<<

PINCHÁS- EM HEBRAICO PINCHÁS TRANSLITERADO PARASHÁ 41 PINCHÁS (Finéias) {B´Midbar/Números 25:10 – 30:1 (29:40)}

Ouvir => PINCHÁS B´Midbar/Números 25 em hebraico Ouvir => PINCHÁS B´Midbar/Números 26 em hebraico Ouvir => PINCHÁS B´Midbar/Números 27 em hebraico Ouvir => PINCHÁS B´Midbar/Números 28 em hebraico Ouvir => PINCHÁS B´Midbar/Números 29 em hebraico

Ouvir => PINCHÁS B´Midbar/Números 30 em hebraico

RESUMO DA PARASHÁ 41

Ouça o resumo da parashá Pinchás A Parashá Pinechas começa com D'us concedendo sua bênção de paz e sacerdócio a Pinechas, o neto de Aharon, por assassinar um príncipe da tribo de Shimeon e uma princesa medianita enquanto estavam envolvidos em um ato licencioso em público (ao final da Porção da Torá da semana passada).

A reação zelosa de Pinechas salva o povo judeu de uma peste que havia irrompido no campo. D'us ordena a Moshê e (filho e sucessor de Aharon como Sumo sacerdote) a conduzir um novo recenseamento de toda a nação, o primeiro feito em quase trinta e nove anos.

A Torá então relata a reivindicação feita pelas cinco filhas de Tslofchad por uma parte da herança na terra de Israel, pois não tinham irmãos e o pai morrera no deserto. D'us concorda, e pelo mérito destas mulheres justas muitas das leis sobre herança são ensinadas. Depois que D'us mostra a terra de Israel do topo de uma montanha, Moshê recebe ordens de transmitir seu manto de liderança a Yeoshua, colocando a mão sobre sua cabeça, pois Moshê não entraria no país.

A porção da Torá conclui com uma completa descrição dos corbanot, sacrifícios, especiais a serem ofertados nos vários dias festivos durante o ano, acima e além do sacrifício (corban ) que é trazido toda manhã e tarde. Estas seções são também lidas na Torá por todo o ano, nos dias festivos apropriados.

Chabad.org

(Segue o SHIUR – Estudo da parashá, a seguir)

PARASHÁ 41 PINCHÁS (Finéias) {B´Midbar/Números 25:10 – 30:1 (29:40)}

A parashá (porção) desta semana, denominada de Pinchás (Finéias) ,recebe este nome pois é extraída do versículo 10 do capítulo 25 do sefer (livro) de B´midbar / números, conforme destacado acima em hebraico, onde lemos a seguir: “10. vayidaber ADONAI el-moshe lemor: 11. pinchas ben-elazar ben-aharon hakohen heshiv et-chamati meal bene-yisrael bekano et-kinati betokham velo-khiliti et- bene-yisrael bekinati:” (Cap. 29.40 na bíblia cristã).

Estudamos na parashá passada, que Bilam (Balaão) tentou amaldiçoar o povo de Israel, no entanto, D´us não permitiu. Ele então arquitetou um plano: as mulhes de Moab iriam seduzir os israelitas, e como elas eram idólatras, fariam

com que os israelitas se corrompessem, e conseguiram. Isso está descrito em B`midbar / Números 31:16.

Assim, essas mulheres fizeram com que os israelitas servissem ao -P´or. O Eterno ficou irado, e determina uma praga para o povo.

É neste contexto que entra o Pinchás (Finéias). Ele viu que Zinrim havia entrado em uma tenda com uma mulher idólatra para ter relações sexuais, e mata ambos com uma lança. Logo em seguida, a praga parou. O Eterno se agradou de Pinchás, por ter matado os dois. A idolatria é punida com a pena de morte, pois o Eterno não suporta idolatria.

O Eterno proibe o casamento com mulheres estrangeiras, um jugo desigual. Não adianta a pessoa se casar com uma pessoa de uma fé diferente. Imagina, o pai quer ensinar a Torá e a mãe quer ensinar idolatrar Maria. O pai quer ensinar a guarda do shabat, a mãe ensina profanar o shabat. O pai ensina alimentação kasher, e a mãe ensina comer carne de porco. Aí, vira uma zona de guerra na área espiritual.

Um casamento errado pode ser uma fonte de grandes problemas, e as consequências podem ser terríveis.

Então, Pinchás matou e a mulher. O Eterno disse que estabeleceria com ele uma relação de paz e o abençoou. Ele era filho de Eleazar e neto de Aharom (Arão). Pinchás soube agir no momento certo, sem titubear. Teve iniciativa baseado exclusivamente por seu conhecimento da Torá do Eterno, diferentemente de Moshéh, que estava aguardando a ordem do Eterno sobre o que ocorria. Como Moshéh executava as ordens do Eterno, não teve a iniciativa que Pinchás teve, e isso foi de agrado do Eterno. A Torá diz que Pinchás foi zeloso na palavra do Eterno. Aprendemos com isso que há tempo para refletir, para orar, mas há tempo de se tomar uma decisão, de ir para a execução de uma tarefa ou plano, sem titubear! Seu padrão de vida é a palavra do Eterno e sobre ela tem o poder e dever de agir.

Este homem foi justo e exaltado pelo Eterno por ter matado um hebreu e uma mulher idólatra que estava pervertendo os israelitas. Ora, o Eterno não suporta idolatria, ele é exclusivista. O ser humano deve escolher quem é seu Adom. Muitos dizem seguir ao Eterno , mas vivem com os pés atolados no pecado, e isso é um erro. O Eterno é amoroso , mas ele é também rigoroso e exclusivista. Quem o segue, deve deixar para traz toda a vida mundana.

Note que Pinchás cometeu um duplo homicídio, no entanto, mesmo assim o Eterno o elogiou e o abençoou. Disse que ele foi zeloso. Isso demonstra que em certas situações o Eterno é implacável. Muitos brincam de religião, brincam de cumprir a bíblia, mas é tudo uma farça. Todos nós seremos julgados, e o Eterno julgará com rigor. Não se pode brincar de ser religioso com Elohim. Temos que ser fiel. Pare e medite: o que você tem feito que desagrada ao Eterno? Abandone tudo aquilo que você porventura faça hoje, mas você sabe que isso desagrada o coração do Eterno. Abandone o pecado enquanto há tempo

Explica o Rabino Rebe de Lubavich (leia

mais) , diz que Pinchás morreu, e a alma dele migrou, reencarnou no profeta Eliahu (Elias). Sabemos que muitos Rabinos famosos tem pregado a reencarnação. A crença na reencarnação está de acordo com as escrituras? Resposta: Não.

Este tema da reencarnação ou da chamada transmigração de almas (guilgul neshamot) é muito importante e muito discutido, no entanto, veremos se tem ou não base bíblica:

Não existe reencarnação nas escrituras. Esses Rabinos que pregam isso , foram influenciados pelo paganismo místico que ingressou no Judaísmo. Com que base afirmamos que a reencarnação não existe?

a- Não existe na Bíblia a palavra guilgul neshamot, nos textos originais; b- As escrituras dizem que o Eterno iria julgar os ímpios (Salmos 58:10-11). A reencarnação é um sistema que contraria a justiça do Eterno. Veja: você foi ímpio e reencarnou muitas vezes com o objetivo de corrigir seus atos, então nunca será condenado pela sua impiedade. c- A tradição hebraica fala do guechinon (Inferno). Á luz do judaísmo é lugar de castigo para os ímpios, e não há menção de reencarnação para aqueles que estão lá. d- Hebreus 9:27 diz: Assim como aos homens está ordenado a morrer uma só vez, vindo depois o Juízo. e- Algumas pessoas argumentam com base na Kabalah.

Gershom Scholem , que é reconhecido como um dos maiores cabalistas, diz: ”Não há prova da existência do guilgul, no judaísmo do segundo templo” (Època de Yeshua). Não há referência no sobre

reencarnação. Os principais filósofos medievais regeitavam a reencarnação. Explica que os meios judaicos podem ter recebido esse entendimento por influência do orfirmo e filosofias indianas. São movimentos pagãos e idólatras. (Kaballa pag.310)

Logo, concluimos que o profeta Eliahu (Elias), não é uma reencarnação de Pinchás.

Pinchás era neto de Aharom. De acordo com a tradição judaica, o pai de sua mãe era Itrô (Jetro), o sacerdote pagão de Midiã, que se tornou sogro de Moshé (Moisés) e depois depositou sua fé no Eterno. Então, Pinchás era descendente de Arão por parte de pai, mas por parte de mãe ele era descendente dos midianitas, um povo idólatra. Ele não era um levita 100%, já que sua mãe tinha origem em Midiã. Mesmo assim o Eterno recompensou Pinchás.

O comentarista , e as obras

Shiftei Chachamim e Cliachar, comentam que, já que Pinchás não era 100% levita, afirmam que ele era

ridicularizado pelos hebreus, escarneciam dele porque tinha uma origem Midianita.

Depois deste episódio, o Eterno honrou Pinchás e fez com que a boca do povo se calasse.

Isto demonstra que o Eterno não está preocupado com a pureza do sangue, mas com o zelo e com a obediência da Torá.

A história de Pinchás é a história de muitos de nós brasileiros. Judeus perseguidos pela inquisição. Aqui no Brasil, muitos são descendentes de Judeus, mas não possui o sangue 100% judeu. Se forem para uma sinagoga tradicional serão humilhados e discriminados, ou simplesmente não irão lhes dar muita atenção, pois são bnei anussim.

Mas a parashá de hoje ensina que o Eterno não se preocupa com isso, mas ele dá valor para quem tem zelo para com as coisas do Eterno. Os Bnei Anussim serão certamente exaltados pelo Eterno.

Perguntamos, quem herdará o mundo vindouro, o judeu ateu ou você? Quem obterá a salvação o judeu que nega Yeshua ou você? Você é um pinchás, um

servo zeloso do Eterno, e é isso o que importa para o Eterno.

No capítulo 26 vemos que há um novo censo deternimado pelo Eterno. Houve um primeiro censo e depois desse se passaram 38 anos do povo no deserto, agora 601730 homens (Nm26:51). No primeiro censo, todos haviam morrido no deserto. Toda a geração que saiu do Egito morreu no deserto, exceto Kalev e Yehoshua (Calebe e Josué).

Neste novo censo, foram contados os descendentes daqueles que morreram durante os 38 anos que estiveram no deserto. Porque mais de 600 mil homens morreram? Porque foram desobedientes à vontade do Eterno. Extraímos daí o seguinte: entraremos em um deserto na área existencial. Há pessoas que não passam no teste e terminam morrendo no deserto. Outros saem do deserto com a vitória na mão. A escolha é de cada um. Morrer no deserto ou entrar na terra prometida. É nossa jornada espiritual.

A parashá , diz que os filhos de Korach desceram ao abismo quando a terra se abriu. Agora nesta parashá, diz que não morreram todos...

Os rabinos se divergem quanto às opiniões. Concordamos com a opinião do Rabino Yehudá

Loew, da cidade de Praga (leia mais) , explica que foram engolidos pela terra, porém, não morreram, mas sobreviveram ao episódio. Isso ocorreu porque se arrependeram de seus pecados e o Eterno os poupou. É uma tese.

É possivel o arrependimento no último momento? Sim. A exemplo disso os ladrões da cruz. Um se arrependeu e foi perdoado, e o outro debochou de Yeshua.

Prosseguindo, o Cap.26:52-56, o Eterno diz que a terra de Israel seria divida por dois critérios. O primeiro critério é o tamanho da família, já o segundo critério seria o sorteio. Demonstra aqui um sistema perfeito de justiça social. É o princípio da igualdade entre as tribos. O Eterno não faz acepção de pessoas e promove a justiça social.

No cap.27:1-11, deve ser lido junto com o capítulo 30, sabemos que as terras eram sempre repassadas dos pais para os filhos, mas para as filhas não. As mulheres se casavam e entravam na herança do marido. Aí surgiu um homem que se chamava Tselofchad e morreu, mas ele não tinha filhos homens, porém tinha cinco filhas mulheres. Aí elas iriam perder as terras, a herança.

Diz a Torá que elas foram até Moshé e pediram que pudessem herdar as terras para honrar o nome do pai. Moshé consulta o Eterno e por conta disso é estabelecida uma nova: quando alguem morrer e não tiver filho homem, passará às filhas mulheres, e aí segue uma regra familiar de sucessão. Mais uma vez, o Eterno estabelece um sistema de extrema justiça sobre os filhos de Israel, no que tange a herança e a justiça social.

Finalizando, falará os caps.28 e 29 sobre as festas bíblicas, o que já estudamos na parashá , e não iremos repetir. Concentraremos no capítulo 27:12-23, que fala sobre Yehoshua (Josué), o sucessor de Moshéh (Moisés).

A Torá diz que Moshéh não entraria na terra de Israel, no episódio da pedra que saiu água. Moshéh pede então, ao Eterno, que ele apontasse um homem que devesse conduzir o povo. Foi então escolhido Yehoshua (Josué), filho de Num, porque este tinha o espírito de santidade. Recebeu autoridade para que o povo de Israel o obedecesse. Moshéh impôs as mãos sobre Yehoshua (josué) e o ungiu como seu sucessor.

Há paralelos de semelhança entre Yehoshua (Josué) e Yeshua (Jesus), senão vejamos:

 O nome: Yehoshua e Yeshua – tanto um quanto o outro possuem o mesmo nome . Yeshua é uma síncope, uma redução do nome Yehoshua. Ex: Carolina e Carol (Carol é contração de Carolina). Logo, ambos possuem o mesmo nome Yehoshua, que significa: O Eterno salva, ou, O Eterno é a salvação. Logo, Josué é um prenúncio da Jesus, pois um tipifica o outro.  Dever de obediência: - afirma a Torá 27:20, que o povo deve obedecer a Yehoshua. Da mesma forma, sabemos que Israel deve obedecer a Yeshua. A tradição judaica ( Tanchuma – Isaias 23:13) diz que o Mashiach será mais exaltado do que Moisés, será superior até aos anjos.

 Liderança : Yehoshua é o lider que levaria à terra prometida. Da mesma forma, Yeshua reunirá todos os dispersos entre as nações, e porá fim a todos os inimigos do nosso povo. Há um concenso entre os rabinos sobre isso, sobre haver a reunião da diáspora para levar à Israel.  Conhecimento e prática da Torá: - segundo o ensino do

Rabino Natan Shapira na obra Megalê Hamukot (ver obra) ,explica que Yehoshua foi escolhido porque se sobressaia nos estudos da Torá e as praticava, e assim foi escolhido. De igual modo, Yeshua foi o maior Rabino e professor da

Torá de todos os tempos. Maimônides (ler sobre) ensina que o Mashiach irá incitar o povo a andar na Torá. Alguns ensinam a mentira de que Yeshua anulou a Torá, mas é uma mentira. Disse que o Mashiach seria maior que Salomão em sabedoria, e isso em Mt 12:42 ele diz isso. Disse que todas as nações iriam ouvir o Mashiach e a Torá. Ora, a pessoa mais famosa em toda a humanidade é Yeshua. Todos já ouviram falar de Yeshua e seus ensinos. Yeshua foi o único Rabino que conseguiu levar a Torá para o mundo todo.

TEFILAH – Avino Malqueino shavat shamaim. Agradecemos pelo seu estudo da Torá Cremos pai que Yeshua veio e ressuscitou e retornará como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Cremos com nossa perfeita fé que ele se apresentará e estaremos com ele em sua terra, na terra de Israel. Agradecemos por tudo, em especial por este estudo. Pedimos uma benção especial para todos os que estão estudando este shiur. Fica Senhor conosco, neste shabat ensina-nos sobre sua Torá para aplicarmos em nossas vidas, concretizarmos tudo o que estamos estudamos. Agradecemos por tudo, em nome de YHWH. Amén. Shabat shalom.

Shabat Shalom Aharon Ben Ha´, 03 julho de 2021 – 23 , 5781.