Juliana Gaboardi Vultão Diversidade Genética De Tripanossomatídeos De
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Juliana Gaboardi Vultão Diversidade genética de tripanossomatídeos de mamíferos da Magnaordem Xenarthra no bioma Amazônico Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, para obtenção do Título de Mestre em Ciências. São Paulo 2017 Juliana Gaboardi Vultão Diversidade genética de tripanossomatídeos de mamíferos da Magnaordem Xenarthra no bioma Amazônico Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, para obtenção do Título de Mestre em Ciências. Área de concentração: Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro Orientadora: Profa. Dra. Marta Maria Geraldes Teixeira Versão original São Paulo 2017 CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Serviço de Biblioteca e informação Biomédica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo Ficha Catalográfica elaborada pelo(a) autor(a) Gaboardi Vultão, Juliana Diversidade genética de tripanossomatídeos de mamíferos da Magnaordem Xenarthra no bioma Amazônico / Juliana Gaboardi Vultão; orientador Profa. Dra. Marta Maria Geraldes Teixeira. -- São Paulo, 2017. 82 p. Dissertação (Mestrado) ) -- Universidade de São Paulo, Instituto de Ciências Biomédicas. 1. Xenarthra. 2. Trypanosoma. 3. Endotrypanum. 4. Diversidade genética. 5. Filogenia. I. Maria Geraldes Teixeira, Profa. Dra. Marta , orientador. II. Título. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS Candidata: Juliana Gaboardi Vultão Título da Dissetação: Diversidade genética de tripanossomatídeos de mamíferos da Magnaordem Xenarthra no bioma Amazônico Orientadora: Marta Maria Geraldes Teixeira. A Comissão Julgadora dos trabalhos de Defesa da Dissertação de Mestrado, em sessão pública realizada a ........./......../.......... , considerou a candidata: ( ) Aprovado(a) ( ) Reprovado(a) Examinador(a): Assinatura: .............................................................................................. Nome: ..................................................................................................... Instituição: .............................................................................................. Examinador(a): Assinatura: .............................................................................................. Nome: ..................................................................................................... Instituição: .............................................................................................. Examinador(a): Assinatura: .............................................................................................. Nome: ..................................................................................................... Instituição: .............................................................................................. Presidente: Assinatura: .............................................................................................. Nome: ..................................................................................................... Instituição: .............................................................................................. CERTIFICADO DA COMISSÃO DE ÉTICA Aos meus sobrinhos, Lucas e Sarah, que são as minhas inspirações. AGRADECIMENTOS À Profª Dra. Marta Maria Geraldes Teixeira, pela oportunidade, orientação e confiança. Ao Prof. Dr. Erney Camargo pelas contribuições. À minha Co-orientadora, Dra. Luciana Lima, por todo apoio e dedicação durante a condução deste trabalho e pela amizade construída no decorrer desses anos. À Profª Dra. Silvia Alfieri, pela grande ajuda e contribuições na revisão deste trabalho. À Carmem Takata, pelos ensinamentos e auxílio constante no laboratório. À Marta Campaner, pela dedicação no isolamento e manutenção dos parasitas. À Dra. Sandra Elisa Favorito-Raimo, por ter me apresentado ao mundo da pesquisa quando eu ainda era aluna de Medicina Veterinária. E, também, por me proporcionar campos maravilhosos onde eu pude conhecer grande parte do Brasil. Ao Dr. Laerte Bento Viola, pelas longas conversas de incentivo e por não me deixar desistir. À Patrícia Beloto Bertola, minha amiga e gerente, por compreender e flexibilizar as minhas férias e folgas para o desenvolvimento desta pesquisa. À minha mãe (Erci), pai (Leonel), irmã (Luciana) e aos meus sobrinhos (Lucas e Sarah), por todo o incentivo, por compreender a minha ausência, pelas orações e palavras de conforto quando eu achava que o fardo estava muito pesado e que não conseguiria chegar ao fim. Vocês acreditaram em mim, muito mais do que eu poderia imaginar. À minha prima Ana Paula “Paulinha”, por toda ajuda, apoio, amizade e companhia nesses últimos anos. À Tia Ana, Madrinha “Isabel” e Doni, pelas orações e incentivo. Aos grandes amigos, Tiago Esteves, Érika Machado, Carla Pavone, Jéssica Marchese, Jennyfer Gimenez, Luciana Lobo, Fernanda Volpon, Bianca Matinata, Tatiana Pavão, Érica Haller, Beatriz Leite, Beatriz Beça, Ana Claudia Prandini e Alex Aurani. Alguns tiveram participação efetiva durante essa empreitada, mas todos com certeza me proporcionaram um ótimo ambiente para que eu me tornasse mestre. A três grandes amigas que a vida me deu: Camila Miné, pelas longas conversas de incentivo, pela palavra amiga, por estar sempre disponível; Ana Catarina “Catita”, pelo abraço mais forte e confortante que eu já recebi e Ana Carolina, pelos 31 anos de amizade e por ter compartilhado os melhores momentos da minha vida. Também agradeço aos queridos amigos que fizeram parte deste ciclo: Rodrigo Lourenço, Gustavo Panza, Marina Fachim e Fábio Romeiro. Ao amigo José Villavicencio “Pepe”, pela ajuda e incentivo constante. A todos os biólogos e veterinários que conheci durante os trabalhos de campo, em especial aos Médicos Veterinários, Douglas Vasconcelos e Amanda Souza Cruz, e à bióloga e amiga Camilla Presente Pagotto. À Maria Lúcio “Maria da praia”, pelos cafezinhos e pedaços de bolos durante as longas tarde que passei estudando em Juquehy. Aos amigos do laboratório, Carla, Herakles, André, Priscila, Paola, Oneida, Bruno, Tarcila, Tania, Lyslaine, Omar e Zuleima, por todos os ensinamentos, por terem retirado/colocado as minhas reações enquanto eu estava no trabalho, pela paciência e carinho que todos me trataram durante esses anos. Certamente, gostaria de ter tido a oportunidade de conviver mais com todos vocês. Por último, mas não menos importante, agradeço imensamente ao meu companheiro, Duda, pela paciência constante, pelo apoio em todas as minhas decisões e por entender a minha ausência nesses anos. Sem dúvida, a sua companhia fez com que a minha vida fosse muito mais leve. 1 “Aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” Leonardo da Vinci RESUMO Vultão, JG. Diversidade genética de tripanossomatídeos de mamíferos da Magnaordem Xenarthra no bioma Amazônico. [Dissertação (Mestrado em Parasitologia)]. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo; 2017. A magnaordem Xenarthra compreende um grupo de animais que divergiu há ~65 m.a. geograficamente isolado no hemisfério sul, atual América do Sul até o fechamento do Istmo do Panamá (~3 m.a), quando ocorreu um grande intercâmbio de animais entre as Américas do Norte e do Sul e uma variedade de Xenarthra migrou para o norte. Atualmente, Xenarthra das ordens Cingulata (tatus) e Pilosa (preguiças e tamanduás) são amplamente distribuídas na América do Sul e Central, enquanto na América do Norte, apenas tatus são encontrados. A história evolutiva desse grupo de animais, que é um dos mais antigos e endêmico da América do Sul, e a presença de diferentes espécies habitando uma diversidade de estratos e nichos ecológicos, fazem desse grupo um dos mais interessantes e menos explorados para estudos de diversidade, filogenia e aspectos biogeográficos de tripanossomatídeos. Esse estudo é de grande importância para o entendimento da diversidade e evolução dessa família. Estudos filogeográficos têm permitido inferir cenários que refletem as interações entre esses parasitas e seus hospedeiros vertebrados e vetores ao longo de suas histórias evolutivas. Nesse trabalho, foram analisadas 407 amostras de sangue e tecidos de Xenarthra da Amazônia brasileira (Rondônia, Pará e Mato Grosso), sendo 361 de preguiças, 32 de tamanduás e 14 de tatus. A fim de comparar o repertório de tripanossomatídeos encontrados nesses animais, com parasitas detectados em outras ordens de mamíferos, que compartilham o mesmo bioma, analisamos 57 amostras de porco-espinho (roedor do gênero Coendou). As amostras obtidas foram caracterizadas por DNA barcoding e análises filogenéticas foram realizadas baseadas nos genes SSU rRNA e gGAPDH, que permitem classificar os tripanossomatídeos em gêneros, subgêneros, espécies e genótipos conhecidos, assim como identificar novas espécies e genótipos. Os resultados obtidos revelaram uma grande diversidade de parasitas. Foram encontradas preguiças infectadas (34,35%) com os seguintes parasitas: Endotrypanum (N=54), duas novas espécies de Trypanosoma identificadas nesse estudo [T. sp1 (N=9) e T. sp2 (N=53)], T. rangeli das linhagens A (N=4), B (N=9) e E (N=3) e T. cruzi da DTU TcIII (N=2). As duas novas espécies de Trypanosoma foram detectadas em 86 animais: T. sp1, até o momento exclusivo de preguiças (9 animais), e T. sp2, detectado em todas as espécies de Xenarthra