Uso de Artefatos de Controladoria em Clubes de Futebol: Um Estudo de Caso no Esporte Clube

MAURÍCIO OLIVEIRA MAGALHÃES Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Resumo Os clubes de futebol, instituídos na maior parte, como instituições sem fins lucrativos, são obrigados a divulgar seus demonstrativos contábeis, conforme expresso na NBC T 10.13 - dos aspectos contábeis específicos em entidades desportivas profissionais. A chamada transparência por parte das instituições tem como finalidade a publicação dessas declarações, fazendo com que potenciais investidores possam analisar a saúde financeira do clube, gerando retornos positivos para a organização. Quanto mais transparente é a instituição, mais confiança o mercado terá nela e, dessa forma, maior serão as perspectivas de investidores e patrocinadores se aproximarem. Nessa conjuntura, a controladoria serve como um elo entre planejamento e organizações, na medida em que possui diversas ferramentas de gestão que podem auxiliá-las e, o controller será o profissional que apresentará informações fidedignas e, possuirá um conhecimento estratégico a respeito da organização. A pesquisa compreende um estudo de caso em um clube de tradição no cenário do futebol brasileiro, O Esporte Clube Bahia, que vem buscando o aumento da transparência, por meio da contabilidade, como instrumentos de atração de novos investimentos e diversificando cada vez mais as suas receitas. Considerando a relevância da contabilidade para este processo, o estudo buscou identificar a utilização de artefatos gerenciais por parte do Clube. A metodologia utilizada é um estudo de caso qualitativo que levantou os artefatos, bem como a situação de seu uso na Instituição. Os resultados evidenciam o papel dos artefatos de controladoria e contabilidade gerencial no clube, assim como o método utilizado pela gestão para diversificar cada vez mais as receitas do clube.

Palavras chave: Clubes de Futebol, Contabilidade Gerencial, Artefatos Controladoria.

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1 INTRODUÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO

É notória a relevância que o futebol possui na cultura nacional, a ponto de o Brasil ser conhecido como “O País do Futebol” e nele este esporte caracteriza-se como uma atividade cultural, social, de entretenimento e, atualmente, financeira. Movimentando relevantes volumes financeiros, o futebol se tornou um artifício com elevado poderio econômico. Por décadas, a gestão dos clubes de futebol brasileiros era amadora, com pequena diversidade de receitas e clubes endividados. A realidade atual não foge muito desse cenário crítico, porém é inegável a preocupação com a situação cultural histórica e reconhecimento do papel de uma boa gestão econômico-financeira por parte dos clubes. Com as mudanças que vem ocorrendo no futebol, as receitas passaram a se diversificar cada vez mais em todos os níveis. A tradicional e mais antiga forma de receita, a venda de ingressos, tem se tornado coadjuvante de outras receitas, como: associações, patrocínio, venda de jogadores, cotas de TV, loterias e demais receitas operacionais. Segundo Ferreira (2012), o interesse geral a respeito da gestão e das finanças dos clubes de futebol cresce a cada dia no Brasil. Agentes de mercado e parte da mídia percebem o crescimento da importância do setor na economia, e a necessidade de se implantar ferramentas de governança que permitam lançar luz sobre a situação financeira dos clubes, melhorando o grau de confiança na relação entre os “players” envolvidos com o futebol. O Esporte Clube Bahia é um clube que também passa por estas questões. Neste sentido, a Instituição vem buscando melhorias em sua contabilidade gerencial (também denominada de contabilidade de gestão) no intuito de melhorar o seu processo de governança. Desta forma, a contabilidade adquiriu proeminência neste processo. Apesar da relevância, os clubes não em grande parte não possuem uma gestão profissional, e Rezende (2009) afirma que os clubes de futebol deveriam possuir gestão profissional e seus torcedores deveriam ser tratados como clientes. Desta forma, foi realizada uma análise documental de demonstrações contábeis e relatórios gerenciais no Esporte Clube Bahia. Esta pesquisa se justifica pelo fato de poder conhecer de que forma é utilizado instrumentos de controladoria e gestão em uma entidade desportiva, com estudo de caso, em um clube de futebol. Para cumprir estes objetivos, o trabalho está organizado nas seguintes partes, além desta introdução: a fundamentação teórica que trata da temática estudada, a descrição da metodologia, a descrição e análise dos dados, o qual são abordados os artefatos existentes no Clube e as considerações finais.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Trabalhos Anteriores

Apresenta-se na Tabela 1, logo abaixo, estudos similares acerca da contabilidade em clubes de futebol, em especial, os instrumentos de contabilidade gerencial, auxiliando na investigação deste presente estudo. Dos trabalhos apresentados, destaca-se o trabalho de SILVA (2010), por evidenciar instrumentos de contabilidade gerencial no Avaí Futebol Clube, que de certa forma, apresenta similaridade.

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Tabela 1: Estudos relacionados à Contabilidade Gerencial em Clube de Futebol Autor(es) Temática Objetivo Resultados Silva (2010) Instrumentos da Analisar a utilização de Observou-se uma carência na Contabilidade instrumentos da Contabilidade sistematização dos setores, porém, Gerencial utilizados Gerencial no Avaí Futebol verificou-se a existência de artefatos em um clube de Clube, adaptados às suas que auxiliam o clube no futebol: caso Avaí características e necessidades. desenvolvimento das atividades e Futebol Clube tomada de decisão, como o planejamento estratégico, relatórios contábeis e financeiros, e orçamento. Soares (2005) A Contabilidade nos Explorar e evidenciar a Há muita precariedade nas Clubes de Futebol atividade nos clubes de futebol, informações contábeis prestadas sua forma de constituição pelos clubes de futebol brasileiros. jurídica, suas receitas e Por mais que algumas medidas despesas, seus principais tenham sido tomadas, ainda há empregados e motivadores de muito que se fazer para transformar expectativa financeira, os a realidade da gestão dos clubes de jogadores e soluções para futebol. obtenção de maiores receitas. Nakamura Reflexões Sobre a Debater a realidade presente e Os clubes que almejam grandes (2014) Gestão de Clubes de as tendências futuras do conquistas, deverá encarar desafios Futebol mercado de futebol brasileiro, que envolve: (1) criar um modelo no Brasil que envolve principalmente os de governança e gestão adequado a grandes clubes de projeção uma realidade de clube empresa; (2) nacional. adotar as melhores práticas de gestão para poderem ser competitivos e eficientes naquilo que fazem; e (3) explorar todas as possibilidades de geração de receita, criando superávits econômicos que possam ser eficientemente aplicados na formação de elencos fortes.

2.2 Contabilidade Gerencial

Segundo Horngren; Sundem; Stratton (2004) a contabilidade gerencial é “o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais”. O campo gerencial está passando por grandes inovações e oportunidades de crescimento, devido aos avanços tecnológicos e à necessidade de um profissional apto a competir diante da globalização. O desenvolvimento da função gerencial depende fundamentalmente do desempenho do contador em interagir com os diversos níveis da empresa, para estabelecer metas e objetivos a serem alcançados, podendo assim haver um crescimento e um aumento na lucratividade da empresa. Dessa forma, a gestão de uma organização exige informações relevantes para o processo decisório, conforme Anthony e Govindarajan (2008), na qual a contabilidade gerencial implica em abranger os usuários internos que necessitam das informações com maiores detalhes e peculiaridades. De acordo com Frezatti et al. (2009), o controle gerencial trata do processo de gestão e 3

apresenta o avanço da contabilidade gerencial, fazendo um elo entre os conceitos de contabilidade gerencial, controladoria e o próprio controle gerencial. Dessa forma, a contabilidade gerencial utiliza-se de recursos, a partir de um sistema de informações gerenciais, e a controladoria encarrega-se de cuidar para que todos os usuários disponham de todas as informações indispensáveis para que obtenham plenamente os seus objetivos Assim, a contabilidade gerencial está orientada para fins intrínsecos, convergindo para informações financeiras e não financeiras que auxiliarão os gestores no processo de tomada e decisões, em busca de atingir os objetivos da organização. Dessa forma, este ramo da contabilidade depende diretamente da utilização e desempenho do profissional em lidar com os níveis da empresa, objetivando alcançar as metas, podendo resultar em aumentos positivos de lucratividade na empresa.

2.3 Modelo de Gestão

O conceito de gestão faz parte do mundo globalizado e esse se dá por um processo bastante complexo, onde a gestão depende de ingredientes como planejamento, execução e controle. Esses elementos estão relacionados de maneira tão íntima com a organização, que a partir dela irá refletir as ações da empresa. Frezatti, et al. (2009, p. 48), afirmam que modelo de gestão é a maneira própria, única, individual de casa empresa administrar os seus negócios, ainda que, mesmo quando não estiver formalizado, se torna visível a partir do desenvolvimento das ações praticadas pelos controladores e pelos gestores. Por trás dessas ações, crenças, valores e sentimentos dos controladores e gestores estão presentes, direcionando a entidade. Dessa forma, o modelo de gestão da organização é único e não padronizado, uma vez que cada tipo de mercado existe uma gestão própria que irá atender os ensejos da organização. Os clubes de futebol movimentam cifras milionárias anualmente, estando assim reféns de uma gestão com qualidade das suas receitas. Em busca de uma melhor profissionalização, os clubes buscam alternativas viáveis para diversificar cada vez mais os seus recursos, como a título de exemplificação, o Marketing. De acordo com Nakamura (2014) os clubes têm explorado mais recentemente novas fontes de geração de receita, principalmente baseado na exploração do poder de consumo dos seus torcedores, que estão dispostos e propensos a comprar camisas, agasalhos, souvenirs e até mesmo livros e DVDs que fazem alusão ao clube que torcem, ou então a ídolos do presente ou do passado. Ainda segundo Nakamura (2014) tanto as receitas advindas dos programas de sócio torcedor quanto àquelas provenientes de arrecadação nos jogos ajudam certamente na preservação do equilíbrio financeiro dos clubes atualmente, mas serão especialmente importantes num futuro não muito distante em função das tendências que se projetam. Embora os clubes venham percebendo o valor de uma gestão contábil eficiente, ainda há uma lacuna muito grande no que se refere a transparência dessa forma, dificultando bastante ações de potenciais investidores nas instituições.

2.4 Controladoria

A controladoria tem a finalidade de garantir informações pertinentes ao processo decisório da gestão. Dessa forma, a controladoria é definida por Borinelli (2006) como um conjunto de

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conhecimentos que se constituem em bases teóricas e conceitos de ordens não operacional, econômica, financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional. Conforme destacam Bruni e Gomes (2010, p. 21)

a controladoria pode ser subdividida de duas formas: quanto à natureza da organização em que se aplica e quanto à eficácia da organização. Na primeira, considerando a forma como o mercado encontra-se segmentado, tem-se: Controladoria Empresarial, Controladoria Pública e Controladoria em Entidades do Terceiro Setor. Já quanto à eficácia, segunda forma, tem-se que: a organização deve ser considerada como um todo, ou seja, o objeto maior, e esse ainda, subdividido em: o processo (e o modelo) de gestão, o processo de formação dos resultados organizacionais e as necessidades informacionais.

Dessa forma, ainda segundo Bruni e Gomes (2010), o Controller apresenta-se como o profissional que tem como atribuição ir além dos registros contábeis, uma vez que possui habilidades interpretativas e analíticas, além de informações estatísticas e contábeis que atendem às necessidades gerenciais.

3 METODOLOGIA

O presente estudo caracteriza-se por um estudo de caso, que é um exame extensivo de um único exemplo de fenômeno de interesse e é também um exemplo de uma metodologia fenomenológica, definido por (BERNARDES, 1991) como “O método compreensivo que tem o mérito de sistematizar dados de natureza qualitativa”. A abordagem qualitativa é aquela que não tem como alvo a análise numérica, mas, o aprofundamento da compreensão por parte das decisões tomadas pelo corpo executivo da organização. A importância do contexto é relevante e Gil (2002, p. 133) refere-se a pesquisa qualitativa assim: a análise qualitativa depende de muitos fatores, tais como a natureza dos dados coletados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os pressupostos teóricos que nortearam a investigação. Pode-se, no entanto, definir esse processo como uma sequência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e a redação do relatório. O estudo foi realizado por meio de análise de documentos, observação sistemática e entrevista semiestruturada, para a qual algumas questões foram elaboradas previamente e as demais foram surgindo no desenvolvimento da entrevista. Vários autores já abordaram os passos necessários na condução de entrevistas qualitativas, como Kvale e Brinkmann (2009). Os sete estágios de uma investigação por meio de entrevista relatam uma sequência lógica de estágios, desde a tematização da investigação, até o projeto de estudo, a entrevista, a transcrição da entrevista, a análise dos dados, a verificação da validade, a confiabilidade e generalização dos achados e finalmente o Relato do Estudo. Os participantes selecionados para entrevista foram funcionários do Esporte Clube Bahia, sendo eles: Controller, Contador e Assistente Contábil. A coleta dos dados ocorreu também mediante a análise dos documentos produzidos e divulgados oficialmente pelo clube, em seu sítio eletrônico, tais como demonstrativos contábeis acompanhados do relatório de auditoria e, com destaque para Formulário Orçamentário, o qual contém os principais métodos gerenciais utilizados pela direção 5

executiva do clube. Quanto à observação sistemática, a partir de uma visita a sede do clube, analisou-se a estrutura administrativa e os departamentos de futebol, sendo eles amadores e profissionais. Na busca por identificar a conformidade do Clube em relação às NBCT 10.13, norma esta emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, analisou-se os demonstrativos contábeis emitidos e publicados pelo clube de futebol, analisando assim a transparência por parte de seus gestores. A partir disto, verificaram-se quais diretrizes a atual gestão do clube tem entendido como relevante para que ocorra a reformulação administrativa e a busca por novos patrocinadores, com o objetivo de alavancar o patrimônio da instituição. A validade da entrevista foi obtida com base na analise das questões por um pesquisador externo, a confiabilidade por meio da manutenção dos arquivos da entrevistas disponíveis para consulta de outros pesquisadores e a generalidade do achado é exemplificativa, ou seja, estudando o Esporte Clube Bahia é possível compreender a realidade de outras instituições no Brasil. Feito isto, foi realizada a análise do conteúdo, relatando um diagnóstico dos documentos apurados e do material da entrevista. Em termos éticos, esta pesquisa tem o compromisso geral de projetos de pesquisa que envolva seres humanos: Não causar danos aos envolvidos, consentimento informado ao longo do trabalho e entrega de um relatório de reciprocidade para os funcionários do Clube.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

O Esporte Clube Bahia é um clube desportivo brasileiro de futebol da cidade de Salvador, na Bahia. Fundado em 1º de janeiro de 1931, foi o primeiro clube a conquistar uma competição nacional, a Taça Brasil de 1959, que foi criada com o intuito de apontar o representante nacional na recém-criada Taça Libertadores. Em 1988, o tricolor baiano conquistou seu segundo título brasileiro e, com tais títulos, o Bahia é o único clube do Nordeste a deter dois títulos nacionais da principal competição do futebol brasileiro. Em meados de 2011, o Esporte Clube Bahia começou a traçar capítulos históricos na busca por uma reformulação administrativa. Até então, sob gestão de Marcelo Guimarães Filho, que segundo Varela (2015) diretoria considerada extremamente ditatorial pelos torcedores, uma vez que os mesmos não tinham voz, nem sequer tinham o direito de eleger seu presidente. Após dois anos com ações judiciais e tentativas de intervenção, processo comandado pelo advogado Carlos Rátis, ficou definido uma data simbólica da “Independência do Bahia”, assim intitulada pelos torcedores, que seria sete de setembro de 2013, podendo, a partir de então, o próprio torcedor escolher o seu representante dos mais altos cargos do clube, Presidente e Vice-presidente. A diretoria executiva do clube está composta atualmente por: Marcelo Sant’ana (Presidente), Pedro Henriques (vice-presidente), Marcelo Barros (Diretor Executivo), Jorge Avancini (Diretor de Mercado) e Diego Cerri (Diretor de Futebol).

4.1 Diversas receitas do Esporte Clube Bahia Como qualquer entidade, os clubes de futebol buscam diversificar as suas receitas para melhor gerir as suas atividades. No caso em estudo, as entradas de recursos variam, sendo as principais fontes de receitas:

4.1.1 Bilheteria – Arrecadação com Jogos O Esporte Clube Bahia não emite bilhete para jogos os quais possui mando de campo. 6

Existe um contrato junto com a concessionária da Arena Fonte Nova, a qual emite o bilhete, e juntamente com a Federação Bahiana de Futebol emitem o Boletim Financeiro da partida, sendo este contabilizado pelo Clube, onde são detalhados os dados da partida, como o local, horário, clubes participantes, apura-se a receita bruta, o número de torcedores pagantes e todas as deduções aplicadas sobre a receita. De acordo com informações prestadas pelo controller, quando foi assinada a parceria entre clube e concessionária da arena, o clube entregou a “incerteza de bilheteria”. Em contrapartida a arena lhe ofereceu uma “bilheteria constante”, que seria um valor fixo fruto de vários estudos que independa do resultado da bilheteria. A arena acreditou no potencial do clube de gerar receita proveniente dos seus jogos. Porém, a receita do clube não pode se limitar a esse valor. A partir do momento em que o clube estiver em boas condições nos campeonatos, a lógica será a bilheteria aumentar e este valor fixo ficaria muito aquém. Com isso, houve a necessidade de um novo contrato, no qual o Clube teria uma receita híbrida, existindo uma parte fixa mínima e uma parte variando de acordo com as receitas de bilheteria.

4.1.2 Transmissão de Jogos A transmissão de jogos tem desempenho fundamental como fonte de receita para clubes de futebol. A década de 90 ficou marcada pelo boom da expansão das redes de TV a cabo, fazendo com que houvesse também uma consequente expansão da exploração de imagem e transmissões esportivas pelas redes de TV aberta e TV a cabo, através do sistema pay-per- view. Recentemente, o Esporte Clube Bahia formalizou acordo com o canal Esporte Interativo (grupo turner) para os direitos de transmissão da TV fechada do campeonato brasileiro da seria A, temporadas 2019 a 2024. Conforme exposto em comunicado em seu site oficial: O Esporte Clube Bahia entende que o modelo adotado a pedido dos clubes e aceito pelo Esporte Interativo (Turner), semelhante ao da Premier League (Liga Inglesa), tem critérios mais justos entre os participantes. O rateio da receita engloba divisão igualitária (50%), classificação (25%) e audiência (25%). No futebol, a legislação brasileira determina que o direito de transmissão é compartilhado entre mandante e visitante. O acordo rendeu ainda ao clube a importância de R$ 40 milhões, entrando aos cofres da entidade no mês de março/2016 R$ 38 milhões e R$ 2 milhões referentes a tributos.

4.1.3 Premiações Os clubes de futebol são beneficiados financeiramente para participarem de campeonatos oficiais organizados pela Confederação Brasileira de Futebol, campeonatos regionais e nacionais, e também pelas Federações Estaduais, quando for o caso de campeonatos estaduais. A premiação se dá de acordo com as fases em que os clubes vão avançando na competição, conforme pode ser visto na Tabela 2 a seguir acerca da premiação da 2016:

Tabela 2: Premiação Copa do Nordeste 2016 Fases da Competição Premiação (RS) Eliminado na Primeira Fase 505 mil Quartas de Final 935 mil Semifinal 1.385 mil Vice-campeão 1.885 mil Campeão 2.385 mil

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Fonte: www.esporteinterativo.com.br/futebol-nordeste, 06/11/2015

4.1.4 Sócio Torcedor Nos últimos anos, vislumbrou-se uma nova forma de adquirir recursos para os clubes, com contribuições e mensalidades pagas por torcedores, que, em contrapartida, ganham diversos benefícios de acordo com o plano contratado. O Bahia possui diversos planos de sócio torcedor que se enquadre com os desejos e necessidade de cada associado, variando os valores e proporcionalmente os benefícios. Mediante assembleia realizada no clube, ficou decidido ainda que os sócios adimplentes possuem direito a voto em eleições, decidindo de forma direta o futuro do clube. No 1º quadrimestre de 2016 o Esporte Clube Bahia arrecadou mais de R$ 2,2 milhões com contribuição de sócios, que corresponde uma média mensal de R$ 550 mil.

4.1.5 Patrocínios Devido à importância que o futebol tem no cenário nacional, muitas empresas avistam um mercado para promover a sua marca. É dessa forma que os clubes de futebol promovem cada vez mais contratos e acordos, obtendo mais uma diversificação de receita. No mês de agosto/2016, o clube firmou acordo com seu novo “patrocinador máster”, a Caixa Econômica Federal, que estampará sua marca na camisa do time, sendo a principal Patrocinadora do clube. A Caixa atualmente é a maior apoiadora do Futebol Brasileiro, patrocinando 16 clubes de futebol com o intuito de representar a inclusão da cultura brasileira e do compromisso com a sociedade usando o futebol com elemento de integração social e econômica. Em seu site oficial, a Instituição expõe a satisfação de estar presente no Esporte Clube Bahia “É com muito orgulho que a Caixa patrocina o primeiro campeão do Brasil e o dono da melhor torcida do pais. Dá-lhe, Bahêa!” No contrato firmado entre o clube e a instituição financeira, com validade até Janeiro/2017, período em que a Caixa renova seus contratos, o Bahia foi beneficiado com a quantia de R$ 2 milhões, conforme publicado no Diário Oficial da União.

4.2 Gestão Contábil do Esporte Clube Bahia

Nesta seção, serão descritos os processos contábeis do Clube, conforme proposto pelo objetivo do trabalho.

4.2.1 Reformulação Administrativa e Gerencial Conforme consta no relatório das demonstrações financeiras auditadas, no ano de 2015, a atual diretoria, que tomou posse em dezembro de 2014, adotou como principais diretrizes: 1. A busca da recuperação da situação financeira do Clube; 2. O aumento do quadro de sócios; 3. A captação de novas parcerias e patrocínios; 4. A readequação da estrutura e da equipe administrativa; 5. A manutenção de uma política de total transparência em relação aos atos de gestão e de divulgação da situação econômico e financeira do “ECB”. Como consequência de tais medidas adotadas pela diretoria executiva, o clube captou novos patrocinadores, inclusive um novo patrocinador máster, agregando assim R$ 2,8 milhões em receita adicional no ano de 2015. Criou um novo meio de comunicação com o 8

torcedor, como o programa de rádio do esquadrão. Renovou contrato com a Arena Fonte Nova, idealizando um novo plano de sócios com acesso garantido aos jogos do clube em que for mandante, aumentando assim o quantitativo de sócios adimplentes de 6.766 em dezembro/2014 para 7.595 em dezembro/2015. Obteve certidões negativas de tributos. Aderiu ao PROFUT, equacionando e contabilizando uma redução de R$ 34,025 milhões da dívida tributária na esfera federal, e ainda gerou um resultado do exercício superavitário de R$ 34,154 milhões e reduziu o endividamento total no montante de R$ 30,550 milhões. As ações podem ser diagnosticadas com a significativa valorização da marca do clube, apurada de forma independente pela BDO Auditores Independentes, passando de R$ 72,5 milhões no ano de 2014, para R$ 102,5 milhões em 2015.

4.2.2 Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE) Em meados de agosto de 2015 foi sancionada a Lei nº 13.155/2015, que estabelece princípios e práticas de responsabilidade fiscal e financeira e de gestão transparente e democrática para entidades desportivas profissionais de futebol; institui parcelamentos especiais para recuperação de dívidas pela União, cria a Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT); dispõe sobre a gestão temerária no âmbito das entidades desportivas profissionais. Com este cenário e com o objetivo a implantação de uma gestão mais transparente e democrática e, principalmente, do equilíbrio financeiro, a LRFE trouxe impactos diretos para a gestão dos clubes de futebol. De acordo com o controller, o Esporte Clube Bahia se fez presente em importantes discussões promovidas pelos principais clubes de futebol brasileiros em reuniões ocorridas na cidade de (RS), sediada pelo e na cidade de São Paulo (SP), sediada pela Sociedade Esportiva Palmeiras, em que aspectos jurídicos, contábeis e de controladoria foram discutidos entre os clubes e com autoridades do Ministério dos Esportes e da Advocacia Geral da União. Todo esse processo acarretou na decisão do clube em aderir ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (PROFUT).

4.2.3 Controladoria e Contabilidade Societária

O setor de contabilidade do clube é composto por Diretor Administrativo-financeiro, controller, contador, assistente da administração financeira e assistente contábil. A contabilidade da instituição é realizada em sua totalidade pelos funcionários do clube, havendo um contador externo que analisa, revisa e homologa através de assinatura digital todas as informações, atuando como um auditor de procedimentos. Tais informações são geradas através de um software ERP (sigla para sistema integrado de categorias Enterprise Resource Planning) “Mxm Manager”, havendo de forma integrada módulo contábil, financeiro, tesouraria, e demais exigências operacionais, conforme pode ser ilustrado na Figura 1.

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Figura 1: Modelo de ERP. Fonte: Elaborado pelo próprio Autor.

O clube vem buscando adquirir equipamentos mais modernos para atender a questão de riscos e segurança da informação, haja vista que recentemente houve uma pane no sistema, fazendo com que perdesse informações já produzidas em alguns setores. De acordo com o contador, o clube elabora Balancete de forma mensal, que é um demonstrativo auxiliar que reúne todas as contas em movimento da instituição, e através dele pode-se extrair o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). A DRE, além de evidenciar o demonstrativo mensal, há um comparativo com os meses anteriores, sendo possível fazer análises a respeito do resultado líquido do clube em diferentes períodos. Nas Figuras 2 e 3, pode-se observar como estão estruturados o BP e a DRE, respectivamente:

Figura 2: Balanço Patrimonial do Esporte Clube Bahia – Abril/2016. Fonte: Esporte Clube Bahia (2016)

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Figura 3: Demonstrativo de Resultado do Exercício do Esporte Clube Bahia – Abril/2016 Fonte: Esporte Clube Bahia (2016)

As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis estabelecidas no Brasil, incluindo os pronunciamentos e orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aplicáveis às entidades desportivas profissionais, particularmente a Interpretação Técnica Geral (ITG) 2003 – Entidades Desportiva Profissional aprovada pela resolução CFC nº 1.429 de 25 de janeiro de 2013. A Tabela 3 apresenta as notas explicativas referentes práticas relevantes na determinação e no registro de estimativas contábeis aplicadas ao Esporte Clube Bahia.

Tabela 3: Notas explicativas Esporte Clube Bahia Práticas Contábeis Características Caixa e Equivalentes Contemplam caixa e equivalentes de caixa os valores que o clube possui em caixa, de Caixa bem como outros investimentos de curto prazo, de alta liquidez e com insignificante risco de variação do valor. Imobilizado Itens do imobilizado estão mensurados pelo custo de aquisição ou construção, deduzido a depreciação acumulada. Para calculo da depreciação, utiliza-se o método linear. Dentre os itens do imobilizado, destaca o Centro de Treinamento Fazendão, onde está localizado a Sede Administrativa e os departamentos de futebol, amadores e profissionais. Impairment Os itens do Imobilizado e do Intangível devem ser revistos para averiguar se esses ativos sofreram uma perda por redução ao valor recuperável. A administração do Esporte Clube Bahia efetua análise anual de seus ativos, procurando identificar se houve perda por redução ao valor recuperável. Empréstimos Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação, e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado.

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Práticas Contábeis Características Contingências O Clube é polo passivo em processos de natureza civil e trabalhista, dessa forma, são provisionados contabilmente valores referentes a processos que tenham expectativa provável de perda, de acordo com os consultores jurídicos do clube. Fonte: Relatório do Auditor Independente sobre as demonstrações contábeis ECB (2016).

O grupo dos Ativos Intangíveis atende aos expresso pela ITG 2003 – Entidade desportiva profissional, a qual estabelece que integram os ativos intangíveis os custos para formação/aquisição de atletas, bem como os direitos de imagem dos atletas profissionais. De acordo com esta norma, compõem o ativo intangível da entidade desportiva entre outros: a) os valores gastos diretamente relacionados com a formação, aquisição e renovação de contratos com atletas, inclusive luvas, valor da cláusula compensatória e comissões, desde que sejam esperados benefícios econômicos atribuíveis a este ativo e os custos correspondentes possam ser mensurados com confiabilidade; b) os valores relativos aos direitos de imagem. Os registros na conta Atletas em Formação incluem os gastos incorridos com os atletas em formação (base – alimentação, alojamento, vestuário, assistência médica, etc.), atribuídos individualmente aos atletas ainda não profissionalizados. Os custos incorridos mensalmente com a formação de atletas são segregados das demais despesas/custos do clube e são rateados uniformemente para compor o custo individual de cada atleta, de acordo com o número de atletas em formação no mês em que são incorridos. A amortização se dá a partir do momento em que o atleta é elevado à categoria de atleta profissional ou quando o mesmo é dispensado. Na conta Atletas Formados estão incluídos os custos acumulados durante a formação de atletas no clube ou os custos contratados (valor do desembolso, comissões a pagar aos agentes e outros) relativos aos direitos econômicos dos atletas cujo direito federativo pertencia à outra entidade, ainda não amortizados. A sua amortização é calculada de acordo com o prazo de vigência do contrato. Sobre a conta Direito de Imagem, destaca-se que os contratos de direito de imagem com os atletas autorizam o clube a fazer uso de seu nome, bem como sua imagem, mencionando-se aos valores contratados com os atletas profissionais a título de direito de imagem, havendo como contrapartida uma conta de passivo de igual denominação. As amortizações são realizadas de acordo com o prazo de vigência dos contratos, ou quando ocorrer a saída do atleta por rescisão contratual.

4.2.4 Contabilidade Gerencial O clube busca traçar objetivos em seu planejamento estratégico na qual mantém como valores norteadores a força e a representatividade do clube, respeitando a história, símbolos e valores do Esporte Clube Bahia, para que dessa forma possa cumprir seus propósitos, como impor-se no cenário brasileiro, possuir torcida grande em ampla geografia e barganhar grande número de sócios estando entre os maiores do Brasil. Conforme o Formulário Orçamentário, como metas operacionais o clube procura suplantar uma postura retrógrada, tomar decisões colegiadas, exaurindo decisões individuais, de forma que todos os processos sejam analisados em grupo, com uma administração fluída, limpa e idealizando sempre o equilíbrio financeiro. Ainda no escopo operacional, o clube tem a pretensão de ter uma divisão de base que traga resultados e seja centro de negócios e possuir centro de treinamento modernizado, valorizando o patrimônio. Ainda de acordo com o Formulário Orçamentário, para buscar seus resultados, o clube

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empenha-se em projetos de indicadores de desempenho, conforme expressos na Tabela 4:

Tabela 4: Indicadores de Desempenho Ações Objetivos Implantar Indicadores de Resultado, com ênfase Identificar medidas de desempenho para cada propósito, no BSC – Balanced Scorecard alinhando as ações aos objetivos da organização Gerar informações executivas para tomadas de Assegurar que todos esses artefatos deem suporte de decisões maneira confiável para a diretoria executiva Apoiar a implantação e o fortalecimento do Dar maior credibilidade a possíveis investidores e Núcleo de Transparência facilitando a relação com o mercado financeiro Monitoramento dos indicadores de desempenho Garantir que todas essas ações sejam supervisionadas e gerem os resultados esperados Fonte: Formulário Orçamentário Esporte Clube Bahia (2014)

Dessa forma, busca-se o acompanhamento sistemático, processo este que conta com a participação dos colaboradores em todos os níveis, e uma gestão estratégica, sendo a diretoria executiva o principal catalisador de tal processo. Seguindo ainda os instrumentos de planejamento estratégico, o Esporte Clube Bahia traça seu orçamento com políticas estratégicas, na qual tem como objetivo a busca pelo equilíbrio, e após consegui-lo, manter gestões com responsabilidade, sustentabilidade e força de planejamento. Quanto às políticas orçamentárias operacionais, o clube opera com três fases bem definidas, sendo elas, elaboração, execução e revisão. Na elaboração, propõe-se um orçamento participativo em todos os níveis da organização, buscando sempre a sustentabilidade, na tentativa de manter o equilíbrio orçamentário. O orçamento é elaborado por centro de custo e contas contábeis, e cabe à diretoria executiva implantar essa cultura organizacional, de forma que os gastos sejam baseados naquilo que foi orçado. Durante a execução, objetiva-se uma disciplina orçamentária rígida, devendo seguir o orçamento, ter uma consciência austera, seguindo com rigor tudo que foi planejado e orçado, e ainda durante a execução, utilizar-se de instrumento gerencial. Na revisão, cada diretor indicará um gestor orçamentário para acompanhar, fiscalizar e revisar o orçamento de forma trimestral. Quando houver alterações, estas precisam de autorização da presidência e submissão ao conselho. Para que haja remanejamento entre centros de uma mesma diretoria, deve-se comunicar à Diretoria Administrativa-Financeira, e por fim, remanejamento entre diretorias, somente com autorização das partes envolvidas e da presidência, submetido ao conselho. Na Figura 4, pode-se observar como está o acompanhamento orçamentário do clube no primeiro quadrimestre de 2016.

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Figura 4: Acompanhamento Orçamentário do Esporte Clube Bahia – 1º Quadrimestre/2016. Fonte: Esporte Clube Bahia (2016)

O acompanhamento orçamentário do clube possui um desvio grande, que se explica pelo fato do clube ter assinado acordo de televisão com o Grupo Turner, para transmitir os jogos do clube no campeonato brasileiro temporadas 2019 a 2024, receita esta que não estava prevista no orçamento do exercício de 2016.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os clubes de futebol, assim como demais organizações necessitam de recursos para gerir suas atividades, portanto, necessitam cada vez mais de profissionais capacitados para controle e gestão de seus exercícios. Se os clubes não se propuserem a romper com um passado marcado por gestões não profissionais, estarão sujeitos a maior risco de insucesso e passarão a ser coadjuvantes num ambiente de futebol avesso a incompetência gerencial. Desta forma, afastando potenciais investidores e ingresso de recursos para as agremiações. O presente trabalho buscou evidenciar os artefatos de controladoria e contabilidade 14

gerencial no Esporte Clube Bahia, descrevendo tanto a organização, quanto as questões de contabilidade gerencial, mais especificamente. No Esporte Clube Bahia foi observado vários instrumentos de contabilidade gerencial no processo de tomada de decisões, como o planejamento estratégico, relatórios contábeis e financeiros e políticas orçamentárias. Os demonstrativos contábeis são apresentados de forma sintética na divulgação, sem um rico detalhamento das contas, porém, é utilizado de forma analítica pelos gestores, facilitando a utilização no momento propício para tomada de decisões. Outrossim, o Esporte Clube Bahia tem buscado uma gestão cada vez mais transparente, fugindo de gestões temerárias, atribuindo valores e crenças da organização desde o seu planejamento estratégico, aplicando os artefatos de contabilidade gerencial e possuindo assim uma vantagem de obter elementos diferenciais e inovadores no seu processo decisório. O estudo se diferencia dos anteriores por apresentar a controladoria como artefato essencial na busca por mudanças na gestão dos clubes de futebol, tendo o controller ofício proeminente nesse processo, visto que possui atribuições de fornecer informações fidedignas e conhecimentos estratégicos a respeito da organização. Dentre as limitações da pesquisa, foram identificados artefatos gerenciais, entretanto não foi possível a utilização da observação etnográfica para análise do uso desses instrumentos nas práticas organizacionais. Destaca-se ainda, a não divulgação do parecer de relatoria da auditoria externa juntamente com os demonstrativos contábeis, na seção transparência do clube, devido a estar destacadas ações de natureza contábeis e gerenciais que podem ser relevantes para o conhecimento da sociedade contábil. Como sugestão para pesquisas posteriores, poderia ser feito um estudo de caso comparativo a respeito do reflexo das gestões em clubes de futebol, podendo ser entre clubes brasileiros ou até mesmo clubes do exterior, que possuam excelência em gestão de futebol.

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