PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

Índice

I – ENQUADRAMENTO ...... 4 II – PLANO DE ATIVIDADES E AÇÕES ...... 6 1. ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA ...... 6 1.1 Desconcentração Municipal ...... 6 2. PATRIMÓNIO ...... 7 2.1 Património ...... 8 3. RECURSOS HUMANOS ...... 9 3.1 Recursos humanos ...... 10 4. EDUCAÇÃO ...... 11 4.1 Jardins-de-Infância ...... 11 4.2 Educação ...... 12 5. JUVENTUDE ...... 12 5.1 Juventude ...... 13 6. EQUIDADE DE GÉNERO E CIDADANIA ...... 14 6.1 Equidade de Género e Cidadania ...... 14 7. CULTURA ...... 15 7.1 Carnaval ...... 17 7.2 Festival da Baía das Gatas ...... 17 7.3 Cultura ...... 18 8. DESPORTO ...... 19 8.1 Escola de Futebol ...... 20 8.2 Futebol nos Bairros ...... 20 8.3 Atletismo ...... 21 8.4 Desportos Náuticos ...... 22 8.5 Desportos Radicais ...... 22 8.6 Desporto ...... 23 9. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ...... 23 9.1 Informação / Comunicação ...... 25 10. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E GEMINAÇÃO ...... 25 10.1 Relações Institucionais e Geminação ...... 26 11. PLANEAMENTO TERRITORIAL ...... 26 11.1 Urbanismo ...... 28

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11.2 Requalificação dos Bairros Novos ...... 29 11.3 Planeamento Territorial ...... 30 11.4 Acessibilidades ...... 30 12. TRÂNSITO ...... 32 12.1Trânsito ...... 32 13. AMBIENTE, SANEAMENTO, ENERGIAS E ESPAÇOS VERDE ...... 32 13.1 Qualidade Ambiental ...... 33 13.2 Ambiente, Saneamento, Energias e Espaços Verdes ...... 34 14. FISCALIZAÇÃO ...... 38 14.1 Fiscalização ...... 39 15. SOLIDARIEDADE, HABITAÇÃO, PROM. SOCIAL E FORMAÇÃO PROFISSIONAL ...... 40 15.1 Habitação Social ...... 41 15.2 Apoio à Educação...... 41 15.3 Formação Profissional ...... 42 15.4 Solidariedade e Promoção Social ...... 42 16. SAÚDE PÚBLICA...... 43 16.1 Saúde Pública ...... 44 17. PROTEÇÃO CIVIL ...... 44 17.1 Bombeiros Municipais ...... 45 17.2 Bombeiros Municipais ...... 45 18. ATIVIDADES ECONÓMICAS ...... 46 18.1 Indústria ...... 47 18.2 Agronegócios e Agroindústria...... 47 18.3 Atividades Económicas ...... 48 19. DEFESA DO CONSUMIDOR...... 48 19.1 Defesa do Consumidor ...... 49 20. TURISMO ...... 49 20.1 Turismo Urbano ...... 50 20.2 Turismo de Cruzeiros ...... 50 20.3 Turismo de Negócios/Congressos ...... 51 21. EMPREENDEDORISMO ...... 51 21.1 Empreendedorismo ...... 52 22. COMUNIDADES, EMIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO ...... 52

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III. ORÇAMENTO Nota justificativa ------54 Relatório ------58 Articulado de Deliberações ------61

Mapas Orçamentais Mapa I- Receitas Correntes e de Capital ------69 Mapa II – Despesas de Funcionamento e de Investimento segundo uma classificação económica ------74 Mapa III- Despesas de Funcionamento e de Investimento segundo uma classificação funcional------78 Mapa VII – Orçamento Consolidado das receitas correntes de capital e das despesas de funcionamento ------80 Mapa VIII – Orçamento Consolidado das receitas correntes de capital e das despesas de funcionamento e dos Serviços Autónomos municipais -- 81 Mapa IX – Orçamento Consolidado das despesas do Município e dos Serviços Autónomos Municipais ------82 Mapa X - Programa de Investimentos Públicos Municipais ------83 Mapa XI – Resumo das operações fiscais do Municipais ------85 Mapa Resumo da Dívida Pública Municipal ------87 Anexo 31 ------88 Anexo 32 ------90 Mapa de Ativos e Passivos ------93

Anexos Informativos- Receitas: Mapa Resumo das Receitas e das Despesas ------95 Mapa Comparativo das Receitas ------96 Gráfico Comparativo das Receitas ------97 Mapa de Previsão das Receitas ------98 Mapa Evolutivo do Orçamento ------101 Gráfico Evolutivo do Orçamento ------102

Anexos Informativos- Despesas: Mapa de Evolução das Despesas ------103 Mapa Comparativo das Despesas ------119 Gráfico Comparativo das Despesas ------120 Mapa Resumo das Despesas com o Pessoal ------121 Anexo e Informativos – Lista nominal de pessoal ------122 Programa - Outros Investimento ------143

Fichas de Projetos

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I – ENQUADRAMENTO

“O municipalismo é a fase dourada da democracia”

As crescentes expetativas dos utentes em relação aos serviços públicos exigem que a necessidade da mudança e de desenvolvimento, aliada aos princípios da melhoria contínua, não seja mais uma preocupação exclusiva do sector privado. Contudo, a solução não passa por transformar as organizações públicas em organizações semelhantes às organizações privadas. Não podemos correr o risco da qualidade nos serviços públicos consistir num transplante do mundo dos negócios, pois nem sempre os transplantes são bem-sucedidos, podendo ser rejeitados.

Consequentemente, há que conceber um outro modelo de gestão da Administração que constitua um “terceira via” entre o modelo burocrático e o modelo gestionário. Trata-se de adotar um modelo de gestão que trate as questões da eficiência e da eficácia, mas também a legalidade, a igualdade, a proporcionalidade e a legitimidade. Crucial é que, independentemente do modelo adotado, se substitua a lógica centrada no cumprimento estrito de procedimentos por uma lógica centrada no cidadão/munícipe, de modo a que seja possível por em prática uma Administração recetiva à cidadania.

É nesse contexto, que a Câmara Municipal de S. Vicente no quadro de uma visão integradora dos serviços municipais tem vindo a desenvolver soluções sustentadas numa abordagem centralizada no cidadão/munícipe, apresentando o “atendimento” e a “gestão de processos” como pilares fundamentais da sua estrutura, não descurando a vertente financeira que terá os seus índices melhorados como consequência natural da melhoria de processos, que se quer contínua. Por conseguinte, as soluções já concebidas e as outras em fase de desenvolvimento serão sempre com objetivo de facilitar a relação entre os munícipes e a autarquia através da desburocratização e de um melhor acesso à informação.

Naturalmente, essas mudanças organizacionais aliada a segurança jurídica das transações terão um forte impacto no índice de confiança dos investidores, constituindo um fator diferenciado de atracão de investimentos para a economia da ilha de S. Vicente.

Outrossim, a criação de condições institucionais para a promoção e atracão de investimentos nos ramos da imobiliária e do turismo; a realização e o potenciamento de atividades culturais em parceria com os privados para a promoção internacional de como uma cidade de eventos visando a atração de turistas e visitantes ao Município e valorização dos recursos culturais, patrimoniais, ambientais e gastronómicos; incentivos a economia do mar; o fortalecimento da infraestrutura ambiental na promoção de uma cultura de qualidade ambiental; o ordenamento, planeamento e gestão do território como fator de dinamização do tecido urbano e da vida das comunidades e a formação profissional dos jovens, constituem prioridades para esta Câmara. Ao longo do presente Plano de Atividades estão plasmadas várias ações e iniciativas, que materializadas contribuirão de forma decisiva no crescimento e desenvolvimento económico de S. Vicente, no combate a exclusão social e a alta taxa de desemprego.

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No plano social, desportivo, da educação, do emprego e da formação profissional, a Câmara Municipal de S. Vicente reforçará a sua matriz “humana” e “solidária” e continuará a empreender ações de apoio social, de que destacamos a realização de programas de formação para jovens desempregados à procura do primeiro emprego; o apoio escolar a crianças e jovens em risco e as suas famílias; a formação de jovens universitários; a promoção do desporto e a ocupação dos tempos livres dos jovens; a reabilitação de moradias degradadas com o reforço do programa “Esdób Compô Bô Casa”; a construção de habitações sociais para combater o déficit habitacional na ilha e, de entre outros, o desenvolvimento de projetos de prevenção da toxicodependências e de acolhimento de doentes mentais.

Historicamente, em Cabo Verde, S. Vicente sempre se destacou por ser o palco das mudanças políticas, económicas e sociais, assumindo um papel preponderante no desencadear de ações assentes nos valores da liberdade e da democracia, que provocaram profundas mudanças na organização da nossa sociedade. Assim, mais uma vez, S. Vicente coloca-se na primeira linha para dar a sua contribuição no combate nacional ao centralismo político-administrativo, inegavelmente, um fator de desenvolvimento assimétrico do território nacional.

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II – PLANO DE ATIVIDADES E AÇÕES

1. ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA

Os serviços camarários estão ao serviço dos munícipes como parte do poder local democrático, ou seja, devem estar aptos a desempenhar as suas funções de forma eficiente, clara e transparente. Para conseguir tal aspiração todo o investimento feito nas novas tecnologias para melhor servir o munícipe constitui o centro e a razão de ser dos serviços autárquicos.

Assim, sendo a qualidade na prestação de serviços uma das bandeiras deste Município pretende-se no decorrer do ano de 2014 apostar no âmbito da Administração, Finanças e Informática, numa maior confiabilidade e credibilidade para que os seus utentes possam sentir-se mais próximos e satisfazer atempadamente as demandas dos Munícipes e das Entidades Públicas e Privadas, tendo como objetivo:

 Adequar os serviços municipais às novas realidades, privilegiando o contato com o cidadão, com as empresas locais e facilitar o acesso à informação autárquica;  Melhorar o Gabinete de Atendimento ao Munícipe e maximizar a eficiência e a eficácia dos serviços;  Racionalizar custos de funcionamento e efetuar auditorias internas e externa periódicas, com vista a credibilizar a gestão do Município;  Criar condições para a construção de um edifício inteligente e funcional para albergar todos os serviços técnicos da Câmara, pensando na concentração e otimização dos mesmos, sem prejuízo para as medidas de desconcentração necessárias;  Implementar o orçamento participativo municipal como mecanismo de democracia participativa e de transparência na tomada de decisões que influem na vida das comunidades;  Investir na desmaterialização dos processos técnicos e administrativos, criando condições para a digitalização dos processos existentes;  Implementar o sistema de pagamento no balcão de atendimento (front-office único);  Implementar o módulo de Gestão Predial com base no sistema de informação geográfico e adotar o sistema do processo de pedido de terreno até a sua atribuição;  Incrementar o sistema de emissão de escritura, certidões e plantas de localização no ato de pagamento do terreno;  Integrar o portal “Porton di Nos Ilha”, permitindo o utente seguir os seus processos, fazer pedidos e pagamentos on-line;  Melhorar a gestão do Cemitério Municipal.

1.1 Desconcentração Municipal

Para melhor servir o munícipe é importante desconcentrar alguns dos serviços do Município com ligação direta aos cidadãos que vivem na periferia da cidade e nos povoados. O objetivo é maximizar e otimizar o atendimento ao munícipe em vários pontos da cidade e da ilha, com alguma densidade populacional, para evitar perda de tempo e, assim, dar corpo a uma verdadeira Câmara cidadã.

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Organização nos Bairros e Povoados:

Em cada Bairro ou Povoado será organizado uma representação da Câmara Municipal, singular ou colegial, que terá como função:

 Velar pela satisfação das necessidades dos munícipes;  Gerir os interesses municipais;  Colaborar com a Fiscalização da Câmara.

2. PATRIMÓNIO

S. Vicente é uma ilha apelativa, a começar pela morabeza da população mas também pelas suas características físicas e, ainda, pelo seu património cultural que inclui naturalmente o edificado. Não se pode falar do património de S. Vicente sem se referir ao omnipresente , também não se pode ignorar o parque natural de e muito menos esquecer a sua arquitetura de origem colonial portuguesa, assim como daquela que espelha a presença inglesa entre nós. Por tudo isto consideramos que o património de S. Vicente constitui um dos principais ativos da nossa ilha como destino turístico.

No domínio da gestão patrimonial torna-se axial, mormente, face as restrições financeiras atuais, identificar e definir prioridades de intervenção de acordo com as solicitações dos diversos serviços municipais. Em 2014, dar-se-á continuidade a manutenção e valorização dos equipamentos e infraestruturas municipais para além da requalificação de espaços existentes com projetos inovadores, indutores de vivência urbana e atração turística. Outrossim, continuaremos a valorizar o nosso património edificado para que a nossa cidade consiga, cada vez mais, espelhar aos munícipes e visitantes que procuram um ambiente harmonioso, saudável e atrativo.

No capítulo do Património Construído pretende-se:

 Atualizar o inventário do património construído do Mindelo e fazer o seu alargamento ao resto da ilha;  Rever e aprovar o Plano de Salvaguarda da Cidade;  Promover a elaboração de leis municipais voltadas para a defesa e valorização do património;  Estudar incentivos a atribuir aos proprietários de edifícios classificados;  Criar um prémio anual para a salvaguarda do património;  Disponibilizar bolsas de estudo no domínio do património;  Apoiar, em associação com as universidades, o desenvolvimento de teses sobre a realidade histórico-cultural da ilha;  Requalificar a cidade, procedendo “pedonalização” de algumas ruas com o objetivo de as animar como espaços de alto interesse cultural e comercial, enriquecido com espetáculos de rua, designadamente, teatro e música com foco em mornas e coladeiras, desenho e pintura e venda de artesanato.

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2.1 Património

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 MELHORAMENTO CONTINUO DOS SERVIÇOS 2 AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS: X X X X Oficina Mecânica Municipal: Máquinas, X X X X 15000 ferramentas, peças e acessórios, para stock 3 BOMBEIROS MUNICIPAIS: X X Equipamentos de proteção Individual 1000 Equipamentos de combate a incêndios 1000 Equipamentos do serviço de ambulância 500 4 CULTURA: Biblioteca Municipal: Aquisição de 500 Equipamentos e Livros Escola de Música Municipal: Aquisição 500 de Equipamentos. 5 DESPORTO: Aquisição de equipamentos para o novo 2000 Parque de Manutenção Física 6 REQUALIFICAÇÃO E CONSERVAÇÃO 5000 DE EDIFÍCIOS: Edifício da Câmara (GTO) Assembleia Municipal Biblioteca Municipal Academia de Música “Jotamont” Escola de Música Mercado Central Mercado da Ribeirinha Ampliação do Mercado de Verduras

(Praça Estrela) Jardins Infantis

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Centros Social de Lameirão, Madeiral,

Calhau e Norte de Baía 7 MANUTENÇÕES DIVERSAS X X X X 5000

Manutenção de Monumentos na Cidade Praça Dr. Aurélio Gonçalves

Praça Dr. Baltazar Lopes da Silva

Praça Dr. Regala

Requalificação da Praça Dom Luís

Cemitérios Municipais

Sentinas e fontenários

Habitações Sociais

Quartel de Bombeiros

Estádio Municipal Adérito Sena

8 ARQUIVO TÉCNICO E HISTÓRICO x x

Continuação da desmaterialização do 750 Arquivo Técnico Organização do Arquivo Histórico 250

3. RECURSOS HUMANOS

As autarquias locais desempenham um papel fundamental na Administração Pública Cabo- verdiana, dada a autonomia na formulação e implementação de políticas de desenvolvimento com impactos diretos nas populações residentes nos respetivos espaços territoriais. Apesar de contarem com um plano de atividades e orçamentos próprios, a nível da gestão de recursos humanos, estão condicionados pela legislação vigente na Administração Pública Cabo-verdiana, não sendo possível proporcionar as devidas melhorias salariais aos funcionários, sem que tal seja alvo de legislação a nível do Governo Central.

Igualmente, tendo em vista a implementação de um PCCS específico para os Municípios, a entrar em vigor a partir de Janeiro de 2014, os funcionários municipais terão melhorias salariais que poderão repercutir numa maior motivação a nível profissional. Assim, objetivando dar melhor motivação aos diversos funcionários, o Município continuará a apostar na formação profissional dos mesmos e na melhoria das condições de trabalho.

Propõe-se a realização das seguintes atividades:

1. Provimento de Pessoal; Recrutamento e Seleção de Pessoal; Recrutamento Externo e Interno; Evolução e Desenvolvimento na Carreira -Progressão de Funcionários e Agentes Reclassificação / Reconversão Profissional; 2. Formação, Seminários e Workshops;

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3. Aposentação de Pessoal; 4. Encargos com a Saúde; 5. Fardamento; 6. Diversos.

3.1 Recursos humanos

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 PROVIMENTO DE PESSOAL: x Recrutamento e Seleção de Pessoal Recrutamento Externo 1 Técnico Superior (Arquitetura) 1 Técnico Superior (Turismo) 2 Bombeiros Municipais 1 Topógrafo Recrutamento Interno x 1 Operário semiqualificado 1 Fiel de Armazém Reclassificação / Reconversão x Profissional 1 Operário Semiqualificado (manobrador) 2 FORMAÇÃO, SEMINÁRIOS E x x x x WORKSHOPS Ações de formação para o pessoal deste Município 3 APOSENTAÇÃO DE PESSOAL x x x x Instrução de processos de aposentação aos funcionários e agentes afetos aos diversos serviços municipais 4 ENCARGOS COM A SAÚDE x x Inspeção médica ao pessoal da Corporação dos Bombeiros Municipais e aos Nadadores Salvadores Despiste Sanitário ao pessoal afeto à Direção de Serviços de Ambiente, Abastecimento e Equipamento 5 FARDAMENTO x x 1000

Fardamento do pessoal afeto aos diversos

serviços municipais

6 DIVERSOS x Processo de reorganização do arquivo municipal Criação da figura do Delegado Municipal em cada zona (Bairro) Criação da figura de Fiscal Ambiental com definição do perfil de competências

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4. EDUCAÇÃO

A educação dos filhos desde sempre ocupou o centro das preocupações do sanvicentino. O Município reconhece a necessidade de investir fortemente na educação, consciente de que a valorização dos recursos humanos é a base de desenvolvimento de S. Vicente e do país no seu todo. Temos a consciência dos limitados recursos disponíveis, restrição que aconselha a que se potencializem as sinergias com vista a aumentar a dinâmica e a eficácia a nível da educação.

Com esta visão a Câmara adotará as seguintes medidas:

 Estabelecer diálogo com as escolas com vista a evitar a exclusão dos alunos com problemas de insucesso escolar, reintegrando-os, designadamente, nas escolas de formação profissional;  Continuar a apoiar os alunos mais carenciados com livros, uniformes, pagamento de propinas e pagamento do transporte aos estudantes das zonas rurais;  Distinguir os melhores alunos da ilha com prémios simbólicos, em cerimónia especial;  Implementar a biblioteca móvel nas zonas rurais;  Incrementar o diálogo institucional entre a Câmara, escolas públicas e privadas;  Apoiar as escolas que promovam a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais;  Colaborar no combate ao insucesso escolar através de ações interinstitucionais;  Intervir nas obras de beneficiação geral das escolas mais degradadas e carenciadas, em articulação com o Governo;  Apoiar os estudantes universitários que estejam a desenvolver projetos de pesquisas de interesse para o município;  Procurar parceiros através de geminações que possam oferecer apoio aos nossos alunos, seja em matéria de vagas, subsídios, alojamento, alimentação, transporte, ou outro, para acesso à formação superior;  Estabelecer protocolos/parcerias com instituições de ensino públicas e privadas de forma a possibilitar o acesso ao ensino superior com menos custos para os alunos;  Conceder estágios, sempre que for possível, aos alunos na fase de conclusão da sua formação.

4.1 Jardins-de-Infância

A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.

A CMSV numa lógica de proximidade das zonas periféricas desta ilha, construiu quatro jardins-de-infância (Lazareto, , R.ª de vinha e S. Pedro) funcionando sob a sua responsabilidade. Estas zonas povoadas por pessoas extremamente carenciadas, vivendo de agricultura, pesca artesanal, criação de animais e outros ofícios, necessitam de todo o apoio da CMSV.

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Por isso a Câmara Municipal propõe:  Melhorar os jardins de gestão municipal em termos de equipamentos e materiais didáticos,  Procurar apoios para projetos de formação para as orientadoras de infância, visando ações de capacitação pedagógica,  Melhorias nos Parques Infantis.

4.2 Educação

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Apoio aos alunos mais carenciados com 4000 subsídios para transporte, propinas e material escolar 2 Distinção através de prémios simbólicos aos melhores alunos do ensino secundário 500 Comemoração do Dia Nacional dos 3 Professores 4 Melhoramento da rede dos jardins-de- 1000 infância 500 5 Assinatura de protocolo com a FICASE, x com objetivo de os jardins-de-infância 500 afetos a CMSV, serem contemplados com o fornecimento géneros e ou kit’s escolares 6 Assinatura de protocolos com instituições x X x

nacionais e estrangeiras

5. JUVENTUDE

A Câmara Municipal de São Vicente, através do pelouro de Juventude, propõe-se a realização de atividades no sentido de desenvolver competências pessoais e sociais que sem dúvida, será uma das soluções para prevenir, minimizar e eliminar situações de marginalidade, toxicodependência, assim como dar-lhes a possibilidade de se descobrirem novas apetências até agora não exploradas, estimulando desta forma a adoção de comportamentos saudáveis.

Proporcionar novas oportunidades e alternativas à ocupação dos tempos livres dos jovens de forma a contrariar o processo de socialização negativa e a facilitar a inserção social dos mesmos.

As propostas para a juventude são necessariamente abrangentes. Como medidas a implementar pretendemos:

 Fazer o levantamento da situação socioeconómica dos jovens de cada Bairro;

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 Elaborar com a participação das populações dos Bairros, projetos com objetivos bem traçados, metas e prazos, no sentido de ajudar os jovens a se inserirem na vida social e no mercado de trabalho;  Desenvolver programas direcionados a jovens envolvidos com a droga, prostituição e outros males que afetam a nossa juventude, em estreita colaboração com as famílias e outras instituições como a Delegacia de Saúde, igrejas, escolas, centros sociais e centros de formação profissional;  Criar oportunidades para que os jovens com talento artístico possam desenvolver as suas aptidões nas áreas de música, artesanato, pintura e teatro;  Atribuir aos jovens carenciados das localidades de Salamansa, São Pedro, Calhau, Ribeira de Vinha, Ribeira de Julião, Madeiral e todas as zonas rurais, subsídios de transporte para participarem em ações de formação;  Proporcionar aos jovens de todos os bairros sessões de informação profissional, auto estima, competências interpessoais e informação sobre o mercado de trabalho;  Apoiar as iniciativas locais geradoras de emprego e estudar as hipóteses para a criação de uma linha de micro crédito para os jovens que queiram abrir um pequeno negócio;  Organizar palestras periódicas dirigidas a jovens de todos os bairros, versando temas como as doenças sexualmente transmissíveis (DST), droga, delinquência, violência urbana, etc.;  Dinamizar torneios de várias modalidades desportivas, concurso de vozes, concurso entre pequenos grupos musicais, de teatro, artesanato, dança, de forma sistemática, com o objetivo de ocupar os jovens e estimular o seu desenvolvimento nessas áreas.  Comemorar o Dia Internacional da Luta Contra as Drogas, com a realização de um debate sobre as consequências das drogas com testemunhos na primeira pessoa e realizar uma feira de saúde com parceiros da área;  Realizar atividades comemorativas ao Dia Internacional da Juventude;  Executar formação em Associativismo, Liderança e Voluntariado;  Apoiar o combate às infeções sexualmente transmissíveis e o uso abusivo/excessivo do álcool durante o Festival Baía das Gatas e noutras atividades descentralizadas;  Fomentar a cultura através concursos que promovam a beleza das Mindelenses;  Desenvolver torneios que estimulem a prática do desporto pelos jovens;  Efetivar o Lazareto Games 2014;  Promover Jogos de Praia (Voleibol e Futebol de Praia).

5.1 Juventude

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Atividades do Conselho Municipal da x x x x

Juventude 2 Semana da Juventude X 500 500 3 Criação de parcerias com as ONG’s que x x 200 200 lidam com a temática juvenil 4 Fomento e divulgação dentro e fora do x x país das capacidades artísticas dos 500 Jovens

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5 Realização de mostras dos jovens x x artesãos (artesanato e gastronomia) 300 6 Apoio a ocupação dos tempos livres dos x x x x jovens e a promoção do voluntariado 500 jovem 7 Festival da Juventude x 1000

6. EQUIDADE DE GÉNERO E CIDADANIA

A temática de igualdade de género assume um caráter de transversalidade nos diversos domínios de intervenção social, exigindo medidas e ações específicas para colmatar as desigualdades e as assimetrias de género nos diversos domínios de atuação no Concelho.

A adoção do paradigma da igualdade de género pressupõe mudanças em padrões de comportamento, que não são passíveis num curto espaço de tempo e requerem o esforço conjugado da população, de atores sociais e instituições.

Para contribuir a esse propósito a CMSV propõe trabalhar com todas as instituições que lidam com a problemática da violência baseada no género.

Pretende-se desenvolver um conjunto de ações que visam facilitar a igualdade entre homens e mulheres. Para isso torna-se necessário:

 Promover ciclos de palestras nos Bairros e comunidades, versando temas como a violência doméstica, a mulher profissional, a vulnerabilidade da mulher frente as doenças sexualmente transmissíveis, os direitos da mulher, de entre outros;  Estabelecer parcerias com instituições sociais vocacionadas para a área social, no sentido de trabalhar grupos de mulheres vítimas de violência doméstica;  Apoiar iniciativas públicas e privadas que visam promover a equidade de género;  Implementação da Lei de VBG;  Reforço institucional;  Transversalidade da abordagem de género;  Educação e comunicação para mudança;  Promoção de oportunidades económicas.

6.1 Equidade de Género e Cidadania

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Apoio às mulheres chefe de família para X X X X desenvolvimento de atividades geradoras 500 500 de rendimento 2 Apoio ao Gabinete para atendimento às X X X X

vítimas de violência doméstica

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3 Criação de condições físicas de apoio às X X X X 500

vítimas de violência doméstica 4 Maior intercâmbio com as ONGS da X X X X promoção e da divulgação dos direitos humanos 5 Palestras sobre temas relacionados com a X X vida em sociedade (álcool, drogas, HIV sida, 200 prostituição e outros), população alvo estudantes e associações locais de jovens 6 Divulgação da lei especial Contra Violência X Baseada no Género 200 7 Promoção da Igualdade de Género em X X parcerias com outras ONG´s que lidam com 100 esta temática

7. CULTURA

Um dos grandes objetivos a alcançar no domínio da cultura, prende-se com a transformação da nossa cidade em “Mindelo Cidade de Eventos”. Os eventos culturais mindelenses de maior destaque são o Carnaval, o Festival Internacional de Música da Baía das Gatas, Festividades do Natal e do Fim do Ano (Corrida de S. Silvestre e Reveillon), Festival da Cidade, Março Mês do Teatro, Festas de Romaria (Santa Cruz, Santo António, São João, São Pedro), Festival Internacional de Teatro e o Fórum Nacional de Artesanato. Inscritos numa agenda anual e acrescidos de novos eventos, constituirão certamente uma alavanca e um suporte importante da economia local, movimentando e dinamizando a Ilha com a criação de novos empregos e outras oportunidades. Estes eventos culturais deverão ter uma qualidade capaz de atrair cada vez mais um maior número de visitantes à ilha, impulsionando o sector turístico, criando postos de trabalho, e dinamizando a ilha nos diferentes sectores interligados com o turismo.

A cultura deve ser vista como fator de desenvolvimento e de coesão social, existindo um conjunto de iniciativas que as autoridades competentes devem assumir para a realização dos objetivos pretendidos na área cultural.

A cultura continuará a ser prioridade, catalisadora da economia Mindelense com o reforço constante da qualidade diversificada dos eventos, ações e atividades desenvolvidas ao longo do ano.

A criatividade singular Mindelense valorizada nos seus diferentes aspetos marcará as ações do plano com a integração harmoniosa dos setores culturais que caracterizam a identidade cultural local. A Cultura continuará a reforçar a sua presença no Município como um impulsionador do tecido económico, mobilizando todas as vertentes da economia local em benefício da população.

O objetivo das ações propostas envolve a participação ativa do Município na promoção dos agentes culturais, com o envolvimento das capacidades públicas e privadas rumo ao reforço da consagração de Mindelo como Capital Cultural Cabo-verdiana.

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O reforço da qualidade dos eventos culturais mais marcantes e dinamizadores da agenda cultural e da economia local como o Carnaval, Festival da Baía das Gatas e Festas do Fim do Ano merecerá uma atenção cada vez mais acentuada tendo como meta o aumento mais significativo de visitantes ao Município e assim contribuir para a diminuição da taxa de desemprego e dinamização do tecido económico local a diversos níveis.

As intervenções e as iniciativas culturais do sector privado continuarão a ser acarinhados pela Autarquia, com a criação de condições essenciais à organização de eventos que contribuirão na diversificação e enriquecimento da agenda cultural da Ilha e na respetiva atração turística necessária ao desenvolvimento da Ilha.

A organização da XXX.ª Edição do Festival da Baía das Gatas terá um destaque na Agenda Cultural da Ilha promovendo e reforçando a atração de visitantes à Ilha.

O envolvimento e a criatividade Mindelense valorizada nas suas diferentes vertentes culturais e artísticas continuará a marcar a diferença positiva que carateriza a agenda cultural do Município.

Para o ano de 2014, recomendamos, de entre outras, a realização de ações que visam apoiar projetos de interesse cultural, eventos e comemorações de caráter cultural e debates e palestras sobre temas culturais realizados em S. Vicente.

Assim propõe-se implementar as seguintes medidas:

 Desenvolver um Plano Municipal de Cultura como instrumento essencial para uma gestão integrada de todos os projetos que concretizem a Política Cultural da ilha, em colaboração com a comunidade local e o Departamento Municipal da Cultura;  Definir um plano de Salvaguarda do Património Municipal;  Intensificar a política de parcerias para a conceção, promoção e implementação da oferta Cultural;  Reforçar as pontes entre a Câmara e as comunidades;  Dinamizar a realização de eventos regulares no âmbito da Cultura;  Apostar cada vez mais em eventos de prestígio para a ilha;  Promover um Festival Anual de Grupos Corais enquadrado na Agenda Cultural Anual Municipal;  Assinar protocolos com as associações artísticas, culturais e sociais e promotores da cultura;  Reforçar a cooperação com o Ministério da Cultura, Escolas e a Sociedade Civil, nos domínios da formação, programação, promoção e divulgação da nossa cultura;  Definir um plano de formação destinado aos agentes culturais, aumentando o nível de participação e qualidade da sua intervenção;  Apostar fortemente na defesa e divulgação de Mindelo como Capital Cultural, aumentando de forma sustentável e equilibrada o orçamento para a Cultura e as atividades no sector;  Aproveitar os prédios públicos ociosos para, desta forma, ampliar a oferta de espaços culturais e levar os munícipes e quem nos visita a participarem nas diversas atividades culturais que a ilha é capaz de oferecer, com muita qualidade;

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 Trabalhar em parceria com o Centro Nacional de Artesanato, com o objetivo de transformar o artesanato num produto fundamental da oferta cultural e turística cabo- verdiana, valorizando a nossa cultura tradicional;  Apostar na formação e sobretudo na economia criativa onde existem oportunidades inexploradas e com potencial para promover um expressivo nicho de mercado de emprego.

7.1 Carnaval

O carnaval mindelense representa um dos patrimónios cultural da maior importância para Cabo Verde.

O nível que esse evento atingiu torna obrigatório um novo olhar, capaz de conduzir a uma reestruturação inteligente evitando o esgotamento das suas virtualidades e o debilitar da energia e motivação dos seus principais atores. Nesta linha pretende-se:

 Conferir maior organização à sua preparação;  Desenvolver um projeto moderno com integração e profundo envolvimento de todos os intervenientes;  Intervir cada vez com mais determinação mantendo viva a memória cultural;  Promover a capacidade artística em diversas áreas, aproveitando a energia mobilizadora e a imaginação criadora dos mindelenses;  Fomentar o empreendedorismo, a iniciativa privada e a criação de empregos.  Conquistar a sustentabilidade do evento, através da Indústria do carnaval comportando a festa do carnaval, espetáculos ao longo do ano, visitas guiadas aos centros culturais, casa do carnaval, museu de carnaval, em colaboração com as agências de viagens e as instituições ligadas ao carnaval na divulgação da nossa cultura junto dos turistas que fazem escala na Baía do Porto Grande.  Formar jovens na área de percussão;  Reforçar o apoio logístico e financeiro aos grupos, fomentando uma boa articulação do departamento municipal da cultura e os responsáveis dos grupos incentivando-os a melhorar a organização interna, o desempenho e a qualidade do espetáculo, levando com que o interesse dos patrocinadores aumente perante essa nova atitude.  Como forma de preservar toda a história do carnaval torna-se urgente a criação dum museu. É necessário encontrar parceiros para formar pessoas na área da museologia.

7.2 Festival da Baía das Gatas

S. Vicente constitui, hoje, um grande destino turístico que entrou na rota do mundo graças a Cesária Évora, a nossa Diva de pés descalços, ao Adriano Gonçalves “Bana”, Manuel de Novas, Luís Morais, entre outros, que souberam encantar o mundo através das nossas mornas e coladeiras, muito delas escritas pelos nossos poetas, “B. Leza” e “Jotamont”.

Dos grandes objetivos no domínio da cultura, prende-se com a transformação da nossa cidade em “Mindelo Cidade de Eventos”. Um dos eventos culturais de maior destaque é o Festival Internacional de Música da Baía das Gatas. O Festival tornou-se um evento de

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grande dimensão que hoje exige muito profissionalismo em todas as vertentes e a Câmara Municipal tem vindo a pautar por estas exigências.

A partilha de sons e de culturas é nota dominante em concertos e momentos musicais, artistas conceituados a nível nacional e internacional.

A cada ano o Festival da Baía das Gatas comprova-se a pertinência do projeto com saltos qualitativos em termos de planeamento onde as melhorias introduzidas na organização, qualidade, imagem e produção do Festival, traduzem numa maior participação do público, não só na assistência dos concertos como também, na utilização de espaços e equipamentos disponibilizados aos festivaleiros que passam os 3 dias na Baía.

O Festival é mais que benigno à economia mindelense, estimando a injeção de milhões de escudos à economia da ilha avaliada pela alta taxa de ocupação do sistema hoteleiro, pela movimentação dos transportes públicos e privados, pela restauração, pelos emigrantes, turistas e visitantes, que fazem de S.Vicente o seu destino nessa época.

Importante papel desempenha a economia cultural no desenvolvimento da ilha do Monte Cara.

7.3 Cultura

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Comemoração do Dia do Município X 1000 2 Festa do Rei Momo – Carnaval X 10000 5000 3 Apoios a projetos de caráter cultural da X x x x 1000 Sociedade Civil 4 Mês do Teatro (Março) ou Apoio a Festa do X 300 Teatro. 5 Festas de Romaria – participação na realização x x 800 6 Atividades comemorativas do Dia da x 500 Independência Nacional 7 Realização do Festival da Baía das Gatas 2014 x 15000 15000 8 Comparticipação no Festival “” x 750 9 Debates, Encontros e Palestras sobre Temas X x x x culturais 10 Equipamentos para a Escola de Música X x x x 11 Apoio a Atividades Culturais nas zonas Rurais X x x x 1000 12 Subsídio de representação aos Grupos da Ilha X x x x 500 em atividades fora do Concelho 13 Reestruturação e Formação da Banda Municipal X x x x 500 14 Equipamentos e livros para a Biblioteca X x x x Municipal 15 Comemoração do Dia da Democracia (13 de X 500 Janeiro) 16 Comemoração do Dia dos Combatentes da X Liberdade da Pátria

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17 Apoio na realização do “Feastival Cavala Fresk” x 500 18 Festividades de Natal e Fim de Ano x 5000 19 Apoio ao funcionamento da Escola de Música X x x x 20 Organização e Promoção de Feiras de x 1000 Artesanato nas ruas com pavimentação artística 21 Apoio na organização do Fórum Nacional de x 1000 Artesanato – “FONARTES” 22 Realização de concurso de Vozes na Academia x “Jotamont” 23 Participação como co-requerente do projeto X x x x 700 “CRIE - Criando, Inovando e Empregando” submetido ao concurso da UE em parceria com A UCCLA, CMP e Atelier Mar, com a duração de 3 anos

8. DESPORTO

A atividade desportiva foi sempre mobilizadora de grandes massas no Município de São Vicente, e define-se pelo envolvimento de todas as camadas sociais na procura da manutenção física, da competição e do mérito por excelência. Esta caraterística do empenho Mindelense deve ser potenciada com o reforço das condições fundamentais necessárias a realização do objetivo comum.

A massificação da prática desportiva é a prioridade da política desportiva do pelouro do desporto com a continuidade do reforço, manutenção e criação de infraestruturas desportivas conjugada com o suporte necessário às associações desportivas de todas as modalidades de forma a terem as condições para realização dos diferentes campeonatos e competições e assim intensificar o espirito competitivo indispensável no alcance da excelência e do mérito.

A manutenção dos espaços desportivos Municipais continuará a merecer forte intervenção da gestão Camarária de forma que o Parque Desportivo seja cada vez maior e de melhor qualidade, visando sempre a massificação desportiva que pretendemos nas diversas modalidades desportivas praticadas na Ilha.

A formação e a qualificação dos quadros dirigentes desportivos devem acompanhar o desenvolvimento que se pretende no setor do Desporto de forma sustentável e duradora.

Às escolas de formação devem ser criadas as condições de trabalho alimentando todos os escalões necessários à prática desportiva sustentável.

Constitui um objetivo central levar a prática do desporto a todas as pessoas sem discriminação. O desporto é um direito do cidadão.

O Município está consciente que as atividades físicas e desportivas constituem um fator importante de promoção da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida dos cidadãos.

Nesta perspetiva propõe-se:

 Continuar a construir mais equipamentos desportivos;

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 Formar grandes desportistas para a alta competição;  Adequar permanentemente as políticas desportivas locais àquilo que são as necessidades e expectativas dos cidadãos bem como às mutações que se estão a verificar no âmbito das modalidades desportivas e nas formas de as organizar e praticar;  Apoiar e colaborar com os clubes, as coletividades desportivas e as entidades vocacionadas para garantir o exercício desse direito;  Projetar “o complexo desportivo municipal” como um espaço de polivalência desportiva capaz de albergar todos os equipamentos desportivos com serviços de apoio de restauração, hotelaria, enfermaria, de entre outros. Um espaço de lazer que transpira saúde;  Promover o arrelvamento de campos pelados da Ilha, como forma de apoiar a juventude na modalidade de futebol, valorizando o desporto.

8.1 Escola de Futebol

A escola de futebol visa principalmente, a formação dos jovens no âmbito pedagógico e a fomentação do espírito de equipa, em detrimento do espírito competitivo, normalmente estimulado nos clubes desportivos. A escola de futebol proporciona uma ocupação ativa e saudável dos jovens nos seus tempos livres, de forma a criar hábitos de prática de atividades desportivas, evitando assim o desvio, o sedentarismo e o isolamento provocado pelos computadores, pela televisão e a desocupação no dia-a-dia dos jovens. A formação dos jovens por parte das escolas de futebol, pode representar um aspeto decisivo para o sucesso dos mesmos quer no plano desportivo, social e/ou financeiro.

O fenómeno desportivo, e nomeadamente, o mundo do futebol, estão a tornar-se cada vez mais num mercado de trabalho e negócio, onde a formação de base do atleta é determinante para a entrada nesse mundo. Não só com esta visão, mas também, cabe ao Município, dentro do seu papel facilitador, criar as infraestruturas desportivas (campos de futebol relvado em todos os bairros) que deem vazão e satisfação às necessidades da ilha, assim como também delinear políticas orientadoras e criar programas de apoio financeiro que possibilitem o sustento as escolas de futebol.

Com alguma sustentabilidade, as infraestruturas desportivas Municipais, deverão ser localizadas nos bairros e zonas onde for possível às suas construções, e os apoios deverão abranger todas as escolas de futebol. Para além das políticas, dos campos de futebol, e dos subsídios financeiros atribuídos, que deverão dar sustento a todo esse programa de formação, uma infraestrutura fundamental no desenvolvimento do futebol e na persecução de bons resultados é, sem margem para dúvidas, a edificação do centro de estágio desportivo.

O centro de estágio desportivo, pelas suas características e funções, trará não só uma mais- valia às escolas de formação futebolística nos seus diferentes escalões, como também será mais um espaço que virá dinamizar e potencializar a realização de eventos e intercâmbios nacionais e internacionais na área desportiva e principalmente no mundo do futebol.

8.2 Futebol nos Bairros

A prática desportiva nos bairros, na modalidade de futebol, tem demonstrado cada vez mais ser, não apenas uma auxiliar na descoberta de novos talentos, mas também um fator

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dissipador dos conflitos existentes entre grupos do mesmo bairro ou grupos rivais, criando sãs convivências entre eles.

Enquanto unidade base do associativismo, os clubes de futebol do bairro, continuam a ser os responsáveis, e uma das vias de acesso à prática do futebol, assim como pela sã convivência entre diferentes grupos de cidadãos. Mais do que a construção e melhoramento dos campos de futebol já existentes nos bairros, a política de desenvolvimento do futebol nos bairros, terá de continuar a ser baseada no incremento do associativismo, da formação e por uma imprescindível identificação e tipificação das potencialidades e necessidades expressas dos bairros, assim como, dos vários grupos moradores nestes.

8.3 Atletismo

À semelhança de outras latitudes, o atletismo afigura-se como uma das modalidades menos praticadas em São Vicente mercê da carência de infraestruturas físicas, apoios e incentivos à sua prática, tanto no meio escolar como nos clubes e nas comunidades, mas também da posição menos destacada que ocupa na hierarquia da classificação cultural e social dos desportos, na qual, o futebol assume maior relevância.

O interesse pela prática de uma determinada modalidade está, por isso, intimamente ligado ao grau de popularidade que ostenta, facto determinante na assunção de atitudes e preferências da camada juvenil nas sociedades atuais, onde a prática desportiva assume elevada representatividade social.

A baixa popularidade do atletismo em São Vicente tem sido fator de bloqueio à sua massificação. A sua presença no calendário anual das atividades praticadas na ilha resume- se, praticamente, à realização de provas pontuais do escalão sénior, nomeadamente, corrida de São Silvestre, descurando-se, deste modo, a formação e as competições juvenis, vertentes fundamentais para o desenvolvimento de qualquer modalidade desportiva.

É, pois, intento da CMSV:

 Apostar na promoção planificada da modalidade, a vários níveis, em estreita parceria com as escolas, professores de educação física, Associação Regional de Atletismo, Clubes federados e de Bairro;  Aumentar o número de praticantes com incidência nas idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos;  Estimular a criação de equipas de iniciados e juvenis, apoiando os talentos emergentes nas várias modalidades desportivas;  Apoiar na formação e qualificação de treinadores, dirigentes e árbitros;  Criar condições para apoiar a planificação anual das atividades da Associação Regional no domínio da formação permanente dos seus quadros mas também na realização de um calendário de provas em todas as categorias, com garantias de continuidade;  Criar condições para a construção de uma pista de atletismo.

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8.4 Desportos Náuticos

A ilha de S. Vicente para além de ter uma das baías mais belas do mundo, com um espelho de água excelente, propício para a prática de desportos náuticos, também tem um conjunto de praias e enseadas que circundam a ilha e que a torna atrativa para o desenvolvimento de quase todos os desportos náuticos. Há um potencial económico a explorar nesse domínio. Sendo o turismo um dos eixos de desenvolvimento económico da ilha, o desporto náutico cada vez mais deve ser visto como fator estimulante na perspetiva dos interfaces que estabelece com o mercado dos lazeres e do turismo.

Caberá a Câmara Municipal, um papel muito importante como promotor das atividades náuticas, com o devido enquadramento ambiental, assim como também ser um elo mais forte, nas parcerias público privadas, potencializando todas as suas valências na atracão e desenvolvimento de programas de promoção dos desportos náuticos na ilha, nomeadamente:

 Pesca desportiva;  Vela nas suas diferentes categorias;  Sky Aquático;  Mergulho;  Jet Sky.

8.5 Desportos Radicais

As características naturais da Ilha de S. Vicente vão plenamente de encontro às exigências da prática de desportos radicais. S. Vicente, ilha de ventos constante dos quadrantes de NE, com praias com arrebentamento e planos de água perfeitos, montanhas lindas, fazem com que esta se torne não só num potencial, como num palco ideal que permite uma aposta seria na implementação e no desenvolvimento de desportos radicais, tais como:

 Surf;  Kit-Surf;  Body-Board;  Wind Surf;  Biking.

Os desportos radicais vêm cada vez mais transformando-se numa oferta turística para a classe média alta com poder de compra, e com um alto mediatismo a nível internacional.

Com todas essas potencialidades e tendo a natureza como parceira, pretende, em regime de parcerias público-privadas o seguinte:

 Promover a divulgação das modalidades e contribuir para a organização de grandes eventos internacionais;  Melhorar os acessos aos locais de prática de desportos radicais.

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8.6 Desporto

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Definição das modalidades mais correntes x x x x 2 Promoção e desenvolvimento de ações de x x x x 200 formação a nível dos protocolos com Câmaras geminadas 3 Dinamização do Conselho Desportivo Municipal x x x x 4 Apoio e incentivo às Escolas de Desporto x x x x 2000 5 Promoção do desporto junto dos deficientes e x x x x 300 toxicodependentes 6 Apoio às Associações Desportivas x x x x 5710 7 Promoção e dinamização dos desportos radicais x x x x 500 8 Acompanhamento dos protocolos de gestão dos x x x x recintos desportivos municipais 9 Apoio na realização da Taça S. Vicente 300 10 Promoção das Ginásticas de Manutenção x x x x 300 11 Promoção do “Lazareto Games”, no Parque x Desportivo Municipal de Lazareto 12 Realização da Gala dos Campeões x 800 13 Iluminação artificial dos Campos Relvados de x x x x 10000 Bela Vista e Campo de Bitim (Monte Sossego) 14 Manutenção do Estádio Adérito Sena x x x x 1000 15 Subsídios de representação a Clubes e Grupos x x x x 800 Desportivos em deslocações ao exterior 16 Arrelvamento e inauguração do Campo da x x 15000 Ribeira de Craquinha 17 Beneficiação da Pista de Manutenção Física da x 2000 Rotchinha 18 Comemoração do Dia do Desporto Cabo- x verdiano 19 Corrida de S. Silvestre (atletismo e ciclismo) x 1000 20 Acompanhamento da gestão do Estádio Adérito x x x x Sena 21 Manutenção dos relvados sintéticos x x x x 1500 22 Aquisição de equipamentos para um novo x 1000 parque de manutenção física 24 Campo de Futebol da Ribeirinha x x x x

9. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A comunicação e informação cumpre um papel importante ao contribuir com a informação correta, plural e democrática para que o cidadão possa refletir sobre o mundo que o cerca e assim exercer a cidadania. O cenário de convergência tecnológica pode contribuir para que as

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pessoas participem de forma ativa da vida do país, propiciando canais de interatividade para estimular a cidadania inclusiva, participativa e digital.

O cidadão, no seu relacionamento com a estrutura pública, deve possuir informação consistente, rápida e adaptada às suas necessidades. Ele precisa saber quando pagar impostos, como discutir as políticas públicas, conhecer as mudanças na legislação, como usufruir de seus direitos e expressar sua opinião. Ele precisa ser atendido, orientado, ter possibilidade de falar e saber que prestam atenção ao que diz.

Gerar comunicação de qualidade é mais do que aumentar a quantidade e potência das mensagens. Implica criar uma cultura de comunicação que perpasse todos os setores envolvidos com o interesse público, o compromisso do diálogo em suas diferentes formas e de considerar a perspetiva do outro na busca de consensos possíveis e de avançar na consolidação da democracia.

A área da comunicação interna deve assumir um perfil estratégico num reforço de maior integração e colaboração com os diversos setores, passando de mera provedora de informações para o papel de coordenadora e disseminadora de conteúdos.

No plano da comunicação externa deve-se estabelecer um elo de comunicação com o meio envolvente atingindo outros públicos, nomeadamente, os órgãos de comunicação social, poderes públicos, comunidades, empresas, associações desportivas e culturais, estabelecimentos e de ensino, promovendo a aproximação e o diálogo com os munícipes visando a melhoria dos serviços prestados e a manutenção e solidificação da imagem institucional da autarquia.

O estado atual de desenvolvimento das novas tecnologias permite tratar as informações em tempo útil e indispensável aos Munícipes permitindo conhecer os serviços e as atividades desenvolvidas, darem as suas contribuições a diversos níveis melhorando o desempenho do executivo e dos serviços municipais.

Os canais de comunicação da Autarquia como a revista “Soncent”, o Site Municipal, os desdobráveis informativos, a rádio, a televisão, os serviços de Front Office modernizados com as novas tecnologias existentes merecerão sempre atenção especial redobrada do Executivo e dos Serviços Municipais com o intuito de satisfazer os utentes e melhorar a qualidade no atendimento e reforçar a ação Municipal nos diferentes serviços.

Propõe-se a realização das seguintes atividades:

 Continuidade da publicação da Revista “Soncent”;  Inserção de publicidade: rádio, televisão, outdoors, mupis, jornais dísticos e desdobráveis;  Produção de material informativo: (desdobráveis e brochuras);  Produção de souvenirs e produtos de marketing;  Continuar a melhorar a componente interativa e a funcionalidade dos Sites da Câmara e do Festival da Baía;  Criação do Site do Carnaval do Mindelo;  Revista turística de S. Vicente.

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9.1 Informação / Comunicação

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Produção da revista municipal “Soncent” informando os Munícipes das atividades desenvolvidas. x x x x 800 2 Organizar e disponibilizar aos munícipes informações concernentes ao funcionamento dos Serviços da Câmara. x x x x 4 Continuar a melhorar a componente interativa e a funcionalidade dos sites do Município e do Festival da Baía. x x 5 Disponibilizar aos cidadãos informações que visam reforçar a cidadania e participação ativa na vida da ilha. x x x x 6 Inserção de publicidade: (outdoors, mupis, rádio televisão, publicidade móvel) x x x x 7 Produção de produtos de marketing e souvenirs x x x x 300 8 Criação do site do Carnaval do Mindelo x 9 Programa radiofónico “Nôs Cidadania, Nôs Ambiente” x x x x 10 Ações de sensibilização Municipal x x x x

10. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E GEMINAÇÃO

A nível das relações institucionais pretende-se dar continuidade ao que vem sendo feito, nomeadamente, através de encontros periódicos com o poder central e com os serviços descentralizados na ilha para a discussão de matérias de intervenção conjunta.

Assim a Câmara Municipal de S. Vicente promove e desenvolve várias relações institucionais ao nível local, nacional e internacional, nas mais variadas áreas de atividade e conhecimento. Pois, através destas relações, a autarquia cria condições para incentivar o desenvolvimento económico, social e cultural, para a partilha do saber e troca de experiências. Mas, cria também espaço para solidariedade, concretizada através dos vários acordos de geminação estabelecidos com outros municípios.

A política de geminação entre municípios de diferentes países permite a partilha de culturas, de experiências, numa rede de solidariedade e cooperação que se estende além-fronteiras.

Na base destes acordos de geminação estão laços culturais, linguísticos ou históricos que se pretendem aprofundar, reforçando o relacionamento no plano institucional, social, cultural e económico.

Visando atrair o investimento e o intercâmbio entre empresas, a Câmara Municipal continuará a dinamizar programas de visitas institucionais, de cortesia e técnicas a delegações de municípios ou regiões de diferentes partes do mundo, promovendo a competitividade

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empresarial entre regiões, a investigação e o desenvolvimento em novas tecnologias e o intercâmbio entre polos universitários.

10.1 Relações Institucionais e Geminação

Trimestre Custo / Font Nº AÇÕES Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Angola (Benguela) x 2 Brasil x 3 Cabo Verde x x x x 4 China (Shenzen) x 5 Espanha (Santiago de Compostela) x 6 França (Aix-en-Provence) x 7 Inglaterra (Newcastle) x 8 Luxemburgo (Esch-sur-Alzette) x 9 Marrocos (Fez) x 10 Moçambique (Beira) x 11 Portugal (Angra de Heroísmo-Açores, Coimbra, Famalicão, Felgueiras Oeiras, Porto, Porto Alegre e Vagos) x 12 Rússia (Yaroslavl) x 13 Relações Institucionais x x x x

11. PLANEAMENTO TERRITORIAL

A situação de crise mundial com implicações assinaláveis nas diversas esferas, impõe reflexões profundas em torno de novos modelos económicos e de novas práticas que enquadrem, entre outras, o repensar do território, perspetivando-o como potencial gerador de riquezas à luz de uma gestão estratégica das oportunidades atuais e futuras. A paisagem é considerada por especialistas de diversas áreas do saber como o expoente máximo da cultura de um povo, pelo que é primordial a definição de estratégias inovadoras que abarcam o domínio empresarial, social, desportivo, lúdico-cultural e ecológico visando a construção de cidades sustentáveis e o reordenamento do território, diminuído as assimetrias.

São Vicente, ilha cosmopolita e atrativa, de música e morabeza, enfrenta o forte desafio de diminuir gradualmente as assimetrias entre as zonas urbanizadas e consolidadas dotadas das mais diversas infraestruturas urbanas e as zonas em consolidação que carecem de infraestruturas e de intervenções de reordenamento, revitalização e reabilitação urbana face, marcada pela presença viva de construções espontâneas.

É neste quadro que se pretende criar sinergias no sentido de diminuir as assimetrias existentes, colocando ênfase no melhoramento contínuo dos bairros, consubstanciado em ações concertadas e coerentes no domínio:

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 Da Reabilitação Urbana e Operações de Loteamento nos bairros espontâneos, permitindo um melhor enquadramento urbanístico destes bairros periféricos no tecido urbano consolidado;  Da execução de arruamentos em calçada em diversas localidades, condição fundamental para que essas zonas possam tornar-se locais privilegiados para investimentos privados e para edificação sustentável;  Da execução de arruamentos em calçada artística no Centro Histórico da Cidade, bem como a criação de ruas pedonais no centro que possam constituir espaços importantes de negócio, atividades lúdico-culturais, vivências e atração turística. Trata-se, por conseguinte, que criar ambientes geradoras de emprego e riquezas;  Do desenvolvimento de sinergias com diversas entidades e forças vivas da ilha para que o nosso Centro Histórico seja marcado pelo dinamismo económico e atividades lúdico-culturais;  Da construção de novas infraestruturas públicas municipais, com incidência na construção de espaços verdes e locais de lazer;  Do melhoramento e valorização das infraestruturas públicas municipais existentes;  Das intervenções nas bacias hidrográficas visando o aproveitamento das águas das chuvas, minimizando os estragos causados e melhorando a mobilidade das pessoas com recurso a construção de diques pedonais, rodoviários e passadiços;  Do desenvolvimento de PDU`s em zonas de expansão Urbana tendo em conta a vertente económica, social e ambiental;  Da identificação de novos espaços de estacionamento no Centro da Cidade, promovendo uma melhor mobilidade e segurança rodoviária;  Da construção e reabilitação das acessibilidades em terra batida, fundamental para o desencravamento de algumas zonas;  Do desenvolvimento de ações em parceria com outras entidades no sentido de se valorizar e requalificar o Centro Histórico da Cidade do Mindelo.

O PDM é um instrumento de gestão, por excelência, no qual se inscrevem as grandes opções estratégicas do Município e a política de ordenamento do território de toda a ilha de S. Vicente, destacando-se o conceito da Cidade-Ilha, o que confere toda a ilha o Estatuto de Cidade.

É fundamental reforçar o diálogo com o Governo Central para que se possa viabilizar todos os projetos inscritos no PDM. A ratificação desse instrumento de planeamento é urgente porque permite a realização das políticas fundamentais para o desenvolvimento da ilha.

Com base no PDM a Câmara pretende:

 Criar as condições para a realização da cintura rodoviária como eixo estruturante da circulação na ilha permitindo a interligação da cidade às zonas de desenvolvimento turístico, zonas de desenvolvimento industrial, aeroporto internacional, porto e outras áreas com potencial desenvolvimento económico;  Privilegiar a requalificação urbanística não ignorando a expansão urbana;  Elaborar os Planos Urbanísticos Detalhados para as localidades do interior da ilha não contempladas até o momento, e, neste quadro, para além do tratamento do espaço, considerar a necessidade da animação das praças;

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 Implementar o projeto da estação de valorização ambiental (complexo formado pela ETAR, pelo aterro sanitário e pela central de incineração);  Promover a extensão do plano sanitário à toda a ilha;  Continuar negociações com vista à deslocalização de equipamentos industriais pesados e oficinas poluentes construídos na cidade.

11.1 Urbanismo

O urbanismo é dos sectores mais complexos e sensíveis da gestão municipal ganhando um relevo especial numa ilha como S. Vicente que vem ocupando um lugar central no desenvolvimento do norte do país. A ilha do Porto Grande sempre atraiu parte importante da mão-de-obra das ilhas vizinhas o que não deixa de ter reflexos evidentes na organização da cidade.

A expansão do Mindelo está ligada ao fenómeno migratório com origem nas ilhas próximas desde os primórdios do desenvolvimento da ilha, sendo hoje mais do que claro que o desenvolvimento harmonioso do Mindelo e da ilha não poderá ocorrer sem uma intervenção preventiva capaz de antecipar este e outros fenómenos de caráter socioeconómico. Os bairros espontâneos, com os problemas de vária ordem a que estão associados, apelam, por um lado, por uma abordagem de caracter corretivo e, por outro, chamam a atenção para a necessidade de uma intervenção planeada e com visão de futuro.

Questões importantes como a requalificação urbana da frente de mar, o desenvolvimento industrial, a criação de novos equipamentos, problemas relacionados com a circulação rodoviária, as redes de água, esgotos e eletricidade, o sistema de recolha de lixo e a limpeza pública, a necessidade do aterro sanitário, são ações, de entre outras, que aliadas a uma boa política de gestão de solos acabam por transformar o urbanismo num dos setores mais importantes da governação municipal.

Neste quadro, pretendemos:

 Realizar intervenções de caráter geral;  Requalificar a frente de mar, tendo em conta que o Porto Grande é uma das sete baías mais belas do mundo;  Requalificar os bairros novos;  Intervir nas povoações do interior da ilha.  Rever o Plano de Desenvolvimento Urbano;  Construir um parque urbano, dentro da cidade, para atividades lúdicas.

Com o objetivo de criar mais e melhores condições para a fruição dos espaços públicos e de interesse turístico na cidade e aumentar a atratividade da frente de mar pretende-se:

 Construir um passeio pedonal com uma vertente de ciclovia;  Intervir no património histórico obedecendo à necessidade da sua preservação;  Criar as condições necessárias de segurança aos utentes;  Desenvolver a ideia do eixo cultural da frente de mar com vista a disponibilização de diversas ofertas culturais;

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 Multiplicar os espaços fitness à semelhança do existente na Lajinha;  Construir mais parques infantis;  Procurar parcerias para requalificar a praia de Cova da Inglesa criando as condições para a sua transformação numa nova centralidade;  Agir de uma forma articulada com a autoridade portuária no processo do ordenamento da Baía do Porto Grande;  Requalificar toda a zona que inclui a Praça Estrela, o quarteirão de Vascónia e o mercado de peixe.

11.2 Requalificação dos Bairros Novos

Todos os bairros, do centro ao mais distante, merecem a mesma dignidade. Nesta linha o plano preconiza as seguintes medidas:

 Construir vias devidamente dimensionadas com vista ao desencravamento de novos bairros;  Pavimentar (calcetamento ou asfalto) as ruas de todos os bairros de S. Vicente;  Reforçar o desenvolvimento dos espaços verdes transformando S. Vicente numa “Cidade Verde”;  Conceber espaços complexos com valências de desporto, cultura e lazer, capazes de funcionar como centro do Bairro;  Criar condições para a instalação dos serviços desconcentrados do município;  Intervir nas áreas de assentamento espontâneo e reforçar a implementação do projeto de apoio à autoconstrução (Esdób Compô Bô Casa);  Regulamentar o apoio à elaboração dos projetos de arquitetura e estabilidade destinados às famílias carenciadas.

De forma sintética, destaca-se as seguintes ações:

 Elaboração de novos PDU’s;  Requalificação/ Reconversão dos bairros espontâneos;  Habitações sociais;  Requalificação do centro histórico do Mindelo – continuidade;  Requalificação dos espaços públicos;  Construção e manutenção de equipamentos desportivos;  Execução de arruamentos em calçada;  Execução de arruamentos em asfalto;  Execução de arruamentos em terra batida;  Outros trabalhos da rede viária;  Arranjos urbanísticos;  Identificação de novas zonas de expansão urbana;  Drenagem de águas pluviais e a construção de diques.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 29 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

11.3 Planeamento Territorial

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Implementação do PDM (Revisto) x x 1000

2 CONSTRUÇÕES DIVERSAS

Habitações Sociais 25000

3 Património Histórico Elaboração do Plano de Salvaguarda do x Centro Histórico em estreita colaboração 750 com o IIPC Intervenção (requalificação) na Praça x 1500 Amílcar Cabral Intervenção (requalificação) - Rua da x 2500 Praia

4 Construção e Manutenção de x x x x

Equipamentos Desportivos

Polivalente de zona Norte 5000 5000 Manutenção das Placas desportivas 1000 3000 Início de construção do campo em 2000 Ribeirinha Construção de balneários no Campo 1500 relvado de Chã de Alecrim Construção de parques para bicicletas

11.4 Acessibilidades

Custo/Font.Fi Trimestre Nº AÇÔES nanc. 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Execução de Arruamentos em Calçada x x x x

Monte Sossego 2500 Chã de Alecrim / Canalona / Fonte Mestre 2000 Cruz- João Évora 1500 Sul de Cemitério 2000 Espia 2000

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 30 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

Fonte Inês 2000 Alto Solarine 1500 Ribeirinha- Salamansinha 2500 Vila Nova-Lombo Tanque 2500 Fonte Francês 2000 Bela Vista 1500 Pedra Rolada 2000 Ribeira de Craquinha 2000 Fernando Pó 1500 São Pedro 1500 Lazareto 2000 Ribeira de Passarão 1500 Ribeira de Julião 2000 Pedreira 1000 2 Centro da Cidade X X X X 3000 Rua Guiné Bissau (Rua d`Cavoquim) Rua Dr. Aurélio Gonçalves Continuação das Obras de Calcetamento

artístico no Centro Histórico da Cidade 3 Outros Trabalhos da Rede Viária X X X X Execução de Arruamentos em Terra Batida: Pedra Rolada, Salamansinha, 4000 Encosta de Horta Seca, Fernando Pó, R.ª de Julião, Canalona e Fonte Mestre Calcetamento de passeios 4000 Substituição dos passeios na Rua Dr. 3000 Baltasar Lopes da Silva 4 Asfaltagem: Avenida Marginal-Laginha, Rua Senegal-Escola Jorge Barbosa,

Avenida Antonin Saia-Ribeira Craquinha, Alto Mira-Mar 5 Construção de Muros de Suporte de X X X X 8000 Correção Torrencial Ex- Edilter Chã de Alecrim Monte Sossego

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 31 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

Espia / Cob d`Ribera

6 Outras Intervenções de Drenagem das x x x x 1500 Águas Pluviais

12. TRÂNSITO

No domínio do trânsito pretende-se dar continuidade aos contactos encetados, entre outros, com a Direção de Viação, Policia Nacional, Proteção Civil, empresas de transporte público e Associações profissionais, visando o melhoramento contínuo da mobilidade urbana. Objetiva também a realização de um estudo que permite melhorar a mobilidade urbana, identificando os constrangimentos existentes e as potencialidades atuais e futuras.

O serviço tem a função de recolher, coordenar, analisar e tratar toda a informação necessária para o planeamento de tráfego do município assim como a elaboração de planos de circular, incluindo projetos de sinalização, permitindo uma maior segurança nas nossas estradas.

12.1Trânsito

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Melhoramento da Sinalização Horizontal e x x x x 1500 Vertical em diversas zonas 2 Manutenção da Sinalização existente x x x x 700 3 Colocação de resguardos de passeios x x x x 500 4 Intervenções no sentido de melhorar a x x x x 500 segurança rodoviária

13. AMBIENTE, SANEAMENTO, ENERGIAS E ESPAÇOS VERDE

A Constituição da República de Cabo Verde, no seu artigo 73º, consagra o direito ao ambiente. Este artigo preconiza que todos têm direito a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender e valorizar. Ainda, para garantir o direito ao ambiente, incumbe aos poderes públicos a elaboração e execução de políticas adequadas de ordenamento do território, de defesa e preservação do ambiente e de promoção do aproveitamento racional de todos os recursos naturais, salvaguardando a sua capacidade de renovação e a estabilidade ecológica. Compete, ainda, aos poderes públicos a promoção da educação ambiental, o respeito pelos valores do ambiente, a luta contra a desertificação e os efeitos da seca.

Tendo em conta essas diretrizes, a conceção deste Plano de Atividades assentou em quatro pilares:  Melhoria contínua da qualidade de vida dos munícipes;  Proteção dos nossos ecossistemas, por natureza frágeis, devido à nossa insularidade;

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 32 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

 Promoção da sustentabilidade ambiental;  Respeito pelos valores do ambiente.

A existência de um ambiente propício à saúde e bem-estar das pessoas e ao desenvolvimento económico, social e cultural da nossa sociedade pressupõe a adoção de medidas ecologicamente sustentáveis, tais como:

 Definir, com base numa gestão estratégica, um programa de estudos e projetos orientado para os desafios da política ambiental preconizada pelo Município de São Vicente;  Alargar a infraestruturação ambiental da ilha, de modo a garantir à população níveis adequados de abastecimento de água, de recolha e tratamento das águas residuais e dos resíduos sólidos urbanos, quer em termos quantitativos ou qualitativos;  Gerir os resíduos sólidos urbanos e a limpeza pública de uma forma mais técnica e científica e conforme as normas existentes;  Melhorar a comunicação com as associações locais para serem parceiras em campanhas de sensibilização/educação ambiental;  Reforçar a visão estratégica de utilização sustentável dos recursos através da promoção de medidas de mudança de comportamentos, fortalecimento de parcerias credíveis e participação das associações locais;  Promover ações de formação destinados aos colaboradores;  Aumentar as áreas verdes em todo o Município, melhorando o rácio área verde/habitante.

13.1 Qualidade Ambiental

A Câmara pretende intensificar a qualificação da cidade do Mindelo em termos ambientais contando para isso implementar as seguintes medidas:

 Reforçar o projeto “Cidade mais Limpa de Cabo Verde”;  Promover a limpeza em toda a ilha incluindo a despoluição das linhas de água;  Requalificar as ribeiras que atravessam o espaço urbano;  Implementar o projeto designado “sistema de correção torrencial (construção de diques e mini barragens) e drenagem das águas pluviais”;  Promover a implementação do sistema de recolha seletiva de resíduos, dando prioridade à melhoria do sistema de recolha de resíduos sólidos do município com a implementação da rede de ecopontos e com a introdução da recolha seletiva porta a porta em zonas de maior concentração habitacional e comercial e de elevado consumo e de potencial geração e deposição de lixo.  Promover a reciclagem do lixo;  Garantir uma eficiente limpeza no Centro Histórico da Cidade;  Promover e garantir uma necessária iluminação pública no centro da Cidade e nos demais Bairros e ainda nos aglomerados mais distantes;  Levar a rede pública às casas sem água canalizada nos bairros da cidade (cada casa uma torneira com água potável);  Disponibilizar água canalizada aos principais núcleos populacionais da ilha por razões ambientais, de justiça social e de saúde pública;

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 33 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

 Reforçar o funcionamento do canil municipal e garantir a recolha de cães, do mesmo passo que se irá promover iniciativas de adoção;  Reforçar o funcionamento do matadouro municipal;  Requalificar e modernizar os mercados municipais com o objetivo de lhes dar mais vida e atratividade, pensando sobretudo nos localizados nos subúrbios;  Reforçar o cuidado dos jardins públicos e aumentar a área verde na cidade.

13.2 Ambiente, Saneamento, Energias e Espaços Verdes

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÕES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Programas de Comemoração Dia Mundial de Ambiente x Apoio na construção de presépios ou X árvores de Natal com desperdícios destinados às escolas do EBI 2 Articulação com Parceiros Locais Elaboração e implementação de um x x X 2000 Plano Municipal de Ambiente Saudável 3 Saúde no Trabalho: despiste sanitário x x x X para os colaboradores da Direção de

Serviços de Ambiente, Abastecimento e Equipamentos 4 Ações de Formação x x x X “Princípios Básicos de Saneamento Ambiental – Gestão dos Resíduos

Sólidos” destinado principalmente aos Fiscais de Limpeza Pública Liderança e Gestão de Conflitos para os Responsáveis diretos, Fiscais e controladores da DSAAE Higiene e Segurança no Trabalho Ações de formação na área comportamental, para melhorar as

competências pessoais e sociais dos colaboradores Capacitação do pessoal operário da

Oficina Mecânica Municipal 5 Ferramentas de Trabalho para os setores da Limpeza Pública, Espaços 4000 Verdes, Mercados, Saneamento e Cemitérios 6 Equipamentos para os serviços da x x x x

Direção de Ambiente

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 34 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

Camião para varejamento e desobstruções Aquisição de 3 motorizadas para os 400 Espaços Verdes e Limpeza Pública 7 Manutenção da Rede Pública de x x x x 7000 Esgotos Otimização das Bombas Obras de vedação e pinturas das

estações de bombagem Peças e acessórios para as bombas e

rede de esgotos Substituição das tampas metálicas

Varejamento da rede pública de esgotos Obras de nivelamento das caixas de visita Levantamento digital da rede de esgoto 8 Obras de Saneamento x x x x 3000 Apoio a famílias carenciadas: canalizações internas com colocação de uma sanita e ligação a rede geral de esgoto. 9 Extensão da Rede Pública de x x x x Esgotos 7000 Alto Doca Ribeira de Julião I, II, III Canalona Platô Ribeirinha I e II Rª de Craquinha I e II Pra Rolada Bela Vista/Pedreira Vila Nova Zona Industrial Sul Monte Sossego Trás da Escola Técnica Espia Lazareto 10 Gestão de Resíduos Sólidos e x x x x Limpeza Urbana 10.1 Aquisições de Equipamentos de x x x x 5000 Trabalho Báscula para a Lixeira Municipal

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Contentores (120L, 240L e 800L) e caçambas de 5m3 para o Camião Multibeen SV-75-CX Nova frota de carretas de apoio à

varredura Aquisição de uma vassoura mecânica

para o Bob Cat 10.2 Planeamento e Organização x x x x 400 Criação de um Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Elaboração e implementação de um Regulamento dos Resíduos Sólidos

Urbanos, Limpeza Pública, Drenagem e Tratamento de Águas Negras Elaboração de estudo dos Resíduos Sólidos: classificação, quantificação e caraterização Programa de sensibilização da população relativamente à Limpeza Urbana Atualização e melhoria do sistema de recolha dos resíduos sólidos urbanos,

definindo novas rotas e os respetivos parâmetros de operação Definição de normas para a recolha dos

resíduos sólidos nas empresas Gestão da Limpeza Pública, estabelecendo indicadores de gestão e da qualidade 10.3 Melhoria nas operações x x Implementação da recolha ao domicílio de “monstros” (mobílias, colchões e eletrodomésticos obsoletos) 10.4 Melhorias na gestão da Lixeira x x x x 4000 Municipal 17000 Reposição da vedação

Instalação elétrica e telefónica

Construção de uma Estação de

lavagem de contentores e carros de lixo Delimitação de células para deposição

dos resíduos 11 ETAR x x x x 500 11.1 Melhorias do Exterior Calcetamento à frente do Laboratório

Manutenção dos taludes

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11.2 Equipamentos, meios de cultura e x x x x químicos para o Laboratório 3000 Aparelho multiparamétrico (pH, condutividade, Oxigénio dissolvido, TDS) Aparelho de Banho-maria, com tampa

de 6 orifícios e discos redutores Estufa microbiológico (180ºC) de 150L Termóreator de 12 perfurações, 7

programas fixos de 148ºC 20-120 min Kit’s para espetrofotómetro

spectroquant 60 Aquisição de consumíveis, meios de

cultura e materiais químicos 12 Espaços Verdes X X X X 4000 Manutenção das diversas praças Manutenção dos jardins e viveiro Criação de novos espaços verdes Campanha de plantação de árvores 13 Sentinas e Fontenários X X X X 3000 Manutenção e reparações diversas;

Construção de uma Sentina em 1500

Fernando Pó/Rª Craquinha. 14 Parque Auto Municipal X X X X 1000 Aquisição de cacifos Aquisição de equipamentos

informáticos Instalação de GPS em 20 viaturas Desenvolvimento e implementação de

um software de gestão da frota 15 Oficina Mecânica X X X X

Trabalhos de Bate-chapas e pinturas de viaturas Máquinas, ferramentas, peças e

acessórios, para stock Manutenção da Oficina (reparação e

pintura) Aquisição de cadeiras para a sala de

reunião Equipamentos de Proteção Individual 16 Cemitério Municipal X X X X 1000 Manutenção dos Cemitérios da Cidade

e de Salamansa

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 37 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

Obras diversas nos Cemitérios (elevação do muro, construção de uma arrecadação, entre outras) Aquisição de Equipamentos

Informáticos Informatização dos Serviços do

Cemitério Municipal N.ª Sr.ª da Piedade

Equipamentos de Proteção Individual

17 Matadouro Municipal X X X X 3000 Pré-tratamento das águas negras e Ligação às redes de água e esgotos Logotipo do Matadouro

Aquisição de instrumentos de trabalhos

Aquisição de um extrator de ar e outros

equipamentos Construção de um espaço apropriado

para o gado recolhido na via pública. Abertura de frestas na zona de lavagem Placas de identificação dos diversos

setores (abate, lavagem, recolha) Prolongamento da calha para roldana

Construção de uma cisterna

18 Canil Municipal X X X X 500 Materiais e produtos diversos

19 Energia X X X X 3000 Reforço da iluminação pública em 2500

algumas zonas da ilha Ligações domiciliária a famílias

carenciadas

Reparação e reforço da iluminação:

Cemitério Municipal N.ª Sr.ª da Piedade Praça José Lopes Praça Dom Luís

Praça Estrela Praça Baltazar Lopes

14. FISCALIZAÇÃO

A fiscalização do cumprimento do Código de Posturas Municipal e de outros regulamentos municipais irá ser reforçada com vista a garantir por um lado, a melhoria da Segurança e Qualidade da construção civil e por outro a salubridade do município.

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 38 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

Pretende-se dar tolerância zero aos infratores tendo em conta todo o esforço que a câmara irá continuar a ter para a divulgação e informação das deliberações e das disposições camarárias atuando de forma mais equilibrada e rigorosa, tendo em vista a defesa da saúde pública e o aumento da qualidade de vida.

Pretende-se incrementar a reestruturação funcional do serviço de Fiscalização, no sentido de responder com maior eficácia e eficiência as funções que lhes são inerentes. Na verdade, a dinâmica urbana da cidade impõe dotar o serviço de fiscalização de uma nova estrutura orgânica, com separação das áreas de intervenção e respetivas competências, e melhores condições operacionais para que se possa assegurar com maior abrangência e rigor o cumprimento das leis, regulamentos, deliberações e decisões dos órgãos do Município e demais disposições legais regulamentares em vigor, encetando ações preventivas, pedagógicas e coercivas.

Para alcançar estes objetivos pretende-se:  Reforçar as ações de fiscalização nos locais considerados problemáticos no que toca a emergência de construções espontâneas;  Em articulação com o Pelouro de Ambiente e a Delegacia de Saúde, encetar ações preventivas, pedagógicas e punitivas, relativamente a criação de animais em locais inadequados e a colocação de entulhos na via pública;  Dar continuidade as ações de esclarecimento e divulgação junto ao cidadão, dos regulamentos e posturas municipais, promovendo ações pedagógicas que conduzam a redução dos casos de infração, com recurso a ações programadas no terreno e aos meios de comunicação social.  Reforçar o trabalho conjunto com a Policia Nacional e Delegacia de Saúde, no que concerne a implementação de ações no terreno visando o cumprimento das posturas e regulamentos municipais ou outras disposições legais, cuja competência lhes seja cometida.

14.1 Fiscalização

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Garantir o cumprimento da lei, do código de x x x x postura e dos regulamentos municipais que envolvam competências do Município no domínio da fiscalização 2 Fiscalizar e informar atempadamente os x x x x serviços das situações anómalas detetadas nos equipamentos de sinalização, sinalética direcional e de parqueamento 3 Organizar os processos relativos ao x x x x licenciamento e fiscalizar

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4 Assegurar o cumprimento das competências x x x x municipais em matéria de licenciamento e fiscalização de atividades de carácter ocasional, designadamente, venda ambulante, realização de acampamentos ocasionais e de espetáculos, exploração de máquinas automáticas de diversão e de divertimentos na via pública 5 Elaborar autos de notícia e autos de x x x x contraordenação ou de transgressão relativamente a infrações às normas regulamentares do município, verificadas no âmbito da atividade de fiscalização, designadamente nos domínios do urbanismo, da construção, da defesa e proteção da natureza e do ambiente, do património cultural e dos recursos naturais 6 Assegurar a vigilância dos edifícios e x x x x equipamentos públicos municipais; 7 Executar mandatos de notificação e praticar x x x x outros atos administrativos das autoridades municipais 8 Cooperar na elaboração e implementação do x x x x plano de proteção civil e do plano de emergência e intervenção 9 Combater energicamente as construções x x x x clandestinas e aparecimento bairros espontâneos de lata

15. SOLIDARIEDADE, HABITAÇÃO, PROMOÇÃO SOCIAL E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O serviço de Ação Social da CMSV, dará continuidade aos projetos implementados há alguns anos, nomeadamente, atribuição de kit’s escolares, pagamento de propinas e transportes escolares, pagamento de subsídio de bolsa para o ensino superior, funcionamento dos projetos “Rede Social de Saúde”, “Centro de Acolhimento dos Doentes Mentais” e “Centro de Apoio Psicossocial a Toxico Dependentes”, atribuição de habitações sociais e programa ´Esdób Compô Bô Casa`. Esses projetos são de extrema importância para os seus beneficiários e têm contribuído de forma considerável e significativa, na melhoria das condições de vida de muitas famílias, o que justifica a sua continuidade e um esforço da CMSV para melhorar cada vez mais a sua atuação nessas áreas.

Em relação a novas atuações, prevemos para 2014, mais 10 cursos de formação profissional em áreas estratégicas para a CMSV, dinamização de um gabinete de emprego e afirmação do embrião da Escola de Formação Profissional da CMSV. Ainda prevê-se a execução de outros projetos sociais, nomeadamente:

Câmara Municipal de S. Vicente/GEP/Plano de Atividades e Orçamento 2014 40 PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2014

1- Um projeto de desenvolvimento social para dois bairros extremamente vulneráveis da ilha de S. Vicente (Chã de Vital e Ribeira Bote), tendo em conta a situação atual desses bairros e as fragilidades da população que neles habitam; 2- O desenvolvimento de um projeto de “Educação para a Higiene” tendo em conta que muitos problemas sociais passam pela higiene no seio dos lares. O objetivo é o de conscientizar as pessoas pela necessidade de se adotar posturas e atitudes corretas perante o lixo dentro e fora das casas, os cuidados higiénicos dentro das casas, o asseio dos filhos e o impacto positivo, que essa mudança de atitude poderá ter nas suas vidas. 3- O apoio ao Centro de Acolhimento para Crianças Portadoras de Deficiência Física, tendo em conta o n.º de crianças com paralisia cerebral e outras deficiências físicas, existentes em S. Vicente, que são oriundos de famílias extremamente carenciadas.

As restantes atuações na área social consistirão na realização de visitas e encontros com as comunidades das zonas periféricas e rurais, com vista a identificar as suas necessidades, atendimentos personalizados, realização de “fora” e palestras, visitas a domicílio e acompanhamento de todos os projetos sociais em funcionamento.

Por se tratar de um período de muitas dificuldades financeiras e de crise económica, a área social deve merecer uma especial atenção, tendo em consideração a degradação das condições de vida de muitas famílias e do aumento do desemprego, situações que podem levar ao caos social, caso não forem tomadas medidas políticas com vista a minimizar os problemas de muitas famílias.

15.1 Habitação Social

Serão construídas novas habitações sociais no quadro de apoio às famílias carenciadas. Para além disso dar-se-á continuidade aos programas “Esdôb Compô Bô Casa” que consiste na reparação ou término de habitações, e “ Esdób Pintá e Caiá Bô casa” com vista ao embelezamento do bairro. Paralelamente as famílias beneficiadas serão orientadas e acompanhadas pela equipa técnica da área social da CMSV. Os trabalhos de reabilitação social serão reforçados e melhorados com a intervenção de uma equipa técnica capacitada e responsável. Essa orientação consistirá no apoio à formação dos filhos, no desenvolvimento da autoestima de toda a família, nos aspetos ligados à higiene e manutenção das casas e no encaminhamento das mães desempregadas para programas de inserção laboral e social.

15.2 Apoio à Educação

Nesse domínio dar-se-á continuidade e serão reforçados os trabalhos desenvolvidos pela CMSV, nomeadamente:

 Construir infraestruturas de apoio ao pré-escolar nas comunidades mais distantes;  Continuar a garantir o funcionamento dos jardins-de-infância em Lazareto, Ribeira de Vinha, Salamansa e São Pedro;  Intervir no âmbito do apoio a programas de informatização (salas de informática com acesso à internet) nas Escolas do Ensino Básico e nas comunidades;  Desenvolver programas de apoio aos alunos carenciados, em todos os níveis de ensino: básico, secundário, formação profissional e superior;

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 Apoio às educadoras de infância formadas recentemente na criação de creches, com vista a promoverem o auto emprego;  Desenvolver parcerias com instituições públicas e privadas no sentido de promover a formação profissional para os mais carenciados, visando a sua inserção imediata no mercado de trabalho.

15.3 Formação Profissional

Na nossa sociedade não podemos dissociar formação profissional de mercado de emprego. Ambas existem como fatores determinantes para o desenvolvimento das organizações, da comunidade local, da sociedade em geral. Através do processo de formação profissional as pessoas enriquecem os seus conhecimentos, desenvolvem as suas capacidades e melhoram as suas atitudes ou comportamentos, aumentando desta forma as suas qualificações técnicas ou profissionais, com vista à sua felicidade e realização, bem como à sua participação no desenvolvimento das organizações e do tecido socioeconómico e cultural que é a nossa sociedade.

A formação profissional é um agente de mudança fundamental no processo de ajustamento das qualificações profissionais e das competências dos indivíduos às exigências da sociedade/mercado de emprego e constitui, acima de tudo, uma medida estratégica capaz de potenciar transformações económicas, por via da pressão do mercado de trabalho sobre a economia.

A formação profissional representa um instrumento estratégico, de política económica, social e de emprego daí a Câmara apostar fortemente na vertente formação profissional, contribuindo para a diminuição do desemprego em São Vicente.

Assim sendo, deverão ser também promovidos pela Câmara Municipal, através de palestras e seminários, uma grande sensibilização e orientação à volta do emprego e do primeiro emprego.

15.4 Solidariedade e Promoção Social

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Promoção de 10 cursos de formação x x x x 2000 4.000 profissional 2 Reabilitação de casas no âmbito do x x x 15000 programa ´Esdób Compô Bô Casa` 3 Implementação do projeto x x x x 150 “Desenvolvimento Social do Bairro Chã de Vital” 4 Implementação do projeto x x x x 300 “Desenvolvimento Social do Bairro Ribeira Bote” 5 Ajudar através da loja social, cerca de 500 x x x x 2500 famílias carenciadas, com bens alimentícios, vestuários, materiais

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escolares, cadeiras de roda entre outros. Doações à volta de 2500 em géneros 6 Atribuição de kit’s escolares a 500 alunos x 200 do ensino secundário 7 Atribuição de subsídios a Instituições de x x x x 5000 cariz social 8 Atribuição de propinas escolares a 500 x x x x 1500 alunos do ensino secundário 9 Atribuição de transporte escolar a 500 x x x x 2000 alunos das zonas rurais 10 Desenvolver o programa de “Emprego x x x x Apoiado” para cerca de 50 jovens 12 Funcionamento de Gabinete de Emprego x x x x 120 13 Apoio ao centro de Acolhimento Diário x 1000 para Crianças Portadoras de Deficiência Física 14 Desenvolver um projeto habitacional, com x x x x habitações a baixo custo, para os mais vulneráveis 15 Desenvolvimento de um projeto de x x x 300 Educação para a Higiene em todos os bairros sociais com habitações sociais da CMSV 16 Atribuição de apoios para carenciados, na 300 aquisição de medicamentos e realização de consultas e análises clínicas 17 Realização de ações de capacitação para x x x 150 os técnicos do Centro de Acolhimento dos Doentes Mentais

16. SAÚDE PÚBLICA

A Câmara desenvolverá uma rede solidária com a participação dos munícipes de cada bairro, com o objetivo de ajudar os mais necessitados e de desenvolver o espírito de entreajuda.

Em parceria com o Centro de Juventude, associações juvenis, associações dos bairros, universidades, será reforçada a rede solidária para intervenções concretas com os seguintes públicos:

Seropositivos, doentes acamados, doentes mentais, idosos carenciados.

Pretende-se:

 Reforçar o serviço de voluntariado no município, intervindo no meio ambiente, no hospital e em outras instituições de cariz social;  Apoiar a construção de centros de saúde devidamente equipados em todos os bairros da ilha de São Vicente;

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 Criar um programa de assistência médica e medicamentosa aos mais necessitados e vulneráveis;  Reforçar o programa de assistência aos doentes mentais;  Desenvolver um programa municipal de cuidados primários de saúde na ilha que permita uma maior salubridade e higiene no município.

16.1 Saúde Pública

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Assistência e abrigo aos doentes do x x x x 3500 Centro de Acolhimento aos Doentes Mentais 2 Prevenção do Alcoolismo e Uso de x x x x 1500 Drogas – CAPS-ad 3 Apoio aos Diabéticos, prevenção e x x x x 600 sensibilização dos riscos da doença 4 Saúde Oral (um sorriso saudável) x x x x 600 5 Prevenção contra HIV, assistência aos x x x x 1500 portadores do HIV 6 Rede Social de Saúde x x x x 600

17. PROTEÇÃO CIVIL

A Proteção Civil é também uma tarefa cívica, ou seja, a sua responsabilidade deve ser partilhada por todos, desde o Estado às outras entidades públicas, das empresas aos cidadãos.

Qualquer área do território pode ser afetada por qualquer tipo de risco, o que evidencia a necessidade de um sistema de proteção civil que valorize a participação ativa e informada de todos, e assegure a existência, em cada circunscrição, de recursos humanos e materiais, capacidade operativa e de decisão, suscetível de intervir imediatamente em caso de acidente ou catástrofe, mas também, quando possível, prever e prevenir.

Assim a Câmara Municipal propõe para o futuro mais “Formação e Educação para a prevenção de desastres”, já não basta conhecer os riscos nos seus aspetos teóricos, é também fundamental informação sobre as atitudes mais adequadas, caso situações de riscos se venham a produzir.

A insegurança em S. Vicente, não sendo das mais críticas no país, atinge níveis de preocupação e acaba por constituir um desafio que apela à contribuição de todos, desde o Governo à própria sociedade civil passando pelo município que não pode passar ao lado das suas responsabilidades nesse domínio.

Num país como Cabo Verde e numa ilha como S. Vicente voltada para o turismo, a segurança deve elevar-se ao nível dos valores mais altos a serem defendidos.

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Para ajudar a combater o clima de insegurança, propõe-se um conjunto de medidas que a seguir passa-se a explicitar:

 Contribuir para a aceleração do processo de criação da polícia municipal;  Fortalecer ainda mais a cooperação entre as forças de segurança (Polícia Nacional, Forças Armadas e futura Polícia Municipal) de forma a atingir uma maior eficácia no combate à criminalidade e violência;  Apoiar e promover o policiamento de proximidade junto das comunidades;  Demolir pardieiros e prédios abandonados em toda a cidade, que estão na base da insegurança e criminalidade urbanas;  Dinamizar conselho municipal de proteção civil;  Reforçar a capacidade operacional dos bombeiros e introduzir melhorias na organização e funcionamento da instituição;  Promover e dinamizar um corpo de bombeiros voluntários;  Atribuir bolsas de estudos para formação no exterior, na área da proteção civil e afins, aproveitando as geminações existentes e contactos com outros municípios no estrangeiro;  Adquirir equipamentos de combate ao incêndio e outros materiais adequados a segurança e proteção civil;  Cooperar em regime de entre ajuda com as empresas e entidades da ilha do Porto Grande com alguma especialização na área ou com ela relacionada (Petrolíferas; Enapor; Electra; ASA; Moave; Sita; Cabnave; Transportadoras privadas, proprietários de auto tanques, etc.);  Conhecer os equipamentos disponíveis nas empresas, seus planos de emergência, focal- point, funcionamento, entre outras;  Dotar a cidade de bocas-de-incêndio nos pontos mais críticos;

17.1 Bombeiros Municipais

O Município tem tido como um dos seus desígnios estratégicos assegurar e melhorar cada vez mais os serviços de Bombeiros e da Proteção Civil, apostando na aquisição de mais e melhores equipamentos e na formação dos recursos humanos existentes.

A segurança dos cidadãos será entendida numa perspetiva integrada, abrangendo o reforço do policiamento e a prevenção da criminalidade mas também prevenindo e minimizando riscos naturais e tecnológicos. Daí o papel dos Bombeiros enquanto equipas de resgate treinadas extensivamente para resgatar pessoas de acidentes de trânsito, desmoronamentos de edifícios para apagar incêndios que ameaçam as populações civis e suas propriedades, desastres naturais, e outras situações semelhantes.

17.2 Bombeiros Municipais

Trimestre Custo/Font.Financ. Nº AÇÔES 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Cooperar na elaboração e implementação x x x x do Plano de Proteção Civil e do Plano de Emergência e Intervenção

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2 Executar o programa e ações em x x x x articulação com a proteção civil, Policia Nacional e outras entidades ligadas segurança pública. 3 Promover ações de prevenção e x x x x sensibilização com o objetivo de minimizar o risco de pessoas e bens em situações de fogos, tempestades ou outras situações de catástrofe. 4 Melhoria nos equipamentos de proteção x x

Individual 5 Melhoria nos equipamentos de combate a x x

incêndios 6 Melhoria nos equipamentos do serviço de

ambulância

18. ATIVIDADES ECONÓMICAS

São Vicente é uma Ilha que cresceu tendo como suporte, a prestação de serviços a todos os níveis, impulsionando o sector económico através do empresariado e na criação de indústrias. Derivado da situação atual das políticas de investimento na Ilha no sector industrial, é imperioso que apareça uma nova vaga de investimentos no sector industrial, imobiliário e turístico capaz de alavancar a Ilha e libertar-se da situação de desemprego existente. Para atingir tal desidrato a Autarquia deve adotar uma postura de facilitador do investimento interno e externo capaz de oxigenar a economia local e permitir com que apareçam novas oportunidades de negócios, nova dinâmica económica e consequentemente novos postos de trabalho.

Reserva-se a particularidade e a característica de intervenção dos agentes económicos da Ilha na definição das soluções essenciais que permitem atingir este objetivo comum. A articulação com os outros setores da gestão camarária nomeadamente Urbanismo, Saneamento, Turismo, Desporto, Cultura, etc., deve ser reforçada com a criação de condições indispensáveis ao investimento, facilitando, captando, atraindo investidores para a Ilha.

Teremos prioridades no atendimento e informações ao consumidor com vista a estabelecer um clima de confiança mútua entre as partes intervenientes na vida económica da Ilha e resolução de possíveis constrangimentos.

A solução do ponto de vista do comércio prende-se com o comércio justo e leal. As regras devem ser cumpridas nos vários tipos de comércio, pois um dos aspetos que muito preocupa os comerciantes e a própria Autarquia, são as vendas ambulantes ilícitas e o incumprimento dos horários de funcionamento estabelecidos por lei, para além da utilização indevida das licenças de comércio atribuídas.

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Um enorme dinamismo deverá caraterizar o pelouro das atividades económicas, para além de constante desenvolvimento do sector e importância para a Ilha não só em termos de combate à pobreza e ao desemprego como também para o Turismo que pretendemos desenvolver.

18.1 Indústria

O futuro de S. Vicente passa por uma aposta forte no sector industrial e obviamente pelo aproveitamento da sua tradição assente numa indústria de base artesanal com tendência para se modernizar e nas sinergias que podem ser geradas a volta dos equipamentos e infraestruturas existentes e previstos.

Neste domínio pretende-se desenvolver as seguintes medidas:

 Dinamizar e promover em parceria com o Governo o Parque Tecnológico de S. Vicente o que permite a atracão de empresas e instituições associadas criando um ambiente favorável à inovação tecnologia e fixação de empresas e negócios;  Estudar e implementar em tempo útil os incentivos a atribuir aos agentes económicos que pretendam investir no território municipal;  Atrair investimentos na área das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e noutras áreas importantes, aproveitando as relações internacionais e geminações como plataforma de promoção das potencialidades do município;  Promover S. Vicente como destino de investimento, aproveitando o ambiente de deslocalização de fábricas que caracteriza a Europa atual, participando ativamente nas feiras internacionais de várias especialidades;  Investir fortemente na formação aos mais variados níveis, transformando a mão-de- obra Sanvincentina em vantagem competitiva;  Priorizar e estimular as pequenas e médias empresas como fontes geradoras de emprego;  Identificar, em concertação com o governo, os constrangimentos que afetam o normal funcionamento de algumas empresas importantes para S. Vicente, pelo seu papel na economia e pela sua capacidade de geração de emprego e agir no sentido de identificar as soluções que se impõem para ultrapassar a situação difícil em que se encontram;

18.2 Agronegócios e Agroindústria

S. Vicente cresceu sempre sob o signo do mar e voltado para a prestação de serviços, vocações que escondem uma realidade que começa a ser cada vez mais importante para a economia de S. Vicente. Referimo-nos ao sector agrícola nas suas várias dimensões. S. Vicente é uma ilha autossuficiente em termos de hortaliças sendo de referir que parte importante dos legumes consumidos é produzida na Ribeira de Calhau e Ribeira de Vinha - Chã d`Holanda. A pecuária é outra das atividades com larga tradição na ilha. Os queijos do calhau constituem um produto que rivaliza com o melhor que se produz em Cabo Verde.

Mais importante do que tudo isso é o aparecimento de iniciativas ligadas à agroindústria, sector que vem ganhando uma expressão que ultrapassa a ilha para atingir uma dimensão nacional. Referimo-nos aos grandes aviários, às estruturas de produção de porcos, produção semi- industrial de rações, de entre outras iniciativas importantes nesse domínio.

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O crescente aumento da população da ilha, os projetos ligados à imobiliária em perspetiva, mas sobretudo a posição estratégica de S. Vicente em relação às outras ilhas, e ainda a sua tradição industrial são motivos de sobra que podem fazer crer que o agronegócios é um sector com futuro na ilha.

Consciente dessas potencialidades, pretende-se as seguintes medidas:  Criar incentivos fiscais como forma de estimular o setor;  Facilitar a aquisição de terrenos municipais com vista à implantação desse tipo de infraestruturas;

Promover em parceria com o Governo a modernização da agricultura, com a introdução de tecnologias adequadas, designadamente, sistemas de micro-irrigação, hidroponia, estufas, etc.

18.3 Atividades Económicas

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Publicação e divulgação de projetos em via de x x x x 500 concretização (publico e privado) 2 Reforço das parcerias com as instituições x x x x representativas da classe empresarial para proporcionar a coordenação de informações para potenciais investidores 3 Encontro com os investidores externos e x x x x nacionais 4 Identificação das preocupações dos Operadores x x x x Económicos da ilha 5 Apoio às iniciativas pessoais ou coletivas que x x x x 1000 visem a criação de empregos ou autossuficiência de jovens ou desempregados de longa duração 6 Participação em Feiras internas e externas x x x x 500 7 Melhoria no Acompanhamento das Empresas x x x x onde a Câmara é parceira 8 Identificação e Classificação dos Investimentos x x x x realizados, em curso e previsto para a ilha 9 Participação do Município de S. Vicente na x x x x 1500 Sociedade “MindelHabit”

19. DEFESA DO CONSUMIDOR

A defesa do consumidor é a atividade de proteção do consumidor através da divulgação de informação sobre a qualidade dos bens e serviços e através do exercício de pressão sobre as entidades públicas com o objetivo de defender os direitos dos consumidores.

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A defesa do consumidor não se baseia apenas na punição dos que praticam ilícitos e violam os direitos do consumidor, como também na conscientização dos consumidores de seus direitos e deveres e conscientizar os fabricantes, fornecedores e prestadores de serviços sobre suas obrigações demonstrando que agindo corretamente eles respeitam o consumidor e ampliam seu mercado de consumo contribuindo para o desenvolvimento do país.

Os princípios que regem a defesa do consumidor norteiam-se pela boa-fé do adquirente e do comerciante, uma vez que a publicidade pode estabelecer os laços de seu exercício. Caso a publicidade seja enganosa o consumidor tem direito à justa reparação, da mesma forma que terá direito à venda conforme o anunciado. A respeito do tema publicidade enganosa, esta se trata de assunto de interesse público, pertencendo ao ramo dos direitos difusos de caráter meta-individual.

19.1 Defesa do Consumidor

Trimestre Custo / Font Nº AÇÕES Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Apoio à ADECO x 200 2 Colaborar com ADECO na definição de x x estratégias conjuntas para defesa do consumidor. 3 Campanha de informação e divulgação dos x x x x 150 direitos e deveres do consumidor

20. TURISMO

O Município (ilha) de São Vicente dispõe de condições naturais essenciais a esta afirmação sendo necessário o investimento na criação de unidades hoteleiras que possam acolher e suportar o fluxo turístico que se pretende para atingir o patamar indispensável ao desenvolvimento do Turismo.

O Pelouro do Turismo deverá continuar a desempenhar o seu papel facilitador na implementação e procura de novas infraestruturas capazes de responder à grande carência efetiva de camas, condição primordial no acolhimento dos visitantes ao nosso Município. O reforço das atividades culturais existentes com uma forte parceria público-privada ocupa uma posição de destaque na atração de visitantes. A articulação do pelouro do Turismo com o da Cultura á fundamental, tendo em consideração a diversidade cultural existente na Ilha tanto a nível público como privado. A qualidade dos eventos, atividades culturais deverá ser cada vez mais diversificada envolvendo todos os intervenientes e agentes culturais capazes de contribuir para a valorização desta qualidade cultural e turística.

O aproveitamento dos recursos turísticos que a ilha pode oferecer situa-se aquém das suas potencialidades. Torna-se imperioso que S. Vicente assuma o turismo como fator económico de elevada importância quanto mais não seja pelo seu impacto direto na rede de pequenas e médias unidades empresariais.

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Antes de mais impõe-se desenvolver uma visão clara do caminho a seguir, para além da necessidade de se estabelecer objetivos, implementar uma estratégia inteligente e definir o conjunto de produtos turísticos de acordo com a vocação da ilha e considerando os mercados interno e externo. Para isso torna-se importante produzir um Plano de Desenvolvimento Turístico Municipal com as seguintes características:

 Propor um conjunto de orientações sobre a política de turismo a implementar;  Estabelecer um plano de marketing destinado à promoção da ilha de S. Vicente, com foco na cidade do Mindelo;  Facilitar e estimular a atracão do investimento para o setor turístico;  Aproveitar os recursos turísticos existentes, nomeadamente os naturais;  Apostar na qualidade dos serviços prestados através de um modelo de formação profissional capaz de reforçar a competitividade;  Criação e implementação de um roteiro turístico.

Convém salientar que o turismo que propomos para S. Vicente assenta basicamente no turismo cultural, tendo como pano de fundo Mindelo Capital Cultural de Cabo Verde, terra de Cesária Évora, e baseia-se nos seguintes eixos: Turismo Urbano, Turismo de Cruzeiros e Turismo de Negócios/Congressos.

20.1 Turismo Urbano

Sem pôr em causa o segmento do turismo balnear (sol e praia), S. Vicente deve assumir um conjunto de políticas ancoradas no “turismo urbano”, orientação que se adapta às características do Mindelo, cidade cosmopolita, com rico conteúdo histórico, grande oferta cultural, elevado sentido de urbanidade e cultura citadina, bem ordenada, condições propiciadoras desse tipo de turismo. Este modelo, por que integrador, não exclui o aproveitamento de outros segmentos turísticos, nomeadamente, o desporto náutico e de lazer.

Enquadrado nesse tipo de turismo pretende-se:

 Incentivar as noites cabo-verdianas recuperando os estabelecimentos tradicionais;  Promover e organizar visitas ao património histórico e cultural do Mindelo;  Criar condições para a implementação de uma rede de museus, designadamente, o Museu do Carnaval.

20.2 Turismo de Cruzeiros

Este segmento de atividade em relação ao qual S. Vicente se apresenta bem posicionado exige a elaboração de um plano com as seguintes prioridades:

 Garantir a coordenação dos múltiplos agentes que intervêm nesse domínio;  Propor iniciativas relacionadas com a animação de rua, com o envolvimento dos operadores;

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 Estimular a criação de um sistema de transportes terrestre adequado às necessidades do turismo;  Potenciar a Baía do Mindelo enquanto membro do clube das “Baías Mais Belas do Mundo”;  Propor medidas com vista à dinamização dos serviços de apoio ao Turismo de Cruzeiro;  Incentivar a organização de visitas guiadas ao interior da ilha e exploração da ligação com Santo Antão;  Estimular a produção e venda de “souvenirs” e artesanato local em geral.

20.3 Turismo de Negócios/Congressos

Em franco desenvolvimento a nível internacional, este tipo de turismo vem conquistando um espaço não negligenciável no setor.

A localização privilegiada do país, a morabeza Sanvicentina e a experiência na organização de eventos, constituem pontos fortes para uma aposta nesse tipo de turismo.

Assim o nosso plano propõe:

 Estimular a criação de uma rede hoteleira com mais camas e um serviço de restauração de elevado standing;  Construir um centro de conferências/congressos de nível internacional, com salas de conferência equipadas para o efeito;  Promover formação profissional para os trabalhadores ligados a empresas de eventos.

21. EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento económico e social de um país. Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo.

Tendo em conta a situação de desemprego na ilha a Câmara pretende desenvolver ações que desperta nos jovens o espírito criativo e pesquisador com vista a busca constante de novos caminhos e novas soluções, promover e estimular o espírito empreendedor junto dos jovens e fomentar atitudes e comportamentos propícios ao desenvolvimento de uma cultura inovadora, criativa, tecnológica e empreendedora, através de um processo partilhado, mobilizador e inspirado nas melhores práticas disponíveis (nacionais e internacionais), na identificação e envolvimento dos agentes locais na conceção de apostas estratégicas, indicadores de sucesso e carteiras de projetos estruturantes a desenvolver ao nível do território em análise, nas áreas da inovação, competitividade e empreendedorismo.

Pretende-se portanto determinar como a estratégia e as ações direcionadas para a inovação, competitividade e empreendedorismo podem vir a ser um motor do desenvolvimento local e competitividade territorial, nomeadamente ao nível de alguns sectores e subsectores de atividade, tidos como estruturantes ou de maior potencial.

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21.1 Empreendedorismo

Nº AÇÕES Trimestre Custo / Font Finan 1º 2º 3º 4º CM EXT 1 Criar uma cultura de empreendedorismo que x x x x valorize a criatividade dos cidadãos e empresas da ilha 2 Coordenar os serviços de apoio ao x x x x empreendedor numa rede regional, garantindo a sua qualidade e eficácia. 3 Criação da rede empreendedor e do Manual de x x x x apoio ao empreendedor 4 Potencializar polos de inovação para promover x x x x o crescimento regional garantindo um ambiente propício ao desenvolvimento da competitividade e da inovação 5 Aprendizagem ao longo da vida na investigação x x x x e inovação ajudando a promover a investigação, incentivando o espírito empresarial dos estudantes e colaborando com Universidades e empresas ligadas à inovação, reforçando dessa forma a sua participação no desenvolvimento económico da ilha 6 Garantir infraestruturas de investigação e x x x x centros de competência atrativos a nível da ilha 7 Apostar em contratos públicos para ajudar as x x x x empresas inovadoras a acelerar a introdução no mercado de produtos inovadores e a obter o retorno dos investimentos realizados 8 Dinamizar indústrias culturais e criativas para x x x x ajudar a reforçar a economia local, estimular novas atividades, criar empregos novos e sustentáveis, ter efeitos positivos sobre as outras indústrias e promover a imagem da ilha e da cidade

22. COMUNIDADES, EMIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO

Ao longo de décadas, por diversas razões, assistiu-se à saída de milhares de cabo-verdianos em direção a outras paragens, transformando Cabo Verde numa Nação diasporizada, com comunidades em mais de vinte países. Hoje estima-se que o número de cabo-verdianos residentes no exterior seja mais elevado do que no território nacional e devido à grande mobilidade dessa diáspora, considera-se Cabo Verde uma Nação, sem fronteiras.

O papel das comunidades no processo de desenvolvimento de Cabo Verde é notório, indo para além das remessas. A sua participação se tem notado na mobilização de competências,

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na divulgação da cultura cabo-verdiana no mundo e na sua forte contribuição para a economia nacional.

A política que propomos para o fenómeno migratório absorve a realização de encontros com os emigrantes no sentido de auscultar as suas preocupações e anseios, a criação de condições para que as suas solicitações sejam tratadas com celeridade.

Por outro lado devemos pensar que cada imigrante representa um contributo para o enriquecimento da sociedade de acolhimento, por isso, a nossa ilha continua a sua tradição de tudo fazer para melhorar o ambiente de integração e de inserção daqueles que nos acolhem como suas segundas pátrias.

Portanto, aos estrangeiros que escolheram o nosso concelho para viverem propomos incentivar e apoiar a criação de Associações com vista a aumentaram os seus poderes de reivindicação, promover uma integração efetiva dos imigrantes, reforçar as relações com as embaixadas sedeadas no país e com comunidades aqui residentes e encontro periódicos com as comunidades.

A emigração é um fenómeno global que, por isso, acaba por atingir a todos. Cabo Verde, de uma terra de emigração passou recentemente a ser também de imigração, o que nos obriga a ter uma visão nova sobre a mobilidade das populações.

Assim propõe-se:

 Manter o Fórum anual dirigido aos emigrantes para auscultar as suas preocupações e anseios;  Prestar uma homenagem justa aos emigrantes como forma de reconhecimento da sua luta em prol do desenvolvimento do município;  Dar prioridade às solicitações dos emigrantes sobretudo no que toca ao processo administrativo de aquisição de terreno, aprovação de projetos e licenciamento de obras;  Criar um gabinete de atendimento ao emigrante nos meses de Junho, Julho e Agosto no período em que se regista o maior fluxo de emigrantes.

Em relação aos imigrantes (estrangeiros) propõe-se as seguintes medidas:

 Incentivar e apoiar a criação de associações com vista a uma participação mais organizada;  Promover uma integração efetiva dos emigrantes (igualdade de oportunidades no acesso à educação e aos cuidados de saúde).

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