Estágios Imaturos De Caligo Illioneus Illioneus (Cramer) (Nymphalidae: Morphinae: Brassolini)

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Estágios Imaturos De Caligo Illioneus Illioneus (Cramer) (Nymphalidae: Morphinae: Brassolini) November - December 2009 801 SYSTEMATICS, MORPHOLOGY AND PHYSIOLOGY Estágios Imaturos de Caligo illioneus illioneus (Cramer) (Nymphalidae: Morphinae: Brassolini) MARIA J S SPECHT1,2, MÁRLON PALUCH1,3 1Depto. de Zoologia, Univ. Federal de Pernambuco, Av Prof Moraes Rêgo s/nº, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE; 2Bolsista PIBIC/CNPq; [email protected]; 3Pesquisador CNPq/FACEPE; [email protected] Edited by Marcelo Duarte – MZ/USP Neotropical Entomology 38(6):801-808 (2009) Immature Stages of Caligo illioneus illioneus (Cramer) (Nymphalidae: Morphinae: Brassolini) ABSTRACT - The biology and external morphology of the immature stages of Caligo illioneus illioneus (Cramer) are described from ovipositions collected on leaves of Heliconia velloziana (Heliconiaceae) in the Atlantic Forest in Pernambuco state, Brazil. KEY WORDS: Ontogeny, chaetotaxy, ornamental plant, Atlantic Forest RESUMO - Este trabalho descreve a biologia e morfologia externa dos estágios imaturos de Caligo illioneus illioneus (Cramer) coletados na Mata Atlântica do estado de Pernambuco, Brasil, a partir de oviposições em folhas de Heliconia velloziana (Heliconiaceae). PALAVRAS-CHAVE: Ontogenia, quetotaxia, planta ornamental, Mata Atlântica A tribo Brassolini (Morphinae) é exclusivamente Segundo Casagrande (2002) a monofi lia dos brassolíneos Neotropical e abriga 18 gêneros nas subtribos Biina, está sustentada em caracteres morfológicos das asas como Brassolina e Naropina. O gênero Caligo Hübner (Brassolina) presença de célula e veias umerais, célula discal fechada em possui 21 espécies, todas de grande porte (acima de 100 mm ambas as asas, androcônias, pincéis de pelos e também no uso de envergadura) e em sua maioria de hábitos crepusculares de monocotiledôneas como planta hospedeira das larvas. (Penz et al 1999, Casagrande & Mielke 2000, Casagrande No Brasil, nenhum estudo detalhado foi realizado com 2002, Casagrande 2004). Caligo illioneus (Cramer) C. i. illioneus, apesar de a subespécie ser considerada uma compreende cinco subespécies de ampla distribuição na das principais pragas da bananeira (Gallo et al 2002). Região Neotropical: C. illioneus illioneus (Cramer), descrita Recentemente, Watanabe (2007) constatou a infestação de com material-tipo proveniente do Suriname; C. illioneus larvas de C. i. illioneus em plantas de Heliconia latispatha, oberon Butler, da Venezuela e Colômbia; C. illioneus plantadas próximas à cultura de bananeiras em Jaguariúna, pampeiro Fruhstorfer, do Paraguai; C. illioneus pheidriades SP. Segundo o autor, trata-se da primeira observação do Fruhstorfer, da Bolívia, e C. illioneus praxsiodus Fruhstorfer, ataque de C. i. illioneus em H. latispatha no país. do Peru (Casagrande 2004). Diversos autores já relataram as helicônias como planta Poucos estudos foram realizados com as subespécies hospedeira dessa tribo. Penz et al (1999) realizaram uma de C. illioneus. Cleare (1926) descreveu pela primeira vez revisão bibliográfi ca relacionando 39 spp. de Brassolini a biologia e estágios imaturos de C. i. illioneus na Guiana (citado como Brassolinae) com suas hospedeiras, entre elas Britânica, a partir de oviposições obtidas em cana-de-açúcar nove espécies utilizam o gênero Heliconia. (Poaceae) e bananeira (Musaceae). Posteriormente, Penz et Segundo DeVries (1987), na Costa Rica, Heliconia spp. al (1999) também realizaram estudos dos estágios imaturos são hospedeiras de seis espécies de Brassolini (Morphinae): e plantas hospedeiras de populações do Panamá, C. illioneus Opsiphanes tamarandi tamarandi Felder & Felder; Caligo oberon, que também ocorre na Costa Rica, Venezuela e oileus scamander (Boisduval); C. illioneus oberon; Caligo Colômbia (DeVries 1987, Casagrande 2004). telamonius memnon (Felder & Felder) (citado como C. Brown (1992) cita que C. i. illioneus é uma espécie memnon memnon (Felder & Felder); Caligo brasiliensis comum na Serra do Japi, Floresta Mesófi la Semidecidual, sulanus Fruhstorfer (citado como Caligo eurilochus sulanus entre os municípios de Jundiaí e Cambreúva, São Paulo, Fruhstorfer) e Caligo atreus dionysos Fruhstorfer. Brasil. Nesse ambiente as larvas alimentam-se de espécies Recentemente, Souza et al (2006) estudaram a morfologia de monocotiledôneas pertencentes às famílias: Poaceae, dos imaturos de Caligo teucer (L.) provenientes de coletas em Musaceae, Cyperaceae, Marantaceae e Heliconiaceae. várias monocotiledôneas, entre elas Heliconia bihai Surch, 802 Specht & Paluch - Estágios Imaturos de Caligo illioneus illioneus (Cramer) (Nymphalidae: Morphinae... na Mata Atlântica, sendo esse um dos primeiros registros de 14 a 40 associação do gênero Heliconia com a lepidopterofauna do Nordeste do Brasil. 12 35 Com base nas informações citadas, este trabalho teve 10 por objetivo apresentar o ciclo biológico e a morfologia 30 externa dos imaturos de C. i. illioneus e sua relação com a 8 planta hospedeira, Heliconia velloziana, uma espécie nativa 25 ºC da Mata Atlântica, utilizada como planta ornamental em 6 Recife, PE. 20 Duração (dias) 4 15 Material e Métodos 2 0 10 Ovos de C. i. illioneus (n = 15) foram obtidos juntos à 1º 2º 3º 4º 5º Pupa planta hospedeira, H. velloziana, no mês de setembro de 14 b 85 2007, no Parque Estadual Dois Irmãos (08º 07’ S e 34º 52’ W), Recife, PE, um fragmento de Mata Atlântica. 12 80 O material biológico coletado foi transportado para a casa de vegetação em recipientes plásticos sem que houvesse 10 75 danos à postura. Todos os estágios imaturos foram mantidos 8 70 até a emergência dos adultos em gaiolas junto à planta U % hospedeira envasada. A temperatura e umidade não puderam 6 65 ser controladas, e com auxílio de termohigrômetro digital, Duração (dias) 4 60 foram registradas diariamente. Para o registro fotográfi co dos ovos e larvas de primeiro 2 55 ínstar, foi utilizada câmera digital acoplada ao microscópio 0 50 estereoscópico Leica; para os demais, máquina digital Canon 1º 2º 3º 4º 5º Pupa com zoom ótico de 4x. As descrições morfológicas foram Ínstar realizadas com material fi xado em solução de Dietrich, utilizando-se microscópio estereoscópico quando necessário. Fig 1 Relação entre a duração dos ínstares em dias Cápsulas cefálicas provenientes da troca de ínstar foram (barras), com a média da temperatura (ºC) (± desvio padrão) acondicionadas em frascos de vidro contendo álcool 70% (a) e percentagem média da umidade relativa do ar (± desvio como material-testemunha. padrão) (b). Os adultos foram depositados na “Coleção Entomológica da Universidade Federal de Pernambuco” e na “Coleção nativa do sul da Ásia, sendo de seis dias a duração do período Entomológica Pe. Jesus Santiago Moure, Departamento de embrionário. Zoologia, Universidade Federal do Paraná”. Neste estudo, o estágio larval teve cinco ínstares, com As descrições foram comparadas com as de Souza et al duração de 32 dias, e o estágio de pupa em torno de 13 dias (2006) para C. teucer, espécie simpátrica na Mata Atlântica (Fig 1). Cleare (1926) também obteve cinco ínstares para a de Pernambuco, nos trabalhos de Cleare (1926) e Penz et al mesma subespécie com duração de 40 a 44 dias e a pupal (1999). Para a nomenclatura relacionada às áreas do corpo de 11 a 13 dias. A disparidade de duração entre os estágios da larva utilizou-se Peterson (1962) e para a interpretação da larvais provavelmente está relacionada à planta hospedeira quetotaxia da larva de primeiro ínstar, Stehr (1987). utilizada e/ou às diferentes condições climatológicas onde se realizaram os experimentos. Penz et al (1999) obtiveram resultados semelhantes ao de Resultados e Discussão Cleare (1926) para a duração dos estágios de larva e pupa de C. illioneus oberon: o estágio larval teve seis ínstares com Biologia de C. i. illioneus (Fig 1) duração total de 44 a 49 dias: primeiro, oito dias; segundo, cinco dias; terceiro, 5-6 dias; quarto, 6-7 dias; quinto, 6-7 dias; Ovos de C. i. illioneus foram encontrados na superfície sexto, 14-16 dias; e pupa, entre 13-15 dias. O acréscimo de adaxial de duas folhas de uma mesma planta de H. velloziana um sexto ínstar para a população do Panamá foi identifi cado em grupos próximos de 3, 5 e 7. Foram coletados horas pelos autores a partir de diferenças morfológicas como, por antes da eclosão das larvas, portanto não foi registrada a exemplo, o acréscimo de duas projeções tegumentares dorsais duração desse estágio. Cleare (1926) descreveu o ciclo de nos segmentos abdominais A2 e A4. vida de C. i. illioneus na Guiana Britânica, sendo utilizado Quanto ao comportamento, as larvas de primeiro ínstar cana-de-açúcar e bananeira como plantas hospedeiras, mas de C. i. illioneus, logo após a eclosão, alimentam-se do os autores não mencionaram a duração desse estágio. Penz cório do próprio ovo, somente iniciando a alimentação et al (1999) estudaram os estágios imaturos de C. illioneus por raspagem do parênquima das folhas, em média, 30h oberon no Panamá a partir de ovos obtidos em uma planta após a eclosão. Quando em repouso, as larvas mantêm-se invasora, Saccharum spontaneum (Poaceae), uma gramínea gregárias (3-5 indivíduos), próximas à nervura central das November - December 2009 Neotropical Entomology 38(6) 803 folhas na face abaxial. mais escuros, assim como, em C. teucer (Souza et al 2006). A partir do segundo ínstar, as larvas passam a se Placa pronotal dividida. Placa suranal bífi da, com projeções alimentar de todo limbo foliar, e o gregarismo é mantido castanho-avermelhadas, com a porção terminal escurecida. até o quarto ínstar, porém as larvas passam a maior parte do Cerdas das projeções suranais translúcidas com a região tempo repousando sobre o caule e vão para as folhas apenas distal escura. Próximo à ecdise, as larvas com quatro dias para se alimentar. O mesmo comportamento é citado por adquirem colorações que permanecem no segundo ínstar Penz et al (1999). Os padrões de coloração ocre das larvas (Cleare 1926). No fi nal desse ínstar, o corpo pode chegar proporcionam boa camufl agem por assemelharem-se ao do a 20 mm de comprimento, incluindo as projeções da placa caule das plantas de Heliconia. suranal. Cleare (1926) registrou 17 mm de comprimento total A partir do quinto ínstar, o gregarismo cessa e geralmente para o fi nal deste ínstar. cada larva ocupa uma folha para se alimentar.
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