Revista Brasileira de Biociências Brazilian Journal of Biosciences http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs ISSN 1980-4849 (on-line) / 1679-2343 (print)

ARTIGO A família Leguminosae no Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil

Silvia Teresinha Sfoggia Miotto1*, Raquel Lüdtke2 e Maria de Lourdes Abruzzi Aragão de Oliveira3

Recebido em: 30 de abril de 2008 Recebido após revisão em: 24 de julho de 2008 Aceito em: 12 de setembro de 2008 Disponível em: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1029

RESUMO: (A família Leguminosae no Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil). O presente trabalho teve como objetivo realizar o levantamento de espécies da família Leguminosae do Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, a fim de enriquecer o conhecimento da flora do Parque. Além das coletas nos diferentes Habitats da área de estudo, realizou-se uma revisão bibliográfica e de herbários regionais. A família Leguminosae está representada por 33 gêneros e 59 espécies, sendo 22 gêneros e 40 espécies pertencentes à subfamília Papilionoideae, oito gêneros e 14 espécies à e três gêneros e cinco espécies à Caesalpinioideae. Os gêneros com maior número de espécies são Mimosa e Desmodium, ambos com cinco espécies. O trabalho trata de uma sinopse da família Leguminosae no Parque Estadual de Itapuã que consta de chave para a identificação dos gêneros e espécies, fotografias, Habitat e comentários adicionais. Palavras-chave: Leguminosae, florística, sul do Brasil

ABSTRACT: (Leguminosae in the Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, Brazil) A floristic inventory of the species of Leguminosae was carried out in the Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, aiming to increase the knowledge of the local flora. Besides field collections, bibliographic and regional herbaria revisions were carried out. Legu- minosae is represented by 33 genera and 59 species. The subfamily Papilionoideae is represented by 22 genera and 40 species, Mimosoideae by eight genera and 14 species and the subfamily Caesalpinioideae by three genera and five species. The genera with more species are Mimosa and Desmodium, both with five species. This paper is a synopsis of the Leguminosae in the Parque Estadual de Itapuã, analytical keys, photographs, habitats and comments are presented. Key words: Leguminosae, floristics, southern Brazil

Introdução Algumas leguminosas são tóxicas para o homem Leguminosae ( s.l.) constitui uma das maiores ou para o gado, pela presença de princípios nocivos famílias de angiospermas, juntamente com Orchidaceae (tremoços, timbó); algumas são prejudiciais por seus e Asteraceae. Atualmente são reconhecidos para esta acúleos (maricá, unha-de-gato); outras prejudicam a lã família 727 gêneros e cerca de 19.325 espécies (Lewis das ovelhas por seus frutos pegajosos (pega-pegas) ou et al. 2005). Sua plasticidade ecológica permite que gloquidiados (trevos-de-carretilha). apresente centros de biodiversidade em diferentes tipos De acordo com Lewis et al. (2005) a família está de Habitat com clima, solos e topografia variados. dividida em três subfamílias e 36 tribos. A subfamília As subfamílias Caesalpinioideae e Mimosoideae são Caesalpinioideae compreende quatro tribos e cerca de preferencialmente megatérmicas, predominando em 2.250 espécies, as Mimosoideae quatro tribos e cerca de regiões tropicais e subtropicais e as Papilionoideae 3.270 espécies e a subfamília Papilionoideae 28 tribos e (Faboideae) são mega, meso e microtérmicas, sendo bem cerca de 13.800 espécies. representadas em regiões temperadas e temperado-cálidas No Brasil, de acordo com Lima (2000), foram (Lima & Fortunato 1998). catalogados cerca de 188 gêneros e 2.100 espécies, Há muitas leguminosas úteis e diversas são cultivadas com ocorrência muito significativa na maioria dos tipos desde a antigüidade como alimentícias (lentilha, vegetacionais. ervilha, feijão); forrageiras (alfafa, trevos, ervilhacas); Para o Rio Grande do Sul estima-se um total de 69 oleaginosas (soja, amendoim); adubo verde (tremoços); gêneros e 293 espécies, assim distribuídos: 44 gêneros tintóreas (índigo, pau-brasil); tânicas (acácia-negra); e 174 espécies de Papilionoideae, 13 gêneros e 91 fornecedoras de celulose (bracatinga); melíferas (alfafa, espécies de Mimosoideae e 12 gêneros e 28 espécies de trevos-de-cheiro); medicinais (pata-de-vaca, erva-de- Caesalpinioideae. touro); florestais (canafístula, angico); ornamentais O presente trabalho faz parte de um estudo amplo (guapuruvú, corticeiras), etc. desenvolvido no Parque Estadual de Itapuã (PEI) com a 1. Programa de Pós-Graduação em Botânica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves 9500, Bloco IV, Prédio 43433, Campus do Vale, Bairro Agronomia, 91501-970, Porto Alegre, RS, Brasil. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. 2. Departamento de Botânica, UFRGS. Av. Bento Gonçalves, 9500, Bloco IV, Prédio 43433, Campus do Vale, Bairro Agronomia, 91501-970, Porto Alegre, RS, Brasil. 3. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rua Dr. Salvador França, 1427, Bairro Jardim Botânico, 90690-000, Porto Alegre, RS, Brasil. Autor para contato. E-mail: [email protected]

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 270 Miotto et al. finalidade de conhecer a flora do Parque. Consta de chaves Para cada espécie confirmada para o PEI são para identificação das subfamílias de Leguminosae, dos fornecidas informações sobre nomes populares, Habitat, gêneros e das espécies, Habitat e comentários adicionais, observações contendo características diagnósticas, além além de fotografias de algumas espécies. de referências bibliográficas sobre o táxon em questão. Estas informações foram retiradas de bibliografia Material e Métodos especializada e das observações realizadas durante a execução deste trabalho. Além de um levantamento bibliográfico sobre a família As espécies precedidas por um asterisco (*) não são Leguminosae, foram revisados os exemplares coletados nativas no Rio Grande do Sul, tendo sido introduzidas anteriormente no Parque Estadual de Itapuã e depositados no Parque Estadual de Itapuã. nos herbários: HAS, ICN e PACA, citados por sua sigla As fotografias de hábitos e inflorescências foram internacional conforme Holmgren & Holmgren (2007). registradas a campo, com câmera fotográfica digital. Foram realizadas sete expedições de campo de Cabe ressaltar que nem todas as fotografias de hábitos outubro de 2005 a janeiro de 2007, para coleta de e inflorescências são provenientes da área de estudo. material, bem como para observação dos ambientes de Algumas delas foram obtidas do banco particular de ocorrência das espécies. As coletas foram realizadas em imagens dos autores e outras foram cedidas por outros todas as formações vegetais encontradas no Parque. O botânicos. material coletado foi incluído no Herbário do Instituto O PEI abriga remanescentes da vegetação original da de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande região constituindo um mosaico vegetacional, formado do Sul (ICN). por matas de restinga, campos com afloramentos rochosos Para a abreviação do nome do(s) autor(es) de cada (morros graníticos) e campos arenosos (dunas). Foram táxon, foi consultada a página “The International designados os seguintes Habitats para este trabalho: Names Index (http://www.ipni.org/)” que disponibiliza banhado, duna, local alterado, interior de mata, borda de informações atuais com base em Brummit & Powell mata, campo com afloramentos rochosos, campo seco de (1992). restinga, campo úmido de restinga. A terminologia adotada para as estruturas está baseada em Font Quer (1993), Burkart (1987) e, para as formas das estruturas, em Radford et al. (1974). Resultados e discussão As chaves dicotômicas foram modificadas a partir A família Leguminosae está representada por 33 de chaves originais disponíveis em diversos trabalhos gêneros e 59 espécies no Parque Estadual de Itapuã, sendo envolvendo a família Leguminosae. As medidas citadas 22 gêneros e 40 espécies da subfamília Papilionoideae, nas chaves representam os valores extremos encontrados. oito gêneros e 14 espécies de Mimosoideae e três gêneros Adotou-se o uso de abreviaturas para altura (alt.) e e cinco espécies da subfamília Caesalpinioideae. comprimento (compr.). Chave para as subfamílias de Leguminosae ocorrentes no PEI

1. Flores actinomorfas, corola com prefloração valvar, em geral gamopétala; estames 4 a muito numerosos, em geral sobressaindo à corola que é pequena, filetes livres ou, às vezes, soldados. Folhas bipinadas, raras vezes pinadas Inga( ) ou filódios...... Mimosoideae 1’. Flores zigomorfas, raramente quase actinomorfas, corola com prefloração imbricada, pétalas 5, livres entre si, pelo menos na base; estames geralmente 10, exsertos ou envoltos pela corola, em geral vistosa. Folhas bipinadas, pinadas, digitadas, trifolioladas, unifolioladas ou simples. 2. Prefloração da corola imbricada ascendente: pétala superior interna, coberta em seus bordos pelas outras pétalas, sépalas geralmente livres, estames 2 a 10, livres, raramente soldados. Folhas bipinadas ou pinadas...... Caesalpinioideae 2’. Prefloração da corola imbricada descendente: pétala superior (estandarte) externa, cobrindo com seus bordos asas e quilha, corola geralmente papilionada, as 2 pétalas inferiores, mais ou menos unidas entre si, em forma de quilha, sépalas soldadas; estames 10, raras vezes menos, geralmente protegidos pela quilha, livres ou mais freqüentemente soldados em diversos graus pelos filetes: tipicamente (9)+1; folhas pinadas, digitadas, trifolioladas, unifolioladas ou simples, nunca bipinadas ...... Papilionoideae

Chave para os gêneros da subfamília Papilionoideae ocorrentes no PEI 1. Lianas robustas. 2. Androceu com anteras dimorfas; flores roxas ...... Dioclea 2’. Androceu com anteras uniformes, flores purpúreas ...... Canavalia 1’. Ervas, subarbustos, arbustos, trepadeiras ou árvores. 3. Folhas pinado-trifolioladas, digitado-trifolioladas, unifolioladas ou simples.

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4. Folhas verticiladas ...... Sellocharis 4’. Folhas alternas. 5. Frutos articulados. 6. Lomento com 2 ou 1 artículos, o terminal coroado pela base persistente do estilete, flores amarelas ...... Stylosanthes 6’. Lomento com vários artículos, flores brancas, lilases ou azuis ...... Desmodium 5’. Frutos não articulados. 7. Ráquis floral com nodosidades. 8. Trepadeiras volúveis. 9. Alas maiores que o estandarte e a carena ...... Macroptilium 9’. Alas subiguais ao estandarte e carena ...... Vigna 8’. Árvores ou arvoretas ...... Erythrina 7’. Ráquis floral sem nodosidades. 10. Legumes com duas sementes. Folíolos com glândulas punctiformes amarelas, principalmente na face dorsal. 11. Sementes com hilo circular, com funículo de inserção central. Ervas ou subarbustos prostrados, ascendentes, decumbentes ou volúveis ...... Rhynchosia 11’. Sementes com hilo linear ou oblongo, com funículo de inserção apical. Ervas ou subarbustos eretos ...... Eriosema 10. Legumes com mais de duas sementes. Folíolos sem glândulas. 12. Estandarte calcarado...... Centrosema 12’. Estandarte não calcarado. 13. Cálice com quatro lacínias...... Galactia 13’. Cálice com cinco lacínias. 14. Flores ressupinadas, estandarte muito maior que as demais pétalas ...... Clitoria 14’. Flores não ressupinadas, estandarte com tamanho semelhante às demais pétalas. 15. Flores lilases ou azuladas; legume compresso ...... Collaea 15’. Flores amarelas; legume inflado ...... Crotalaria 3’. Folhas pinadas ou digitadas. 16. Trepadeiras escandentes, com a ráquis foliar terminando em cerda ou gavinha ...... Lathyrus 16’. Ervas, subarbustos ou arbustos, com ráquis foliar não terminando em cerda ou gavinha. 17. Plantas com indumento de tricomas malpiguiáceos; anteras apiculadas ...... Indigofera 17’. Plantas sem indumento de tricomas malpiguiáceos; anteras não apiculadas. 18. Folhas digitadas ...... Lupinus 18’. Folhas paripinadas ou imparipinadas. 19. Plantas densamente glandulosas ...... Poiretia 19’. Plantas não glandulosas. 20. Fruto não articulado do tipo legume ...... Sesbania 20’. Fruto articulado do tipo lomento ou craspédio. 21. Folhas com um par de folíolos ...... Zornia 21’. Folhas com 2 a muitos pares de folíolos ...... Aeschynomene

1. Aeschynomene L.. Sp. Pl. 2: 713. 1753. 1. Estípulas peltadas; lomentos retos ...... A. sensitiva 1’. Estípulas não peltadas; lomentos encurvados ...... A. falcata

1.1. Aeschynomene falcata (Poir.) DC. Prodr. 2: 322. 1.2. Aeschynomene sensitiva Sw. Prodr. Veg. Indias 1825. Occidentalis 107. 1788. Habitat: campo com afloramentos rochosos. Habitat: campo de restinga. Observações: ervas prostradas, perenes. Flores Observações: ervas a subarbustos, com mais de 1 amarelas. Lomentos encurvados, com 5-6 artículos. m de altura, enegrecidos quando herborizados. Flores Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO amarelas com estrias castanhas. Lomentos retos, com SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, topo do morro 5-8 artículos. do Araçá, 30°21’31,4”S 51°02’21,0”W, 22 dez. 2005, R. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Lüdtke 487 (ICN). SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, Referência bibliográfica: Oliveira (2002). 20 dez. 1990, M. L. Abruzzi 2389 (HAS).

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Referência bibliográfica: Oliveira (2002). Observações: ervas eretas com até 30 cm de altura. Racemos com 1-2 flores violáceas, ressupinadas, 2. Canavalia DC. Prod. 2: 403-404. 1825. vistosas. 2.1. Canavalia bonariensis Lindl. Bot. Registr. 14: 1199. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 1828. (Fig. 1E) SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, entroncamento Habitat: borda e interior de mata. da Praia de Fora e Pedreira, 30º21’03,75’’S 51º01’45,3’’W, Observações: lianas com folíolos verde-escuros, 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 476 (ICN); estrada de lustrosos. Inflorescências pêndulas, muito nodosas na asfalto para Praia de Fora, 30º21’40,6’’S 51º01’45,2’’W, inserção das flores. Legume glabro, coriáceo, tardiamente 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2274 (ICN). deiscente, com 2-5 sementes. Pode ser cultivada como Referência bibliográfica: Miotto (1987a). ornamental devido a suas flores vistosas. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 5. Collaea DC. Ann. Sci. Nat. 4: 96. 1825 SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 22 fev. 1984, 5.1 Collaea stenophylla (Hook. & Arn.) Benth. Flora S. T. S. Miotto 933 (ICN); 22 maio 2004, L. Milanesi & M. Bras. 15(1): 146. 1859. (Fig. 1C) da Luz s.n. (ICN 137915); trilha do Morro da Fortaleza, Habitat: campo com afloramentos rochosos e campo 30º21’11,1”S 50º03’07,7”W, 9 dez. 2006, S. T. S. Miotto arbustivo. 2425 (ICN). Observações: arbustos ou subarbustos eretos, com até Referência bibliográfica: Miotto (1987b). 2 m de altura. Racemos com pedúnculos muito curtos, com 2-6 flores lilases ou azuladas. Muito freqüente na 3. Centrosema (DC.) Benth. Comm. Legum. Gen.: 53- vegetação campestre do PEI. 54. 1837. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 3.1. Centrosema virginianum (L.) Benth. Comm. Legum. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada para Gen. 56. 1837. (Fig. 1B) Praia de Fora, 30º22’04,0’’S 51º01’39,4’’W, 10 nov. Habitat: em dunas, borda de mata de restinga, em 2005, R. Lüdtke & M. Spier 467 (ICN); Morro do Araçá, solo arenoso. 18 dez. 2002, M. Pinheiro 513 (ICN); trilha do Morro da Observações: trepadeiras volúveis. Flores lilases, Fortaleza, 30º21’11,1” 50º03’07,7”W, 9 dez. 2006, S. T. azuis, violáceas ou branco-rosadas, estandarte com S. Miotto 2421 (ICN). pequeno esporão no dorso. Legumes lineares, com Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut suturas muito marcadas, longamente rostrados, com (1999). 8-10 sementes. 6. Crotalaria L. Sp. Pl. 2: 714-716. 1753. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 6.1. Crotalaria tweediana Benth. J. Bot. 2: 482. 1843. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 20 dez. 1990, (Fig. 3C) N. Silveira 11010 (HAS); estrada para Praia da Pedreira, Nome popular: guizo-de-cascavel 16 nov. 2003, M. Pinheiro 542 (ICN); Praia de Fora, 11 Habitat: campo com afloramentos rochosos. nov. 1987, M. L. Abruzzi 1309 (HAS); 25 mar. 1988, S. Observações: plantas densamente pubescentes com A. Martins-Mazzitelli 710 (HAS); Praia de Fora, 23 jan. folhas simples. Racemos com (4) 6-20 flores distribuídas 1997, A. L. Bonotto 41 (HAS). ao longo da ráquis. Flores amarelas, estandarte estriado Referência bibliográfica:Miotto (1987a). dorsalmente. Legumes inflados, glabros, negros quando maduros. 4. Clitoria L. Sp. Pl. 2: 753. 1753. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 4.1. Clitoria nana Benth. J. Proc. Linn. Soc. Bot. 2: 40. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, set. 1983, M. 1858. (Fig. 1D) Sobral 2188 (ICN). Habitat: campo seco de restinga. Referência bibliográfica:Flores & Miotto (2001).

7. Desmodium Desv. J. Bot. Agric. 1: 122, pl. 5, f. 15. 1813. 1. Lomento com artículos deiscentes; racemos axilares e terminais curtos, até 5 cm compr., compactos ...... D. barbatum 1’. Lomento com artículos indeiscentes; racemos e panículas axilares e terminais mais longos, até 60 cm compr. 2. Lomento com ambas as margens sinuosas; artículos glabros ou com tricomas pouco ou nada preênseis ...... D. cuneatum 2’. Lomento com margem superior reta ou levemente sinuosa; artículos com abundantes tricomas uncinados, preênseis. 3. Artículos subtriangulares a triangulares; face superior dos folíolos com mancha prateada na parte central ...... D. uncinatum 3’. Artículos semielípticos, obovados, oblongos ou ovais; face superior dos folíolos sem mancha prateada na parte central. 4. Estípulas livres entre si desde a base ...... D. adscendens 4’. Estípulas concrescidas até a metade de seu comprimento...... D. incanum

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7.1. Desmodium adscendens (Sw.) DC. Prodr. 2: 332. estipitado, (3) 4-5 (6) articulado, com ambas as suturas 1825. sinuosas, istmo estreito, artículos obliquamente elípticos. Nomes populares: trevinho-do-campo, pega-pega- Espécie facilmente distinguível pelo seu grande porte, graúdo. caule ereto com poucas ramificações, folíolos quase Habitat: campo com afloramentos rochosos, campo sésseis e aproximados ao caule. com solo arenoso na beira da Lagoa Negra. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Observações: ervas prostradas a ascendentes, SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, entroncamento radicantes. Folíolos cartáceos, margem lisa, bem da Praia de Fora e Pedreira, 30º21’03,75’’S 51º01’45,3’’W, marcada. Racemos pequenos, laxos, com flores lilás- 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 472 (ICN); Morro rosadas. Lomento 2-4 articulado, curtamente estipitado, do Araçá, 16 nov. 2003, M. Pinheiro 430 (ICN); Praia de sutura superior reta, a inferior profundamente sinuosa, Fora, 11 nov. 1987, M. L. Abruzzi 1308 (HAS). istmo submarginal, largo, artículos assimetricamente Referência bibliográfica: Oliveira (1983). elípticos tendendo a obovados. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 7.4. Desmodium incanum DC. Prodr. 2: 332. 1825. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, beira da Lagoa Nomes populares: pega-pega, mata-pasto. Negra, Praia de Fora, 30º22’36,6’’S 51º00’20,8’’W, 10 Habitat: dunas, campo com afloramentos rochosos, nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 460 (ICN); estrada da campo arbustivo, alterado, em beira de estrada, solo Pedreira, 30º21’01,2”S 51º02’18,1”W, 9 dez. 2006, S. arenoso. T. S. Miotto 2417 (ICN); Morro do Araçá, fev. 2004, Observações: folhas pinado-trifolioladas com exceção M. Pinheiro 510 (ICN); Praia de Fora, 8 mar. 1988, das folhas basais que são unifolioladas e orbiculares. M. L. Abruzzi 1505 (HAS); próximo à Lagoa Negra, Folíolos com nervuras evidentes e salientes. Racemos 30º23’47,2”S 50º57’15”W, 20 nov. 2006, S. T. S. Miotto curtos, flores lilás-rosadas. Lomento 4-6 articulado, séssil 2407 (ICN). a subséssil, sutura superior quase reta, a inferior sinuosa, Referência bibliográfica: Oliveira (1983). istmo submarginal, largo, artículos semi-elípticos. É a espécie de Desmodium mais comum, mais abundante e 7.2. Desmodium barbatum (L.) Benth. Pl. Jungh. 2: 224. com distribuição mais ampla no Estado, apresentando 1852. (Fig. 2C) grande diversificação de Habitats e grande variação Nome popular: barbadinho. quanto à forma dos folíolos e do hábito. Habitat: campos com solo arenoso, seco e em campos Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO com afloramentos rochosos. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 28 maio Observações: ervas rizomatosas, prostradas, com 2002, E. N. Garcia et al. 802 (ICN); estrada para Praia ramos ascendentes. Folíolos cartáceos, face inferior de Fora, perto da guarita, 30º23’04,3’’S 51º01’14,7’’W, subserícea, reticulado-venosa, acinzentada. Racemos 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 465 (ICN); estrada curtos, compactos, multifloros, pubescentes. Lomento para Praia de Fora, 30º22’04,0’’S 51º01’39,4’’W, 10 séssil, 3-4 (5) articulado, sutura superior quase reta, nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 468 (ICN); estrada da a inferior sinuosa, istmo largo, artículos quadrados, Pedreira, 30º21’01,2”S 51º02’18,1”W, 9 dez. 2006, S. deiscentes. T. S. Miotto 2416 (ICN); Morro do Araçá, 13 dez. 2003, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO M. Pinheiro 509 (ICN); Praia de Fora, 11 nov. 1987, M. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada para L. Abruzzi 1307 (HAS). Praia de Fora, 30º22’04,0’’S 51º01’39,4’’W, 10 nov. Referência bibliográfica: Oliveira (1983). 2005, R. Lüdtke & M. Spier 469 (ICN); Morro do Araçá, fev. 2004, M. Pinheiro 520 (ICN); Praia de Fora, 8 mar. 1988, M. L. Abruzzi 1503 (HAS); próximo à Lagoa 7.5. Desmodium uncinatum (Jacq.) DC. Prodr. 2: 331. Negra, 30º23’48,1”S 50º57’14,6”W, 20 nov. 2006, S. T. 1825. S. Miotto 2410 (ICN); trilha da Lagoa Negra, 25 mar. Nomes populares: pega-pega, pegadeira. 2002, E. J. E. Silva et al. s.n. (ICN 125106). Habitat: beira de mata, locais sombreados e úmidos. Referência bibliográfica: Oliveira (1983). Observações: toda a planta é revestida por tricomas uncinados abundantes. Folíolos cartáceos, com a face 7.3. Desmodium cuneatum Hook. & Arn. Bot. Miscell. superior verde-brilhante, com mancha esbranquiçada 3: 195. 1832 [1833]. ou prateada junto à nervura central. Lomento estipitado, Nome popular: pega-pega. 4-7 articulado, sutura superior quase reta, a inferior Habitat: campo com afloramentos rochosos, solo profundamente sinuosa, istmo marginal, artículos arenoso. triangulares. Observações: folhas pinado-trifolioladas ou Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO unifolioladas. Folíolos cartáceos a cartáceo-coriáceos, SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, entroncamento face inferior verde-acinzentada, reticulada, venosa, com da Praia de Fora e Pedreira, 30º21’03,75’’S 51º01’45,3’’W, abundantes tricomas uncinados entremeados aos tricomas 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 475 (ICN). seríceos. Racemos terminais, flores purpúreas. Lomento Referência bibliográfica: Oliveira (1983).

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8. Dioclea Kunth Nov. Gen. Sp. (quarto ed.) 6: 437. 1823 51º01’38,6”W, 4 jan. 2007, R. Lüdtke 701 (ICN); Praia [1824]. de Fora, 11 nov. 1987, M. L. Abruzzi 1304 (HAS); 23 jan. 8.1. Dioclea violacea Mart. ex Benth. Comm. Legum. 1990, L. H. Pankowisk 87 (HAS); Praia das Pombas, 16 Gen. 69. 1837 (Fig. 2F). out. 1983, A. Rego & Pedralli s.n. (ICN 101823). Dioclea paraguariensis Hassl. Fedde, Rep. Sp. Nov. Referência bibliográfica: Miotto (1987b). 16: 228. 1919. Nome popular: estojo-de-luneta. 9. Eriosema (DC.) G.Don, Gen. Hist. 2: 347. 1832. Habitat: beira de mata de restinga, beira de estrada, 9.1. Eriosema tacuaremboense Arechav. Anales Mus. solo arenoso. Hist. Nat. Montevideo 3(1): 397. 1901. (Fig. 1G) Observações: lianas robustas. Folhas com estípulas Habitat: campos com afloramentos rochosos, prolongadas abaixo do ponto de inserção por um longo graminosos a arbustivos, com solos secos, arenosos. esporão. Racemos compostos, espiciformes, lenhosos, Observações: ervas ou subarbustos eretos, com até 40 eretos, longos. Flores roxas, perfumadas, cálice vináceo, cm de altura. Toda a planta apresenta uma pubescência estandarte reflexo, com base amarelo-clara. Legume serícea, branco-prateada. Folhas basais unifolioladas, lenhoso, marrom-escuro, coberto por densa pubescência as demais pinado-trifolioladas. Racemos axilares ferrugínea, aveludada, indeiscente, com (2) 3 (4) subglobosos, com muitas flores, pedúnculos curtos, sementes. As grandes sementes castanhas, lisas, duras, sempre menores que as folhas. Flores amarelas. com hilo linear negro, são decorativas, usadas para Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO colares e outros adornos. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada para Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Praia da Pedreira, 30º21’07,7’’S 51º02’22,0’’W, 10 nov. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 4 abr. 1981, S. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 479 (ICN); Morro do Araçá, Eisinger s.n. (ICN 53290); 22 fev. 1984, S. T. S. Miotto 13 nov. 2002, M. Pinheiro 514 (ICN); trilha do Araçá, 932 (ICN); estrada para Praia de Fora, 30º22’04,0’’S Praia da Pedreira, 30°21’41,6”S 51°02’35,2”W, 22 dez. 51º01’39,4’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 2005, R. Lüdtke 486 (ICN). 470 (ICN); estrada para a Praia de Fora, 30º21’42,8”S Referência bibliográfica: Miotto (1988).

10. Erythrina L. Sp. Pl. 2: 706-707. 1753. 1. Árvores com 6-10 m alt.; flores vermelhas ...... E. crista-galli 1’. Árvores com 20-30 m alt.; flores vermelho-alaranjadas ...... E . falcata 10.1. Erythrina crista-galli L. Mant. Pl. 1: 99. 1767. (ICN). (Fig. 3E) Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut Nome popular: corticeira-do-banhado. (1999). Habitat: em beira de mata de restinga, local úmido, com solo arenoso. 10.2. Erythrina falcata Benth. Fl. Bras. 15(1): 172. Observações: arvoretas aculeadas, caducifólias, 1859. com tronco rugoso e ramos arqueados. Racemos com Nomes populares: corticeira-da-serra, ceibo. flores vermelhas, carnosas, ressupinadas. Esta espécie Habitat: interior de mata. é a flor nacional da Argentina e do Uruguai. Cresce, Observações: árvores de grande porte, de 20-30 preferencialmente, na beira de rios e arroios, em solos metros de altura, ramos aculeados. Inflorescências com úmidos e em banhados, onde os exemplares mais velhos flores vermelho-alaranjadas. Legume comprimido, podem alcançar grandes proporções. negro, deiscente. As flores são visitadas por papagaios Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO e periquitos, atraídos pelo néctar. Espécie indicada para SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, reflorestamento ao longo de rios e em encostas úmidas. 20 dez. 1990, M. L. Abruzzi 2388 (HAS); 30º23’10,7’’S Referência bibliográfica: Backes & Irgang (2002). 51º01’12,8’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 462

11. Galactia P. Browne Civ. Nat. Hist. Jamaica 298, pl. 32, f. 2. 1756. 1. Folhas unifolioladas. 2. Racemos pedunculados, com 1,5-10 cm compr...... G. pretiosa 2’. Racemos subsésseis ...... G. marginalis 1’. Folhas digitado-trifolioladas ...... G. neesii var. australis 11.1. Galactia marginalis Benth. Annal. Mus. Vindob. marginal evidente. Racemos axilares sésseis ou 2(2): 126. 1838. subsésseis, com 1-3 flores purpúreas ou lilás-rosadas. Habitat: campos com afloramentos rochosos, campos Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE arbustivos. DO SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro Observações: ervas eretas a ascendentes, com das Pombas, lado sul, ao lado da estrada da Pedreira, xilopódio. Folhas unifolioladas, folíolos com nervura 30º20’57,2”S 51º02’18,3”W, 9 dez. 2006, S. T. S. Miotto

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2414 (ICN); trilha para o Morro da Grota, 30º21’53,0”S Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut 51º01’22,4”W, 23 out. 2006, R. Lüdtke 650 (ICN). (1999). Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut (1999). 11.3. Galactia pretiosa Burkart Darwiniana 9(1): 93. 1949. 11.2. Galactia neesii DC. var. australis Malme Arkiv for Habitat: campo com afloramentos rochosos. Botanik 23(13): 35. 1931. (Fig. 3B) Observações: espécie semelhante à Galactia Habitat: campo com afloramentos rochosos. marginalis, da qual difere pelos racemos axilares, com Observações: ervas ou subarbustos prostrados a pedúnculos de até 6 cm de comprimento, com 1-3 nós na ascendentes. Folhas digitado-trifolioladas, folíolos parte apical e com 1-2 flores purpúreas por nó. cartáceos, conduplicados, pêndulos. Racemos axilares, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO multifloros, flores purpúreas, muito vistosas. Esta espécie SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro da apresenta grande potencial ornamental. Grota, 30º21’59,1”S 51º01’15,8”W, 23 out. 2006, R. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Lüdtke 652 (ICN). SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro da Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut Grota, 30º21’57,2”S 51º01’17,1”W, 23 out. 2006, R. (1999). Lüdtke 651 (ICN). 12. Indigofera L. Sp. Pl. 2: 751. 1753. 1. Ervas prostradas a ascendentes; folíolos glandulosos na face dorsal; legumes retos ...... I. sabulicola 1’. Arbustos ou subarbustos eretos; folíolos sem glândulas; legumes encurvados ...... I. suffruticosa 12.1. Indigofera sabulicola Benth. Fl. Bras. 15(1): 40. próximo à Lagoa Negra, 30º23’47,2”S 50º57’15”W, 20 1859. (Fig. 2A) nov. 2006, S. T. S. Miotto 2408 (ICN). Habitat: encostas de dunas, beiras de estradas, campos Referência bibliográfica: Eisinger (1987). limpos com solos arenosos. Observações: ervas prostradas a ascendentes, 12.2. Indigofera suffruticosa Mill. Gard. Dict. 8(2). ramificadas, rizomatosas. Folhas com 5-7 folíolos, 1768. pubescentes, com tricomas biramosos (malpiguiáceos) de Nomes populares: anil, índigo. braços desiguais e com glândulas punctiformes marrons Habitat: campos arbustivos em topos de morros, a negras na face dorsal. Racemos com flores subsésseis interior de matas, solos arenosos. agrupadas no ápice, purpúreo-alaranjadas a rosadas. Observações: arbustos ou subarbustos eretos, com Legumes retos, vilosos, rostrados, plurisseminados, cerca de 1,2 m de altura, muito ramificados. Folhas com pêndulos. Espécie muito comum nas margens da Lagoa 7-11 pares de folíolos. Racemos multifloros, com flores Negra, nas dunas. rosadas a purpúreas. Legumes encurvados, lineares, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO pêndulos, com deiscência incompleta. Esta espécie SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 18 out. 1969, produz o corante natural anil ou índigo. M. L. Porto s.n. (ICN 7092); 24 dez. 1980, M. Sobral Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 546 (ICN); estrada de areia, Praia de fora, 30º23’00,5’’S SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 17 abr. 51º01’06,0’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 1980, M. Sobral 314 (ICN); dez. 1983, M. Sobral s.n. 2278 (ICN); Praia de Fora, 11 jan. 1988, S. A. Martins- (ICN 53673); Praia da Pedreira, 3 out. 2003, E. J. E. Mazzitelli 684 (HAS); 8 mar. 1988, M. L. Abruzzi 1504 Silva et al. s.n. (ICN 125103); próximo à Lagoa Negra, (HAS); 27 out. 1988, S. A. Martins-Mazzitelli 768 (HAS); 30º23’48,1”S 50º57’14,6”W, 20 nov. 2006, S. T. S. Miotto 23 jan. 1990, A. L. Bonotto 34 (HAS); 30º23’10,7’’S 2409 (ICN). 51º01’12,8’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke 427 (ICN); Referência bibliográfica: Eisinger (1987). 13. Lathyrus L. Sp. Pl. 2: 729-734. 1753. 1. Ramos não alados; folíolos cartáceos, com venação muito proeminente em ambas as faces; racemos com (5) 6-11 (13) flores...... L . nervosus 1’. Ramos alados em direção ao ápice; folíolos membranáceos, com venação não proeminente; racemos com (1) 2 (3) flores ...... L. crassipes 13.1. Lathyrus crassipes Gillies ex Hook. et Arn. Bot. azuis, roxas ou lilases. Miscell. 3: 198. 1832 [1833]. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Habitat: campos graminosos. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 1 set. 1983, Observações: trepadeiras escandentes, delicadas, M. Sobral 2185 (ICN). com gavinhas simples ou ramificadas, ramos com alas Referência bibliográfica: Neubert & Miotto (2001). estreitas em direção ao ápice. Folhas com um par de folíolos glabros, com nervuras conspícuas na face dorsal; 13.2. Lathyrus nervosus Lam. Encyclop. Méth. Bot. 2: estípulas sagitadas. Racemos com (1) 2 (3) flores apicais, 708. 1786 [1788]. (Fig. 3F)

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Habitat: campos com solos arenosos. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Observações: trepadeiras escandentes, com gavinhas SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada para ramificadas. Folhas com um par de folíolos glaucos, Praia da Pedreira, 2 agos. 2002, M. Pinheiro 543 (ICN); glabros, com nervuras proeminentes em ambas as faces; 30º21’07,7’’S 51º02’22,0’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke estípulas sagitadas, grandes, foliáceas, ovais. Racemos & M. Spier 478 (ICN). com (5) 6-11 (13) flores, distribuídas na metade superior; Referência bibliográfica: Neubert & Miotto (2001). flores azuladas, roxas a branco-arroxeadas. 14. Lupinus L. Sp. Pl. 2: 721-722. 1753. 1. Brácteas persistentes; folíolos subvelutinos em ambas as faces; flores lilases, estandarte com mancha central branca ...... L. bracteolaris 1’. Brácteas caducas; folíolos densamente seríceos em ambas as faces; flores violeta, estandarte com mancha central alaranjada ...... L. multiflorus 14.1. Lupinus bracteolaris Desr. Encyclop. Méth. Bot. 3: 624. 1791 [1789]. (Fig. 3D) 3: 622. 1791 [1789]. Nome popular: tremoço. Nome popular: tremoço. Habitat: campo com afloramentos rochosos no topo Habitat: dunas. dos morros graníticos. Observações: caules esparsa ou densamente velutinos. Observações: caule densamente seríceo a subseríceo. Folhas digitadas, com 3-7 (8) folíolos. Racemos laxifloros, Folhas unifolioladas a trifolioladas na base, as demais terminais, com (3) 10-20 flores lilases, estandarte com 5-7 folioladas. Racemos densifloros, terminais, com mancha central branca. 20-80 flores violeta, estandarte com mancha central Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO alaranjadas. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 16 nov. 1987, M. L. Abruzzi 1323 (HAS). SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 24 out. 1975, Referência bibliográfica: Pinheiro & Miotto (2001). C. R. Dillenburg 47 (ICN). Referência bibliográfica: Pinheiro & Miotto (2001). 14.2. Lupinus multiflorus Desr. Encyclop. Méth., Bot. 15. Macroptilium (Benth.) Urb. Symb. Antill. 9(4): 457. 1928. 1. Pedúnculo floral sem fascículo de brácteas na base; alas amarelas com estrias castanhas .... M. prostratum 1’. Pedúnculo floral com fascículo de brácteas na base; alas rosado-alaranjadas ...... M. erythroloma 15.1. Macroptilium erythroloma (Mart. ex Benth.) Urb. deiscência elástica. Symb. Antill. 9: 457. 1928. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Habitat: campo com afloramentos rochosos e em solos SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 24 out. 1975, arenosos. C. R. Dillenburg 49 (ICN); trilha da Pedra da Visão, Observações: trepadeiras volúveis. Folíolos 30º21’41,4’’S 51º01’43,8’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. panduriformes ou lobados, pubescentes em ambas as Miotto & M. Spier 2265 (ICN). faces. Racemos axilares, pedúnculos com um fascículo Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut de brácteas na base. Flores rosado-alaranjadas. Legumes (1999). com cerca de 10 sementes, levemente arqueados, com deiscência elástica. 16. Poiretia Vent. Mém. Cl. Sci. Math. Inst. Natl. France Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 8: 4-6. 1807. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, entroncamento 16.1. Poiretia tetraphylla (Poir.) Burkart Darwiniana da Praia de Fora e Pedreira, 30º21’03,75’’S 51º01’45,3’’W, 3: 224. 1939. 10 nov. 2005, R. Lüdtke 489 (ICN); Morro do Araçá, 25 Habitat: campos arbustivos, campos com afloramentos mar. 2003, M. Pinheiro 516 (ICN). rochosos. Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut Observações: folhas com 2 pares de folíolos, os (1999). apicais maiores que os basais, cobertos de glândulas punctiformes amarelas. Flores amarelas, com o cálice 15.2. Macroptilium prostratum (Benth.) Urb. Symb. e a corola glandulosos. Legume lomentiforme, com Antill. 9: 457. 1928. (Fig. 1A) 1-4 sementes, aplanado, com ala ventral, indeiscente, Habitat: campos com afloramentos rochosos, glanduloso. graminosos a arbustivos. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Observações: ervas prostradas ou volúveis. Folíolos SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro do cartáceos, pubescentes em ambas as faces. Racemos Araçá, 8 dez. 2003, M. Pinheiro 512 (ICN); trilha do axilares, com longos pedúnculos. Flores amarelas, Araçá, Praia da Pedreira, 30°21’41,3”S 51°02’39,9”W, estandarte com estrias castanhas. Legumes com 2-4 22 dez. 2005, R. Lüdtke 483 (ICN); trilha do Morro da sementes, brevemente arqueados ou falcados, com Fortaleza, 30º21’11,1”S 50º03’07,7”, 9 dez. 2006, S. T.

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S. Miotto 2424 (ICN). Referência bibliográfica: Janke et al. (1988).

17. Rhynchosia Lour. Fl. Cochinch. 425-460. 1790. 1. Folíolos reticulado-rugosos (bulados) em ambas as faces ...... R. corylifolia 1’. Folíolos não reticulado-rugosos. 2. Fascículos corimbiformes, axilares, paucifloros, menores que as folhas; folhas pinado-trifolioladas ...... R . diversifolia 2’. Racemos axilares, multifloros, superando as folhas; folhas unifolioladas ou pinado- trifolioladas ...... R. hauthalii

17.1. Rhynchosia corylifolia Mart. ex Benth. Fl. Bras. 22 dez. 2005, R. Lüdtke 481 (ICN). 15(1): 202. 1859. (Fig. 2E) Referência bibliográfica: Miotto (1988). Habitat: campos com afloramentos rochosos, campos graminosos a arbustivos. 17.3. Rhynchosia hauthalii Harms ex Kuntze Revis. gen. Observações: ervas prostradas, às vezes, com ramos plant. 3(2): 60.1898. ascendentes a eretos. Folíolos suborbiculares, orbiculares Habitat: campos graminosos a arbustivos. a oblatos, os laterais menores e assimétricos, discolores. Observações: ervas prostradas ou volúveis. Folíolos Racemos corimbiformes, axilares eretos, mais longos que largo-ovalados, orbiculares ou oblatos, os laterais, quando as folhas. Flores amarelas. presentes, menores e assimétricos, cartáceos, reticulados. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Flores amarelas. Espécie rara no Estado. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, entroncamento Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO da Praia de Fora e Pedreira, 30º21’03,75’’S 51º01’45.3’’W, SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, trilha da Pedra 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 473 (ICN); Morro da Visão, 30º21’51,0’’S 51º01’42,5’’W, 15 dez. 2005, S. do Araçá, 8 dez. 2003, M. Pinheiro 515 (ICN); Praia de T. S. Miotto & M. Spier 2271 (ICN). Fora, 11 nov. 1987, M. L. Abruzzi 1299 (HAS); trilha da Referência bibliográfica: Miotto (1988). Pedra da Visão, 30º21’41,4’’S 51º01’43,8’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2266 (ICN); trilha do 18. Sellocharis Taub. Flora 72: 421. 1889. Morro da Fortaleza, 30º21’11,1”S 50º03’07,7”W, 9 dez. 18.1. Sellocharis paradoxa Taub. Flora 72: 422. 1889. 2006, S. T. S. Miotto 2423 (ICN). (Fig. 2D) Referência bibliográfica: Miotto (1988). Habitat: campo com afloramentos rochosos. Observações: subarbustos com 5-7 folhas simples, 17.2. Rhynchosia diversifolia Micheli Mém. Soc. Phys. verticiladas, com flores amarelas e fruto do tipo legume. Genève 28(7): 33. 1883. O gênero é monotípico e a única espécie foi descrita a Habitat: campos com afloramentos rochosos, campos partir de um espécime coletado no sudeste do Brasil. graminosos a arbustivos. O Parque Estadual de Itapuã é um dos raros locais de Observações: ervas ou subarbustos eretos, ascendentes ocorrência desta espécie. a decumbentes. Folíolos ovalados, suborbiculares ou Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO largo-elípticos, os laterais menores e assimétricos, SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, trilha da Pedra cartáceos, reticulados. Flores amarelas. da Visão, 250m na trilha, 30º21’47,8’’S 51º01’42,5’’W, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2268 (ICN); 22 SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro do dez. 2005, R. Lüdtke 488 (ICN). Araçá, 13 dez. 2003, M. Pinheiro 511 (ICN); trilha do Referência bibliográfica: Polhill (1976). Araçá, Praia da Pedreira, 30°21’41,3”S 51°02’39,9”W,

19. Sesbania Scop. Intr. Hist. Nat. 308-309. 1777. 1. Folhas geralmente com 7-18 pares de folíolos; flores alaranjadas a vermelhas; legume deiscente, com quatro alas longitudinais, coriáceas a papiráceas ...... S. punicea 1’. Folhas geralmente com 10-20 pares de folíolos; flores amarelas; legume indeiscente, marginado ou tetrágono, levemente moniliforme ...... S. virgata 19.1. Sesbania punicea (Cav.) Benth. Fl. Bras. 15(1): Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 43. 1859. (Fig. 1F) SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 22 dez. 1948, Nome popular: acácia-de-flores-vermelhas. B. Rambo 39115 (PACA); beira da Lagoa Negra, Praia de Habitat: dunas primárias na beira da Lagoa dos Patos, Fora, 30º22’44,8’’S 51º00’1,7’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke solo arenoso, encharcado, na beira da Lagoa Negra, em & M. Spier 457 (ICN); 30º22’46,7’’S 51º00’23,2’’W, 15 solo úmido, em beira de estrada. dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2283 (ICN); Praia de Observações: folhas geralmente com 7-18 pares de Fora, 20 dez. 1990, M. L. Abruzzi 2384 (HAS); 30º23’11, folíolos. Racemos axilares, com flores vermelhas ou 0”S 51º01’15,4”W, 23 out. 2006, R. Lüdtke 601 (ICN); alaranjadas, grandes, vistosas. Legume reto, pêndulo, Praia do Tigre, fev. 1981, R. Bueno s.n. (ICN 51917); tetralado, deiscente. próximo à Lagoa Negra, 30º23’48,1”S 50º57’14,6”W,

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20 nov. 2006, S. T. S. Miotto 2411 (ICN). moniliforme. Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO (1999). SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada de areia, Praia de Fora, 30º23’00,5’’S 51º01’06,0’’W, 15 19.2. Sesbania virgata (Cav.) Pers. Syn. Pl. (2): 316. dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2279 (ICN); Praia 1807. de Fora, 16 nov. 1987, O. Bueno 5143 (HAS); 20 dez. Habitat: dunas, campos com solos arenosos. 1990, M. L. Abruzzi 2383 (HAS). Observações: folhas geralmente com 10-20 pares Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut de folíolos. Racemos axilares com flores amarelas. (1999). Legume reto, rostrado, não alado, indeiscente, levemente 20. Stylosanthes Sw. Prod. 7: 108. 1788. 1. Ervas a subarbustos eretos a suberetos; lomentos com um artículo fértil ...... S. montevidensis 1’. Ervas a subarbustos eretos, decumbentes a prostrados; lomentos com dois artículos férteis ...... S. leiocarpa 20.1. Stylosanthes leiocarpa Vogel Linnaea 12: 64. S. Miotto 2405 (ICN). 1838. Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut Habitat: dunas, campos secos de restinga, com solo (1999). arenoso. 20.2. Stylosanthes montevidensis Vogel Linnaea 12: 67. Observações: folíolos elípticos, apiculados, 1838. (Fig. 3A) pubescentes. Espigas alongadas, apicais, multifloras, Habitat: campo com afloramentos rochosos nas flores amarelas. Lomento reticulado, glabro, artículo encostas dos morros. apical com rostro longo, bisseminado. Observações: folhas caducas nos indivíduos que já Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO frutificaram, conferindo à planta um aspecto juncóide. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada para Folíolos linear-lanceolados até acuminados. Espigas Praia da Pedreira, 30º21’33,2’’S 51º02’43,5’’W, 10 nov. globosas, apicais, multifloras, flores amarelas. Lomento 2005, R. Lüdtke & M. Spier 477 (ICN); estrada de asfalto muito pubescente e marcadamente reticulado, com rostro para Praia de Fora, 30º21’40,6’’S 51º01’45,2’’W, 15 dez. recurvo, espiralado, unisseminado. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2275 (ICN); 15 dez. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2276 (ICN); Praia de SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 1 abr. 1984, Fora, 11 jan. 1988, S. A. Martins-Mazzitelli 700 (HAS); 8 M. Sobral 2959 (ICN). mar. 1988, M. L. Abruzzi 1506 (HAS); próximo à Lagoa Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut Negra, 30º23’27,3”S 50º58’28,6”W, 20 nov. 2006, S. T. (1999). 21. Vigna Savi Nuovo Giorn. Lett. 8: 113. 1824. 1. Folíolos oval-lanceolados a rômbicos; flores amarelas, creme-esbranquiçadas ou brancas com manchas violáceas; legumes com 11-16 sementes ...... V. adenantha 1’. Folíolos oblongos a quase lineares; flores azuis, violáceas ou roxas; legumes com 6-11 sementes ...... V . peduncularis 21.1. Vigna adenantha (G. Mey.) Maréchal, Mascherpa (1999). & Stainier Taxon 27: 202. 1978. (Fig. 2B) Habitat: beiras de matas. 21.2. Vigna peduncularis (Kunth) Fawc. & Rendle Fl. Observações: trepadeiras volúveis, vigorosas, podendo Jamaica 4: 68. 1920. atingir vários metros de altura. Legumes com 11-16 Habitat: campo com afloramentos rochosos. sementes, lineares, falcados quando maduros, com as Observações: trepadeiras volúveis. Legumes com 6-11 suturas bem marcadas. sementes, lineares, comprimidos, eretos. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, beira da Lagoa SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro do Negra, Praia de Fora, 30º22’44,8’’S 51º00’1,7’’W, 10 nov. Araçá, 25 mar. 2003, M. Pinheiro 518 (ICN); fev. 2004, 2005, R. Lüdtke & M. Spier 458 (ICN); 30º22’47,4’’S M. Pinheiro 519 (ICN). 51º00’17,2’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut 2284 (ICN). (1999). Referência bibliográfica: Izaguirre & Beyhaut 22. Zornia J.F. Gmel. Syst. Nat. 2(2): 1076-1096. 1791 [1792]. 1. Lomentos com 3-5 artículos vilosos, ciliados ...... Z. linearifoliolata 1’. Lomentos com 7 artículos, glabros a pubérulos ...... Z. orbiculata 22.1. Zornia linearifoliolata N. Mattos Loefgrenia 90: Observações: ervas eretas, com cerca de 60 cm de 1. 1986. altura, pouco ramosas. Folíolos lineares. Habitat: campos graminosos e arbustivos. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO

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SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 8 dez. 1969, 22.2. Zornia orbiculata Mohlenbr. Webbia 16(1): 118. J. Vasconcellos & B. Irgang s.n. (ICN 7225); 22 fev. 1961. 1984, S. T. S. Miotto et al. 938 (ICN); estrada da Pedreira, Habitat: campos graminosos e arbustivos. 30º21’01,2”S 51º02’18,1”W, 9 dez. 2006, S. T. S. Miotto Observações: ervas prostradas, ramificadas, glabras. 2415 (ICN); Praia de Fora, estrada para a Lagoa Negra, Folíolos lanceolados a estreitamente ovados. 30º22’58,5”S 51º01’02,3”W, 23 out. 2006, R. Lüdtke Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 603 (ICN); próximo à Lagoa Negra, 30º22’55,1”S SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, arredores do 51º00’09”W, 20 nov. 2006, S. T. S. Miotto 2403 (ICN); Morro da Grota, no Lajeão, 30º21’44,0”S 51º01’43,0”W, 23 out. 2006, R. Lüdtke 653 (ICN); final da trilha da trilha do Araçá, Praia da Pedreira, 30°21’41,3”S Pedra da Visão, 1200 m de trilha, 23 out. 2006 R. Lüdtke 51°02’39,9”W, 22 dez. 2005, R. Lüdtke 485 (ICN); trilha 604 (ICN); Morro do Araçá, 8 dez. 2002, M. Pinheiro da Pedra da Visão, 30º21’48,9’’S 51º14’11’’W, 15 dez. 432 (ICN); Praia das Pombas, 16 out. 1983, A. Rego & 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2270 (ICN). Pedralli s.n. (ICN 101817). Referência bibliográfica: Mattos (1987). Referência bibliográfica: Mattos (1987).

Chave para os gêneros da subfamília Mimosoideae ocorrentes no PEI

1. Folhas paripinadas...... Inga 1’. Folhas bipinadas ou filódios. 2. Frutos articulados do tipo craspédio...... Mimosa 2’. Frutos não articulados. 3. Frutos do tipo legume bacóide...... Enterolobium 3’. Frutos do tipo legume deiscente ou com deiscência elástica. 4. Ervas ou subarbustos...... Desmanthus 4’. Arbustos, arvoretas ou árvores. 5. Estames longos, 4 vezes maiores que o comprimento da corola. 6. Arbustos; com até 5 pares de folíolos; estames vermelhos ou brancos e rosados ..... 6’. Árvores; com 6-10 pares de folíolos; estames brancos ...... Albizia 5’. Estames curtos, 2 vezes maiores que o comprimento da corola. 7. Filódios; estames amarelo-ouro...... Acacia 7’. Folhas bipinadas; estames amarelo-creme...... Senegalia

23. Acacia Mill. Gard. Dict. Abr. 4(1). 1754. 24. Albizia Durazz. Mag. Tosc. 3(4): 13-14. 1772. 23.1. Acacia longifolia *(Andrews) Willd. Sp. Pl. 4(2): 24.1. Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W. Grimes 1052. 1806. (Fig. 4E) Mem. New York Bot. Gard. 74(1): 209. 1996. Nome popular: acácia-da-austrália. Habitat: margens da Lagoa Negra, em solo arenoso. Habitat: dunas. Observações: folhas bipinadas, com 6-10 pares de Observações: filódios lanceolados, com duas nervuras folíolos. Panículas de capítulos globosos, pedunculados, principais. Espigas axilares, mais curtas que as folhas. com cerca de 15-20 flores. Legume reto, glabro ou glabrescente, lustroso, comprimido, papiráceo, de Espécie originária da Austrália, freqüentemente cultivada margem proeminente e faces transversalmente venosas, como ornamental e para sombra. Muito empregada na com 12-18 cm de comprimento, deiscente. fixação de dunas. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, às margens SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, da Lagoa Negra, 1 abr. 1982, M. Santos & M. Sobral 12 agos. 2003, A. A. Schneider 53 (ICN). s.n. (ICN 51719). Referência bibliográfica: Burkart (1979). Referência bibliográfica: Barneby & Grimes (1996). 25. Calliandra Benth. J. Bot. 2(11): 138-141. 1840. 1. Folhas com um par de folíolos; estames com filetes bicolores: brancos na base e rosados no ápice ...... C. brevipes 1’. Folhas com 3-5 pares de folíolos; estames vermelhos ...... C. tweediei

25.1. Calliandra brevipes Benth. J. Bot. 2 (11): 140. pela cor dos estames que em C. brevipes são branco- 1840. (Fig. 4B) rosados. Empregada como planta ornamental pela forma Nomes populares: angiquinho, quebra-foice, sarandi. de sua copa e densa folhagem e pelas inflorescências Habitat: em local muito alterado à beira do lago Guaíba, vistosas. É muito utilizada em cercas-vivas. provavelmente plantada neste local, solo arenoso. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE Observações: diferencia-se de Calliandra tweediei DO SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 280 Miotto et al. da Pedreira, beira do Lago Guaíba, 30º21’30,4”S onde apresenta um longo período de floração. 51º02’48,5”W, 9 dez. 2006, S. T. S. Miotto 2418 (ICN). Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Referência bibliográfica: Burkart (1979). SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 1 set. 1983, M. Sobral 2191 (ICN); 22 fev. 1984, S. T. S. Miotto et al. 934 25.2. Calliandra tweediei Benth. J. Bot. 2(11): 140. (ICN); 16 set. 2003, M. B. Wiesbauer s.n. (ICN 128951); 1840. (Fig. 4A) estrada para Praia de Fora, 30º22’04,0’’S 51º01’39,4’’W, Nomes populares: topete-de-cardeal, quebra-foice. 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 466 (ICN); Praia de Habitat: beira de mata de restinga, em solos arenosos Fora, 4 set. 1987, M. L. Abruzzi 1232 (HAS); 24 maio e na borda da mata na base dos morros graníticos. 1988, S. A. Martins-Mazzitelli 737 (HAS); 20 dez. 1990, Observações: flores com longos estames vermelhos. M. L. Abruzzi 2387 (HAS). Adaptada à poda, muito empregada no cultivo em jardins, Referência bibliográfica: Burkart (1979).

26. Desmanthus Willd. Sp. Pl. 4(2): 1044. 1806. 1. Pedúnculos com 0,2-0,8 cm compr.; inflorescências com cerca de 10 flores; legumes com 1,5-3,5 cm compr. ....D. tatuhyensis 1’. Pedúnculos com 0,8-7 cm compr.; inflorescências com cerca de 18 flores; legumes com 3,5-9 cm compr. ...D. virgatus 26.1. Desmanthus tatuhyensis Hoehne Revista Mus. Habitat: beira e interior de mata. Paul. Univ. São Paulo 10: 655.1918. Observações: árvore caducifólia, casca grisácea, Nome popular: anil-de-bode. madeira leve, branca, folhagem glabra. Folhas bipinadas, Habitat: campos graminosos e arbustivos. com 2-7 pares de folíolos. Capítulos hemisféricos, Observações: folhas bipinadas com (1) 2-4 pares com 10-20 flores, pedunculados, em racemos axilares, de folíolos. Flores com estames brancos. Legumes menores que as folhas. Estames brancos. Legume fasciculados, eretos, com 1,5-3,5 cm de comprimento, bacóide, arredondado, negro, persistindo no inverno marginados. sobre a árvore sem folhas. Planta pioneira, de crescimento Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO muito rápido em formações secundárias. Importante para SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 650 m na iniciar a recuperação de áreas degradadas, com solos trilha da Pedra da Visão, 30º22’00,0”S 51º01’50,6”W, pobres. 23 out. 2006, R. Lüdtke 605 (ICN); trilha do Morro da Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Fortaleza, 30º21’12,0”S 51º03’04,8”W, 9 dez. 2006, S. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, T. S. Miotto 2419 (ICN). 11 nov. 1987, M. L. Abruzzi 1310 (HAS). Referência bibliográfica: Burkart (1979). Referências bibliográficas: Burkart (1979), Backes & Irgang (2002). 26.2. Desmanthus virgatus (L.) Willd. Sp. Pl. 4(2): 1047. 1806. 28. Inga Mill. Gard. Dict. Abr. 4 (2). 1754. Nome popular: anil-de-bode. 28.1. Inga vera Kunth subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. Habitat: campos graminosos e arbustivos. Gen. Inga: Bot.: 716. 1997. Observações: folhas bipinadas com (1) 2-7 pares Nome popular: ingá-banana. de folíolos. Flores com estames brancos. Legumes Habitat: beira e interior de mata. digitados, eretos, lineares, mucronados, marginados, Observações: arvoreta com pubescência curta, escassa, com marcas oblíquas entre sementes, com 3,5-9 cm de bronzeada. Folhagem escura, ramos com lenticelas. comprimento. Folhas paripinadas, com (3) 4-5 (7) pares de folíolos, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO ráquis e curto pecíolo alados. Folíolos discolores, face SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de ventral mais escura, face dorsal mais pálida. Espigas Fora, 30º23’10,7’’S 51º01’12,8’’W, 10 nov. 2005, R. axilares, pedunculadas, flores bronzeado-tomentosas, Lüdtke & M. Spier 464 (ICN); trilha da Pedra da Visão, estames numerosos, brancos. Legume aveludado a 30º22’06,7’’S 51º01’51,3’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. bronzeado-tomentoso, pouco arqueado, coriáceo, com Miotto & M. Spier 2272 (ICN). os bordos proeminentes. O arilo das sementes é escasso, Referência bibliográfica: Burkart (1979). mas pode ser comestível. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 27. Enterolobium Mart. Flora 20(2): 117. 1837. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 1 jan. 1985, 27.1. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong. M. Sobral 3704 (ICN). Ann. New York Acad. Sci. 7: 102. 1893. Referência bibliográfica: Burkart (1979), Pennington Nomes populares: timbaúva, orelha-de-negro, orelha- (1997). de-macaco. 29. Mimosa L. Sp. Pl. 1: 516-523. 1753. 1. Arbustos ou arvoretas com até 5(8) m alt. 2. Plantas inermes, com tricomas estrelados (lepidotos); folhas com um par de folíolos ...... M. incana 2’. Plantas aculeadas, sem tricomas estrelados; folhas com 2 – 15 pares de folíolos.

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3. Panículas de capítulos globosos; estames brancos...... M. bimucronata 3’. Capítulos globosos ou ovóides; estames rosados...... M. pigra 1’. Arbustos, subarbustos ou ervas, com até 1,5 m alt. 4. Folhas com um a três pares de folíolos...... M. sanguinolenta 4’. Folhas com somente um par de folíolos...... M. schleidenii 29.1. Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze, Revis. Gen. 30º23’10,7’’S 51º01’12,8’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke Pl. 1: 198. 1891. (Fig. 4F) & M. Spier 461 (ICN); Praia da Pedreira, 30º21’30,4”S Nome popular: maricá. 51º02’48,5”W, 9 dez. 2006, S. T. S. Miotto 2426 (ICN). Habitat: beira de mata de restinga. Referência bibliográfica:Burkart (1979). Observações: plantas muito ramificadas e aculeadas. Folhas com 4-9 pares de folíolos. Inflorescências em 29.4. Mimosa sanguinolenta Barneby, Mem. New York amplas panículas de capítulos globosos, que se expandem Bot. Gard. 65: 245. 1991. por cima da folhagem. Flores perfumadas e melíferas, Nome popular: juquiri. estames brancos. Craspédios lineares, muito achatados, Habitat: campos secos, com afloramentos rochosos. escuros quando maduros, com 4-8 artículos, glabros Observações: arbustos inermes, pouco ramificados, e inermes. Muito utilizada para cercas-vivas. Possui freqüentemente com xilopódio. Folhas com 1-3 pares madeira dura, com cerne avermelhado, própria para de folíolos, imbricados, subrígidos, foliólulos com marcenaria, carpintaria, moirões, lenha e carvão. três nervuras salientes. Capítulos axilares e globosos; Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO flores diplostêmones; estames rosados a purpúreos. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, ao longo da Craspédios oblongos, achatados, não articulados, com trilha para a Praia de Fora, 30º22’55,1”S 51º01’18,1”W, 1-5 sementes. 20 nov. 2006, S. T. S. Miotto 2406 (ICN); Praia de Fora, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO 8 mar. 1988, M. L. Abruzzi 1511 (HAS); 25 mar. 1988, SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, estrada de M. L. Abruzzi 1533 (HAS); 30º23’10,7’’S 51º01’12,8’’W, areia, Praia de Fora, 30º23’00,5’’S 51º01’06,0’’W, 15 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 463 (ICN). dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2282 (ICN); trilha Referência bibliográfica: Burkart (1979). do Araçá, Praia da Pedreira, 30°21’41,3”S 51°02’39,9”W, 22 dez. 2005, R. Lüdtke 482 (ICN). 29.2. Mimosa incana (Spreng.) Benth. J. Bot. 4(31): Referência bibliográfica: Barneby (1991). 387. 1841. (Fig. 4D) Nome popular: vassoura-branca. 29.5. Mimosa schleidenii Herter Revista Sudamer. Bot. Habitat: em regiões úmidas e pantanosas, com 7: 208. 1943. vegetação arbustiva. Nome popular: juquiri. Observações: o epíteto específico se refere ao Habitat: campo com afloramentos rochosos. indumento de tricomas estrelados abundantes (lepidotos), Observações: subarbustos ou ervas prostradas a dando um aspecto esbranquiçado às plantas. As ascendentes, inermes e glabros. Folhas com foliólulos inflorescências são capítulos globosos, axilares; as flores discolores, binervados, glabros, com nervura marginal são isostêmones; estames rosados. Craspédios com 1-4 saliente e clara. Capítulos axilares, com pedúnculos muito artículos. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE mais longos que as folhas, com 6-16 cm de comprimento; DO SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 1 set. flores isostêmones, estames rosados. 1983, M. Sobral 2223 (ICN). Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Referência bibliográfica: Lins (1984). SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 18 out. 1969, L. R. M. Baptista & A. R. Schultz s.n. (ICN 7094); Morro 29.3. Mimosa pigra L. Cent. Pl. I: 13-14. 1755. (Fig. do Araçá, 16 nov. 2003, M. Pinheiro 431 (ICN). 4C) Referência bibliográfica: Burkart (1979). Nome popular: malícia-de-boi. Habitat: solos arenosos, úmidos, na beira de lagos, 30. Senegalia Rafinesque, Sylva telluriana 119. 1838. riachos, rios ou banhados. 30.1. Senegalia bonariensis (Gillies ex Hook. & Arn.) Observações: arbustos robustos, densamente Seigler & Ebinger Phytologia 88(1): 50. 2006. bronzeados ou ferrugíneo-hirsutos. Folhas grandes, Nomes populares: unha-de-gato, cipó-unha-de-gato. com 5-15 pares de folíolos, sensitivas ao tato e à luz. Habitat: beira de mata de restinga. Capítulos globosos ou ovóides, axilares ou em curtos Observações: arbustos aculeados, às vezes escandentes. racemos apicais. Flores diplostêmones com estames Folhas amplas, bipinadas, com 4-11 pares de folíolos. rosados. Lomentos lineares, achatados, com 5-10 cm Capítulos elípticos a oblongos, fasciculados, reunidos em de comprimento, com 7-21 artículos retangulares, racemos ou panículas terminais. Estames amarelo-creme. setulosos. Legume plano, deiscente, oblongo, obtuso e mucronado. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Pode formar cercas-vivas impenetráveis. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 282 Miotto et al.

SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Praia de Fora, Referência bibliográfica: Burkart (1987), Seigler et 25 mar. 1988, M. L. Abruzzi 1532 (HAS); 20 dez. 1988, al. (2006). M. L. Abruzzi 1697 (HAS). Chave para os gêneros da subfamília Caesalpinioideae ocorrentes no PEI 1. Árvores; folhas bipinadas; fruto sâmara...... Peltophorum 1’. Arbustos ou subarbustos; folhas paripinadas; legumes bacóides ou com deiscência elástica. 2. Flores com duas bractéolas; androceu actinomorfo...... Chamaecrista 2’. Flores sem bractéolas; androceu zigomorfo...... Senna

31. Chamaecrista Moench Methodus: 272. 1794. 1. Folhas com (4) 5-10 (12) pares de folíolos...... C. repens 1’. Folhas com (9) 12 ou mais pares de folíolos. 2. Ramos angulosos, flexuosos; folhas com (25) 27-42 (55) pares de folíolos; inflorescências axilares ...... C . flexuosa 2’. Ramos cilíndricos, retos; folhas com (9) 12-22 (26) pares de folíolos; inflorescências extra-axilares ...... C. nictitans subsp. patellaria var. ramosa 31.1. Chamaecrista flexuosa (L.) Greene, Pittonia 4: SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, entroncamento 27. 1899. (Fig. 5B) da Praia de Fora e Pedreira, 30º21’03,75’’S 51º01’45,3’’W, Nome popular: peninha. 10 nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 474 (ICN); estrada Habitat: em campo de restinga, dunas na beira da para Praia de Fora, 30º21’32,3’’S 51º01’50,6’’W, 10 Lagoa Negra. nov. 2005, R. Lüdtke & M. Spier 471 (ICN); trilha para Observações: folhas com (25) 26 a 55 pares de o Morro da Grota, 30º21’53,0”S 51º01’22,4”W, 23 out. folíolos, pulvino com 1 ou 2 nectários extraflorais sésseis 2004, R. Lüdtke 655 (ICN); trilha da Pedra da Visão, a subsésseis, pateliformes, circulares. Inflorescências 30º21’47,8’’S 51º01’42,5’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. em fascículos axilares, com 1-2 (3) flores amarelas. Miotto & M. Spier 2269 (ICN). Trata-se de uma espécie colonizadora que pode formar Referência bibliográfica: Camargo & Miotto (2004). densos agrupamentos. Espécie bastante promissora para ser utilizada em experimentos de recuperação de áreas 31.3. Chamaecrista repens (Vogel) H.S. Irwin & Barneby degradadas, principalmente em ambientes de restinga. Mem. New York Bot. Gard. 35(2): 742. 1982. Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Habitat: campo com afloramentos rochosos, campo SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 22 dez. 1948, arbustivo. B. Rambo 39081 (PACA); 23 dez. 1949, B. Rambo Observações: folhas com (4) 5-10 (12) pares de 44940 (PACA); beira da Lagoa Negra, Praia de Fora, folíolos; 1(2) nectários extraflorais com estípite curto e 30º22’44,8’’S 51º00’1,7’’W, 10 nov. 2005, R. Lüdtke dilatado no pecíolo. Fascículos extra-axilares, com 1-5 & M. Spier 459 (ICN); estrada para a Lagoa Negra, (6) flores amarelo-ouro. 30º22’57,4”S 51º00’59,9”W, 4 jan. 2007 R. Lüdtke 699 Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO (ICN); estrada de areia, Praia de Fora, 30º23’00,5’’S SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, Morro do 51º01’06,0’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier Araçá, 12 dez. 2003, M. Pinheiro 517 (ICN); trilha do 2281 (ICN); Praia de Fora, 13 jan. 1990, A. L. Bonotto 33 Araçá, Praia da Pedreira, 30°21’41,3”S 51°02’39,9”W, (HAS); 20 dez. 1990, A. L. Bonotto 167 (HAS); próximo 22 dez. 2005, R. Lüdtke 484 (ICN); trilha do Morro da à Lagoa Negra, 30º22’55,1”S 51º00’09”W, 20 nov. 2006, Fortaleza, 30º21’11,1”S 50º03’07,7”W, 9 dez. 2006, S. S. T. S. Miotto 2404 (ICN). T. S. Miotto 2422 (ICN). Referências bibliográficas: Bortoluzzi (2004), Referências bibliográficas: Bortoluzzi (2004), Camargo & Miotto (2004). Camargo & Miotto (2004).

31.2. Chamaecrista nictitans (L.) Moench subsp. 32. Peltophorum (Vogel) Benth. J. Bot. 2(10): 75. patellaria (Collad.) H.S. Irwin & Barneby var. ramosa 1840. (Vogel) H.S. Irwin & Barneby Mem. New York Bot. Gard. 32.1. Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. , Nat. 35(2): 818. 1982. (Figs. 5A, 5C, 5E) Pflanzenfam. 3(3): 176. 1892. Habitat: campos graminosos ou arbustivos, solo Nome popular: canafístula arenoso. Habitat: restinga, com solo arenoso. Observações: folhas com cerca de (9) 12-22 (26) pares Observações: árvores caducifólias. Folhas com 14-19 de folíolos, com nervura principal fortemente excêntrica pares de folíolos. Panículas terminais com flores amarelo- distalmente, pulvino com 1-3 nectários extraflorais ouro. Legumes samaróides, fusiformes, lateralmente sésseis a subsésseis, pateliformes a urceolados, fascículos alados, reticulados. Espécie com ampla difusão no sul supra-axilares, com 1-3 (4) flores amarelo-claras. do Brasil, apresentando crescimento rápido. Pela sua Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO densa folhagem, além de vistosa e duradoura floração

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é amplamente empregada como planta ornamental na Aeschynomene sensitiva, Desmodium adscendens, arborização urbana. Indigofera sabulicola, Lupinus bracteolaris, Sesbania Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO punicea, S. virgata e Stylosanthes leiocarpa. SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, próximo à Muitas espécies da família ocorrem nos campos Lagoa do Meio, 30º23’59,4”S 50º57’18,3”W, 20 nov. graminosos e/ou arbustivos, com afloramentos rochosos, 2006, S. T. S. Miotto 2412 (ICN). no topo dos morros graníticos, destacando-se: Desmanthus Referência bibliográfica: Bortoluzzi (2004). tatuhyensis, D. virgatus, Mimosa sanguinolenta, M. schleidenii; Chamaecrista repens, Aeschynomene 33. Senna Mill. Gard. Dict. Abr. 4(3). 1754. falcata, Galactia marginalis, G. pretiosa, G. neesii var. 33.1. Senna corymbosa (Lam.) H.S. Irwin & Barneby australis, Collaea stenophylla, Crotalaria tweediana, Mem. New York Bot. Gard. 35: 397. 1982. (Fig. 5D) Eriosema tacuaremboense, Rhynchosia diversifolia, R. Nome popular: fedegoso corylifolia, Macroptilium prostratum, M. erythroloma, Habitat: beira de mata. Poiretia tetraphylla, Lupinus multiflorus, Sellocharis Observações: subarbustos ou arbustos com 1-3 m de paradoxa e Stylosanthes montevidensis. altura. Folhas com 2-3 (4) pares de folíolos. Racemos axilares com 8-14 flores amarelo-ouro. Legumes bacóides, pêndulos, retos, cilíndricos ou subcilíndricos, Agradecimentos apiculados. Planta ornamental, apresenta floração e Aos curadores dos herbários HAS, ICN e PACA pela frutificação abundantes, de fácil cultivo, muito utilizada solicitude prestada durante as visitas. A Michele Spier na arborização de ruas e praças, por apresentar porte Pereira pelo auxílio durante as coletas no PEI e na baixo e floração duradoura. organização de exsicatas no herbário ICN. À Secretaria Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO Estadual de Meio Ambiente/RS por viabilizar o acesso SUL: Viamão, Parque Estadual de Itapuã, 30 abr. 2005, dos pesquisadores ao Parque Estadual de Itapuã. Ao A. Ferreira & L. R. M. Baptista s.n. (ICN 7712); Morro CNPq pelo apoio financeiro concedido através do Edital do Araçá, 24 mar. 2003, M. Pinheiro 544 (ICN); trilha CNPq 19/2004-Universal. da Pedra da Visão, 30º22’15,0’’S 51º01’53,5’’W, 15 dez. 2005, S. T. S. Miotto & M. Spier 2273 (ICN). Referências bibliográficas: Bortoluzzi (2004), Referências Rodrigues et al. (2005). BACKES, P. & IRGANG, B. 2002. Árvores do Sul. Guia de Identificação e Interesse Ecológico. Instituto Souza Cruz, 326p. Considerações Gerais BARNEBY, R.C. & GRIMES, J.W. 1996. Silk , Guanacaste, Monkey’s Earring: A Generic System for the Synandrous Mimosaceae of the Comparando-se a flórula do Parque Estadual de Itapuã Americas. Part i. Abarema, Albizia, and allies. Memoirs oh the New York à flora do Rio Grande do Sul, com relação à família Botanical Garden, 74(1): 209-211. Leguminosae, observa-se que cerca de 46% dos gêneros BARNEBY, R.C. 1991. Sensitivae Censitae a description of the genus e 20% das espécies nativas estão representados no Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Mem. New York Parque. A subfamília Caesalpinioideae é a que apresenta Botanical Garden, 65. 835p. o menor número de gêneros e espécies, três e cinco, BORTOLUZZI, R.L.da C. 2004. A subfamília Caesalpinioideae respectivamente. No entanto, a subfamília Papilionoideae (Leguminosae) no estado de Santa Catarina, Brasil.Tese de Doutorado, é a mais bem representada, contribuindo com 40 espécies UFRGS, Porto Alegre, RS, 319p. incluídas em 22 gêneros. BRUMMIT, R.K. & POWELL, C.E. 1992. Authors of names. Kew, Royal Botanic Gardens. 732p. Considerando-se a grande diversidade de Habitats BURKART, A. 1979. Leguminosas Mimosoideas. In: Reitz, R. (ed.), Flora encontrados no Parque estima-se que, com a intensificação Ilustrada Catarinense, I Parte, 304p. de coletas, em diferentes épocas do ano, possa aumentar BURKART, A. 1987. Leguminosae. In: Burkart, S. N. T. de & Bacigalupo, o número de espécies ou mesmo de gêneros de N.M. (eds.). Flora Ilustrada de Entre Rios (Argentina), 6(3): 442-738. leguminosas. CAMARGO, R.A. & MIOTTO, S.T.S. 2004. O gênero Chamaecrista Nas áreas florestais podem-se encontrar: Enterolobium Moench (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Rio Grande do Sul. Iheringia, contortisiliquum, Inga vera subsp. affinis, Senna Ser. Bot. 59(2): 131-148. corymbosa, Canavalia bonariensis, Vigna adenantha, EISINGER, S.M. 1987. O gênero Indigofera L. (Leguminosae- Desmodium uncinatum. Papilionoideae-Indigofereae) no Rio Grande do Sul-Brasil. Acta botanica Em beiras ou interior de matas de restinga, destacam- brasilica, 1(2):123-140. se: Senegalia bonariensis, Calliandra tweediei, Mimosa FLORES, A.S. & MIOTTO, S.T.S. 2001. O gênero Crotalaria L. (Leguminosae-Papilionoideae) na Região Sul do Brasil. Iheringia, Ser. bimucronata, Centrosema virginianum, Dioclea violacea, Bot. 55:189-247. Erythrina crista-galli. FONT QUER, P. 1993. Diccionário de Botánica. Barcelona: Editorial Nos campos úmidos, geralmente, com solos arenosos Labor, S.A. 1244p. ou nas dunas, na beira das lagoas destacam-se: Acacia HOLMGREN, P.K. & HOLMGREN, N.H. Index Herbariorum longifolia (acácia-da-austrália), única espécie exótica on the Internet. Disponível em: . Acesso em: 19 jan. 2007.

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 284 Miotto et al.

IZAGUIRRE, P. & BEYHAUT, R. 1999. Las leguminosas en Uruguay y subtribo Cajaninae, Flora Ilustrada do Rio Grande do Sul, 19, Revista regions vecinas. Part I. Papilionoideae. Montevideo. Editorial Hemisferio Brasileira de Biociências, 43: 1-88. Sur. 549p. NEUBERT, E.E. & MIOTTO, S.T.S. 2001. O gênero Lathyrus L. JANKE, H., OLIVEIRA, M.L.A.A. de & SIQUEIRA, N.C.S. de. 1988. (Leguminosae-Papilionoideae) no Brasil. Iheringia, Ser. Bot. 56: 51- O gênero Poiretia Vent. (Leguminosae-Papilionoideae) no Rio Grande 114. do Sul – taxonomia e aspectos farmacognósticos. Iheringia, Ser. Bot. OLIVEIRA, M.L.A.A. de. 1983. Estudo taxonômico do gênero Desmodium 38: 43-66. Desv. (Leguminosae, Papilionoideae, Desmodieae). Iheringia, Ser. Bot. LEWIS, G., SCHRIRE, B., MACKINDER, B. & LOCK, M. 2005. 31: 37-104. Legumes of the world. Kew, Royal Botanic Gardens. 577p. OLIVEIRA, M.L.A.A. de. 2002. Sinopse taxonômica do gênero LIMA, H.C. 2000. Leguminosas arbóreas da Mata Atlântica: uma Aeschynomene L. (Leguminosae-Papilionoideae) no Rio Grande do Sul, análise da riqueza, padrões de distribuição geográfica e similaridades Brasil. Iheringia, Ser. Bot. 57(2): 279-301. florísticas em remanescentes florestais do estado do Rio de Janeiro.. Tese PENNINGTON, T.D. 1997. The genus Inga Botany. Kew, Royal Botanic de Doutorado, UFRJ, Rio de Janeiro, 141p. Gardens. 844p. LIMA, H.C. & FORTUNATO, R.H. 1998. Avances en Fabáceas: PINHEIRO, M. & MIOTTO, S.T.S. 2001. Leguminosae-Papilionoideae introducción. In: Congresso Latinoamericano de Botánica, 6, 1994. Mar – gênero Lupinus L. Flora Ilustrada do Rio Grande do Sul, 27. Revista del Plata. Proceedings of the VI Congresso Latinoamericano de Botánica. Brasileira de Biociências, 60: 1-100. St. Louis: Missouri Botanical Garden Press, p.101-102. POLHILL, R.M. 1976. Genisteae (Adans.) Benth. and related tribes LINS, D.M.T. 1984. Mimosa (Leguminosae-Mimosoideae) Série Lepidotae (Leguminosae) Botanical Systematics 1:143-368. no Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado, UFRGS, Porto Alegre, RADFORD, A.E.; DICKISON, W.C.; MASSEY, J.R. & BELL, C.R. 1974. RS, 104p. Vascular Plants Systematics. Harper & How, New York. 891p. MATTOS, N.F. 1987. O gênero Zornia (Leguminosae-Papilionoideae) no RODRIGUES, R.S., FLORES, A.S., MIOTTO, S.T.S. & BAPTISTA, Rio Grande do Sul. Roessléria, 9(1): 3-55. L.R.de M. 2005. O gênero Senna (Leguminosae, Caesalpinioideae) no Rio MIOTTO, S.T.S. 1987a. Os gêneros Centrosema (DC) Benth. e Clitoria Grande do Sul, Brasil. Acta botanica brasilica, 19(1):1-16. L. (Leguminosae- Papilionoideae) no Rio Grande do Sul. Iheringia, Ser. SEIGLER, D.S.; EBINGER, J.E. & MILLER, J.T. 2006. The genus Bot. 36: 15-39. Senegalia (Fabaceae: Mimosoideae) from the new world. Phytologia, MIOTTO, S.T.S. 1987b. Os gêneros Canavalia DC. e Dioclea H.B.K. 88(1): 38-94. (Leguminosae-Papilionoideae) no Rio Grande do Sul. Iheringia, Ser. THE INTERNATIONAL INDEX PLANT NAMES (2004). Disponível Bot. 36: 41-55. em: . Acesso em: 01 março 2008. MIOTTO, S.T.S. 1988. Leguminosae-Papilionoideae, Tribo Phaseoleae,

Índice de nomes científicos Acacia - 279 barbatum - 273 longifolia - 279, 283 cuneatum - 273 Albizia - 279 incanum - 273 edwallii - 279 unicnatum - 273, 283 Aeschynomene - 271 Dioclea - 274 falcata - 271, 283 Paraguariensis - 274 sensitiva - 271, 283 violacea - 274, 283 Calliandra - 279 Enterolobium - 280 brevipes - 279 contortisiliquum - 280, 283 tweediei -280, 283 Eriosema - 274 Canavalia - 272 tacuaremboense - 274, 283 bonariensis - 272, 283 Erythrina - 274 Centrosema - 272 crista-galli - 274, 283 virginianum - 272, 283 falcata - 274 Chamaecrista - 282 Galactia - 274 flexuosa - 282, 283 marginalis - 274, 283 nictitans - 282 neesii - 275 subsp. patellaria - 282 var. australis - 275, 283 var. ramosa - 282 pretiosa - 275, 283 repens - 282, 283 Indigofera - 275 Clitoria - 272 sabulicola - 275, 283 nana - 272 suffruticosa - 275 Collaea - 272 Inga - 280 stenophylla - 272, 283 vera- 280 Crotalaria - 272 subsp. affinis - 280, 283 tweediana - 272, 283 Lathyrus - 275 Desmanthus - 280 crassipes - 275 tatuhyensis - 280, 283 nervosus - 276 virgatus - 280, 283 Lupinus - 276 Desmodium - 269, 273 bracteolaris - 276, 283 adscendens - 273, 283 multiflorus - 276, 283

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 Leguminosae no Parque Estadual de Itapuã, RS 285

Macroptilium - 276 paradoxa - 277, 283 erythroloma - 276, 283 Senegalia - 281 prostratum - 276, 283 Bonariensis - 281, 283 Mimosa - 269, 280 Senna - 283 bimucronata - 281, 283 corymbosa - 283 incana - 281 Sesbania - 277 pigra - 281, 283 Punicea - 277, 283 sanguinolenta- 281, 283 Virgata - 278, 283 schleidenii - 281, 283 Stylosanthes - 278 Peltophorum - 282 leiocarpa - 278, 283 dubium - 282 montevidensis - 278, 283 Poiretia - 276 Vigna - 278 tetraphylla - 276, 283 adenantha - 278, 283 Rhynchosia - 277 peduncularis - 278 corylifolia - 277, 283 Zornia - 278 diversifolia - 277, 283 linearifoliolata - 279 hauthalii - 277 orbiculata - 279 Sellocharis - 277

Lista de exsicatas Abruzzi, M. L.: 2389 (1.2-HAS), 1505 (7.1-HAS), 1503 (7.2- (7.4-ICN), 932 (8.1-ICN), 2414 (11.1-ICN), 2278, 2408 HAS), 1308 (7.3-HAS), 1307 (7.4-HAS), 1304 (8.1-HAS), (12.1-ICN), 2409 (12.2-ICN), 2265 (15.2-ICN), 2424 (16.1- 2388 (10.1-HAS), 1323 (14.1-HAS), 1299 (17.1-HAS), ICN), 2266, 2423 (17.1-ICN), 2271 (17.3-ICN), 2268 (18.1- 2384 (19.1-HAS), 2383, (19.2-HAS), 1502 (20.1-HAS), ICN), 2283, 2411 (19.1-ICN), 2279 (19.2-ICN), 2275, 2276, 1532, 1697 (23.1-HAS), 1232, 2387 (25.2-HAS), 1310 2405 (20.1-ICN), 2284 (21.1-ICN), 938, 2270, 2403, 2415 (27.1-HAS), 1533, 1511 (29.1-HAS) (22.1-ICN), 2418 (25.1-ICN), 934 (25.2-ICN), 2419 (26.1- Baptista, L.R.M.: ICN 7094 (29.6) ICN), 2272 (26.2-ICN), 2406 (29.1-ICN), 2282 (29.2-ICN), Bonotto, A.L.: 41 (3.1-HAS), 34 (12.1-HAS), 33, 167 2426 (29.5-ICN), 2281, 2404 (30.1-ICN), 2269 (30.2-ICN), (30.1-HAS) 2422 (30.3-ICN), 2412 (32.1-ICN), 2273 (32.1-ICN) Bueno, R.: ICN 51917 (19.1) Pankowisk, L.H.: 87 (8.1-HAS) Bueno, O.: 5143 (19.2-HAS) Pinheiro, M.: 542 (3.1-ICN), 513 (5.1-ICN), 510 (7.1-ICN), Dillenburg, C.R.: 47 (14.2-ICN), 49 (15.2-ICN) 520 (7.2-ICN), 430 (7.3-ICN), 514 (9.1-ICN), 543 (13.2- Eisinger, S.: ICN 53290 (8.1) ICN), 516 (15.1-ICN), 512 (16.1-ICN), 515 (17.1-ICN), Ferreira, A.: ICN 7712 (32.1) 511 (17.2-ICN), 518, 519 (21.2-ICN), 432 (22.2-ICN), 431 Garcia, E.N.: 802 (7.4-ICN) (29.6-ICN), 517 (30.3-ICN), 544 (32.1-ICN) Lüdtke, R.: 487 (1.1-ICN), 476 (4.1-ICN), 467 (5.1-ICN), Porto, M.L.: ICN 7092 (12.1) 460 (7.1-ICN), 469 (7.2-ICN), 472 (7.3-ICN), 465, 468 Rambo, B.: 39115 (3.1-PACA), 39081, 44940 (30.1- (7.4-ICN), 475 (7.5-ICN), 470, 701 (8.1-ICN), 479, 496 PACA) (9.1-ICN), 462 (10.1-ICN), 650 (11.1-ICN), 651 (11.2-ICN), Rego, A.: ICN 101823 (8.1), ICN 101817 (22.2) 652 (11.3-ICN), 427 (12.1-ICN), 478 (13.2-ICN), 489 (15.1- Santos, M.: ICN 51719 (24.1) ICN), 483 (16.1-ICN), 473 (17.1-ICN), 881 (17.2-ICN), 488 Schneider, A.A.: 53 (23.2-ICN) (18.1-ICN), 457, 601 (22.1-ICN), 653, 604 (22.2-ICN), 466 Silveira, N.: 11010 (3.1-ICN) (25.2-ICN), 605 (26.1-ICN), 464 (26.2-ICN), 463 (29.1- Sobral, M.: 2188 (6.1-ICN), 546 (12.1-ICN), ICN 53673 ICN), 482 (29.2-ICN), 461 (29.5-ICN), 459, 699 (30.1- (12.2), 314 (12.2-ICN), 2185 (13.1-ICN), 2959 (20.2-ICN), ICN), 655, 471, 474 (30.2-ICN), 484 (30.3-ICN) 2191 (25.2-ICN), 3704 (28.1-ICN), 2223 (29.3-ICN), 150 Martins-Mazzitelli, S.A.: 710 (4.1-HAS), 684, 768 (12.1- (29.4-ICN) HAS), 700 (20.1-HAS), 737 (25.2-HAS) Silva, E.J.E.: ICN 125106 (7.2), ICN 125103 (12.2) Milanesi, L.: ICN 137915 (2.1) Stehmann, J.R.: ICN 61914 (29.4) Miotto, S.T.S.: 933, 2425 (2.1-ICN), 2274 (4.1-ICN), 2421 Vasconcellos, J.: ICN 7225 (22.1) (5.1-ICN), 2407, 2417 (7.1-ICN), 2410 (7.2-ICN), 2416 Wiesbauer, M. B.: ICN 128951 (25.2)

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 286 Miotto et al.

Figura 1. Subfamília Papilionoideae. A. Macroptilium prostratum; B. Centrosema virginianum; C. Collaea stenophylla; D. Clitoria nana; E. Canavalia bonariensis; F. Sesbania punicea; G. Eriosema tacuaremboense. (Fotos: A, B, D a G: R. Lüdtke; C: L. Eggers).

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Figura 2. Subfamília Papilionoideae. A. Indigofera sabulicola; B. Vigna adenantha; C. Desmodium barbatum; D. Sellocharis paradoxa; E. Rhynchosia corylifolia; F. Dioclea violacea. (Fotos: A, a C: I. Boldrini; D: L. Eggers; E e F: R. Lüdtke).

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 288 Miotto et al.

Figura 3. Subfamília Papilionoideae. A. Stylosanthes montevidensis; B. Galactia neesii var. australis; C. Crotalaria tweediana; D. Lupinus multiflorus; E. Erythrina crista-galli; F. Lathyrus nervosus. (Fotos: A, B, F: R. Lüdtke; C a E: R. Trevisan).

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Figura 4. Subfamília Mimosoideae. A. Calliandra tweediei; B. Calliandra brevipes; C. Mimosa pigra; D. Mimosa incana; E. Acacia longifolia; F. Mimosa bimucronata. (Fotos: A: R. Trevisan; B: J. Waechter; C: M.L.A.A. de Oliveira; E: S.T.S.Miotto; D, F: R. Lüdtke).

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008 290 Miotto et al.

Figura 5. Subfamília Caesalpinioideae. A, C e E. Chamaecrista nictitans subsp. patellaria var. ramosa; B. Chamaecrista flexuosa; D. Senna corymbosa. (Fotos: A, C, E: R. Lüdtke. B: R. Trevisan; D: R.L.C. Bortoluzzi).

Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 269-290, jul./set. 2008