Universidade Federal Do Rio De Janeiro Centro De Filosofia E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Da Escola De Comunicação
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO VÍDEO, AUTOIMAGEM E ESQUIZOFRENIA: PRODUÇÃO DE SI COMO RESISTÊNCIA Daniel Edgardo Gonçalves Salgado Rio de Janeiro/ RJ 2019 DANIEL EDGARDO GONÇALVES SALGADO VÍDEO, AUTOIMAGEM E ESQUIZOFRENIA: PRODUÇÃO DE SI COMO RESISTÊNCIA Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Comunicação e Cultura. Orientadora: Profa. Dra. Victa de Carvalho Pereira da Silva Linha de pesquisa: Tecnologias da Comunicação e Estéticas Rio de Janeiro 2019 SALGADO, Daniel Edgardo Gonçalves. Vídeo, autoimagem e esquizofrenia: produção de si como resistência/ Daniel Edgardo Gonçalves Salgado – Rio de Janeiro; PPGCOM/UFRJ, 2019. 117f. Orientadora: Victa de Carvalho Pereira da Silva Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, 2019. 1. artes do vídeo. 2. imagem. 3. subjetividade. 4. esquizofrenia I. SILVA, Victa Pereira de Carvalho II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação DEDICATÓRIA À Júlia, pelo sempre. Ao pharmakon, remédio e veneno. AGRADECIMENTOS Talvez as palavras faltem agora mais do que nunca. Parece-me pouco pensar tanto, o que às vezes me faz querer partir para um céu aberto ou uma mata densa, para algum fundo de oceano. Sigo-esquizo assim como vocês, cá estamos lutando para sobreviver. Tenho muito a agradecer, com alegria e dor. Sendo mais que um, somos muitos: À QUERIDA ANA PAULA LOURENÇO, dos pequenos pés ao imenso coração, à sua tenra força e paciência, aos braços de Vênus mais uma vez e mais tantas vezes – à sustentação de TERRA sem a qual não seria capaz de germinar sementes: onde tudo se cultiva, gera, se ergue. Obrigado por todo o peso que você foi capaz de suportar e por toda a ARTE que você carrega nas mãos. Não me esquecerei da serenidade com a qual te vi tocar o fogo. À QUERIDA RAQUEL SALGADO, Mãe incondicional, guardiã de um segredo inestimável: a cadência da vida. Capaz de ser tudo, tão rigorosa e tão livre. REVISORA/PROFESSORA/COMPANHEIRA. Sympoiética na sua sede constante, sua inteligência pulsante e seu movimento incessante. SEMPRE VOCÊ, guerreira exemplar, inimiga da letargia e do cansaço, antítese do marasmo. Não canso de me surpreender com sua vitalidade, sua jovialidade sempre renovada, seu sorriso, sua persistência, seu carinho infinito. Agradecer não chega nem perto. AO QUERIDO MIGUEL SALGADO, Pai-Filósofo, PODEROSO AMIGO, o ateu místico que iniciou minha jornada-encruzilhada pelos desafios do pensamento: desde cedo, o movimento de questionar. Carrego comigo suas lições valiosas sobre o mundo, sua coragem e dor, tenra violência que não suporta ser aprisionada. Um amante da liberdade e da troca de ideias, de intensos exercícios mentais. COMPARTILHO DO SEU FASCÍNIO e CURIOSIDADE, das pequenas moléculas às vastidões do universo desconhecido. AO QUERIDO JUAN MIGUEL, irmão de carne cuja potência de criança e inteligência desterritorializante constantemente quebra-me por completo, ainda temos muito que aprender contigo, todos nós. Nunca se esqueça: estamos juntos. À QUERIDA NILDA GONÇALVES, Avó-mãe de mil elogios já tecidos. Hoje, mais do que nunca, exemplo maior de resistência e força – recuperação e regeneração! Olhar para sua trajetória é o que me acalma nos maiores desesperos: percebo que é possível contornar ventos e marés tenebrosas, aprendo contigo que podemos conviver com a dor sem que ela nos destrua. Belos ensinamentos. Mais que obrigado. AO QUERIDO RICARDO GONÇALVES, padrinho e irmão de longa data, ora pai ora filho. Com força e sensibilidade, seguimos juntos. A dor é quase insuportável, mas poder olhar nos seus olhos e te abraçar com toda a ternura do mundo é suficiente para respirar. Temos juntos o dever da MEMÓRIA, por mais pesado que seja, carregarei contigo até quando for preciso. AO QUERIDO BERNARDO KALLINA, grande amigo e companheiro de curiosa força e ousadia, movimento ativo da natureza que impele, em mim, transformações constantes. Cada conversa trocada, cada ideia justaposta é um ponto de continuidade, inspiração e desafio. Nossas mentes são colocadas em xeque e choque, estímulos imensos que trabalham operando conjunções sem fim, caminhadas delirantes pelo espaço-tempo dessa vida tão maior que nós mesmos. Sou grato por tudo que compartilhamos. À QUERIDA ANA CLARA MATTOSO, vetor pulsante de amizade e produção, artista densa e carinhosa. Obrigado por todos os movimentos de criação que me foram propostos, todo o compartilhamento de desafios profundos, de trabalhos conjuntos e trocas energéticas. Sua presença e intensidade me comovem e instigam. Agradeço pela forte relação, bem como por todos os ditos e não-ditos desta troca. À QUERIDA ANA BEATRIZ BRITO, irmã de longas viagens, por quem tenho uma intensa admiração: ser humano forte, mutável, tão segura e tão disposta a se movimentar e gerar vida. Seu sorriso é uma lição de vigor e paciência em momentos tão sombrios, que muitas vezes me tomam por completo. Obrigado por todo o carinho do mundo, e mais do que obrigado pela oportunidade de ser padrinho de algo tão esplendorosamente inexplicável como a criatura CHICO que você e Lucas puseram nesta existência. A mais profunda obra de arte. AO QUERIDO LEONARDO VIANA, pelas viagens mágicas que marcam a cabeça e enchem os olhos, pelo forte companheirismo, pelas canções, pelas boas conversas, habilidades de jardinagem e firme amizade, muito obrigado! À QUERIDA DIANA FERRAZ, amiga de longa data e longas risadas noite adentro, sempre intensa e pulsante. Agradeço pela sua vitalidade, que lembra fogo, e marca nossos sempre belos encontros. À VICTA DE CARVALHO, Querida orientadora e (por que não?) inestimável amiga, com a qual compartilhei, nesses últimos dois anos, não só minhas aflições acadêmicas como também meus desesperos existenciais. Agradeço IMENSAMENTE por todos os instantes de conversa, por vezes orientações teóricas, por vezes profundas sessões de terapia e/ou consultas espirituais que me impregnavam de intensidade. Nem sei como agradecer por toda a confiança e credibilidade que me foi dada, sua aposta na minha loucura. Em nenhum momento deixei de me sentir instigado e estimulado pelas suas proposições. Espero continuarmos essa caminhada ao longo. AO FERNANDO FRAGOZO, que há algum tempo já acompanha meus caminhos e movimentos, ora mais de perto, ora mais de longe, mas sempre presente. E por isso sou mais do que grato. Sua amizade, atenção e filosofia inspiram não só como Professor, mas como postura diante da vida. Que nossos caminhos continuem se cruzando, fico feliz de poder contar com esse olhar tão repleto de seriedade e ternura. AO ANTÔNIO FATORELLI, cujas aulas que frequentei no primeiro semestre de mestrado foram importantíssimas para o desenvolvimento desta pesquisa, os textos que indicava junto a calorosas discussões em sala de aula serviram de sustentação para muitas das minhas reflexões, proporcionando aberturas até então não pensadas. Pela participação na banca, pela inteligência e sensibilidade admiráveis e pelo bom humor, meu muito obrigado. AO HENRIQUE ANTOUN, Professor-Filósofo de intensidades exponenciais, cujas aulas ao longo do mestrado deixaram em mim uma marca e influência sem tamanho. À maneira diabólica como procede seu pensamento é música para os meus ouvidos desesperados e ávidos por potência. É o devir-louco daqueles que fazem do pensar um risco, já que é a vida em si que está em jogo. Obrigado pelo corpo sem órgãos, pelos ensinamentos inegavelmente desterritorializantes e pela composição no caos. AOS BELÍSSIMOS AMIGOS da Corte e do Varal. Somos sempre mais que um e somos muitos para além do que se pode conceber com palavras. Não valeria a pena se não fosse esse mosaico de vidas justapostas e sobrepostas que decidiram compartilhar suas trajetórias uns com os outros. Nina Gudme, João Carlos da Mata, Ricardo Marques, Francisco Guimarães, Antonio Teicher, Heloísa Traiano, Bernardo Mello e muitos outros nomes tão intensos e pulsantes nesta breve existência. Obrigado por cada conversa, cada apoio, cada olhar, cada música e cada noite entorpecida. Mais que obrigado pela comunidade. Ao CNPq, pela bolsa de dois anos que me foi concedida e sem a qual a intensa dedicação a esta pesquisa não seria possível. “Eu sou a besta que venero” (Stefan Burnett) “He fell in love with the image of himself And suddenly the picture was distorted Even the greatest stars dislike themselves in the looking glass” (Kraftwerk) “Somos, talvez, a ferida, a doença da natureza [...] Nesse caso, seria para nós necessário – e, além do mais, possível, ‘fácil’ – fazer da ferida uma festa, uma força da doença.” (Georges Bataille) RESUMO SALGADO, Daniel Edgardo Gonçalves. Vídeo, autoimagem e esquizofrenia: produção de si como resistência. Orientadora: Victa de Carvalho Pereira da Silva. Rio de Janeiro, 2019. Dissertação (Mestrado em Tecnologias da Comunicação e Estéticas) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 117f. Partindo da premissa filosófica de autores como Simondon, Deleuze e Guattari, a presente pesquisa procura problematizar o estatuto contemporâneo de produção e consumo da imagem videográfica, que se encontra em um novo contexto marcado pelas mídias digitais, pela profusão de tecnologias de imagem e tela e pela onipresença da internet e das redes sociais no cotidiano capitalista. A partir