Brejos De Altitude Em Pernambuco E Paraíba
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Brejos de Altitude em Pernambuco e Paraíba História Natural, Ecologia e Conservação (Orgs.) Kátia C. Pôrto Jaime J.P. Cabral Marcelo Tabarelli Biodiversidade 9 BREJOS DE ALTITUDE EM PERNAMBUCO E PARAÍBA HISTÓRIA NATURAL, ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO 1 Ministério do Meio Ambiente Universidade Federal de Pernambuco BREJOS DE ALTITUDE EM PERNAMBUCO E PARAÍBA HISTÓRIA NATURAL, ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO Organizadores Kátia C. Porto Jaime J. P. Cabral Marcelo Tabarelli Brasília, DF 2004 3 República Federativa do Brasil Presidente: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Vice-Presidente: JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA Ministério do Meio Ambiente Ministra: MARINA SILVA Secretaria Executiva Secretário: CLÁUDIO ROBERTO BERTOLDO LANGONE Secretaria de Biodiversidade e Florestas Secretário: JOÃO PAULO RIBEIRO CAPOBIANCO Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade Diretor: PAULO YOSHIO KAGEYAMA Gerência de Conservação da Biodiversidade Gerente: BRAULIO FERREIRA DE SOUZA DIAS Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira - PROBIO Gerente: DANIELA AMÉRICA SUÁREZ DE OLIVEIRA Acompanhamento Editorial Cilúlia Maury Capa e Revisão de Editoração Ana Lúcia Prates Fotos da Capa José Alves da Siqueira Filho Fotos Internas Equipe do projeto Revisão e Diagramação Romag Computação Gráfica Ltda Catalogação Alderléia M. Milhomes Coelho ISBN 85-87166-65-4 Brejos de altitude em Pernambuco e Paraíba: história natural, ecologia e conservação / Organizadores, Kátia C. Porto, Jaime J. P. Cabral e Marcelo Tabarelli. — Brasília : Ministério do Meio Ambiente, 2004. 324p. : il. ; 23 cm. — (Série Biodiversidade, 9). 1.Caatinga. 2.Brejos - Nordeste. 3.Encraves florestados. I.Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. II.Porto, Kátia C. III.Cabral, Jaime J. P. IV.Tabarelli, Marcelo. CDU 574(813.3/4) Ministério do Meio Ambiente - MMA Centro de Informação e Documentação Luís Eduardo Magalhães - CID Ambiental Esplanada dos Ministérios - Bloco B - Térreo 70068-900 Brasília - DF Tel: 55 61 317 1235 Fax: 55 61 224 5222 e-mail: [email protected] 4 SUMÁRIO PREFÁCIO ...................................................................................................... 7 PARTE I: O AMBIENTE E O HOMEM 1. PROJETO BREJO DE ALTITUDE – UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR NA PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE ......................................................................... 11 Ricardo A. Braga & Kátia Cavalcanti Pôrto 2. UMA BREVE DESCRIÇÃO SOBRE A HISTÓRIA NATURAL DOS BREJOS NORDESTINOS .......................................................................................................... 17 Marcelo Tabarelli & André Maurício Melo Santos 3. CARTOGRAFIA DOS BREJOS DE ALTITUDE ............................................................ 25 Héber Compasso 4. RECURSOS HÍDRICOS E OS BREJOS DE ALTITUDE ................................................ 31 Jaime Joaquim P. Cabral, Ricardo Braga, Suzana Montenegro, Sylvio Campello, Almir Cirillo, Geraldo Pérrier Júnior & Severino Lopes Filho 5. PARQUE ECOLÓGICO VASCONCELOS SOBRINHO E A REPRODUÇÃO SOCIOAMBIENTAL DO INSUSTENTÁVEL .................................................................... 49 Martim Assueros Gomes PARTE II: DIVERSIDADE BIOLOGICA E PROCESSOS ECOLÓGICOS 6. AVALIAÇÃO DOS BREJOS DE ALTITUDE DE PERNAMBUCO E PARAÍBA, QUANTO À DIVERSIDADE DE BRIÓFITAS, PARA A CONSERVAÇÃO ............... 79 Kátia Cavalcanti Pôrto, Shirley Rangel Germano & Gustavo Marques Borges 7. AS BROMÉLIAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: DIVERSIDADE E STATUS DE CONSERVAÇÃO ............................................................. 99 José Alves de Siqueira Filho 8. DIVERSIDADE FLORÍSTICA DA MATA DE PAU FERRO, AREIA, PARAÍBA .................. 111 Maria Regina V. Barbosa, Maria de Fátima Agra, Everardo Valadares de Sá Barreto Sampaio, Josevaldo Pessoa da Cunha & Leonaldo Alves de Andrade 9. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO PRELIMINAR DO PICO DO JABRE, PARAÍBA, BRASIL ...................................................................................................... 123 Maria de Fátima Agra, Maria Regina Vasconcellos Barbosa & Warren Douglas Stevens 10. ONYCHOPHORA DE FLORESTAS ÚMIDAS DO COMPLEXO DA MATA ATLÂNTICA DO NORDESTE BRASILEIRO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO E ESTUDOS SISTEMÁTICOS .......................................................... 139 Alexandre Vasconcellos, Waltécio Oliveira Almeida & Elaine Christinne Costa 5 11. EFEITOS DE DISTÚRBIOS FLORESTAIS SOBRE AS POPULAÇÕES DE CUPINS (ISOPTERA) DO BREJO DOS CAVALOS, PERNAMBUCO ............................................... 145 Adelmar Gomes Bandeira & Alexandre Vasconcellos 12. RIQUEZA DE ABELHAS E A FLORA APÍCOLA EM UM FRAGMENTO DA MATA SERRANA (BREJO DE ALTITUDE) EM PERNAMBUCO, NORDESTE DO BRASIL ............................................................... 153 Evelise Locatelli, Isabel Cristina Machado & Petrúcio Medeiros 13. DIVERSIDADE E ANÁLISE FAUNÍSTICA SPHINGIDAE (INSECTA, LEPIDOPTERA) NA MATA DE PAU FERRO, COM VISTA AO MONITORAMENTO ............ 179 Maria Avany Bezerra Gusmão & Antônio José Creão-Duarte 14. ICTIOFAUNA DOS ECOSSISTEMAS DE BREJOS DE ALTITUDE DE PERNAMBUCO E PARAÍBA ......................................................................................... 201 Ricardo S. Rosa & Fernando Groth 15. COMPOSIÇÃO E SENSITIVIDADE DA AVIFAUNA DOS BREJOS DE ALTITUDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO ................................................................. 211 Sônia Aline Roda & Caio José Carlos 16. MAMÍFEROS DOS BREJOS DE ALTITUDE DE PARAÍBA E PERNAMBUCO ............... 229 Marcos Antônio N. de Souza, Alfredo Languth & Eliana Gimenez do Amaral 17. FENOLOGIA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS DE UMA MATA SERRANA (BREJOS DE ALTITUDE) EM PERNAMBUCO, BRASIL .................................................. 255 Evelise Locatelli & Isabel Cristina Machado 18. SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO DE UMA COMUNIDADE DE BROMELIACEAE E BIOLOGIA FLORAL DE VRIESEA PSITTACINA (HOOKER) LINDLEY (BROMELIACEAE) EM BREJO DOS CAVALOS, CARUARU ............................................ 277 José Alves de Siqueira Filho & Isabel Cristina Machado 19. DISTRIBUIÇÃO DAS PLANTAS AMAZÔNICO-NORDESTINAS NO CENTRO DE ENDEMISMO PERNAMBUCO: BREJOS DE ALTITUDE VS. FLORESTAS DE TERRAS BAIXAS .............................................................................................................. 285 Deyvson Cavalcanti & Marcelo Tabarelli PARTE III: CONSERVAÇÃO 20. CONSERVAÇÃO E MANEJO DOS BREJOS DE ALTITUDE NO ESTADO DE PERNAMBUCO ....................................................................................... 299 Verônica Theulen 21. EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA PARA CONSERVAÇÃO DO ECOSSISTEMA DOS BREJOS DE ALTITUDE ............................................................... 303 Elizabeth Carneiro Braga 22. INTEGRIDADE, ESFORÇO E DIRETRIZES PARA CONSERVAÇÃO DOS BREJOS DA PARAÍBA E PERNAMBUCO ............................................................... 309 André Melo Santos & Marcelo Tabarelli LISTA DE AUTORES E LISTA DE RELATORES .................................................................... 319 6 PREFÁCIO A Caatinga tem sido, muitas vezes, considerada como um bioma de segunda classe, sen- do preterida em sua importância dentre os biomas brasileiros, seja quanto aos investimentos em programas de pesquisa como em ações de políticas públicas. Uma mudança nessa postura deve ser implementada, considerando-se a grande importância que tem a diversidade da caatin- ga, tanto biológica como antropológica e cultural, em uma região circunscrita por nove estados onde vivem cerca de 20 milhões de brasileiros em condições climáticas muito difíceis. O Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF, sinaliza a alta prioridade dada a ações firmes e conseqüentes na caatinga, propondo, em 2003, a instituição do dia 28 de abril como o “Dia Nacional da Caatinga” e a contratação de um subprojeto pelo Probio (Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira) para mapear os remanescentes deste bioma, tendo em vista que as estatísticas para o mesmo são deficitárias e desencontradas. Além dos muitos estudos patrocinados pela Probio/SBF/MMA para levantamentos sobre a biodiversidade no bioma caatinga, vale enfatizar a realização da importante avaliação feita para identificação das áreas e ações prioritárias para conservação e uso sustentável da biodiversidade da caatinga, com o envolvimento de especialistas de instituições de pesquisa e de organizações não governamentais, que definiu claramente regiões de prioridade para estudos e para onde ações de políticas públicas devem ser dirigidas. Dessa forma, o Ministério tem contribuído para a aumentar o conhecimento sobre a Caatinga, não só com o estabelecimento das Áreas Prioritárias, como com a edição do livro sobre a Biodiversidade do Bioma Caatinga, assim como agora, com esta publicação sobre os Brejos de Altitude Nordestinos, o que nos faz ter um sentido de pertencimento a este bioma, o que certamente ajudará em nossa busca de contribuir para a conservação e uso sustentável da caatinga. Os Brejos de Altitude Nordestinos são encraves da Mata Atlântica, formando ilhas de floresta úmida em plena região semi-árida cercadas por vegetação de caatinga, tendo uma con- dição climática bastante atípica com relação à umidade, temperatura e vegetação e com pouco conhecimento sobre sua vegetação e ecologia. A predominância do extrativismo de madeira e de lenha como principal fonte de energia, tanto para as indústrias de gesso como para a população, coloca em risco esse bioma