A Sala De Aula No Parque De Diversões Do Hopi Hari
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO JOSÉ ROBERTO LEMOS INDÚSTRIA CULTURAL DO ENTRETENIMENTO NA ESCOLA: a sala de aula no parque de diversões do Hopi Hari SÃO CARLOS 2015 JOSÉ ROBERTO LEMOS INDÚSTRIA CULTURAL DO ENTRETENIMENTO NA ESCOLA: a sala de aula no parque de diversões do Hopi Hari Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Educação do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Educação. Linha de pesquisa: Educação, cultura e subjetividade Orientador: Antônio Álvaro Soares Zuin SÃO CARLOS 2015 Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária/UFSCar Lemos, José Roberto. L557ic Indústria cultural do entretenimento na escola : a sala de aula no parque de diversões do Hopi Hari / José Roberto Lemos. -- São Carlos : UFSCar, 2015. 226 f. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal de São Carlos, 2015. 1. Indústria cultural. 2. Semiformação. 3. Entretenimento. 4. Escolas. 5. Parques de diversões. I. Título. CDD: 306.4 (20a) À minha mãe... À Ana Amália, à minha pequena grande Ana Lia, à Iraci, que sempre me socorreu nas horas difíceis e, em especial, ao Márcio, que ajudou a tornar possível essa realização. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Antonio Álvaro Soares Zuin pela orientação objetiva e atenta, pela precisão e relevância de suas intervenções, quer como orientador quer como amigo sincero. Ao Prof. Dr. Luiz Roberto Gomes e à Profª. Drª. Paula Ramos de Oliveira pela disponibilidade e pelas precisas e importantes observações apontadas no Exame de Qualificação. À minha família que sempre esteve presente nas horas de que mais precisei. A todos os meus amigos e professores, pelo apoio durante esta etapa de minha vida. À Aline e à Giovana, pela rica contribuição que deram à minha pesquisa. À Cristiane, pelo apoio incondicional. A todos os alunos, que colaboraram para a realização deste trabalho, ainda que no anonimato, também meus sinceros agradecimentos. A Deus, por ter me dado forças para continuar... RESUMO INDÚSTRIA CULTURAL DO ENTRETENIMENTO NA ESCOLA: a sala de aula no parque de diversões do Hopi Hari O presente trabalho busca contribuir para a reflexão acerca da influência dos aparatos tecnológicos da atualidade e da indústria cultural do entretenimento pela via dos parques de diversão. Para tanto, nessa pesquisa, analisamos o Hopi Hari e seu laboratório educativo (LEd) como “furão da educação” formal. É nessa relação complexa que se desenvolvem muitas variáveis, nas quais tentamos penetrar para obter subsídios que pudessem indicar como se dá a cooptação dos alunos para o consumo dessas mercadorias do entretenimento. Por via da propaganda da indústria cultural, as escolas são convidadas a se juntarem a estes mecanismos disfarçados de cultura, tendo como elemento de convencimento a ideia de que na distração a aprendizagem ocorre de forma mais eficiente e prazerosa. Para alcançarmos os objetivos propostos, realizamos uma pesquisa de campo a fim de investigar como se dá essa cooptação de alunos em relação a uma escola pública e outra privada da região de São Carlos, cidade do interior do Estado de São Paulo. Nossas análises se apoiaram principalmente nos estudos feitos pela Teoria Crítica da Educação e nas ideias tanto de seus representantes clássicos; como Adorno, Horkheimer, Benjamin e outros; como nas de seus representantes mais contemporâneos. A abordagem temática se configurou em quatro principais capítulos: no primeiro deles buscamos enfatizar a origem dos parques de diversão e a influência dos produtos da indústria cultural do entretenimento nas experiências humanas; no segundo, procuramos enfatizar as relações entre a indústria cultural, a escola e os parques, destacando as formações pedagógicas oferecidas pelo parque Hopi Hari para professores com a intenção de que estes levem seus alunos ao parque; no terceiro, buscamos compreender como se dá a lógica da diversão como promoção do público e do privado, as consequências disso no processo formativo e a explosão virtual na distração concentrada; no quarto e último capítulo, fizemos a análise dos dados obtidos na pesquisa de campo, como subsidiária de nossas hipóteses em relação à distração concentrada que ocorre nos parques em detrimento da atenção e concentração exigidas pela aquisição da aprendizagem. Palavras – chave: Semiformação. Indústria Cultural. Entretenimento. Escola. Hopi Hari. ABSTRACT ENTERTAINMENT CULTURAL INDUSTRY IN THE SCHOOL: the classroom at the amusement park Hopi Hari This study aims to contribute to the discussion about the influence of today's technological devices, as well as the cultural entertainment industry by way of amusement parks, in this research, Hopi Hari and its educational laboratory (LEd), as "the ferret education" formal. It is in this complex relationship, which develop many variables, we try to penetrate to obtain information that could indicate how is the co- optation of students for the consumption of entertainment goods, and, through the cultural industry advertising, schools are invited to join these mechanisms disguised as culture, with the convincing element the idea that distraction learning occurs in a more efficient and enjoyable way. For both draw on a field of research that tried to investigate how this co-option in relation to students from a public school and a private of São Carlos, São Paulo State. Our analysis relied mainly on studies done by Critical Theory of Education and the ideas of his classic representatives as Adorno, Horkheimer, Benjamin and others, as well as their more contemporary representatives. The thematic approach was configured into four main chapters: the first sought to emphasize the origin of amusement parks, as well as the influence of the cultural products of the entertainment industry in the human experiences; in the second chapter we emphasize the relationship between the culture industry, schools and parks, highlighting the educational training offered by the Hopi Hari park for teachers in order to bring their students; the third was sought to understand how is the logic of fun as promoting public and private, and the consequences in the training process and the virtual explosion in concentrated distraction; the fourth chapter made the analysis of data obtained in field research as a subsidiary of our hypotheses regarding the concentrated distraction that occurs in the parks as opposed to attention and concentration as necessary requirement acquisition of knowledge. Keywords: Semiformation. Cultural Industry. Entertainment. School. Hopi Hari. SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10 CAPÍTULO 1 - AS RELAÇÕES ENTRE INDÚSTRIA CULTURAL, PARQUES DE DIVERSÕES E A CRIANÇA ..................................................................................... 16 1.1 Histórico dos parques de diversões .................................................................... 16 1.2 Sobre a “experiência e seu fim” ........................................................................... 31 CAPÍTULO 2 - AS RELAÇÕES ENTRE A INDÚSTRIA CULTURAL, A ESCOLA E OS PARQUES .......................................................................................................... 45 2.1 Lazer, indústria e mídia..................................................................................................45 2.2 "Na maior sala de aula do mundo" o que importa é o consumo..........................67 CAPÍTULO 3 - A LÓGICA DA DIVERSÃO COMO PROMOÇÃO DO PÚBLICO E DO PRIVADO, AS CONSEQUÊNCIAS NO PROCESSO FORMATIVO E A EXPLOSÃO DO MUNDO VIRTUAL NA DISTRAÇÃO CONCENTRADA ................ 84 3.1 A lógica da diversão como promoção do público e do privado nas relações espaço-temporais entre famílias e parques .............................................................. 84 3.1.2 A invasão do espaço privado, por meio dos aparatos tecnológicos do mundo virtual. ........................................................................................................................ 89 3.2 Algumas hipóteses sobre o processo formativo dos jovens sob a égide da distração concentrada................................................................................................99 3.2.1 O vazio social em tempos virtuais .................................................................... 99 3.2.2 O tempo livre como espaço de manutenção da indústria cultural .................. 102 3.2.3 A distração concentrada no entretenimento como “furão da educação” ........ 106 CAPÍTULO 4 - ANÁLISE DO LED (LABORATÓRIO EDUCATIVO) DO HOPI HARI COMO “FURÃO DA EDUCAÇÃO” PELA VIA DA INDÚSTRIA CULTURAL ........ 115 4.1 Análise da pesquisa .......................................................................................... 117 4.1.1 Categoria A: o uso e a frequência dos aparatos tecnológicos de comunicação ................................................................................................................................ 117 4.2 Categoria B: a visão dos alunos em relação ao parque de diversão Hopi Hari quanto à aprendizagem, à cultura e às sensações que os brinquedos podem produzir ................................................................................................................... 128 4.3 Categoria C: A utilização do parque Hopi Hari como meio de aprendizagem e em contraponto com a sala de aula convencional ..................................................