Novas Espécies Do Gênero Anomiopus, Grupo Smaragdinus (Coleoptera, Scarabaeidae) 187
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Novas espécies do gênero Anomiopus, grupo smaragdinus (Coleoptera, Scarabaeidae) 187 Novas espécies do gênero Anomiopus, grupo smaragdinus (Coleoptera, Scarabaeidae) Virgínia Luzia Canhedo Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188, 90001-970, Porto Alegre, RS, Brasil. (Bolsista FAPERGS recém-doutor) ABSTRACT. New species of smaragdinus group of the genus Anomiopus (Coleoptera, Scarabaeidae). Seven new species of Anomiopus Westwood, 1842 are added to smaragdinus group: from Brazil, A. caputipilus (Goiás), A. impartectus (São Paulo), A. paraensis (Pará), A. preissae (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro), A. quadridentatus (Bahia) and A. soledari (Goiás e Distrito Federal); from Argentina, A. similis (Misiones). A key and illustrations of the species are added. KEYWORDS. Coleoptera, Scarabaeidae, Anomiopus, taxonomy, Neotropical. INTRODUÇÃO mínima que separa as mesocoxas (saliência metasternal). A terminologia morfológica segue a proposta de CANHEDO Ao revisar o gênero Anomiopus Westwood, 1842, (2004) alicerçada em EDMONDS (1972) e GÉNIER (1996). CANHEDO (2004) reuniu 48 espécies em três grupos morfológicos: cuprarius, smaragdinus e virescens. O RESULTADOS E DISCUSSÃO grupo smaragdinus, com 23 espécies, caracteriza-se por apresentar carena-transversa propleural incompleta, com Para incluir as sete novas espécies, a chave do diversos graus de extensão (longa, curta, diminuta ou grupo smaragdinus (CANHEDO, 2004) é modificada. inexistente na porção média da propleura); face dorso- lateral das metatíbias sem dentes transversalmente Chave para as espécies do grupo smaragdinus de inseridos; meso- e metatarsômeros alargados, Anomiopus. emarginados apicalmente de várias maneiras, pelo menos 1. Carena-transversa propleural alcança a borda quanto aos artículos I e II, exceto em A. smaragdinus externa da propleura, mas sofre um pequeno (Westwood), em que o artículo I mostra-se obliquamente desvio antes de encontrá-la e não contorna truncado no ápice, o ângulo interno levemente projetado, os proepisternos, pela borda externa, em e II-IV transversalmente truncados. Sete novas espécies, direção ao ápice da propleura. Brasil (BA) .... a seguir descritas, passam a integrar o grupo ....................... A. nigricans Westwood, 1842 smaragdinus. Carena-transversa propleural incompleta: longa (ca. 3/4 ou mais da largura propleural, figs. 3, MATERIAL E MÉTODOS 18), curta (ca. metade a 1/4 da largura propleural, Os exemplares examinados procedem: figs. 54, 65, 78), diminuta (restrita à borda Departamento de Zoologia, Universidade Estadual interna da propleura, fig. 30) ou inexistente na Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Ilha Solteira, São porção mediana da propleura (fig. 42) ......... 2 Paulo, Brasil (DZIS); Coleção Fernando Zagury Vaz-de- 2(1). Carena-transversa propleural longa, quase Mello, Viçosa, Minas Gerais, Brasil (FVMC); Coleção atingindo a borda externa da propleura (figs. Henry Howden & Anne Howden, Ottawa, Canadá 3, 18) ............................................................. 3 (HAHC); Institut Royal des Sciences Naturelles, Carena-transversa propleural curta (figs. 54, 65, Bruxelas, Bélgica (ISNB); Museu de Ciências Naturais, 78), diminuta (fig. 30) ou inexistente na porção Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto mediana da propleura (fig. 42) ..................... 5 Alegre, Brasil (MCNZ); Museu de Zoologia, Universidade 3(2). Saliência metasternal quadrangular, C/Lm 1,1, de São Paulo, São Paulo, Brasil (MZSP); Muséum National lados eqüidistantes; proepimeros lisos, d’Histoire Naturelle, Paris, França (MNHN). As brilhantes; ramos da sutura fronto-clipeal bifurcados na base; dentes protibiais longos, dimensões estão expressas em milímetros, de acordo com moderadamente estreitos, distribuídos no terço a seguinte legenda: CT, comprimento total do corpo; CC, distal. Brasil (AM) ......................................... comprimento da cabeça; LC, largura da cabeça; CP, .......................... A. globosus Canhedo, 2004 comprimento do pronoto; LP, largura do pronoto; CE, Saliência metasternal retangular, C/Lm 1,3-1,6, os comprimento do élitro; LE, largura do élitro; C/L, lados levemente divergentes para o comprimento por largura (chanfradura ocular); L/C, mesosterno (figs. 4, 19); proepimeros com largura por comprimento (pronoto, esternelo e microestrias finas (figs. 3, 18); ramos da sutura mesosterno); C/Lm, relação entre comprimento e largura fronto-clipeal simples na base (figs. 1, 17); Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 94(2):187-204, 30 de junho de 2004 188 CANHEDO dentes protibiais moderadamente largos, carenas longitudinais, uma próxima à borda distribuídos nos 2/3 distais (figs. 12, 13, 27) . interna, outra mediana; borda clipeal 6- ..................................................................... 4 denteada. Peru (Loreto, Huanuco) ................ 4(3). Corpo arredondado (fig. 8); borda clipeal ............................. A. validus Canhedo, 2004 bidenteada, sem escavação central (fig. 1); Meso- e metatíbias, na face ventral, com carena chanfradura ocular muito estreita, C/L 10; área rasa ou apenas uma estria fina, longitudinal, occipital não-marginada; dentes protibiais, próxima à borda interna.............................. 12 apical e mediano, contíguos na base (figs. 12- 12(11). Metatarsômero I mais largo que longo, luniforme, 14); terço distal das protíbias sem dentículos. a borda apical com emarginação arqueada, Brasil (MG, ES, RJ) ........ A. preissae sp. nov. ângulos subiguais em comprimento; borda Corpo suboval (fig. 22); borda clipeal 4-denteada, clipeal bidenteada. Brasil (AM) ..................... escavação central rasa (fig.17); chanfradura ...........................A. howdeni Canhedo, 2004 ocular estreita, C/L 5; área occipital marginada; Metatarsômero I mais longo que largo, dentes protibiais normais (figs. 22, 26, 27); terço subtriangular, borda apical com emarginação distal das protíbias com dentículos. Argentina angulada, ângulo externo algo projetado; (Misiones) ....................... A. similis sp. nov. borda clipeal 4-denteada. Peru (Loreto) ......... 5(2). Carena-transversa propleural diminuta, restrita à .................................. A. idei Canhedo, 2004 borda interna (fig. 30) ou mesmo inexistente 13(10). Metatarsômeros I-IV curtos, alargados, na porção mediana (fig. 42).......................... 6 subtriangulares; I-III sinuosamente ou Carena-transversa propleural curta, ocupando angularmente emarginados na borda apical, ca. metade a 1/4 da largura propleural (figs. ângulo externo levemente projetado; lados do 54, 65, 78) ..................................................... 9 metasterno com microestrias e pontos finos; 6(5). Cabeça com duas protuberâncias evidentes, dentes protibiais alongados e delgados ........ logo abaixo da sutura fronto-clipeal (fig. 29); ................................................................... 14 borda clipeal bidenteada; pronoto com sulco Metatarsômeros I-IV alongados, estreitos, sub- médio-longitudinal profundo, bem-marcado retangulares; I com borda apical obliquamente (fig. 34). Brasil (DF, GO) ................................. truncada, ângulo interno levemente projetado; ....................................... A. soledari sp. nov II-IV transversalmente truncados; lados do Cabeça desarmada; borda clipeal 4- ou 6-denteada, metasterno polidos, sem microestrias, com a borda anterior da cabeça 4 ou 8-denteada; pontos elípticos e umbilicados; dentes no pronoto, sulco médio-longitudinal protibiais moderamente curtos e alargados; inconspícuo ou inexistente.......................... 7 ramos da sutura fronto-clipeal simples na base. 7(6). Área occipital marginada; borda anterior da Guiana Francesa, Venezuela (Bolívar), Brasil cabeça 8-denteada, a clipeal 6-denteada; (PA, AM, AC, MG) ........................................ junção clípeo-genal fortemente entalhada; .............. A. smaragdinus (Westwood, 1842) chanfradura ocular estreita, C/L 5; estrias 14(13). Ramos da sutura fronto-clipeal simples na base. elitrais finas e profundas. Brasil (MG) ........... Brasil (PA, AM, RO) ...................................... ................... A. octodentatus Canhedo, 2004 ...................... A. batesii (Waterhouse, 1891) Área occipital não-marginada (fig. 41) .............. 8 Ramos da sutura fronto-clipeal bifurcados na 8(7). Estrias elitrais largas e profundas; pontuação da base. Brasil (TO, RO, GO, MS)...................... cabeça fina e sem cerdas; borda clipeal 4- .............................. A. mourai Canhedo, 2004 denteada; junção clípeo-genal reta; 15(9). Urosternitos IV-VI com sulcos transversais chanfradura ocular estreita, C/L 4. Bolívia longos e evidentes, justapostos à margem (Beni) ............. A. latistriatus Canhedo, 2004 posterior, em cada lado (fig. 57) ................. 16 Estrias elitrais finas e moderadamente rasas (fig. Urosternitos sem sulcos transversais (fig. 68) ou 46); pontuação da cabeça moderadamente estes muito curtos e rasos, pouco perceptíveis grossa e com cerdas curtas (fig. 41); borda (fig. 81) ....................................................... 17 clipeal 4-denteada, a borda anterior da cabeça 16(15). Superfície dorsal normal, regular; chanfradura 6-denteada; junção clípeo-genal fortemente ocular muito estreita, C/L 9; borda clipeal entalhada; chanfradura ocular muito estreita, bidenteada, sem escavação central; C/L 10. Brasil (GO) ......................................... metafêmures marginados na borda anterior da ................................