O Concelho de

1. Resumo do enquadramento Histórico e Geográfico. É quase consensual de que os Açores foram descobertos em 1427 por Diogo de Silves e que o início do seu povoamento sob a responsabilidade de Gonçalo Velho aconteceu na ilha de Santa Maria entre os anos de 1430-1432. Já São Miguel, começaria a ser povoada a partir de 1439 ali pelos lados da Vila da Povoação, daí se poder também auferir que o seu topónimo de “Povo-ação” adveio do “acto” de “povoar”. Mais tarde, procurando terrenos menos ingremes e possivelmente férteis percorrem a costa por mar, no sentido Este-Oeste, encontraram um vasto campo abrigado por montanhas a Norte e com o mar a beijar a sua planície a Sul, onde se viriam a instalar. E é aqui que situa-se, no centro-sul da Ilha de São Miguel, o concelho de Vila Franca do Campo. Tem uma área total de 78 Km2 onde habitam cerca de 11.229 habitantes (segundo os últimos censos de 2011), e o seu território divide-se em seis : Água d’Alto (criada em 1907), São Pedro (1602), São Miguel (1444), Ribeira Seca (13 de Junho de 2002), (1980) e Ponta Garça (séc. XVI). Chegaram assim os primeiros habitantes a este local por volta de 1439 e ainda antes de 1472 o mesmo foi elevado a Vila (a segunda dos Açores). Terão vindo por via marítima junto à costa procurando melhor lugar para cultivar e já diante, depararam-se com um vasto campo encimado por montanhas que pouco depois perceberiam ser uma região propícia para se instalarem, para além de poderem ter o mar como pronta via de comunicação com o exterior. Foi designada de franca porque foi declarada franca de todas as coisas e direitos tendo em vista incentivar para melhor ser povoada. Aqui esteve instalado o poder jurídico e administrativo (Alfândega), militar e religioso (Ouvidoria), que dependiam, contudo, do capitão do donatário que residia em Santa Maria formando assim uma só Capitania. Quem eram estes indivíduos? Os capitães do donatário eram senhores feudais que administravam as ilhas, cobravam impostos e ministravam a justiça. Foi fundador desta Vila Gonçalo Vaz Botelho, o Grande, que foi também o progenitor do primeiro homem que na ilha de São Miguel nasceu. Vila Franca do Campo, que havia já perdido a sua Alfândega em 1518 a favor de , vila desde 1499, na noite de 21 para 22 de Outubro foi arrasada por um forte terramoto, morrendo a maior parte dos seus habitantes. Rui Gonçalves da Câmara (filho de Gonçalves Zarco, descobridor da ilha da ), que havia comprado a capitania de São Miguel e Santa Maria a João Soares de Albergaria, sendo capitão da ilha, logo mandou reconstruir a Vila não conseguindo restitui-la à sua importância de capital da ilha cujo estatuto passou a ser de Ponta Delgada, que viria a ser elevada a cidade por Alvará de D. João III datado de 2 de Abril de 1546. No entanto, no contexto regional, esta Vila continuou a manter grande importância, só atrás de Ponta Delgada até ao séc. XVIII, altura em que é ultrapassada, também, pela Ribeira Grande. No mar da Vila Franca aconteceu, a 25 de Julho de 1582, um dos marcos históricos de com a Batalha Naval de Vila Franca do Campo entre os partidários de D. António Prior de Crato, pretendente à Coroa Portuguesa e as tropas de Filipe II de Espanha e, apesar do forte apoio que teve dos franceses (60 navios, que haviam chegado no dia 15 de Julho sob o comando de Fillipo Strozzi), foi derrotado pelo comandante Marquês de Santa Cruz e seus homens, fiéis à pretensão filipina, com apenas 40 barcos e que teriam chegado no dia 22 de Julho.

Quadro I - Resumo demográfico de 1864 a 2011 .Número de habitantes 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 9 11 10 11 10 10 11 13 14 14 13 11 10 11 11 229 373 224 460 190 462 052 204 296 204 596 905 866 924 150

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Mapa do centro urbano de Vila Franca do Campo

Imagem 1 - (Fonte: Infoportugal S. A.)

2. O que se entende por ? Por definição constitucional, é uma pessoa colectiva territorial dotada de um órgão executivo (Junta) e outro deliberativo (Assembleia), em que o primeiro é, tão só, o responsável perante o segundo e este é eleito por sufrágio universal, directo e secreto, para um mandato de quatro anos. As freguesias têm uma independência funcional face aos Municípios e ambos face ao estado o que quer dizer que a aprovação dos seus planos de actividades e os seus orçamentos se desenvolvem através de uma acção com total autonomia face ao Município e ao Estado. Há quinhentos anos atrás Paróquia e Freguesias tinham o mesmo significado. A palavra freguesia nasce de duas palavras latinas: filii ecclesiae que significa conjunto de filhos da igreja e freguês era no singular o filho da igreja. Com a reforma encetada tempos mais tarde, a palavra freguesia passou para a parte administrativa como a conhecemos hoje.

3. Freguesia de São Miguel. Na Freguesia de São Miguel, que tem uma área de 62 Km2, segundo os censos de 2011, residem 3963 habitantes que se ocupam essencialmente da agricultura, pescas, indústrias transformadoras, agro-pecuária, artesanato e serviços, sendo 26,5% destes, crianças e jovens com idade inferior a 15 anos e os adultos correspondente a 54,25% em idade activa. 19,25% constituem os maiores de 75 anos. Geograficamente, esta freguesia confina a Poente com as Freguesias de São Pedro e Água d’Alto, a Nascente com a Ribeira Seca e Ribeira das Tainhas e a Norte, com as freguesias da Matriz, Porto Formoso, São Brás e , do concelho da Ribeira Grande. Nesta freguesia-Sede do concelho de Vila Franca do Campo, no séc. XV, situavam-se as instituições oficias como a Alfândega e Ouvidoria dando-lhe a importância devida que mereceu ser considerada a primeira capital micaelense e onde se fixou Gonçalo Vaz Botelho, o Capitão do Donatário. A este respeito escreveu o cronista que “...tanto em edifícios e comércio que parecia uma pequena corte, com seus ilustres capitães e fidalguia de gente nobre, que governava com prudência e zêlo." (in Saudades da Terra) Delimitações geográficas das Freguesias da ilha de São Miguel

Imagem 2 - (Fonte: Carta Administrativa de Portugal – Instituto Geográfico Português)

Área geográfica (a vermelho) da Freguesia de São Miguel – concelho de Vila Franca do Campo

Imagem 3 - (Fonte: Geosities.ws) – Área Geográfica da Freguesia de São Miguel

3.1 O seu Património: 3.1.1 Património Natural A Freguesia de São Miguel possui um dos locais mais emblemáticos dos Açores – o Ilhéu de Vila Franca do Campo. Situado a poucas centenas de metros da costa (500 metros) e a 1200 metros do Cais do Tagarete, onde se inicia a viagem de ida e volta, tem 61,640m2 de superfície e é o resultado de uma erupção vulcânica. A sua riqueza biológica permitiu que em 1983 fosse classificado como Reserva Natural pelo Decreto Legislativo Regional n.º 3/83/A, de 3 de Março da Assembleia Legislativa dos Açores. Por ser uma zona de nidificação de aves. A BirdLife International Imagem 4 – (Fonte: Wikipédia) considerou-o como uma “Important Bird Areas”.

3.1.2 Património Militar (Castelos e Fortes)

Forte do Tagarete Este Forte ou Castelo do Tagarete foi construído na ponta perto da casa da D. Beatriz, filha natural do primeiro Rui Gonçalves da Câmara, mas ilegítima, porque não da sua legítima mulher. Assim é porque “Vindo para a capitania, Rui Câmara percorria a ilha, tentando incutir hábitos de trabalho a todos os sesmeiros O Porto do Baixio, mais tarde, Porto do Tagarete, junto ao forte com Imagem 5 – (Fonte: AR) o mesmo nome. Iniciou-se a sua construção com o lançamento da primeira pedra em 1849 já depois da Imagem 6 – (Fonte: AR) existência do Porto Afonso Vaz, o primeiro porto desta Vila que se situava num pequeno areal ao fundo da Rua do Penedo (antiga Rua da Tripa), e do segundo porto junto à Ribeira da Vila ou Ribeira dos Pelames, onde existia antes um que foi soterrado pela catástrofe de 1522. Este Forte foi o último que se rendeu nesta ilha à dominação filipina. Paralelamente a esta Ribeira dos Pelames existe ainda uma das primeiras ruas da Vila (a Rua dos Oleiros), que ligava a antiga Matriz até ao segundo porto, onde antes existiam os oleiros que produziam as telhas em canudo, as tigelas e alguidares e louça torneada. Imagem 7 – (Fonte: AR)

Real Castelo das Taipas ou Forte das Taipas

Da 1º Bandeira (Forte das Taipas ou do Corpo Santo), foi seu primeiro Capitão Pero da Costa que foi também o primeiro Capitão-Môr do distrito miliciano de Vila Franca do Campo, tendo sido eleito em meados do século XVI. Quem comandava este Forte era, por inerência, o seu Condestável e dos demais Fortes de Vila Franca do Campo Foi também denominado Castelo do Corpo Santo e Castelo Real da Câmara.

Imagens 8 e 9 – (Fonte: AR)

A Praia do Corpo Santo (Imagem 4). Deve-se o seu nome por aqui antes existir uma Ermida dedicada ao Corpo Santo construída pelos pescadores após o terramoto de 1522. Fica a 150 metros do centro da freguesia, com as suas límpidas águas foi uma das portas de entrada na Vila pelos primeiros habitantes que aqui se estabeleceram (a Porta do Porto Santo).

Imagens 10 e 11 - (Fonte: AR)ém

Porta do Porto Santo (Imagens 10 e 11 ) - Que dava acesso ao segundo porto da Vila, construído a seguir ao segundo incêndio da Vila em 1563.

Porta de Afonso Vaz A Porta de Afonso Vaz. Situava-se ao Fundo da Rua da Tripa. Era a porta de entrada a nascente de Vila Franca do Campo, pois no areal da Vinha d’Areia, se fazia o desembarque e embarque dos navegadores e das mercadorias. Ficava a meio ou entre o Forte de Santo André do Baixio ou Reduto Velho (actual Forte ou Castelo do Tagarete), e o Forte de Santo António.

Porta João do Outeiro Seguindo para o centro da Vila encontramos a Porta de João do Outeiro. Situa-se na embocadura da ribeira dos Pelames e era defendida pelos fortes do Tagarete e do Real Castelo das Taipas. Esta ribeira que também chamamos da do Manuel Alfaiate, desagua no calhau do sr. Laureano – aqui, com todo o respeito aos dois últimos nomes mas estes lugares são assim mais conhecidos nestes últimos cem anos do que os seus nomes de origem.

Imagens 12 e 13 – (Fonte: AR)

3.1.3 Património Religioso Matriz de São Miguel Arcanjo A primitiva Igreja Matriz de Vila Franca foi instituída pelo Infante D. Henrique, que ordenou a sua construção, tendo sido Rui Gonçalves da Câmara, terceiro capitão do donatário da ilha, e seu primeiro residente, quem a edificou, cumprindo a vontade e as ordens daquele Grão-Mestre da Ordem de Cristo. Situava-se no lugar onde é hoje o Convento de Santo André, no Largo Bento de Góis até ao momento em que foi parcialmente soterrada pelo terramoto de 1522 e, de acordo com a narrativa de Gaspar Frutuoso, foi logo reconstruída no lugar onde está agora, à imagem da Imagem 14 – (Fonte: AR) primitiva Igreja e para cujas obras foram reaproveitados os materiais daquela primeira, para além de apoios concedidos pelo monarca, pelo que os trabalhos mantiveram o mesmo tipo arquitectónico das igrejas do século XI com o seu pórtico em ogiva, encimado pela rosácea e arrematado com a Cruz de Cristo. O seu interior divide-se numa nave principal e duas laterais divididas por dois conjuntos de cinco arcos em ogiva e com frechas entre elas. Em 1579, o cardeal- rei autorizou o Imagem 16 – (Fonte:Wikipédia) lançamento de uma finta para o lajeamento da igreja e do adro e, em 1585, Imagem 15 – (Wikipédia) a Ordem de Cristo autorizou o douramento da sua capela-mor. No contexto da Dinastia Filipina, tendo Vila Franca do Campo sido atacada por corsários, o templo conserva no alçado da sua torre sineira voltado para o mar a marca do impacto de um projéctil de artilharia, tendo abaixo dele sido inscrita a data do ataque: A torre sineira ostenta no lado sul o mais antigo sino da ilha oferecido pelo Rei de Portugal.

O Cruzeiro existente no adro foi ali erguido para assinalar a operosa actividade da Missão do Padre Rademaker em 1867.

Imagem 17 – (Fonte:Wikipédia)

Imagem 18 – (Fonte: Wikipédia)

No Altar principal ergue-se a imponente imagem de São Miguel Arcanjo. No adro ergue-se ainda um Cruzeiro que assinala uma Missão de sacerdotes que em 1867 celebraram ali Missa.

Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo Imagem 20 – (Fonte: Wikipédia)

Imagem 19 – (Fonte: AR)

Este templo é de invocação ao Espírito Santo, que lembra aquela festa em que El-Rei D. Dinis e a Rainha Santa Isabel iniciaram em Coimbra, no dia de Pentecostes, em que consistiu em colocar na cabeça de um pobre a sua Coroa real e distribuindo esmolas a todos os pobres e sem abrigo que encontrassem. No corpo da igreja existem os altares do senhor Bom Jesus da Pedra, de São José (à entrada, do lado direito e que antes era de Santa Quitéria), de Nossa Senhora dos Aflitos (à entrada, do lado esquerdo), e o do Senhor dos Passos.

Ermida de Santa Catarina Acredita-se que esta ermida date dos fins do século XV, anterior ao terramoto de 1522 que arrasou parte desta Vila, sendo por isso o mais antigo espaço religioso deste concelho, que foi por alguns a Paróquia desta Vila. Aqui, sob a responsabilidade da Confraria de São Pedro Gonçalves (composta essencialmente por pescadores), realizam-se as festas de São Pedro Gonçalves, patrono dos marinheiros e homens do mar.

Imagens 21 e 22 - (Fonte: AR)

Convento de Santo André – Antigo Mosteiro das Clarissas Este edifício, mandado edificar por André Gonçalves de Sampaio, data de 1522 e foi o primeiro convento das ilhas dos Açores da 1ª Regra de Santa Clara (por Regra Papal de 15 de Julho de 1533). Foi construído sobre o terreno onde antes existia a Matriz desta Vila e o seu pórtico gótico representa a imagem do frontispício daquela, então soterrada no terramoto de 1522. Na antiga Capela-mor da Matriz soterrada foi sepultado, ao lado da sua mulher, a Capitoa D. Maria, o capitão do donatário Rui da Câmara que administrou esta ilha até 27 de Novembro de 1497, data da sua morte, Imagem 23: AR sucedendo-lhe o 2º Capitão João da Câmara cujo governo durou 5 anos (1497 a 1502) e o filho deste, Rui II, era o 3º Capitão quando a Vila foi soterrada pelo terramoto de 1522, sendo o impulsionador da sua reconstrução, Depois de ter sido adquirido em 1861 pelo Morgado Nuno Gonçalves Botelho, este Convento passou a ser propriedade da Fundação dos Botelhos da Senhora da Vida e na sua Igreja está sepultada a primeira freira micaelense, Petronilha da Mota, filha de Jorge da Mota e que, com o nome de Madre Maria de Jesus, foi a primeira freira micaelense e a abadessa dali. Há cerca de 300 anos, pelas freiras que fugiram do Convento da Caloura às incursões dos corsários e que aqui se acolheram, criaram os doces conventuais que ainda hoje fazem parte do património da doçaria regional: as Queijadas da Vila. E aqui também se faziam as Flores das Freiras. Neste espaço muitas jovens aprenderam diversos ofícios que lhes prepararam para a vida e que se estendiam na sua formação nas áreas do bordado, renda e culinária.

Casa do Divino Espírito Santo As Festas do Divino Espírito Santo são comemoradas em todas as ilhas dos Açores e representam uma das manifestações mais enraizadas na Fé do Povo Açoriano.

Festejam todos os anos pelo Pentecostes o Império das Hortas (Imagem 24), na Rua da Paz. Neste lugar, no séc. XVI, onde no tempo havia um velho palheiro, nasceu Bento de Góis (Luís Gonçalves, de nome próprio).

Imagem 24 - (Fonte: AR)

Noutros locais podemos encontrar, sobretudo, em muros a representação das “Alminhas”. (Imagens 25 e 26).

Imagens 25 e 26 – (Fonte: AR)

Ermida de Nossa Senhora da Paz A sua construção actual assenta com origem na sua primitiva ermida que se acredita ter existido no séc. XVI. Em 1764 fizeram-se aí importantes obras de beneficiação a cargo do padre Filipe da Rocha pois o abandono a que havia sido votada desde 1747 ponha em perigo a sua sustentabilidade física. A sua escadaria monumental da autoria do técnico Alberto Soares de Albergaria Silva Pacheco e com execução do Mestre Artur Gabriel do Couto, teve início a sua construção no dia 2 de Outubro de 1967 para cuja Imagem 28 (Fonte: Wikipédia) realidade contribuíram as gentes de Vila Franca que se disponibilizaram voluntariamente e graciosamente depois do seu dia de trabalho e aos fins de semana. Aquela escadaria tem tantos degraus quanto as Avé-Marias de dois Terços do Rosário, representando cada patamar um Mistério e um Pai-Nosso. O Cruzeiro ali existente foi inaugurado a 10 de Novembro de Imagem 27 (Fonte: Wikipédia) 1985 e para a sua construção contribuíram muitos emigrantes da diáspora.

Ermida da Mãe de Deus Esta Ermida pertenceu a Arsénio José Botelho de Gusmão e foi adquirida em 1872 pelo Visconde da Palmeira (Manuel Jacinto Lopes), à viúva daquele, que a herdara, Maria Carlota Moreira da Câmara (1813- 1883), com quem viria a casar na capela do seu novo solar (Solar da Madre Deus), a 7 de Setembro de 1872. Não deixaram descendentes diretos. Em Dezembro de 1984, Manuel Inácio de Melo e seus familiares doaram a Ermida ao município Vila-franquense Imagem 29 - (Fonte: AR) Ermida de Nossa Senhora da Vitória Erguia-se num prédio urbano particular sito à actual Rua da Vitória e foi construída no século XVII para lembrar a Vitória da população local sobre os corsários argelinos que haviam-se infiltrado nesta Vila e que naquele lugar foram derrotados e expulsos os que sobreviveram.

Passos (Na Rua da Cadeia Velha)

Imagem 30 - (Fonte: AR)

3.1.4 Património Civil a) Edifícios Públicos

Paços do Concelho (edifício da Câmara Municipal de Vila F. Campo) – com a sua torre sineira e relógio fabricado e montado pela empresa portuguesa «Coisinha». A sua construção teve início no séc. XVIII. Em 1777, por parte da Vereação e presidência de Vasco da Silveira, este edifício sofreu algumas modificações. No seu interior havia uma Capela onde os presos assistiam às missas, sendo dedicada a Nossa senhora da Conceição cuja imagem passou para a Igreja Matriz.

Imagens 31 e 32 - (Fonte das imagens: Wikipédia)

Casa/Hospital da Misericórdia Imagem 33 - (Fonte: Wikipédia) O Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo é anterior à da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (1498), por efeito de disposição testamentária de D. Isabel Gonçalves, mulher de Afonso Gonçalves que, por seu testamento de 28 de Junho de 1483, legou os seus haveres para a sua instituição e instituiu o Hospital. I

Mercado Municipal

Espaço comercial e social situado bem no centro da freguesia com um belo fontanário ao centro e quatro espécies arbóreas. Imagens 34 e 35 – (Fonte: AR)

Jardim Antero de Quental

O que era antes um Largo, passou a chamar-se jardim D. Luís, depois do seu casamento com D. Maria Pia em 1836. Mais tarde, com o fervor do movimento republicano, passou a chamar-se Jardim Antero de Quental, para lembrar também o maior poeta e pensador do seu tempo, Antero de Quental (1842-1891). Era filho do Morgado Fernando de Quental e de D. Ana Guilhermina de Quental.

Imagem 36 - (Fonte: Wikipédia)

Praça Bento de Góis (antigo Largo de Santo André até 1885) Um dos centros nefrálgicos desta Vila onde se encontram diariamente muitos habitantes locais e forasteiros, mercê da sua boa localização urbana e porque ali se concentram alguns espaços comerciais para além de ser o local por onde desfilam muitas representações religiosas, profanas e culturais, para além de ser um espaço representativo da história de Vila Franca do Campo.

Praça da República Nesta Praça situam-se e envolvem-na imóveis de interesse histórico: A estátua de Gonçalo Vaz Botelho, o Edifício da Câmara (Paços do Concelho), o Jardim Antero de Quental, o antigo Largo do Pelourinho e o edifício da Repartição de Finanças.

Largo do Pelourinho, actual Largo Dr. Medeiros Ferreira Situa-se a Sul do edifício da Câmara onde antes existia um pelourinho

Barracão ou Mercado de Peixe Construído em 1903 e situa-se na Avenida Vasco da Silveira (que era rua até 1877)

Imagem 37 - (Fonte: Wikipédia)

Antiga Casa dos Magistrados (situada na Rua Teófilo Braga, onde funciona a Biblioteca Pública e sede da União Progressista)

Casa Armando Côrtes-Rodrigues (1891-1971) Aqui nasceu o grande vila-franquense, poeta, historiador, etnógrafo. “Foi um escritor, poeta, dramaturgo, cronista e etnólogo açoriano que se distinguiu pelos seus estudos de etnografia e em particular pela publicação de um Cancioneiro Geral dos Açores e de um Adagiário Popular Açoriano, obras de grande rigor e qualidade.” (Wikipédia)

Imagem 38 - (Fonte: AR)

Casa do Mr. Been Edifício de arquitectura norte-europeia do séc. XIX. Situada na Rua Teófilo Braga, ladeada a oeste pelo Mercado Municipal e a Leste pela Sede da Banda Lealdade.

Imagem 39 - (Fonte: AR)

Salão Orion (na imagem) e o Teatro Vila-franquense O Salão Orion, situado na Rua Teófilo Braga (actualmente, espaço comercial), foi palco de muitas comédias, récitas e operetas durante o século XIX e início do séc. XX). O Teatro Vila-franquense foi construído em 1932 pelo Dr. Urbano de Mendonça Dias sendo adquirido mais tarde pelo dinâmico empresário, António Damião de Medeiros que ali incutiu grande dinâmica com a projecção de filmes e organização de espectáculos diversos.

Imagem 40 - (Fonte: AR)

Escola Professor dos Santos Botelho – Rua Engº Artur do Canto Resendes Faz parte do Plano dos Centenários então encetado pelo Governo Português.

Imagem 41 - (Fonte: AMBG-VFC)

Fontanário de São Miguel (1863) Localizava-se antes junto a um muro a Sul da Igreja Matriz e que para aqui foi deslocado a fim de permitir a construção da actual escadaria.

Imagens 42 e 43 - (Fonte: Wikipédia) b) Estatuária Estátua de Gonçalo Vaz Botelho (O Capitão do Donatário e Fundador de Vila Franca do Campo – 1444). Estátua em bronze datada de 1954 da autoria de Canto da Maia (1890-1981). O Pedestal foi erigido por Manuel António de Vasconcelos (1907- 1960), relevado em placa de bronze representando o 12º neto por Varonia, Nuno Gonçalves Botelho (1813-1879), Morgado de Nossa Senhora da Vida, 1º Visconde de Botelho, grande benfeitor de Vila Franca do Campo.

Imagem 44 - (Fonte: AR) Estátua de Bento de Góis Bento de Góis foi batizado em Vila Franca do Campo a 9 de Agosto de 1562, com o nome de Luís Gonçalves. Tornou-se soldado por volta dos vinte anos de idade, tendo sido destacado, em 1583, para a Índia.

Luis Gonçalves nasceu a 9 de Agosto de 1562 onde é hoje a Casa do Espírito Santo das Hortas, na Rua da Paz, nesta Vila, e faleceu no interior da China (antigo Cataio), em 11 de Abril de 1607. A primeira estátua em granito branco chegou a esta Vila em 1905. Partiu de Goa em 1602 e percorreu durante quatro anos mais de 6.000 Km até chegar ao Grande-Cataio, ultrapassando a custo muitos conflitos de reinos e estados esse3ncialmente muçulmanos que não nutriam grandes simpatias pelos cristãos. Imagem 45 (Fonte: AR

Estátua do Infante de Sagres (Infante D. Henrique, filho de el-rei D. João I) – Donatário dos Açores e Mestre da Ordem de Cristo que, depois de Portugal ter vencido a guerra aos castelhanos, dispôs-se a descobrir por mar, novos mundos.

Foi ele o responsável por mandar povoar os Açores que se iniciou 29 de Outubro de 1432. Esta estátua, da autoria do Mestre Simões de Almeida (sobrinho), foi inaugurada em 1932 aquando do «V Centenário do Descobrimento dos Açores», embora historiadores defendam que a sua descoberta data de 1427 por Diogo de Silves.

Imagem 46 – (Fonte: AllAbout) Estátua do Engº Artur Canto Resende (1897-1945) Imagem 47 – (Fonte: AR) Artur do Canto Resende nasceu em 1897, na freguesia de São Miguel de Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel e faleceu em 23 de Fevereiro de 1945 com apenas 47 anos. Frequentou o ensino secundário no Externato de Vila Franca do Campo. Foi agraciado, a título póstumo, com o grau de oficial da Ordem Militar da Torre e Espada porque por ter exercido, durante a 2ª Guerra Mundial, na qualidade de governador do Conselho de Dili, um papel de auxílio à população local e residentes portugueses, distribuindo comida e roupa e apelando para a libertação de prisioneiros em mãos japonesas. Foi considerado um Mártir da Pátria Portuguesa

Estátua do Dr. Augusto Botelho Simas (1897 – 1976)

Foi considerado o «Pai» dos pobres. O Dr. Augusto Botelho Simas nasceu em 19 de Setembro de 1897 em Vila Franca do Campo e faleceu a 6 de Novembro de 1976 na mesma Vila que amou e por quem foi amado. Foi um distinto médico-cirurgião, benemérito de Vila Franca e que exerceu toda uma vida ao serviço dos outros, principalmente dos mais pobres. A estátua (da autoria do escultor Álvaro Raposo de França), em sua homenagem encontra-se no interior do Jardim Antero de Quental. Conclui o curso de Medicina em Coimbra vindo a destacar-se como médico e cirurgião no Hospital de Vila Franca e esteve sempre ao serviço dos pobres do concelho de Vila Franca do Campo e da ilha de S. Miguel. “Foi um dos fundadores da “ Alma Académica “. Colaborou no “Diário dos Açores“, “Correio dos Açores“ e no “Autonómico “. Fundou, em 1957, o semanário “A Vila“, que dirigiu durante dezassete anos. Foi proclamado cidadão honorário da Lagoa e recebeu a Ordem de Benemerência em 1950.” (João Freitas)

Estátua do Prior António Jacinto de Medeiros (1924 -2006)

O Prior António Jacinto de Medeiros nasceu na Povoação em 1924 e morreu em Vila Franca do Campo em 2006. Foi o grande obreiro da Escadaria da Ermida de Nossa Senhora da Paz onde se encontra uma estátua da autoria de Hélder José Teixeira Carvalho e foi ali edificada em 13 de Agosto de 2004, em homenagem dos vila- franquenses pela sua empenhada dedicação àquele Santuário, de que foi Reitor desde 1949 até 2000.

Imagem 49 – Fonte: AR

3.1.5 Património Gastronómico A gastromomia da freguesia de São Miguel é rica na sua variedade e sabor com destaque para os peixes frescos e crustáceos

Nas imagens 50 e 51 (Fonte: AR), respectivamente, apresenta-se o Polvo assado e os Chicharros com batata cozida.

Imagem 52 (Fonte: AR) – Filetes de Abrótea. À direita, Imagem 53 (Fonte: AR), as famosas Queijadas da Vila, premiadas na Doçaria Portuguesa com os prémios «Melhor» e «Melhor dos Melhores». Noutros tempos faziam-se também os Biscoitos de Aguardente e Biscoitos D. Amélia.

3.1.6 Desporto e Caça A nossa freguesia está contemplada com alguns espaços de actividade desportiva através de modalidades náuticas, futebol, dança rítmica, jogos de sala , futsal e outros desportos como a pesca desportiva e a caça.

Imagens 54 e 55 (Fonte: Facebook)

4. Artes e Cultura Vila Franca do Campo foi, desde sempre e com maior expressão nos séc. XIX e XX, palco de enumeras manifestações culturais que se desenvolviam quer em salões das grandes casas senhoriais, quer nos antigos espaços públicos, como o Salão Orion, o o Yo-You Cinema (1934) e o Teatro Vila-franquense (1932), através de peças teatrais e comédias escritas por autores locais, operetas e espectáculos musicais. Nestes espaços e não só assistiam-se a danças tradicionais (balhos) e a agrupamentos musicais (folias que usavam tambores, pandeiros e ferrinhos. Na freguesia de São Miguel, por exemplo, existiu a Filarmónica Timbre (Amizade, 1853), a Tuna da Vila (1926), que deu lugar ao Vila-franquense Club-Jazz (1934 a 1937), a Tuna da Casa do Povo e ainda hoje temos a União Progressista e a Banda Lealdade (antiga Lealdade Artística, 1867). Nos tempos mais modernos, a Associação Desportiva ADV desenvolve com os jovens muitas actividades artísticas adaptadas às diversas épocas e festividades do ano. Imagem 56 – (Fonte: Facebook)

Museu Arqueológico e Etnográfico Foi criado em 1980 o Museu de Vila Franca, através de uma parceria da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e a Universidade dos Açores. Imagem 57 – (Fonte: AR) Situado na Rua Teófilo Braga em dois edifícios pertencentes anteriormente ao Morgado da Senhora da Vida. Nesta imagem podemos ver o antigo Solar do Conde de Botelho, mandado construir em meados do séc. XIX pelo Morgado Nuno Gonçalves Botelho d’Arruda Coutinho de Gusmão (1813-1879)

Imagens 58 e 59 – (Fonte: CMVF)

Externato de Vila Franca do Campo Por Alvará de D. Maria II de 4 de Outubro de 1904, a pedido do Dr. Urbano Mendonça Dias (distinto homem da Cultura desta ilha e nascido nesta freguesia, foi fundado o Instituto Vilafranquense de que viria a ser o seu 1º Director, o mais antigo colégio dos Açores, onde se habilitava o Ciclo Preparatório e liceal. Aqui se formaram grandes vultos da Ciência, da Cultura e da Religião. Foi doado pela família, representado por seus filhos, Drs. António e Hermano Alcântara de Mendonça Dias, à Comissão Fabriqueira da Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo. Aí se encontra ainda a Ermida do Presépio. 5. As Suas Festas e Tradições Romarias Quaresmais As romarias quaresmais que precedem a Páscoa são uma expressão única do Povo Micaelense que teve a sua origem nesta Vila e consiste num grupo de Homens que percorre durante oito dias, no sentido dos ponteiros do relógio, os caminhos da ilha rezando e cantando, visitando o maior número de igrejas e ermidas.

Imagem 60 – (Fonte: AR)

Festa de São Pedro Gonçalves (dos homens do mar)

Imagens 61 e 62 (Fonte: Ar e Facebook)

Festas de São Miguel Arcanjo e a Procissão do Trabalho No dia 8 de Maio, festeja-se a festa de São Miguel Arcanjo onde se inclui o momento principal com a procissão que se realiza há mais de 400 anos e que é única em todo o território Português, participando todas as artes e ofícios que acompanham o seu Santo Patrono.

Festas do Senhor Bom Jesus da Pedra São as segundas maiores festas religiosas dos Açores e realizam-se na Igreja da Santa Casa da Misericórdia no último fim-de-semana de Agosto. O momento principal acontece no Sábado com a mudança da imagem da sua Igreja, contornando o Jardim e recolhendo na Igreja Matriz – Este momento solene designa-se por Mudança da Imagem e nele participam milhares de fiéis no cumprimento de promessas. Imagem 63–Fonte Carlos Costa

Festa do Pentecostes Após a Páscoa e durante oito domingos celebra-se o Pentecostes: as festas religiosas que traduzem uma forte religiosidade do Povo açoriano e são realizadas e participadas em várias ruas e praças em quase todas as freguesias dos Açores.

Imagem 64-Fonte: Maria Natividade Brum

Festas de São João (Feriado Municipal)

São as maiores festas populares dos Vila-Franquenses e nelas se comemoram o feriado municipal a 24 de Junho. Cabe à Câmara Municipal a sua realização. Para além de um vasto programa cultural, social e desportivo, o seu ponto máximo é a exibição de dezenas de marchas populares do concelho, representando motivos locais, que percorrem em dois dias, sendo que o primeiro é na rua principal da Vila e o segundo dia, uma avenida escolhida para o efeito. Imagem 65-Fonte: CMVFC

Festa de Nossa Senhora da Paz Em Novembro sobem ao Monte de Nossa Senhora da Paz, sobranceiro a esta Vila, muitos habitantes locais e de toda a ilha onde no Santuário com o mesmo nome se festeja com preito e gratidão as festas em honra de Nossa Senhora da Paz. Ali é celebrado Missa e reza- se o Terço orientado pelo Ranho de Romeiros Locais com a presença do líder espiritual, o Pde. da Paróquia.

Imagem 66-Fonte: Facebook)

Carnaval

Imagem 67-Facebook O Carnaval é vivido com muita intensidade em Vila Franca do Campo. Realizam-se danças e cortejos alegóricos com representações da vida

tradicional ou apetrechadas de alguma sátira social e politica.

Imagem 68-Fonte: Micaela Santos)

6. Indústrias e Artesanato 1. Indústrias Vila Franca do Campo possui um Parque Industrial situado no centro Norte da Freguesia de São Miguel onde se concentram diversas empresas de construção civil, Electro-mecânicas, pinturas auto, Serralharias, Comércio e Distribuição, cooperativas agrícolas e serviços. a) A Balança (Indústria açucareira) Em Vila Franca do Campo se cultivava a chicória e a beterraba sacarina. Muitos eram os agricultores que se dedicavam a estas culturas. Depois de recolhida, era transportada para a «balança» para que o produto fosse pesado antes de seguir para a fábrica da Sinaga em Ponta Delgada. Aí eram registadas os montantes da produção e aonde mais tarde eram pagas aos produtores os respectivos valores do mercado, que dependia de um bom ou mau ano agrícola.

Imagem 69-AR b) A Corretora (indústria Conserveira) A Sueste da Vila labora ainda a Fábrica Corretora, Lda., conserveira que abriu em 1918 com o nome de «Conservas Michaelense», propriedade da empresa Dias e Dias. Foi a 1ª dos Açores a laborar peixe fresco e ainda hoje é uma importante indústria na área de conservas, empregando muita mão-de-obra, sobretudo feminina e assumindo-se como uma importante indústria local no tratamento e embalagem do atum para consumo local e para exportação.

2. Artesanato Nesta freguesia urbana de Vila Franca do Campo, desde sempre, se expressarem vários estilos artísticos no artesanato local desde a cestaria, a tecelagem, o bordado, a olaria, as artes plásticas e a cantaria com expressão na arquitectura local.

7. Agropecuária e Pescas

Imagem 70-Fonte:Facebook Imagem 71 – Fonte: Facebook

Imagens 72 e 73 – Fonte: AR 6. Circuito Urbano

Visitar a Freguesia de São Miguel é percorrer parte da história do concelho de Vila franca do Campo. Para fazê-lo bem, faça-o a pé para melhor interpretar e perceber o seu edificado que constitui um riquíssimo património civil, militar e religioso.

(Fonte: Geosities.ws) Comece por estacionar a sua viatura num dos muitos parques de estacionamento que esta freguesia lhe oferece, por exemplo, na Avenida da Europa, a 200 metros da Marina da Vila. Inicie com uma visita ao Museu de Vila Franca (Imagem 57) – encerrado ás segundas-feiras), e visite as suas exposições arqueológicas e etnográficas. Siga na Rua Teófilo Braga no sentido nascente-poente e encontrará a Praça Bento de Góis (45) e o Convento de Santo André - antigo Convento das Clarissas (Imagem 23). Suba a Rua da Paz e na conjunção com a Rua de Santo Amaro encontrará o Império do Espírito Santo das Hortas (Imagem 24). Se gostar de caminhar e tiver tempo, siga em frente e suba ao Monte da Senhora da Paz onde se ergue o Santuário com o mesmo nome (Imagens 27, 28 e 66). Se não o puder fazer, vire à esquerda, para a Rua de Santo Amaro e no primeiro canto volte novamente à esquerda (Rua Visconde da Palmeira), encontrará a Ermida da Mãe de Deus (Imagem 29). Prossiga na rua em frente desta (Rua ), e vire depois á esquerda, descendo a Rua Engº. Artur do Canto Resendes onde passará pelas escolas do Plano dos Centenários (Imagem 41) e pela estátua daquele Mártir da Pátria (Imagem 47). Desça até chegar ao centro histórico de Vila Franca do Campo, onde a nossa freguesia é o coração. Visite a Igreja Matriz (Imagens 14, 15, 16, 17 e 18), a Igreja da Misericórdia (Imagem 20), a Casa da Misericórdia (Imagem 33) e o Mercado Municipal (Imagens 34 e 35), paralela à Casa do Mr. Been (Imagem 39) e no regresso, refresque a alma na Fonte de São Miguel. A Sul do jardim está a casa onde nasceu o Poeta Armando Côrtes-Rodrigues (38) e na Rua ao lado o antigo Externato de Vila Franca com a sua Ermida do Presépio. Desça em direcção ao mar e encontrará a Praia do Corpo Santo (10) e a Porta do Porto Santo (11), junto ao Forte das Taipas (8 e 9). Regresse ao centro histórico. Descanse um pouco no Jardim Antero de Quental (19 e 36) e, na companhia da estátua do Dr. Augusto Botelho Simas (48), desfrute da sua beleza. A Nascente deste, situa-se a estátua do fundador desta Vila, Gonçalo Vaz Botelho (44) e logo atrás o edifício dos Paços do Concelho-Câmara Municipal (Imagens 31 e 32). A sul está o Largo Medeiros Ferreira (antigo Largo do Pelourinho). Prossiga pela Rua de Santa Catarina e encontrará a mais antiga ermida da Vila (Ermida de Santa Catarina, Imagem 21), que se situa no Largo do Infante onde repousa olhando o mar este Homem da Epopeia Marítima Portuguesa (Infante de Sagres (Imagem 46). Desça a Avenida Vasco da Silveira e passará sobre a Porta do João do Outeiro (Imagens 12 e 13) e logo depois o antigo Mercado de Peixe (37). Chegará ao Porto de Pescas de Vila Franca (70 e71) e ao Forte do Tagarete, (Imagens 5 e 6). Atravesse-o e chegará à Marina de Vila Franca. Aí, tendo tempo, através do transporte marítimo regular entre os meses de Maio e Outubro, poderá visitar o Ilhéu de Vila Franca (4). Ao regressar, suba a Rua do Penedo, onde antes se situava a Porta de Afonso Vaz e visite a Fábrica da família Morgado e deguste o troféu da doçaria conventual, premiado duplamente a nível nacional: a «Queijada da Vila» (53). Decerto ficará adocicado e com vontade de regressar a esta Terra. O seu transporte estará por perto e continuará a oferecer-lhe uma Boa Viagem. Nota: Nalguns restaurantes locais, para que retempere as forças, poderá saborear os pratos típicos da gastronomia da nossa freguesia tais como: o Polvo Assado (50), os Chicharros Fritos (51) e os Filetes de Abrótea (52). Se preferir carnes, experimente a Carne Guisada. Os vinhos tintos, brancos ou de cheiro, produzidos localmente em adegas comerciais ou particulares (figuras 72 e 73) acompanharão a ementa. Para a digestão experimente um licor de ananás, maracujá ou uma «abelhinha»

7. Contactos que poderão ajudá-lo

a) Posto de Turismo (Tourism Information Center): Telefone: b) Câmara Municipal de Vila Franca do Campo (Town Hall) – telefone: 296 539 100 c) Junta de Freguesia de São Miguel - Telefone: 296 582 426 d) PSP (Policy) – Telefone: 296 539 310 e) SOS – 112 f) Taxis – Telefone: g) Hospital – Telefone: 296 539 420 h) Farmácia (Farmacy) – Telefone: i) Correios (Post Office) – Telefone: