INTENSIDADE DA DORMÊNCIA DE SEMENTES DE pendula (Willd.) Benth. ex Walp. () Denise Garcia de Santana, Vanderley José Pereira, Núbia Almeida Leite Brandão, Gabriela Alves Lobo e Maria Castro Martins

RESUMO

Na dispersão de Parkia pendula uma parte das sementes região oposta à micrópila (T5), bem como sementes escarifica- germina prontamente e a outra parte dispersa com tegumento das na região oposta à micrópila com lixa d’água Nº 100 (T6). impermeável. Diante disso, os objetivos foram avaliar a efici- As características analisadas foram germinabilidade, plântulas ência de métodos para a superação de dormência de sementes, normais, anormais, além de sementes duras e mortas. A inten- assim como sua capacidade em determinar o potencial de ger- sidade da dormência de P. pendula afeta os tratamentos pré- minação das sementes com intensidades distintas de dormência -germinativos e os mais eficientes são os despontes na lateral/ e de formar plântulas normais. O experimento foi conduzido terço mediano ou na região oposta à micrópila das sementes. em delineamento inteiramente casualizado, cujos tratamen- O tratamento térmico úmido a 80oC é insuficiente para a em- tos utilizados foram: testemunha (sementes sem qualquer pré- bebição efetiva das sementes dormentes e, quando seguido da -tratamento; T1), embebição em água a 80ºC (T2), embebição embebição por 24h, reduz a germinação. A escarificação das em água a 80ºC com posterior embebição por 24h a 23 ±2,1ºC sementes na região oposta à micrópila favorece a germinação, (T3), sementes despontadas na lateral/terço mediano (T4) e na porém aumenta o risco de anormalidade das plântulas.

Introdução estação chuvosa, sendo gastos química é o método mais uti- biglobosa (Okunlola et al., cerca de seis meses para que lizado, sobretudo o ácido sul- 2011), P. panurensis e P. mul- O gênero Parkia tem distri- todas as sementes dispersem fúrico, com resultados pro- tijuga Benth. (Melo et al., buição na África e, na do banco aéreo (Oliveira missores para várias espécies 2011). No entanto, o tratamen- América, em Honduras, et al., 2006). A resina produ- do gênero Parkia, a exemplo to térmico seguido por embe- , Colômbia, Guianas zida nas vagens mantém as de P. biglobosa (Jacq.) R. Br. bição foi deletério a germina- e na bacia Amazônica do sementes nestes bancos ex G. Don (Aliero, 2004), P. ção de sementes de P. biglo- , Bolívia e Brasil, ocor- (Hopkins e Hopkins, 1983; pendula (Camara et al., 2008), bosa (Okunlola et al., 2011). rendo também na floresta flu- Gunn, 1984), conferindo a P. platycephala Benth. Na literatura especializada, vial atlântica brasileira. espécie o caráter serotinoso (Nascimento et al., 2009), P. a eficiência dos métodos é Especialmente Parkia pendula (Lamont, 1991; Baskin e panurensis Benth. ex H. C. normalmente definida pela (Willd.) Benth. ex Walp., não Baskin, 1998). Hopkins, P. velutina Benoist relevância dos percentuais de está restrita a bacia amazôni- Parte das sementes de algu- (Melo et al., 2011), e P. gi- germinação alcançados por ca e, entre as espécies do gê- mas espécies dispersa e ger- gantocarpa Ducke (Oliveira estes em relação aos percen- nero, é a única que se estende mina prontamente, enquanto et al., 2012). tuais obtidos na testemunha. a floresta fluvial atlântica outra parte é dispersa com o Métodos alternativos ao Embora seja um indicativo de (Hopkins, 1986). tegumento impermeável reve- ácido, como a escarificação eficiência, esse resultado não A espécie tem uma dinâmi- lando intensidades distintas de mecânica com lixa e o des- é suficiente, uma vez que o ca particular para a dispersão dormência. Essa particularida- ponte, também foram sugeri- percentual pode não expressar das suas sementes, comprova- de na dispersão foi detectada dos para sementes de algumas o potencial máximo de germi- da através de estudos fenoló- para sementes de P. pendula espécies do gênero Parkia, nação das sementes. Mesmo gicos na reserva florestal (Oliveira et al., 2006). Esse como P. pendula (Barbosa quando a germinação é Adolpho Ducke, Manaus, mecanismo interfere na efici- et al., 1984; Oliveira et al., >90%, não há garantia de que Brasil, quando estimaram que ência dos tratamentos pré- 2006; Pinedo e Ferraz, 2008; não haverá consequência no 70% das sementes de P. pen- -germinativos, especialmente Rosseto et al., 2009), P. dis- desenvolvimento subsequente dula desprendem-se dos etaé- nos métodos para superação color Spruce ex Benth. da plântula (Silva et al., 2001; ros na estação seca e 30% na da dormência. A escarificação (Pereira e Ferreira, 2010), P. Albuquerque e Guimarães,

PALAVRAS CHAVE / Desponte / Dormência / Espécie Amazônica / Hipógea / Sementes Florestais / Recebido: 06/11/2014. Modificado: 10/09/2015. Aceito: 14/09/2015.

Denise Garcia de Santana. Vanderley José Pereira. Mestre Gabriela Alves Lobo. Mestre Uberlândia, MG, Brasil. e- Doutora em Estatística, Escola em Agronomia, UFU, em Biologia Vegetal e mail: gabi_alves_lobo@yahoo. Superior de Agricultura ‘Luiz Uberlândia, MG. Doutorando Doutoranda em Fitotecnia, com.br de Queiroz’, Brasil. Professora, em Agronomia, UFU, Brasil. UFU, Brasil. Endereço: Maria Castro Martins. Universidade Federal de Núbia Almeida Leite Brandão. Instituto de Ciências Agrárias, Graduação em Agronomia, Uberlândia (UFU), Brasil. e- Mestre em Agronomia, UFU, Universidade Federal de UFU, Uberlândia, MG, Brasil. mail: dgsantana@umuarama. Uberlândia, MG. Doutoranda Uberlândia. Av. Amazonas, ufu.br em Fitotecnia, UFU, Brasil. s/n CP 593 CEP: 38.400-902.

710 0378-1844/14/07/468-08 $ 3.00/0 OCTOBER 2015, VOL. 40 Nº 10 INTENSITY OF SEED DORMANCY OF Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. (FABACEAE) Denise Garcia de Santana, Vanderley José Pereira, Núbia Almeida Leite Brandão, Gabriela Alves Lobo and Maria Castro Martins SUMMARY Upon dispersion of the seeds of Parkia pendula, a part im- and area opposed to the micropyle (T5), and seeds scarified in mediately germinates and another part is dispersed with an an area opposite to the micropyle with sandpaper #100 (T6). intact seed coat. Therefore, the goal was to evaluate the effi- The analyzed characteristics were germination, normal, abnor- ciency of methods for overcoming seed dormancy, as well as mal seedlings, as well as hard and dead seeds. The intensity the ability to determine the potential for germination of seeds of P. pendula dormancy affects the pre-germination treatments with different intensities of dormancy and to form normal seed- and the most effective are the cutting on the side / middle third lings. The experiment was conducted in a completely random- or area opposed to the micropyle of seeds. Moist heat treat- ized design, whose treatments were: control (seeds without any ment at 80ºC is insufficient for effective soaking of dormant pre-treatment; T1), soaking in water at 80ºC (T2), soaking in seeds and, when followed by soaking for 24h, reduces germina- water at 80ºC with subsequent soaking for 24h to 23 ±2.1ºC tion. Seed scarification at an area opposite to the micropyle fa- (T3), topped and tailed seeds on the side and middle third (T4) vors germination, but increases the risk of abnormal seedlings.

INTENSIDAD DE LA LATENCIA DE SEMILLAS DE Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. (FABACEAE) Denise Garcia de Santana, Vanderley José Pereira, Núbia Almeida Leite Brandão, Gabriela Alves Lobo y Maria Castro Martins RESUMEN

Durante la dispersión de Parkia pendula, una parte de las se- (T5), así como semillas escarificadas en la región opuesta al mi- millas germina prontamente y la otra parte se dispersa con te- crópilo con papel de lija al agua Nº 100 (T6). Las características gumento impermeable. Con esto, los objetivos fueron evaluar la analizadas fueron germinabilidad, plántulas normales, anormales, eficiencia de métodos para la superación de latencia de semillas, además de semillas duras e muertas. La intensidad de la latencia asi como su capacidad de determinar el potencial de germinación de P. pendula afecta los tratamientos pre-germinativos y los más de las semillas con intensidades distintas de latencia y de formar eficientes son la retirada de puntas en el lateral/tercio medio o en plántulas normales. El experimento fue conducido en delineación la región opuesta al micrópilo de las semillas. El tratamiento tér- completamente casualizado, cuyos tratamientos utilizados fueron: mico húmedo a 80oC es insuficiente para la inmersión efectiva de testigo (semillas sin cualquier pre-tratamiento; T1), inmersión en las semillas latentes y, cuando seguido de la inmersión por 24h, agua a 80°C (T2), inmersión en agua a 80°C con posterior inmer- reduce la germinación. La escarificación de las semillas en la re- sión por 24h a 23 ±2,1°C (T3), semillas con las puntas retiradas gión opuesta al micrópilo favorece la germinación, sin embargo en el lateral/tercio medio (T4) y en la región opuesta al micrópilo aumenta el riesgo de anormalidad de las plántulas.

2008) ou mesmo que seu efei- foram obtidas há duas esta- três amostras de sementes de atingir a temperatura, perma- to seja similar em lotes de ções bem definidas, um perí- P. pendula com quatro repeti- necendo as sementes em água sementes com qualidades odo chuvoso (dezembro-maio), ções de 25 sementes. Além da por 1h até temperatura am- distintas. com chuvas intensas de ori- semeadura sem qualquer pré- biente, cerca de 26ºC. Para as Diante disso, os objetivos gem convectiva de 500- -tratamento (T1), os métodos sementes com posterior embe- foram avaliar a eficiência de 600mm por mês e um perío- constaram de sementes embebi- bição, a fonte de calor foi re- métodos para a superação de do seco de (junho-novembro), das em água a 80ºC (T2), em- tirada assim que a temperatu- dormência de sementes de com estiagem pronunciada em bebição em água a 80ºC e per- ra foi atingida e, as mesmas Parkia pendula, assim como agosto-setembro, quando a manência em água por 24h permaneceram por 24h a sua capacidade em determinar precipitação é tipicamente da sem fonte de calor (T3), semen- 25ºC. Para as sementes des- o potencial de germinação das ordem de 30mm por mês. A tes despontadas na lateral/terço pontadas com cortador de sementes com intensidades pluviosidade anual é superior mediano (T4), sementes despon- unha ou escarificadas com distintas de dormência e de a 2500mm e, pela proximida- tadas na região oposta à micró- lixa d’água Nº 100, os cotilé- formar plântulas normais. de com o Equador, as tempe- pila (T5) e sementes escarifica- dones foram preservados e raturas são altas (>24ºC) du- das na região oposta à micrópi- não atingidos na execução de Material e Métodos rante todo o ano (Fisch et al., la com lixa d’água Nº 100 (T6). ambos os procedimentos. 1990). Da coleta em 2009 até As sementes da testemu- As sementes foram dispos- As sementes de Parkia a instalação do experimento nha, as despontadas e as es- tas sobre duas folhas de papel pendula (Willd.) Benth. ex em 2011, as sementes ficaram carificadas foram submetidas de filtro e cobertas com mais Walp. (Fabaceae) foram co- armazenadas em câmara fria à assepsia com solução a duas folhas, todas previamente lhidas e beneficiadas entre (10 ±1,3ºC) e seca (umidade 0,05% de NaClO por 2min, umedecidas com água destila- setembro e outubro de 2009 relativa 30-35%). seguidas de lavagem em água da contendo 0,5ml da solução em Tucuruí, Pará, Brasil, e O teste de germinação foi corrente por 4min e posterior- de hipoclorito de sódio (2 a doadas pela Eletronorte- conduzido em delineamento mente imersas em água desti- 2,5% de NaClO) para cada 2 Centrais Elétricas do Norte inteiramente casualizado em lada por 5min. No tratamento litros de água até a saturação, S/A para a Universidade esquema fatorial 6·3, sendo o térmico úmido a 80ºC, sem retirando-se o excesso por gra- Federal de Uberlândia. Na primeiro fator relativo a cinco embebição posterior, a fonte vidade. Os rolos foram sortea- região onde as sementes métodos, mais a testemunha e de calor foi retirada logo após dos e acondicionados em sacos

OCTOBER 2015, VOL. 40 Nº 10 711 plásticos visando manter a umi- micrópila, assim como a esca- métodos e testemunha origina- cotilédones danificados em me- dade e dispostos em câmara de rificação na região oposta à ram plântulas normais, porém nos de 50% do seu volume germinação sob luz branca flu- micrópila superaram a dormên- das amostras 2 e 3 as reduções (Figura 1c) ou amarelecidas orescente contínua a 30 ±0,6ºC. cia das sementes das amostras dos percentuais de plântulas pela persistência do tegumento As contagens foram realiza- 1 e 2, uma vez que os percen- normais em relação às germina- também foram consideradas das aos 7 e 14 dias após a se- tuais de germinabilidade foram das foram maiores, inclusive da normais. meadura, adotando-se como superiores aos obtidos com as testemunha (Tabela I). Plântulas O tratamento térmico a 80ºC critério de germinação a protru- sementes da testemunha. Além normais da espécie apresenta- com e sem embebição posterior são da raiz (germinabilidade), de superar a dormência, os ram tegumento não persistente não estimulou a germinação além do critério tecnológico de métodos também estimularam (Figura 1b) com cotilédones li- das sementes (germinabilidade classificação de plântulas nor- a formação de plântulas nor- vres e espessos (Figura 1a) típi- e percentuais de plântulas nor- mais e anormais (ISTA, 1999; mais, contudo, esses mesmos co de germinação fanerocotile- mais) e, quando houve embebi- Brasil, 2009). Como uma das métodos foram indiferentes donar (sensu Ferraz e Calvi, ção por 24h reduziu a germi- formas de avaliar a eficiência para a germinabilidade e para 2011). Além disso, foi caracte- nabilidade e os percentuais de dos métodos é pelo número de os percentuais de plântulas rística da plântula normal o hi- plântulas normais das sementes sementes duras e embebidas normais da amostra 3. pocótilo pouco desenvolvido da amostra 2 em relação aque- remanescentes, essas caracterís- A maioria das sementes ger- (hipógeas), com grande desen- las da testemunha. ticas também foram analisadas. minadas da amostra 1 (germi- volvimento de epicótilo Os percentuais de plântulas Para a análise qualitativa das nabilidade) para todos os (Figura 1a, b). Plântulas com anormais das amostras 1 e 2 plântulas em normais e anor- mais determinou-se inicialmente a classificação morfofuncional TABELA I das plântulas de P. pendula, GERMINABILIDADE E PERCENTUAIS DE PLÂNTULAS NORMAIS E ANORMAIS segundo Ferraz e Calvi (2011) e DE Parkia pendula (WILLD.) BENTH. EX WALP. PROVENIENTES DE SEMENTES Manual de Desenvolvimento COLETADAS EM 2009 NO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ-PA E SUBMETIDAS AO de Plântulas da Associação DESPONTE, ESCARIFICAÇÃO E TRATAMENTO TÉRMICO Internacional para Análise de Germinabilidade (%) Tratamentos pré-germinativos Sementes (ISTA, 2006) definin- 1 2 3 do-se os estádios de desenvolvi- Testemunha 2,0 bC 37,0 bB 58,0 abA mento e as estruturas essenciais 80ºC 0,0 bC 25,0 bcB 46,0 bA das plântulas a serem conside- 80ºC seguido de embebição por 24h 2,0 bB 16,0 cB 51,0 abA radas na avaliação. Desponte na lateral da semente/terço mediano 97,0 aA 74,0 aB 57,0 abC Todas as características foram Desponte na região oposta à micrópila 93,0 aA 69,0 aB 58,0 abB inicialmente testadas quanto à Escarificação na região oposta à micrópila 94,0 aA 67,0 aB 68,0 aB normalidade dos resíduos pelo Pressuposições/Transformação de dados teste de Shapiro-Wilk e quanto Plântulas normais (%) Tratamentos pré-germinativos à homogeneidade entre as vari- 1 2 3 âncias pelo teste de Levene, Testemunha 1,0 bB 27,0 bA 30,0 abA ambos a 0,01 de significância. 80 ºC 0,0 bB 14,0 bcAB 23,0 abA Quando as pressuposições fo- 80 ºC seguido de embebição por 24 horas 1,0 bA 2,0 cA 16,0 bA ram atendidas aplicou-se a aná- Desponte na lateral da semente/terço mediano 96,0 aA 65,0 aB 38,0 aC lise de variância (ANOVA), Desponte na região oposta à micrópila 92,0 aA 54,0 aB 41,0 aB sendo os efeitos principais e a Escarificação na região oposta à micrópila 92,0 aA 58,0 aB 36,0 aC Pressuposições/ Transformação de dados W= 0,988; F= 1,359/arcoseno interação testados pelo teste F x /100 Plântulas anormais (%) de Snedecor. As médias foram Tratamentos pré-germinativos comparadas pelo teste de Tukey 1 2 3 a 0,05 de significância e, quan- Testemunha 1,0 aA 9,0 aA 28,0 bcB do as pressuposições não foram 80 ºC 0,0 aA 11,0 aB 22,0 abC atendidas realizou-se a transfor- 80 ºC seguido de embebição por 24 horas 1,0 aA 13,0 aB 34,0 cC mação angular. Desponte na lateral/terço mediano 1,0 aA 9,0 aAB 18,0 abB Desponte na região oposta à micrópila 1,0 aA 14,0 aB 14,0 aB Escarificação na região oposta à micrópila 2,0 aA 8,0 aA 29,0 bcB Resultados Pressuposições/ Transformação de dados W=0,961; F=2,806 Plântulas anormais infeccionadas (%) O gradiente de germinabili- Tratamentos pré-germinativos dade entre 2 e 58% das semen- 1 2 3 Média tes de Parkia pendula sem Testemunha 0,0 1,0 0,0 0,33 a qualquer pré-tratamento (teste- 80 ºC 0,0 0,0 1,0 0,33 a munha) indicou que a dormên- 80 ºC seguido de embebição por 24 horas 0,0 1,0 1,0 0,67 a Desponte na lateral da semente/terço mediano 0,0 0,0 1,0 0,33 a cia foi superada para parte das Desponte na região oposta à micrópila 0,0 1,0 3,0 1,33 a sementes da amostra 3 (58%) e Escarificação na região oposta à micrópila 0,0 1,0 3,0 1,33 a instalada para sementes Média 0,0 A 0,67 AB 1,5 B da amostra 1 (apenas 2% ger- minaram), todas coletadas no Pressuposições/ Transformação de dados W= 0,788; F= 6,396 mesmo ano (Tabela I). Os des- F e W: valores em negrito indicam variâncias homogêneas e resíduos com distribuição normal, respectivamen- pontes na lateral da semente/ te, ambos a 0,01 de significância. Médias seguidas por letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na terço mediano e oposto à linha, diferem entre si pelo teste de Tukey à 0,05 de significância.

712 OCTOBER 2015, VOL. 40 Nº 10 Figura 1. Plântulas normais de Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Figura 2. Anormalidades em plântulas de Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. com hipocótilo pouco desenvolvido e epicótilo desenvolvido, Walp. a: plântula amarelecidas devido ao tratamento térmico seguido de em- características típicas de plântulas hipógeas, em que a e b possuem bebição; b: raízes primárias enoveladas; c: raiz primária ausente; d: raiz cotilédones livres e tegumento não persistente, e c: plântula com primária pouco desenvolvida, e e: relação raiz/parte aérea desproporcional. danos em menos de 50% do volume dos cotilédones. Escala= 1cm. Escala= 1cm. não diferiram entre os méto- TABELA II dos, nem mesmo destes em PERCENTUAIS DE SEMENTES MORTAS, DURAS E EMBEBIDAS relação a testemunha, não atin- DE Parkia pendula (WILLD.) BENTH. EX WALP. PROVENIENTES gindo 15% (Tabela I). No en- DE SEMENTES COLETADAS EM 2009 NO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ-PA tanto, para a amostra 3 houve E SUBMETIDAS AO DESPONTE, ESCARIFICAÇÃO E TRATAMENTO TÉRMICO redução efetiva de plântulas Sementes mortas (%) anormais quando as sementes Tratamentos pré germinativos foram despontadas na região 1 2 3 Média oposta à micrópila (14%) em Testemunha 5,0 15,0 32,0 17,33 a relação às anormalidades das 80ºC 2,0 30,0 48,0 26,67 a plântulas provenientes da teste- 80ºC seguido de embebição por 24h 6,0 32,0 39,0 25,67 a munha (28%). Desponte na lateral da semente /terço mediano 3,0 26,0 43,0 24,00 a Outras anormalidades ocorre- Desponte na região oposta à micrópila 7,0 31,0 42,0 26,67 a ram de forma indistinta quanto Escarificação na região oposta à micrópila 6,0 33,0 32,0 23,67 a aos métodos de superação da Média 4,83 A 27,83 B 39,33 C dormência, a exemplo da ausên- cia de raiz primária (Figura 2c) Pressuposições W= 0,985; F= 1,548 ou quando presente pouco de- Sementes duras (%) Tratamentos pré germinativos senvolvida (Figura 2d), relação 1 2 3 parte aérea e sistema radicular desproporcional (Figuras 2e) ou Testemunha 93,0 bC 48,0 bB 10,0 aA ainda epicótilo danificado 80ºC 98,0 bC 45,0 bB 4,0 aA (Figuras 3a, b, c, d, e). 80ºC seguido de embebição por 24h 92,0 bC 52,0 bB 7,0 aA Apesar das sementes da Desponte na lateral da semente/terço mediano 0,0 aA 0,0 aA 0,0 aA amostra 3 terem percentuais de Desponte na região oposta à micrópila 0,0 aA 0,0 aA 0,0 aA plântulas anormais infecciona- Escarificação na região oposta à micrópila 0,0 aA 0,0 aA 0,0 aA das superiores aos da amostra Pressuposições W= 0,803; F= 13,412 1, os mesmos representaram Sementes embebidas (%) menos de 3%. Os métodos de Tratamentos pré germinativos escarificação, desponte e trata- 1 2 3 Média mento térmico não foram fonte Testemunha 0,0 0,0 0,0 0,0 a de contaminação das plântulas 80ºC 0,0 0,0 2,0 0,7 a (Tabela I). No tratamento tér- 80ºC seguido de embebição por 24h 0,0 0,0 3,0 1,0 a mico, a temperatura de 80ºC Desponte na lateral da semente/terço mediano 0,0 0,0 0,0 0,0 a desempenhou o mesmo papel Desponte na região oposta à micrópila 0,0 0,0 0,0 0,0 a do hipoclorito de sódio na re- Escarificação na região oposta à micrópila 0,0 0,0 0,0 0,0 a dução das infecções. Média 0,0 A 0,0 A 0,83 A Embora a mortalidade das sementes de P. pendula tenha Pressuposições W= 0,363; F= 10,307 sido alta, com percentuais pró- F e W: valores em negrito indicam variâncias homogêneas e resíduos com distribuição normal, respectivamen- ximos a 50% para sementes te, ambos a 0,01 de significância. Médias seguidas por letras distintas, minúsculas na coluna e maiúscula na da amostra 3, esse resultado linha, diferem entre si pelo teste de Tukey a 0,05 de significância.

OCTOBER 2015, VOL. 40 Nº 10 713 do gênero ocorre em superação. Em P. pendula a P. clappertoniana interação entre as amostras e Keay, que dispersa se- os métodos para a superação mentes não dormentes da dormência para os percentu- de coloração verme- ais de germinabilidade, de lho-amarronzadas e plântulas normais e anormais, sementes preto-amar- foi um indicativo de que a efi- ronzadas com dor- ciência do método está estrita- mência tegumentar mente relacionada com a quali- na proporção 1:10 dade das sementes. (Etejere et al., 1982). O desponte das sementes de Pesquisas com es- P. pendula na lateral/terço me- pécies do mesmo gê- diano ou na região oposta à nero Parkia eviden- micrópila foram eficientes na ciaram percentuais de germinabilidade, formação de germinação para se- plântulas normais e redução de mentes de P. velutina anormalidades de sementes ultrapassando 50%, com diferentes intensidades de Figura 3. Danos em epicótilo em plântulas anormais de Parkia pendula (Willd.) porém menores que dormência. Considerando ape- Benth. ex Walp. a, b e c: plântulas com ponteiro danificado, ausência de eófilos e danos em sistema radicular, além da primeira apresentar um desenvolvimento 20% para sementes de nas a protrusão da raiz, o des- atípico de epicótilo, e e: plântulas com epicótilo infeccionado, ausência de eófilos P. multijuga e P. pa- ponte na região distal ou proxi- e na primeira, raiz primária bifurcada. Escala= 1cm. nurensis, obtidos na mal das sementes favoreceu a testemunha (Melo germinação de P. discolor et al., 2011). Em P. (Pereira e Ferreira, 2010). não pôde ser atribuído aos Discussão biglobosa a germinação atingiu A principal diferença entre o métodos pré-germinativos cerca de 92% aos 21 dias após desponte e a escarificação na (Tabela II). Para sementes da A dormência por impermea- a semeadura (Okunlola et al., região oposta à micrópila de se- testemunha, a mortalidade bilidade tegumentar presente 2011) e em P. bicolor A. Chev mentes de P. pendula foi o au- variou de 5 a 32%, variação em sementes de Parkia pendu- foram 73% aos 7 dias mento dos percentuais de plântu- próxima da média dos méto- la é a característica mais estu- (Okunomo, 2010). las anormais com a escarificação dos incluindo a testemunha dada das espécies florestais, Os percentuais de emergên- causada pela facilidade da saída (5-39%). Pelos altos percentu- porém a eficiência dos métodos cia de plântulas de P. platyce- da parte aérea antes da protru- ais de plântulas anormais e de para sua superação ainda susci- phala, uma espécie com distri- são da raiz. A escarificação na sementes mortas constatou-se ta divergências. Parte da diver- buição em áreas de Cerrado região oposta de sementes de a baixa qualidade das semen- gência é decorrente da intensi- stricto sensu, alcançaram ~30% Bowdichia virgilioides Kunth tes da amostra 3. dade distinta da dormência sem qualquer pré-tratamento causou a mesma anormalidade A ausência de sementes du- com variações entre e dentro (Figueiredo et al., 2008). em plântulas da espécie ras ao final do experimento de populações ou mesmo entre Variações da dormência de se- (Albuquerque et al., 2007). quando as sementes foram sementes coletadas em diferen- mentes foram observadas para As sementes de P. pendula despontadas ou escarificadas tes anos de uma mesma popu- cinco espécies do gênero parecem não tolerar períodos comprovou a eficiência dos lação (Andersson e Milberg, Sesbania (Fabaceae) com ger- longos de embebição, tanto que métodos em romper a barreira 1998; Meyer e Pendleton, minação entre 13,5 e 68,3%, quando embebidas por 24h após física imposta pelo tegumento. 2000; Veasey et al., 2000). porém não foram restritas ao o tratamento térmico houve re- Em contrapartida, a 80ºC, Entre os vários exemplos estão gênero, uma vez que os per- dução da germinabilidade e dos com ou sem embebição, ao as sementes de Plathymenia centuais de germinação tam- percentuais de plântulas nor- igualar os percentuais de se- reticulata Benth. com germina- bém variaram entre os indiví- mais. A intolerância de semen- mentes duras de todas as ção entre 4 e 62% e de Senna duos de cada espécie (Veasey tes da espécie a períodos pro- amostras, com os percentuais multijuga (Rich.) H. S. Irwin et al., 2000). Mesmo com os longados de embebição foi com- similares ao das sementes da & Barneby entre 9 e 35%. As registros de variações na dor- provada por Pinedo e Ferraz testemunha foi insuficiente espécies são reconhecidas pela mência das sementes de espé- (2008) ao observarem que com para superar a dormência das dormência, porém parte das cies do gênero Parkia, esta embebição superior a 20% a sementes de P. pendula ao sementes de ambas germina pode ser completa para algu- sua massa, cerca de 4h, a emer- longo dos 14 dias de duração sem qualquer pré-tratamento mas espécies. Em P. biglobosa gência de plântulas de sementes do experimento. (Lacerda et al., 2004). e P. discolor a germinação não recém-colhidas e armazenadas A ausência de sementes Essa intensidade em um ocorreu até dia 7 após a seme- decresceu. Em P. multijuga este embebidas das amostras 1 e 2 mesmo lote ou amostra é parti- adura, indicando que para am- decréscimo ocorreu quando se- ao final experimento e os cular em P. pendula ao disper- bas a dormência estava com- mentes embebidas ultrapassa- percentuais de 2 e 3% de se- sar parte das sementes com pletamente instalada (Aliero, ram 45,4% no teor de água mentes embebidas da amostra dormência superada (Oliveira 2004; Pereira e Ferreira, 2010). (Calvi et al., 2008). 3 submetidas ao tratamento et al., 2006). O impacto dessa Essas variações de dormên- A escarificação com ácido térmico indicaram que o tem- característica foi a variação cia entre espécies do mesmo sulfúrico por 3min foi conside- po de 14 dias foi suficiente entre 2 e 58% de sementes gênero, entre indivíduos de rada eficiente para a superação para a condução do teste, germinadas sem qualquer pré- uma mesma espécie e mesmo da dormência das sementes de sendo que a distinção entre -tratamento de amostras coleta- entre sementes de uma mesma P. biglobosa, porém os percen- sementes duras e embebidas das no mesmo ano em Tucuruí. amostra têm grande impacto na tuais máximos de germinação foi apenas visual. Outra peculiaridade importante eficiência dos métodos de foram de 50% (Aliero, 2004),

714 OCTOBER 2015, VOL. 40 Nº 10 assim como para sementes pre- ou na região oposta à micrópi- MAPA/ACS. Brasília, Brasil. Melo MGG, Mendonça MS, Nazário to-amarronzadas de P. la das sementes. 395 pp. P, Mendes AMS (2011) Superação Calvi GP, Audd FF, Vieira G, Ferraz de dormência em sementes de Clappertoniana, atingindo 97% O tratamento térmico úmido três espécies de Parkia spp. Rev. de germinação com 15min de a 80oC é insuficiente para a IDK (2008) Tratamentos de pré- embebição para aumento do des- Bras. Sem. 33: 533-542. exposição ao ácido (Etejere embebição efetiva das sementes empenho da germinação de se- Meyer SE, Pendleton RL (2000) et al., 1982). Para as duas es- dormentes e, quando seguido mentes de Parkia multijuga Benth. Genetic regulation of seed dor- pécies, a dormência era com- da embebição por 24h, reduz a Rev. Forest. Latinoam. 23: 53-65. mancy in Purshia tridentata pleta e nenhuma semente ger- germinação. Câmara CA, Araújo Neto JC, (Rosaceae). Ann. Bot. 85: minou no controle, assim com- A escarificação das sementes Ferreira VM, Alves EU, Moura 521-529. prova-se que a eficiência do na região oposta à micrópila FBP (2008) Caracterização mor- Nascimento IL, Alves EU, Bruno fométrica de frutos e sementes e RLA, Gonçalves EP, Colares ácido sulfúrico é restrita a se- favorece a germinação, porém efeito da temperatura na germi- PNQ, Medeiros MS (2009) mentes com alta qualidade, aumenta o risco de anormali- nação de Parkia pendula Superação da dormência em porque tende a causar a morte dade das plântulas. (Willd.) Benth. ex Walp. Ciênc. sementes de faveira (Parkia de sementes com dormência Florest. 18: 281-290. platycephala Benth). Árvore 33: 35-45. superada. AGRADECIMENTOS Etejere EO, Fawole MO, Sani A Uma caracterização morfo- (1982) Studies on the seed ger- Okunlola AI, Adebayo RA, mination of Parkia clappertoni- Orimogunje AD (2011) Methods métrica das sementes de P. Os autores agradecem ao ana. Turrialba 32: 181-185. of breaking seed dormancy on pendula revelou a presença de Conselho Nacional de Ferraz IDK, Calvi GK (2011) Teste germination and early seedling mucilagem após a hidratação Desenvolvimento Científico e de germinação. Em Lima Júnior growth of African locust bean da semente (Camara et al., Tecnológico e à Fundação de MJV (Ed.) Manual de Procedi- (Parkia biglobosa) (Jacq.) Benth. 2008), sendo este o mesmo Amparo à Pesquisa do Estado mentos para Análise de Sementes J. Horticult. Forest. 3: 1-6. visgo que prende as sementes de Minas Gerais pelo apoio fi- Florestais. Associação Brasileira Okunomo K (2010) Germination and de Tecnologia de Sementes. seedling growth of Parkia bicol- ao fruto e que confere a espé- nanceiro e pela concessão de Londrina, Brasil. pp. 5.1-5.33. or (A. Chev) as influenced by cie caráter serotinoso (Oliveira Bolsa ao segundo e terceiro Figueiredo PS, Girnos EC, Santos various nursery techniques. Afr. et al., 2006). Dentre as inúme- autores, e à Eletronorte-Centrais LS (2008) Predação e parasitis- J. Gen. Agric. 6: 187-197. ras funções da mucilagem está Elétricas do Norte S/A pela mo em sementes de duas popu- Oliveira MCP, Ferraz IDK, Oliveira sua capacidade de controlar a doação das sementes e informa- lações de Parkia platycephala GJ (2006) Dispersão e supe- entrada de água na semente ções relevantes sobre a coleta e Benth. em áreas de cerrado no ração da dormência de sementes nordeste do Brasil. Rev. Bras. de Parkia pendula (Willd.) quando em condições de exces- o armazenamento. Bot. 31: 245-251. Walp. (visgueiro) na Amazônia so de água (Western, 2011). Fisch GF, Januário M, Senna RC Central, AM, Brasil. Hoehnea Das amostras com diferentes REFERÊNCIAS (1990) Impacto ecológico em 33: 485-493 qualidades, a amostra de me- Tucuruí (PA): climatologia. Acta Oliveira AKM, Ribeiro JWF, Pereira nor qualidade apresentou pouca Albuquerque KS, Guimarães RM Amaz. 20: 49-60. KCL, Rondon EV, Becker TJA, ou nenhuma mucilagem depois (2008) Avaliação da qualidade Gunn CR (1984) Seeds of Barbosa LA (2012) Superação de dormência em sementes de de hidratada e, possivelmente de sementes de Bowdichia virgi- Leguminoseae. Em Polhill RM, lioides (Kunth.) pelo teste de Raven PH (Eds.) Adv. Legume Parkia gigantocarpa (Fabaceae esteve mais susceptível aos raios x. Ciênc. Agrotecnol. Systemat. Crown. Kew, RU. - Mimosoidae). Ciênc. Florest. danos por embebição rápida. 32: 1713-1718. pp. 913-925. 22: 533-540. As anormalidades em plân- Albuquerque KS, Guimarães RM, Hopkins HCF (1986) Parkia (Legu- Pereira AS, Ferreira SAN (2010) tulas de P. pendula tiveram Almeida IF, Clemente ACS minosae: ). Flora Superação da dormência em causas distintas em função dos (2007) Métodos para a supe- Neotrop. Monogr. 43: 74-77. sementes de visgueiro-do-igapó ração da dormência em semen- (Parkia discolor). 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