Diagnóstico Territorial Da Economia Popular Solidária
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Diagnóstico Territorial da Economia Popular Solidária Sisal e Piemonte Norte do Itapicuru/BA Senhor do Bonfim, outubro de 2016 02 Diagnóstico Territorial da Economia Popular Solidária – Sisal e Piemonte Norte do Itapicuru/BA Ficha Técnica Realização e Apoio Grupo Regional de Economia Popular Solidária - GREPS Ministério de Trabalho – Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES Convênio 791562/2013 Secretaria Estadual de Trabalho, Renda, Emprego e Esporte – SETRE/SESOL/BA Sebrae Nacional – Convênio 035/2014 Coordenação Associação Regional dos Grupos Solidários de Geração de Renda - ARESOL Fundação Grupo Esquel Brasil/Vencer Juntos Equipe Rogério Guilhermino de Oliveira Elisandra Simões Ribeiro José Isanilton Araujo da Silva Caliane Moura Nunes Luís de Oliveira Costa Coordenação Editorial/Redação Final Simaia dos Santos Barreto Luiz Augusto Bronzatto Barbara Schmidt Rahmer Projeto Gráfico e Editorial Paulo Roberto de Oliveira Fotos Fundação Grupo Esquel Brasil Márcio Donizeti Otávio Laura Dubois CESOL Desenho da Capa Elisandra Simões Ribeiro 03 Realização e Apoio Convênios 04 Diagnóstico Territorial da Economia Popular Solidária – Sisal e Piemonte Norte do Itapicuru/BA Sumário 1. APRESENTAÇÃO 5 2. CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL 6 2.1 Breve Apresentação do Território ............................................................................6 2.2 História .................................................................................................................... 8 2.3 Perfil Socioeconômico do Território e Identificação da População Alvo para Ações de Economia Solidária ......................................................................................................... 10 3. A ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA NO TERRITÓRIO 27 3.1 Histórico da Economia Popular Solidária no Território ...........................................28 3.2 Distribuição Geográfica dos Empreendimentos ......................................................40 3.3 Perfil dos Empreendimentos ...................................................................................41 3.4 Meio –Ambiente ...................................................................................................... 48 3.5 Comercialização ....................................................................................................... 51 3.6 Crédito e Finanças Solidárias ...................................................................................57 3.7 Conhecimentos: Educação, Formação e Assessoramento .......................................61 3.8 Ambiente Institucional: Legislação e Integração de Políticas Públicas ....................65 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 68 5. BIBLIOGRAFIA 69 6. ANEXOS 71 05 1. APRESENTAÇÃO Este documento retrata um dos importantes conjuntos de experiências de Economia Popular Soli- dária - ECOSOL, que nasceu e atua em parte dos municípios dos Territórios do Sisal e Piemonte Norte do Itapicuru: as experiências que fundaram e são filiadas ao Grupo Regional de Economia Popular e Solidá- ria – GREPS, com foco maior na Associação Regional dos Grupos Solidários de Geração de Renda – ARE- SOL, um dos membros fundadores. A ARESOL nasceu de um projeto da Pastoral da Criança, vinculada à Igreja Católica na Diocese Bonfim. Diocese é uma unidade geográfica de organização da Igreja que não coincide com os territórios administrativos do Estado. No decorrer da sua história, a atuação da ARESOL se extendeu para além do território da Diocese, para o município de Uauá. Os municípios incluídos no presente diagnóstico são aqueles onde o trabalho da ARESOL e dos demais membros do GREPS ganhou sua maior expressão: Andorinha, Antônio Gonçalves, Cansanção, Campo Formoso, Filadélfia, Itiúba, Monte Santo, Pindobaçu, Queimadas, Senhor do Bonfim e Uauá. Para efeito deste diagnóstico entende-se por Economia Popular Solidária um modo de produzir, comercializar, consumir e financiar empreendimentos e empreendedores norteados por valores como cooperativismo, associativismo, solidariedade, autogestão, busca pelo bem comum, centralidade no ser humano, e um modo de organização com propriedade coletiva dos bens e dos resultados da produção. É importante esclarecer no início que este diagnóstico não representa um retrato completo da economia popular solidária nos dois Territórios de Identidade: acontece que o Território Sisal abriga vários polos e várias fortes redes de economia popular solidária, cada uma com sua própria história e dinâmica. Deve-se tratar de uma das regiões no Brasil com mais alta concentração de experiências bem sucedidas de economia popular solidária, e merece estudos mais aprofundados. Vale registrar aqui os demais polos de economia popular solidária presentes nos Territórios que não recebem um tratamento aprofundado neste diagnóstico: No Território do Sisal, a APAEB em Valente e a Arcosertão/Armazem da Economia Solidária em Serrinha; e em Uauá (município que fica no Território Sertão do São Francisco), a Coopercuc. Este documento é resultado de um processo de mobilização e sensibilização dos atores locais vin- culados ao GREPS no intuito de realizar um balanço e sistematizar a trajetória do movimento, de retratar e analisar a situação atual e mapear as perspectivas futuras. Esse exercício faz parte da mobilização nacional em torno da III Conferência Nacional de Economia Solidária (III CONAES) que previu a constru- ção de planos territoriais, estaduais e nacional de Economia Solidária no período 2014-2015. Assim, o presente diagnóstico é o primeiro passo na construção do plano territorial. Um plano de tal natureza tem como objetivo geral servir como instrumento orientador de uma plataforma de constituição de rede territorial de economia popular solidária enquanto estratégia re- novada de promoção do desenvolvimento no território. Os objetivos específicos do Plano Territorial de ECOSOL são: a) tornar visíveis e fortalecer EES ou iniciativas locais já existentes; b) ativar novos empre- endimentos e iniciativas; c) ativar mecanismos de articulação institucional; d) estabelecer vínculos e relações (de natureza tanto econômica quanto não econômica) entre os diferentes empreendimentos, iniciativas e instâncias institucionais (governamentais e da sociedade civil) no intuito de orientar a ação em rede dos mesmos e de reivindicar políticas públicas de apoio à Economia Popular Solidária que pro- movam o desenvolvimento territorial. Em termos práticos, o intuito do Plano Territorial de Economia Popular Solidária é o estímulo ao planejamento adequado de ações que promovam à geração de trabalho e renda vinculada ao próprio desenvolvimento humano no território, por meio da constituição e/ou fortalecimento tanto de empre- endimentos sócio-produtivos voltados preferencialmente para produção, prestação de serviços e con- sumo locais, quanto da criação e fortalecimento de iniciativas de natureza sociocultural, sócio-política e/ou socioambiental dedicadas também à gestão de certos serviços públicos e comuns às localidades. 06 Diagnóstico Territorial da Economia Popular Solidária – Sisal e Piemonte Norte do Itapicuru/BA Para realizar o diagnóstico, as principais redes de empreendimentos da economia solidária (EES) e entidades de apoio e fomento (EAFs) filiadas ao GREPS se juntaram para promover uma série de en- contros e oficinas, assim como, uma pesquisa de campo. São elas: a Associação Regional dos Empreen- dimentos Solidários de Geração de Renda - ARESOL, Associação Regional da Escola Família Agrícola do Sertão - AREFASE, Associação Regional da Escola Família Agrícola de Itiúba - AREFAI, Central das Associa- ções Comunitárias de Ocupantes e Assentados do Semiárido Baiano - COASB, Central das Associações de Fundo e Fecho de Pasto - CAFFP, Coordenação Regional da Agricultura Familiar - CAF; Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Pastoral da Juventude Rural - PJR, Comissão Pastoral da Terra -CPT, CACTUS e Comunidade Kolping. Este documento está estruturado em três capítulos. O primeiro é esta apresentação, que tem como objetivos apresentar conceitualmente do que se trata um diagnóstico e plano territorial de Eco- nomia Popular Solidária, a concepção de unidade territorial adotada neste relatório, assim como a sua estrutura. O segundo capítulo, chamado “Caracterização do Território” busca apresentar de maneira transversal os territórios do Sisal e Piemonte Norte do Itapicuru com informações sobre a realidade geo- gráfica, demográfica, social, cultural, institucional e econômica do território. Este segundo capítulo tem como objetivo compreender as demandas, as potencialidades e fragilidades territoriais que guiarão o processo de definição de áreas estratégicas para criação dos Empreendimentos de Economia Solidária. Por fim, no terceiro capítulo, chamado “A Economia Popular Solidária no Território” tem como ob- jetivos: 1) Mapear os diferentes atores (de ECOSOL ou não), políticas e instituições que podem contribuir com a criação, desenvolvimento e fortalecimento de Empreendimentos Econômicos Solidários; 2) Apro- fundar informações sobre os Empreendimentos Econômicos Solidários, Entidades de Apoio e Fomento e Redes de ECOSOL que possibilitem guiar as suas ações de intervenção e suporte. Com esse último objetivo, o que se busca é identificar pontos fracos e fortes nos EES (produção, comercialização, acesso ao crédito etc.), assim como no seu suporte técnico-institucional, que possibilitem criar estratégias de ação para fortalecê-los e dinamizá-los. O diagnóstico exposto, objetiva nortear o planejamento estratégico da Economia Popular Solidária local, portanto,