INSTITUTO HISTÓRICO Da Ilha Terceira BOLETIM HKTÓKICQ-Ba ÒBC—2BE

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INSTITUTO HISTÓRICO Da Ilha Terceira BOLETIM HKTÓKICQ-Ba ÒBC—2BE INSTITUTO HISTÓRICO da Ilha Terceira BOLETIM HKTÓKICQ-Ba ÒBC—2BE-- VOL. XLH INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA PATROCINADO E SUBSIDIADO PELA SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA S É D E Museu de Angra do Heroísmo DIRECÇÃO (1984-1985) Presidente — Dr. Alvaro Pereira da Silva Leal Monjardino Secretário — Dr. José Guilherme Reis Leite Tesoureiro — Dr. Francisco dos Reiy Maduro Dias TODA A CORRESPONDÊNCIA DEVE SER DIRIGIDA À DIRECÇÃO DO INSTITUTO A publicação de qualquer trabalho não significa concordância do Instituto com as doutrinas, ideias ou conclusões nele contidas, que são sempre da responsabilidade exclusiva do autor. (Art." 17.° do Regulamento do Instituto) União Gráfica Angrense Angra do Heroísmo 1985 BOLETIM DO INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA (31 de Dezembro de 1984) SÓCIOS EFECTIVOS: Dr. Ãlviaro Pereira 'da Silva Leal Mcmjaidimo (Presideiite) Prof. Doutor Aritónio Manuel Beittencourt Machado Pires Dr. António Maria de Orndlas Ourique Mendes Prof. Dr. Artur Teodoro de Matos Dr. Cândido Pamplona Forjaz Dr.a D. Mariana dcg Prazeres Júlio Miranda Mesquita (Directora da Bi- 'blioteoa e Arquivo de Angra do Heroísmo) Dr. Manuel Coelho Baptista de Lima — Direcltor do Museu de A. H. Emanuel Félix Borges da Silva Arquitecto Fernando Sousa Francisco Coelho Maduro Dias Francisco Erncisto de Oliveira Martins Dr. Francisco dos Reis Maduro Dias (Tesoureiro) GoveriMldor do Oadtelo de S. João Baptista Dr. Hetder Fernando Parreira de Sousa Lima João Dias Afonso Dr. Jorge Eduardo Abreu Pamplona Forjaz Dr. Jci.é Guilherme Reis Leite (Secretário) Dr. José Leal Armas Dr. Rafael Valadão dos Santos Dr. Rui Ferreira Ribeiro de Meireles Dr. Teótónio Machado Pires SÓCIOS HONORÁRIOS: Dr. Agnelo Orneias Rego — Licenciado fem Direito Prof. Doutor Aurélliio Quintanilha — Botânico Prof. Artur Alvaro dois Sanitas Correia de iSousa — Prof do Canservaitório Nacional Dr. Carlos Renato Gonçalves Pereira — Jurista Proí. Doutor Duarte de Laytano — Director do Museu do Eiitado do Rio Grande do Sul Dr." D. Elsa Bruni/de Lemos de Mendonça — Professora efectiva do Ensino Secundário Prof. DOutor Francis Millet Rogens — Prof. Jubilado da Universidade de Harvard Comendador João Soares de Medeiros — Presidente honorário da Casa dos Açores do Rio de Janeiro Dr. João Bernardo de Oliveira Rodrigueu — Presidente do Instituto Cultura] de Ponta Delgada Dr. Joaquim Moniz de Sá Corte-Real e Amaral — Prof. efectivo aposentado do Liceu de Angra do HeroS .mo Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão — Presidente da Acadeimia Por- tuguesa de História Sua Ex.» Revm." o Sr. D. José Pedro da Silva — Bispo de Viseu Prof. Doutor José Enes Pereira Cardoso — Prof. da Universidade dos Açores Dr.» Maria Oiimpia. da Rocha Gil — Prof." efectiva do Ehsmo Secundário Prof. Doutor Rafael Avila Vasconcelos Azevtedo — Prof. aposentado da Univert.idade do Porto Re. Serafim de Chaves Prof. Doutor Walter F. M. Piazza — Prof. da Universidade do Rio Grande do tSuí Prof. Doutor Wilhelm Giese — Prof. da Universidade de Hamburgo INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA BOLETIM HKIÓRICODA VOL. XLII 1984 ANGRA DO HEROÍSMO União Gráfica Angrense JORGE DE ABREU ARRIMAR CINCO CRONISTAS DOS AÇORES (Subsídios para a Historiografia Açoriana) PONTA DELGADA — 1983 "Cortando as inchadas ondas do Oceano, Rompendo da inculta poesia todo o véu, Descobrindo novas terras, novo céu, Puseste o risco sobre o engenho humano;" Gaspar Frutuoso — Livro Quinto das Saudades da Terra, Ponta Delgada, 1964. INTRODUÇÃO Um trabalho que se assuma como historiográfico não po- de ser unicamente um rol de autores e respectivas obras. Tem que ser uma obra de conjunto, cujos autores e trabalhos de ín- dole histórica, estejam unidos numa rede, cujas linhas sejam au- tênticos fios condutores de uma corrente inteligível e integradora; não um mero somatório de autores e obras, mas todo um conjunto, inserido num processo que se analisa cuidadosamente pelo prisma da filosofia da história. O facto de os portugueses se caracterizarem por um limi- tado pendor para a especulação filosófica, testemunha-o bem o número reduzido de obras de cariz filosófico de produção nacio- nal í1). Tal situação conduz à relativa pobreza dos estudos histo- riográficos portugueses (2), em que a locubração historiográfica se manifesta pela insipiência, e nos coloca numa posição de imatu- ridade em relação, por exemplo, à historiografia francesa. Não (1) FRAGA, Gustavo — A Filosofia e a Universidade, Lisboa , ed do A., 1957, p. 9 «Outra realidade a que temos de atender, quando olhamos o passado e o presente, é a carência dum ambiente filosófico fortemente vin. cado, em Portugal». (2) MARQUES, A. H. de Oliveira — Antologia da Histortograifia Por- tuguesa, vol. 1, Lisboa, Publ. Europa — América, 1974, p. 7. 12 BOLETIM DO INSTITUTO HISTÓRICO será, portanto, de estranhar que, no caso particular dos Açores, tal situação ainda mais se evidencie. É, pois, com plena consciência das inúmeras limitações que logo à partida envolvem um trabalho deste género, que nos abalançamos, mesmo assim, a dar o nosso contributo muito mo- desto para a edificação da Historiografia Açoriana que se pre- tende. A falta de bibliografia constitui um dos obstáculos prá- ticos à realização de Estudos Açorianos aqui na Região. Muitas das nossas fontes são de difícil acesso, e algumas permanecem manuscritas, como é o caso da Fénix Angrense do Pe. Manuel Mal- donado, e que serviu de manancial informativo a Drumond para a produção dos seus Annaes da Ilha Terceira, como ele mesmo indica na página 232, tomo II. Dela ainda falta tirar muita infor- mação preciosa. Outra obra que se destaca no panorama historiográfico aço- riano, fonte das mais ricas, por onde o mesmo autor bebeu muito dos seus conhecimentos sobre a história regional, é, sem dúvida alguma, o Espelho Cristalino em Jardim de Várias Flores de Fr. Diogo das Chagas (3), ainda manuscrita. Basta lermos o que Drumond diz sobre esta obra para avaliarmos da sua probidade e importância (4). Não existem, por outro lado, edições científicas modernas (críticas ou paleográficas) da grande maioria das nossas fontes. O presente trabalho procura tomar acessível a uma maior quantidade de leitores a biografia dos cinco maiores cronistas açorianos, reunidos num mesmo volume e com abordagem sinte- tisada e comparativa das suas obras de maior vulto. A metodologia utilizada foi a seguinte: numa primeira par- te, apresenta-se um estudo comparativo dos métodos e objecti- vos, e, numa segunda, a linguagem e personagem desses escrito- res. Nessa última parte organizou-se uma selecção de textos, orientada não numa perspectiva temática das obras dos nossos (3) A obra já foi transcrita e as provas dactilográficas estão a ser corrigidas sob a orientação do Prof. Doutor Artur Teodoro de Matos, Vice- -Reitor da Universidade dos Açores. (4) Anais da Ilha Terceira, t. 2, cap. I, 1981, p. 1. DA ILHA TERCEIRA 13 cronistas, mas sim, com textos que dessem a mostrar ao leitor as preocupações, o talento e a visão de cada autor. Convém aqui esclarecer que os títulos dos textos são da nossa autoria, excep- ção feita aos que dizem respeito ao Pe. Manuel Luís Maldonado. Resta-nos esboçar uma breve panorâmica da historiografia açoriana dos séculos XVI e XVII, período retratado no nosso es- tudo. Contudo, se alargarmos um pouco mais esses limites até ao século XIX, para, em termos comparativos, ficarmos melhor elu- cidados, chegaremos à seguinte conclusão: que a linha de evo- lução, no que diz respeito a obras produzidas, se eleva muito do século XVI até aos finais do século XVII e princípios do século XVIII, atravessando uma fase de declíneo durante o século XVHI, e de novo se eleva no século XIX. Tal situação não se deve, concerteza, a causas fortuitas, uma vez que estas se encontram inseridas num conjunto mais vasto e dinâmico que se prende com os apogeus e declíneos da própria literatura e da ciência. A bibliografia histórica açoriana dos séculos XVI e XVII é excepcionalmente rica, mesmo quando se faz a exclusão da nu- merosa colecção de obras menores, manuscritas ou impressas. Na verdade, a produção de literatura histórica que se ve- rificou nos Açores durante estes dois séculos não tem paralelo em qualquer província de Portugal. As Saudades da Terra, Espelho Cristalino, Crónicas da Província de São João Evangelista dos Açores, Fénix Angrense e História Insulana, são fruto de uma aturada pesquisa que faz delas obras de vulto, metodicamente seriadas numa perspectiva temática, reflectindo sempre a influên- cia daquele que, pela sua obra ímpar no domínio da Historiografia Açoriana, ficou conhecido, a exemplo de Camões, como o «Prínci- pe dos Cronistas Açorianos». São obras cuja vastidão abarca os diversos sectores da vida de um povo nas suas múltiplas facetas, demarcando-se ao longo de um período que vai desde a descoberta das Ilhas até à época em que os seus autores viveram. A aborda- gem histórica das ilhas evidencia uma arejada visão de conjunto marcada pela amplitude, fazendo destas crónicas marcos basila- res para quem queira estudar a história dos Açores do século XV aos finais do século XVII. 14 BOLETIM DO INSTITUTO HISTÓRICO Já na obra frutuosiana, concebida ainda no século XVI, se encontram bem representados os elementos básicos que irão caracterizar a historiografia seiscentista, evidenciando o corte conceptual e metodológico face à historiografia medieval. É pa- tente no primeiro dos cronistas açorianos a distanciação que se verifica em relação às crónicas medievais, tanto no estilo como na ordenação e abundância de factos, assumindo um tipo mais «vertical», moldado nos clássicos (sobretudo em Tito Lívio), so- lene, convencional e marcadamente selectivo nos eventos descri- tos. Nele se revela também, a verdadeira revolução perpretada pelos humanistas e que consistia no interesse que doravante se teria em relação ao documento como fonte primeira da Historia, e no surto de novos métodos críticos e comparativos com as re- cém-nascidas ciências auxiliares: a diplomática, a paleografia, a filologia, a arqueologia, etc.
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