O Caso Da RESEX “Verde Para Sempre”, Porto De Moz/PA
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Universidade Federal do Pará Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido MARIA RAIMUNDA MARTINS GONÇALVES TENSÕES, USO E APROPRIAÇÃO DA TERRA NO XINGU: O caso da RESEX “Verde para Sempre”, Porto de Moz/PA. Belém 2011 MARIA RAIMUNDA MARTINS GONÇALVES TENSÕES, USO E APROPRIAÇÃO DA TERRA NO XINGU: O caso da RESEX “Verde para Sempre”, Porto de Moz/Pa. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Planejamento do Desenvolvimento (PLADES) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará. Orientadora da Profª. Drª. Marília Ferreira Emmi. Belém 2011 Dados Internacionais de Catalogação de Publicação (CIP) (Biblioteca do NAEA/UFPa) Gonçalves, Maria Raimunda Martins Tensões, uso e apropriação da terra no Xingu: o caso da RESEX “Vida para Sempre“, Porto de Moz/PA / Maria Raimunda Martins Gonçalves; Orientador, Marília Ferreira Emmi. – 2011. 198 f.: il. ; 29 cm Inclui bibliografias Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Belém, 2011. 1. Camponeses - Luta - Porto de Moz (Pa). 2. Terras - Divisão e demarcação – Porto de Moz (Pa). 3. Reserva Extrativista Verde para Sempre (Porto de Moz, PA). I. Emmi, Marília Ferreira orientador. II. Título. CDD 22 ed. 332.71098115 MARIA RAIMUNDA MARTINS GONÇALVES TENSÕES, USO E APROPRIAÇÃO DA TERRA NO XINGU: O caso da RESEX “Verde para Sempre”, Porto de Moz/Pa. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Planejamento do Desenvolvimento (PLADES) do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará. Orientadora da Profª. Drª. Marília Ferreira Emmi. Banca Examinadora: Profª Drª. Marília Ferreira Emmi Orientadora, NAEA/UFPA Profº. Dr. Josep Pont Vidal Examinador - NAEA/UFPA Prof. Dr. Gutemberg Armando Diniz Guerra Examinador Externo – NEAF/UFPA A meus pais, João e Maria, que me ensinaram os valores de justiça e liberdade, bem como a necessidade da luta ao lado dos desvalidos da terra por um mundo mais justo e fraterno. AGRADECIMENTOS Ao Núcleo de Altos Estudos Amazônicos que me proporcionou um ambiente estimulante de reflexão, debates, de conhecimentos, de informações e de estrutura material para a realização deste trabalho; À Secretária de Educação do Estado do Pará que me permitiu o tempo necessário e apoio financeiro, através da bolsa de estudos, sem a qual este trabalho seria muito mais difícil; Aos profissionais da Biblioteca do NAEA, pela dedicação; À Profª. Drª. Marília Emmi que orientou minha pesquisa com interesse, dedicação, competência, sensibilidade e solidariedade nos momentos de dificuldades. Aos camponeses do baixo Xingu, que me proporcionaram uma lição de amor e alegria pela vida, em meio a tantos desafios; À Associação do Rio Arimum, Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz, STTR, Colônia Z-64, SEMUT de Porto de Moz, pelas informações prestadas, a Angela Campos e Creusa Ribeiro; A Cilene Oliveira pela compreensão e amor nessa jornada; Às amigas queridas, incansáveis estimuladoras do meu crescimento humano Cátia Macedo e Cristiane Burlamaqui, muito obrigada; À minha turma do NAEA, pelos momentos de aprendizagem e lazer; Aos meus irmãos e irmãs pelo amor incondicional, suporte emocional e espiritual nessa jornada. RESUMO A luta dos camponeses pela terra no Xingu na virada do século XXI é o foco deste trabalho. Trataremos das formas de organização e luta do campesinato dentro da dinâmica global/local que desembocou na criação da RESEX “Verde para Sempre”, no município de Porto de Moz, no Estado do Pará. É na memória dos grupos sociais e por meio da pesquisa de campo que se buscou a perspectiva camponesa de desenvolvimento, e suas ações e estratégias para permanência em seus territórios diante do avanço do grande capital para o campo a partir da década de 1960 na Amazônia. PALAVRAS-CHAVE: Campesinato. Reserva Extrativista. Desenvolvimento. Porto de Moz. ABSTRACT The peasants' struggle for land in the Xingu at the turn of the twentieth century is the focus of this work. We will deal with forms of organization and struggle of the peasantry within the global/local dynamic that led to the creation of the extractive reserve "Verde para Sempre" in the municipality of Porto de Moz, state of Pará. It was in memory of social groups and through the research field that we seek the peasant perspective of development, and its actions and strategies to remain in their territories against the advancing of big business to the field from the 1960s in the Amazon. Keywords: Peasantry. Extractive Reserve. Development. Porto de Moz. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Mapa 1- Localização da Reserva Extrativista Verde Para Sempre.......................... 13 Figura 1- Linha do tempo da luta pela terra dos camponeses do baixo Xingu ........ 117 Fotografia 1- Pesquisadores, sindicalistas, camponeses na construção das áreas comunitárias ............................................................................................................. 122 Fotografia 2- Croqui das áreas comunitárias de Porto de Moz................................ 123 Fotografia 3:Organização das comunidades camponesas de Porto de Moz............ 126 Fotografia 4: Organização das comunidades camponesas de Porto de Moz............ 126 Fotografia 5: Ação das empresas madeireiras nas comunidades rurais de Porto de Moz ........................................................................................................................... 132 Fotografia 6: Bloqueio do rio Jaurucu pelas comunidades camponesas de Porto de Moz........................................................................................................................... 134 Mapa 2: Comunidades pesquisadas ...................................................................... 143 Fotografia 7: Comunidade Católica de S. Sebastião de Juçara após a programação religiosa no domingo........................................................................... 144 Fotografia 8: Espaço de funcionamento do projeto de movelaria da comunidade São Sebastião de Juçara.......................................................................................... 145 Fotografia 9: Poço artesiano da comunidade de São Sebastião de Juçara.............. 149 Fotografia 10: Vista da Vila Bom Jesus do rio Coati................................................. 151 Fotografia 11: Espaço que sedia o programa PET e Saberes da terra na Vila Bom Jesus do rio Coati....................................................................................................... 153 Fotografia 12: Criação de búfalos no rio Quati......................................................... 162 Fotografia 13: Chegada a Comunidade de Nossa Senhora do Pérpetuo do Socorro........................................................................................................................ 165 Fotografia 14: Capela da Comunidade do rio Arimum.............................................. 165 Fotografia 15: Visita dos camponeses de Porto de Moz a Resex extrativista “Tapajós-Arapiuns” .................................................................................................... 168 Fotografia 16: Escritório da comunidade do rio Arimum, cidade de Porto de Moz... 169 LISTA DE SIGLAS AIMEX Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do PARÁ APEP Arquivo Público do Estado do Pará CDS Comitê de Desenvolvimento Sustentável de Porto de Moz CNPT Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais CPP Comissão Pastoral da Pesca CPT Comissão Pastoral da Terra DED Serviço Alemão de Cooperação Técnica FVPP Fundação Viver Produzir e Preservar IBAMA Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ITERPA Instituto de Terras do Pará LAET Laboratório Agro-ecológico da Transamazônica MCT Ministério da Ciência e Tecnologia MDTX Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e Xingu MMA Ministério do Meio Ambiente MPEG Museu Paraense Emílio Goeldi MPST Movimento pela Sobrevivência da Transamazônica MST Movimento Sem-Terra ONG Organização Não-Governamental PSB Partido Socialista Brasileiro PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro PT Partido dos Trabalhadores RESEX Reserva Extrativista SEMUT Secretaria Municipal de Trabalho e Promoção social. STTR Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Porto de Moz UC Unidade de Conservação UFPA Universidade Federal do Pará SUMÁRIO 13 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2 HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA LUTA PELA TERRA NO BRASIL .................................. 37 2.1 A HISTÓRIA AGRÁRIA BRASILEIRA E O PAPEL DO CAMPESINATO.................................. 37 2.2 AMAZÔNIA: MODERNIZAÇÃO E QUESTÃO AGRÁRIA ......................................................... 44 2.3 CAMPESINATO AMAZÔNICO: PARTICULARIDADES E DIVERSIDADES NAS FORMAS 55 DE REPRODUÇÃO SOCIAL ........................................................................................................... 3 ÁREAS PROTEGIDAS: A CONSTRUÇÃO DA IDÉIA DE PRESERVAÇÃO E SEUS 70 IMPACTOS NO BRASIL E NA AMAZÔNIA ............................................................................... 3.1 HISTÓRICO SOBRE IDÉIAS E EXPERIÊNCIAS SOBRE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO