ANO 10 Nº 68 JANEIRO A MARÇO / 2011 ISSN 1806-4078 9 7 7 1 8 0 6 4 0 7 0 0 3 >

BIÊNIO 2011-2012 Conselheiros Jonas Lopes e Aluisio Gama assumem presidência e vice-presidência do TCE-RJ

Região Serrana Tribunal

ENTREVISTA orienta municípios Vice-governador Luiz Fernando Pezão sobre reconstrução

EditEditorialorial Orientação e solidariedade

O ano novo começou intenso para o nosso Tribunal. Logo após o início da gestão para o biênio 2011- 2012, vivemos, junto com a população do nosso Es- tado, a tragédia das chuvas na Região Serrana, que deixaram o terrível saldo de mais de 900 mortos e BIÊNIO 2011-2012 Conselheiro Jonas Lopes de Carvalho um rastro de destruição numa das áreas mais boni- 2 Junior assume presidência tas deste país. O TCE-RJ se envolveu imediatamente nos esforços de ENTREVISTA ajuda à população atingida com uma campanha de Vice-governador doações que mobilizou todos os servidores e a cessão 9 Luiz Fernando de seis engenheiros da Subsecretaria de Auditoria e Pezão fala sobre trabalho de Controle de Obras e Serviços de Engenharia (SSO), para reconstrução os trabalhos de reconstrução da região. na Região Percebemos, em seguida, que a tragédia atingia tam- Serrana bém a capacidade administrativa das prefeituras. As doações chegavam de várias partes do país, as- Sumário sim como os recursos financeiros, vindos de diver- sas fontes. Por entender que nosso papel é, antes CAPA de tudo, orientador, criamos uma comissão especi- ESPECIAL REGIÃO SERRANA al formada por técnicos da Casa e professores da 12 ECG e percorremos os municípios, ajudando os ad- Em ação pioneira, TCE ministradores a lidar com a situação de extrema 15 forma comissão itinerante excepcionalidade. de técnicos em apoio aos jurisdicionados A iniciativa, inédita, foi um sucesso. Não apenas para os prefeitos e servidores da serra fluminense, que Engenheiros do Tribunal se sentiram amparados num momento tão difícil, 18 atuam como voluntários mas também para nós. Esta rica troca de experiên- cias e o contato direto com nossos jurisdicionados Dispensa de licitação: serão a tônica das ações do TCE em 2011-2012. 20 o que diz a lei Nesta edição da TCE Notícia, apresentamos os no- vos gestores do Tribunal, detalhamos a nossa expe- ARTIGO riência na Região Serrana e contamos com a contri- 21 Sérgio Magalhães, presidente do IAB buição de duas pessoas que conhecem de perto os problemas do Rio: o vice-governador do Estado, Luiz ESCOLA DE Fernando Pezão, e o arquiteto Sérgio Magalhães, pre- CONTAS E sidente do IAB-RJ. 22 GESTÃO Projeto TCE- Escola Jonas Lopes de Carvvvalho Junior Itinerante abre ano Presidente do TCE-RJ letivo e inclui workshop para jornalistas

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 1 Informativo do Tribunal TCERJ de Contas do Estado do NOTÍCIA ISSN 1806-4078 Nova

Conselho Deliberativo Presidente presidência Jonas Lopes de Carvalho Junior Vice-Presidente Aluisio Gama de Souza Conselheiros José Gomes Graciosa Marco Antonio Barbosa de Alencar do TCE-RJ José Maurício de Lima Nolasco Julio Lambertson Rabello Aloysio Neves Guedes

Ministério Público Especial Horácio Machado Medeiros toma posse

Secretária-Geral de Controle Externo Elaine Faria de Melo

Secretário-Geral de Planejamento José Roberto Pereira Monteiro Entre as prioridades para Secretário-Geral de Administração Marcos André Riscado de Brito o biênio 2011-2012 está Secretária-Geral das Sessões Gardenia de Andrade Costa a instalação de Procuradora-Geral Sérgio Cavalieri Filho Corregedoria na Casa Chefe de Gabinete da Presidência Ana Helena Bogado Serrão Diretora-Geral da Escola de Contas e Gestão O novo presidente do Tribunal de Paula Alexandra Nazareth

Coordenadora-Geral de Comunicação Contas do Estado do Rio de Janeiro Social, Imprensa e Editoração Celia Abend (TCE-RJ), Jonas Lopes de Carvalho Junior, assumiu o cargo no dia 6 de janeiro com o compromisso de ins- EXPEDIENTE Jornalista responsável: Celia Abend (Mtb 16.811) talar a Corregedoria do Tribunal e / Editora assistente: Tetê Oliveira (Mtb 18.492) / Reportagem: Bruno Matos (Mtb 10.449) / criar o cargo de auditor substituto Claudia Villas Boas (Mtb 22.287) / Emanoel Antonio dos Santos (Mtb 25.441), Vera Ferreira de conselheiro, para preenchimen- (Mtb 15.515) / Revisão: Emanoel Antonio dos Santos e Vera Ferreira / Projeto gráfico e to da vaga através de concurso pú- arte: Inês Blanchart / Diagramação: Adelea Neves Gonzaga Barbosa e Inês Blanchart / blico. Em seu discurso, ele ressal- Fotografia: Jorge Campos / Apoio operacional: Rita de Cássia Nunes Pimentel Tel.: (21) 3231-4135 / Fax: (21) 3231-5582 tou que, "na busca pelo bem co- E-mail: [email protected] mum", investirá em ações para pro- Impressão J.DI GIORGIO EDITORES - ARTES GRÁFICAS mover ainda mais a interação da Rua Vaz de Toledo 536, Engenho Novo 20780-150 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 2501-5042 Corte com as prefeituras, câmaras E-mail: [email protected] municipais, órgãos do estado. Na Distribuição Coordenadoria de Gestão Documental Praça da República, 70/térreo cerimônia, também tomou posse o CEP 20211-351 - www.tce.rj.gov.br vice-presidente, Aluisio Gama de Tiragem — 1.500 exemplares Distribuição gratuita Souza. A eleição para o biênio 2011/2012 ocorreu por unanimida-

Os textos assinados nesta publica- de, durante sessão plenária em 16 ção são de exclusiva responsabilida- de dezembro passado. de dos seus autores

2 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Com o auditório lotado, a solenidade contou com a ções e poderes do nosso Estado, para ajudar a cons- presença do governador Sérgio Cabral, autoridades truir esta nova realidade", enfatizou. federais, estaduais, municipais e de três ex-governa- dores - , Rosinha Garotinho e O governador Sérgio Cabral destacou a importância do -, além de todos os conselheiros e TCE como responsável pela fiscalização dos recursos de servidores da Casa. O evento foi realizado no Es- públicos no momento em que o Rio de Janeiro é reco- paço Cultural Humberto Braga, na sede do Tribunal, nhecido internacionalmente, ao ser o primeiro estado no Centro do Rio. da América do Sul a receber da agência de risco Standard and Poor's (S&P) o investment grade (reco- "Já neste primeiro ano, eu e minha equipe, juntamen- mendação de investimento). te com os conselheiros, envidaremos todos os esfor- ços junto à Alerj para aprovação da mensagem que Cabral agradeceu, como jurisdicionado, aos conse- cria o cargo de auditor. Através de concurso, teremos lheiros: "O Tribunal se qualifica, investe no seu ser- aqui a figura de auditor substituto de conselheiro, vidor e na relação com o jurisdicionado. Sem per- para assim, e só desta forma legítima e constitucio- der o rigor e independência, está disposto ao diálo- nal, termos um representante do corpo funcional com go e a buscar a parceria. Quando as autoridades se assento no Conselho Deliberativo desta Corte", afir- entendem para o bem público, quem ganha é a po- mou Jonas Lopes. pulação".

O novo presidente ressaltou que o Estado do Rio vive Ao despedir-se da presidência, exercida no quadriênio uma fase de destaque, inclusive no cenário interna- 2007/2010, o conselheiro José Maurício de Lima cional, graças à Copa do Mundo e às Olimpíadas que Nolasco desejou sucesso ao novo presidente e ao vice, sediará. Para Jonas Lopes, este é o momento ideal e destacou o conforto de encerrar o mandato com o para se fomentar parcerias, aumentar o diálogo e o sentimento do dever cumprido. Nolasco agradeceu a fluxo de informações, a constante permuta de conhe- cada um dos conselheiros, em especial ao seu suces- cimento e expertise. sor, que exerceu a vice-presidência "É hora de traba- em seu mandato, lharmos em conjun- "Sem perder o rigor e pela colaboração to com outras insti- independência, (o Tribunal) na jornada, aos tuições do país, tro- servidores e ao carmos as melhores está disposto ao diálogo corpo instrutivo práticas, mas, prin- e a buscar a parceria." pela dedicação e cipalmente, traba- eficiência ao lon- lharmos em conjun- Govvvernador Sérgio Cabral go dos últimos to com as institui- quatro anos.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 3 1 2 3

Autoridades presentes

A mesa de abertura da cerimônia foi composta pelas se- guintes autoridades: governador Sérgio Cabral; presiden- te do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter; procurador-geral 4 do Ministério Público Especial junto ao TCE, Horácio Ma- chado Medeiros; deputado Paulo Melo, representando o presidente da Alerj, Jorge Picciani; procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Claudio Soares Lopes; senado- res Regis Fichtner e Lindberg Farias; presidente do Tri- bunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, Thiers Montebello, e os conselheiros do TCE, José Gomes Gra- 5 6 ciosa, Marco Antonio Barbosa de Alencar, José Maurício de Lima Nolasco, Julio Lambertson Rabello e Aloysio Neves Guedes, além do presidente e do vice-presidente empossados.

Também prestigiaram o evento os conselheiros aposen- tados do TCE Humberto Braga, Sérgio Franklin Quintella e José Leite Nader; ex-governadores Anthony Garotinho, 7 Rosinha Garotinho e Benedita da Silva; defensor público geral do Estado, Nilson Bruno Filho; presidente da Or- dem dos Advogados do Brasil - seção do Estado do Rio (OAB-RJ), Wadih Damous; presidente da Caixa de Assis- tência dos Advogados do Rio de Janeiro (CAARJ), Felipe Santa Cruz; deputados federais e estaduais, prefeitos, presidentes de câmaras municipais, vereadores, desembargadores e defensores públicos, dentre outras autoridades. 8

Governador Sérgio Cabral (1); presidente Jonas Lopes de Carva- lho Junior com (à esq.) o vice Aluisio Gama e os conselheiros José Graciosa, Julio Lambertson e Aloysio Neves (2); Conselheiro José Mauricio Nolasco (3); com os ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho e deputada estadual (4); com a ex- governadora Benedita da Silva (5); Conselheiro Marco Antonio Alencar (6); a esposa Sandra e os filhos Marcos, Jonas Neto e Mariana (7); senador Lindberg Farias, deputado estadual Paulo Melo e pro- curador Horácio Medeiros (8); senador Regis Fichtner, procura- 9 dor Claudio Soares Lopes e desembargador Luiz Zveiter (9)

4 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Jonas Lopes de Carvalho Junior

Advogado formado pela Faculdade de Direito de Campos dos Goytacazes, o presidente Jonas Lopes de Carvalho Junior foi empossado conselheiro do TCE-RJ em abril de 2000. Antes, foi tesoureiro da OAB-Campos/RJ; procura- dor da Prefeitura Municipal de Campos; presidente da Caixa de Assistência e Previdência de Campos dos Goytacazes e secretário de Estado Chefe do Gabinete Ci- vil da Governadoria do Estado do Rio de Janeiro. No Tribu- nal, exerceu o cargo de vice-presidente nos biênios 2007- 2008 e 2009-2010. PERFILPERFIL

Aluisio Gama de Souza

O atual vice-presidente do TCE-RJ é advogado, engenheiro, pedagogo e professor licenciado em Geografia e Estudos Sociais. Deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, ele exerceu os cargos de secretário de Estado de Desenvolvi- mento da Região Metropolitana e de Agricultura e Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro. Também foi prefeito de Nova Iguaçu. Conselheiro do TCE desde janeiro de 1993, presidiu o órgão por dois biênios 1997-1998 e 1999-2000.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 5 Nova gestão apresenta metas e equipe

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro inicia uma nova fase em sua história. Mais do que fiscalizar, a instituição quer reforçar sua genuína vocação orientadora para a perfeita aplicação dos recursos públicos por parte de seus jurisdicionados. Com uma nova metodologia de trabalho, o Tribunal inicia 2011 pondo em prática as audito- rias voltadas para o Tema de Maior Significância (TMS), que são assuntos identificados em função de fatores de risco, materialidade, relevância e oportunidade, e devem estar em consonância com o Plano Estratégico do Tribunal. Para este exercício, a Saúde foi escolhida como TMS e foram destinados 25% de toda a capacidade de auditoria do Tribunal para essas fiscalizações. A escolha do TMS recai preferencialmente sobre uma função de governo e, dentre os benefícios esperados dessas auditorias, estão uma ação integrada do controle externo; uma análise aprofundada do tema, objetivando a solução estrutural dos problemas; o fortalecimento do controle social e uma maior visibilidade das atividades do TCE-RJ. Com o propósito de iluminar assuntos de relevância para toda a sociedade, a Saúde será observada em cada um dos seguintes aspectos: Atenção Básica (Estratégia Saúde de Família); Centrais de Regulação (que administra o fluxo de pacientes entre os postos de saúde, ambulatórios e hospitais de urgência e emergência); Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); e Planejamento Municipal em Saúde. É importante destacar que o trabalho não se encerra nessa etapa. Nos anos seguintes, os auditores realizarão o monitoramento do que foi determinado, em razão das auditorias do TMS. Além dessas ações, o correto uso dos recursos destinados à realização da Copa 2014 também é prioridade para o TCE-RJ. Para tanto, vem sendo realizado o controle concomitante dos gastos, bem como o acompanhamento das licitações, contratos e obras e a verificação da viabilidade de auditorias específicas. Conheça os dez principais titulares da nova gestão — na maioria funcionários públicos de carreira — que estarão à frente, junto com os servidores de suas equipes, da implementação das metas e objetivos do TCE.

6 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Gabinete da Presidência Ana Helena Bogado Serrão

Economista, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1981. Funcionária de carreira da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio, onde ingressou em 1982 e exerceu o cargo de técnica fazendária. Em 2003, a convite, começou a trabalhar como assessora especial no Gabinete da Governadora Rosinha Garotinho, e, no período de 2004 a 2006, foi diretora-geral de Administração e Finanças do Gabinete Civil. Requisitada para trabalhar no TCE em 2007, atuou na assessoria do conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Junior até assumir o atual cargo.

Secretaria-Geral de Controle Externo Elaine Faria de Melo Aprovada em concurso público para Assistente do Centro de Estudos Jurídicos da Procuradoria-Geral de Justiça, é servidora do Estado do Rio desde 1991. Dois anos depois, prestou concurso para o TCE. No Tribunal, ocupou os cargos de técnica de Atividades de Apoio ao Controle Externo da Coordenadoria de Atividades Gerais, assisten- te da Coordenadoria de Exame de Editais, assessora e chefe da assessoria do gabinete do conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Junior, até sua nomeação como titular da SGE, em janeiro. Bacharel em Direito, pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas, fez cursos de extensão e pós-graduação latu sensu em Controle Externo, pela FGV.

Secretaria-Geral de Administração Marcos André Riscado de Brito O titular da SGA diplomou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Campos dos Goytacazes, onde também cursou pós-graduação em Direito Civil. É funcionário público de carreira desde 1998, quando ingressou na Faetec. Foi aprovado no concurso para Analista Judiciário no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 1999. Exerceu a chefia de gabinete da Procuradoria-Geral do Município de Campos em 2009/2010. Trabalhou como professor na Universidade Estácio de Sá, em Campos, e instrutor da Escola de Administração Judiciária (ESAJ). Assumiu a SGA em janeiro.

Secretaria-Geral de Planejamento José Roberto Pereira Monteiro Servidor de carreira do TCE-RJ desde dezembro de 1998, após aprovação em concurso público para o cargo de analista de Controle Externo. Trabalhou na antiga 7ª Inspetoria Regional de Controle Municipal. Em 2000, passou a atuar na assesso- ria do conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Junior, onde permaneceu até a recente nomeação como titular da SGP. Sua formação profissional inclui o curso de Técnico em Eletrônica, pela CEFET-RJ, e a graduação em Administração de Empresas, pela Universidade Gama Filho, e Direito, pela Universidade Estácio de Sá.

Secretaria-Geral das Sessões Gardenia de Andrade Costa Ingressou no TCE-RJ no concurso de 1998 e é a atual titular da SSE. Formada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pós-graduação na área e pós em Direito Público e Tributário pela Universidade Cândido Mendes, trabalhou na extinta Inspetoria Regional de Nova Friburgo, por um ano, e passou um curto período na também extinta Inspetoria de Cabo Frio. A convite do TRE-RJ, auxiliou na análise das prestações de contas dos partidos políticos em 2000. Atuou 10 anos na assessoria do conselheiro Jonas de Carvalho Junior.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 7 Procuradoria-Geral Sergio Cavalieri Filho Com 37 anos dedicados à magistratura, assumiu a Procuradoria-Geral do TCE no final de janeiro. É desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, órgão que presidiu no biênio 2005-2006. Foi presidente do extinto Tribunal de Alçada Civil e da 13ª Câmara Civil, além de diretor da Escola da Magistratura (Emerj). É professor de Responsabilida- de Civil e Direito do Consumidor na Universidade Estácio de Sá, onde coordenou o curso de Direito por mais de 20 anos. Autor dos livros “Programa de Sociologia Jurídica”, “Programa de Responsabilidade Civil” e “Programa de Direito do Consumidor”, e coautor de “Comentários ao Código de Direito Civil” (parte de Responsabilidade Civil).

Escola de Contas e Gestão Paula Alexandra Nazareth

Doutora em Economia e mestre em Economia Industrial pela UFRJ, analista de Controle Externo do TCE-RJ há 16 anos, aprovada em concurso público. Em 2004, foi nomeada Coordenadora de Controle da Receita e, em 2007, titular da Subsecretaria de Auditoria e Controle da Gestão e da Receita. Assumiu a direção-geral da ECG em junho de 2009. Coordenadora da linha de pesquisa “Eficácia e Sustentabilidade da aplicação dos royalties do petróleo e do gás natural”, desenvolvida no âmbito da Escola.

Diretoria-Geral de Informática Fabio Motta Scisínio Dias

O atual titular da DGI trabalha há 16 anos no TCE. Formado em Ciência da Computação, em 2001, pela Universidade Federal Fluminense e bacharel em Direito pela Universidade Estácio de Sá em 2008, prestou concurso público em 1993 e começou a trabalhar no Tribunal no início de 1995, como programador de sistemas. Foi coordenador das áreas de Desenvolvimento de Sistemas e de Rede e Banco de Dados do setor de informática do Tribunal.

Auditoria Interna Ana Paula Ferreira Pedrosa Formada em Contabilidade pela UERJ, em 1991, e em Direito pela UFRJ, em 2002. Iniciou a carreira em auditoria independente na Coopers & Lybrand, atual Price Waterhouse Coopers. Ingressou no Tribunal através do concurso público de 1993, para o cargo de Técnico de Controle Externo. Atuou na Subsecretaria de Controle Municipal (SUM), foi assessora dos conselheiros Sergio Quintella e José Maurício de Lima Nolasco e, no biênio 2007-2008, ocupou o cargo de subsecretária de Controle Estadual (SUE). É auditora-chefe do TCE-RJ desde 2009.

Comunicação Social, Imprensa e Editoração Celia Abend Jornalista, formada pela Escola de Comunicação Social da UFRJ, trabalhou nas redações do Jornal do Brasil, Veja e Veja Rio. Foi coordenadora de Comunicação Social da Prefeitura do Rio, assessora de imprensa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), chefe de gabinete do vice-governador do Rio , gerente de Comunicação da empresa suíça Daros Latinamerica e assessora de imprensa do governador de São Paulo José Serra. Atuou como consultora de comunicação para ONGs como a Fundação Avina, Coopa Roca e IBDD. Foi editora das publicações da Firjan no período 2007/2008.

8 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 ENTREVISTA

RUMO À RECONSTRUÇÃO

LUIZ FERNANDO PEZÃO

O vice-governador e secretário de Obras do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi uma das primeiras autori- dades a chegar à Região Serrana, logo após o temporal que arrasou diversos municípios. Ao constatar a situação de ca- lamidade, decidiu permanecer em Nova Friburgo durante o período mais crítico, coordenando as ações dos governos fe- deral e estadual e das prefeituras para o resgate das vítimas, desobstrução dos acessos aos bairros mais atingidos e en- vio dos primeiros recursos financeiros. Nesta entrevista à TCE Notícia, Pezão informa que planejamento será a palavra-cha- ve de todas as ações governamentais daqui para frente, no processo de revitalização da região, que envolve a reconstru- ção de mais de 200 pontes, contenção de 260 encostas e a oferta de oito mil casas para receber os desabrigados. "As mudanças climáticas são um fato. Temos que nos preparar para enfrentá-las."

JANEIROJANEIRO A MARÇOMARÇO // 20112011 TCE NOTÍCIA 9 ENTREVISTA

TTTCE Notícia: Como foi a experiência na região. Isso ajudou t er de ser uma das primeiras autorida- muito e está auxilian- o Stuck des a chegar à Região Serrana após do na orientação de t a tragédia? como utilizar esses ober o: R recursos. ot PEZÃO: O quadro era muito triste nas sete cidades. Cheguei às 8h30 da TTTCE Notícia: O manhã em Nova Friburgo. Tive de momento agora é de Divulgação / F entrar por Petrópolis e fui vendo a reconstrução? destruição ao longo do Vale do Cuiabá. Não sabia por onde começar. PEZÃO: Hoje a gente A população estava perplexa porque está levantando todos o temporal atingiu o coração da os estragos, que são cidade, a igreja Matriz, prédios no muito grandes. São centro, diferente do que ocorreu nas 195 pontes nas sete outras seis. Começamos o trabalho cidades e mais 12 de mobilização, junto com o governa- nas que estão na dor Sérgio Cabral e a presidenta região, como Trajano . O tamanho da de Moraes, São José tragédia possibilitou o que nunca de Ubá e São Sebasti- houve: uma união de esforços dos ão do Alto, que governos estadual, federal, prefeitu- também foram ras e todos os órgãos, das empresas atingidas. Temos um estatais. Isso permitiu que, no problema seriíssimo, segundo dia, conseguíssemos o que são as conten- restabelecimento da luz e da telefo- ções de encosta. São nia celular na cidade. Mais de 600 mais de 260. A gente máquinas chegaram na segunda está usando técnicos semana; quase 10 mil pessoas já especialistas para não estavam trabalhando. Agora temos errar de novo. O rio O tamanho da um grande esforço para reconstruir a alargou, é preciso tragédia possibilitou região. mudar cabeceiras e metragem das pontes, o que nunca houve: TTTCE Notícia: Como o senhor vê a ver o que vai ser uma união de atuação do Tribunal de Contas do reflorestado, a Estado em uma situação como contenção de encosta esforços dos governos essa? mais apropriada para esses deslizamentos, estadual, federal, PEZÃO: Acho muito importante. As executar a dragagem prefeituras e todos respostas frente aos desafios para de canais... Estamos reconstrução foram muito rápidas, a fazendo todos esses os órgãos, das presidenta Dilma, cinco dias após o projetos para entregar acidente, já estava liberando recur- em breve à presidenta empresas estatais sos. As presenças do Tribunal de Dilma, que analisará Contas da União e do TCE ajudam como financiar os muito. Às vezes, no afã de realizar, recursos para reconstrução das sete TTTCE Notícia: Dá para ter ideia do podemos errar, fazer despesas que cidades. Ela já liberou R$ 80 milhões vvvolume de recursos necessários não estejam dentro da legalidade, do para pontes e o Estado vai entrar para a reconstrução? que prevê o regime de emergência. com R$ 30 milhões. Dentro de um Foi fundamental ter os técnicos e o ano, um ano e meio, estaremos PEZÃO: Ainda não dá, mas será próprio presidente do TCE-RJ, Jonas solucionando as questões dessas muito grande. Se você pensar, como Lopes de Carvalho Junior, presentes cidades. exemplo, em 260 encostas, e

10 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 ENTREVISTA comparar com os gastos médios de proporção que nunca aconteceu. policiais e todo arcabouço jurídico R$ 20 milhões, R$ 30 milhões com Nem as estações meteorológicas para tirar as pessoas das áreas de encostas em Angra dos Reis (atingida estavam preparadas para detectar o risco. A gente ajuda através da Emop por enchente no ano passado), a tamanho daquela chuva. A Coppe (Empresa de Obras Públicas), gente imagina o que vem pela frente. (Pós-Graduação e Pesquisa de orientando, demolindo construções A presidenta Dilma está muito Engenharia da UFRJ) também irregulares. Agora estamos numa preocupada, ela tem cobrado e a divulgou um trabalho que fala do fase de estudos de riscos geológicos, gente tem feito estes levantamentos tamanho, da extensão das nuvens, através do DRM (Departamento de com muita cautela, com especialis- da região atingida pelo temporal, Recursos Minerais). Fizemos este tas, com orientação, para não errar dentro de um Vale, pegando um trabalho com oito municípios, de novo. A gente não pode errar. corredor de Petrópolis a Friburgo. levantando todas as encostas e, até Temos que demolir casas que estão Juntando estes fatores, percebemos maio, vamos entregar os estudos nessas áreas de risco, construir oito que temos que estar cada vez mais para 30 municípios. Estes municípios mil casas, arranjar terrenos para preparados. É real, é vero que o clima vão ser apresentados agora com assentar quase sete mil mudou. Os recados estão aí, diretos. mapas, fotos aéreas, tudo bem desabrigados e aproveitar e tirar as Não adianta você reconstruir a casa detalhado, mostrando onde são as pessoas das áreas de risco. no mesmo lugar, não adianta voltar áreas de risco. Vamos continuar com o rio para canalização. Um apoiando as prefeituras com a TTTCE Notícia: A tragédia na Região senhor me mostrou fotos em Friburgo secretaria do Ambiente e com o Inea Serrana poderia ter sido evitada ou indicando que o rio voltou ao seu (Instituto Estadual do Ambiente), o que ocorreu foi um fenômeno leito de 80 anos atrás. Temos que fazendo trabalho com radares para climático impossível de prevvver? tomar estes cuidados todos na detectar possíveis problemas. reconstrução, por isso os projetos Fizemos um trabalho de informação PEZÃO: Acho que é um somatório são mais demorados. muito interessante, através do Inea, dessas coisas todas. Tem a ocupação dando alerta do alagamento dos rios desordenada, tanto pelo rico quanto TTTCE Notícia: As prefeituras têm o para 500 pessoas cadastradas. pelo pobre. Tem a dificuldade natural papel de fazer o controle do uso do Temos que aprimorar cada vez mais de viver na serra porque lá você mora solo, mas percebemos que isso não esse sistema, usar alertas de celular, na encosta ou na beira do rio, não vvvem ocorrendo. De que maneira o alto falante, sirenes, ter abrigos tem áreas planas. O que existe é Govvverno do Estado pode contribuir seguros para levar pessoas. A gente uma grande ocupação. Nova Friburgo para resolver este problema? tem de começar a pensar uma série não é uma cidade para ter 200 mil de ações e aprimorá-las sempre, habitantes. Os especialistas dizem PEZÃO: Nós estamos apoiando as porque vamos sofrer cada vez mais que, no máximo, deveriam estar prefeituras desde o primeiro momen- com chuva e com seca. Planejamen- morando lá 100 mil pessoas. Por to. O governador colocou à disposi- to é e será cada vez mais nossa outro lado, foi uma enchente de uma ção dos 92 prefeitos as forças prioridade.

A gente não pode errar. Temos que demolir casas que estão nessas áreas de risco, construir oito mil casas, arranjar terreno, assentar quase sete mil desabrigados

JANEIRO A MARÇOMARÇO // 20112011 TCE NOTÍCIA 11 obson de Morais o: R Fot

12 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 REGIÃO SERRANA TCE integra rede de apoio e solidariedade aos municípios

Diante da situação de calamidade pública que atingiu os municípios de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, Areal, Sumidouro e Bom Jardim, após as fortes chuvas de janeiro que causaram a morte de mais de 900 pessoas, além de centenas de desaparecidos, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) adotou uma série de medidas de apoio aos gestores munici- pais e à população da Região Serrana.

JANEIRO A MARÇOMARÇO // 20112011 TCE NOTÍCIA 13 Numa iniciativa inédita e diretamente

relacionada a sua atividade-fim, o Tribunal, obson de Morais de obson

juntamente com a Escola de Contas e Gestão os de R de os

Fot (ECG), formou uma comissão especial de técnicos para orientar os gestores sobre a contratação de obras e serviços sem licitação, autorizada em situações emergenciais, mas obedecendo aos princípios da legalidade e da transparência. O objetivo principal foi prevenir erros nas prestações de contas futuras destes contratos. A comissão percorreu a Região Serrana entre os dias 2 e 15 de fevereiro e capacitou 243 pessoas.

“Os cursos não se encerrarão aqui. O TCE está de portas abertas para orientar as prefeituras sempre que for necessário. Com isso, o Tribunal presta um serviço para a comunidade e cumpre seu mister constitucional”, ressaltou o presidente do Tribunal, Jonas Lopes de Carvalho Junior, que participou da abertura dos cursos em Petrópolis.

Considerada por especialistas a maior catástrofe climática da história nacional, a tragédia também mobilizou os servidores do Tribunal. Seis engenheiros, lotados na Subsecretaria de Auditoria e Controle de Obras e Serviços de Engenharia da Secretaria-Geral de Controle Externo, atuaram, voluntariamente, nas obras de recuperação e liberação de vias de acesso na região, sob a coordenação da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop).

Os servidores da Casa ainda se engajaram na corrente de solidariedade às vítimas, contribuindo com a campanha de doação de alimentos, material de higiene e outros produtos de primeira necessidade.

14 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Comissão especial percorre 5 cidades

Os danos causados pelas fortes chuvas que devastaram a Região Serrana exigiram das prefeituras ações imediatas no auxílio às vítimas e na reconstrução das áreas devastadas. Como consequência da situação de calamidade, os gestores municipais tiveram de adquirir, às pressas, equipamentos e fazer No inicio dos cursos estiveram presentes: secretária-geral de contratações emergenciais sem Controle Externo do TCE, Elaine Faria Melo; prefeito de Petrópolis, licitação, o que é permitido por lei. Paulo Mustrangi; presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho Passados, porém, os primeiros dias Junior; diretora-geral da ECG, Paula da tragédia, muitas dúvidas Alexandra Nazareth; e secretário de Controle Interno de Petrópolis, começaram a povoar a cabeça dos Antonio Pimentel (acima). Técnicos e professores da comissão especial técnicos responsáveis pela prestação (ao lado). de contas nas cidades afetadas. Como declarar as doações, em dinheiro, recebidas de diferentes Italva, Três Rios e Rio de Janeiro. Eles “O TCE está de partes do país? ouviram recomendações do Tribunal portas abertas sobre temas como compras, obras, para orientar as Essa e outras interrogações levaram aluguel social e contratação de o TCE a adotar uma postura proativa pessoal em situação de emergência. prefeituras e inédita: promover um curso “A realização dos cursos teve grande sempre que for itinerante, em parceria com a Escola relevância para o TCE-RJ. Numa visão necessário. de Contas e Gestão, seu braço moderna e adequada ao sentido de acadêmico, para orientar gestores em cidadania, o papel de fiscalizar deve Com isso, o casos excepcionais previstos na Lei abranger o de orientar para a correta Tribunal presta 8.666/93, entre outras. utilização dos recursos públicos”, um serviço ressaltou a secretária-geral de Formada por nove técnicos, três deles Controle Externo do Tribunal, Elaine para a professores da ECG, a comissão Faria de Melo. comunidade e ministrou cursos nos municípios de cumpre Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, “Nossa avaliação é muito positiva. O seu mister São José do Vale do Rio Preto e Areal. curso foi bem recebido pelos técnicos e nosso objetivo de orientar os constitucional” Ao todo foram capacitados 243 municípios foi cumprido”, afirmou a Conselheiro Jonas Lopes de Carvalho, presidente do TCE-RJ gestores, incluindo representantes de diretora da Escola de Contas, Paula Bom Jardim, Sumidouro e ainda de Alexandra Nazareth.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 15 Tínhamos muitas dúvidas sobre como fazer a prestação de contas dos gastos com empresas e empreiteiras contratadas emergencialmente para socorrer as pessoas que ficaram ilhadas. Hoje estamos mais tranquilos. Fabiana Garcia, do Controle Interno de São José do Vale do Rio Preto

Esse treinamento preventivo servirá como base para evitar que futuros erros sejam cometidos. O trabalho dos servidores está sendo aperfeiçoado. O corpo técnico do Tribunal deu uma demonstração de competência e solidariedade. Humberto de Almeida Soares, secretário de Fazenda de Areal

A capacitação dá mais segurança aos gestores. Tínhamos dúvidas sobre como prestar contas das despesas feitas sem empenho prévio. O corpo docente da ECG atuou de forma voluntária e mostrou envolvimento com a questão social. Sheila Guimarães Frederico, assessora jurídica do prefeito de Petrópolis

O curso foi altamente proveitoso. Mostrou que há, de fato, uma parceria sólida entre o TCE e os municípios. Iara Medeiros, secretária de Controle Interno de Teresópolis

Essa dupla função – de orientar e fiscalizar – do Tribunal só tem a enriquecer a relação entre o TCE e os jurisdicionados. José Ricardo de Lima, secretário-geral de Governo da Prefeitura de Nova Friburgo

16 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Estudos socioeconômicos Trabalho apresenta radiografia de municípios

Com o objetivo de contribuir para o planejamento de políticas públicas efetivas, o TCE-RJ iniciou, em 2001, a edição dos "Estudos Socioeconômicos dos Municípios Fluminenses". Elaborado pela Coordenadoria de Auditoria de Qualidade, da Secretaria-Geral de Planejamento, o trabalho apresenta uma detalhada radiografia dos 91 municípios jurisdicionados fiscalizados pelo Tribunal, através da consolidação de indicadores sociais, econômicos e financeiros divulgados por diferentes PETRÓPOLIS órgãos, como o IBGE, o Inep/MEC, o Datasus, as População: 296.044 secretarias estaduais e a Fundação CEPERJ. Área: 797,1km2 O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 5,4 bilhões, Abaixo, uma pequena amostra de dados sobre os 11ª posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando sete municípios afetados pelas chuvas no Estado em um PIB per capita de R$ 17.370,00, o 21º do Estado. Na- quele mesmo ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, do Rio – área, população (Censo 2010) e PIB. por setor da economia: agropecuária (0,2%), indústria (30,1%), administração pública (19,5%) e demais serviços (50,2%). AREAL SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO População: 11.421 População: 20.252 Área: 110,5km2 Área: 220,9km2 O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 160 milhões, O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 162 milhões, 72ª posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando em 70ª posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando um PIB per capita de R$ 13.637,00, o 29º do Estado. No mesmo em um PIB per capita de R$ 7.965,00, o 70º do Estado. Naque- ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, por setor da eco- le mesmo ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, por nomia: agropecuária (0,7%), indústria (18,7%), administração pú- setor da economia: agropecuária (12%), indústria (7,7%), ad- blica (28,5%) e demais serviços (52,2%). ministração pública (45%) e demais serviços (35,2%). BOM JARDIM SUMIDOURO População: 25.398 População: 14.920 Área: 385,7km2 Área: 397,6km2 O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 271 milhões, O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 186 milhões, 57ª posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando em 66ª posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando um PIB per capita de R$ 10.376,00, o 42º do Estado. No mesmo em um PIB per capita de R$ 12.287,00, o 35º do Estado. Na- ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, por setor da eco- quele mesmo ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, nomia: agropecuária (8,4%), indústria (20,5%), administração por setor da economia: agropecuária (38%), indústria (6,7%), pública (33%) e demais serviços (38,1%). administração pública (32,7%) e demais serviços (22,6%). NOVA FRIBURGO TERESÓPOLIS População: 182.016 População: 163.805 Área: 938,5km2 Área: 772,9km2 O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 2,2 bilhões, 21ª O PIB a preços de mercado de 2008 alcançou R$ 2 bilhões, posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando em um 22ª posição entre os 92 municípios fluminenses, resultando PIB per capita de R$ 12.710,00, o 33º do Estado. No mesmo em um PIB per capita de R$ 13.029,00, o 31º do Estado. Na- ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, por setor da eco- quele mesmo ano, o PIB local teve as seguintes contribuições, nomia: agropecuária (2,2%), indústria (13,2%), administração pú- por setor da economia: agropecuária (5,9%), indústria (13,3%), blica (27%) e demais serviços (57,7%). administração pública (26,5%) e demais serviços (54,4%).

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 17 JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 17 Voluntários do TCE ajudam vítimas das chuvas

Seis servidores do TCE trabalharam como voluntários na Região Serrana, entre os dias 18 e 28 de janeiro. Os engenheiros civis Nelson do Amaral da Silva, Renato José de Matos Pimentel, Robson Correia de Morais e Rui Araújo Junior foram para Nova Friburgo, enquanto o engenheiro civil Ores-

es Magalhães tes Magalhães Neto e o arquiteto André Escovedo Freire ficaram em Teresópolis. Eles atuaram sob a coordenação da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio

os: Orest de Janeiro (EMOP) e em auxílio à Defesa Civil.

Fot Os técnicos do Tribunal fizeram a avaliação estrutural de várias residências - mui- tas com estruturas sólidas, porém em áreas de risco - para identificar quais deveri- am ser demolidas. A análise serviu de base para o cálculo das indenizações aos moradores pela perda dos imóveis e o pagamento do aluguel social. A equipe tam- bém avaliou as condições de estradas e encostas da região, mapeando locais com vias obstruídas por desmoronamento, postes caídos ou árvores nas pistas, otimizando o acesso aos moradores que estavam ilhados, o transporte da produ- ção local, além de máquinas necessárias para a reconstrução dos municípios. Depoimentos:

Foi a primeira vez que me vi numa situa- voluntários. Estávamos na região para uma senhora foi invadida pelas águas ção tão crítica. Para mim, foi bastante orientar, mostrar tecnicamente para com tanta velocidade que arrancou a enriquecedor porque foi uma experiên- as pessoas os riscos de permanece- frente do imóvel e levou a filha dela, que cia que eu nunca tinha vivido. As pesso- rem nas casas e informar a situação faleceu. A senhora já estava as paravam a gente, relatavam os pro- para a Defesa Civil, que tomava as traumatizada e a gente ainda teve de blemas. Às vezes, problemas mais gra- providências legais. Algumas pessoas passar a informação de que a casa dela ves do que o próprio desbarrancamento resistiam; explicar que uma casa que estava condenada. Foi muito difícil. No - de gente doente, de gente que não con- estava ali há 15 anos tinha de ser Colégio Feliciano Costa, a água entrou seguia se locomover. Algo que me mar- demolida, porque agora fazia parte da quase até o teto. Nós fomos avaliar o cou muito foi passar ao lado de casas rota do rio, era complicado. Quem maquinário necessário para remover a onde ainda havia corpos, que não pude- passa por uma experiência dessas sujeira e, para nossa surpresa, o diretor ram ser resgatados, e as famílias não nunca mais é o mesmo. estava lá com alguns funcionários fazen- conseguiam acessar, além de casas em Renato Pimentel do a limpeza. Só a mobilização deles não iminência de risco com pessoas no seu era suficiente, mas o fato de o próprio interior. Isso foi o mais dramático. Foi uma lição de vida. No centro de diretor estar limpando foi algo positivo. André Escovedo Teresópolis não teve nada, nas Foi gratificante prestar solidariedade às em que a gente achava que poderia pessoas, me sentindo útil com o meu As pessoas que assistiram pela televi- acontecer alguma coisa a chuva não trabalho. são perceberam o quanto foi terrível, afetou, mas perto dos morros houve Robson Morais mas lá a gente viu que foi muito pior. uma avalanche. Em Campo Grande, Ficamos bem próximos ao Centro de onde disseram ter 100 desapareci- Já havia trabalhado em situação seme- Nova Friburgo. Não nos afastamos mais dos, tem muito mais. Quando come- lhante, mas de forma pontual, não na do que 10 quilômetros do Centro. Fica- çou a chover, as pedras fizeram uma proporção que vi em Nova Friburgo. Pro- mos duas semanas, direto. Trabalhamos contenção das águas, só que não fissionalmente, foi uma experiência que com engenheiros de outros órgãos e eram pedrinhas - as pedras tinham me acrescentou muito. Como pessoa, geólogos. Não dá para dizer qual situa- três metros. Havia locais encobertos abalou bastante porque era muita tris- ção foi pior. Foi muito prejuízo em ter- por dois metros de areia, num hotel teza, dor e perda. O morador ia à Defe- mos de vida e material. Eles vão ter que só se via o segundo andar. Além da sa Civil e pedia uma vistoria. Quando a reconstruir tudo. Para mim, foi uma gran- destruição material, havia as pesso- gente ia ao local, não era só aquela casa de emoção ajudar às vítimas. as que sumiram. Foi uma coisa que que estava atingida, mas toda a comu- Nelson da Silva me abalou muito. Achei interessante nidade. Tem lugares que realmente cho- o Tribunal participar. caram, porque as casas estavam soter- Nós começávamos a trabalhar de ma- Orestes Magalhães radas por lama. A dor era a mesma em nhã cedo e acabávamos à noite. Ali todo local. não éramos técnicos do Tribunal, mas Na comunidade Vila Régia, a casa de Rui Araújo

18 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 A campanha do TCE de doações para as vítimas Servidores das chuvas da Região Serrana foi coordenada pela Associação dos Servidores do Tribunal de participam da Contas do Estado do Rio de Janeiro (Astcerj). Entre os dias 17 e 24 de janeiro foram arrecada- campanha dos os mais diversos produtos de limpeza e higiene pessoal, alimentos e roupas.

de doações A lista de doações dos servidores incluiu, por exemplo, 3.878 litros de água, 120 caixas de às vítimas leite, 84Kg de macarrão, 92Kg de arroz, 289 pacotes de biscoito, 68 colchonetes para adultos e 20 para crianças, 7.430 fraldas descartáveis, 1.048 sabonetes, 530 rolos de papel higiênico, 546 pacotes de absorventes, 120 litros de alvejante, 245 escovas de dente e 102 sacos cheios de roupas, em sua maioria de peças novas.

O TCE participou do IV Encontro de Controle Social do Estado do Rio de Janeiro - Região Serrana, realizado nos Teresópolis sedia dias 1 e 2 de março, em Teresópolis. O evento teve por objetivo capacitar agentes municipais, conselheiros de IV Encontro de políticas públicas, lideranças e cidadãos quanto ao uso dos recursos doados para o atendimento das situações de calamidade pública nas cidades atingidas pelas enchentes. Controle Social

Promovido pelo Grupo de Trabalho para o Controle Social no Estado do Rio de Janeiro (GTCS), que reúne diversas entidades e órgãos públicos, incluindo o TCE, o encontro teve a coordenação da Controladoria-Geral da União (CGU), regional Rio de Janeiro.

O Tribunal foi representado no evento por três técnicos: a secretária-geral de Controle Externo, Elaine Faria de Melo, o inspetor-geral da 4ª Inspetoria Geral de Municípios (4ª IGM), Roberto Machado Cardoso, e a diretora-geral da Escola de Contas e Gestão, Paula Alexandra Nazareth.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 19 Contratos por dispensa de licitação: lei e fiscalização

A regra geral para as contratações cia de situações imprevisíveis que TCE-RJ nº 245/2007 determi- da Administração Pública é a exijam imediata providência do nam as formalidades a serem exigência de licitação prévia. administrador, sob pena de causar atendidas pelos jurisdicionados. Entretanto, a Lei 8.666/93 autori- prejuízos para os cidadãos ou para O processo deve conter, por za a dispensa do procedimento o patrimônio público. exemplo, o porquê de se esco- licitatório em situações de emer- lher determinado fornecedor e a gência e outras 23 exceções, além O jurisdicionado (prefeitura, comprovação de que os preços de três nos quais ele é inexigível. É câmara etc.) deverá comprovar estão compatíveis com os de imperativo destacar que, mesmo ao TCE-RJ a efetiva ocorrência mercado. nos casos de dispensa de licita- dos pressupostos para a ção, torna-se obrigatório o atendi- contratação por emergência, Em razão da situação de emer- mento de uma série de requisitos. dentre os quais o problema não gência ser finita, a lei estabelece Caso o TCE-RJ identifique ilegalida- ter se originado da inércia, o prazo máximo de 180 dias des ao examinar um destes atos, inépcia, morosidade ou negligên- para o atendimento desta aplicará ao responsável as san- cia da própria administração, e a exceção. Nesse período, a ções legais, comunicando ainda existência de risco iminente. Administração deve providenciar tais fatos ao Ministério Público. licitação para solucionar de A Lei 8.666/93 e a Deliberação modo definitivo o problema. Nos termos do artigo 89 da Lei 8.666/93, dispensar licitação fora das hipóteses previstas ou deixar de observar as formalidades LEI Nº 8.666/93 necessárias caracteriza crime (com Art. 2 pena de detenção de três a cinco 4. É dispensáv [...] el a licitação: anos) e multa. IV - nos casos de emer caract gência ou de calamidade pública, quando A dispensa de licitação por emer- erizada urgência de at ocasionar prejuízo ou com endimento de situação que possa gência caracteriza-se pela ocorrên- obr prome as, serviços, equipament ter a segurança de pessoas, particulares, e soment os e outros bens, públicos ou e par atendimento da situação emer a os bens necessários ao parcelas de obr gencial ou calamit as e ser máximo de 180 (centviços que possam ser concluídasosa e no par pra as o e oit ininterruptos, contados da ocorrênciaenta) dias da consecutivemer azo calamidade, v os e edada a prorrogação dos respectiv gência ou os contratos

2020 TCETCE NOTÍCIANOTÍCIA JANEIROJANEIRO AA MARÇOMARÇO // 20112011 ARTIGO

A melhor Divulgação resposta à dor Sérgio Magalhães*

Tsunami na Indonésia, furacão Katrina A ocupação das margens de rios nos Estados Unidos, terremoto no Haiti, é um modelo convencional na são desastres ambientais que nos anos produção urbana. Todas as recentes surpreenderam o mundo por culturas o fizeram. Muitas cidades conta dos danos humanos e materiais já sofreram com enchentes – e causados. Não foi – e não seria possível mesmo assim se mantiveram no evitá-los. mesmo lugar. É que razões mais Embora todos monumentais, tiveram determinantes foram escolhidas. desdobramentos muito diferentes, em Também a ocupação de encostas função das possibilidades dos países em e de morros é outro modelo que ocorreram. universal. Mas há encostas Infelizmente, pelas dificuldades firmes, há encostas frágeis. Há econômicas e políticas do Haiti, ainda encostas que rompem sem ação não se conseguiu minorar os danos do antrópica e outras onde é a ação terremoto. Não será uma solução fácil; do homem que causa a talvez sequer seja possível, visto que no derrubada. Haiti falta o essencial, a começar pela No entanto, as cidades vitoriosas foram trabalhadores, da mídia e da população, água. Sem a recriação de um sistema aquelas que souberam ajustar suas para construirmos um novo modelo de hídrico minimamente sustentável, o razões às da natureza. Mas, para o enfrentamento do problema das próprio país fica sem um horizonte de fazerem, planejaram, escolheram, enchentes, das enxurradas e dos desenvolvimento. construíram sistemas próprios, capazes desmoronamentos, que parta da Outras importantes cidades também de alcançar um patamar de confiança e realidade vívida e busque soluções sofreram danos ambientais em nível de conforto que pudessem superar as viáveis – sem preconceitos, sem fórmulas tragédia ao longo da história, como é incertezas do meio. prontas. emblemático no caso de Pompéia, O Rio de Janeiro é uma cidade que tem A região serrana pode ser estudada em destruída pelo vulcão Vesúvio. A grande aprendido. Das tragédias da década de um modelo reduzido no qual as diversas enchente de Paris, de 1910, atingiu todo sessenta, emergiu o serviço de geotecnia disciplinas capazes de contribuir para o o sistema de metrô subterrâneo. A extremamente bem sucedido da GeoRio. enfrentamento do problema sejam enchente do rio Arno, em Florença, nos Nesses quarenta anos, a cidade tem chamadas a dialogar. Os instrumentos anos 1960, causou danos sérios à investido poderosamente na contenção técnicos disponíveis são poderosos. A histórica cidade toscana. O Rio, nessa de encostas e na eliminação de risco. condição política me parece favorável. Os mesma década, em dois anos seguidos O Rio também tem investido na proteção governos federal, estadual e municipais foi palco de chuvas exageradas que a famílias em risco. É claro que não é são parceiros. A academia dispõe de causaram desabamentos e mortes. simples, considerando-se que a ausência instrumentos teóricos importantes. Enfim, a natureza não é plenamente de política habitacional é uma realidade Instituições da sociedade, empresariais previsível, nem domesticável. no nosso país. Mas é considerável o e profissionais poderão ser chamadas a Esse é o dado incontestável. esforço do município no reassentamento colaborar. Desde logo, digo que o Instituto É daí que precisamos partir ao nos de famílias, pelo menos desde a década de Arquitetos do Brasil, que represento defrontarmos com a tragédia que se de 90, através do Programa Morar Sem no Rio de Janeiro, está solidário e abateu sobre as cidades serranas do Rio Risco. disponível para a colaboração. Por certo, de Janeiro. O monitoramento das condições outras instituições coirmãs, de As cidades constituem-se como o maior meteorológicas é outro trabalho representação profissional, também o artefato da cultura. E, justamente, se importante que obviamente não previne estarão. opõem à natureza. Qualquer condição as chuvas, mas pode ser útil na A hora é da cooperação, do trabalho por urbana é um intervento sobre as prevenção do dano. Monitorar e informar, uma resposta ampla e profunda. Pela condições naturais, que desequilibra o alertar as famílias em risco, é tarefa recuperação plena das cidades serranas, status quo. complexa, de grande exigência para que voltem a nos orgulhar a todos O convívio é algo necessariamente tecnológica, que hoje já pode ser feita por sua beleza, pujança e possibilidades conflituoso, tenso, perigoso. E como não com bom resultado. infinitas de uma vida saudável e segura. temos o controle sobre a natureza, Agora, ante a dor, a melhor resposta será precisamos trabalhar com o a busca da cooperação. *Sérgio Magalhães é presidente do Instituto imponderável e revesti-lo de cuidados Nós podemos juntar esforços de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ). compatíveis com as possibilidades do governamentais, da sociedade, da * Este artigo foi publicado em O Globo no dia universo em convivência. academia, dos empresários e dos 16 de janeiro de 2011.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 21 Escola Itinerante aproxima TCE dos jurisdicionados Edição 2011 começa pela Região Metropolitana

Para fortalecer sua presença nos municípios fluminenses e estimular maior integração com a sociedade, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro vai intensificar suas ações regionalizadas no decorrer de 2011. Por meio de sua Escola de Contas e Gestão (ECG), desenvolveu e lançou uma nova proposta pedagógica, o "Projeto TCE - Escola Itinerante - Uma parceria com os municípios do Rio de Janeiro". A programação inclui os tradicionais cursos de capacitação para gestores municipais e insere novidades, como workshops com jornalistas e debates sobre meio ambiente.

A primeira etapa do projeto teve início no dia 21 de março, benefician- do 17 municípios da Região Metropolitana. A solenidade oficial de aber- tura lotou o auditório do SESI de Duque de Caxias, sede dos cursos, reunindo servidores públicos, representantes do Executivo de Caxias e do Sistema Firjan, interessados em aprimorar seus conhecimentos so- bre o uso de recursos públicos dentro dos princípios da eficiência, da legalidade e da economicidade. As aulas terminam no dia 13 de maio.

22 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Projeto esclarece jornalistas sobre ações do Tribunal

Como um de seus desafios, a entre 21 de março e 13 de maio. de prefeituras, câmaras de vere- Escola Itinerante pretende Depois, estão previstas etapas adores e outras entidades muni- aprofundar o conhecimento nas regiões Norte e Noroeste cipais: Controle Interno; Siste- dos profissionais da imprensa (abril e maio), Serrana, dos La- ma de Registro de Preços; sobre o trabalho do TCE, con- gos e Sul Fluminense (ainda sem Gestão de Pessoal; Orçamen- vidando-os a participar de pa- data definida). to Público e Lei de Responsa- lestras sobre a estrutura e o O presidente do TCE-RJ, Jonas bilidade Fiscal; Prestação de funcionamento do Tribunal. Lopes de Carvalho Junior, ressal- Contas, Tomada de Contas, Assim, o projeto objetiva asse- ta que a ação regionalizada fa- Tomada de Contas Especial; gurar mais transparência e cilita o acesso de gestores aos Licitações e Contratos Admi- uma melhor divulgação sobre cursos ministrados pela ECG: "O nistrativos; e Economicidade o trabalho da Corte. curso permite a capacitação de em Licitações e Contratos Ad- O projeto percorrerá mais quatro um maior número de servidores ministrativos. cidades-sede em todo o estado por ser num local mais próximo Os interessados podem obter até o final do ano, para atender do trabalho". mais informações através do site os 91 municípios sob jurisdição A programação inclui sete cursos www.ecg.tce.rj.gov.br ou dos te- do TCE. A primeira, na Região da Escola de Contas, destinados lefones: (21) 2729-9531/9532/ Metropolitana, sediará os cursos a servidores e agentes políticos 9506.

JANEIRO A MARÇO / 2011 TCE NOTÍCIA 23 Nas sessões plenárias de janeiro e fevereiro deste ano, o TCE-RJ teve 10.848 processos Resultados do relatados. Este volume de trabalho resultou em 555 1º bimestre demonstram notificações expedidas; imputações de débito e multas que somaram, respectivamen- eficácia da fiscalização te, 2.304.974,3364 e 526.700,0000 - ambos os do Tribunal valores em UFIR-RJ -, aplicadas a gestores de órgãos jurisdicionados. Os resultados são um resumo das ações do Tribunal, em cumprimento a sua atividade- fim, que é a fiscalização da aplicação de recursos públicos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e pelos 91 municípios fluminenses sob sua jurisdição.

Projeto debate ações públicas e mudanças climáticas

Em parceria entre o TCE-RJ e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro Saxofonista francês (SMAC), a 1ª edição deste ano do Projeto Tardes do Saber colocou em discussão ações abre temporada 2011 institucionais públicas destinadas a minimizar os Um dos instrumentistas mais requisitados do cenário efeitos nocivos das mudanças climáticas, como o musical brasileiro, o saxofonista francês Idriss Boudrioua aquecimento global e a ocorrência mais frequen- foi a primeira atração do Momento Cultural do TCE-RJ te de secas e enchentes. Organizado pela Escola deste ano. No dia 30 de março, Idriss apresentou um show de Contas e Gestão, o evento ocorreu em 23 de de jazz e bossa nova, no Espaço Cultural Humberto Braga. março, no auditório do Espaço Cultural Humberto O repertório reuniu sucessos como Eu sei que vou te amar, Braga, no edifício anexo do Tribunal. de Tom Jobim, Samba de verão, de Marcos Valle, e The O projeto teve como palestrantes o gerente de shadow of your smile, de Johnny Mandel. O saxofonista, Mudanças Climáticas e Desenvolvimento que vive no Brasil há 23 anos, se apresentou acompa- Sustentável da SMAC, Nelson , nhado dos músicos Sergio Barrozo (contrabaixo), Vítor e a secretária-geral de Controle Externo do TCE, Gonçalves (piano) e Xande Figueiredo (bateria). A entra- Elaine Faria de Melo. da foi gratuita.

24 TCE NOTÍCIA JANEIRO A MARÇO / 2011 Prêmio Ministro Gama Filho 2011