PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Prazo: Decenal

2015 a 2025

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Prefeitura Municipal de Restinga Sêca

Secretaria Municipal de Educação

Prefeito: Mauro Schünk

Secretária Municipal de Educação: Ana Maria Borges de Borges

Presidente do Conselho Municipal de Educação – 2015 - Adriana Cassol Heinsch

2

COMISSÃO DE ESTUDO E ELABORAÇÃO DO PME:

I- da Educação: Infantil:

- CAROLINE CASSOL BERNARDES

II- das Séries Iniciais:

- FABRÍCIA SONEGO

III- das Séries Finais:

- SIMONE REGINA DOS REIS

IV- dos Diretores das Escolas:

- MARISTANE MACHADO PINARELLO

V- do conselho Municipal de Educação:

- ADRIANA MARIA CASSOL HEINSCH

- ANTONINA GARCIA CAVALHEIRO

VI- da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto:

- ANA MARIA BORGES DE BORGES

- DANIELA DOTTO

- LUIZ ROBERTO CAMILO BELIN

- SONIA MARIA PILLON OLIVEIRA

- MARLISE NOÊMIA ROSS

VII- da APRES – Sindicato dos Professores Municipais de Restinga Sêca:

- RITA DE CÁSSIA FIGUEREDO SOARES

VIII- da Rede Particular de Ensino:

- MIRTA LIZIANE WOLMANN

3 IX- da Secretaria Municipal de Finanças:

-WLLIAM MARQUES RIBEIRO

X- da Secretaria Municipal de Planejamento;

- MARILIA RODRIGUES DOS SANTOS

XI- do Conselho Tutelar:

-MÁRCIA M. LORENZONI

XII- das Escolas Estaduais de Ensino Fundamental do Município:

-MARIA HELENA AITA CHIAPINOTTO

XIII- das Escolas Estaduais de Ensino Médio do Município:

- MARCELO PEIXOTO MARQUES

XIV- da Cãmara Municipal de Vereadores;

-ELDIRO CEOLIN

XV- do Ensino Superior:

XVI- -RAQUEL CASSOL

XVII-

XVIII-

4

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE RESTINGA SÊCA

DADOS DO MUNICÍPIO

Data da Fundação: Restinga Sêca apareceu no mapa pela primeira vez, em documentos oficiais , no ano de 1817. Em 07 de julho de 1892 passou a ser o 4º Distrito de

Cachoeira do Sul.

Data de Emancipação: Restinga Sêca foi emancipada em 25 de março de 1959, conforme Lei Estadual nº 3.730.

Data de instalação do Município: 01 de janeiro de 1960.

5 ORIGEM E FUNDADORES

O município de Restinga Sêca tem sua origem, como a maioria dos municípios gaúchos, da doação de sesmarias, ou seja, da doação de grandes propriedades de terras a alguém que se destacou na região e/ou prestou serviço à Pátria.

O primeiro nome de Restinga Sêca foi “Caixa D’água”, pois aqui era o ponto de abastecimento de água para os trens com capacidade de aproximadamente 50 mil litros.

“Caixa D’água” situava-se no km 212, entre as estações de Estiva e Arroio do Só. Ficava à margem direita da sanga – de Restinga Sêca – local que mais tarde foi construída a estação da via férrea.

Decididos a se estabelecer na região, o casal Domingos Gonçalves Mostardeiro e sua esposa, dona Antonia Becker Mostardeiro, foram os primeiros habitantes da “Caixa D’água”, hoje sede do Município de Restinga Sêca. Donos de uma hospedaria que atendia viajantes que por aqui passavam, o casal Mostardeiro contribuiu enormemente para o crescimento do

Município através da coragem e o espírito pioneiro de ambos.

Restinga Sêca passou a 4º Distrito de em 7 de julho de 1892, sob a

Invocação do Sagrado coração de Jesus da Arquidiocese de Santa Maria. Em 31 de março de

1938, pela Lei nº 7.199, o povoado foi elevado à categoria de Vila, obedecendo a urbanização projetada e demarcada pelo agrimensor Domingos Mostardeiro Filho.

Restinga Sêca foi emancipada no dia 25 de março de 1959, conforme Lei nº 3.730.

SITUAÇÃO GEOGRÁFICA

O Município de Restinga Sêca localiza-se na Região Central do Estado, denominada

Depressão Central.

Faz parte da 316ª Microrregião – Santa Maria. Dista 12 Km da Rodovia Estadual 509 e 54 Km da Rodovia Federal BR 392. Com uma área de 954,76 Km², está a uma altitude de

44 metros acima do nível do mar, numa Latitude Sul de 29º 50’, Longitude Oeste – 53.º35’.

Limita-se:

6 Ao Norte – e São João do Polêsine;

Ao Leste – Agudo, Paraíso do Sul e Cachoeira do Sul;

Ao Sul - São Sepé e ;

Ao Oeste – Santa Maria e .

Clima – Subtropical

Temperatura média – 19º

População – 16.403 habitantes (Homens 8.136 – Mulheres 8.267)

Urbana – 8.194 habitantes ( 49,95 % )

Rural – 8.209 habitantes (50.05 % )

HIDROGRAFIA

Restinga Sêca possui muitos rios. A maior parte de suas divisas com os municípios são traçadas por percursos naturais dos rios. Assim, o rio Jacui divide Restinga Sêca de Agudo, de

Paraíso do Sul e de Cachoeira do Sul, a leste. Ao Sul, o rio Vacacai-Grande divide Restinga

Sêca de São Sepé e de Formigueiro. Ao Centro, cortando Restinga Sêca de oeste para leste,corre o rio Vacacai-Mirim. A oeste, a sanga do Paredão e depois o Arroio do Só divide o município de Restinga Sêca do de Santa Maria. Ao Norte, a Sanga do Marmeleiro divide São

João do Polêsine e Faxinal do Soturno de Restinga Sêca e o rio Soturno separa Restinga Sêca de Dona Francisca.

RELEVO

O relevo restinguense não apresenta elevações significativas. É mais ou menos plano, com algumas ondulações, formando as . Destacam-se extensas planícies às margens dos rios. O solo apresenta terrenos de formação basáltica, próprios para a pecuária. As várzeas são de constituição arenítica, próprias para a agricultura.

7 POVOAMENTO

A população do município é bastante heterogênea. Os primeiros moradores eram remanescentes das antigas tribos indígenas e dos primeiros portugueses que vieram como colonizadores. Além deles, a população do município recebeu grande influência dos colonizadores alemães, dos negros e dos italianos.

• ALEMÃES

Desde o início do povoamento da região, por volta de 1857, iniciou-se a vinda de colonos alemães que se destinavam à região de Santo Ângelo, hoje Agudo.

Muitos deles desembarcaram no Rincão da Entrada, nas terras de Miguel Martins

Pinto e não chegaram até seu destino. Foram pioneiros: Rohde, Hübner, Richter, Perske,

Diettmer, Ehrhardt, Scwert, Muller, Meyer, Seidler e outros.

Os colonos alemães trouxeram a tecnologia, muita vontade de trabalhar e se dedicaram

à agricultura, promovendo o desenvolvimento da colônia.

O ensino era ministrado por pastores evangélicos.

Para cuidar da Educação foi criada a primeira Escola Pública do Distrito em 1912, a

Escola Municipal Sete de Setembro, de Vila Rosa e, em 1913, foi criada a Escola Municipal

Marechal Deodoro da Fonseca, em Várzea do Meio .

• NEGROS

As sesmarias eram doadas para pessoas que desejassem e solicitassem ao governo e que comprovassem que dispunham de condições para explorá-las e não era de seus planos vendê-las.

A atividade que mais se desenvolveu foi a pecuária e, para isto, os fazendeiros adquiriram escravos negros.

8 O foi talvez, o Estado que menos escravos importou. Algumas circunstâncias explicam isto:

- Os escravos não se adaptaram muito bem às condições de clima do Rio Grande, nem

à criação de gado. Eles foram mais eficientes nos trabalhos domésticos e nas charqueadas.

Os escravos do Rio Grande do Sul eram em geral, bem tratados e não se tem notícia, por isto, de movimentos de revoltas como nos famosos quilombos do centro do País.

Em Restinga Sêca, havia a família Carvalho, proprietária de uma grande extensão de terras. Quando da abolição da escravatura, que no Rio Grande do Sul aconteceu em 1884, um fazendeiro da família Carvalho adquiriu uma gleba no Rincão da Entrada ou São Miguel, antigas terras de Miguel Martins Pinto e doou-as aos seus ex-escravos para nelas viver. É esta a origem do povoado de São Miguel Velho que existe até hoje e onde a maioria da população tem o sobrenome Carvalho, que adotou de seus antigos donos.

• ITALIANOS

A colonização italiana no Rio Grande do Sul foi o resultado de uma negociação do governo Imperial de D. Pedro II com o governo da Itália, para ampliar e fortalecer a colonização do Sul do Brasil.

O governo brasileiro oferecia a cada família que quisesse vir para o sul do Brasil: 25 ha de terras, 6 meses de alimentação, ferramentas e sementes, além do transporte até os locais de destino.

Restinga Sêca não foi um núcleo de destinação para os italianos, mas dadas as suas condições de clima e solo, muitos descendentes destes imigrantes vieram se estabelecer aqui,

9 formando vários núcleos: Colônia Borges, São Rafael, Santa Lúcia, São José, Santuário, São

Miguel Novo e Três Vendas..

Os italianos muito colaboraram para o desenvolvimento do município e Restinga Sêca que é integrante da 4ª Colônia de Imigração Italiana.

A população de Restinga Sêca é bem distinta da população dos municípios vizinhos, graças a miscigenação acentuada de seus povos formadores.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

A agricultura e a criação de gado, constituem-se na mais importante fonte econômica do município. A Indústria de móveis também tem seu papel no município através das fábricas: Móveis Gaudêncio, Móveis Rohde e Móveis Fabricatto. Conta-se também com a indústria de Laticínios, e a Indústria de Calçados Reifer, de Teutônia.

PECUÁRIA

A Pecuária é um setor que ocupa 51,8% da área do Município, sendo a genética e a alimentação seus pontos altos. Há pequenos plantéis de gado charolês, Red Angus, Bangus e a maioria gado geral, sem marca definida, em diferentes propriedades, pecuaristas preocupados com o aprimoramento das raças, com manejo adequado em pastagens cultivadas ou em confinamento.

Houve um grande incentivo à pecuária leiteira, tendo surgido, em conseqüência, a industrialização do Leite Nativo.

O rebanho bovino já foi muito numeroso em nosso município. Atualmente, segundo dados atuais da Inspetoria Veterinária, temos 1.297 pecuaristas com um rebanho de 44.339 cabeças, sendo que 636 são animais bovinos de leite e 43.703 são bovinos de corte.

Produtores em pecuária de corte – 1.219 e produtores em pecuária de leite – 53.

10 O rebanho ovino totaliza em torno de 3.000 cabeças. Ainda contamos com a criação de outros animais: Suínos – 2.118 cabeças, Bufalinos – 286 cabeças, Caprinos – 30 cabeças e

Eqüinos – 675 cabeças.

ASPECTOS DE INFRA – ESTRUTURA

O número de residências no município é de cinco mil e oitocentos e três (5.803), sendo que duas mil novecentas e vinte e três (2.923) estão na área urbana e duas mil oitocentas e oitenta (2880), na zona rural.

O número de residências com eletrificação cresceu muito nos últimos anos segundo dados do IBGE, em 2000, o município possuía mil e oitocentas e oitenta e cinco (1885) residências com eletrificação. Entretanto, 0,69% das residências rurais não possuem acesso à energia elétrica devido a insuficiência de programas de políticas públicas que possibilitem a instalação de rede elétrica. O tratamento de água é realizado em toda a extensão da Zona

Urbana.

No interior do município, a água advém de fontes naturais, poços comuns e poços artesianos. A perfuração de poços artesianos e o tratamento de água foram implantados em algumas regiões do município.

A coleta de lixo foi terceirizada pela atual Administração Municipal e é feita na cidade e interior.

Cerca de 90% das residências do município não possuem esgoto cloacal.

O sistema de telefonia é de boa qualidade na zona urbana e, no interior do município, apenas três (03) localidades possuem central telefônica: Jacui, Colônia Borges e Santuário; e três (03) localidades possuem Discagem Digital Direta (DDD): São Miguel, Três Vendas e

São Rafael.

As estradas de acesso ao interior do município, embora não sejam asfaltadas, encontram-se em boas condições de trafegabilidade, mesmo com as freqüentes adversidades climáticas.

11

ASPECTOS DE SAÚDE

Segundo dados do IBGE, a mortalidade infantil é muito baixa no município, sendo registrado apenas um caso no ano de 2000. O número de internações no referido ano foi mil e duzentas e cinqüenta e cinco (1.255 ) internações.

O município possui um hospital conveniado com o Sistema Único de Saúde (SUS); o mesmo disponibiliza sessenta e nove (69) leitos, destes quarenta e oito (48) ficam para o SUS e o restante para os demais convênios. Junto ao Hospital funciona o Pronto Atendimento (PA) que, através de convênio com a Prefeitura Municipal, atende gratuitamente a população em regime de urgência e emergência, de segundas às sextas feiras, das 19h às 07h e nos finais de semana e feriados atende vinte e quatro (24) horas.

Os recursos para a saúde provêm de 10% do orçamento municipal e do repasse de verbas do Estado e da União, através de convênios e programas, tais como: Programa de

Agentes Comunitários (PACS) e Programa de Saúde Familiar (PSF) urbano e rural, entre outros.

ASPECTOS ADMINISTRATIVOS

O município de Restinga Sêca organiza-se de forma autônoma em tudo o que diz respeito aos interesses dos munícipes, regendo-se por uma Lei Orgânica – Lei Magna do

Município, aprovada em 23 de dezembro de1989 e por Leis Complementares. Ao longo de seus quarenta e seis (46) anos de emancipação, as administrações do governo municipal têm sido alternadas entre dois partidos históricos do Brasil: Movimento Democrático Brasileiro

12 (MDB), nos dias atuais Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e Aliança

Renovadora Nacional (ARENA), nos dias atuais, Partido Progressista (PP).

Atualmente, o governo municipal é administrado pelo PMDB.

O governo municipal é organizado e se realiza através de dois órgãos:

A) Prefeitura Municipal – Para cumprir o Programa de governo, organizar e

desenvolver o município, o prefeito é assessorado pelos Secretários de município,

pessoas de sua confiança, designadas por ele.

Atualmente o prefeito conta com as seguintes secretarias:

a) Secretaria Municipal de Administração;

b) Secretaria Municipal de Finanças;

c) Secretaria Municipal de Obras;

d) Secretaria Municipal de Saúde;

e) Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente;

f) Secretaria Municipal de Educação;

g) Secretaria Municipal de Planejamento.

h) Secretaria da Cultura, Indústria, Comércio, Desporto e Turismo.

B) Câmara de Vereadores – A Câmara Municipal de Restinga Sêca conta com nove

(9) vereadores, conforme a Constituição Federal determina e tem a função

Legislativa.

ASPECTOS FINANCEIROS

13 O presente item demonstra de forma geral a previsão do orçamento para o ano de

2006, como um exemplo das principais atividades do setor financeiro da SME:

• Merenda Escolar: R$ 135.786,29

• Transporte Escolar: R$ 684.619,28

• Brinquedoteca: R$ 20.459,00

• Educação Infantil: R$ 397.010,00

• Conselho Municipal de Educação: R$ 8.000,00

• Ensino Fundamental e manutenção da SME: R$ 3.842.046,60

TOTAL: 5.087.921,16

ADMINISTRAÇÕES MUNICIPAIS

01 - 1960 a 1963 - Eugênio Gentil Muller e Waldemar Arthur Drews.

02 - 1964 a 1969 - Waldemar Arthur Drews e Pedro Giuliani.

03 - 1969 a 1973 – Aldemar Muller e Antônio Belamir Fontana.

04 - 1973 a 1977 – Arlindo Assmann e Tarcizo Bolzan.

05 - 1977 a 1982 – Heitor da Silva Lemos e Bruno José Goettems.

06 - 1983 a 1988 – Gaudêncio da Costa e Waldemar Arthur Drews.

07 - 1989 a 1992 – Tarcizo Bolzan e Arlindo Assmann.

08 - 1993 a 1996 – Vilmar João Foletto e Valderi Otto Paul.

09 - 1997 a 2000 – Gaudêncio da Costa e José Luiz Borges Mohr Filho.

10 - 2001 a 2004 – Gaudêncio da Costa e Derli Edio Paul.

11 - 2005 a 2008 – Tarcizo Bolzan e Cláudio Tonetto.

14 CARACTERIZAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

Primeira Administração

(Eugênio Gentil Muller – Waldemar Arthur Drews – 1960 a 1963 )

A Educação constitui-se numa das grandes preocupações da Administração Pública

Municipal.

Em 1959, quando emancipou-se do Município de Cachoeira do Sul, Restinga Sêca já possuía 31 escolas em funcionamento. Destas, 18 continuaram vinculadas na Rede Municipal de Ensino e 13 foram substituídas por Escolas do SEDEP (Serviço de Expansão

Descentralizada do Ensino Primário). Além dessas, foram criadas mais 14 novas Escolas do

SEDEP, que um plano do Governador do Estado, Dr. Leonel de Moura Brizola, para dar aos

Municípios mais autonomia para expandir a rede de ensino, criou escolas em todas as comunidades, para não deixar nenhuma criança sem escola. Para isto, o Estado repassava recursos aos Municípios para aquisição de materiais, construção de Escolas e pagamento dos professores. Esses, poderiam ser leigos desde que quisessem realizar o trabalho, dentro das normas que deveriam ser fiscalizadas pela Secretária Municipal de Educação, na época, Srª

Lacy Cabral Oliveira. A Prefeitura Municipal responsabilizava-se pela construção das

Escolas, que deveriam ser de madeira e que ficaram conhecidas como “Brizoletas”, em homenagem ao idealizador do Programa.

Na época, a Rede Municipal de Ensino de Restinga Sêca, contava com 07 Escolas

Estaduais, 05 Escolas Particulares, 20 Escolas Municipais e 27 Escolas do SEDEP. Ao final da Primeira Administração, em 1963, o total de Escolas em funcionamento no Município era de 59 Escolas. O total de alunos matriculados nas 47 Escolas Municipais era de 1.803 alunos.

A maioria dos professores não eram titulados, o que comprometia a Secretaria de Educação em realizar freqüentes cursos de atualização, visitas às Escolas e reuniões.

15 A maioria das Escolas rurais eram em regime de Unidocência, isto é, uma única professora atendia simultaneamente alunos da 1ª, 2ª 3ª e 4ª séries, além de administrar a limpeza da Escola e preparar a merenda dos alunos.

A Secretaria Municipal de Educação contava com a orientação administrativa e pedagógica da 24ª Delegacia de Educação, de Cachoeira do Sul, hoje, 24ª Coordenadoria

Regional de Educação.

Segunda Administração

(Waldemar Arthur Drews – Pedro Giuliani – 1964 – 1969 )

A segunda administração municipal também deu destaque a Educação. Mesmo regida pelo Município de Cachoeira do Sul, procurou criar algumas leis como a Lei nº 103 de 10 de janeiro de 1964, que organizava e regulamentava o Sistema Municipal de Ensino, adaptando a realidade do novo Município. A Lei nº 111/64 que ratifica a renovação de acordo especial para execução do Plano de Expansão do Ensino Primário, firmado entre o governo do Estado e a Prefeitura Municipal, através da SEC. A Lei nº 150/65, que assegura aos membros do magistério público Municipal o direito à aposentadoria, ao completarem 30 anos de serviço público Municipal. A Lei nº 151/66, que autoriza o poder executivo Municipal a receber, em doação, um imóvel de propriedade da Capela de São Rafael, destinado ao funcionamento de uma Escola Municipal. A Lei nº 158/66, que autoriza o Prefeito Municipal a firmar acordo especial com o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação e Cultura para a execução do Plano de Municipalização do Ensino Primário. A Lei nº 167/66, que autoriza o

Prefeito Municipal a firmar acordo especial com o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação e Cultura, para receber uma verba de Cr$ 20.000.000,00, destinada à construção do prédio do Grupo Escolar de Três Vendas. A Lei nº177/67, que autoriza o Prefeito

Municipal a doar ao Estado uma área de 2.800 m² de propriedade do Município, no lugar denominado Três Vendas, para a construção do Grupo Escolar de Três Vendas. A Lei nº

200/68 que institui o 13º salário para os servidores Municipais.

16 Neste período também foi dado início à construção de escolas de alvenaria em substituição às escolas de madeira.

Através do Plano de Municipalização de Ensino, seriam construídas 02 Escolas por ano com verba do Fundo de participação dos Municípios. Foram construídas 04 Escolas, com sala para Secretaria e instalações sanitárias, perfazendo um total de 07 salas de aula. Nesta administração foi também construído o grupo escolar do Silêncio.

Terceira Administração

(Aldemar Muller – Antônio Bellamir Fontana – 1969 - 1973)

Na terceira administração a Educação foi meta prioritária, pois foram construídas nove Escolas no Município. Além disso, foram ministrados inúmeros cursos visando o aperfeiçoamento do magistério público municipal, mais especificamente dos professores que tinham somente o Ensino Médio.

Quarta Administração

(Arlindo Assmann – Tarcizo Bolzan - 1973 – 1977)

A quarta administração preocupou-se com a Educação, pois entendia que governar um povo é, antes de tudo, educá-lo. Também nessa administração foram construídos seis prédios modernos e proporcionado vários encontros e cursos aos professores, visando o aperfeiçoamento e atualização dos mesmos.

Quinta Administração

(Heitor da Silva Lemos – Bruno José Goettems – 1977 - 1983)

A maior preocupação da quinta administração foi a dotação de condições físicas e humanas necessárias para o bom desempenho do Sistema Educacional Municipal.

17 Nesta época, foi implantado o 1° grau completo nas Escolas Municipais Sete de

Setembro (Vila Rosa) e Manuel Albino Carvalho (São Miguel). Com isso, a Secretaria

Municipal de Educação começou a investir no Transporte Escolar, pois os alunos que freqüentavam estas escolas eram oriundos de Escolas desativadas.

Sexta Administração

( Gaudêncio da Costa – Waldemar Arthur Drews – 1983 - 1988 )

Este período administrativo municipal foi marcado por ações que demonstraram já, nesta época, a consciência da necessidade de permanente atualização dos professores.

Foram realizadas ações como:

- organização da Biblioteca para a SMEC;

- organização das Bibliotecas escolares;

- construção, ampliação e reforma de escolas.

A Secretária Municipal de Educação, professora Lacy Cabral Oliveira, juntamente com sua equipe, promoveram vários cursos de atualização para professores municipais e realizaram trabalhos de estrutura e organização do Ensino Municipal através do acompanhamento permanente nas Escolas.

Sétima Administração

(Tarcizo Bolzan e Arlindo Assmann – 1989 – 1992)

A Secretaria Municipal de Educação neste período estabeleceu metas e objetivos que buscavam a participação efetiva das Escolas, porque através delas buscavam preparar alunos

18 para desempenhar uma atividade produtiva visando a preparação de um cidadão livre e consciente. Foram realizadas as seguintes ações:

- criação do Conselho Municipal de Educação – 1991

- realização do I Seminário de Educação de Restinga Sêca

- controle da regularidade e autenticidade da vida escolar dos

alunos

- realização de um trabalho participativo na busca por solução

para diminuir o problema de evasão e repetência nas Escolas

- participação nas reuniões de CPM das Escolas do Município

para o conhecimento das realidades existentes em cada

localidade

- acompanhamento, incentivo e dinamização da recuperação

preventiva nas Escolas

- reorganização da Biblioteca Pública Municipal, aumento do

acervo com livros didáticos para pesquisa

- titulação de docentes leigos, oportunizando a freqüência de

professores municipais em curso de habilitação

- orientação, acompanhamento e controle da merenda escolar

- dinamizar a ação pedagógica junto ao aluno e colaborar com as

Escolas na elaboração de projetos e atividades que possibilitem

uma nova mudança e a melhoria na qualidade de ensino

19 - visitas em reuniões para acompanhamento, controle e

orientação das atividades docentes pela equipe de supervisão da

SMEC

- apoio de implantação de uma creche

- curso de atualização e aperfeiçoamento para professores

unidocentes

- criação de um novo plano de carreira para o magistério público

municipal

- realização de olimpíadas, integrando escolas Estaduais e

Municipais

- ajuda de transportes para grande parte de nossos alunos.

Oitava Administração

(Vilmar João Foletto – Valderi Otto Paul - 1993 - 1996)

A sexta administração preocupou-se em trabalhar juntamente com a criação da secretaria de cultura e que esta, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação, pudesse desenvolver metas e atingir os objetivos, tais como:

- Formular a política cultural do município;

- Articular-se com outros órgãos e instituições culturais de modo a assegurar a coordenação e a execução de programas culturais ;

- Promover a defesa e a conservação do patrimônio histórico e artístico do município;

- Promover intercâmbio com outras entidades culturais, de modo a possibilitar a realização de eventos ligados à área cultural.

Objetivos listados para serem alcançados a médio e longo prazo:

20 - Criação do Núcleo Cultural de Restinga Sêca;

- Fundamentação da casa de cultura;

- Criação de uma galeria para exposição de artes, de artistas

locais e de outros lugares;

- Estudo para reativação do festival de música nativa Candeeiro

da Canção Nativa ;

- Organizar Feira de livros;

- Organizar festa de integração das etnias restinguenses;

- Efetuar tombamento do patrimônio histórico e cultural de

Restinga Sêca;

- Promover oficina de teatro, música, dança, etc envolvendo

SEDAC;

- Organizar o calendário de eventos culturais e artísticos do

município;

- Resgatar e divulgar as festas populares e folclóricas do

município;

- Organizar Feira Regional de Artesanato;

- Apresentação de orquestras e corais de outros municípios;

- Tornar oficial os eventos: Dia do vizinho, Carnaval de Rua,

Rodeio Crioulo de Integração, Festival da Pandorga, Festival

de danças Folclóricas, Festival dos Bandoneões;

21 - Adquirir material audiovisual, para fins de registros de

atividades culturais no município;

- Solicitar à UFSM apoio para a divulgação de atividades

culturais no município;

- Buscar meios para incentivar a edição de um livro que sirva

como subsídio de informação e divulgação do município de

Restinga Sêca;

- Gestionar junto à Rádio Integração, que seja criado um

programa ou espaço cultural que atinja os seus ouvintes;

- Instituir concurso para criação de um “slogan”, bem como, a

criação do Hino de Restinga Sêca;

- Levar para as Escolas do interior bem como centros

comunitários eventos culturais tais como: teatro, apresentação

de corais, grupos de danças, etc;

- Reativar a Banda Marcial Municipal.

Nona Administração

(Gaudêncio da Costa – José Luiz Borges Mohr Filho - 1997- 2000)

O Plano Municipal de Educação, deste período teve por base as propostas levantadas junto aos professores da Rede Municipal de Ensino, após análise e conclusão da realidade que tinham, a que queriam e como chegar lá.

Os objetivos e metas a serem atingidas:

- Redução dos índices de repetência;

22 - Diminuir ainda mais os percentuais de evasão;

- Estimular e facilitar a habilitação dos leigos;

- Estudos de atualização sobre legislação específica do Ensino;

- Oferecer subsídios e auxílios às Escolas para que elaborem suas

propostas pedagógicas, embasadas em referenciais teóricos, que

venham ao encontro dos diagnósticos das Escolas;

- Atualização dos conteúdos mínimos de cada série, adaptando-os

a realidade em que as Escolas estão inseridas;

- Equipar a Secretaria de Educação, a fim de torná-la mais

eficiente;

- Complementar o material básico necessário aos alunos carentes;

- Atender a clientela em Pré –Escolar nas localidades do interior

onde houver um número mínimo de alunos;

- Aperfeiçoar o atendimento aos Pré-Escolares da zona urbana;

- Estimular a atividade pedagógica, também via projeto;

- Atender a solicitação de funcionamento de classes de

Alfabetização de Jovens e Adultos, onde houver um número

significativo de alunos;

- Oferecer turmas de Aceleração de Estudos e Séries e aulas de

reforço, para garantir o sucesso dos alunos na recuperação dos

estudos;

- Ampliação da Escola Leonor Pires de Macedo;

23 - Enriquecimento gradativo do acervo de literatura infanto-

juvenil e infantil na dinâmica Sala de Leitura, em todas as

Escolas;

- Organização de uma videoteca que atenda as necessidades dos

alunos da Rede Municipal;

- Adquirir o material básico para a prática de Educação Física;

- Subsidiar o transporte escolar para o Ensino Fundamental e Pré-

Escola;

- Manutenção dos prédios e equipamentos das Escolas;

- Estimular a organização de hortas escolares, levando em

consideração a viabilidade do local;

- Proporcionar aos alunos viagens de estudos e lazer, como

complementação da formação;

- Implantar uma Língua Estrangeira Moderna a partir da 5ª série;

- Proporcionar aos alunos a participação em atos cívicos,

culturais e esportivos, com o objetivo de construir a cidadania

plena;

- Aquisição de mapas para todas as Escolas, conforme suas

necessidades;

- Elaboração do novo Plano de Carreira do Magistério Público

Municipal, dando ênfase a valorização do Profissional;

24 - Organização e institucionalização do Sistema Municipal de

Educação;

- Aquisição de um equipamento de som para a SMECD e a

serviço das escolas;

- Aquisição de toca-fitas com o gravador para as escolas que não

possuem;

- Manutenção e melhoramentos em prédios, áreas, quadras de

esportes, equipamentos, etc.;

- Dar continuidade ao processo de nuclearização das Escolas do

meio rural, para que os alunos sejam atendidos por série,

melhorando seu rendimento;

- Continuar dando assistência a APAE;

- Ampliar e aperfeiçoar o atendimento na creche municipal

Décima Administração

(Gaudêncio da Costa – Derli Edio Paul – 2001 – 2004)

- Construir um futuro melhor, começa por uma boa base, por uma educação de qualidade,construtiva, responsável, que valorize os alunos e os professores também. Uma educação feita por todos e para todos.

- Nossos alunos tornando-se cidadãos.

- Os grêmios estudantis retomando seu lugar;

- Democratização das escolas;

- Criação dos conselhos comunitários;

- Conselho Municipal de Educação decidindo e atuando;

25 - As Escolas administrando sua própria vida;

- Continuaremos com valorização de nossos profissionais;

- Busca de inovação do novo, acompanhar as evoluções do ensino.

- A informática como ferramenta indispensável;

- Cursos técnicos profissionais;

- A exemplo do laboratório de Espanhol, outros deveremos implantar;

- Através do esporte desenvolver atividades saudáveis espírito de equipe e de participação;

- Desenvolver consciência sobre a importância do lazer do turismo e da ecologia;

- Prosseguiremos com nosso programa de Alfabetização de Adultos;

- Educação Especial como direito aos portadores de deficiência;

- Proporcionar chances de crescimento, através de cursos supletivos.

Desde o ano 2000, conforme Lei Municipal Nº 1416/ 2000, foi criado o Sistema

Municipal de Ensino de Restinga Sêca com a seguinte formação:

• Escolas Municipais de Ensino Fundamental;

• Instituições de Educação Infantil mantidas pelo Poder Público Municipal e

pela iniciativa privada;

• Conselho Municipal de Educação;

• Secretaria Municipal de Educação.

REDE PÚBLICA E PRIVADA DE ENSINO

Atualmente a Secretaria de Educação conta com 11 Escolas de âmbito Municipal, 4 de

âmbito Estadual e 2 Escolas de iniciativa privada. São elas:

26

Rede Pública Municipal Rede Pública Estadual Rede Privada

E.M.E.F. Francisco Giuliani E.E.E.F. Marcelo Gama E.E.I. Garden Ambiental

(Vila Felin). (Jacuí) (Centro da cidade)

E.M.E.F. Leonor Pires de E.E.E.F. Olmiro Pohlmann E.E.I. Recanto dos Anjos

Macedo (Vila Pelizaro). (Silêncio) (Centro da cidade)

E.M.E.F. Sete de Setembro E.E.E.M. Érico Veríssimo

(Vila Rosa). (Centro da cidade)

E.M.E.F. Manuel Albino E.E.E.F. Francisco Manoel

Carvalho (São Miguel). (Centro da cidade)

E.M.E.F. Dezidério Fuzer

(São Miguel)

E.M.E.F. Três de Outubro

(Lomba Alta)

E.M.E.F. Floribaldo José de

Freitas

(Bom Retiro)

E.M.E.F. Adelino Roso

E.M.E.F. Edwaldo Bernardo

Hoffmann

(Vila Felin)

E.M.E.I. Gente Inocente

(Bairro São Luiz)

E.M.E.I Bela Vista

Décima Primeira administração – 2005 a 2008

27 (Tarcizo Bolzan – Cláudio Tonetto)

Filosofia de Trabalho: “A EDUCAÇÃO TRANSFORMANDO REALIDADES”

Educar é, antes de tudo, ter uma ação condizente com uma concepção firme , fruto de reflexões e quando esta concepção é transformação, torna-se necessário que ela seja teoricamente viável e eticamente justificável. Porém, somente quando conhecemos a realidade existente é que podemos, pela ação de educar, falar em trans-formação, tendo em vista que não podemos mudar aquilo que não conhecemos. Transformar, nesse sentido, significa conhecer a realidade e, através da educação, se modificar e, conseqüentemente, modificar aquela. Nesse processo, quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender

(Paulo Freire, 1998).

ESCOLAS MUNICIPAIS

E.M.E.F. Adelino Roso – Localiza-se na área rural denominada Colônia Borges.

Filosofia da escola - “Comprometida com a formação de novos sujeitos de uma nova

História”

Diretora: Magda Mozzaquatro

N° total de alunos: 23 alunos .

E.M.E.F. Dezidério Fuzer – Localiza-se na localidade de São Miguel (interior do

Município).

Filosofia da escola - “Pleno desenvolvimento das capacidades de participação, criatividade e senso crítico, com a conscientização de necessidades de sermos agentes de transformação e humanização na sociedade em que estamos inseridos”

Diretora: Suzete Dotto

N° total de alunos: 224 alunos.

28 E.M.E.F. Floribaldo José de Freitas – Localiza-se no Boqueirão da Estiva (interior do município.)

Filosofia da escola - “Escola e família construindo a educação participativa na comunidade”

Diretora: Maria Eunice Guidetti

N° total de alunos – 38 alunos.

E.M.E.F. Francisco Giuliani – Localiza-se na Av. Júlio de Castilhos, 2101.

E-mail: [email protected] .

Filosofia da escola - “Através de uma educação transformadora, de acordo com a realidade, formar indivíduos conscientes, responsáveis críticos e criativos”

Diretor: Luiz Roberto Camilo Belin

N° total de alunos: 609 alunos.

E.M. E. I. Gente Inocente – Localiza-se na rua Cícero Mayer, 765.

Filosofia da escola - “Educação e cuidado da criança, visando a formação da identidade pessoal”

Diretora: Maria da Rosa Lorenzoni

N° total de alunos: 51 alunos.

E.M.E.F. Leonor Pires de Macedo – Localiza-se na Vila Pelizaro.

Filosofia da escola - “Escola, Família e Comunidade rumo ao novo milênio”

Diretora: Ana Lúcia Lima

N° total de alunos: 212 alunos.

E.M.E.F. Manuel Albino Carvalho – Localiza-se em São Miguel (interior do

Município).

Filosofia da escola - “Educar para a responsabilidade dos educandos, criando cidadãos conscientes.”

Diretora: Mara Rejane Abreu de Oliveira

N° total de alunos: 207 alunos.

29 E.M.E.F. Prof. Edwaldo B. Hoffmann – Localiza-se na rua Lindolfo Streck, s/n°, vila Passo do Faxinal.

Filosofia da escola - “Educação, caminho para uma vida digna”

Diretora: Ângela Maria da Rosa

N° total de alunos: 159 alunos.

E.M.E.F. Sete de Setembro – Localiza-se na Vila Rosa (interior do Município)

Filosofia da escola - “Interdisciplinaridade, educação e cultura”

Diretor: João Carlos Dias Trindade

N° total de alunos: 244 alunos.

E.M.E.F. Três de Outubro – Localiza-se na Lomba Alta (interior do Município)

Filosofia da escola - “Escola - Família – Comunidade integradas para formar um homem crítico e atuante a partir da contextualização de sua realidade”

Diretora: Rosimeri dos Santos Vargas

N° total de alunos: 44 alunos.

ESCOLAS ESTADUAIS

E.E.E.M. Érico Veríssimo – Localiza-se na rua Izaltino de Oliveira, 164.

Filosofia da escola - “Educar para a transformação do ser humano e do mundo”.

Diretor: Vilmar João Foletto

N° total de alunos: 778 alunos.

E.E.E.F. Marcelo Gama – Localiza-se em Jacui (interior do Município)

Filosofia da escola –“Educar interagindo para a busca de alternativas humanas de vida.”

Diretor: Celso Ferrari

Nº total de alunos: 137 alunos.

E.E.E.F. Francisco Manoel – Localiza-se na rua Emílio Henrique Nagel, 755.

Filosofia da escola - “Preparar para a cidadania.”

30 Diretor: Cleci Elia Borchardt

Nº total de alunos. 1.070 alunos.

E.E.E.F. Olmiro Pohlmann Cabral – Localiza-se em Silêncio (interior do

Município)

Filosofia da escola – Contribuir para a formação de cidadãos comprometidos com a construção de um mundo melhor.

Diretor: Eldiro Ceolin

N° total de alunos: 56 alunos.

ESCOLAS PARTICULARES

Escola de Educação Infantil Recanto dos Anjos – Rua Santos Dumont, 1055 -

Bairro Centro

Número de alunos – 40

Filosofia da Escola – “ Educando e cuidando da criança através do brincar dando

ênfase ao lúdico, integrando Escola e Família para ajudar na formação de um homem crítico e atuante a partir da contextualização da sua realidade.”

Garden Ambiental – Educação Infantil – Rua Edmundo Bischoff , l86

Número de alunos – 26

Filosofia da Escola – “ Proporcionar aos educandos um ambiente harmonioso e fraterno, onde valores como respeito, justiça, amizade e solidariedade são enfatizados e vivenciados pela comunidade escolar, visando a dignidade e integridade dos mesmos.

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O Conselho Municipal de Educação foi criado pela Lei Municipal Nº 783/90 de 30 de novembro de 1990, alterada pela Lei Municipal Nº 895/93 e pela Lei Municipal l416/ 2000.

31 Segundo essa Lei, o Conselho Municipal de Educação é um órgão consultivo, normativo, deliberativo e fiscalizador acerca dos temas que forem de sua competência, conferida pela legislação. São competências do Conselho Municipal de Educação:

• Apreciar assuntos e questões educacionais, inclusive de natureza pedagógica,

que lhe forem submetidas pelo Poder Executivo ou Legislativo Municipal e/ou

por entidades de âmbito Municipal, ligadas à Educação;

• Autorizar o funcionamento de novas Escolas, cursos, séries, níveis, ciclos,

blocos, etapas e/ou formas diversas de organizações, sempre que o interesse de

aprendizagem assim o recomendar;

• Adequar a parte diversificada dos currículos escolares, adequando, quando for

o caso, o calendário escolar às peculiaridades locais, inclusive econômicas e

climáticas;

• Aprovar convênios, acordos e similares a serem celebrados pelo Poder Público

Municipal com as demais instâncias governamentais e não-governamentais;

• Autorizar o funcionamento de Instituições e Classes de Educação Infantil em

Estabelecimentos de Ensino mantidos pelo Poder Público Municipal e pela

Iniciativa Privada.

• Autorizar o funcionamento de escolas, cursos e classes de educação de jovens

e adultos, de Educação Especial e de Educação Profissional;

• Aprovar o Plano Municipal de Educação.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

32 A Secretaria Municipal de Educação vem procurando uma crescente atualização e evolução no que se refere às propostas Educacionais, levando em conta a legislação vigente.

Essa preocupação é uma constante em sua caminhada.

Empenhados em normatizar a Educação, a primeira Administração Municipal criou, em 1960, através da Lei nº 2, de 16 de janeiro, o quadro único do Magistério Público

Municipal. Nesta época foi desenvolvido um grande trabalho de visitas e orientações aos professores, bem como reuniões e cursos, a fim de melhor preparar os professores que compunham a Rede Municipal.

Na Lei orgânica Municipal, a Educação é embasada na Constituição Federal e na

L.D.B.E.N, em seus artigos 127 a 135, onde é normatizada. Destacamos os princípios elencados na Lei orgânica Municipal:

Art. 127 – Serão asseguradas condições físicas, morais e sociais ao desenvolvimento da família e assistência às proles numerosas ou carentes.

Art. 128 - A educação, direito de todos, é um dever do Município e da sociedade e deve ser baseada nos princípios da democracia, da liberdade de expressão, da solidariedade e do respeito aos direitos humanos, visando a constituir-se em instrumento do desenvolvimento, capacidade de colaboração e de reflexão crítica da realidade.

Art. 129 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – Gratuidade do ensino Público em estabelecimentos oficiais;

V – Valorização dos profissionais para o magistério, com piso salarial profissional;

VI – Gestão democrática do ensino, garantindo a participação de representantes da comunidade;

33 VII – Garantia de padrão de qualidade cabendo ao Município, suplementarmente, promover o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na Rede de Ensino.

Art.130- O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio, com extensão correspondente às necessidades locais de educação geral e qualificação para o trabalho, respeitada as diretrizes e bases fixadas pela legislação federal e as disposições supletivas da legislação estadual.

Parágrafo único- Deverá ser organizado o Conselho Municipal de Educação no

Município. Os diretores das escolas serão escolhidos através do voto direto e sua regulamentação se fará por lei complementar.

Art.131- O Município aplicará obrigatoriamente, em cada ano, no ensino fundamental, pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) de sua receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art.132- Deverá ser incluído no currículo escolar da rede municipal, de 4ª a 8ª séries, noções básicas sobre tóxicos, alcoolismo, tabagismo, ecologia e meio ambiente.

Art.133- É assegurado ao professor, ao especialista de educação e aos funcionários que se deslocam à escola pertencente ao sistema municipal de ensino, pagamento dos gastos comprovados com o respectivos transporte, sem prejuízo do salário profissional, excetuado ao docente residente na sede onde estiver localizada a mesma.

Parágrafo único- O docente residente fora do Município e que exerce a docência neste Município, terá o benefício na forma da lei.

Art.134- O Sistema de Ensino do Município compreenderá obrigatoriamente:

I– serviço de assistência educacional, que assegure condições de deficiência escolar aos alunos necessitados, compreendendo garantia de cumprimento da obrigatoriedade, mediante auxílio para aquisição de material escolar, transporte, alimentação, tratamento médico e dentário e outras formas eficazes de assistência familiar, de forma a garantir condições mínimas de comparecimento à escola e aproveitamento educacional;

34 II– entidades que congregam professores e pais de alunos, com objetivo de colaborar para o funcionamento eficiente de cada estabelecimento de ensino;

III– é de responsabilidade do Município a manutenção dos prédios e equipamentos, bem como o suprimento de material técnico-pedagógico.

Art.135- Os planos e projetos necessários à obtenção de auxílio financeiro federal aos programas de educação do Município, serão elaborados pela administração do ensino municipal, com assistência técnica, se solicitada, de órgãos competentes da administração pública e do Conselho Municipal de Educação.

DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO

O quadro do Magistério Público Municipal de Restinga Sêca é composto, atualmente, de 181 professores (entre contratos e convocações) e, sem dúvida, evidencia-se nestes profissionais uma constante busca de melhoria em sua práxis pedagógica.

O papel do educador é o de problematizar e incentivar a busca do conhecimento nas diversas áreas, tanto por parte de alunos quanto por parte dos colegas de trabalho, visando a formação de seres autônomos, criativos, competentes, responsáveis e capazes de produzir novos saberes. Para tanto, a escola constitui-se espaço de formação continuada, onde os saberes, através da desconstrução e reconstrução, se re-significam no cotidiano escolar.

O papel de ensinar do educador, segundo Paulo Freire, “não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”

(Freire, 1996:52). Assim, nessa perspectiva, o desenvolvimento das atividades docentes são direcionadas no sentido de trabalhar para tornar realidade os objetivos propostos.

NÍVEIS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO

35 A Educação inserida num contexto sócio-político-pedagógico, no Município de

Restinga Sêca, apresenta a seguinte realidade:

EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem por finalidade oferecer à criança um espaço adequado para estimular o seu desenvolvimento integral, promovendo sua adaptação como cidadão consciente de seus direitos e deveres.

Portanto, o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade foram e são, a prioridade em relação a criança da faixa etária 0-6 anos até 2005 e de 0-5 de 2006 em diante.

A consciência da importância desse atendimento existe há muitos anos em nossa cidade.

O direito da criança e da família, legitimada como política básica, conforme

Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Estatuto da Criança e do Adolescente, Resolução do n° 01/2000 do CME e Legislações decorrentes, promove o desenvolvimento de todas as dimensões do ser humano.

Portanto, o desenvolvimento intelectual, físico, emocional, espiritual, cultural e afetivo

é prioridade na Educação Infantil Municipal, assegurando assim às crianças, nessa faixa etária, as vivências da Infância.

O Município atende 280 alunos que necessitam e/ou procuram atendimento na faixa etária de 0 a 5 anos e11 meses, pretendendo aumentar este número para atender a legislação vigente.

Levando em conta a realidade municipal, detectamos os seguintes problemas:

• Grande demanda de alunos e pouca oferta de creches e pré-escolas;

• Carência de estrutura física tanto de ordem funcional quanto estrutural;

36 • Deficiência de recursos físicos e materiais para o adequado atendimento das

crianças nessa faixa etária;

• Carência de referencial bibliográfico em Educação Infantil.

O Município conta com a Escola Municipal de Educação Infantil “Gente Inocente”, que atende crianças, cujos pais, são trabalhadores e necessitam deste amparo. Conta também com as creches de iniciativa privada “Recanto dos Anjos” e “Garden Ambiental”.

Através de Processo Licitatório, adquire vagas para atendimento da demanda anual, possibilitando assim, uma maior contemplação dos serviços educacionais.

Atualmente, as Pré-escolas estão assim distribuídas:

• E.M.E.F.Dezidério Fuzer – 01 turma.

• E.M.E.F. Edwaldo Hoffmann – 04 turmas

• E.M.E.F. Leonor Pires de Macedo – 01 turma.

• E.M.E.F. Manuel Albino Carvalho – 01 turma

• E.M.E.F. Sete de Setembro – 01 turma

• E.M.E.F. Três de Outubro – 01 turma

PROPOSTAS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL

• Construção de 02 Escolas de Educação Infantil para o atendimento de crianças de 0

a 5 anos e 11 meses;

• Criação de novas áreas de lazer e convivência (pracinhas, quadras de esporte), e

preservação das que já existem;

37 • Construção de, pelo menos, uma creche na área central da cidade e/ou vilas e

bairros;

• Aumento dos recursos financeiros e humanos;

• Aumento do número de vagas na Educação Infantil;

• Aquisição de livros para aumentar o acervo bibliográfico da Educação Infantil.

DIAGNÓSTICO DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PRAZOS

1- Falta de vagas. Importância do Ampliar e/ou criar Construção de 02 Escolas. Em 10 anos a

Famílias necessitando atendimento à novas Escolas para Uma (01) em 3 anos e partir da do atendimento para Educação Infantil. atender a demanda de outra em 7 anos. vigência deste seus filhos. Educação Infantil. Plano.

2- Oferecimento de Necessidade de ofertar Qualificar os Promoção de Cursos, Capacitação formação continuada cursos de formação profissionais de Seminários, Palestras e dos Educadores constante – Qualificação continuada através de Educação Infantil, Fóruns. na década deste

Profissional. investimento na oferecendo anualmente Plano.

capacitação de cursos de atualização e

Profissionais. aperfeiçoamento.

3- Falta de estrutura Adaptação das escolas Adaptar as salas das Realização de reformas Realização em física adequada para já existentes de forma Escolas que atendem a das Escolas existentes no até cinco (5) atendimento de crianças que a criança tenha Educação Infantil, período previsto. anos. de Educação Infantil ambiente adequado. conforme normas da

legislação vigente.

4- Falta de materiais Oferecimento de Assegurar o Aquisição de material A partir do lº

Didático-Pedagógicos condições para que o fornecimento de didático-pedagógico, ano de vigência adequados. educar e cuidar materiais didáticos e Jogos educativos, livros deste Plano,

38 aconteça Pedagógicos em todas didáticos e brinquedos conforme

adequadamente. as escolas. diversos. necessidade

das Escolas.

5- Necessidade de uma A realização de um Apoiar o trabalho Apoio Pedagógico e A partir do 1º linha Pedagógica que dê trabalho voltado para Pedagógico assessoramento na ano de vigência sustentação ao trabalho as necessidades de construindo organização das Propostas e de acordo em Educação infantil. desenvolvimento da participativamente um de Ensino e com as

criança. Padrão Referencial Aprendizagem. necessidades.

Curricular.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Inclusiva na Rede Municipal de Ensino de Restinga Sêca começa a ser pensada e efetivada como processo educacional no final da década de 90. Antes deste processo, o município de Restinga Sêca integrava as pessoas com necessidades especiais através de uma Instituição não-governamental especializada em educação especial – APAE

(Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

O que é a APAE? É uma instituição de caráter assistencial, educacional e cultural, sem finalidade lucrativa, que se destina a prestar atendimento especializado a pessoas com deficiência. Seu objetivo principal é proteger, assistir e proporcionar bem estar a estas pessoas, promovendo a sua integração na sociedade.

Atualmente são atendidos 80 alunos com necessidades especiais, dentre os quais apresentam: deficiência mental, deficiência sensorial, deficiência física, deficiência múltipla, problemas de comunicação oral, escrita, voz e problemas emocionais. A faixa etária desses alunos varia de 03 a 48 anos de idade.

A instituição possui profissionais na área pedagógica, clínica e administrativa, contando com profissionais habilitados em Educação Especial – Deficientes Mentais e

39 Auditivos, fisioterapeuta, fonoaudióloga e psicóloga. Além dos atendimentos individuais e especializados, a entidade conta ainda com um Profissional de Educação Física, uma Oficina de Arte e o Projeto Equoterapia.

Através do convênio com o Poder Público Municipal, são repassados recursos para o pagamento dos salários dos funcionários, luz, água, telefone e transporte, contribuindo também com a merenda escolar. Os demais gastos são custeados através de promoções, como rifas, bingos, jantares e doações dos sócios e multas judiciais.

A Educação Especial é considerada pela Constituição Brasileira parte inseparável do direito à educação. Podem ser conceituadas como processo de desenvolvimento global das potencialidades de pessoas com deficiência, condutas típicas ou de altas habilidades, que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos compatíveis com as necessidades especificas de seu alunado.

O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os graus superiores de ensino.

Sob o enfoque sistêmico, a Educação Especial integra o sistema educacional vigente, identificando-os com sua finalidade, que é de formar cidadãos conscientes e participativos.

Segundo a Declaração de Salamanca (1994), deve existir uma nova concepção de necessidades educacionais especiais, onde se evolui para o conceito de inclusão, na qual todas as pessoas tem direito de participar e interagir na sociedade, pois todos aprendem juntos, independentemente de suas diferenças ou dificuldades.

Segundo Rosita Edler de Carvalho (1998), há, pois, “um novo conceito de escola e de

Educação Especial”. A escola deve, antes de tudo, estar aberta à diversidade, respeitar e ressignificar as diferenças individuais, bem como estimular a produção de respostas criativas, divergentes, em oposição às estereotipias e à homogeneidade do sócio-culturalmente entendido como “normal”. Tal perspectiva implica numa redefinição do papel da escola a partir da mudança de atitude dos professores e da comunidade.

40 A educação especial, enquanto modalidade da educação escolar, organiza-se de modo a considerar uma aproximação sucessiva dos pressupostos e da prática social da educação inclusiva e está embasada nos seguintes dispositivos legais: Convenção de Guatemala,

Constituição Federal (1988), Lei nº 9394/96, que trata das Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, Lei nº 8069/90, sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, Declaração

Universal dos Direitos Humanos, UNICEF, Lei nº 7853/89, Lei das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial nº 02/02, que estabelece “normas gerais para o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiências e sua efetiva integração social”, Resolução 01/01do CME, entre outras.

Entende-se Educação Especial “como um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar e suplementar os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal dos educandos que apresentam necessidades educacionais diferentes da maioria das crianças e jovens", segundo Mazzotta (1996).

O aluno da Educação Especial é aquele que, por apresentar necessidades próprias e diferentes dos demais alunos, do domínio das aprendizagens curriculares correspondentes a sua idade requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais especificas.

Genericamente chamados de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, classificam-se em: portadores de deficiências mentais, auditiva, física e múltiplas, portadores de condutas típicas, portadores de altas habilidades e dificuldade de aprendizagem. Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional apresentarem:

1. Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares,

compreendidas em dois grupos:

a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica especifica;

b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;

41

2. Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos,

demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;

3. Altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os levem a

dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO

A Rede Municipal de Ensino de Restinga Sêca, através da Secretaria Municipal de

Educação, conta atualmente, com profissionais lotados em 05 Escolas através de Concurso

Público, sendo que todos possuem Licenciatura Plena em Educação Especial – Habilitação em

Deficiência Mental e Especializações na área de educação.

O Município vem se organizando desde o ano de 1999 através das seguintes ações:

1999 – Contratação de 01 profissional em Educação Especial com especialização em

Psicopedagogia, que atuou como professora itinerante nas Escolas Municipais de Restinga

Sêca.

2000 – Contratação, através do CIE-E (Centro de Integração Empresa-Escola), de 02

Educadoras Especiais: uma com habilitação em Deficiência Mental e a outra em Deficiência da audiocomunicação. Ambas desenvolveram um Projeto que tinha como objetivo a avaliação dos alunos com necessidades educacionais especiais e trabalho de itinerância com os professores regentes das diferentes séries onde esses alunos encontravam-se matriculados.

Em 2001, a Secretaria Municipal de Educação juntamente com o Conselho Municipal de Educação, trabalharam a modalidade da Educação Especial através da construção da

Resolução 01/01, que normatiza a Educação Especial no Município. Para tanto, foram realizados encontros, palestras, debates, reflexões e elaboração de ações para a construção dos

Projetos Político Pedagógicos e dos Regimentos Escolares a partir da efetivação da

42 modalidade de Educação Especial nos diferentes níveis, etapas e modalidades da Educação

Especial.

Neste ano, através de Concurso Público, a Secretaria Municipal de Educação contratou um Educador Especial com habilitação em Deficiência Mental.

Nos anos de 2003, 2004 e 2005 foram contratados 04 Educadores Especiais com habilitação em Deficiência Mental. Esses professores estão lotados nas Escolas Municipais de

Ensino Fundamental Sete de Setembro, Leonor Pires de Macedo, Francisco Giuliani, Manuel

Albino Carvalho e Dezidério Fuzer sendo que são atendidas em 2 turnos as Escolas Três de

Outubro e Edwaldo Bernardo Hoffmann.

Foram criadas salas de Apoio Pedagógico nas Escolas Sete de Setembro, Francisco

Giuliani, Dezidério Fuzer, Manuel Albino Carvalho e Leonor Pires de Macedo.

Em 2003, a Secretaria Municipal de Educação recebeu verbas do FNDE para a aquisição de materiais pedagógicos e equipamentos para a montagem das salas de Apoio

Pedagógico, que ainda não estão regularizadas pelo Conselho Municipal de Educação. Dentre esses materiais estão: televisões 29 polegadas, vídeos cassete, som CD, Computadores, impressoras, máquina fotográfica, jogos pedagógicos, livros infantis, CDs e fitas VHS com músicas e histórias infantis, brinquedos, materiais permanentes e de consumo.

Em 2005, a Secretaria Municipal de Educação recebeu novamente uma verba do

FNDE, desta vez destinada à formação continuada dos professores. Para tanto, foi planejado um curso de capacitação teórico-prático para professores e profissionais da Rede Municipal de Ensino de Restinga Sêca, com 40 horas, e que foi desenvolvido em 5 módulos de 8 horas cada. O mesmo contemplou 50 vagas que foram oferecidas às nove Escolas Municipais e

Estaduais.

Os módulos abordaram temáticas relacionadas à inclusão social de pessoas com necessidades educacionais especiais no âmbito escolar, suas implicações pedagógicas e metodológicas. A metodologia utilizada foi presencial.

43 As temáticas abordaram alguns dos eixos temáticos propostos pelo Manual de

Assistência financeira/2005 conforme segue:

* 1º módulo - Política Nacional da Educação Especial e História e reflexão da

Deficiência. Educação Especial, Currículo Escolar e Avaliação.

* 2º módulo - Métodos, técnicas e recursos para alunos com necessidades educacionais especiais: Deficiente auditivo, visual e surdo-cegueira.

* 3º módulo - Métodos, técnicas e recursos para alunos com necessidades educacionais especiais : Deficiente mental, autismo e dificuldades de aprendizagem.

* 4º módulo - Bases psicopedagógicas da aprendizagem e desenvolvimento humano.

* 5º módulo - Seminário de avaliação do Curso.

As atividades do 5° Módulo foram realizadas no Município de Restinga Sêca com a participação dos Municípios da Quarta Colônia, perfazendo um total de 350 cursistas. O instrutor deste dia coordenou também os relatos de experiências dos Municípios envolvidos, tendo a participação da Professora Denise Alves representante da SEESP/MEC.

Os módulos 1, 2, 3 e 4 foram coordenados pela Associação Colibri, que é uma instituição de Ensino Especial que disponibilizou profissionais, de referência Regional, com habilitação e experiência nos temas propostos.

A Associação Colibri localiza-se na Rua Daudt, n° 249, Bairro Passo D'areia, na cidade de Santa Maria - RS, sob a inscrição no cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ

92457548/0001-83, Telefone (55) 3223-3486.

Esse projeto foi de grande relevância para nossos Municípios visto que tratou-se do I

Curso de Formação em Educação Inclusiva da Quarta Colônia.

No decorrer desses anos, foram realizados seminários sobre diferentes temáticas em

Educação Especial, realizados com a intenção de efetivar a formação continuada dos professores Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

• 2001 – Professora Soraia Napoleão;

44 • 2002 – Professora Maria Alcione Munhoz;

• 2003 – Ângela Moojen;

• 2005 – Joana D’arc.

Os profissionais da Educação Especial do Município não contam com supervisão específica no que diz respeito à organização dos serviços em educação especial e não atendem em regime de cedência outras instituições especializadas no Ensino Especial.

A modalidade de Educação Especial no Município de Restinga Sêca segue os princípios democráticos de igualdade, liberdade e respeito à dignidade e as ações pedagógicas norteiam princípios específicos, como: normalização, integração, individualização, sociologia da interdependência, epistemologia da construção do real, efetividade dos modelos de atendimento educacional, ajuste econômico com a dimensão humana e legitimidade.

Atendendo a princípios de ações pedagógicas que norteiam a política de Educação

Especial, a Rede Municipal de Ensino de Restinga Sêca desenvolve o trabalho nesta área com o objetivo principal de tornar real o processo de inclusão, mantendo, atualmente, cerca de 130 alunos com necessidades educacionais especiais nas classes regulares de Educação Infantil e

Ensino Fundamental. Dentre os atendimentos realizados, existe a seguinte classificação:

• Deficiência mental:

• Deficiência auditiva:

• Deficiência Visual:

• Deficiências Múltiplas:

• Deficiência Física:

• Condutas Típicas:

45 • Problemas de Aprendizagem:

Os serviços oferecidos são de atendimento pedagógico. A infra-estrutura conta com:

• 05 salas de apoio – Escola Municipal de Ensino Fundamental Dezidério Fuzer,

Sete de Setembro, Francisco Giuliani, Leonor Pires de Macedo e Manuel

Albino Carvalho.

• Computador, Televisão 29 polegadas, vídeo Cassete, rádio CD e jogos

pedagógicos.

A metodologia abordada prevê a realização de projetos educacionais que atingem a cultura escolar no que diz respeito aos preceitos da Educação Inclusiva, que baseia-se fundamentalmente no princípio de que todas as crianças devem aprender juntas, independente de suas dificuldades e diferenças.

Nesse sentido, as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso

às escolas regulares e classes comuns que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, e não apenas no ensino, capaz de atender as necessidades de todos.

As Escolas Estaduais de Restinga Sêca (Francisco Manoel, Érico Veríssimo, Marcelo

Gama e Olmiro Pohlmann Cabral) há muito tempo deparam-se com problemas de aprendizagem, repetências consecutivas e problemas de adaptação ao currículo normal. Não tendo uma avaliação que comprove as deficiências, as Escolas Estaduais enfrentam um sério problema no que se refere ao atendimento que se oferece a estes alunos. Devido a falta de avaliação técnica e de profissionais habilitados, o aluno não vem recebendo um atendimento adequado. Nesse sentido, as Escolas estão buscando, junto a Coordenadoria Regional de

Educação (24ª CRE), subsídios para a implantação de uma Sala de Recursos na Escola.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Manoel conta com o apoio do

Poder Público Municipal através da Secretaria de Saúde, para realizar a avaliação clínica, a

46 Secretaria de Educação para a avaliação pedagógica e parceria com a APAE, no sentido de dar atendimento adequado a esses alunos.

E.M.E.F E.M.E.F E.M.E.F E.M.E.F E.M.E.F E.M.E.F

Sete de Leonor Manuel Três de Francisco Dezidério Total Setembro Pires de Albino Outubro Giuliani Fuzer

Macedo

Deficiência 5 3 4 1 2 6 21

Mental

Deficiência 1 x x 1 x 1 3

Múltipla

Dificuldades 5 11 11 1 10 7 45

de

Aprendizagem

Deficiência x 1 1 x 1 x 3

Auditiva

Deficiência x x x x x 2 2

Emocional

Deficiência x x x x x 2 2

Física

Total de Atendimentos 76

47 ALUNOS ATENDIDOS NAS SALAS DE APOIO

DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE RESTINGA SÊCA - 2005

LEVANTAMENTO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

ATENDIDAS NA APAE E NAS ESCOLAS ESTADUAIS/2005

APAE Escolas Estaduais Total

Deficiente Mental 23 X 23

Dificuldades de X 8 8

Aprendizagem

Deficiente Visual 3 X 3

Deficiente Auditivo 3 2 (estes alunos também recebem atendimento 3

na APAE)

Condutas Típicas 1 X 1

Total 30 3 38

DIAGNÓSTICO DA REALIDADE

• Necessidade de sistematização e organização dos serviços da modalidade de

Educação Especial no Município;

48 • Necessidade de regulamentação das salas de Apoio Pedagógico pela Secretaria

Municipal de Educação e pelo Conselho Municipal de Educação;

• Necessidade de formação continuada em Educação Especial aos profissionais

da área de Educação Especial e dos professores da Rede Regular de Ensino;

• Necessidade de oferecer estrutura adequada ao funcionamento e atendimento

qualitativo para os alunos com necessidades educacionais especiais;

• Necessidade de adequação do currículo conforme a individualidade de cada

aluno com necessidades educacionais especiais;

• Necessidade de adaptação da estrutura física das Escolas;

• Carência de equipe clínica e pedagógica para o atendimento de alunos com

necessidades educacionais especiais tanto da Rede de Ensino Municipal quanto

Estadual;

• Dificuldade de realização de triagem (avaliação em fonoaudiologia,

oftalmologia, psicologia, psiquiatria, neurologia, fisioterapia e

psicopedagogia);

• Necessidade de buscar parcerias entre a Assistência Social, Secretaria de Saúde

e Secretaria de Educação para a agilização das avaliações clínicas dos alunos

com necessidades educacionais especiais;

• Carência de profissionais com habilitação específica na área da Educação

Especial;

• Necessidade de manutenção das salas de Apoio através da aquisição de

materiais permanentes e de consumo;

49 • Necessidade de realização de convênios com as Universidades que possuem

Cursos de Graduação e Pós-graduação em Educação Especial;

• Necessidade de criação de Centros de atendimento – Escola Pólo.

METAS

• Sistematizar e organizar os serviços de Educação Especial no Município

através de um plano de ação e de um Projeto Político Pedagógico

constantemente atualizado;

• Regularizar e regulamentar, em até 02 anos, as Salas de Apoio Pedagógico ;

• Aumentar o número de profissionais de Educação Especial lotados na

Secretaria Municipal de Educação conforme a necessidade de novas

especificidades;

• Capacitação, conforme legislação vigente, dos Educadores Especiais e

professores da Rede Municipal de Ensino;

• Criação de um Centro de apoio para atendimento e diagnóstico de alunos com

necessidades educacionais especiais;

• Organização de Seminário anual de Educação Inclusiva com carga horária

mínima de 8 horas;.

• Parceria entre Assistência Social, Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação

com o objetivo de agilizar a avaliação e o atendimento de alunos com

necessidades educacionais especiais;

50 • Adequar o currículo escolar conforme a individualidade de cada aluno com

necessidades educacionais especiais;

• Adaptar as Escolas Municipais de acordo com a Legislação vigente;

• Manter as salas de Apoio Pedagógico através da aquisição de materiais

permanentes e de consumo;

• Realização de convênios com Universidades que possuem Cursos de

Graduação e Pós-graduação em Educação Especial;

• Manter o transporte escolar para o atendimento Municipal e Inter Municipal de

alunos com necessidades especiais;

• Essas metas deverão ser atingidas na década deste plano.

ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental visa ao atendimento de todas as crianças e adolescentes, bem como daqueles que não tiveram acesso em idade própria, garantindo, a permanência, o sucesso e a qualidade da educação escolar, conforme legislação vigente.

Atualmente com 1853 alunos da Rede Municipal de Ensino e 1262 da Rede Estadual de Ensino.

O Ensino Fundamental segunda etapa da Educação Básica, importante fase na qual é necessário oferecer ao nosso aluno do ensino regular e àquele que não teve a oportunidade na idade certa, uma educação voltada para a transformação da realidade onde vive. Portanto, a educação deve ser vista e vivenciada como o ato de incentivar no educando a vontade de livremente aprender, despertar sua consciência para as vivências e a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e humana.

51 Ao professor do Ensino Fundamental, cabe o papel de auxiliar no desenvolvimento livre e espontâneo do aluno, garantindo um clima de harmonia e autenticidade necessários a esse desenvolvimento, orientando a aprendizagem, a descoberta e a construção do conhecimento. É imprescindível que assuma um compromisso embasado em Planos de

Estudos que contemplem as necessidades dos alunos, a realidade do mesmo visando sua formação integral para inserir-se com autonomia no meio sócio-político-econômico, exercendo assim, sua cidadania.

À Família, cabe o papel de acompanhar, incentivar e apoiar os filhos, oferecendo aos mesmos a oportunidade de freqüentar a escola amparado em valores que favoreçam a sua formação.

O Ensino Fundamental no Município tem evoluído no sentido de Estrutura e

Organização das Escolas, valorização do Magistério e melhoria da qualidade de Ensino. Abre- se cada vez mais novas oportunidades de aprendizagens através de projetos de capacitação, cursos e parcerias de trabalho, como por exemplo o programa “A União faz a vida” com a

SICREDI e a COTRISEL.

A partir de 2006, procurando melhorar cada vez mais, ampliar e atender aspectos legais, o Ensino Fundamental está sendo ampliado para 9 anos.

Dessa forma existe a necessidade de serem feitos investimentos em ações contínuas de formação continuada, visando a melhoria do atendimento de um percentual que se aproxime cada vez mais da totalidade das crianças na faixa etária do Ensino Fundamental.

DIAGNÓSTICO DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PRAZOS 1- Carência de Necessidade de Construir salas de Construção de Durante a uma nova Escola espaço físico aula e espaços salas de aula e vigência deste de Ensino adequado para cobertos nas espaços cobertos plano. Fundamental na atender a demanda escolas que de acordo com a cidade. de alunos. apresentam necessidade de deficiência em cada Escola. espaço físico

52 adequado. 2- Carência de Necessidade de Construir uma Construção de uma No período de 5 salas de aula, áreas construção de uma Escola na zona Escola . anos após a de convivência e Escola de Ensino urbana. vigência deste para a prática de Fundamental que Plano. Educação Física. atenda a demanda de alunos. 3- A necessidade Adaptação às Aumentar as Manutenção dos Na medida em que de atualização novas tecnologias possibilidades de laboratórios de as Escolas tecnológica das e formas de conhecimento por informática das solicitam essa Escolas linguagem. via da informática. escolas. tecnologia, no Municipais de decorrer do ano Ensino letivo. Fundamental. 4- Necessidade de Melhoria do Proporcionar a Organização de No decorrer dos formação embasamento atualização das cursos, palestras, anos letivos. continuada dos teórico-prático no práticas docentes. seminários e professores. processo de ensino oficinas. e aprendizagem. 5- Necessidade de Oferecimento de Assegurar o Aquisição de A partir do lº ano materiais condições para que fornecimento de material didático- de vigência deste Didáticos e uma Educação de materiais didáticos pedagógico como Plano. Pedagógicos qualidade aconteça e Pedagógicos em jogos educativos, adequados para o em todas as todas as Escolas livros didáticos e atendimento de Escolas Municipais. de literatura, alunos do Municipais. materiais de consumo, materiais para prática de esportes e atividades físicas. 6- Necessidade de Ampliação e Manter convênio Ampliação e Durante a vigência manutenção de manutenção dos com a SICREDI e manutenção de deste Plano e convênios e convênios e COTRISEL, convênios e duração dos parcerias com parcerias com através do parcerias com Projetos. outras instituições. instituições Programa “A instituições que

53 imbuídas na União Faz a têm como objetivo

melhoria da Vida”; com o a melhoria nas

qualidade de SENAR, através condições de

ensino. do Programa ensino das Escolas

“Agrinho” e Públicas

INSTITUTO Municipais.

SOUZA CRUZ.

através do

Programa “Hortas

Escolares” e outros

que tendem a

surgir.

ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio no Município é atendido por uma Escola Estadual que está localizada na Rua Izaltino Alves de Oliveira, 164, denominada “Érico Veríssimo”. Essa deu início as suas atividades no ano de 1977, embasando suas atividades, sua filosofia e seu Projeto

Político Pedagógico num trabalho participativo com a Comunidade Escolar.

OBJETIVO: “Proporcionar a formação integral do adolescente visando a sua auto- realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania.

Desde o seu início até o presente ano, a escola recebeu a grande maioria dos jovens do município. Desses aproximadamente 45% cursaram e/ou cursam o Ensino Superior nas mais diversas áreas da atividade humana.

O Ensino Médio, etapa final da educação básica, segundo a LDB, visa a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante as etapas anteriores, objetivando o pleno desenvolvimento do aluno e seu bom aproveitamento nas etapas seguintes como: vestibular, cursos técnicos e equivalentes.

54

METAS DA ESCOLA

 Realização de um trabalho multicultural com ensino da história africana e afro-

brasileira;

 Formação continuada em serviço para os professores;

 Projetos interdisciplinares (Expoérico, apresentação de trabalhos científicos,

artísticos e culturais nas diversas áreas...)

 Trabalhos valorizando e despertando o interesse pela pesquisa e a construção

do conhecimento.

 A Escola oferece Progressão Parcial em até duas disciplinas.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos visa assegurar a todos os brasileiros a partir de 15 anos que não terminaram as séries iniciais e também não tiveram acesso à Escola, o ingresso, a permanência e a conclusão do Ensino Fundamental de qualidade (Plano Nacional de

Educação).

As diretrizes que norteiam a EJA estão constituídas e amparadas nas seguintes

Legislações:

a) Constituição Federal (art. 208, I);

b) Plano Nacional de Educação;

c) Pareceres 05/97, 12/97 e 11/99 do CNE.

55 Trata-se de um direito da população e, por isso, compete ao Poder Público disponibilizar os recursos para atender a essa modalidade de ensino. O financiamento e a programação de recursos necessários devem ser disponibilizados de acordo com legislação vigente e ainda em regime de colaboração entre os poderes, mas é necessário a mobilização da Sociedade (Universidades, Sindicatos, Igrejas, empresas, associações de bairros, ONGs e meios de comunicação em geral) para que sua contribuição seja decisiva para a erradicação desse déficit na Educação Fundamental.

A Educação de Jovens e Adultos é um grande desafio para as Coordenadorias e

Secretarias de Educação, pois diante da globalização e das transformações sociais, urge a reorganização do mundo do trabalho. Por isso, a necessidade de um contínuo e permanente desenvolvimento de capacidades e competências para enfrentar o acelerado avanço científico, tecnológico e cultural a que estamos expostos.

A Educação de Jovens e Adultos, assim, não visa somente a formação de pessoas alfabetizadas, mas aos que completaram o Ensino Fundamental, o acesso ao Ensino Médio.

Isso permite, além da ampliação de oportunidades no mercado de trabalho, a melhoria na qualidade de vida e o exercício da cidadania.

Neste sentido, a administração Municipal ofereceu, em 2005, o Projeto “Alfabetiza

Rio Grande”, que alfabetizou 03 (três) turmas de alunos em diferentes localidades do

Município. É intenção da Secretaria de Educação oferecer, conforme a demanda, turmas de

Educação de Jovens e Adultos.

Em 2006, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação, disponibilizou o transporte escolar, conforme legislação vigente, para as turmas de EJA noturno.

OBJETIVOS E METAS

1) Assegurar, em até 5 anos, a oferta da EJA equivalente às quatro 1ª séries do ensino

fundamental para, no mínimo, 50% dos que não atingiram este nível e tenham mais de

15 anos.

56 2) Assegurar até o final dos dez anos de equivalência do PME, a oferta de cursos

correspondentes às séries finais do ensino fundamental para toda a população de 15

anos e mais os que concluíram as séries iniciais.

3) Estabelecer programas para que as escolas públicas localizadas em áreas com maior

concentração de analfabetismo e baixa escolaridade ofereçam classes adultas com o

objetivo de erradicar o analfabetismo.

4) Realizar anualmente, levantamento populacional atendida pela EJA.

O município atende a EJA em regime de colaboração com as Escolas Estaduais assegurando o Transporte Escolar, de acordo com a legislação vigente, para as localidades do interior onde se concentram maior número de alunos, oportunizando a freqüência e a inclusão dos mesmos nas realidades de ensino a que se adequarem.

TRANSPORTE ESCOLAR

O município de Restinga Sêca procura atender a todos os alunos que necessitam se deslocar de sua residência até a escola.

Percebe-se que em nosso município há dificuldade de acesso de alguns alunos em certas localidades do interior, pois muitas famílias se deslocam da zona urbana para trabalhar em fazendas e empresas, cuja sede é distante das vias principais de tráfego de veículos e, devido ao número de crianças em idade escolar, faz-se necessário adequar o transporte a essas realidades.

As empresas que prestam serviço de transporte escolar em nosso município são contratadas através de licitação e, conforme contrato, são periodicamente fiscalizadas.

Em 2005, foi implantada a lei que regulamenta o transporte escolar oferecendo, assim, maior segurança aos usuários e esclarecimentos para a comunidade.

Ocorreu também a oferta de transporte escolar noturno para a modalidade EJA.

57 METAS

 Oportunizar transporte Escolar de qualidade aos alunos da Rede Pública de Ensino

de Restinga Sêca.

 Oportunizar, conforme solicitação das Escolas, o acesso dos alunos à

brinquedoteca.

 Oportunizar, na medida do possível, viagens de estudos aos alunos das Escolas

Municipais.

 Realizar reuniões, palestras e cursos sobre Relações Humanas no Transporte

Escolar aos empresários e motoristas contratados para a execução do mesmo.

 Instituir o Projeto do Transporte Escolar fazendo uma parceria com as Escolas,

Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, etc; bem como palestras educativas para os

alunos, conforme solicitação das Escolas.

 Criar uma equipe fiscalizadora do Transporte Escolar.

 Prestar esclarecimento à população sobre assuntos inerentes ao transporte escolar,

conforme solicitação.

MERENDA ESCOLAR

A alimentação poderia ser considerada apenas como a prática de ingerir alimentos, de acordo com os mais variados fatores culturais de cada povo e, levando-se em conta somente este ato, já estaria sendo preservado e mantido o que há de mais sagrado no Universo – a

Vida. No entanto, após tantas pesquisas, comprovou-se que uma alimentação adequada com todos os valores nutricionais necessários ao desenvolvimento biológico do ser humano desenvolve também, e principalmente, a capacidade de pensar, ou seja, a inteligência e o aprendizado, para uma educação que possa transformar realidades.

58 Considerando a realidade Municipal, constatou-se que há ocorrência de grande número de alunos com carência alimentar necessitando, portanto, de um atendimento efetivo e de qualidade.

O Município atende a Rede de Escolas Municipais e Estaduais, contando com um total de aproximadamente 3.310 alunos atendidos e distribuídos em 10 Escolas Municipais, 03

Escolas Estaduais, 01 Programa Educacional AABB – Comunidade e 01 Instituição

Assistencial, Educacional e Cultural – APAE, distribuindo merenda diversificada, de boa qualidade e em quantidades suficientes para uma alimentação equilibrada.

DIAGNÓSTICO DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PRAZOS 1 – Necessidade de A importância de Construir Construção de um No período de refeitório na maioria um ambiente refeitórios refeitório nas escolas dez (10) anos das escolas adequado para a adequados para que não possuem o a partir da alimentação. melhor servir a mesmo. vigência deste merenda Plano. escolar. 2 – Carência de Ampliação, Ampliar o Ampliação,iluminação Em cinco (05) espaço físico, ventilação e espaço físico e ventilação das anos a partir iluminação e iluminação dos das cozinhas cozinhas das Escolas da vigência ventilação na maioria espaços físicos, escolares Municipais. do Plano. das cozinhas escolares. para melhor adequando a elaboração e iluminação e a armazenamento ventilação das dos gêneros mesmas de alimentícios para acordo com as merenda escolar. necessidades. 3 – Carência de Manutenção da Equipar Aquisição de material De acordo material de cantina e estrutura adequadamente de cantina, com a mobiliário.Necessidade necessária para o as cozinhas adequando-se às necessidade. de manter e repor atendimento escolares, Normas de higiene e material de cantina da merenda respeitando as necessidade das escolar. normas de escolas. higiene. 4 - Necessidade de Formação através Capacitar as Promoção de cursos, Na seqüência

59 formação continuada de cursos, merendeiras seminários e palestras. de cada ano dos profissionais seminários e através de letivo. envolvidos com a palestras, cursos, merenda escolar. proporcionando seminários e uma atualização palestras, aos profissionais visando a da área. melhoria da qualidade nos serviços prestados. 5 – Precariedade de A importância de Regulamentar o Aquisição de um No decorrer condições de regulamentar a depósito dos veículo adequado ao de 10 anos, transporte e área destinada ao gêneros transporte dos gêneros conforme a armazenamento dos armazenamento e alimentícios alimentícios e necessidade. gêneros alimentícios. transporte dos equipando-o de aquisição de armários, gêneros acordo com as freezer, refrigeradores alimentícios, Normas e para armazenamento prevenindo assim Resoluções dos mesmos, as DVAS vigentes para conforme necessidade ( Doenças prevenção das das escolas. veiculadas por DVAS alimentos). ( Doenças veiculadas por alimentos). 6 – Insuficiência de Maior distribuição Garantir o Aquisição de maior A partir da hortifrutigranjeiros nas de oferecimento de quantidade de vigência do escolas em relação ao hortifrutigranjeiros maior hortifrutigranjeiros, Plano, no número de alunos. nas escolas visto quantidade de incentivando também decorrer de que os nutrientes e frutas, verduras a implantação das cada ano vitaminas são de e legumes hortas escolares. letivo. importância vital visando uma para o alimentação desenvolvimento mais saudável e integral do aluno. nutritiva.

60

RECURSOS FINANCEIROS

DIAGNÓSTICO DIRETRIZES OBJETIVOS METAS PRAZOS

1 - Carência de Ampliação e Ampliar e adaptar Construção, Durante o espaço físico nas adaptação de espaços físicos das ampliação e reformas período de

Escolas Municipais. espaços físicos Escolas nas escolas, conforme vigência

das Escolas Municipais, necessidade. deste Plano.

Municipais. conforme

necessidade e

legislação vigente.

2 - Necessidade de Capacitação dos Qualificar os Promover cursos, Durante o formação continuada professores profissionais de seminários, palestras período de e qualificação através de cursos Educação da Rede e fóruns. vigência profissional. de formação de Ensino deste Plano.

continuada. Municipal.

3 - Carência de vagas Importância do Construir novas Construção de 2 Durante o para Educação atendimento à escolas para (duas) escolas de período de

Infantil. Educação atender a demanda Educação Infantil. vigência

Infantil. da Educação deste Plano.

Infantil.

4 - Manutenção e Condições Manter o Aquisição de Durante o estruturação das adequadas para fornecimento de materiais e período de

Escolas Municipais. um trabalho de materiais de equipamentos vigência

qualidade dos consumo e necessários ao deste Plano.

docentes, permanentes para funcionamento das

discentes e um melhor Escolas.

61 funcionários. desempenho do

processo ensino e aprendizagem.

5 - Estruturação do Melhoria da Estruturar plano de Garantir Direitos e Durante o

Plano de Carreira. qualidade Carreira, conforme Deveres inerentes aos período de

profissional. legislação. professores e vigência

profissionais da Rede deste Plano.

Municipal de Ensino,

conforme legislação.

6 - Necessidade de Atualização e Atualizar e Aquisição de Durante o informatização das capacitação no qualificar o equipamentos, período de

Escolas. que se refere às processo de ensino programas e vigência

tecnologias da e aprendizagem. contratação de deste Plano.

informação. profissionais

necessários ao

desenvolvimento dos

trabalhos.

7 - Necessidade de Garantia aos Transportar os Transportar alunos Durante o

Transporte Escolar. alunos de acesso alunos conforme legislação. período de

e permanência na assegurando vigência

Escola. qualidade e deste Plano.

responsabilidade

no transporte.

8 - Necessidade de Garantia de Dar continuidade à Manter a distribuição Durante o manter e distribuição de distribuição de de merenda escolar, período de implementar a merenda escolar. merenda escolar. conforme legislação vigência distribuição de vigente. deste Plano.

62 merenda.

9 - Manutenção e Atualização e Atender os alunos Ampliar o Durante o ampliação do capacitação dos com necessidades atendimento e buscar período de atendimento a alunos profissionais da educativas atualização. vigência com necessidades educação, especiais. deste Plano. educativas especiais. buscando

recursos que garantam esse

atendimento.

10 - Realização de Condições de um Garantir o Manutenção dos Durante o atividades qualificado funcionamento dos recursos físicos, período de necessárias ao funcionamento Sistema de Ensino, materiais e humanos vigência funcionamento do das Escolas. conforme necessários. deste Plano.

Sistema de Ensino. legislação.

11 - Necessidade de Lotação Manter escolas Contratação de Conforme a professores e/ou necessária ao com os recursos profissionais da necessidade funcionários de funcionamento humanos Educação e/ou escola. das escolas. necessários para o funcionários,

adequado conforme a

funcionamento. necessidade.

12 - Necessidade de Repasse de Garantir a Realizar repasses às Anualmente recursos financeiros auxílio às autonomia das Escolas Municipais. de acordo

63 nas escolas instituições instituições de com a lei municipais. escolares para a Ensino, conforme específica.

administração de legislação vigente.

algumas

despesas.

ENSINO SUPERIOR

Embora o Ensino Superior não seja atribuição do Sistema Municipal de Ensino, tem-se a consciência da importância do mesmo como fator de desenvolvimento da qualidade de vida da sociedade. Neste sentido, a Municipalidade, juntamente com o Conselho Municipal de

Educação e Legislativo Municipal e com apoio dos meios de comunicação do Município, vem se empenhando em oferecer oportunidades de estudos e aperfeiçoamento através de convênios com Instituições de Ensino e projetos para o oferecimento de Cursos Superiores a distância.

Restinga Sêca conta atualmente com 02 (dois) Cursos Superiores presenciais, através de convênios com Instituição Privada de Ensino – UNIFRA/SM: Ciências Contábeis e

Administração de Empresas, além de Cursos oferecidos para cumprir o Artigo 87 da LDB.

Em 2006, a Secretaria Municipal de Educação encaminhou ao Mec o Projeto para o município ser Pólo da Universidade Aberta do Brasil – UAB. O Projeto foi aprovado e hoje encontra-se em fase de implantação.

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O Plano Municipal de Educação, segundo Monlevade em seu livro “Fazer para

Acontecer” (2002, p.201), “ é um documento de estratégias de políticas de educação que incluem, intrinsecamente, a intenção de avaliação constante à luz dos ditames da Constituição

Federal, da Lei Orgânica do Município e da LDB, e das metas do PNE, do PEE e do PME”.

Portanto, sendo o mesmo elaborado pela comunidade escolar e municipal à luz da realidade e

64 dos documentos acima citados, cabe também a mesma avaliá-la, sob coordenação e responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação e Conselho Municipal de Educação.

Nesse sentido, cabe aos mesmos planejar e operacionalizar a avaliação do presente plano.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

- Enciclopédia dos Municípios – Quarta Colônia de Imigração Italiana, Volume I,

Temppo Produções Editoriais e Jornalísticas Ltda, 2000.

- Oliveira, Lacy Cabral. Origem e História Política-administrativa do Município, 2001.

- I Plano Municipal de Educação Plurianual – 1991 a 1993.

- III Plano Municipal de Educação Plurianual – 1997 a 2000.

- Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1996.

65 - Dutra, Cláudio E. G. Guia de Referencia da LDB/96 com atualização. São Paulo:

Avercamp, 2003.

66