O JOVEM FUTEBOLISTA BRASILEIRO EM TRANSIÇÃO PARA a ALTA COMPETIÇÃO Estudo Aplicado Ao Estado Do Rio Grande Do Norte
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MARCELO HENRIQUE ALVES FERREIRA DA SILVA O JOVEM FUTEBOLISTA BRASILEIRO EM TRANSIÇÃO PARA A ALTA COMPETIÇÃO Estudo aplicado ao Estado do Rio Grande do Norte Tese de Doutoramento apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra com vista à obtenção do grau de Doutor em Ciências do Desporto, na especialidade de Treino Desportivo. Orientadores: Prof. Doutor António José Barata Figueiredo Prof. Doutor João Roberto Liparotti COIMBRA, 2019 Silva, M. H. A. F. O jovem futebolista brasileiro em transição para a alta competição: estudo aplicado ao Estado do Rio Grande do Norte. Tese de Doutoramento. Coimbra: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, 2019. AGRADECIMENTOS Na conclusão da presente dissertação de doutoramento não podemos deixar de agradecer a todos aqueles que contribuíram para a realização deste trabalho. A Universidade de Coimbra, a Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física e a cidade de Coimbra-PT, pela acolhida, encantamento e representatividade histórica. Ao professor Doutor António José Barata Figueiredo, pela acolhida nos momentos de dificuldade, por assumir o compromisso da orientação e pela disponibilidade, paciência e competência no norteamento desta pesquisa. Os seus conhecimentos e incentivos, assim como os ensinamentos e o direcionamento no planeamento e execução dessa linha de investigação foram fundamentais para a concretização desse trabalho. Honra, respeito, admiração e gratidão expressam todo o reconhecimento por parte do autor. Ao professor João Roberto Liparotti pela referência académica, profissional e pessoal que representa, pela transmissão de conhecimentos e disponibilidade na co-orientação deste trabalho. Orientador desde a graduação. Certamente, um dos grandes responsáveis por todo esse caminho académico- profissional trilhado. Da mesma forma, honra, respeito, admiração e gratidão expressam todo o reconhecimento por parte do autor. Aos professores Doutores Manuel João Coelho e Silva e Humberto Moreira Carvalho pela acolhida e contribuição referente à disponibilidade bibliográfica e na discussão sobre o tema da presente investigação. E também aos professores Doutores Luís Manuel Rama, Carlos Gonçalves e Vasco Vaz pelas contribuições académicas. Aos funcionários da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, em especial, aos da biblioteca, pela solidariedade e disposição em ajudar na busca de referenciais teóricos. Ao amigo Renan Liparotti, pelo acolhimento, convívio, parceria, assistência e companheirismo durante os primeiros momentos na cidade e Universidade de Coimbra. Muitíssimo obrigado! Aos amigos Guilherme Furtado e Eder Gonçalves, em especial, pelas contribuições na discussão do tema dessa pesquisa, pela solidariedade, companheirismo e pelos momentos de descontração fora da academia. Aos amigos Ranielle Ribeiro e Flávio Paiva pelo incentivo e pela disponibilidade em assumir minhas funções no clube, mesmo gerando sobrecarga em suas respectivas funções. E ao amigo Mário Alves pela fundamental ajuda e comprometimento na coleta, organização e no controle dos dados. Admiração, respeito e eterna gratidão a vocês. i Ao ABC Futebol Clube, pelo incentivo e liberação para viajar várias vezes à Coimbra, independente da época desportiva e sem ônus salariais. Aos atletas e treinadores que participaram na pesquisa, e ao supervisor Leonardo Medeiros pelas informações referente às inscrições junto à federação e a logística dos atletas para as coletas de dados. Sem eles esta não seria possível. É nosso desejo que a presente sirva para melhorar o contexto do futebol do Rio Grande do Norte. Ao Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), pelo incentivo e por liberar o autor dessa investigação, muitas vezes num período dentro do calendário académico, sem ônus salariais. A todos da família Alves Ferreira da Silva. Aos meus estimados pais e irmãos, grandes responsáveis pela minha construção, pelo suporte educacional e princípios fundamentais para minha formação pessoal. As minhas sobrinhas, pelos momentos de alegria e descontração. E ao meu avô Manoel Eustáquio (in memoriam), pelo exemplo de hombridade, honestidade, luta e superação, mesmo sem nunca ter ido à escola. Dedico esta conquista também ao senhor, meu avô! A família Melo de Oliveira, pelo incentivo e orações. Especialmente, a minha esposa, companheira, amiga, meu “braço direito e esquerdo”, Glycia Silva. Serei eternamente grato à Deus por ter te conhecido. Não há palavras para expressar o que você representa e não tenho como retribuir todo o incentivo, força, companheirismo, sacrifício, paciência e solidariedade durante esse período do doutoramento. Você foi e é fundamental! Adicionalmente, agradeço à família Figueiredo, professor Figueiredo, Ana Bela, Beatriz e Margarida. Obrigado pelo acolhimento em vossa casa, pelo convívio harmonioso, assistência e amorosidade. Não existe espaço e maneira de manifestar minha eterna gratidão. Aprendi muito com vocês! Por fim, agradeço à Deus, minha força. Agradeço por me proporcionar coragem e sabedoria, principalmente nos momentos de desespero e de desejo de resignação. Obrigado pela vida, pelo privilégio, oportunidade e por mais essa conquista académica. ii RESUMO O presente trabalho contempla o estudo do jovem futebolista norte-rio- grandense na etapa final (especialização) da preparação desportiva analisando um conjunto de variáveis biológicas, de desempenho funcional e de treino do futebol. Além disso, fornece um fundamento científico para treinadores da região nordeste do Brasil, relativamente ao processo de seleção (escolha) de jovens futebolistas e aos parâmetros biológicos e de desempenho para benefícios em curto e em longo prazo. Participaram do estudo 60 jovens futebolistas, do sexo masculino, com idades entre os 15 e os 18 anos, inscritos na Federação Norte-rio-grandense de Futebol e divididos em dois grupos etários de acordo com o regulamento das competições da Confederação Brasileira de Futebol, a saber: escalão Sub16 e Sub18. Em algumas análises esta amostra dividiu-se por posição de campo: defesas – jogadores que atuavam como defesas centrais e laterais; médios – jogadores que atuavam como médio-centro e médio-alas; e avançados – jogadores que atuavam como avançados-centro e extremos. Para estas análises, os guarda-redes foram excluídos. Foram recolhidas variáveis antropométricas e a idade óssea (maturação esquelética). Em relação ao desempenho funcional, foi proposto a aplicação do Brazilian Soccer Test (BST), para o desempenho intermitente. Além disso, foram utilizados os seguintes testes: YoYo Intermittent Recovery Test Level 1 (YYIRL1), também para o desempenho intermitente; teste máximo em esteira rolante (desempenho aeróbio); Standing Long Jump (SLJ) e Counter Movement Jump (CMJ) (força explosiva); e o Running Anaerobic Sprint Test (desempenho anaeróbio). Na determinação dos indicadores de treino recorreu-se as seguintes variáveis: experiência desportiva, potencial desportivo, tempo total de treino (físico ou técnico-tático) e de jogo, Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) e a carga de treino (modelo de Foster). As medidas antropométricas e os testes de desempenho foram realizados na primeira e segunda semana de treino dos futebolistas e repetidas posteriormente no final do período de preparação (10 semanas) e no meio da época (26 semanas). O tempo total, a PSE e a carga de treino foram coletados desde a primeira semana (período de preparação) até o meio da época desportiva, totalizando as 26 semanas (6 meses). Podemos afirmar que o BST é um teste específico para avaliar a capacidade do futebolista em suportar estímulos intermitentes, em virtude da associação significativa deste teste com o YYIRL1 e pela diferença significativa encontrada entre jovens futebolistas e escolares não praticantes de futebol em relação à distância e a velocidade alcançada no BST. Analisando o perfil multidimensional dos futebolistas em estudo, por posição (defesas, médios e avançados), verificamos que somente houve diferença significativa na variável biológica estatura. Os defesas eram mais altos que os médios. Não houve diferença significativa entre as posições no que se refere às variáveis adiposidade, idade esquelética, de desempenho e de treino. Na distribuição do estatuto maturacional dos jovens futebolistas foram encontrados maior quantidade de avançados, seguidos de normomaturo iii maturos, o que reforça a tendência e direcionamento para a escolha dos mais avançados a nível esquelético, no processo de seleção e sucesso no futebol. Não foram verificados futebolistas no estágio atrasado. Não foram verificadas diferenças significativas entre avançados, normomaturos e maturos nas variáveis antropométricas e de desempenho funcional. A idade cronológica apresentou correlação com o desempenho intermitente (BST), experiência desportiva e com o potencial desportivo. O tamanho corporal e a adiposidade apresentaram associação com o VO2max. Não foi verificada diferença significativa entre os escalões Sub16 e Sub18 em relação à estatura, massa corporal, adiposidade e no desempenho funcional. Em contrapartida, houve diferença significativa entre os Sub16 e os Sub18 referente à experiência desportiva e à idade esquelética. A distribuição do estatuto maturacional mostrou maior quantidade de avançados no escalão Sub16 e maior quantidade de normomaturos e maturos no escalão Sub18. Na análise do efeito do estatuto maturacional dos jovens futebolistas nos indicadores de treino no período de preparação, verificamos que houve efeito significativo