Econômica

Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 62,9%, passando de R$ 18,0 milhões para R$ 29,3 milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado, que foi de 69,4%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu de 0,04%para 0,03% no período de 2005 a 2010.

Fonte: IBGE

A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Serviços, o qual respondia por 50,7% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 7,0% em 2010, contra 6,1% em 2005. Variação contrária à verificada no Estado, em que a participação industrial cresceu de 6,1% em 2005 para 23,8% em 2010.

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Taxa de crescimento do PIB nominal por setor econômico no município e no estado - 2005 a 2010.

2.4.3 Mercado de Trabalho

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de 2010, possuía 1.620 pessoas com 10 anos ou mais de idade economicamente ativas, sendo que 1.544 estavam ocupadas e 76 desocupadas. A taxa de participação ficou em 51,7% e a taxa de desocupação municipal foi de 4,7%.

No tocante à taxa de desemprego, o gráfico abaixo fornece indicativos de maneira comparativa:

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Taxa de desemprego por área selecionada - 2010 8,0% 7,5% 7,0% 6,6% 5,9% 6,0% 4,9% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% Município Estado Microrregião Brasil

Fonte: IBGE - Censos demográficos 2000 e 2010

A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que 8,0% tinham carteira assinada, 38,1% não tinham carteira assinada, 29,1% atuam por conta própria e 0,0% de empregadores. Servidores públicos representavam 11,3% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam 13,5% dos ocupados.

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Fonte: IBGE - Censos demográficos 2000 e 2010

Das pessoas ocupadas, 15,0% não tinham rendimentos e 65,5% ganhavam até um salário mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 766,32. Entre os homens, o rendimento era de R$ 884,06 e entre as mulheres de R$ 612,59, apontando uma diferença de 44,32%maior para os homens.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal do município apresentou, por sete anos, saldo positivo na geração de novas ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período foi de 64. No último ano, as admissões registraram 31 contratações, contra 15 demissões.

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O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 321 postos, 161,0% a mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média verificada para o Estado, que cresceu 50,5% no mesmo período.

2.5 ASPECTO CULTURAL

Dentro do contexto cultural o município de Campinaçu é constituído por manifestações culturais merecem destaque, a folia de reis, dança de catira, os festejos juninos que caracterizam-se principalmente por diversas brincadeiras e a tradicional quadrilha. A religiosidade é outro aspecto que merece destaque em Campinaçu, com a tradicional festa da padroeira, que em 1958 inicia sua igreja também por iniciativa da senhora Argentina da Apresentação Marques, na qual foi erguido o cruzeiro em 15 de agosto do mesmo ano. Com o assentamento do cruzeiro a fé fortificou e no dia 15 de agosto de 1959 realizava-se a primeira festa religiosa, onde na oportunidade a srª Argentina recebeu a imagem de Nossa Senhora D'Abadia padroeira da cidade. A primeira missa em Campinaçu foi celebrada em 27 de maio de 1961, pelo vigário José Chaves. Hoje pode-se dizer que melhorou muito no aspecto religioso, pois a capela foi elevada a paróquia, e com esses anos passaram muitos padres e freiras por aqui. A festa da padroeira é realizada todos os anos com início no último fim de semana de junho até o primeiro de julho, e em 2015 aconteceu o primeiro tríduo a São José que com certeza fará parte da cultura religiosa de Campinaçu.

2.6 ASPECTO SOCIAL

2.6.1 Pobreza e transferência de renda

Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto de 2010, a população total era de 3.656 residentes, dos quais 546 se encontravam em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isso significa que 14,9% da população municipal viviam nessa situação. Do total de extremamente pobres, 240 (44,0%) viviam no meio rural e 306 (56,0%) no meio urbano. 23

No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) utilizam as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ele prevê dados individualizados, atualizados no máximo a cada dois anos, sobre as famílias de até meio salário mínimo per capita, permitindo saber quem são, onde moram, o perfil de cada um dos membros das famílias e as características dos seus domicílios.

De acordo com os registros de março de 2013 do Cadastro Único e com a folha de pagamentos de abril de 2013 do Programa Bolsa Família, o município conta com 814 famílias registradas no Cadastro Único e 470 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (57,74% do total de cadastrados).

O município apresenta uma cobertura cadastral que supera às estimativas oficiais, de maneira que a gestão municipal do Cadastro Único deve concentrar esforços na qualificação das informações registradas e na atualização dos dados familiares. Com isso, o município poderá abrir espaço para incluir no Bolsa Família as famílias em extrema pobreza já cadastradas e que ainda não recebem os benefícios.

De junho de 2011 a janeiro de 2013, o município inscreveu no Cadastro Único e incluiu no Programa Bolsa Família 07 famílias em situação de extrema pobreza.

2.6.2 Assistência Social

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) constitui uma das mais importantes ferramentas de distribuição de renda no âmbito da assistência social, tendo sido instituído ainda na Constituição Federal de 1988.

Além do BPC, a Assistência Social desenvolve diversos tipos de programas, ações e atendimentos, especialmente considerando seus espaços institucionais, como é o caso dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).

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2.6.3 Inclusão Produtiva

Além dos aspectos de cadastramento no Cadastro Único, no Bolsa Família e de atendimento sócio assistencial, é importante analisar, também, o perfil ocupacional dos indivíduos que fazem parte desse conjunto. Para isso, foram analisados os dados mais atualizados do programa de Micro empreendedores Individuais (MEI). Em fevereiro de 2013, o município contava com 13 pessoas cadastradas como MEI. Desse total, foi possível encontrar, também, indivíduos cadastrados simultaneamente no Cadastro Único. O gráfico abaixo mostra a evolução do total destes indivíduos, que estão cadastrados tanto no Cadastro Único, quanto no MEI, para os meses de junho de 2012, novembro de 2012 e fevereiro de 2013:

Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE); Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

2.6.4 Saúde

De acordo com dados do Ministério da Saúde no tocante à mortalidade infantil, o número de óbitos foi de 02 crianças no município, ao passo que no

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Estado o número é de 1.212 crianças e a taxa de mortalidade infantil 13,62 crianças a cada mil nascimentos.

No que concerne à morbidade hospitalar, as 05 (cinco) principais causas de internação são as listadas no abaixo:

Fonte:Ministério da Saúde (MS)

Além da morbidade hospitalar, é importante, também, assinalar as principais causas externas de óbito relatadas pelo município. De acordo com o Censo Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29 anos era de 824 indivíduos, sendo que 00 faleceu em função de eventos e/ou causas externas.

É importante ressaltar as condições de saneamento e serviços correlatos do município, que interferem nas condições de saúde da população. Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que na área rural do município, a coleta de lixo atendia 95,4% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de água, o acesso nessa área estava em 50,4% dos domicílios particulares permanentes e 5,9% das residências dispunham de esgotamento sanitário

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adequado. No caso da área urbana, o gráfico abaixo fornece a distribuição desses serviços para os domicílios particulares permanentes:

Percentual de domicílios da área urbana com acesso à rede de abastecimento de água, à coleta de lixo e ao escoamento do banheiro ou sanitário adequado - 2010 120,0% 100,0% 98,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,4% 0,0% Abastecimento de Coleta de lixo Escoamento adequado água

Fonte: IBGE - censos demográficos de 2000 e 2010

3. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO

Conforme o Art. 22 da LDB, “a educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Assim sendo, o Art. 11 inciso V, da referida lei determina que “os Municípios incumbir-se-ão de oferecer à educação infantil em creches e pré- escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental permitido a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino”.

Este documento apresenta o Diagnóstico da Educação no Município de Campinaçu, expondo informações e dados colhidos de fontes diversas, especialmente do IBGE - Censo Demográfico 2010 e do MEC - Censo Escolar 2014, que permitem compreender como se encontra estruturado e oferecido o

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ensino na cidade, nas diferentes instâncias administrativas, em todos os níveis e modalidades.

Nesse contexto, com a criação do Conselho Municipal de Educação, em 06 de dezembro de 2006 pela Lei Nº 538/06, foi o primeiro passo na conquista da autonomia do Município para gerir seu próprio sistema educacional, que se concretizou, também, a partir de 22 de dezembro de 2006 com a promulgação da Lei Nº 534/06, que criou o Sistema Municipal de Ensino de Campinaçu.

A partir de então, novos rumos abriram-se para a educação municipal, haja vista que a autonomia conquistada conferiu às autoridades e à população a responsabilidade de cuidarem mais de perto de suas escolas e definirem as responsabilidades do Município na área educacional, em regime de colaboração com os Sistemas de Ensino Nacional e Estadual. Integram o Sistema Municipal de Ensino: a) a Secretaria Municipal de Educação; b) o Conselho Municipal de Educação - órgão normativo, deliberativo e consultivo do sistema de ensino; c) os estabelecimentos de Educação Infantil e de Ensino Fundamental mantido pelo Município; O Sistema Municipal de Ensino, desde a sua criação, tem se articulado com os Sistemas de Ensino Nacional e Estadual e com eles tem cooperado e realizado ações conjuntas, para que a população Campinaçuence seja beneficiada com uma educação de qualidade, em todos os níveis e modalidades de ensino. A cidade de Campinaçu, com sistema próprio de ensino, articulando-se com outras instâncias administrativas vinculadas aos Sistemas de Ensino Nacional e Estadual, oferece à população toda educação básica especificada na legislação vigente, principalmente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN nº 9394/96, que são: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional Tecnológica de Graduação na modalidade a Distancia Semi Presencial. A oferta desses diferentes níveis e modalidades da educação dá-se por meio de mantenedores do poder público que administram as instituições de ensino municipais e estaduais.

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O poder público municipal, representado pela Prefeitura Municipal de Campinaçu, mantém as escolas vinculadas ao Sistema Municipal de Ensino, segundo o Censo Escolar 2014, composta de 03 unidades escolares, sendo 01 de Educação Infantil e 02 de Ensino Fundamental, sob a supervisão da Secretaria Municipal de Educação. A partir de 2007, a Rede de Ensino Municipal reorganizou- se para atender ao Ensino Fundamental em nove anos. Nos últimos anos, ocorreram duas mudanças importantes no país quanto ao atendimento escolar. Em relação ao Ensino Fundamental, a obrigatoriedade passou para nove anos (6 aos 14 anos); a Pré-Escola e o Ensino Médio tornaram-se obrigatórios. O texto constitucional aprovado em 2009 institui a obrigatoriedade da Educação Básica gratuita para todos na idade de 4 a 17 anos, com implementação pelos sistemas de ensino, prevista até 2016. O poder público estadual, representado pelo Governo do Estado de Goiás, mantém – conforme o Censo 2014, 02 instituições aliadas ao Sistema Estadual de Ensino em Campinaçu. Desse total, 01 unidade oferece educação em período integral no Ensino Fundamental, desde 2010, com atividades complementares. Anexadas ao IF GOIANO, oferece educação tecnológica, Considerando, a necessidade de promover a capacitação profissional dos munícipes, visando sua inserção no mercado de trabalho que se apresenta cada vez mais exigente e competitivo. O IF (Instituto Federal) Goiano é mantido por entes públicos, e está instalado em Campinaçu, oferecendo cursos de nível técnico profissionalizante na modalidade à Distância Semi Presencial conforme a tabela abaixo.

Cursos Técnicos oferecidos pelo: Instituto Federal Goiano no município de Campinaçu anexado ao Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão– Ano 2015 Cursos Vagas ofertadas Alunos matriculados Técnico em Meio Ambiente 40 23 Técnico em Segurança do trabalho 40 21 Técnico em Administração 40 34 Técnico em Serviços Públicos 40 30

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Total 160 108

Fonte: Portal do IFG – Campos de Ceres – GO/Pólo Campinaçu - GO 2015

O Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão oferece, ainda, como opção o período integral para os estudantes do Ensino Fundamental anos iniciais e anos finais.

Alunos atendidos em Período Integral por escola e dependência administrativa – Ano 2013 Escola Anos/ Séries Alunos escolares Estadual Colégio Estadual Calumério 4º à 8º ano 111 Rodrigues Galvão

Total 1 Unidade 111 Fonte: QEdu/ Censo 2013 O Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela acredita que a educação aliada à cultura produz frutos ainda maiores e melhores. E só é possível promover educação e cultura de qualidade com a interação de todos, com isso o colégio desenvolve várias atividades complementares ao longo do ano letivo conforme apresenta a tabela:

Atividades Complementares oferecidas por escola e matrículas por atividade e dependência administrativa – Ano 2014. Rede Escola Atividade Complementar Matrícula

Cultura, Artes e Educação Patrimonial/ 22 Dança Estadual Colégio Esporte e Lazer/ Voleibol e Futebol 22 Estadual Acompanhamento Pedagógico/Orientação 22 Senador de Estudos e leitura Teotônio 22 Vilela Promoção da Saúde /promoção da Saúde e prevenção de doenças e agravos à saúde Fonte: DataescolaBrasil/Censo Escolar 2014 30

Observando a tabela a seguir em relação à oferta da modalidade de Educação Especial, é possível perceber que o poder público organiza-se, dentro da perspectiva da educação inclusiva, para prestar atendimento aos munícipes com deficiências nas próprias instituições escolares, valendo-se de apoios pedagógicos. Vale ressaltar, que a cidade não conta com instituições especializadas para assistência a pessoas com deficiência, sendo os casos mais graves encaminhados para cidades vizinhas para tratamento especializado.

Atendimento Educacional Especializado por Dependência Administrativa na Educação Básica em Campinaçu – Ano 2014 Dependência Tipo de Necessidade Especial Nº Matrícula

Colégio Estadual Deficiência Intelectual; Distúrbios de Senador Teotônio 01 Aprendizagem Vilela Escola Municipal Presidente Costa e Deficiência Física 01 Silva Escola Municipal Deficiência Intelectual 01 Professor Dionésio Transtorno Integrativo da Infância 01 Alves de Souza Colégio Estadual Deficiência Hiperatividade e Retardo Calumério Rodrigues 01 Mental Moderado Galvão Fonte: Educacenso/2014

Abaixo podemos visualizar o número de escolas de Educação Básica nas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, em Campinaçu, por dependência administrativa.

Número de Instituições de Educação Básica e Educação Superior em Campinaçu, por dependência administrativa – Ano 2014. Educação Básica Níveis e Educação Educação Ensino Ensino Total Etapas de Infantil Fundamental Médio Superior Ensino Municipal 01 02 - - 03 Estadual - 01 01 - 02 Privada - - - - - TOTAL 01 03 01 00 05 Fonte: Censo Escolar 2014

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A Educação Infantil é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, visto que devem ser desenvolvidas, nessa etapa, as suas capacidades nos aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais. É válido ressaltar que é direito de todas as crianças terem acesso à Educação Infantil, e há leis que asseguram tal direito. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação – LDB nº 9.394/96, alterada pela Lei nº 12.796/2013, nos artigos 29 e 30 ressalta a organização das crianças em creches e pré-escolas:

Art.29 – A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30 – A educação infantil será oferecida em: I – Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade. II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade (BRASIL, 2013, p.12).

Em vista disso, entende-se que a criança tem o direito de ter uma educação de qualidade, em instituições adequadas e profissionais competentes, para que dessa forma possam assegurar a sua cidadania e a da família. Sabendo que é importante o cumprimento das leis que regem a educação desde a pré-escola. A educação infantil para as crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos passou a ser obrigatória em 2009, quando foi aprovada a Emenda Constitucional (EC) número 59 (cinquenta e nove). Os municípios têm até 2016 para universalizar o atendimento. Entre as dificuldades enfrentadas estão a falta de recursos e o planejamento da ampliação, e a construção de uma Unidade Escolar para o atendimento dessa clientela. O PNE projeto de nº 13.005, de 25 de junho de 2014 trata, em sua primeira meta, da necessidade de "universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o fim da vigência deste PNE. Levando em consideração o município de 32

Campinaçu-Go, observamos que o mesmo atende uma quantidade considerável da etapa de Educação Infantil.

Matrículas na Educação Infantil em Campinaçu – Go

Faixas Etárias da Educação Infantil Matrículas Creche 0 a 03 anos 69 estudantes Pré Escola 04 a 05 anos 69 estudantes Total 138 estudantes Fonte: DataescolaBrasil/2014

Unidades Escolares de Educação Básica por localização e Dependência Administrativa - Ano 2014. Zona Urbana Zona Rural Total Educação Infantil Municipal 01 - 01 Estadual - - - Ensino Fundamental Municipal 01 01 02 Estadual 01 - 01 Ensino Médio Municipal - - - Estadual 01 - 01 Total da Ed. Básica Municipal 02 01 - Estadual 02 - - Total 04 01 05

Alunos matriculados na Educação Básica nas etapas de: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio – Regular e EJA – por dependência administrativa – Ano 2014 Níveis, etapas e Municipal Estadual Total Modalidades de Ensino

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Educação Infantil 63 - 63 Ensino Fundamental 260 19 279 anos iniciais Ensino Fundamental 176 91 267 anos finais Ensino Médio - 173 173 Educação de Jovens e 06 35 35 Adultos Total 499 318 819 Fontes: DataEscolaBrasil/2014

Os dados das tabelas acima revelam que as instituições municipais e estaduais estão presentes em quase todos os níveis e modalidades de ensino; entretanto, as escolas municipais apresentam-se em maior número, especialmente na Educação Infantil, ensino fundamental anos iniciais e finais. Para a população que não teve acesso ou continuidade de estudos em idade própria, é oferecida a modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, em 01 unidade escolar de Ensino Fundamental e Médio, por meio de cursos presenciais, sendo essa escola estadual. Acrescenta-se que, em relação à Educação Superior, existe no Município a oferta de 02 cursos de graduação em Pedagogia mantidas pela rede privada, nas categorias semi-presencial a distância. Os cursos são oferecidos pela Faculdade Albert Ainsten (FALBE) do município de Taguatinga Norte - DF e pela Faculdade do Planalto Central (FAPLAC) do município de Formosa-Go, ambas com extensão em Campinaçu-Go. Para realização dos encontros presenciais as instituições de ensino superior utilizam o prédio e os equipamentos tecnológicos da Escola Municipal Presidente Costa e Silva. Esse número de IES representa um avanço para a cidade, haja vista que, até o ano de 2012 não havia oferta de curso superior no município. Quanto à oferta de cursos de pós-graduação lato sensu pelas instituições de Ensino Superior, salienta-se que a iniciativa privada tem realizado investimentos nessa área, com vistas a aprimorar a escolaridade da população e promover a formação continuada dos profissionais para acompanhar as mudanças científicas, tecnológicas, educacionais, empreendedoras, artísticas e culturais que movimentam a dinâmica do Município. Nos anos de 2013 e 2014 houve a oferta de curso de pós-graduação Lato Sesu, como em 2015 não houve demanda o curso de 34

pós não abriu turmas. O objetivo das IES e promover a ampliação das oportunidades de Ensino Superior para a população de Campinaçu, bem como fortalecer os sistemas de formação e qualificação profissional, promover o desenvolvimento da cidade e o apoio às atividades de pesquisa e extensão universitária.

3.1 Indicadores da Educação em Campinaçu

Os resultados das avaliações educacionais de Campinaçu demonstram um esforço coletivo das escolas municipais e estaduais, porém é preciso buscar a melhoria da proficiência dos alunos.

- RESULTADOS DO IDEB OBSERVADO E METAS PROJETADAS DO MUNICÍPIO DE CAMPINAÇU – ANOS INICIAIS

IDEB – Resultados e Metas Rede Municipal e Estadual – 4ª série / 5º ano (Anos Iniciais) Ano – 2013

Metas Projetadas Ideb Observado

2009 2011 2013 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Municipal 4.1 5.2 5.3 4.6 5.0 5.2 5.5 5.8 6.0 6.3

Estadual - 5.1 5.6 4.9 5.3 5.5 5.8 6.0 6.3 6.5

Fonte: INEP – 2013

- RESULTADOS DO IDEB OBSERVADO E METAS PROJETADAS DO MUNICÍPIO DE CAMPINAÇU – ANOS FINAIS

IDEB: Resultados e Metas – Rede Municipal e Estadual 8ª Série/ 9º Ano – Ano - 2013 Ideb Observado Metas Projetadas Rede 2009 2011 2013 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Municipal 4.0 4.0 4.9 3.5 3.8 4.2 4.6 4.8 5.1 5.4

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Estadual 3.4 4.4 - 4.1 4.3 4.7 5.1 5.3 5.6 5.8 Fonte: INEP 2013

Conforme tabelas acima, é imprescindível, o fortalecimento das redes públicas municipais e estaduais de ensino, em ações para que as metas do IDEB, estabelecidas pelo Ministério da Educação para o município de Campinaçu, não sejam apenas alcançadas, mas superadas. Identificamos que o desafio é grande para o município efetivar a aprendizagem adequada para os alunos conforme série/ano de estudo no Ensino Fundamental.

Observando os dados acima, é importante ressaltar a necessidade dos principais atores da educação do município de Campinaçu tornarem o monitoramento desses resultados numa rotina, além do planejamento de ações para alcançar o indicador de sucesso. Além disso, usar os dados sobre o aprendizado para embasar ações pedagógicas; fazer da escola um ambiente agradável e propício ao aprendizado; ganhar o apoio de atores de fora da escola e efetivar ações pedagógicas embasadas em evidências e dados de aprendizagem.

Taxa de Distorção Idade – Série, segundo a Dependência Administrativa no Ensino Fundamental anos iniciais – Campinaçu – Ano 2007 até 2013 1º 2º 3º 4º 5º Total Fundamental Dependência Ano Ano ano Ano Ano anos iniciais Escola Municipal 2 % 8% 13% 24% 19% 12% Presidente Costa e Silva Escola Municipal Professor 0% 0% 20% 19% 0% 8% Dionésio Alves de Souza Colégio Estadual Calumério Rodrigues 0% 0% 0% 0% 0% 0% Galvão Fonte:QEdu Censo 2007 à 2013

Taxa de Distorção Idade – Série, segundo a Dependência Administrativa no Ensino Fundamental anos finais – Campinaçu – Ano 2007 à 2013 Total Ensino Dependência 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Fundamental anos finais Escola Municipal 17% 12% 29% 3% 15% Presidente Costa e Silva Escola Municipal Professor Dionésio Alves 43% 39% 20% 25% 30% de Souza Colégio Estadual 13% 33% 38% 0% 27% Calumério Rodrigues 36

Galvão Colégio Estadual - - - 56% 56% Senador Teotônio Vilela Ensino Médio – 20017 a 2013 Colégio Estadual 1º Ano 2º Ano 3º Ano Total Ensino Médio Senador 11% 19% 27% 18% Teotônio Vilela Fonte: QEdu/ Censo 2007 à 2013

Ao analisar a taxa de distorção por ano cursado, verifica-se que na proporção que aumentam os anos de estudo, aumenta a distorção idade/série-ano cursado. Isto revela o impacto das taxas de reprovação, repetência e evasão, ao longo do processo de escolarização, bem como as dificuldades de acesso/permanência e aprendizagem do aluno na escola.

Situação dos alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação de Campinaçu – Ano 2014 Rede Municipal de Educação

Aprovados Reprovados Concluintes Transferidos Deixaram de frequentar Escola Municipal 319 20 17 09 03 Presidente Costa e Silva Escola Municipal 69 00 12 15 08 Professor Dionésio Alves de Souza Centro Educação - - - 13 07 Infantil – Vovó Ana

Total 388 20 29 37 18

Fonte: Educacenso 2014

Situação dos alunos do Ensino Fundamental e Médio Rede Estadual de Educação de Campinaçu – Ano 2014 Ensino Fundamental, Médio e EJA

Aprovados Reprovados Abandonos Transferidos Matrícula Matrícula Inicial Final

Colégio Estadual 121 116 04 05 12 97 Calumério Rodrigues

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Galvão Colégio Estadual 183 Senador 175 08 07 19 140 Teotônio Vilela Total 291 12 12 31 237 304 Fonte: SIGE/Estado de Goiás – Ano 2014

Analisando as Tabelas a taxa de aprovação tem aumentado gradualmente ao longo dos anos, mas, cabe destacar que ainda há um caminho a percorrer em relação ao aprendizado dos alunos para atingir a taxa considerada como indicador de qualidade pelo Instituto Aírton Senna que é de 98% de aprovação dos alunos. Além disso, cabe salientar ainda que a aprendizagem atual (IDEB 2011) dos alunos não condiz com a série/ano de matrícula dos mesmos, ou seja, a apropriação do conhecimento é básico ou abaixo do básico, para a respectiva série. Os níveis da escala de proficiência que indicam a aprendizagem dos alunos são determinados pelas avaliações externas. Elas correspondem ao Conhecimento Básico, Abaixo do Básico, Adequado e Avançado. Conforme análise do resultado de aprovação os alunos ao concluírem a 1ª e 2ª etapa do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio, encontram-se com conhecimentos que precisam ser melhorados. Sabe-se que a escola desempenha muitas funções: desenvolvimento de competências cognitivas, de formação de hábitos e de convívio social. Nesse sentido é fundamental programar práticas exitosas: diagnóstico, definição de metas e de indicadores, criação de estratégias, capacitação sistemática dos envolvidos, monitoramento permanente e avaliações sistemáticas e integração estratégica de todas as ações para que se tornem, de fato, políticas públicas para o município, garantindo dessa forma, o sucesso na aprendizagem dos alunos.

Nível de Formação dos Docentes por dependência administração em Campinaçu – Ano 2015. Formação Magistério Nível Médio Graduação Especialização Rede Municipal 03 05 31 Rede Estadual - 02 13 Total 03 07 44 Fonte: Frequência/Março–2015 – SME Campinaçu e Subsecretaria Regional de Educação de Minaçu

Nível de Formação dos Docentes em desvio de função na rede de Ensino Municipal de Campinaçu – Ano 2015 38

Magistério Nível Médio Graduação Especialização Formação Rede Municipal - 02 02 Total - 02 02 Fonte: Departamento Pessoal/Frequência – Março /2015

Nível de Formação dos Docentes contratados por dependência administrativa em Campinaçu - 2015 Formação Magistério Nível Médio Graduação Especialização

Rede Municipal 05 04 -

Rede Estadual 02 03 -

Total 07 07 - Fonte: Frequência/março/2015 e SME de Campinaçu – e Subsecretaria Regional de Educação de Minaçu

De acordo com os dados fornecidos pela frequência do mês de março de 2015 da Secretaria Municipal de Educação e da Subsecretaria Regional de Educação de Minaçu as tabela mostram o número estimado de professores por nível de formação que atuam em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino oferecidas no Município. Desse universo, 39 docentes efetivos e 09 contratados atuam na Rede Municipal e 15 docentes efetivos e 05 contratados atuam na Rede Estadual.

A Tabela a seguir apresenta a distribuição dos docentes nos diferentes níveis de formação em desvio de função, sendo 01 lotado na Prefeitura e 03 na Assistência Social.

Matrículas no Transporte Escolar em Campinaçu por dependência administrativa. Colégio Colégio Escola Escola Poder Público Estadual Estadual Municipal Municipal Estadual Calumério Senador Professor Presidente Rodrigues Teotônio Dionésio de Costa e Silva Galvão Vilela Souza Poder Público 14 10 0 0 Estadual Poder Público 0 0 30 24 Municipal Total 14 10 30 24

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Localização / - - - - zona de residência rural Poder Público 16 57 0 9 Estadual Poder Público 0 0 75 51 Municipal Total 16 57 75 60 Total Geral 30 67 105 84 Fonte: DataEscolaBrasil - Censo Escolar 2014

A Rede Municipal e Estadual de Educação em Campinaçu busca assegurar recursos para transporte seguro e de qualidade para os alunos e profissionais da educação, garantindo o transporte escolar, gratuito, para estudantes da zona rural, matriculados na rede pública, dentro de padrões básicos de segurança com adaptação para pessoas com deficiência, manutenção regular e motorista qualificado.

4. Infraestrutura das Escolas de Campinaçu

A realidade do CMEI Vovô Ana de Campinaçu tem se mostrado distante das condições ideais de educação, mostrando que as crianças definitivamente estão com um espaço restrito para desenvolver suas atividades diárias. O CMEI é um dos exemplos de unidade escolar no município que precisa de melhorias. Atualmente conta com uma infraestrutura inadequada para atender a demanda. O mesmo necessita com urgência de ampliação e reforma. Nossas prioridades são: salas de aula, pois os professores trabalham com duas turmas em cada sala no mesmo horário e usando também o refeitório como sala de aula nos dois turnos. O CMEI não conta com biblioteca, secretaria, laboratório de informática, sala de AEE, quadra de esportes, sala de leitura, brinquedoteca e pátio coberto.

Com a infraestrura inadequada torna difícil e até mesmo nos impede de oferecer muitas atividades diversificadas no que reflete justamente na aprendizagem e no atendimento à demanda exigida na “Meta 01 do Plano Municipal de Educação”.

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Portanto, faz-se necessário e com urgência a construção de salas, pátio coberto, parquinho de diversão, grade de proteção e as outras dependências citadas acima.

Estrutura Física do Centro Municipal de Educação Infantil Vovó Ana – Ano/2014

Infraestrutura/ Dependências CMEI Vovó Ana

Salas de aula Sim (insuficiente)

Sanitário Feminino e Masculino p/ sim alunos Sala de professores sim

Sanitário para funcionários sim

Diretoria sim

Biblioteca não

Cantina sim

Refeitório Sim (mas atualmente funciona como sala de aula)

Secretaria não

Laboratório de Informática não

Quadra de esportes não

Sala para AEE não

Almoxarifado sim

Sala de leitura não

Pátio coberto não

Fonte: Projeto Político Pedagógico do Centro Municipal de Educação Infantil Vovô Ana– Ano 2014

A Escola Municipal Professor Dionésio Alves de Souza situada no Assentamento Vale do Bijuí- zona rural de Campinaçu, funciona nos períodos

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matutino e vespertino atendendo alunos do 3º período ao 9º ano do Ensino Fundamental com um total de 114 alunos matriculados em 2015.

O prédio da escola é um galpão adaptado de tijolos coberto com telha francesa e com muitas infiltrações em virtude de algumas telhas quebradas e em mal estado de conservação. A área total de prédio onde se desenvolve as atividades escolares é de 200 m2, aproximadamente divididos em cinco salas para atividades escolares com as seguintes medidas abaixo:

Dependências Medidas

Sala 01 26,55 m2

Sala 02 35,84 m2

Sala 03 29,05 m2

Sala 04 20,01 m2

Sala 05 17,52 m2

Secretaria 10,09 m2

Cantina 13,49 m2

Dispensa 5,68 m2

Galpão 118,64 m2

Toda a estrutura física da escola se encontra em situação precária, o piso é de cimento grosso. Anexo a escola tem um galpão semi-coberto com telha Eternit de amianto e com estrutura de madeira (roliça de eucalipto). É nesse espaço que se desenvolvem atividades recreativas, reuniões e apresentações. Encontram-se anexado ao galpão três banheiros, sendo um masculino e um feminino para os alunos e um banheiro de uso restrito para funcionários.

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O pátio da escola é semi-aberto cercado por uma cerca de arame liso em péssimo estado de conservação. A escola também possui anexa ao pátio um campo society de terra batida para as atividades de educação física.

A água potável utilizada no dia a dia para tomar e preparar alimentos vem da cidade e é transportada em tambores no transporte escolar, uma vez que a água existente é salobra imprópria para o consumo.

A energia que abastece a escola é muito fraca, em média gira em torno de 180 volts, o que impossibilita a utilização dos equipamentos tecnológicos que a escola dispõe e com frequência as iluminações das salas de aula ficam comprometidas.

Sendo assim diante da dinamicidade pedagógica que as políticas educacionais propõem, da diversidade de saberes e capacidade dos educandos desenvolver suas habilidades de aprendizagem, torna-se necessário uma escola com espaço físico adequado para melhor desenvolver as ações pedagógicas e consequentemente alcançar as metas do Plano Municipal de Educação.

Estrutura Física da Escola Municipal Professor Dionésio Alves de Souza - Ano/2014

Infraestrutura/ Dependências Escola Municipal Professor Dionésio Alves de Souza

Salas de aula Sim (insuficiente)

Sanitário Feminino e Masculino p/ sim alunos Sala de professores não

Sanitário para funcionários sim

Diretoria não

Biblioteca não

Cantina sim

Refeitório não

Secretaria sim

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Laboratório de Informática Não (Possui equipamentos, mas não tem espaço físico e energia que suporte ligar os aparelhos)

Quadra de esportes não

Sala para AEE não

Almoxarifado sim

Sala de leitura não

Pátio coberto sim

Fonte: Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Professor Dionésio Alves de Souza – Ano 2014

A Escola Municipal Presidente Costa e Silva atende aproximadamente 410 alunos nos períodos matutino e vespertino e para garantir qualidade ao que é oferecido é necessário ampliar o espaço físico da escola com estruturas como biblioteca, sala de professores, refeitório, diretoria, pátio coberto entre outros, afim de conseguir alcançar as metas do Plano Municipal de Educação.

Existe na unidade uma sala improvisada que serve como sala dos professores; é nesta, que se acomodam os livros pedagógicos de pesquisa, material para eventos, (roupas, papel cartão, cartolina, EVA, cola entre outros) por não haver outro local, também funciona como espaço de criação de cartazes e murais pela coordenação pedagógica.

Não existe espaço adequado à diretoria; sendo a secretaria o mesmo ambiente onde o grupo gestor recebe pais e alunos, tirando a privacidade de tratar de assuntos que muitas vezes são particulares.

Os livros de acervo escolar da biblioteca e o laboratório de informática dividem espaço com os alunos, pois, estão precariamente estudando nessa mesma sala.

Por falta do refeitório, os alunos fazem suas refeições na sala de aula ou dispersos pelo pátio da escola.

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Existe na unidade uma quadra de esportes em condições precárias, com rachaduras no piso e sem cobertura.

O almoxarifado tem um espaço restrito para esse fim

Não existe espaço adequado para o trabalho com leitura, com isso os alunos realizam esta atividade no pátio da escola o que acaba tirando a atenção na leitura.

O pátio não é coberto o que impossibilita atividades fora da sala de aula, a pequena cobertura existente não condiciona todos os alunos no momento de alguma apresentação ou palestra na unidade.

Em relação a sala de AEE, a escola dispõe de alguns equipamentos para este fim, mas não tem espaço físico para organiza-los.

Estrutura Física da Escola Municipal Presidente Costa e Silva - Ano/2014

Infraestrutura/ Dependências Escola Municipal Presidente Costa e Silva

Salas de aula Sim (insuficiente)

Sanitário Feminino e Masculino p/ alunos sim

Sala de professores não

Sanitário para funcionários sim

Diretoria não

Biblioteca não

Cantina sim

Refeitório não

Secretaria sim

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Laboratório de Informática Sim (atualmente funciona como sala de aula)

Quadra de esportes sim

Sala para AEE não

Almoxarifado sim

Sala de leitura não

Pátio coberto não

Fonte: Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Presidente Costa e Silva – Ano 2014

O Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão atende crianças no período integral e para conseguir isso com qualidade é necessário a construção de mais cinco salas de aula, uma cantina e um refeitório com mobiliários adequados para oferecer as refeições diárias de acordo com os padrões de uma escola integral; uma biblioteca onde os alunos possam estar realizando leituras e pesquisas; uma quadra de esportes coberta para realização das oficinas esportivas, aula de educação física, ensaios de peça teatral e atividades de capoeira.

Estrutura Física do Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão – Ano/2014

Infraestrutura/ Dependências Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão

Salas de aula Sim (insuficiente)

Sanitário Feminino e Masculino sim p/ alunos Sala de professores não

Sanitário para funcionários sim

Diretoria sim

Biblioteca não

Cantina sim

Refeitório Sim (inadequado)

Secretaria sim

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Laboratório de Informática Sim

Quadra de esportes não

Sala para AEE não

Almoxarifado Sim (insuficiente)

Sala de leitura não

Pátio coberto sim

Fonte: Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Calumério Rodrigues Galvão – Ano 2014.

O Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela dispõe de espaço físico suficiente para atender a demanda, como nos mostra a tabela abaixo, mas para isso é necessário ampliação da infraestrutura física para atender à prática docente, desportiva, equipamentos e mobiliários (mesas, cadeiras, armários para o laboratório de Informática e conjuntos de cadeiras para os alunos), salas ambientes para: laboratório de ciências, multifuncional, sala de leitura, sala de professor, diretoria, refeitório, quadra de esportes coberta e pátio coberto.

Estrutura Física do Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela – Ano/2014

Infraestrutura/ Dependências Colégio Estadual Senador Teotônio Vilela

Salas de aula Sim (insuficiente)

Sanitário Feminino e Masculino p/ sim alunos Sala de professores não

Sanitário para funcionários sim

Diretoria não

Biblioteca não

Cantina sim

Refeitório não

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Secretaria sim

Laboratório de Informática Sim

Quadra de esportes não

Sala para AEE não

Almoxarifado Sim (insuficiente)

Sala de leitura não

Pátio coberto sim

5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPINAÇU

O Plano Municipal de Educação de Campinaçu – PME, elaborado para o Decênio 2015 – 2025, representa o instrumento norteador da educação municipal para o período de 10 (dez) anos, sendo necessária a previsão e o estabelecimento de mecanismos de acompanhamento e de avaliação que possibilitem ao sistema educacional o cumprimento das metas e estratégias estabelecidas para esse Decênio.

A organização e sistematização deste PME agrega um elenco de ações estratégicas integradas, a serem implementadas no decorrer desses anos, tendo como foco a qualidade na Educação Básica do Município, do Estado e consequentemente do país. Assim, para a implantação do PME foi instituído a Comissão Executiva de Sistematização do Plano Municipal de Educação representado pelos diferentes segmentos da sociedade civil e do poder público, a quem caberá a coordenação no âmbito do município do Acompanhamento e Avaliação da implantação e implementação deste Plano. Com a aprovação do PME, serão realizadas periodicamente ações estratégicas de acompanhamento como seminários municipais e audiências públicas sob a coordenação da Comissão Executiva Municipal e do Conselho Municipal de Educação, tendo em vista o monitoramento da execução do PME. Após dois anos da aprovação do PME, pretende-se que seja realizada a primeira avaliação externa junto às

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representações da Comissão Executiva por meio do qual serão planejadas avaliações bianuais para que sejam realizadas as devidas adequações, em tempo hábil para o cumprimento das metas e estratégias na efetivação das políticas públicas educacionais do município.

METAS E ESTRATÉGIAS

META 01 – Educação Infantil: Universalizar até 2016 o atendimento escolar da população de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, ampliar até o final da vigência deste plano, a oferta de Educação Infantil, de forma a atender no mínimo 50% da população de até 3 (três) anos de idade.

ESTRATÉGIAS:

1.1 Realizar levantamentos dos espaços adequados para construção de prédio para funcionamento de instituição de Educação Infantil em conformidade com os padrões arquitetônicos do Ministério da Educação - MEC, respeitando as normas de acessibilidade.

1.2 Assegurar espaços lúdicos de interatividade considerando a diversidade étnica, e sociocultural tais como: brinquedoteca, ludoteca, bibliotecas e parques infantis.

1.3 Garantir que os espaços físicos sejam adequados aos padrões de qualidade e acessibilidade e mobiliados em conformidade com as especificidades infantis.

1.4 Ampliar a equipe técnico-pedagógica da Educação Infantil com o objetivo de fortalecer o acompanhamento das atividades em todas as escolas, a fim de fomentar a eficiência da qualidade no atendimento à infância.

1.5 Estimular a criação de Fóruns Municipais de Educação Infantil, que venham a elucidar a prática do professor em sala de aula, assim como sensibilizar as famílias/responsáveis sobre a importância da primeira etapa da Educação Básica.

1.6 Adotar em regime de colaboração entre os setores de saúde, assistência social e cultura, na manutenção, administração, controle e avaliação das instituições de

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atendimento às crianças da Educação Infantil, contemplando as dimensões do educar e cuidar.

1.7 Baixar, pelo Conselho Municipal de Educação, resolução, que determine a relação professor-aluno no que se refere à quantidade de crianças em sala de aula na Educação Infantil.

1.8 Promover, em regime de colaboração, políticas e programas de qualificação permanente de forma presencial, articulando teoria/prática, para os profissionais da Educação Infantil.

1.9 Garantir o transporte escolar, atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, e da portaria 023/2012 do DETRAN-GO e às normas de acessibilidade que garantam a segurança e o tempo de permanência das crianças na escola.

1.10 Garantir a elaboração, implantação e avaliação da proposta curricular para a Educação Infantil que contemple as comunidades quilombolas, do campo e a diversidade étnicorracial, ambiental e de gênero, bem como o ritmo, as necessidades e especificidades das crianças com deficiências, com transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.

1.11 Garantir o ingresso e permanência de profissionais formados em Pedagogia, para educar e cuidar das crianças de forma indissociável, conjunta e colaborativa no ambiente escolar.

1.12 Cumprir com a política nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil - DCNEI, programas e projetos favorecedores do processo educacional das crianças.

1.13 Inserir no processo formativo das crianças, elementos favorecedores da cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da solidariedade, da ética e da justiça.

1.14 Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 anos. 50

META 02 – Ensino Fundamental: Garantir a universalização do Ensino Fundamental de Nove Anos para população de 6 a 14 anos e que pelo menos 95,2% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada até o último ano de vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS:

2.1 Realizar levantamentos dos espaços adequados para construção de prédio para educação do campo em área de assentamento para funcionamento de instituição de Ensino Fundamental, através do Plano de Ações Articuladas - PAR em conformidade com os padrões arquitetônicos do Ministério da Educação - MEC, respeitando as normas de acessibilidade.

2.2 Ampliar as estratégias de monitoramento que possibilitem o acompanhamento individual da aprendizagem dos alunos em todas as escolas do sistema de ensino.

2.3 Promover reformulações anuais dos projetos pedagógicos, com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos, relacionando com o contexto municipal e local de cada escola.

2.4 Ajustar o número de alunos por professor, garantindo a qualidade do processo ensino-aprendizagem em conformidade com a Resolução específica expedida pelo Conselho Municipal.

2.5 Implantar programas e projetos de Correção de Fluxo Escolar, reduzindo as taxas de reprovação, abandono escolar e distorção idade-ano, em todas as escolas.

2.6 Definir e garantir padrões de qualidade, incluindo a igualdade de condições para acesso e permanência dos alunos na escola.

2.7 Acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações planejadas pelo Plano de Ações Articuladas - PAR mediante as responsabilidades estabelecidas.

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2.8 Ampliar e fortalecer as políticas intersetoriais de saúde, meio ambiente, cultura e outras, para que, de forma articulada, assegurem direitos e serviços de apoio e orientação à comunidade escolar.

2.9 Aprimorar o acompanhamento e apoio das atividades educativas desenvolvidas nas escolas, em regime de colaboração com os diferentes segmentos, através da coordenação pedagógica de Ensino Fundamental de Nove Anos.

2.10 Promover, em regime de colaboração, programas de qualificação permanente para os profissionais da educação.

2.11 Fortalecer o monitoramento do acesso e da permanência do aluno na escola por parte dos beneficiários de programas de transferência de renda, identificando motivos de ausência e baixa frequência, garantindo apoio à aprendizagem.

2.12 Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as Secretarias de Assistência Social, Saúde, Conselho Tutelar e Instituições Religiosas.

2.13 Ampliar a aquisição de veículos escolares apropriados para o transporte dos alunos, do campo, a partir de assistência financeira do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE/MEC, com o objetivo de reduzir o tempo máximo dos estudantes em deslocamento e abandono escolar, atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo Departamento Estadual de Trânsito DETRAN.

2.14 Garantir e ampliar política de formação inicial e continuada de professores e demais profissionais da educação a partir de parcerias com os Programas de Formação e por iniciativa própria.

2.15 Implantar Diretrizes Curriculares Municipais para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos.

2.16 Garantir no currículo do ensino fundamental, conteúdos que tratem de temáticas afro-indígenas, bem como os direitos da criança e do adolescente.

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2.17 Ampliar a formação continuada de professores, gestores e técnicos pedagógicos do sistema de ensino do município sobre as leis afro-indígenas, de forma interdisciplinar.

2.18 Assegurar recursos necessários para mobiliar adequadamente os espaços físicos das escolas que atendem os alunos de 6 (seis) anos e daqueles com dificuldades de locomoção.

2.19 Implantar projetos educativos que fortaleçam a relação família/ escola/escola, visando à melhoria do ensino e aprendizagem.

2.20 Garantir tecnologias nas escolas, com suporte técnico, estimulando o uso como ferramentas pedagógicas, de forma inovadora, no processo ensino e aprendizagem.

2.21 Garantir a oferta do Ensino Fundamental - anos iniciais - para populações urbana, de campo e quilombola(se vier a existir), ampliando a oferta para os anos finais.

2.22 Intensificar ações de redução do abandono escolar dos alunos do Ensino Fundamental – anos finais.

2.23 Estimular práticas pedagógicas no sistema de ensino com a utilização de recursos didático-pedagógicos que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos.

2.24 Garantir interprete de Libras e transcritor do sistema Braile nas escolas que efetivarem matrícula de alunos com deficiência auditiva e/ou visual.

2.25 Definir Diretrizes Municipais para a política de formação continuada na modalidade de Educação Especial para professores e demais profissionais da educação do Ensino Fundamental.

2.26 Elaborar padrões de qualidade que assegurem aprendizagem para os alunos do Ensino Fundamental, em consonância com os anos de escolaridade.

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2.27 Assegurar o cumprimento de 200 (duzentos) dias letivos e carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas/aulas aos estudantes da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino.

META 03 - Ensino Médio: Garantir o atendimento escolar a população de 15 a 17 anos e elevar até a vigência deste Plano, a taxa líquida de matrículas do ensino médio de 79,5 % para 85% nessa faixa etária.

ESTRATÉGIAS

3.1 Fortalecer as práticas curriculares voltadas para o desenvolvimento do currículo escolar, organizado de maneira flexível e diversificado com conteúdos obrigatórios e eletivos em todas as áreas de conhecimento.

3.2 - Formalizar e executar planos de formação continuada dos professores, tendo em vista o alcance das metas de aprendizagem em articulação com o Projeto Pedagógico da Escola.

3.3 - Implantar programas e projetos de Correção de Fluxo Escolar, por meio de acompanhamento individualizado dos alunos com rendimento escolar defasado, de forma a reduzir as taxas de distorção idade-série, em todas as escolas.

3.4 - Estabelecer parcerias com instituições públicas de Ensino Superior para a formação continuada dos profissionais da Educação Básica que atuam no sistema estadual de ensino.

3.5 - Ajustar a relação entre o número de alunos e professores, garantindo a qualidade do processo ensino-aprendizagem em conformidade com a legislação vigente.

3.6 – Assegurar e ajustar nas escolas de Ensino Médio, acervo bibliográfico, laboratórios de informática e de ciências que favoreçam a vivência de práticas tecnológicas e curriculares.

3.7– Universalizar o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM - fundamentado em Matriz de Referência do Ensino Médio, articulando com o SAEB, a fim de promover

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sua utilização como instrumento de avaliação sistêmica para subsidiar políticas para a educação básica e de avaliação certificadora.

3.8 - Assegurar e garantir transporte escolar de qualidade aos alunos do campo de acordo com as normas estabelecidas pelo Denatran e supervisionar através de freqüência escolar os resultados dos mesmos.

META 04 – Educação Especial/Inclusiva: Garantir à população de 04 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos/as estudantes do sistema regular de ensino, com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de forma a atingir a sua universalização até final da década.

ESTRATÉGIAS:

4.1 – Oferecer o atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, em parcerias com o poder público.

4.2 - Implantar salas de recursos multifuncionais e buscar programas de formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado complementar e suplementar, nas escolas urbanas e rurais.

4.3 - Oferecer o atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos estudantes matriculados na rede pública de ensino regular.

4.4 - Adaptar as escolas regulares com acessibilidade e dotar de profissionais especializados na Educação Especial.

4.5 - Formar uma equipe itinerante de professores capacitados em deficiência visual (braile, soroban e outras), libras, deficiência mental e altas habilidades, em parceria com o sistema público de ensino.

4.6 - Promover parcerias com empresas e Centros Multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessorias, articulados com instituições acadêmicas.

4.7 - Garantir recursos financeiros para a oferta de cursos de formação continuada em Braille, libras, soroban, deficiência intelectual, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 55

4.8 - Estabelecer padrões básicos de infraestrutura do sistema de ensino de acessibilidade aos estudantes público alvo da Educação Especial.

4.9 - Ampliar o atendimento aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, incrementando, se necessário, classes especiais, salas de recursos e de alternativas pedagógicas que atendam às especificidades e necessidades dos educandos inclusos em classes comuns.

4.10 - Articular com instituições de ensino superior, proposta de estudos e pesquisas em apoio ao atendimento complementar de estudantes com deficiência e suplementar aos estudantes com altas habilidades/superdotação.

4.11 - Garantir a oferta da Educação de Jovens e Adultos - EJA, no turno diurno na perspectiva de Educação Inclusiva;

4.12 – Orientar e acompanhar as famílias, através de ações intersetoriais voltadas aos esclarecimentos das dificuldades de aprendizagem do educando, em regime de colaboração com as secretarias municipais.

META 05 – Alfabetização: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental.

ESTRATÉGIAS:

5.1 - Implementar mecanismos de avaliação tais como: acompanhamento pedagógico, avaliações diagnósticas e atividades especificas de alfabetização na idade certa.

5.2 - Implantar salas apropriadas com recursos pedagógicos e profissionais capacitados, a fim de promover a alfabetização.

5.3 – Garantir a todas as crianças até o final do ciclo de alfabetização o domínio da leitura, escrita e cálculo.

5.4 - Oferecer a todas as crianças que apresentem dificuldades em alfabetização, reforço escolar em contraturno e com acompanhamento pedagógico supervisionado para garantir a aprendizagem. 56

5.5 - Priorizar o acompanhamento individual das crianças com dificuldades de aprendizagem especificamente no 3º ano (final do ciclo de alfabetização) para garantir que até o final do ano letivo vigente, 100% das crianças sejam alfabetizadas.

5.6 - Implantar um sistema de avaliação diagnóstica supervisionada, no primeiro mês do ano letivo, para analisar e adotar medidas corretivas até o término do primeiro trimestre do ano letivo.

5.7 - Selecionar, capacitar e certificar professores do quadro municipal de ensino com perfil alfabetizador para assumirem e acompanharem os três primeiros anos da alfabetização.

5.8 - Fortalecer o acompanhamento no Ensino Fundamental - anos iniciais, referente à alfabetização na idade certa.

5.9 - Oferecer condições a todos os docentes que tenham alunos com deficiência inseridos em salas regulares, ambientes alfabetizadores, respeitando as especificidades e o número de alunos determinado pela legislação vigente.

5.10 - Garantir a alfabetização de crianças do campo, quilombolas(se vier a existir) e de população itinerantes, com materiais didáticos específicos.

5.11 - Ampliar o uso de tecnologias educacionais para o ciclo de alfabetização, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados no sistema de ensino.

META 06 – Educação Integral: Atender em tempo integral 50% das escolas públicas de educação básica e 25% de alunos até o final da vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS:

6.1 Garantir a construção, estruturação e manutenção de escolas de tempo integral, promovendo a articulação com os diferentes espaços educativos e equipamentos públicos como praças e parques.

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6.2 Melhorar os padrões de qualidade das escolas de tempo integral existentes no município, viabilizando atendimento diferenciado aos/as alunos/as com habilidades ou dificuldades específicas de aprendizagem.

6.3 Oferecer atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, de forma que o tempo de permanência de crianças e adolescentes na escola seja igual ou superior a sete horas diárias ininterruptas durante todo o ano letivo.

6.4 Fortalecer o regime de colaboração com a União e o Estado para a ampliação da jornada escolar, atendendo a educação em tempo integral nas escolas públicas do ensino fundamental.

META 07 – Aprendizado adequado na idade certa: Atingir as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB para a educação básica do Município.

ESTRATÉGIAS

7.1 - Garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e o atendimento às especificidades dos estudantes de todo sistema de ensino, visando a efetivação do direito à educação e a redução das desigualdades educacionais.

7.2 - Construir em colaboração com gestores e professores um indicador da qualidade educacional do município com base no desempenho dos estudantes, considerando o perfil do corpo docente, do gestor, os recursos pedagógicos disponíveis e as condições de infraestrutura da escola.

7.3 – Garantir o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

7.4 - Instituir processo contínuo de autoavaliação do sistema de ensino, das escolas de educação básica por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos professores do Ensino Fundamental e o aprimoramento da gestão democrática.

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7.5 – Orientar o planejamento das atividades pedagógicas a serem desenvolvidas nas escolas do Ensino Fundamental, de forma a buscar atingir as metas do IDEB, para diminuir a diferença entre as escolas com os menores índices, garantindo equidade da aprendizagem no município.

7.6 – Ampliar os projetos desenvolvidos em tecnologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas nas escolas, objetivando a melhoria da aprendizagem dos alunos.

7.7 – Promover ações de combate à violência, ao uso de drogas nas escolas em parceria com outras Secretarias, através do desenvolvimento de ações destinadas a capacitação de educadores para detecção de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção de medidas adequadas de segurança que promovam a construção de cultura de paz no ambiente escolar.

7.8 – Executar o Plano de Ação Articulada – PAR e o Plano Plurianual – PPA em consonância com o Plano Municipal de Educação - PME, tendo em vista as metas e estratégias estabelecidas para a educação básica pública.

7.9 – Fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do SAEB e do IDEB, relativo às escolas, assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias dos alunos e a transparência e o acesso público às informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação.

7.10 – Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do Ensino Fundamental e Médio, participando dos exames aplicados pelo MEC nos anos finais das etapas da educação básica e assegurando a universalização do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM.

7.11 - Implementar políticas no sistema municipal de ensino de forma a buscar atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices, para garantir a equidade da aprendizagem em todo o município.

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7.12 - Promover a articulação dos programas da área da educação de âmbito nacional e local, com os de outras áreas como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte, cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para melhoria da qualidade educacional.

7.13 - Promover em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro Didático e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes das comunidades para atuar como mediadores, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem.

META 08 – Escolaridade Média: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos de modo a alcançar no mínimo 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, das localidades de menor escolaridade, no município e dos mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, declarados na Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com vistas à redução das desigualdades educacionais.

ESTRATÉGIAS:

8.1 Implementar programas e projetos que contemplem o desenvolvimento de Tecnologias (computadores, celular, wi-fi) para correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial, priorizando estudantes com rendimento escolar defasado.

8.2 Ampliar a oferta do Ensino Fundamental e Médio com qualificação social e profissional aos segmentos sociais considerados que estejam fora da escola e com defasagem idade/série, de forma articulada a estratégias diversificadas que assegurem a continuidade do processo de escolarização, a essas populações.

8.3 Possibilitar a diversificação curricular, integrando a formação à preparação para o mundo do trabalho, a interrelação entre teoria e prática, abrangendo os eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura, de modo a adequar ao tempo e à organização do espaço pedagógico da escola.

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8.4 Buscar a oferta gratuita de Educação Profissional por intermédio de parcerias com as entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculada ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado no sistema escolar público, para atendimento aos segmentos populacionais considerados.

8.5 Ampliar parcerias com as áreas de saúde e assistência social, a busca escolar ativa, assegurando o acompanhamento e monitoramento de acesso e permanência na escola, bem como identificar causas de afastamentos e baixa frequência, estabelecendo em regime de colaboração, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses alunos no sistema público regular de ensino.

8.6 Viabilizar o uso de tecnologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas, que assegurem a alfabetização, a partir de realidades diferenciadas do ponto de vista linguístico e que favoreçam a melhoria do fluxo escolar e as aprendizagens dos alunos, segundo as diversas abordagens metodológicas.

8.7 Apoiar experiências específicas de Educação do Campo e Quilombola (se vier a existir) em função das etapas e modalidades da Educação Básica e da especificidade de seu corpo discente, adotando diferentes estratégias metodológicas.

8.8 Fomentar a produção de materiais didático-pedagógicos específicos e diferenciados, contextualizados às realidades socioculturais para professores e alunos, contemplando a educação para as relações étnico-raciais, educação em direitos humanos, educação ambiental, educação fiscal, arte e cultura nas escolas para a Educação Básica, respeitando os interesses das comunidades quilombolas (se vier a existir) e povos do campo.

META 09 – Alfabetização e Alfabetismo de Jovens e Adultos: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 96% até 2017, erradicar o analfabetismo e reduzir em 60% a taxa de analfabetismo funcional até o final da vigência deste Plano.

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ESTRATÉGIAS

9.1 - Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria.

9.2 - Assegurar que as escolas públicas de Ensino Fundamental ofereçam programas de alfabetização de ensino e exames para jovens, adultos e idosos de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, em parceria com Programas do Governo Federal.

9.3 - Promover o acesso e permanência no Ensino Fundamental aos egressos de Programas de Alfabetização, garantindo a participação em exames de reclassificação e de certificação da aprendizagem.

9.4 - Acompanhar e monitorar o acesso, a frequência e a aprendizagem dos estudantes da EJA, identificando motivos de ausência, infrequência e baixo rendimento, adotando ações corretivas para diminuir o índice de abandono escolar.

9.5 - Sensibilizar e mobilizar a comunidade em parceria com entidades governamentais e não governamentais, através de propagandas, campanhas, palestras e outros, de forma a incentivar os jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso ao Ensino Fundamental na idade própria, a ingressarem na Educação de Jovens e adultos.

9.6 - Estabelecer parcerias com outras Secretarias Municipais, visando ao mapeamento da população analfabeta, de modo a programar a oferta de Educação de Jovens e Adultos a todos que dela não tiveram acesso ou oportunidade de concluírem seus estudos na idade adequada.

9.7 - Garantir alimentação escolar de qualidade com acompanhamento de nutricionista aos alunos da Educação de Jovens e Adultos, respeitando suas especificidades.

9.8 - Estabelecer parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, articulando com Programas Nacionais que contemplem o fornecimento gratuito de óculos para estudantes da Educação de Jovens e Adultos.

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9.9 - Assegurar através dos Projetos Pedagógicos das escolas que ofertam a Educação de Jovens e Adultos o atendimento às suas necessidades, no que diz respeito à assiduidade, pontualidade, aprendizagem e à saúde.

9.10 - Garantir a participação de jovens, adultos e idosos na elaboração de instrumentos normativos e na constituição dos Conselhos Escolares.

9.11 - Assegurar a formação continuada dos conselheiros e a funcionalidade dos conselhos nas escolas públicas que atendem jovens, adultos e idosos.

9.12 - Implantar programa de formação continuada aos professores da Educação de Jovens e Adultos na sua área de atuação com utilização das tecnologias, visando à melhoria da aprendizagem.

9.13 - Garantir a reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e melhoria da estrutura física de escolas públicas que oferecem a Educação de Jovens e Adultos.

9.14 - Garantir o acesso e a permanência aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental oferecendo inovações pedagógicas e educação de qualidade em igualdade de condições e continuidade a níveis mais elevados de ensino.

9.15 - Garantir o transporte escolar aos estudantes da EJA, em regime de colaboração entre União e Estado atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pela resolução 023/2012 DETRAN - GO e as normas de acessibilidade que garantem segurança aos alunos com deficiência, objetivando a otimização do tempo gasto na sua locomoção.

META 10 - EJA Integrada à Educação Profissional: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas da Educação de Jovens e Adultos na forma integrada à Educação Profissional, no Ensino Fundamental e Médio até o final da vigência do PME.

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ESTRATÉGIAS

10.1- Proporcionar Educação Profissional de qualidade a jovens e adultos, por meio de cursos de qualificação, habilitação e/ou atualização profissional.

10.2 - Proporcionar condições às pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, meios necessários para acesso à Educação Profissional, permanência e conclusão de sua formação.

10.3 - Articular ações com os poderes públicos - federal, estadual, instituições privadas e demais segmentos da sociedade civil para integração da política de Educação Profissional, acompanhando os avanços tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos do mundo do trabalho.

10.4 - Promover ações contínuas de orientação profissional aos munícipes, articuladas com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Sindicatos e outras organizações não governamentais.

10.5 - Apoiar as ações de incentivo aos programas de aprendizagem, estágio e do primeiro emprego aos jovens e adultos.

10.6 - Fortalecer parcerias entre os Governos Federal e Estadual, visando a reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional.

10.7 - Articular a oferta da Educação Profissional com a Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial.

10.8 - Garantir a formação continuada de docentes do sistema de ensino público que atuam na Educação de Jovens e Adultos articulada à educação profissional.

META 11 – Educação Profissional: Oferecer matrícula na Educação Profissional Técnica de Nível Médio, assegurando a qualidade da oferta no segmento público.

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ESTRATÉGIAS

11.1- Incentivar a educação profissional como educação continuada, ampliando as oportunidades de ingresso no mundo do trabalho assegurando o nível de excelência dos cursos.

11.2 - Intensificar o processo de integração da educação básica à educação profissional, bem como contribuir para o bom desenvolvimento dos cursos nas formas integrada, concomitante e subsequente;

11.3 - Apoiar programas de assistência ao estudante, articulando ações de assistência social e apoio psicopedagógico, que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito do Ensino Médio integrado com a educação profissional;

11.4 - Assegurar, nas escolas que oferecem cursos profissionalizantes, a infraestrutura física, didática e tecnológica, adequada de acordo com os padrões de qualidade necessários ao ensino profissional, atendendo, inclusive, aos alunos com deficiência.

11.5 - Apoiar e divulgar as ações que visam à Educação Profissional Técnica de nível médio, por meio de parceria com PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), instituído pelo MEC.

11.6 - Ofertar a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, na modalidade de Educação à Distância, com a finalidade de ampliar e democratizar o acesso à Educação Profissional pública e gratuita, por intermédio do sistema Rede E-Tec, em regime de colaboração com a União.

META 12 – Educação Superior: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.

JUSTIFICATIVA

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Campinaçu é considerado um município de pequeno porte que o impossibilita de atender a META 12. Porém apoia as Instituições de Curso Superior com infraestrutura física que por ventura vierem a atender o município.

META 13 – Titulação de Professores da Educação Superior: Elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores.

JUSTIFICATIVA

Campinaçu não atende a META 13. Porém apoia as Instituições de Curso Superior com infraestrutura física que por ventura vierem a atender o município

META 14 – Pós Graduação: Incentivar gradualmente o número de matrículas em nível de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) para os profissionais da educação.

ESTRATÉGIAS:

14.1 - Buscar em regime de colaboração com o Estado e a União, programas que ofereçam vagas nos cursos de pós-graduação (stricto sensu) e formação continuada, de forma gratuita.

14.2 – Assegurar a licença para aprimoramento profissional nos cursos de pós- graduação (stricto-sensu) conforme o Plano de Carreira de modo a incentivar os profissionais da educação (professores, coordenadores e gestores), a especializarem-se e manterem-se atuantes e inovadores no mercado de trabalho.

14.3 - Buscar políticas de financiamento em cursos de pós-graduação (stricto sensu), em regime de colaboração com o Estado e a União, nas IES privadas e públicas, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância.

META 15 – Formação de Professores: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação 66

de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

ESTRATÉGIAS

15.1 - Estimular a articulação entre a pós-graduação, núcleos de pesquisa cursos de formação para profissionais da educação, de modo a garantir elaboração de propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços de pesquisas ligadas ao processo de alfabetização de crianças e de educação de jovens e adultos.

15.2 - Instituir programa de acompanhamento ao professor iniciante, supervisionado por profissional do magistério com experiência de ensino, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a efetivação do professor ao final do estágio probatório.

15.3 - Propiciar aos profissionais da educação básica espaço físico apropriado com salas de estudo, recursos didáticos apropriados, biblioteca e acompanhamento profissional para apoio sistemático da prática educativa.

15.4 - Ampliar na infraestrutura existente das escolas, espaços de convivência adequados para os trabalhadores da educação, equipados com recursos tecnológicos e acesso à internet.

15.5 – Manter políticas de valorização profissional especificas para os especialistas em educação, contemplando a formação continuada e condições de trabalho.

15.6 - Valorizar os profissionais do magistério do sistema público de ensino da educação básica, através do acesso gratuito aos instrumentos tecnológicos como notebooks, tabletes, data shows e outros equipamentos, com o acesso gratuito à internet aos professores em efetivo exercício.

15.7 - Instituir, em regime de colaboração com as Instituições de Ensino Superior, formas de registros de projetos desenvolvidos nas escolas, para incentivo aos

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profissionais envolvidos em projetos, pesquisas, publicações no sentido de valorizar as produções dos profissionais.

15.8 – Propor junto ás Instituições de Ensino Superior a ampliação da oferta dos cursos de licenciatura em segunda graduação, em regime de colaboração com o Estado e a União, considerando aqueles que trabalham fora da área de formação.

15.9 – Implantar programas específicos para formação de profissionais da educação especial por meio de parcerias.

15. 10 - Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica, em sintonia com os fundamentos legais e as Diretrizes Curriculares Nacionais.

META 16 – Formação Continuada e Pós Graduação de Professores: Formar, em nível de pós-graduação, 80% dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os(as) profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

ESTRATÉGIAS

16.1 - Promover a divulgação e incentivo junto aos profissionais da educação básica, informações sobre os cursos de Pós-Graduação;

16.2 - Incentivar a criação de mecanismos promotores de intercâmbio entre os estabelecimentos de Educação Superior e as escolas públicas de educação básica do município, visando ao desenvolvimento de pesquisa e extensão, assim como programas de formação continuada para a educação básica.

META 17- Valorização do Professor: Valorizar os profissionais do magistério dos sistemas públicos da Educação Básica, a fim de equiparar a 100%, em até seis anos, a partir da vigência deste Plano.

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ESTRATÉGIAS:

17.1 - Cumprir o Plano de Carreira, Cargos e Salários e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica do Sistema Municipal de Ensino nas formas legais.

17.2 - Garantir o cumprimento de 1/3 da jornada de trabalho em atividades extraclasse, dos/as profissionais do magistério, conforme a Lei Federal 11. 738/2008 e Lei Municipal 703/2014.

17.3 - Assegurar a permanência do/a professor/a de até 40h na mesma unidade de ensino respeitando a legislação no que se refere a 1/3 da carga horária para outras atividades extraclasse.

17.4 - Garantir a formação continuada em serviço específico sobre História Afro- Brasileira e Indígena, aos professores que atuam em todas as áreas de conhecimento.

17.5 – Estabelecer convênios com instituições a fim de garantir em até seis anos da vigência deste PME, a formação continuada em serviço em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos, aos professores que atuam na educação básica do sistema de ensino.

17.6 – Oferecer cursos de formação continuada em serviço para professores, de forma a atingir um modelo eficiente de ensino, visando o sucesso do aluno.

Meta 18 – Plano de Carreira Docente: Assegurar, a execução dos planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

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ESTRATÉGIAS:

18.1- Prover os cargos para os profissionais do magistério da educação básica, através de concurso público local, na admissão destes profissionais, em concordância com o Fórum permanente de avaliação;

18.2 - Manter nos planos de Carreira dos profissionais da educação do Município, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu;

18.3 - Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas, observando o cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar;

18.4 - Priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, que assegure o cumprimento do Plano de Carreira para os profissionais da educação;

18.5 - Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação do sistema de ensino, para subsidiar na reestruturação e implementação dos planos de Carreira.

META 19 – Gestão Democrática: Assegurar condições, na efetivação da gestão democrática da educação, por meio da participação direta da comunidade escolar na eleição de gestores, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho no âmbito das escolas públicas.

ESTRATÉGIAS

19.1 - Manter a eleição direta para o cargo de gestor das escolas públicas do município, promovendo as condições para a efetiva participação das comunidades local e escolares.

19.2 - Criar Comissão formada por técnicos da Secretaria Municipal de Educação, representantes do Conselho Municipal de Educação para elaboração de critérios 70

técnicos que fundamentem o Edital que normatize a eleição e a profissionalização dos gestores escolares.

19.3 - Criar o Fórum Municipal de Educação com representação paritária, de caráter consultivo e deliberativo para tomada de decisões a respeito da educação básica, contribuindo sobremaneira para seu fortalecimento e o controle social.

19.4 – Criar até 2016 Conselhos Escolares nas instituições de ensino municipal e assegurar o funcionamento dos Conselhos já existentes.

19.5 - Garantir a gestão democrática nos Conselhos Escolares, com transparência dos recursos financeiros administrados para toda a comunidade escolar.

19.6 - Garantir a efetiva participação da comunidade escolar na elaboração do Projeto Pedagógico, Currículos Escolares, Plano de Gestão Democrática, com aporte técnico e material para sua realização.

19.7 - Garantir e fortalecer a gestão escolar democrática com a participação dos profissionais da educação, comunidade local e escolar no diagnóstico da escola, plano de aplicação dos recursos financeiros recebidos e a prestação de contas dos mesmos.

19.8 - Garantir formação continuada em serviço na área de administração e/ou gestão escolar, bem como em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos, a pelo menos 80% dos gestores, coordenadores pedagógicos e demais profissionais da escola, a fim de garantir a efetivação da gestão democrática no Sistema Municipal de Ensino.

19.9 - Assegurar a todas as escolas, apoio e acompanhamento na formulação dos Projetos Pedagógicos, Plano de Desenvolvimento da Escola, com observância às Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e das Matrizes Curriculares do Estado.

19.10 – Garantir as escolas pessoal administrativo, pedagógico, capacitando-os para colaborar com uma gestão eficiente e democrática, favorecendo um atendimento de qualidade a toda a comunidade escolar.

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META 20 – Financiamento da Educação: Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do Município no quinto ano de vigência deste Plano e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS

20.1 - Incrementar anualmente o equivalente a 0,5 % do PIB no orçamento da educação até o último ano da vigência do plano.

20.2 – Destinar à Secretaria Municipal de Educação, no mínimo 50% do recurso do Salário Educação, a fim de garantir autonomia financeira da mesma, no apoio às necessidades educacionais.

20.3 - Definir o custo aluno-qualidade da Educação Básica do município, considerando a ampliação do investimento público em educação e o Parecer CNE/CEB nº 8 de 05/05/2010 que define normas sobre os padrões mínimos de qualidade de ensino.

20.4 - Implementar política de financiamento, em regime de colaboração com a União e o Estado, para ações voltadas à solução de problemas de transporte escolar enfrentados pelo município, na zona rural, em relação ao gerenciamento e pagamento de despesas.

20.5 - Aplicar os recursos financeiros permanentes a educação infantil, ensino fundamental e modalidades da educação, observando-se as políticas de colaboração entre o Estado e o município, em especial as decorrentes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos profissionais da Educação - FUNDEB (art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) e do artigo 75 § 1º da LDB (Lei n° 9.394, de 1996), que trata da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, para atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição 1988. Brasília: Senado, 1988. ______. Lei Federal nº 9 394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília. ______. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC - Parecer / CEB nº 4, de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais parao Ensino Fundamental. ______. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 2, de 7 de abril de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. ______. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. ______. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Parecer CEB nº 22, de 17 de dezembro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. ______. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. ______. Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. ______. Sinopses Estatísticas, 2000 a 2012. Disponível em: http//www.portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE . ______. SILVA, Francklin Rodrigues. Dinâmica Socioeconômica. Ed. Ellos. Goiânia – Goiás, 2013. ______. QEdu/Censo 2013. Disponível em: http://www.qedu.org.br/estado/109- goias/aprendizado. ______. DataEscolaBrasil/Censo Escolar 2014. Disponível em: http://www.dataescolabrasil.inep.gov.br/dataEscolaBrasil/.

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______. Educacenso/2014. Disponível em: http://censobasico.inep.gov.br/censobasico/#/. ______. Censo Escolar 2014. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/basica- censo. ______. INEP 2013. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/basica-censo.

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