Programa Do Governo 2016 - 2021
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CUMPRIMOS! Programa do Governo 2016 - 2021 1 Caros cabo-verdianas e cabo-verdianos: Esta publicação é um contributo para a verdade, para a avaliação de um governo que governou em tempos de crise e de emergência durante praticamente toda a legislatura e que teve uma oposição extremada, negativista e negacionista, guiada por uma obsessão: assaltar o poder a qualquer custo. Somos o Governo que governou em contexto mais difícil do Cabo Verde Democrático: crise económica e social em 2016; três consecutivos de seca severa; e um ano de pandemia da COVID 19. Recuperamos a economia que em 2016 estava em estagnação, com elevada dívida, elevada taxa de desemprego e com 68 mil jovens sem emprego e fora do ensino ou da formação (NEET), em 2015. Colocamos o país a crescer mais de 5% por ano e a criar emprego (26.000 empregos no setor não agrícola em três anos); reduzimos a dívida publica de 125,8% em 2015 para 124,7% em 2019. Atingimos 819 mil turistas em 2019, a caminho de atingir a meta de um milhão de turistas em 2021. Protegemos os agricultores, os criadores de animais e as famílias rurais atingidos pela seca através de emprego público, mobilização da água e ração para gado. Com as medidas tomadas, impedimos o colapso económico e social no mundo rural e tornamos a agricultura mais resiliente, com mais água e energia renovável. Protegemos a saúde, o emprego, as empresas e as famílias na pandemia da COVID. Com as medidas tomadas, salvamos vidas; impedimos com o lay off simplificado, que mais de 18.000 trabalhadores fossem para o desemprego; impedimos com as linhas de crédito bonificadas e garantidas e com as moratórias, que muitas empresas fechassem as portas. Para além das medidas de apoio direto ao rendimento através do Rendimento Social de Inclusão e do Rendimento Solidário, subsidiamos preços de produtos agroalimentares (trigo, farinha de trigo e milho) que sofreram neste período de pandemia aumentos nos mercados internacionais, de forma a não repassá-los ao consumidor; subsidiamos o perdão das dívidas de eletricidade e água para as famílias mais pobres que ficaram afetadas no rendimento durante a pandemia para poderem ter acesso à religação; baixamos o valor das rendas das casas da Classe A do Programa Casa para Todos para as famílias que perderam rendimentos; bonificamos em 100% as propinas dos jovens das famílias mais pobres para o acesso e frequência de cursos de formação profissional. No contexto de 5 anos difíceis, investimos nas pessoas: • Investimos nos jovens através da educação, formação profissional, estágios profissionais, empreendedorismo, inovação, TIC e emprego. Reduzimos em 10.500 o número de jovens NEET (de 68.120 em 2015 para 57.601 em 2019). Há um evidente espírito empreendedor nos jovens hoje. A educação é hoje mais acessível e mais inclusiva, graças à gratuitidade no ensino básico e secundário, ao atendimento das necessidades especiais e ao reforço da ação social escolar. • Investimos na saúde dos cabo verdianos: centros de saúde e postos sanitários reabilitados, construídos e em construção; hospitais e centros de saúde melhor equipados; mais médicos e mais enfermeiros. Reduzimos as assimetrias regionais nos serviços de saúde. • Investimos no apoio e proteção social: rendimento social de inclusão, aumento pensão social dos idosos e cuidados; aumento do acesso a água e eletricidade; reabilitação de casas; subsidiação do 2 ensino pré-escolar, gratuitidade do Ensino; isenção taxa moderadora de saúde. • Investimos na Segurança. Reduziram os crimes contra pessoas, homicídios e VBG quando comparamos 2015 com 2020. O número de homicídios por 100.000 habitantes passou de 8,8 em 2015 para 6,4 em 2020. Investimos em infraestruturas económicas e sociais: (1) 6 milhões de contos em estradas; (2) 2 milhões de contos na requalificação urbana e ambiental; (3) 503 mil contos na requalificação de orlas marítimas; (4) 402 mil contos no restauro e reabilitação de patrimónios; (5) quatro milhões de contos na reabilitação, expansão e modernização das redes de distribuição de eletricidade; (6) 3,5 milhões de contos na construção de redes de ligações domiciliarias de água; (7) expansão e modernização do porto do Maio em construção; (8) terminal de cruzeiros do Mindelo em adjudicação. O desenvolvimento local ganhou uma outra centralidade devido à mudança de atitude no relacionamento entre o Governo e as Câmaras Municipais. Investimos na agricultura através de mais mobilização da água, da politica de massificação da rega gota a gota e do uso das energias renováveis, da investigação agrária, do empreendedorismo agrário. Investimos na pesca artesanal, semi-idustrial e industrial e na atração de investimentos privados, nacionais e estrangeiros, para a aquacultura. O setor privado ganhou uma boa dinâmica de investimentos: 1,8 mil milhões de euros de investimentos externos e nacionais aprovados pela Cabo Verde Trade Invest de 2016 a 2021 (22% em exploração e 32% em obras). Reformas e recursos foram investidos na justiça para melhorar a eficiência da administração da justiça, a aceleração da tramitação processual e aumentar a produtividade dos magistrados e dos oficiais da justiça. A diáspora está melhor servida nos consultados e na integração no novo conceito Cabo Verde de Sucesso. O novo acordo de facilitação de vistos com a União Europeia é um grande ganho diplomático de Cabo Verde, assim como o Acordo de Mobilidade na CPLP e a abertura da embaixada junto da CEDEAO em Abuja, Nigéria. A morna é património mundial da humanidade. Fogo e Maio são reservas mundiais da biosfera. Cabo Verde é o país mais livre de África - liberdades políticas e civis (Freedom House, 2019/2020). Cabo Verde é a 3ª melhor democracia em África (Democracy Index, 2019). Cabo Verde é o segundo país com melhor Boa Governança em África (Moibraim Index, 2019). Cabo Verde lidera o ranking de Governança Pública na África Subsariana (Relatório de Avaliação Política e Institucional (CPIA), Banco Mundial, 2019). Cabo Verde ocupa a terceira posição do ranking de Perceção de Corrupção em África (Transparency International, 2019). Estes são alguns dos muitos resultados da governação em tempos de emergência e de crise e que responderam bem aos graves desafios e construíram o caminho para um Cabo Verde mais resiliente e orientado para o desenvolvimento sustentável. É importante continuar a colocar Cabo Verde no caminho seguro. Ulisses Correia e Silva Primeiro-ministro 3 Indice Contexto ………………………………………………………..........................................................................………………………… 4 Emprego, Rendimento e Inclusão Social ……………………………………………………………………………………….. 8 Políticas ativas de emprego e de empreendedorismo ………………………………….......………………………… 21 Inovação e TIC …………………………………………………………………………………………...……………………………….. 28 Desenvolvimento do sistema financeiro ………………………………………………………………………………… 34 Ambiente de negócios – Doing Busines …………………………………………………………………………………… 36 Dinamismo do investimento privado …………………………………………………………………………………………. 41 Transportes ……………………………………………………………………………………………………………………………………. 46 Energia …………………………………………………………………………………………………………………………………………… 53 Água e Saneamento ……………………………………………………….…………………………………………………………… 60 Turismo ………………………………………………………………………………..……………………………………………………….. 63 Economia Marítima ………………………………………………………………………………………………………………………. 69 Agricultura ………………………………………………………………………………………...…………………………………………. 76 Ambiente …………………………………………………………………………...………………………………………………………… 95 Indústria …………………………………………………………………………....……………………………………………………….. 103 Saúde ……………………………………………………………………...…………………………………………………………………... 107 Educação ……………………………………………………………………………………………………………………………………. 119 Cultura ………………………………………………………………………………………………………………………………………… 128 Desporto ……....………………………………………………………………………………………………………………………………. 132 Desenvolvimento local ……………………………………………………………………………………………………………….. 134 Ordenamento do território ………………………………………………..…………………………………………………….. 139 Boa governança e transparência …………………………………………………………………………………………………. 142 Segurança …………………………………………………………………………………………………………………………………… 148 Justiça …………………………………………………………………………………………………………………………………………... 158 Defesa ……………………………………………………………………………………………………………………………………….. 164 Relações externas …………………………………………………………………..……………………………………………………. 166 Diáspora …………………………………………………………………………………......……………………………………………… 172 4 Contexto Situação económica e social crítica em 2016 Em 2016, o atual Governo herdou um país com uma situação económica e social bastante desfavorá- vel, caracterizada por um nível de crescimento económico persistentemente baixo, um nível de de- semprego alto e um sector público bastante fragilizado pela elevada dívida pública e situação crítica em algumas das mais importantes empresas públicas. A média de crescimento do PIB nos 5 anos anteriores situava-se em 1,5%, e em 2015 o PIB cresceu apenas 1,0%! A taxa de desemprego registava-se em 12,4%, sendo 28,6% para a faixa juvenil (15-35). O stock da dívida pública atingia 125,8% do PIB, em resultado de uma trajetória de forte aceleração que fez passar a dívida de 79,4% em 2011 para 126% em 2015, atingindo em 2016 a cifra de 127,7% pelo efeito da inércia dos compromissos de financiamento que tinham sido assumidos pelo anterior Governo Para agravar a situação de pressão sobre as finanças públicas, contribuíam também os elevados pas- sivos de algumas empresas públicas, nomeadamente a IFH e a TACV, esta em situação de iminente insolvência. Pela situação de persistente estagnação económica, pelo nível do desemprego, pelo nível de endivida- mento público e pela situação