betar #44 | julho/agosto | 2013 Artes &Letras

Verão! Finalmente chegou a nossa estação preferida

Entrevista Arq. miguel Um guia cultural, para que não perca o que interessa ver e ouvir. berger Contacto: Design: Redatora: Direção: Administração: Sede: Proprietário e Ficha técnica

Bem-vindo ao Grupo Betar

Desde 1973, a BETAR tem reformulado a visitaroseu website A desenvolvido estudos e projectos no âmbito da Engenharia Civil, em particular de edifícios e pontes, promovendo a inovação e desenvolvimento de soluções criativas, em resposta aos crescentes desafios de mercado, mantendo o mesmo empenho Av. EliasGarcian.º53, 2.º Esq.1000-148Lisboa em alcançar as expectativas dos seus Clientes.

A aposta na inovação e criatividade, fomentada pelo dinamismo empresarial e pela formação contínua dos seus quadros, enquadrados no Sistema de Qualidade, abraçado em 2007, tem vindo a consolidar a posição cimeira da BETAR no panorama da Engenharia Civil Portuguesa. Jonas Reker

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Privacidade de sie dasuacarreira. reconhecemos arecetividadepara nosfalarumpouco do arquiteto MiguelBerger, aquemmuito entrevistado, estaedição contacomacolaboração são algunsdosartistas em destaqueeste verão. Já emMadrideParis Pissarro, Manet eMike Kelley Pomar disponibiliza aopúblicoparte doseuacervo. e noLargodaOliveirinha;oAtelier-Museu Júlio que podeservistaaocaminharnaCalçadada Glória sete artistasemhomenagema AlmadaNegreiros, a GaleriadeArte Urbanapromove umacoletivade conjunto denovostrabalhos deAdrianaMolder; de LourdesCastro;aCasadaCercaalbergaum Culturgest apresentaumaexposiçãocomtrabalhos Emamanuel Demarcy-Mota. Goméz, LuísMiguelCintra,François Chattot e encenadorescomoPeter Stein, José Luis o Festival deAlmada,quenasua30ªediçãotraza de Coura. na ZambujeiradoMareAlabamaShakes emParedes Seconds To MarsnoMarésVivas,RichieCampbell no Meco, DianaKralleMariaGadúemOeiras,30 ano háGreenDay noOptimusAlive,ArcticMonkeys os mesesdeexcelência deste tipodeeventos eeste Como tem vindoaserhabitual,Julho eAgosto são Já nãoseequacionaumverãosemfestivaisdemúsica. E porquejánãosefazArtes&Letras semum No quetoca aexposições,oEspaçoChiado8,da Mas overãotambémnãoseriaamesmacoisasem

Maria doCarmo Vieira

Editorial entrevista ‘Em Luanda sinto- -me em casa. Durante os primeiros dias andava de boca aberta e máquina fotográfica em punho, sensibilizado com os edifícios. Gosto muito de cá estar, a minha vida Casa no Morelinho Pavilhão multidesportivo de Luanda recomeçou aos 40.’ A experiência internacional do arq. Miguel Berger. Por Cátia Teixeira A Berger Arquitectos conta com mais de mas o projecto é constituído por duas torres uma parte substancial do trabalho do meu 40 anos de atividade. Como é que tem sido com muitos pisos e o revestimento exterior pai foi feito na obra, e consequentemente no assegurar o legado do seu pai? é em azulejo branco. Claro que não podia Palácio, existiram inúmeras ocasiões, desde Não tem sido fácil pois esse legado vinha ser um azulejo branco qualquer, e foi uma escavações arqueológicas numa pedreira associado a uma fasquia muito elevada, e luta que ele ganhou mas não sem sequelas perto, tardes a desenhar aviões na sala de portanto tem sido um esforço e empenho pessoais. desenho, passeios pela obra, ou até, as que constantes, com fases muito diferentes, com recordo com mais prazer, como os passeios altos e baixos. O meu pai, para além do gosto Acha que podia ter tido outro percurso ou a a cavalo, entre o projeto do picadeiro e o do e da ética profissional, deixou-me também influência que tinha em casa foi demasiado palácio. uma forma muito empenhada de trabalhar, forte e só o podia conduzir à arquitetura? cheia de entrega pessoal e envolvimento com Não consigo imaginar outro percurso, e de Depreendo que não aprendeu a ser o trabalho, que o caracteriza e, naturalmente, facto tenho bem consciência que se tratou da arquiteto apenas na faculdade. Que tipo de que caracteriza aquilo que faz. Mais recente- influência do meu pai. conhecimentos e conselhos é que o seu pai mente, associado à sua atividade docente e lhe transmitiu ao longo da sua formação? E dirigente, mas no início da sua vida profissio- Recorda alguma história que o tenha ajuda- ainda o faz agora? nal, associado aos seus projetos. O projeto da do a decidir enveredar por esse caminho? Trata se mais de uma influência e não tanto Fonte Nova, entre muitos outros episódios, é Não tenho uma história em especial, penso de conhecimento. É me difícil identificar um dos que não me esqueço e que define um que recordo com gosto muitas. Durante o as formas em que ela se evidencia. Sei que pouco esse legado. Trata se de um detalhe, projeto do Palácio do Correio Mor, em que o meu gosto, e o que me comove, têm essa A opinião está de volta à Artes &Letras nesta entrevista opinião edição de verão. Maria do Carmo Vieira sugere um filme emocionante que não deixa ninguém indiferente. Se ainda não viu, não perca influência. No entanto esta influência foi lhor, em muitos aspetos. Quanto à história de Michael Haneke mais evidente no início da minha atividade Angola, gosto de pensar que a estou a ajudar a Um filme profissional porque hoje também já tenho construir, com os angolanos. da minha Amour uma história autónoma. Para mim a enor- me influência que ainda sinto por parte do Também na entrevista à Archinews o seu vida o momento em que o ecrã ficou totalmente negro, a sala de cine- meu pai, tem que ver com a ética. Nesse pai disse que “reabilitar sai mais caro do Maria do Carmo Vieira ma encontrava-se num silêncio sepulcral e, em mim, instalara-se ponto ele ainda é o meu referencial. que construir de novo”. Mas penso que é um N aquela sensação de murro no estômago. imperativo. Lisboa e Porto, por exemplo, são ci- Falo-vos de Amour, o filme de 2012, realizado por Michael Haneke, que O que é que o levou até Luanda e o que é dades com uma história gravada nos edifícios. recebeu a Palma de Ouro em Cannes e o Óscar de melhor filme estrangeiro. que o prendeu por lá? Sendo o seu mestrado na área da reabilitação, O filme retrata os últimos meses da história de um casal de músicos Vim para Luanda substituir um colega, a concorda que é indispensável reabilitar? reformados que, de um momento para o outro, se vê privado da pacata meu pedido, e porque ele desistiu de ir. Já Reabilitar é um imperativo, no entanto, com harmonia proporcionada por muitos anos de vida em comum. A esposa me encontrava com cada vez menos traba- motivações diferentes. Os edifícios com valor sofre um avc que, pouco a pouco, a vai deixando cada vez mais depen- lho e queria ter uma nova oportunidade. particular, por um lado, por outro, os restantes dente do marido. Este, preso a uma promessa feita no momento do re- Assim que lá cheguei apaixonei-me! e os espaços onde se encontram, no sentido gresso do primeiro internamento hospitalar, cuida dela com abnegação de os ir adequando às novas formas de estar e e com uma frieza, por vezes, quase assustadora. Disse na entrevista à Archinews que andou viver. O tema é vasto e apaixonante. Não vou A acção decorre lentamente, ao ritmo dos próprios personagens, inter- a tirar fotografias aos edifícios, mesmo es- conseguir desenvolver em poucas palavras. pretados magistralmente por Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, tragados, porque ficou entusiasmado com transportando-nos, em grandes planos, para o quotidiano de Georges e os detalhes. O que é que tanto o fascinou? Li algures que “Angola é dona de uma cul- Anne, num crescendo de angústia e impotência perante o fim prenunciado. Foi uma surpresa grande ter encontrado tura secularmente semeada pelo mundo, e É doloroso acompanhar a evolução da doença, observar o casal obrigado tantos exemplares de arquitetura dessa agora conta com o investimento estrangeiro. um conjunto de adaptações forçadas na sua forma de vida, assistir ao de- época. Durante os primeiros dias andava Está em permanente devir. O que foi ontem finhar físico e intelectual de Anne, que fora culta e independente, suben- de boca aberta e máquina fotográfica em já não é hoje e o amanhã será com certeza tender o seu desejo pela morte, pela libertação de Georges. O seu lamento punho, agora já se trata de uma paisagem muito diferente”. Considera que está a ser constante e sincopado, só silenciado pelas doces palavras do marido, à beira familiar, mas continuo a ficar sensibilizado feito um bom trabalho no território atual- do leito, é devastador para o espectador que presencia todo o sofrimento com alguns edifícios, nomeadamente com o mente? daquela mulher que, conscientemente, não quer viver incapacitada. do Ministério das Obras Públicas e da Rádio A pergunta tem resposta muito difícil. Eu Os dois isolam-se, até da própria filha, com a sua vida preenchi- Nacional, para dar dois exemplos, mas a acho que estou a fazer um bom trabalho. Sei da, muito insistente na incapacidade do pai em cuidar da mãe, até ao lista é vasta! que estou a fazer o melhor trabalho que seu momento do confronto com a dura verdade contida nas palavras do capaz, e em muitos aspetos, do melhor que já progenitor: “…se não for eu, és tu quem vai cuidar dela?”. Dos edifícios coloniais construídos pelos fui capaz de fazer. O ambiente opressivo do cenário daquela casa adensa-se até ao final: portugueses aos impulsionados pelo o pombo que entrou pela janela aberta e esvoaça pelo corredor, enquan- Movimento Moderno de Le Coubusier, Há algum projeto que considere especial? to Georges o persegue no seu lento coxear, uma carta escrita em jeito de que história lhe conta a arquitetura de Ou algum que ambicione muito fazer? despedida, a preparação de algo que se intui como o atingir de um limite Angola? Sente-se em casa a trabalhar em O que não faltam são edifícios que considero para ambos. Luanda? especiais. Naturalmente que, para mim, os A música de Schubert e Beethoven envolve-nos nas duas horas de Sinto me em casa, senti-me querido quando mais especiais são os que desenhei e con- fortes emoções proporcionadas pela simplicidade de um argumento que aqui cheguei, gosto muito de cá estar, e segui ver construídos. Desses, não consigo se revela muito mais complexo e exigente em cada cena, em cada plano, gosto muito dos angolanos e angolanas. A identificar nenhum em particular, são todos em cada expressão dos protagonistas. Qualquer um de nós se poderá rever minha vida recomeçou aos 40, e para me- especiais. nesta história, nesta realidade ficcionada, tão imensamente perturbadora. Camille Claudel e Lore contam as histórias cinema de duas mulheres. Uma, dada como louca, debate-se num manicómio, a outra, que teve uma educação nazi, é confrontada com a amizade de um judeu

Camille Claudel Lore Um drama biográfico Baseado na obra ‘The Dark Room’, sobre a escultora de Rachel Seiffert aris, início do século XX. A jovem Em 1913, por decisão do seu irmão, o famoso lemanha, Maio de 1945. Com a Malina), um jovem judeu sobrevivente a escultora Camille Claudel (Juliette escritor Paul Claudel, é internada num morte de Hitler e a invasão do Auschwitz, que a acompanhará durante P Binoche) entra em conflito com a manicómio. Porém, por mais que Camille A exército aliado, a queda do III Reich o percurso. Assim, devido a uma súbita família burguesa ao tornar-se assistente tente convencer todos à sua volta que aquele é iminente. Lore (Saskia Rosendahl) é uma mudança de circunstâncias, Lore vai ter de do já célebre Auguste Rodin. Quando se lugar apenas piora o seu estado e que, ao rapariga alemã que cresceu feliz, segundo aprender a confiar em alguém que toda a transforma em amante do mestre, cai em afastar-se da arte, se aproxima cada vez mais os princípios nazis. Quando os progenitores vida foi ensinada a desprezar. Pelo caminho, desgraça junto à sociedade De: Bruno Dumont da loucura, nada os parece são presos, ela e os três irmãos ao mesmo tempo que vai parisiense. Depois de vários Com: Juliette demover. Ali, isolada do mundo são obrigados a atravessar um De: Cate Shortland descobrindo a verdade sobre anos de um relacionamento Binoche, Emmanuel e impedida de se expressar país devastado pela guerra, em Com: Saskia a família e o regime onde foi tortuoso, Camille rompe a Kauffman, Jean-Luc através da escultura, aquela direcção à casa da avó materna. Rosendahl, Nele educada, vai também Vincent Trebs, Ursina Lardi ligação, mergulhando cada vez Género: Drama, Biografia mulher viverá três décadas, até O seu destino vai cruzar-se Género: Drama aprender os segredos do amor mais na solidão e na loucura. França, 2012, 95 min falecer, em 1943. com o de Thomas (Kai-Peter Alemanha, 2012, 109 min e do desejo. O que seria o verão esem os insubstituíveis música festivais de música? A tradição mantém-se há anos e em 2013 a qualidade não desce. Saiba quais são os nomes mais sonantes e divirta-se

Optimus Alive Marés Vivas Passeio Marítimo de Algés. De 12 a 14 Julho Gaia. Dias 18, 19 e 20 Julho Considerado há cinco anos consecutivos pelo “NME” um dos 12 melho- A primeira confirmação para o festival Marés Vivas prometeu grande res festivais de música que se realizam na Europa, o Optimus Alive conta afluência em direção à foz do Douro: 30 Seconds To Mars. Mas o cartaz já com 7 edições. Este ano, os grandes cabeças de cartaz do dia 12 são não se esgota aqui. A edição deste ano conta com The Smashing Pum- os Green Day, mas também podemos contar com Two Door Cinema pkins, Bush, Beware of the Darknesse We Trust no dia 18, , Club, Vampire Weekend e Jessie Ware. No dia 13, destaque para Depeche La Roux, James Morrison e Orelha Negra no dia 19, e 30 Seconds to Mode e Editors e no dia 14 o palco principal recebe Kings of Leon. Mars, Rui Veloso, Klaxons e Virgem Suta no encerramento.

Edp Cool Jazz Fest Meo Sudoeste Oeiras. Dias 4, 5, 21, 24, 25, 26 e 27 Julho Zambujeira do Mar. De 7 a 11 Agosto Se já em anos anteriores o Edp Cool Jazz Fest conseguiu impressionar, , Hip-hop, Dj’s… Vai haver grande variedade de sons nos os palcos este ano as expectativas foram superadas. No cartaz do festival podem do Meo Sudoeste deste ano. À primeira vista sobressaem , no dia 7, ler-se os nomes de Ana Moura e Luisa Sobral no dia 4, Djavan e Maria , Soja e Richie Campbell no dia 8, Fat Boy Slim e Pete Tha Zouk no Gadú no dia 5, Lee Fields e Escort no dia 21, Diana Krall no dia 24, Rufus dia 9, , Cee Lo Green, Mind a Gap e Kika no dia 10 e Snoop Wainwright no dia 25, Jamie Cullum no dia 26 e John Legend no dia 27. Lion e Orelha Negra do dia 11. Mas o cartaz tem muito mais para apresen- Sem dúvida um evento a registar na agenda! tar. Consulte-o no site do festival.

Super Bock Super Rock Vodafone Paredes de Coura Meco. De 18 a 20 Julho Praia Fluvial do Tabuão. De 13 a 17 Agosto O já vai na 19ª edição e continua a trazer ao Meco Paredes de Coura volta a apresentar um bom festival em 2013. No dia grandes nomes da música internacional. Organizado desde 1995, é hoje 14 o ritmo é dado pelos Alabama Shakes, Bombino e Unknown Mortal um dos mais importantes festivais portugueses. No dia 18 o grande des- Orchestra no dia 15 The Knife, Everything Everything, Hot Chip, John taque vai para os Arctic Monkeys, no dia 19 é a vez de The Killers e Kaiser Talabot, Little Boots e The 2 Bears no dia 16 The Kills, Toy, Iceage, De- Chiefs e no dia 20 o nome mais sonante é Queens Of The Stone Age. lorean, Citizens! e e no dia 17 Justice (DJ Set), Belle and Entre estes estão muitos outros nomes, distribuídos pelos 3 palcos. Sebastian, Palma Violets, Calexico e Phosphorescent. E o verão também não seria a mesma coisa sem o TEATRO sempre fantástico Festival de Almada que celebra este ano o 30º aniversário. Veja o programa desta edição que apresenta uma qualidade inigualável

Encenação de Peter Stein, no Teatro Nacional D. Programa Maria II; A última gravação de Krapp De Samuel Beckett, Encenação de Peter Stein, na Escola D. António Costa

De 10 a 18: Cada sopro De Benedict Andrews, Encenação de John Romão e Paulo Castro, no Dia 4: Maldito seja o traidor da sua pátria! De Teatro Politécnica Oliver Frljic, Dramaturgia de Borut Šeparovic e Tomaž Toporisic, na Escola D. António Costa Dia 11: A menina Júlia De August Strindberg, Encenação de Anna Petterson, no Fórum Romeu Dia 5: Cortar a meta De Miika Nousiainen, Correia Encenação de Minna Leino, no Fórum Romeu Correia Dia 13: O principezinho De Antoine de Saint De 5 a 14: i.b.s.e.n. De Miguel Castro Caldas, -Exupéry, Encenação de Roberto Ciulli, na Escola Encenação de Cristina Carvalhal, no Teatro da D. António Costa Trindade Dia 14: História de um coração partido De Dia 6: Mulher, conhece o teu corpo Dramaturgia Saara Turunen, no Fórum Romeu Correia; Candide e encenação de Kamilla Wargo Brekling, no Fórum De Leonard Bernstein, Libreto de Hugh Wheeler, Romeu Correia; Victor, ou as crianças ao poder De Direção musical de João Paulo Santos, na Escola Roger Vitrac, Encenação de Emmanuel Demarcy- D. António Costa Mota, no Teatro Joaquim Benite; O Sr. Ibrahim e Dia 15: A linha amarela De Juli Zeh e Charlotte as flores do Corão De Eric-Emmanuel Schmitt, Roos, Encenação de Ivica Buljan, na Escola D. Encenação de Miguel Seabra, na Escola D. António António Costa Costa Dia 16: Macadamia Nut Brittle, no Fórum De 6 a 9: Sala VIP De Jorge Silva Melo, Romeu Correia Encenação de Pedro Gil, na Culturgest Dias 16 e 17: O pelicano De August Strindberg, Dia 7: Mulheres de Ibsen Engaiolar uma águia Encenação de Rogério, no Teatro Joaquim Benite De Henrik Ibsen, Encenação de Juni , no Fórum Romeu Correia Dias 16, 17 e 18: Heroína De Grace Dyas, na Dia 8: O Papalagui De Eric Scheuermann, Culturgest; E se nos metêssemos ao barulho?! Encenação de Hassane Kassi Kouyaté no Teatro Criação coletiva de François Chattot, Jean- Festival de Almada Joaquim Benite; País natal De Dimítris Dimitriádis, Louis Hourdin, Christian Jehanin e Martine De 4 a 18 de Julho Encenação de Dimítris Daskas e Pierre-Marie Schambacher com a cumplicidade de Benoît Poirier, na Escola D. António Costa Lambert, no Pátio Prior do Crato Dia 17: O vento num violino De Claudio Tolcachir, om uma homenagem muito sentida incomparáveis como Ibsen, Strindberg, Dia 9: O sorriso eterno De Pär Fabian Lagerkvist, na Escola D. António Costa ao mestre Joaquim Benite, o Beckett ou Voltaire. Encenação de Fredrik Hannestad, no Fórum Romeu Correia; Ai amor sem pés nem cabeça Dias 17 e 18: A laugh to cry Composição e libreto fundador do evento, que faleceu A programação que inclui 18 produções Encenação de Luis Miguel Cintra Teatro Joaquim C de Miguel Azguime, Encenação de Paula Azguime, no último ano, a 30ª edição do Festival de estrangeiras e nove portuguesas (seis das Benite Almada conta com grandes encenadores quais em estreia) apresenta espetáculos no São Luiz De 9 a 14: Noites brancas De Mónica Calle, Paula como Peter Stein, José Luis Goméz, oriundos de Espanha, França, Itália, Áustria, Dia 18: Sonho de uma noite de Verão De Felix Diogo e Sofia Dinger, no Teatro Maria Matos Luís Miguel Cintra, François Chattot e Grécia, Irlanda, Eslovénia, Croácia, Argenti- Mendelssohn –Bartholdy, Direção Musical de Emamanuel Demarcy-Mota e dramaturgos na, Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca. Dia 10: O prémio Martin De Eugène Labiche, Pedro Neves, na Escola D. António Costa Este é o mês de Almada. No âmbito do festival Artes de teatro da cidade, está patente a exposição “Dodecaedro” e Almada Negreiros é homenageado na mostra “Almada por Se7e”

Espaço Chiado 8, Culturgest Atelier-Museu Júlio Pomar À Distância Linha Em torno do Acervo de Horizonte Até 29 de Setembro Até 26 de Julho A exposição inaugural do Atelier-Museu Da singular e multifacetada obra que Lour- Júlio Pomar mostra parte do seu acervo. des Castro tem vindo a construir, desde O antigo armazém que, em 2000, se iria meados da década de 50, sobressai uma tornar o atelier de Júlio Pomar, afinal clara tendência para a economia de meios transformou-se num Atelier-Museu. e gestos. Não será por acaso que alguns Nesta exposição inaugural, pelas paredes dos mais contundentes exemplos desta em jeito de “cabinet d’amateur”, estão situação tenham surgido no âmbito do algumas das obras pertencentes ao acervo, interesse que a artista desde cedo dedicou outras emprestadas por instituições por à sombra enquanto fenómeno. Seja no serem consideradas fundamentais no recurso a serigrafias, plexiglas ou panos, percurso de Pomar. “Em torno do Acervo” a concretização material deste envolvi- Casa da Cerca Galeria de Arte Urbana apresenta-se com quatro núcleos funda- mento de Lourdes Castro com a poética da Dodecaedro Almada por Se7e mentais que ajudam o visitante a perceber sombra passou sempre por uma parcimo- Até 30 de Setembro vários períodos do autor e a estabelecer niosa gestão das suas dimensões concreta de Adriana Molder relações. O acervo do Atelier-Museu e metafórica, num processo que teve uma Até 15 de Setembro “Almada por Se7e” é uma coletiva que contém centenas de peças, doadas pelo das suas mais brilhantes concretizações no Esta exposição, realizada no âmbito do 30.º integra as comemorações dos 120 anos artista à Fundação Júlio Pomar, em vários Teatro de Sombras que a artista desenvol- Festival de Teatro de Almada, é um conjunto do nascimento de Almada Negreiros, que suportes: pintura, escultura, desenho, veu, em parceria com Manuel Zimbro, no de novos de trabalhos de Adriana Molder pode ser vista nas paredes da Galeria de gravura, cerâmica, colagens e assemblage. final da década de 60. Nesta mostra, Lour- constituído por 12 desenhos sobre papel de Arte Urbana, ao caminhar na Calçada da O edifício, recuperado pelo arquitecto Siza des Castro revisita precisamente o Teatro aguarela. Na nova série da artista, a cor parece Glória e no Largo da Oliveirinha. Os sete Vieira, é um antigo armazém do século de Sombras, reconduzindo e ampliando a intrometer-se, lentamente e ao mesmo tempo artistas que aceitaram o desafio de criar XVII, composto por dois pisos. sua intenção original. de uma maneira muito evidente. Às imagens painéis inspirados na obra artística de fotográficas, ligadas ao cinema, habitualmente Almada Negreiros foram: Fidel Évora, João usadas pela artista como inesgotável fonte, Samina, Mário Belém, Miguel Januário, veio juntar-se um particular apetite pelo traba- Pantónio, Pedro Batista e Tamara Alves, lho de Picabia. São 12 faces, 12 rostos femini- aos quais foi atribuído uma área, um géne- nos, que parecem evidenciar-se e pertencerem ro ou um registo que o artista trabalhou a personagens “bigger than life”, nos seus mais - os Arlequins, Columbinas e Pierrots variados momentos, emoções e desordens ou, por exemplo, a abstracção geométri- são-nos estranhamente familiares. Como se ca. Para além da exposição, do programa de um único objeto se tratasse e todos os mo- das comemorações que terão lugar este tivos fossem um só: o rosto feminino. Adriana ano destacam-se várias iniciativas de que Molder nasceu em Lisboa em 1975 e expõe fazem parte outras mostras, reedições, regularmente desde 2002, estando represen- espetáculos teatrais, tertúlias e colóquios tada em várias coleções públicas e privadas, que englobam uma multiplicidade de artis- em Portugal e no estrangeiro. tas de áreas distintas. Numa altura em que atravessamos uma crise livros de identidade, é importante destacar o que de bom se faz em Portugal. Dois autores nacionais de renome estão em destaque na Artes&Letras

Miguel Sousa Tavares João Tordo Madrugada Suja Anatomia dos Mártires

nova obra de Miguel Sousa Tavares Intercaladamente, e através de várias natomia dos Mártires é a história de sabe. Quando, porém, o artigo é publicado, as apresenta três histórias que se cruzam vozes narrativas, seguimos o destino dessa uma obsessão verdadeira transforma- reacções de indignação por parte dos leito- Adesde uma aldeia deserta até ao topo aldeia e em simultâneo o dos protagonistas Ada em ficção - a de uma investigação res não se fazem esperar, algumas das quais do poder. No princípio, há uma madrugada daquela madrugada suja e daquela intriga contemporânea (e original) sobre o mito de bastante ameaçadoras; e, na noite em que o suja: uma noite de álcool de estudantes que política. Até que o final do dia e o raio verde Catarina Eufémia - e também a tentativa de editor é encontrado na rua em coma, aparen- acaba num pesadelo que vai perseguir os seus venham pôr em ordem o caos aparente. Um reconciliação de um escritor nascido ime- temente brutalizado, o jornalista pergunta-se protagonistas durante anos. surpreendente romance sobre o Portugal que diatamente após a Revolução de Abril com o se não terá sido por defender publicamente Depois, há uma aldeia do interior alente- construímos. passado. Um jornalista insensato e ambicioso o seu artigo e começa a suspeitar de que jano que se vai despovoando aos poucos, até Um romance sem heróis que fala sobre quer provar ao seu editor - um comunista iras- existe muito mais em jogo do que a simples restar apenas um avô e um neto. Filipe, o neto, os acasos da vida e a corrupção política, do cível, alcoólico e com bastante desprezo pelos memória de uma camponesa assassinada pela parte para o mundo sem esquecer a sua aldeia Alentejo da Reforma Agrária até hoje. Um jovens - que não é só mais um na redacção. GNR durante a ditadura. É então que decide e tudo o que lá aprendeu. As circunstâncias do retrato impiedoso do nosso passado recente, Escolhido para ir a Berlim entrevistar o bió- investigar obsessivamente a vida de Catarina, seu trabalho levam-no a tropeçar num caso descrito num livro que se devora sem admitir grafo de um mártir religioso, aproveita a deixa desbravando por entre o nevoeiro que paira de corrupção política, que vai da base até ao interrupções. para fazer, no seu artigo, uma analogia com sobre os mártires e os transforma em mitos topo. Ele enreda-se na trama, ao mesmo tem- a história de Catarina Eufémia, a camponesa de que sempre alguém se apodera. E encontra po que esta se confunde com o seu passado que se tornou um ícone do Partido Comunis- realidades bem distintas - e mais tenebrosas - esquecido. ta, mas de quem, na verdade, pouco ou nada do que podia esperar. Madrid e Paris são duas belas cidades que têm Chegou o verão: toca a visitar… lá fora sempre as portas abertas à cultura. Pissarro, porto o Porto, claro! Manet e Mike Kelley são alguns dos artistas em Por Maria João Duarte destaque este verão. Mostras a não perder

Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid Música, Teatro e Dança Exposições Pissarro SERRALVES: “Jazz no Parque”, José Mene- GALERIA 111: P edro Vaz “Laurissilva”, a Até 15 de Setembro zes-100 Umbrellas (14jul); Nelson Cascais- “paisagem primitiva ou espaço virgem” Esta mostra acerca da obra do pintor impressionista Camille -Mingus Project (21jul); Carlos Bica-Trio Azul (até 31jul). GALERIA OLGA SANTO: “Sum- Pissarro (1830-1903), que inclui 80 obras emprestadas por mu- (28jul). CASA DA MÚSICA: em julho: “Buika”, mer Travelling”, fotografia (até 31jul), seus e colecionadores de todo o mundo, centra-se na paisagem, Flamengo, jazz, soul e blues (7); Cuca Ro- “Colectiv´Arte” (até 31 ago). SERRALVES: um género que dominou a sua produção artística, com uma seta (11); “Claudia Madur”, (12); “Dear Alexandre Estrela - Meio Concreto (até 29 viagem cronológica através dos lugares onde o pintor viveu e Telephone” composições frugais, indie rock set); “Coleção de Serralves - Forma Concep- trabalhou. Com curadoria de Guillermo Solana e comissariada e electrónica (13); “SONÓPOLIS”, festa tual e Ações Materiais”; visitas guiadas: 4 jul e por Paula Luengo, a exposição é apresentada pela primeira vez multicultural, entrada livre (14); Luís Marques, 11 jul (12 jul a 29 set); “Mel Bochner: Se a Cor em Madrid, no Thyssen-Bornemisza e, a partir de 15 de Outu- guitarra portuguesa16); Amadou & Mariam, Muda”(até 27 out). PARQUE DE SERRALVES: bro, no CaixaForum de Barcelona. do Mali, world music (16); Karina, samba (18); “Paisagem com vida”, a história do Parque “Bamba Social” músicos portuenses tocam (até 29 set). CASA ANDERSEN, JARDIM clássicos brasileiros, chorinho (19); “Naco”, BOTÂNICO: “Animais de Museu” exposição do baixista Miguel Ramos (20), “Asif Ali Khan” organizada pela Universidade do Porto com Museu d’Orsay, Paris música paquistanesa ligada à tradição sufi. mais de 100 exemplares taxidermizados Manet. Regresso a Veneza (24); “ Kimi Djabaté” a tradição mandinga da vindos de todos os continentes (até 18 nov). Até 25 de Agosto Guiné Bissau na voz, guitarra e balafon (26); MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS: “Peça Esta mostra vem preencher uma lacuna no “:papercutz”, pop/electrónica (27), “Fim-de- a Peça - O Centro de Arte Contemporânea e que respeita à exposição da obra de Manet, -Semana EDP / Encontro de Bandas Filarmó- as Coleções do Museu” (até 31 ago). nicas (27 e 28); em agosto: “Devendra Banhart” uma vez que permite um retorno às origens (2); “Swinging Rabbits”, as décadas de 60 a 80 italianas do artista, ao impacto artístico das filtradas pela música negra e pop electrónica (3 suas viagens na península e o seu constante ago). Devendra Banhart norte-americano com À descoberta do porto desejo de enfrentar os mestres transalpi- o álbum “Mala” (2 ago). COLISEU: Gal Costa O Porto e a região do Douro aparecem 1º nos. Serve para compreender as razões e (10julL), “A Flauta Mágica” de Mozart (27 e 28). lugar na lista dos 10 melhores destinos os efeitos do “retorno” de Manet a Veneza, Centro Pompidou, Paris Mike Kelley “Porto Sunday Sessions”: aos domingos às16h europeus para férias em 2013 eleitos pela em 1874, uma cidade que havia descoberto PASSEIO ALEGRE Até 5 de Agosto (até 29set) no , em julho, e Lonely Planet, que destaca as galerias da R. 20 anos antes. A mostra permite considerar no JARDIM DE S. LÁZARO, em agosto. RIVOLI: Miguel Bombarda, a Casa da Música o hotel tanto o início do seu trabalho como um O Centro Pompidou apresenta a primeira Dance Academy : “A Sinfonia do Amor”. “The Yeatman”, o restaurante DOP do chef aspeto pouco conhecido na arte do artista, retrospetiva francesa dedicada à obra de Rui Paula e explica que a cidade é atualmente que é a influência italiana. Mike Kelley através de uma viagem de uma uma vibrante capital das artes. Aproveite centena de obras realizadas entre 1974 e 2011. portanto o verão para conhecer melhor a Na obra do artista norte-americano o som E ainda cidade. Na Faculdade de Belas Artes pode, está omnipresente uma vez que se baseia em “Férias de Verão em Serralves”: 6 aos 9 anos 6ªf 5/7 e 2/8, deambular “Entre os Edifícios e objetos com formas básicas, feitos de ma- (1jul a 30 ago).TEATRO CARLOS ALBERTO: as Esculturas da FBAUP” Inscrições: cgarra- teriais comuns, (como tubos e cones), que “Oficina Verão no Teatro” em julho (6/8 [email protected]. Ou então, siga as “Rotas dos atuam como mensageiros, amplificadores anos: 15 a 19, 9/12: 22 a 26). SERRALVES: “Há Museus-Ciclo Verão” (às 4ªf, 15h até 31jul) ou descodificadores de sons. Este interesse vida no Parque! - Líquenes” (13 e 14 jul); Gratuito,Inscrição: martaortigaosampaio@ pela cultura da música também é encontrado “Serralves ao Luar” (20jul 21h30 -7€). “Baixa cm-porto.pt. Os temas PORTO, ARTEe na evocação da banda de punk rock que Mike em Forma”, Animação desportiva gratuita CIÊNCIA desdobram-se em 9 rotas, cada Kelley fundou, em 1977, com Tony Oursler. Pç. D.João I (sab. manhã até 27 ago) uma integrando 3 visitas temáticas a museus. Alguns trabalhos conjuntos com o arq. miguel berger casa no morelinho

desde 1973 na vanguarda da engenharia