Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música

16 Nov 2019 · 18:00 Sala Suggia

Peter Rundel direcção musical Thomas E. Bauer barítono

MECENAS CICLO GRANDES CANÇÕES ORQUESTRAIS Maestro Peter Rundel sobre o programa do concerto.

https://vimeo.com/372935810

A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE 1ª PARTE Jörg Widmann Das heiße Herz, para barítono e orquestra (2013/2018; c.40min)* 1. Der arme Kaspar 2. Spätes Liebeslied 3. Liebeslied 4. Hab ein Ringlein am Finger 5. Eifersucht 6. Das Fräulein stand am Meere 7. Kartenspiel 8. Einsam will ich untergehn

2ª PARTE Johannes Brahms Sinfonia n.º 3 em Fá maior, op. 90 (1883; c.35min) 1. Allegro 2. Andante 3. Poco allegretto 4. Allegro

*Textos originais e traduções nas páginas 8 a 13. Estreia em Portugal; encomenda Casa da Música, Bamberger Symphoniker, Cleveland Orchestra e City of Birmingham Symphony Orchestra.

JÖRG WIDMANN – ARTISTA EM RESIDÊNCIA GRANDES CANÇÕES ORQUESTRAIS

Cibermúsica, 17:15 Palestra pré­‑concerto por João Silva

3 Jörg Widmann Seleccionando um conjunto heterogéneo MUNIQUE, 19 DE JUNHO DE 1973 de textos, Widmann recorre a uma orquestra alargada, incluindo acordeão e uma grande Das heiße Herz, para barítono e orquestra secção de percussão, de forma a criar um envelope tímbrico único. A assimetria rítmica O lied é um género musical fundamental do contribui para a fluidez das canções, que atra‑ Romantismo germânico. De música destinada vessam diversos registos. à domesticidade dos salões, transformou­‑se Das heiße Herz tem início com “Der arme num género dramático apresentado em salas Kaspar”, canção baseada num poema de de concerto. Nesse processo, o timbre do piano Klabund, pseudónimo do escritor modernista foi enriquecido pelo recurso à orquestra. Das alemão Alfred Henschke (1890­‑1928). O texto, heiße Herz (O Coração Ardente) é um conjunto repleto de interrogações, centra­‑se na indefi‑ de poemas românticos e modernistas alemães nição e na angústia existencial. Numa textura musicados pelo compositor e clarinetista Jörg esparsa, as notas isoladas ocupam um lugar Widmann em 2013. Inicialmente destinados a primordial e a angularidade das melodias canto e piano, foram escritos tendo o cantor evoca a Segunda Escola de Viena. A mistura Christian Gerhaher e o pianista Gerold Huber do timbre cristalino das harpas com o motivo em mente. Em 2018, Widmann reescreveu a recorrente da secção de percussão dá o mote obra para barítono e orquestra, seguindo uma para uma canção cuja intensidade aumenta tendência frequente no Romantismo. Nessa até à nota final, um agudo sustentado sobre transformação, o compositor encontrou um uma atmosfera estática. novo colorido para expressar os poemas. “Spätes Liebeslied” é um poema do reco‑ Resultante de uma encomenda da Casa da nhecido autor contemporâneo alemão Peter Música, das Sinfónicas de Bamberg e Cidade Härtling (1933­‑2017). Widmann aborda essa de Birmingham e da Orquestra de Cleveland, interpelação ao poder redentor do amor como Das heiße Herz foi estreada a 26 de Abril de uma miniatura movimentada em que a voz é 2018 por Christian Gerhaher, com a Sinfónica reforçada pelos instrumentos. de Bamberg dirigida por Jakub Hrůša. Hoje, a Em “Liebeslied”, o sujeito poético evoca obra tem a sua estreia portuguesa. o ser amado através de vários atributos. Da Remetendo para a herança tardo­ autoria de Klabund, o lirismo e a instrumen‑ ‑romântica e modernista de compositores tação remetem para o lied romântico, por como Gustav Mahler, Alban Berg ou Arnold vezes contrastado, de forma sardónica, com o Schoenberg, o ciclo de canções incorpora universo da canção popular do século XX. Do elementos das músicas populares e eruditas salão romântico ao cabaré da República de do século XX, abarcando um largo espectro Weimar, os ambientes de “Liebeslied” cruzam de atmosferas. As barreiras à sua execução estilos e domínios. surgem devido a variadas dificuldades técni‑ Des Knaben Wunderhorn é uma compila‑ cas, em particular a amplitude de registos e ção de poemas tradicionais alemães coligida caracteres do solista, que alterna momentos por Achin von Arnim (1781­‑1831) e Clemens falados com virtuosismo operático e recorre a Brentano (1778­‑1842) e publicada na primeira uma larga panóplia de timbres. década do século XIX. O poema de “Hab ein

4 Ringlein am Finger” foi retirado dessa fonte e Numa textura esparsa centrada na voz e que Widmann distorce a dança popular, nomea‑ estiliza a simplicidade, a canção evoca uma damente o ländler rústico centro­‑europeu, marcha fúnebre que se vai tornando mais através do recurso à dissonância e à agressi‑ lenta até ao isolamento do sujeito ser submer‑ vidade de um registo vocal quase falado como gido pela música. mecanismo expressivo. A poesia de Klabund reaparece com “Eifer‑ sucht”, uma história de amor e ciúme em que o sujeito poético, Michael Jaroschin, contem‑ pla, com desprezo, a relação da sua amada com um oficial. A canção é uma sucessão de episódios contrastantes, em que massas orquestrais pontuadas por momentos percus‑ sivos são intercaladas por agrupamentos de câmara. Os tremolos, as dissonâncias, as longas melodias vocais, as texturas de marcha e as mudanças de acentuação conduzem a um clímax brecht­‑weilliano. O poeta (1797­‑1856) assi‑ nou “Das Fräulein stand am Meere”, onde uma mulher só contempla o pôr‑do­ ­‑sol no mar, chorando. Numa canção simples, que remete para o universo do sonho através dos timbres e estiliza a valsa e a opereta vienen‑ ses, Widmann apresenta o ciclo do dia. Um jogo de cartas que associa o azar ao amor e à morte é o assunto de “Kartenspiel”, publicado em Des Knaben Wunderhorn. O lirismo romântico é enfatizado pelas disso‑ nâncias que antecipam a entrada da voz, e o registo sério e pesado de algumas passa‑ gens é contrastado com interlúdios líricos, por vezes remetendo para hinos e canções popu‑ lares. A canção termina com uma atmosfera sincopada jazzística onde a repetição desem‑ penha um papel estrutural. “Einsam will ich untergehn” é da autoria de e versa sobre os tropos românticos do isolamento, da solidão e da morte, repetindo, insistentemente, um refrão no final das cogitações do sujeito poético.

5 Johannes Brahms andamentos da sinfonia. Dessa forma, evoca HAMBURGO, 7 DE MAIO DE 1833 a abordagem beethoveniana ao género, uma VIENA, 3 DE ABRIL DE 1897 presença que assombra a produção orques‑ tral de Brahms, revelando o espectro audí‑ Sinfonia n.º 3 em Fá maior, op. 90 vel da Viena clássica na moderna civilização do Ringstraße. O percurso multifacetado de Johannes O primeiro andamento encontra­‑se numa Brahms encontra­‑se associado à cidade de forma allegro de sonata impulsionada pelo Viena. A capital do Império Austro­‑Húngaro motivo inicial, que funciona como gérmen foi o cenário de afirmação do compositor, que unificador da sinfonia. O primeiro grupo foi apresentado por Robert Schumann como temático é cinético e dinâmico e dá lugar a um herdeiro notável da tradição beethove‑ uma transição tumultuosa e instável que niana. Num contexto de conflito cultural entre evoca passagens de Tannhäuser, de Richard o recentemente formado Império Alemão e o Wagner. Na altura, a crítica vienense e alemã secular Império Austro­‑Húngaro, os modelos apresentava Brahms e Wagner como opos‑ orquestrais do tardo­‑Classicismo emergem tos na música romântica – o primeiro como nas obras de Brahms, encontrando­‑se espe‑ neoclassicista e o segundo como inovador. cialmente patentes na Sinfonia n.º 3. Brahms Assim, a referência a Wagner complica uma escreveu­‑a em Wiesbaden, uma colónia termal visão simplista das tensões associadas à nas margens do Reno – rio que inspirou obras estética musical da segunda metade do do Romantismo alemão, de Schumann a século XIX. (Inclusivamente, Brahms detinha Wagner. Composta durante as férias de Verão o manuscrito original de secções de Tannhäu‑ de 1883, foi estreada em Viena, pela Orques‑ ser associadas à apresentação da obra em tra Filarmónica da cidade sob a direcção de Paris. Wagner pediu a sua devolução, presen‑ Hans Richter, a 2 de Dezembro do mesmo ano. teando­‑o com a primeira edição de O Ouro do Em 1884, a Sinfonia n.º 3 foi apresentada pelo Reno em troca.) O segundo grupo temático compositor em digressões que passaram por contrasta com o início da obra pelo lirismo. localidades como: Wiesbaden, Berlim, Meinin‑ Nas suas longas melodias destacam­‑se os gen, Leipzig, Colónia, Düsseldorf, Barmen solos dos instrumentos de sopro, por vezes (agora integrada na cidade de Wuppertal), unidos de forma contrapontística. O motivo Amesterdão, Dresden, Frankfurt, Budapeste, inicial da sinfonia alimenta o desenvolvi‑ Hamburgo e Viena. Esse circuito revela a noto‑ mento, que oscila entre o modo maior e o riedade de Brahms na época, muito associada modo menor numa dissolução de fronteiras ao sucesso das suas sinfonias e concertos. que intensifica a ambiguidade da secção. A Apresentada num período de maturidade orquestração é transformada na reexposição, estilística e de grande aceitação da música que destaca um solo de trompa e cede lugar de Brahms, a Sinfonia n.º 3 é uma das obras a uma textura esparsa, antecipando o retorno mais condensadas do compositor, em que do motivo inicial que conduz ao decrescendo se destaca a organicidade. Aqui, toda a peça final do andamento. é gerada a partir do motivo inicial, o qual é apresentado e transformado nos diversos

6 O Andante baseia­‑se, igualmente, no caracteriza o desenvolvimento, um acumu‑ contraste entre os dois grupos temáticos da lar de tensão que se dissipa na reexposição, forma allegro de sonata. De carácter pasto‑ preparando o regresso à atmosfera do primeiro ral, a compositora e pianista Clara Schumann andamento na coda, que retoma o motivo considerou‑o­ um idílio campestre, onde inicial até à dissolução final da textura da peça. pontifica o lirismo. Conduzido pela melodia, JOÃO SILVA, 2019 o primeiro grupo temático atribui primazia ao clarinete, cujos solos ecoam nas cordas graves. As passagens harmónicas pontua‑ das pelo cromatismo constituem o pano de fundo da apresentação do segundo grupo temático, uma longa melodia sinuosa que alterna momentos de tensão e distensão. O desenvolvimento encarna uma intensidade dramática muito particular, desembocando, discretamente, na reexposição, que cria uma atmosfera estática e misteriosa no final do andamento. O terceiro andamento é um dos momen‑ tos mais conhecidos da música de Brahms. Em forma A‑B‑A, as secções extremas desta‑ cam uma longa melodia bipartida que evoca a música tradicional da Europa Central, encar‑ nando um carácter nostálgico. A secção intermédia lembra a dança tradicional dessas paragens e reforça a ambiguidade entre modos maior e menor que perpassa a sinfonia, preparando o regresso da melodia contem‑ plativa inicial, desta vez apresentada por solos de instrumentos de sopro e violinos. Uma forma allegro de sonata conclui a sinfonia, num andamento rápido que tem início com uma melodia misteriosa. Essa melodia remete para o ostinato rítmico da marcha, que introduz o primeiro grupo temático do anda‑ mento, de características tempestuosas e cinéticas. Seguidamente, Brahms apresenta o segundo tema do Andante, arranjado verti‑ calmente, fortalecendo as relações internas dos elementos formais da sinfonia. A inte‑ racção contrapontística entre os dois temas

7 Jörg Widmann Das heiße Herz (O Coração Ardente)

1. Der arme Kaspar O pobre palhaço (Klabund) Ich geh – wohin? Eu vou – para onde? Ich kam – woher? Eu vim – de onde? Bin aussen und inn, Estou fora e dentro, Bin voll und leer. estou cheio e vazio. Geboren – wo? Nascido – onde? Erkoren – wann? Escolhido – quando? Ich schlief im Stroh Eu dormi na palha Bei Weib und Mann. com mulher e homem. Ich liebe dich, Eu amo‑te,­ Und liebst du mich? e tu, amas­‑me? Ich trübe dich, Eu angustio‑te,­ Betrübst du mich? e tu, angustias­‑me? Ich steh und fall, Eu estou de pé e caio, Ich werde sein. eu vou ser. Ich bin ein All Eu sou um Todo Und bin allein. e estou sozinho. Ich war. Ich bin. Eu era. Eu sou. Viel leicht. Viel schwer. Muito leve. Muito pesado. Ich geh – wohin? Eu vou – para onde? Ich kam – woher? Eu vim – de onde?

2. Spätes Liebeslied Canção tardia de amor (Peter Härtling) Komm, wir gehen Berge versetzen. Vem, vamos mover montanhas, Wir stülpen die kranke Erdhaut um. virar do avesso a crosta da terra doente. Komm, wir spielen mit dem Entsetzen Vem, com os horrores brinquemos Und nehmen Katastrophen nicht krumm. e com as catástrofes não nos importemos. Komm, wir lieben den Himmel herunter. Vem, adoremos cá de baixo o céu, Er schmutzt das weißeste Linnen ein. ele, que mancha o mais branco véu. Komm, wir dichten die Finsternis bunter Vem, vamos tornar mais colorida a escuridão Und kehren bei den Giftmischern ein. e ficar junto dos profetas do apocalipse.

8 Komm, wir fügen uns zusammen Vem, vamos ficar em união Zu einem Stein, der im Feuer besteht. numa pedra que no fogo persiste. Komm, hab keine Furcht vor den Flammen. Vem, não tenhas medo das chamas. Komm, ehe der Welt der Atem vergeht. Vem, antes que o mundo fique sem ar.

3. Liebeslied Canção de amor (Klabund) Dein Mund, der schön geschweifte, A tua boca, tão lindamente curvada, Dein Lächeln, das mich streifte, O teu sorriso que me tocou, Dein Blick, der mich umarmte, O teu olhar que me abraçou, Dein Schoß, der mich erwarmte, O teu colo que me aqueceu, Dein Arm, der mich umschlungen, O teu braço que me abraçou, Dein Wort, das mich umsungen, A tua palavra que me envolveu, Dein Haar, darein ich tauchte, O teu cabelo em que eu mergulhei, Dein Atem, der mich hauchte, A tua respiração que me bafejou, Dein Herz, das wilde Fohlen, O teu coração, o potro selvagem, Die Seele unverhohlen, A alma sincera, Die Füße, welche liefen, Os pés que corriam, Als meine Lippen riefen –: Quando os meus lábios chamaram: Gehört wohl mir, ist alles meins, Pertence­‑me a mim, é tudo meu, Wüßt’ nicht, was mir das liebste wär’, Não sei o que mais gostaria, Und Gäb’ nicht Höll’ noch Himmel her: E não permitiria que o inferno fosse o céu: Eines und alles, all und eins. Um e tudo, tudo e um.

4. Hab ein Ringlein am Finger Tenho um anel no dedo (de Des Knaben Wunderhorn) Hab ein Ringlein am Finger, Tenho um anel no dedo, Dadurch seh ich nur, por isso só vejo, Da seh ich mein Schätzle Vejo então a minha querida, Seine falsche Natur, A sua falsa natureza, Aus ist es mit dir, Acabou tudo contigo, Mein Haus hat kein Tür, A minha casa não tem porta, Mein Tür hat kein Schloß, A minha porta não tem fechadura, Von dir bin ich los. De ti eu vi­‑me livre.

9 5. Eifersucht Ciúmes (Klabund) Vorzustellen: Michael Jaroschin – Apresento­‑me: Michael Jaroschin – Untertänigst – ist mein Name. Submisso – esse é o meu nome. Wohlgeboren, Hochgeboren Bem­‑nascido, em berço de ouro, Auf dem Berge Gaurisankar. na montanha de Gaurishankar. Sah von oben stets nach unten, Olhava sempre de cima para baixo, Von den Gletschern in die Täler, dos glaciares para os vales, Von den Wolken auf die Wipfel, das nuvens para as copas das árvores, Von der Sonne auf die Erde. do sol para a terra. Und so sah ich eines Tages – E assim um dia eu vi – Vorzustellen: Michael Jaroschin, Apresento­‑me: Michael Jaroschin, Sonnengott von Profession – Deus do Sol de profissão – Sah ich eines Tages nachts Um dia eu vi à noite. (Jaroschin scheint auch des Nachts), (Jaroschin também brilha à noite), Sah ich durch ein unverhangnes Vi, através de uma janela Fenster... die geliebte Frau. sem cortinas, a mulher amada. Sah die liebliche, die liebe, Vi a adorável, a amorosa, Sah die Liebste, die Geliebte – – – vi a mais querida, a amada – – – In den Armen eines andern – nos braços de outro – Eines höheren Beamten, Um alto funcionário, Eines niederen Charakters. de carácter inferior. Da erbleichte selbst die Sonne, Até o sol empalideceu, Vorzustellen: Michael Jaroschin, Apresento­‑me: Michael Jaroschin, Hob den goldnen Sonnendolch und levantei o punhal dourado do sol e Stieß ihn strahlend durch das Fenster, espetei­‑o brilhante pela janela adentro, Stieß dem Mann ihn in den Nacken, espetei­‑o no pescoço do homem, Fuhr der Dolch da durch den Nacken o punhal atravessou o pescoço Und dem Weibe in die Brust noch: e ainda o peito da mulher: Also lagen auf dem Diwan Então, sobre o divã jaziam, Beide hingestreckt, durchbohrt ambos esticados, perfurados Von dem Dolch des Sonnengottes, pelo punhal do Deus do Sol, Vorzustellen: Michael Jaroschin. Apresento­‑me: Michael Jaroschin.

10 Heutet euch, ihr ungetreuen Cuidado com o Deus do Sol, Weiber vor dem Sonnengotte! oh mulheres infiéis! Ihn betrog die Sonnenfrau, A mulher do sol traiu­‑o, Und sie mußte darum sterben. e teve de morrer por isso. Vorzustellen: Michael Jaroschin Apresento­‑me: Michael Jaroschin Hält die Wacht im Irrenhause faz a vigia no manicómio Als ein Rächer seiner Ehre, como um vingador da sua honra, Rächer jeder Mannesehre. vingador da honra de todos os homens. In ihm glüht die edle Flamme, Nele brilha a nobre chama, Heilige Flamme: Eifersucht. chama sagrada: Ciúmes.

6. Das Fräulein stand am Meere A senhorita contemplava o mar (Heinrich Heine) Das Fräulein stand am Meere A senhorita contemplava o mar, Und seufzte lang und bang, e de olhar lânguido de comoção Es rührte sie so sehre observava com profunda emoção Der Sonnenuntergang. como o sol se afundava no mar. Mein Fräulein! sein sie munter, Minha senhorita! Vamos alegrar­‑nos, Das ist ein altes Stück; é só uma velha ilusão, Hier vorne geht sie unter aqui à frente o sol desvanece Und kehrt von hinten zurück. e lá atrás novamente aparece.

11 7. Kartenspiel Jogo de cartas (de Des Knaben Wunderhorn) O verfluchte Unglückskarten, Oh malditas cartas de azar, Ändert sich das Spiel noch nicht, se o jogo assim continuar, Soll ich denn schon wieder passen, será que devo outra vez passar, Nie bekommen einen Stich? sem nunca um ponto receber? Noch ein Trumpf ich tät erheben; Mais um trunfo que tenho de gastar; Wie ich lustig kam zum Spiel, Como vinha alegre para a jogada, War die Karte, ach, vergeben, a carta, essa, já foi tirada, Und ich hatt die Kart zu viel. e eu tinha a carta a mais. Diese Dam wär mein gewesen, Teria sido minha, esta Dama, Aber ich kam viel zu spät, mas cheguei tarde demais, Vor mir einer hat gesessen, Estava alguém à minha frente, Der die Dam gewonnen hat. que ganhou a dita Dama. Ei, so will ich gleich aufhören, Ei, então quero já parar, Nehm die Dam ein jeder hin, levem lá a vossa Dama, Ich aus ihrem Mund muß hören, da boca dela quero ouvir eu, Daß der rechte Bub nicht bin. que o rapaz certo não sou eu. O ihr Schippen, tut euch schärfen, Ó apanhadores, aprimorem­‑se, Macht im Geldsack mir ein Grab, façam­‑me uma sepultura na carteira, Herzen will ich ferne werfen, manterei o meu coração bem longe, Hebe nimmer wieder ab; e não voltarei a cortar o baralho; Auf das Grab viel Kreuz will stellen, quero muitas cruzes na sepultura, Fall ich armer Bub ins Grab; se eu, pobre rapaz, cair no túmulo; Auf den Eckstein schreibt, Gesellen: escrevam na lápide, companheiros: „Herzens­‑Dame stach ihn ab.“ “A Dama de copas apunhalou­‑o.”

8. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me (Clemens Brentano) Einsam will ich untergehn, Sozinho, eu quero afundar­‑me, Keiner soll mein Leiden wissen! ninguém deve saber do meu sofrimento! Wird der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi Von dem Himmel mir gerissen, me for arrancada do céu, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho Wie ein Pilger in der Wüste. como um peregrino no deserto. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me Wie ein Pilger in der Wüste! como um peregrino no deserto! Wenn der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi

12 Mich zum letzten Male grüßte, me saudou pela última vez, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho Wie ein Bettler auf der Heide. como um mendigo na charneca. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me, Wie ein Bettler auf der Heide! como um mendigo na charneca! Gibt der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi Mir nicht weiter das Geleite, não continuar a acompanhar­‑me, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho, Wie der Tag im Abendgrauen. como o dia se afunda na noite. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me, Wie der Tag im Abendgrauen! como o dia se afunda na noite! Will der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi Nicht mehr auf mich niederschauen, deixar de olhar de lá de cima para mim, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho, Wie ein Sklave an der Kette. como um escravo na corrente. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me, Wie der Sklave an der Kette! como um escravo na corrente! Scheint der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi Nicht mehr auf mein Dornenbette, deixar de iluminar a minha cama de espinhos, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho, Wie ein Schwanenlied im Tode. como o canto dos cisnes na morte. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me Wie ein Schwanenlied im Tode! como o canto dos cisnes na morte! Ist der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi Mir nicht mehr ein Friedensbote, deixar de ser o meu mensageiro da paz, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho, Wie ein Schiff in wüsten Meeren. como um navio em mares revoltos. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me, Wie ein Schiff in wüsten Meeren! como um navio em mares revoltos! Wird der Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi Jemals weg von mir sich kehren, alguma vez se afastar de mim, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho, Wie der Trost in stummen Schmerzen. como o consolo na dor silenciosa. Einsam will ich untergehn Sozinho, eu quero afundar­‑me, Wie der Trost in stummen Schmerzen! como o consolo na dor silenciosa! Soll den Stern, den ich gesehn, Se a estrela que eu vi, Jemals meine Schuld verscherzen, alguma vez se esquecer da minha razão, Will ich einsam untergehn eu quero afundar­‑me sozinho, Wie ein Herz in deinem Herzen. como um coração no teu coração. 13 Tradução: Luísa Lara Peter Rundel direcção musical Das Märchen e La Douce de Emmanuel Nunes. A produção espectacular de Prometheus, que Peter Rundel é um dos maestros mais requisi‑ Rundel dirigiu na Ruhrtriennale, foi premiada tados pelas principais orquestras europeias, com o Carl‑Orff­ ­‑Preis em 2013. Em 2016 e graças à profundidade da sua abordagem a 2017, dirigiu De Materie de Heiner Goebbels no partituras complexas de todos os estilos e Armory Hall de Nova Iorque e no Teatro Argen‑ épocas, a par da sua criatividade interpretativa. tino La Plata, uma produção que estreou na É regularmente convidado para dirigir a Ruhrtriennale em 2014. Com a estreia mundial Orquestra da Rádio Bávara e as Sinfónicas das de Les Bienveillantes de Hector Parras, ence‑ Rádios NDR, WDR e SWR. Colaborou recen‑ nada por Calixto Bieito, apresentou‑se­ pela temente com as Filarmónicas de Helsínquia, primeira vez na Ópera da Flandres, em 2019. da Rádio França e do Luxemburgo, a Orques‑ Em Maio de 2020 estreia­‑se na Ópera de Zuri‑ tra Nacional de Lille, a Orquestra do Maggio que com Mädchen mit dem Perlenohrring de Musicale Fiorentino, a Orquestra do Teatro de Stefan Wirth, em primeira audição mundial. Ópera de Roma e as Sinfónicas de Viena e da Natural de Friedrichshafen (Alemanha), Rádio de Frankfurt. Na Ásia, dirigiu a Metropo‑ Peter Rundel estudou violino com Igor Ozim litana de Tóquio e a Sinfónica de Taipé. e Ramy Shevelov, e direcção com Michael Depois de uma fantástica recepção pelo Gielen e Peter Eötvös. Foi violinista do Ensem‑ público do Festival de Salzburgo no Verão ble Modern (1984‑1996),­ com o qual mantém passado, à frente da Sinfónica SWR, inicia a uma relação próxima como maestro. Tem temporada de 2019/2020 dirigindo agrupa‑ desenvolvido colaborações regulares com o mentos como a Orchestra della Toscana, a Klangforum Wien, o Ensemble Musikfabrik, o Filarmónica Enescu, as Sinfónicas da Rádio Collegium Novum Zürich, o Ensemble inter‑ Bávara e da Rádio de Berlim, a Basel Sinfo‑ contemporain e o Asko|Schönberg Ensemble. nietta e a Sinfónica do Porto Casa da Música. Foi Director Artístico da Orquestra Filarmónica Peter Rundel dirigiu estreias mundiais de Real da Flandres e o primeiro Director Artístico produções de ópera na Ópera Alemã de Berlim, da Kammerakademie de Potsdam. É maestro na Ópera Estatal da Baviera, no Festwochen de titular do Remix Ensemble Casa da Música Viena, no Gran Teatre del Liceu, no Festival de desde 2005. É regularmente convidado para Bregenz e no Schwetzinger SWR Festspiele, leccionar em academias internacionais. trabalhando com encenadores prestigiados Peter Rundel recebeu numerosos prémios como Peter Konwitschny, Philippe Arlaud, Peter pelas suas gravações de música do século XX, Mussbach, Heiner Goebbels, Carlus Padrissa incluindo por várias vezes o prestigiante Preis (La Fura dels Baus) e Willy Decker. O seu traba‑ der Deutschen Schallplattenkritik (Prome‑ lho em ópera inclui o repertório tradicional e teo de Nono; Ensemble­‑ und Orchesterwerke também produções de teatro musical contem‑ de Kyburz; City Life de Reich; Concerto para porâneo inovador como Donnerstag do ciclo piano de Furrer), o Grand Prix du Disque (inte‑ Licht de Stockhausen, Massacre de Wolfgang gral de Barraqué), o ECHO Klassik (Sprech‑ Mitterer e as estreias mundiais das óperas gesänge com o Ensemble Musikfabrik) e uma Nacht e Bluthaus de Georg Friedrich Haas, Ein nomeação para o Grammy Award (Surrogate Atemzug – die Odyssee de Isabel Mundry e Cities de Heiner Goebbels).

14 Thomas E. Bauer barítono Die Soldaten de Zimmermann (Alvis Herma‑ nis/Ingo Metzmacher) no La Scala de Milão, O barítono Thomas E. Bauer é considerado um uma interpretação recebida calorosamente. dos cantores mais fascinantes da actualidade, Cantou em diversas estreias operáticas e foi elogiado pela “pura força viril” que acompanha premiado com o prestigiado Schneider‑Schott­ “uma dicção invulgarmente precisa, intensida­‑ Music Prize. Colabora de perto com o reputado de emocional e rara beleza no som” (Opernglas). compositor polaco Krzysztof Penderecki. Apresentou‑se­ recentemente em con­ As suas gravações têm recebido prémios certo no Beethovenfest de Bona, onde cantou prestigiantes, sendo os mais recentes relati‑ An die ferne Geliebte de Beethoven com a vos a Arche de Widmann ( e Filar‑ Filarmónica de Nagoya; e no Musik Podium mónica de Hamburgo para a ECM, 2018) e à Festival em Estugarda, para cantar Paulus de Oratória de Natal de Bach (Otto e Mainz Bach Mendelssohn com o Chorwerk Ruhr, o Ensem‑ Orchestra para a Naxos, 2018). ble Pygmalion e o Anima Eterna. Foi Artista Thomas E. Bauer começou a aprender em Residência numa série de concertos no música como membro do lendário Regens‑ Palais des Beaux­‑Arts Bozar, em Bruxelas. burg Domspatzen (Coro da Catedral de Apresentou­‑se com a Sinfónica de Boston Regensburg) e prosseguiu os estudos na sob a direcção de Bernard Haitink, a Filarmo‑ Universidade de Música e Teatro de Munique. nica della Scala e Zubin Mehta, a Orquestra da É também o criador da Konzert­haus de Blai‑ Gewandhaus de Leipzig dirigida por Herbert bach, que abriu em 2014 e ganhou projecção Blomstedt e Riccardo Chailly, a Sinfónica de internacional pela fascinante arquitectura e Washington e a Orquestra da Tonhalle de Zuri‑ qualidade da programação. que. Colaborou com prestigiados maestros como Roger Norrington, Iván Fischer e John Eliot Gardiner. Recentemente, sob a direcção de Ingo Metzmacher, cantou Lazarus de Schu‑ bert no Festival de Salzburgo e Jakobsleiter de Schoenberg na Philharmonie de Berlim. Fez a estreia mundial da oratória Arche de Jörg Widmann com Kent Nagano, na inauguração da nova Elphilharmonie, um concerto gravado e editado pela ECM, em 2018. Thomas E. Bauer tem sido também muito bem‑sucedido­ em recitais de lied: apresenta­ ‑se frequentemente com o especialista em pianoforte Jos van Immerseel e com o pianista e compositor Kit Armstrong, com quem deu uma série de recitais com transcrições de Armstrong de música de Bach, na Konzert‑ haus de Berlim e na Rádio da Bavária em Munique. No domínio da ópera, cantou em

15 Orquestra Sinfónica A Orquestra tem­‑se apresentado também do Porto Casa da Música nas mais prestigiadas salas de concerto de Viena, Baldur Brönnimann maestro titular Estrasburgo, Luxemburgo, Antuérpia, Roterdão, Leopold Hager maestro emérito Valladolid, Madrid, Santiago de Compostela e Stefan Blunier maestro associado Brasil, e ainda no Auditório Gulbenkian. Christian Zacharias maestro convidado As temporadas recentes da Orquestra foram principal designado marcadas pela interpretação das integrais das Sinfonias de Mahler, Prokofieff, Brahms e Bruck‑ A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da ner; dos Concertos para piano e orquestra de Música tem sido dirigida por reputados maes‑ Beethoven e Rachmaninoff; e dos Concertos tros, de entre os quais se destacam Stefan para violino e orquestra de Mozart. Em 2011, o Blunier, Olari Elts, Peter Eötvös, Heinz Holli‑ álbum “Follow the Songlines” ganhou a catego‑ ger, Elihau Inbal, Michail Jurowski, Christoph ria de Jazz dos prestigiados prémios Victoires de König (maestro titular no período 2009­‑2014), la musique, em França. Em 2013 foram editados Reinbert de Leeuw, Andris Nelsons, Vasily os concertos para piano de Lopes­‑Graça, pela Petrenko, Emilio Pomàrico, Peter Rundel, Naxos, e o disco com obras de Pascal Dusapin Michael Sanderling, Vassily Sinaisky, Tugan foi Escolha dos Críticos na revista Gramophone. Sokhiev, John Storgårds, Joseph Swensen, Nos últimos anos surgiram os CDs monográficos Ilan Volkov, Antoni Wit, Christian Zacharias de Luca Francesconi (2014), Unsuk Chin (2015) e Lothar Zagrosek. Entre os solistas que e Georges Aperghis (2017), além de discos têm colaborado com a orquestra constam dedicados a obras de compositores portugue‑ os nomes de Pierre­‑Laurent Aimard, Jean­ ses, todos com gravações ao vivo na Casa da ‑Efflam Bavouzet, Pedro Burmester, Joyce Música. Na temporada de 2019, a Orquestra Didonato, Alban Gerhardt, Natalia Gutman, apresenta obras­‑chave do Novo Mundo – entre Viviane Hagner, Alina Ibragimova, Steven as quais Amériques de Edgard Varèse e a Quarta Isserlis, Kim Kashkashian, Christian Lindberg, Sinfonia de Charles Ives –, a Integral das Sinfo‑ Tasmin Little, Felicity Lott, António Meneses, nias de Tchaikovski, as sonoridades revolucio‑ Midori, Truls Mørk, Kristine Opolais, Lise de nárias de Ligeti e novas obras de Jörg Widmann, la Salle, Benjamin Schmid, Simon Trpčeski, Pedro Amaral e Clotilde Rosa. Thomas Zehetmair, Frank Peter Zimmermann A origem da Orquestra remonta a 1947, ano ou o Quarteto Arditti. Diversos compositores em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do trabalharam também com a orquestra, no Conservatório de Música do Porto, que desde âmbito das suas residências artísticas na então passou por diversas designações. Engloba Casa da Música, destacando­‑se os nomes um número permanente de 94 instrumentis‑ de Emmanuel Nunes, Jonathan Harvey, Kaija tas, o que lhe permite executar todo o repertó‑ Saariaho, Magnus Lindberg,­ Pascal Dusa‑ rio sinfónico desde o Classicismo ao Século XXI. pin, Luca Francesconi, Unsuk Chin, Peter É parte integrante da Fundação Casa da Música Eötvös, Helmut Lachenmann, Georges Aper‑ desde Julho de 2006. ghis, Heinz Holliger, Sir Harrison Birtwistle e Georg Friedrich Haas, a que se junta em 2019 o compositor Jörg Widmann.

16 Violino I Violoncelo Trompa Álvaro Pereira Nikolai Gimaletdinov Nuno Vaz Francisco Lima Santos* Vicente Chuaqui José Bernardo Silva Radu Ungureanu Feodor Kolpachnikov Hugo Sousa* José Despujols Bruno Cardoso Bohdan Sebestik Roumiana Badeva Hrant Yeranosyan Ianina Khmelik Michal Kiska Trompete Evandra Gonçalves Gisela Neves Aleš Klančar* Emília Vanguelova Aaron Choi Luís Granjo Vadim Feldblioum Sharon Kinder Ivan Crespo Tünde Hadadi Ana Sofia Leão* Rui Brito Alan Guimarães Vladimir Grinman Contrabaixo Trombone Andras Burai Rui Rodrigues Severo Martinez Ana Luísa Carvalho* Florian Pertzborn Dawid Seidenberg Mafalda Vilan* Tiago Pinto Ribeiro André Conde* Nadia Choi Nuno Henriques* Violino II Joel Azevedo Ana Madalena Ribeiro Altino Carvalho Tuba Nancy Frederick Slawomir Marzec Luís Oliveira* Tatiana Afanasieva Jean Marc Faucher* José Paulo Jesus Tímpanos Lilit Davtyan Flauta Jean‑François­ Lézé Pedro Rocha Paulo Barros Domingos Lopes Ana Maria Ribeiro Percussão Francisco Pereira de Sousa Alexander Auer Bruno Costa Paul Almond Angelina Rodrigues Nuno Simões Jorman Hernandez* Paulo Oliveira Nikola Vasiljev Oboé André Dias* Raquel Santos* Aldo Salvetti Diogo Coelho* Tamás Bartók Harpa Pedro Carvalho* Roberto Henriques Ilaria Vivan Eldevina Materula Ana Aroso* Viola Mateusz Stasto Clarinete Piano Isabel Pereira* Luís Silva Luís Filipe Sá* Anna Gonera Carlos Alves Jean Loup Lecomte João Moreira Celesta Hazel Veitch Gergely Suto Luís Duarte* Biliana Chamlieva Luís Filipe Sá* Emília Alves Fagote Francisco Moreira Gavin Hill Acordeão Theo Ellegiers Robert Glassburner Fernando Brites* Rute Azevedo Pedro Victor Rodrigues* Luís Norberto Silva Vasily Suprunov Teresa Fleming* *instrumentistas convidados

17 PRÓXIMOS CONCERTOS

17 NOV DOM · 18:00 SALA SUGGIA POLIFONIA INTEMPORAL CORO CASA DA MÚSICA

PAUL HILLIER direcção musical Obras de Cristóbal de Morales, Fernão Gomes Correia, Manuel Cardoso, Pedro de Cristo, Alonso Lobo, David Fennessy e Tomás Luis de Victoria

22 NOV SEX · 21:00 SALA SUGGIA UM AMERICANO EM PARIS ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

TAKUO YUASA direcção musical Obras de Samuel Barber, Alberto Ginastera, George Gershwin e Robert Bennett

18 PRÓXIMOS CONCERTOS

24 NOV DOM · 12:00 SALA SUGGIA GERSHWIN COMENTADO ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

CONCERTO COMENTADO PARA FAMÍLIAS Sinfónica ao domingo Continente

TAKUO YUASA direcção musical Concerto comentado por TELMO MARQUES Obras de George Gershwin e Robert Bennett

29 NOV SEX · 21:00 SALA SUGGIA A QUINTA DE TCHAIKOVSKI ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA

BALDUR BRÖNNIMANN direcção musical Obras de Bohuslav Martinů e Piotr Ilitch Tchaikovski

19 MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL DO PORTO CASA DA MÚSICA CASA DA MÚSICA