RELATÓRIO DE GESTÃO

2011 - 2014 2 Relatório de Gestão Apresentação

objetivo deste relatório é documentar as principais ações, nos Ocampos pedagógico e administrativo, desenvolvidas entre os anos de 2011 e 2014. Nesse período, a secretária de Estado de Edu- cação foi Ana Lúcia Almeida Gazzola, que foi conduzida ao cargo no início da gestão do governador Antonio Anastasia, em janeiro de 2011, e reconduzida, em abril de 2014, pelo atual governador Alberto Pinto Coelho. Ao lado de Ana Lúcia Gazzola, atuaram como secretárias-adjuntas Maria Céres Pimenta Spínola Castro (2011 – 2012) e Maria Sueli Pires (2012 a 2014).

Logo no início de sua gestão, a secretária Ana Lúcia Gazzola de- terminou quatro grandes pilares para a educação mineira: ampliar o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP) para os anos finais do ensino fundamental, aumentar a qualidade do ensino médio e torná-lo mais atraente para o jovem, investir em formação continu- ada e aumentar a interlocução, no campo institucional, com outros atores da educação.

Todos esses objetivos foram perseguidos durante os quatro anos da gestão e tiveram como resultados ações concretas e abrangentes no cenário educacional regional e nacional.

Relatório de Gestão 3 SUMÁRIO RELATÓRIO de GEstão

> Educação Estadual MinEIRA 06

> Entrevista: Ana Lúcia GazzOLA 08 > O melhor ensino fundamental do BRASIL 18 > Ensino médio que se reinvenTA 26 > Educação ProfissionAL 36 > Diversidade e incLUSÃO 44 > Articulação em rede arap a promoção da cultura da apz 66

> Avaliações e Resultados EducacionAIS 75 > Investimentos e Gestão do Sistema EducacionAL 94 4 Relatório de Gestão > Interlocução com as regionais de ensinO 101

> Valorização do servIDOR 109 > A escola da escOLA 119

RELATÓRIO de GEstão - ACS

> IntroduçÃO 133

> NúcLEOS 135 > 1. Agência de notícias 138 > 2. Assessoria de imprensa 142 > 3. Comunicação Institucional - Criação, Publicidade e Mídias DIGITAIS 149 > 4. Comunicação Interna e Produção de EvenTOS 158 > 5. Produção AudiovISUAL 162 > 6. Redes Sociais 162

Relatório de Gestão 5 Educação Estadual Mineira 853 Municípios 47 SREs

inas Gerais tem a quarta maior extensão territo- com 3.671 escolas, além de 12 conservatórios de músi- Mrial do Brasil – sendo o maior estado da região ca, e 2.219.073 alunos, entre estudantes de toda a edu- Sudeste – e apresenta o maior número de municípios cação fundamental (1º ao 9º anos), ensino médio (1º ao dentre todos os estados brasileiros. Dos mais de cinco 3º anos) e Educação de Jovens e Adultos. mil municípios brasileiros, 853 são mineiros, 15,3% do total. Essas características implicam realidades re- A rede estadual mineira é a segunda maior do país, atrás gionais diversas. de São Paulo. Além de grande em números, é uma rede abrangente: existem unidades educacionais em 852 dos Existem, no estado, quase cinco milhões de estudantes 853 municípios mineiros. A única exceção é o município em 16.906 escolas públicas e particulares de educação de Jaguaraçu de Minas, cuja demanda é atendida pelo básica, segundo dados do Censo Escolar 2013. A rede município de Marliéria, que acaba sendo mais próximo estadual mineira representa uma boa fatia desse total, para os estudantes. 6 Relatório de Gestão Em Minas, há municípios e escolas estaduais das Além disso, também é importante destacar a mais diferentes sortes. , por exemplo, equipe de profissionais responsáveis pela rede: é o município com o maior número de escolas, com são mais de 200 mil profissionais ativos, o que 233 unidades, ao passo que 350 municípios mineiros representa um total de 235 mil cargos ativos na contam com apenas uma escola estadual. Na capital educação – um professor pode ocupar mais de mineira funciona a maior escola estadual de Minas, o um cargo, por isso a diferença entre os números. Instituto de Educação, que recebe 4,5 mil estudantes Considerando os cargos de servidores inativos, o de ensino fundamental e médio. Isso representa um conjunto da educação mineira conta com mais de número maior de estudantes do que a população total 400 mil cargos. de 189 municípios do Estado. Em um estado no qual os números são sempre im- Para garantir o funcionamento de toda essa estrutura, a pressionantes, garantir uma educação de qua- Secretaria de Estado de Educação de conta lidade é sempre um desafio. Desafio frente ao com uma gestão regionalizada. Atualmente, existem 47 qual a gestão dos últimos quatro anos conse- Superintendências Regionais de Ensino (SREs) distribuí- guiu fazer frente por meio do desenvolvimen- das em todas as regiões do estado. As SREs são respon- to de programas, projetos e ações que serão sáveis pela administração das escolas do Sistema. apresentadas a seguir.

Relatório de Gestão 7 Entrevista: Ana Lúcia Gazzola “A educação como força transformadora da sociedade”

la defende que a educação é um Eprocesso de libertação e de realiza- ção do indivíduo - nas suas aspirações pessoais e para as melhores oportuni- dades de vida – e da sociedade como um todo. Ao mesmo tempo, acredita que a educação “garante condições de intervirmos de maneira respeitosa no meio ambiente e no mundo, lembran- do-nos da nossa história, das nossas tradições, de tudo que foi feito pelas gerações anteriores”. Ela é a profes- sora Ana Lúcia Almeida Gazzola.

Nesta entrevista, a atual secretária de Estado de Educação de Minas Gerais faz um balanço da gestão, que se en- cerra no dia 31 de dezembro de 2014, enumera os eixos estruturadores de sua administração, reflete sobre os momen- tos de crise e dificuldades e fala ainda Em 2011, quando assumiu a pasta da Educação, a senhora estabe- sobre o orgulho de ter integrado a equi- leceu prioridades. Uma delas era fortalecer o Programa de Inter- pe da rede estadual de ensino e de sua venção Pedagógica (PIP), do Ensino Fundamental. Por quê? inabalável fé na educação como força transformadora da sociedade. Para ela, Na minha primeira semana na Secretaria, em janeiro de 2011, eu me reuni com a fé na educação é simbolizada pela as pessoas que dirigiam os principais projetos e programas do órgão e me im- metáfora da pira olímpica: “quando os pressionou imediatamente a qualidade da intervenção realizada pelo PIP. Eu jogos vão começar em qualquer país, costumo dizer que os dois maiores programas de intervenção que eu já vi na a tocha é acesa na pira, em Olímpia, e educação brasileira são: a Capes, no plano federal, que instituiu o fomento, o percorre os cinco continentes até o seu financiamento e a avaliação na pós-graduação nas universidades brasileiras e destino. Nessa caminhada, cada atleta contribuiu fortemente para institucionalizar as pesquisas. E no campo da educa- carrega a tocha por um trecho do cami- ção básica, é o PIP. A capacidade transformadora dessas duas grandes interven- nho. A educação é assim”. ções, uma no ensino superior e outra na educação básica, não tem similar.

8 Relatório de Gestão Percebi que esse era o eixo dos grandes avanços que já PIP a escolas da rede estadual. Só eventos de capacitação estavam acontecendo na educação básica de Minas, mas foram mais de 600. Então, os números são extraordinários, percebi também que o programa ainda tinha um alcance porque é um trabalho de garimpagem, trabalho guerrilhei- parcial. Naquele momento, ele estava na rede estadual ro, escola por escola, sala de aula por sala de aula, tra- e nas escolas que tinham os cinco anos iniciais do ensi- zendo os insumos, os resultados, as informações que são no fundamental. Nós, então, tomamos a decisão, ainda geradas pelo Sistema Mineiro de Avaliação da Educação naquela primeira semana, de ampliar a abrangência do Pública (Simave) com as provas do Proeb (Programa de programa para os anos finais do ensino fundamental. Fa- Avaliação da Rede Pública de Educação Básica), Proalfa zendo, é claro, todos os ajustes metodológicos que fos- (Programa de Avaliação da Alfabetização) e PAAE (Pro- sem necessários. grama de Avaliação da Aprendizagem Escolar). As duas primeiras feitas de forma censitária e anual, com partici- E qual a avaliação a senhora faz dessa amplia- pação voluntária dos alunos, mas altíssima. O Proalfa do ção do PIP? ano passado registrou mais de 94% de participação dos meninos do 3º ano (do ensino fundamental) e tivemos um Os resultados estão aí. O PIP dos anos iniciais foi implan- resultado espetacular, de mais de 93% de alunos da rede tado em 2007 e já em 2009 Minas chegou ao primeiro no nível recomendado. lugar nos anos iniciais do ensino fundamental no País no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). É um trabalho que envolve milhares de pessoas, envolve Não só a rede estadual entre as 27 redes estaduais, mas todas as escolas, todos os professores. É um trabalho de Minas como território entre todos os estados do País e equipe e isso é muito importante, que vem sendo aper- o Distrito Federal. Depois, o mesmo fenômeno repete-se feiçoado, consolidado e expandido ao longo dos anos. com o PIP dos anos finais. Foi implantado em 2012 e Esse grande programa é mesmo um articulador, mas é em 2013, quando ocorreu a primeira Prova Brasil após claro que ele não é o responsável sozinho pelos avan- a expansão do PIP, nós já fomos para o primeiro lugar ços. Todas as ações se somam e levam a esse resultado do País. Novamente como rede, novamente como estado. extraordinário, mas sem dúvida o eixo articulador desse E na contramão dos resultados nacionais. O Brasil não avanço é o PIP e a utilização dos resultados do Simave. atingiu as metas que o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu para os anos finais, mas Minas Gerais e a E o PIP tem uma dimensão para além dos muros nossa rede não só atingiram como ultrapassaram as me- da escola, não é? tas em um movimento positivo, na direção contrária à la- cuna que ainda se mantém no País nesse nível de ensino. Exatamente. Está comprovado por vários estudos e pes- quisas feitas internacionalmente que a vinculação da Na prática, como o trabalho do PIP levou o Esta- família ao processo escolar tem muito a ver com o resul- do a chegar a esses resultados? tado dos filhos. Quanto maior o envolvimento dos pais e responsáveis, maior a chance de que o desempenho do O PIP é fruto de uma construção artesanal, delicada e ao aluno se torne melhor. É muito importante que as escolas mesmo tempo extremamente sofisticada. Para citar ape- consigam tecer essa rede de cumplicidade, de solidarie- nas alguns números, no ano de 2013 nós tivemos mais dade, de compromisso mútuo com os pais e responsá- de 80 mil visitas de trabalho registradas pelas equipes do veis pelos alunos. À medida que os pais compreendem os

Relatório de Gestão 9 processos, os procedimentos, compreendem o que é uma de Minas que oferecem os anos iniciais do ensino fun- avaliação e porque ela é importante. Eles mesmos vão damental, com recursos do Governo Estadual e apoio exigir que seus filhos participem dessas provas, porque logístico dos prefeitos, que criam as suas equipes e pa- eles compreendem que essas provas são um instrumento gam o seu deslocamento para eventos de formação e de gestão para que a gente possa melhorar a educação. capacitação. Mas toda a produção do material pedagó- gico de apoio, o treinamento das equipes das secretarias Há um dia, que agora faz parte do calendário escolar, que municipais, o monitoramento, o estabelecimento de me- a gente chama de “Dia D”. O “Dia D” é um dia que as tas, tudo isso é feito com recursos do Governo Estadual, escolas param as suas atividades de rotina para discutir os porque a educação é do estado inteiro. resultados das avaliações, sejam as avaliações do Sistema Mineiro, sejam os resultados do Ideb. Esse dia é um dia em Quando nós oferecemos aos prefeitos a entrada no PIP e que a comunidade debate e faz propostas para aperfeiçoar fizemos o trabalho de transcrever os conteúdos pedagógi- o PPP, o Plano Político Pedagógico, que as escolas constro- cos, adequá-los ao contexto das secretarias municipais de em anualmente com o apoio do Órgão Central e das Supe- educação, nós esperávamos que 30% das prefeituras ade- rintendências. E alguns dias depois do “Dia D”, os pais e rissem. Para nossa grata surpresa, todas as 853 prefeituras responsáveis por todos os alunos são convidados para vir às aderiram. É o maior programa de cooperação educacional escolas, porque nós precisamos dar satisfação a eles, prestar entre um estado e seus municípios desse país. as informações necessárias, mostrar os pontos de estrangu- lamento, mostrar também o que avançou e que medidas E há outros exemplos de ações e programas nós vamos tomar e discuti-las com eles. Os pais também compartilhados? têm que ser coautores de toda essa intervenção. É um pro- cesso maravilhoso, participativo, que ocorre no Estado intei- Sim, nosso trabalho é integrado. Veja, por exemplo, o trans- ro e hoje eu acho que essa cultura da avaliação já se tornou porte escolar. Conseguimos com os nossos deputados da parte do nosso cotidiano. bancada no Congresso Nacional emendas para adquirir ôni- bus e doar para os municípios. E nós estamos implantando, Outro pilar foi a ampliação das relações institucionais. com apoio do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento O Próprio PIP foi e é objeto dessa estratégia, não é? da Educação), através do Departamento de Transportes da Escola de Engenharia da UFMG, e com o Instituto de Geo- Sem dúvida. O governador é o governador de todos. A ciências Aplicadas do Governo do Estado, um projeto extre- Secretaria de Estado de Educação é a gestora de sua mamente inovador de gestão do transporte escolar. rede, mas também coordena a política de educação bási- ca de Minas Gerais. Então, os instrumentos bem-sucedi- Ampliamos os programas de apoio à infraestrutura e dos precisam ser socializados, compartilhados. equipamentos das escolas municipais, claro que com as limitações de recursos que existem, mas colocamos Nós demos muita atenção, nesse período, à relação com o máximo possível. Participamos ativamente do progra- as prefeituras e com as secretarias municipais de edu- ma Pró-Município, que o então governador Anastasia cação. O PIP estava na rede estadual nos anos iniciais. lançou e que atendeu, sem exceção, todos os muni- Hoje, ele está na rede estadual, nos nove anos do ensino cípios de Minas. A educação participou, com recursos fundamental, e também em todas as escolas municipais importantes, desse processo.

10 Relatório de Gestão Esse trabalho de cooperação envolve outros setores? seus segmentos, se preocupa com diferentes po- líticas, mas não há um debate sobre governança, Sim, claro. Também precisamos do apoio da sociedade sobre o futuro, em que não apareçam educação, civil. Aliás, isso está explícito na Constituição Federal. A saúde, segurança pública. Essas três políticas, tão educação é um direito de todos e é também um dever estruturantes, são realmente parte das nossas pre- de toda a sociedade. Nós temos o apoio dos empresá- ocupações cidadãs. rios, nós temos o apoio do terceiro setor. Nós criamos um programa chamado Minas Presente na Escola em que Há 20 anos os gestores da educação tinham que lu- empresas nos apoiam para colocar atividades extras de tar para serem ouvidos dentro dos vários governos. contraturno como um valor agregado. Tudo isso é extre- Mas hoje é impossível e impensável que candidatos mamente importante. a uma Prefeitura, a um Governo Estadual, à Presi- dência da República, ao Senado, às Casas Legisla- Há articulação política importante com os vários tivas não coloquem a educação como uma pauta movimentos que trabalham com a questão edu- importante em suas agendas, como candidatos e cacional, parceiros diferentes, empresários, redes depois como agentes públicos. empresariais, todos sempre ouvindo, escutando, trazendo propostas e assim por diante. Nós traba- Outro pilar da gestão foi a formação continuada lhamos com o Servas, com o Sebrae, com a Conspi- dos educadores? ração Mineira pela Educação, com vários institutos ligados a empresas privadas. Trabalhamos com to- Todas as secretarias de educação, ao longo de suas dos os setores que se dispuseram a estar de mãos histórias, se preocupam com a formação continuada. dadas com a Secretaria para que a educação de Quanto mais a ciência avança, os processos de produ- Minas continuasse avançando rapidamente em di- ção de conhecimento se aceleram, mais necessária se reção a sua própria história e na direção de suas faz a formação continuada. Hoje, um diploma não fina- utopias e seus sonhos de qualidade. Claro que as liza a formação. Hoje, o profissional de qualquer área utopias existem para que a gente nunca as alcance, sabe que ele terá de voltar à escola, seja por instru- mas elas nos fazem avançar e caminhar e isso é mentos a distância, seja pelo seu próprio processo in- muito importante. dividual de leitura, de estudo, seja voltando - de forma presencial ou semipresencial - às escolas. A capacitação Ao ouvi-la, tenho a impressão de que a Educação profissional, a atualização, têm que ser permanentes, passou a fazer parte da preocupação de gestores porque o conhecimento hoje muda muito depressa. públicos, da iniciativa privada, dos mais variados setores da sociedade... Além disso, no Brasil, ainda existe um descompasso entre a formação inicial dos professores nas universi- Eu não tenho dúvidas quanto a isso. Hoje o dis- dades e a vida real. Quando o professor sai licenciado curso sobre a importância da educação não é feito de uma instituição de ensino superior, faz um concur- apenas pelos educadores, é feito por toda a socie- so, é contratado, é nomeado e entra em uma sala de dade, que se preocupa com as políticas públicas aula, a realidade com a qual ele se depara é muito estruturantes. Claro que a sociedade, cada um dos mais complexa, é muito mais difícil, é a vida real.

Relatório de Gestão 11 Estamos lidando com o campo da educação pública, com cretários de estado, para os gestores, para o pessoal do grandes contradições sociais entre os nossos alunos, com financeiro, para os auditores, para os nossos assessores uma diversidade cultural enorme – o que é positivo – e jurídicos todos estão dentro desse grande guarda-chuva com diferenças sociais enormes, o que atormenta nos- do desenvolvimento profissional. Tudo isso é formação, sa história contemporânea, insiste em nos atormentar, tudo isso é reflexão coletiva, tudo isso é muito impor- como país e como sociedade. tante. Ela continua os processos de formação dos edu- cadores e profissionais da educação. Ela vai ouvi-los e Então, formar um professor para tudo isso não é sim- responder às suas necessidades. ples. A formação inicial prepara até certo ponto, mas é a experiência da vida real na sala de aula que vai con- E, além disso, a Magistra trabalha de forma articulada tinuar a desafiar o professor em toda a sua carreira. com os programas estratégicos da Secretaria de Estado É preciso colocar para o professor instrumentos, fer- de Educação. A Magistra é um dos pilares que susten- ramentas, processos que possam ampliar a sua visão, tam a Educação. É como se nós tivéssemos um triângulo consolidar sua formação inicial, dar maior abrangên- equilátero – boa metáfora, já que é o símbolo de Minas cia às suas possibilidades e ampliar o desenvolvimen- Gerais – e nas pontas nós temos os pilares que susten- to profissional, individual e o exercício do magistério. tam o projeto da Educação: a avaliação; o conjunto das Por isso, é muito importante que as próprias redes ações pedagógicas da Secretaria; e a Magistra, como estaduais desenvolvam instrumentos sistemáticos de terceiro vértice. capacitação, de formação continuada. Já que a senhora falou sobre o conjunto de ações E a Magistra é esse instrumento? pedagógicas, gostaria de sua avaliação sobre o Reinventando o Ensino Médio, proposta da inter- A Magistra é isso. Ela, como o PIP e o Simave, é uma venção pedagógica para o ensino médio. mudança de patamar. A Magistra trabalha com a rede de instituições de educação superior do estado, que são No ensino médio, nós tínhamos também alguns progra- nossas parceiras, que respondem às nossas demandas, mas muito pontuais e ficou visível logo nos primeiros mas também nos trazem as suas propostas. Ao mesmo dias que precisávamos ter uma concepção nova, inclusive tempo, as pessoas que estão atuando no núcleo da Ma- para responder aos enormes desafios postos a esse nível gistra circulam na nossa rede e este movimento é que de escolaridade, que, aliás, é a responsabilidade quase projeta as possibilidades de formação continuada. Os que exclusiva dos governos estaduais. Aqui em Minas, e profissionais da educação fazem demandas e, com isso, não é diferente no resto do Brasil, a rede estadual ofe- nós nos orientamos para trazer as alternativas que eles rece 87% das vagas totais de ensino médio do estado, querem, que podem contribuir para o seu avanço pessoal incluindo sistema federal, escolas particulares etc. Então, e profissional. É um diálogo. era óbvio que essa era uma responsabilidade absoluta- mente essencial. Nós, então, fizemos nos meses iniciais A Magistra acolhe a ideia de todas as capacitações pro- um estudo-diagnóstico bem profundo; procuramos pro- fissionais feitas pelas Superintendências Regionais de gramas de intervenção em ensino médio no Brasil e no Ensino, feitas no âmbito de cada escola, discutindo as mundo, inclusive através de contatos com consultorias Rodas de Conversa, cursos de capacitação para os se- internacionais, mas na verdade percebemos que aquilo

12 Relatório de Gestão que nós queríamos fazer não existia. Nós teríamos, en- escolhe três, cada aluno escolhe uma – não são áreas tão, de aprender a fazer, por isso o gerúndio do nome fechadas. Elas são, na verdade, campos de possibilidades Reinventando o Ensino Médio. para que o aluno tenha empregabilidade. Para que ele aprenda não um conhecimento fechado, mas aprenda Desde o início, contudo, ficou claro, e eu disse isso muitas que aprender é aprender continuamente. E essas ferra- vezes, que o Reinventando o Ensino Médio era o nome mentas e instrumentais que ele vai adquirindo nas áreas de um processo. Assim que este processo estivesse im- de empregabilidade transformam também as chamadas plantado, este nome deveria desaparecer, porque aí ele disciplinas ortodoxas. Nós fizemos também a revisão dos teria que ser apenas ensino médio. Mas enquanto não vários conteúdos disciplinares, os modelos dos chama- estivesse universalizado, o modelo precisava se nomear dos conteúdos básicos comuns. Tudo isso foi arejado, re- pelo próprio processo. Para distinguir onde o processo visado, transformado. Tudo isso foi ficando mais aberto, já estava em curso e onde ainda não estava. Nós já o interdisciplinar e convergente. universalizamos e vai chegando a hora de abrir mão do nome de batismo e, quem sabe, a partir de 2015 seja E também procurando realizar atividades fora da sala de apenas o ensino médio de Minas... aula, fora da escola, para que o aluno possa se apropriar de seu território, compreender o mundo em que vive e Como é que se desenha o Reinventando? as possibilidades de atuação nesse mundo que se abrirá para ele, seja através da continuidade de estudos para a O Reinventando procura, primeiro, responder as expectati- universidade, seja através do mundo do trabalho, para vas e perspectivas do aluno, que não pode ser apenas um o emprego formal, seja através do empreendedorismo objetivo, precisa ser entendido como um sujeito em um pro- para as atividades de caráter mais empresarial, comer- cesso. Exatamente em um momento em nossa vida em que cial, que o aluno possa implantar e desenvolver. nós, quando adolescentes, contestamos autoridades, preci- samos nos afirmar como sujeito e queremos passar a ser Sua gestão foi também intensa na busca de solu- coautores do nosso destino. Então, o ensino médio, o nosso ções para a carreira e houve inclusive a implan- Reinventando responde a isso. Ele procura articular as tec- tação de um novo modelo remuneratório. Qual a nologias de informação ao processo de ensino, reconhece avaliação que a senhora faz? o novo papel para o professor, de condutor, de maestro, de mapa, de rota, enfim, um professor está ali de mãos dadas Há questões de carreira que estão embutidas no novo com esse aluno ajudando no percurso. A própria ideia de modelo de remuneração, mas não foi implantado um percurso em oposição a curso, como algo mais personali- novo plano de carreira, que considero absolutamente zado para o aluno, algo que ofereça opções, algo do qual pertinente e necessário. O modelo de remuneração que o aluno participe. A construção é do aluno também. Foi no foi adotado é muito mais simples e permite que a pessoa modelo e está sendo na continuidade da construção do mo- possa se visualizar em sua carreira e, portanto, transcre- delo, em sua implementação. vendo o seu momento na carreira numa remuneração clara, que a pessoa pode compreender e monitorar. E é a ideia de aproximar o mundo da escola do mundo do trabalho e da vida, porque as áreas de empregabi- O sistema anterior era extremamente complexo, de lidade que nós oferecemos aos alunos – cada escola modo que as pessoas sabiam o quanto recebiam, mas

Relatório de Gestão 13 não o quanto ganhavam. E havia algumas distorções. pessoa pode optar por pagar a contribuição previden- Inclusive, quando esse novo modelo foi implantado ciária e vai incorporando, dentro de uma fórmula que ele atendeu, inicialmente, mais as pessoas recentes consta na própria lei que foi publicada em 2012. na carreira. Mas logo ao final do meu primeiro ano como titular da Secretaria nós implantamos a revisão Outra coisa muito importante é que no nível hori- do modelo e recuperamos o tempo das pessoas. Valo- zontal a pessoa pode chegar a ter uma remuneração rizamos, inclusive, para posicionar os profissionais da maior que a do último nível, da última letra. Antes, a educação na tabela, o tempo anterior a seu concurso. pessoa ficava com uma vantagem pessoal e cada vez Desde o primeiro dia em que uma pessoa começou a que houvesse o aumento anual, aquilo ia sendo dedu- prestar serviços à Secretaria de Educação como subs- zido. Em outras palavras, a pessoa ganhava, mas não tituta, por exemplo, esse tempo total foi apropriado levava. Com a lei de 2012, não. Toda vantagem pesso- para que as pessoas pudessem ser reposicionadas na al passa a ser corrigida na data base, pelo mesmo ín- tabela. Portanto, um grande avanço. Além disso, a re- dice da política remuneratória. Uma coisa não é mais muneração unificada impede que a pessoa perca par- engolida pela outra. Muitas vezes as pessoas não per- celas quando, por exemplo, tira uma licença-saúde ou cebem isso. Elas veem que o contracheque melhorou, quando se aposenta. Aquele famoso pó-de-giz, que mas elas não percebem que essas mudanças vão ser era uma gratificação por dar aula, o professor perdia muito importantes quando elas se aposentarem. quando tirava uma licença ou se aposentava. Ou esta- va na sala de aula e tinha o pó-de-giz ou, se não es- Melhoramos muito as gratificações das funções em tivesse, por qualquer razão, o profissional perdia uma cargos dentro da escola, secretários de escolas, vice- parte importante de sua remuneração. Como tudo foi -diretor, diretor. Implementamos o decreto que criou incorporado à remuneração em parcela única, agora para os diretores de escola a progressão adicional na não se perde mais nada. carreira docente por ter sido diretor.

E a pessoa transita na tabela. Na horizontal, pela A adoção do 1/3 da jornada para atividades ex- progressão por tempo, e na vertical, pela promoção traclasse também foi muito importante... por tempos maiores e pela escolaridade. É claro que todos os modelos precisam ser aperfeiçoados, mas Isso também é um grande avanço, porque nós reco- se avançou muito. nhecemos que tem de fazer parte da jornada do pro- fessor o tempo para preparação de aula. Talvez a lei Que outros exemplos de avanço podemos citar? de Minas Gerais seja, junto com a de Tocantins, as duas melhores do país. Um terço da jornada do pro- Havia também várias parcelas da remuneração que fessor e das funções de magistérios tem de ficar re- a pessoa não incorporava para aposentadoria. Por servado a atividades sem contato com o aluno. Numa exemplo, um professor que dava aulas a mais como jornada típica atual da nossa rede, de 24 horas sema- extensão de jornada recebia enquanto dava as aulas, nais, oito horas são para atividades sem contato com mas podia dar 20 anos de extensão de jornada e só o aluno para que o educador possa programar o seu levava para a aposentadoria a jornada de sua nome- trabalho. A nossa lei prevê que dessas oito horas, a ação, aquela para a qual foi nomeado. Agora, não. A metade possa ser realizada em local de livre escolha

14 Relatório de Gestão do professor. Ele pode ficar em casa, pode ficar numa Então, há desde questões relacionadas às grandes biblioteca, ele pode estudar, pode fazer o que quiser. transformações da cultura, às dificuldades da execu- Das outras quatro, duas ele tem que ficar na escola. E, ção, e também as demandas do cotidiano. E existem se ele estiver se capacitando, na Magistra ou em outro também as demandas corporativas, sindicais, das mais curso autorizado ou promovido pela Secretaria, des- justas às mais autocentradas, digamos assim. A greve é sas outras quatro ele pode ficar mais duas em local um direito do trabalhador, que pode retirar a sua força de livre escolha. Então, das oito horas de atividades de trabalho voluntariamente a partir de uma decisão extraclasse da jornada padrão, o professor pode ficar da assembleia da categoria. Mas, terminada a greve, de quatro a seis em local de livre escolha. Duas ele todos os calendários têm que ser modificados e o Esta- tem de ficar na escola para reuniões, debates etc. tuto do Magistério, Estatuto do Servidor e a Lei de Di- retrizes e Bases da Educação Nacional e a Lei de Greve, Professora Ana Lúcia, eu vou tomar a liberdade têm que ser respeitados. de eleger dois momentos que me parecem difí- ceis: uma greve, no primeiro ano da sua gestão, Houve momentos em que nós tivemos de tomar de- e quando o Supremo Tribunal Federal julgou in- cisões em prol dos direitos dos alunos. A própria constitucional a chamada Lei 100. Como é que fo- lei de greve diz que o Estado, o poder público, tem ram esses dois momentos para a senhora e para a responsabilidade de não permitir danos irrever- a equipe da Secretaria de Estado de Educação? síveis. Isto consta da lei sindical e nós nos apro- ximamos, em 2011, do momento em que o Enem Dirigir uma rede estadual complexa e grande como a (Exame Nacional do Ensino Médio) poderia não ser nossa é muito difícil. O estado é extremamente vasto, feito pelos nossos alunos. Então, se os jovens não com sub-regiões muito diferenciadas. As escolas esta- estivessem preparados para o Enem, que se trans- duais estão nas sedes dos municípios, mas também nos formou na porta de entrada da maioria das gran- distritos, nas fazendas, na zona rural, nas nações indí- des universidades públicas do país, aquilo seria um genas, nas comunidades quilombolas. Temos escolas de dano irreversível. Por isso, nós tomamos decisões educação especial, temos conservatórios de música e difíceis, como a de substituir os professores do 3º arte, temos escolas em assentamentos, em unidades pri- ano do ensino médio para que os alunos tivessem sionais, em instituições socioeducativas. A rede estadual uma situação mais tranquila para fazer o Enem. São é, portanto, muito complexa. Eu até acho graça quando decisões muito difíceis, porque não se pretende ne- dizem que uma escola privada é melhor que uma es- gar o direito à greve, nem enfraquecer a greve, mas cola pública. Você conhece uma escola privada dentro é preciso garantir o direito do aluno. de prisão? Você já viu um empresário criar uma escola numa nação indígena ou numa comunidade quilombo- Outra coisa, a reposição precisa ser feita após o térmi- la? Quem está lá é o poder público. E tem que estar. As no da greve. Eu sou professora, participei de movimen- dificuldades, as complexidades da malha de uma rede tos grevistas, já fui de comando de greve, mas sempre pública, tudo isso é muito maior do que qualquer pers- repus as minhas aulas integralmente e com qualidade pectiva de escola particular, de escola privada. E num dentro dos novos calendários, quando o movimento estado complexo como o nosso e extenso como um país, grevista se encerrava. Eu não posso aceitar que uma tudo isso é muito mais desafiador. pessoa entenda que a greve é um direito - e é -, mas

Relatório de Gestão 15 não entenda que a reposição é um dever. Outra coisa recer, porque elas não contribuíam com a previdên- muito importante: as pessoas que estão em cargos de cia federal, o INSS, nem para o regime próprio. Então, confiança não podem aderir à greve. Quer dizer, podem, onde é que elas iam ficar assim que se aposentassem? mas elas devem pedir a exoneração do cargo de con- Porque era como se esse tempo não existisse. Com a fiança. O cargo de confiança é um instrumento que o Lei 100, com o acordo que foi feito, o tempo se tor- poder público tem para manter o sistema, pelo menos no nou real, todas as pessoas tiveram essa de metabolismo basal. E qual é o metabolismo basal para tempo. Além disso, com a Lei 100, os mais velhos pu- nós? Acolher as crianças e jovens, dar a merenda esco- deram se aposentar e mais de 20 mil colegas nossos lar e mantê-los em escolas, espaços protegidos. Se nós se aposentaram pelo regime próprio do Estado. Isso estamos em greve, os segmentos entram em greve, os foi extremamente importante. alunos vão ficar no meio da rua? Isso não é correto. Nós temos que manter o aluno dentro do espaço escolar, dar Sendo julgada inconstitucional, a Lei 100 mexeu com alguma atividade lúdica, um trabalho, o que for, e temos a vida de 80 mil pessoas e seus familiares. Nós es- que garantir a alimentação que é essencial para muitas tamos cumprindo as decisões do Supremo Tribunal de nossas crianças e jovens. Nós sabemos muito bem Federal de maneira correta, planejada. O Ministério qual é a complexidade socioeconômica do universo do Público está acompanhando os cronogramas. nosso alunado. Os que estão em cargos de confiança aceitaram esses cargos e têm gratificações para exer- Secretária, chegando ao final, gostaria que a se- cer a confiança, esse é o limite do compromisso que nhora deixasse uma mensagem, uma sugestão, não pode faltar. As pessoas assinam um documento uma fala como professora, como gestora, como quando assumem o cargo dizendo “eu cumprirei as educadora em relação à nossa educação pública. determinações da Secretaria”. Se a pessoa chega ao momento que ela acha que não pode cumprir, ela tem Cada escola que a gente inaugura, cada reforma de pedir exoneração. Ela não pode não descumprir, que é concluída, eu recebo e-mails, mensagens, as quebrando a confiança, e querer continuar em um car- pessoas agradecendo orgulhosas. Eu agradeço mui- go. Isso não pode. Eu já saí de cargo de confiança em to a todos os colegas da rede pelo acolhimento. Eu momentos de greve porque eu queria fazer a greve. sempre fui muito bem recebida. Fui a primeira a Agora, eu tive o ônus da minha decisão. A gente não visitar as 47 Superintendências Regionais de Ensi- pode é achar que vai ter o melhor de todos os mundos. no e também nelas me reuni com todos os direto- res de escola. Estivemos muitos momentos juntos, E sobre a Lei 100? em vários eventos, um deles o seminário presidido pelo professor Antonio Anastasia na cerimônia em Mais difícil do que a greve foi realmente foi a ques- que nós universalizamos o Reinventando o Ensino tão da ação direta de inconstitucionalidade 4876, que Médio e que contou com quase três mil pessoas. considerou a Lei 100 inconstitucional. Essa lei é uma Houve outros grandes momentos em eventos do lei que foi necessária em seu momento, que garan- Forpaz, os eventos de capacitação da Magistra, do tiu direitos previdenciários. Graças a ela, as pessoas PIP, os seminários das áreas de empregabilidade, a recuperaram tempo que tinham há décadas aqui no implantação da Magistra, a inauguração dos nos- Estado e, para muitas delas, esse tempo iria desapa- sos museus, o Museu Ana Maria Casasanta, grande

16 Relatório de Gestão educadora, o Museu Leopoldo Cathoud, o Centro pela grandeza da responsabilidade. Mas cada gran- de Referência do Professor, a biblioteca de referên- de desafio corresponde também à sensação de gra- cia que tem o nome do Bartolomeu Queiroz. Enfim, tificação por tudo o que foi feito e de gratidão pela tudo isso são momentos. oportunidade que os governadores Aécio, Anastasia e Alberto me deram de participar desse processo com Nós estamos encerrando um ciclo agradecendo e ce- essa equipe espetacular da Secretaria - do Órgão Cen- lebrando o que foi feito, levando conosco, é claro, o tral, das 47 Superintendências e em todas as nossas desejo de ter feito mais. Mas o que se fez aqui é muito escolas território afora. grande, muito importante, e, de fato, transformou Mi- nas Gerais. Sem dúvida nenhuma temos a melhor edu- Esse momento de reflexão fecha um ciclo e se situa cação básica do país como estado e como território. dentro de uma história. Cada um de nós é responsável Estamos em primeiro lugar no Ideb nos anos iniciais por um trecho da caminhada. Eu me lembro de muito, pela terceira vez consecutiva (2009, 2011 e 2013) e uma vez, quando eu era professora, na pós-graduação agora, pela primeira vez sozinhos, nos anos finais do lá na Faculdade de Letras da UFMG e eu alguns de ensino fundamental. Estamos entre os melhores do meus alunos estávamos conversando sobre a fé. Eles país no ensino médio e ainda temos o Reinventando, me perguntaram se eu tinha fé? Eu disse que tinha fé que ainda não impactou o nosso Ideb, mas vai impac- na humanidade, que eu tinha fé na educação, e como tar. O exame do ensino médio, que é a Prova Brasil naquele momento ocorriam as Olimpíadas, eu disse amostral, realizado no ano passado, não foi feito em que o que simbolizava a minha fé é a metáfora do nenhuma escola que já tivesse o Reinventando. So- fogo Olímpico, que é uma ideia muito bonita. O fogo mente em 2014 é que o programa chegou ao 3º ano, fica permanentemente aceso em Olímpia, que era a nível de ensino no qual é aplicado a prova. cidade grega sede dos jogos olímpicos na Antiguidade e, quando os jogos vão começar em qualquer país, a Além disso, tudo o que foi feito aqui é extraordinário tocha é acesa na pira, em Olímpia, e percorre os cinco em termos de articulação do Estado, em termos de continentes até o seu destino. Nessa caminhada, cada política pública, é algo do qual todos nós mineiros de- atleta carrega a tocha por um trecho do caminho. vemos nos orgulhar. Um orgulho que antecede meus A educação é assim. Cada um de nós, como professo- anos como secretária. Meu orgulho é como cidadã e res, carrega a tocha em um trecho do caminho, mas como educadora. O que está acontecendo aqui e o nosso braço vai se cansar e chega a nossa hora. Tudo que vem acontecendo desde 2003 é um fenômeno e é um ciclo na vida e tudo tem fim. O importante é que isso tem sido reconhecido no Brasil inteiro. Como ci- nós possamos passar a tocha para os nossos colegas dadã, como professora, como educadora, sinto orgu- que nos sucederão e para os nossos alunos que são o lho de ser parte disso, de alguma forma estar dando verdadeiro sentido do nosso trabalho de professores. uma contribuição, de estar somando, como milhares Educação é isso, cada um de nós carregando essa to- de outros e outras. E eu acho que é isso que eu que- cha por um trecho do caminho. A gente olha para trás ro levar de lembrança. Eu tive grandes momentos em e pode dizer: carreguei da melhor forma que pude, minha vida profissional, mas, certamente, esses qua- mas que a tocha continue acesa, cada vez mais bri- tro anos foram os mais desafiadores, pela amplitude lhante, nessa trajetória que afinal é soma das vidas de da rede, pela escala, pela enormidade dos problemas, todos que estão dentro do processo.

Relatório de Gestão 17 O melhor ensino fundamental do Brasil

uando foi iniciada a atual gestão, a educação No Ideb 2011, Minas melhorou o desempenho nos Qfundamental em Minas Gerais estava entre as anos iniciais e finais, confirmando a primeira posição no melhores do país. O Índice de Desenvolvimento da ranking do 1º ao 5º anos do ensino fundamental e su- Educação Básica (Ideb), edição de 2009, colocava os bindo para a segunda posição entre o 6º e o 9º anos, anos iniciais do ensino fundamental da rede estadual considerando-se o universo das redes estaduais, e ter- no primeiro lugar do ranking, tanto para a rede es- ceira quando observamos o conjunto de todas as redes. tadual, quanto para o conjunto de todas as redes. Nos anos finais, Minas também estava entre as primeiras Em 2013, enfim, veio a liderança nos dois níveis do ensino posições. Em 2009, o Estado ocupava a quarta coloca- fundamental. Minas passou a ocupar a liderança do ranking ção no ranking tanto entre as redes estaduais, quanto tanto para os anos iniciais, quanto para os finais, seja entre para o conjunto de todas as redes. as redes estaduais, e no conjunto de todas as redes.

Desde 2009, Minas tem o melhor Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental entre os estados brasileiros. Foto: Arquivo SEE

18 Relatório de Gestão O principal instrumento que assegurou a liderança minei- orientar o plano pedagógico quando necessário, propor ra nos anos iniciais do ensino fundamental, já em 2009, estratégias de intervenções, apoiar pedagogicamente foi o Programa de Intervenção Pedagógica, que priorizou os professores e alunos e, assim, garantir a qualidade a alfabetização dos estudantes até os oito anos de idade do ensino. As ações tomam como base os resultados do e fez com que Minas passasse a ser referência nacional Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Si- nos primeiros anos da educação básica. Logo no início mave), da Secretaria de Estado de Educação, e do Índice da gestão da secretária Ana Lúcia Gazzola, percebeu-se de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Mi- a importância de manter e fortalecer esse instrumento e nistério da Educação. estendê-lo aos anos finais do ensino fundamental. Até 2011, o PIP trabalhou com os alunos dos anos iniciais Ampliação do Programa de Intervenção do ensino fundamental (1º ao 5º) em todas as escolas da Pedagógica rede estadual que oferecem esse nível de ensino. O objetivo nessa etapa é garantir que os estudantes assimilem todo o Criado em 2007, a partir do conceito de intervenção pe- conteúdo ensinado, assim como fazer com que as crianças dagógica do educador e filósofo Paulo Freire, o Programa de oito anos de idade alcancem um nível adequado de letra- de Intervenção Pedagógica (PIP) realiza um trabalho per- mento. Nos últimos três anos, o PIP foi ampliado e quadru- manente de visitas e acompanhamento nas escolas para plicou o número de estudantes beneficiados.

Com o PIP, a Escola Estadual Duque de Caxias, de Belo Horizonte, conseguiu alcançar 7.9 no Ideb em 2013. Foto: Gil Leonardi/Secom-MG

Relatório de Gestão 19 Em 2012, o PIP foi ampliado para os anos finais do ensino Intervenção nos anos finais fundamental (6º ao 9º anos) das escolas da rede estadual. Em 2013, a iniciativa foi levada aos anos iniciais de todas Em 2012, o Programa de Intervenção Pedagógica foi am- as redes municipais de ensino do Estado. Atualmente, o Pro- pliado para atendimento dos alunos dos anos finais do grama beneficia mais de dois milhões de alunos mineiros Ensino Fundamental (6º ao 9º). Naquele ano, a iniciativa em quase 10 mil escolas estaduais e municipais. já atendia mais de 400 mil estudantes do 1º ao 5º ano e, com a implantação da segunda fase, mais 850 mil alunos Numeros do PIP também passaram a participar do Programa. PIP – Anos iniciais (rede estadual) 423 mil alunos PIP – Anos finais (rede estadual) 839 mil alunos Com a expansão para os últimos anos do ensino funda- mental, o Programa atende, atualmente, cerca de 1,26 PIP – Escolas municipais 835 mil alunos milhão de alunos do ensino fundamental de 3.308 esco- O trabalho realizado pelo PIP alavancou os resultados las estaduais (Educacenso 2013). educacionais mineiros. O próprio Ideb é prova dessa Nos anos finais, o objetivo dos profissionais do PIP é evolução. O Ideb 2013 foi aferido após a expansão do possibilitar que os estudantes aperfeiçoem a leitura e a Programa para os anos finais do ensino fundamental e escrita em todas as disciplinas e seus conhecimentos em o resultado foi a melhoria nos resultados. Minas tem a Matemática. Para a realização desse trabalho, os analis- melhor educação fundamental do Brasil, ocupando a li- tas educacionais das SREs e do Órgão Central realizam derança tanto nos anos iniciais, quanto nos anos finais. visitas às escolas para orientar os educadores na elabo- ração ou aperfeiçoamento de estratégicas pedagógicas. Outra prova da efetividade do PIP são os resultados do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa). O Pro- alfa avalia o nível de alfabetização dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental. Em 2006, quando foi aplica- do pela primeira vez, o percentual de estudantes no nível recomendável era de 48,6% e em 2013 esse percentual saltou para 93,1%.

Com a expansão do PIP, os alunos dos anos finais também têm seus re- sultados acompanhados de perto pela Secretaria. Foto: Arquivo da Escola Estadual Melo Viana, de Belo Horizonte O quadro de analistas educacionais do Programa é di- versificado, ou seja, é composto por educadores com Trabalho do PIP ajudou a elevar o índice de alfabetização em Minas. formação nas diversas áreas dos Conteúdos Básicos Co- Foto: Arquivo SEE

20 Relatório de Gestão muns. Existem analistas formados em história, geografia, biologia e nas demais disciplinas. Além de orientações sobre estratégias pe- dagógicas, esses profissionais au- xiliam os professores na resolução de demandas específicas.

Para que haja uma unidade nas ações do Programa de Intervenção Pedagógica nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, o PIP pos- sui um gerente em cada Superinten- dência Regional que é responsável pelo acompanhamento das visitas e ações dos analistas educacionais nas escolas, bem como pelas orientações repassadas às equipes municipais Evento de municipalização do PIP na região . Foto: Arquivo SEE que possuem o PIP. rede estadual. O PIP Municipal beneficia mais de 835 mil estudantes Parceria com os municípios de 6,5 mil escolas municipais.

A partir de 2013, a Secretaria de Como um primeiro ato desse trabalho integrado, a SEE realizou uma Educação repassou às prefeituras capacitação com representantes de todas as redes municipais de ensi- a metodologia do Programa de no que atuariam com o Programa nas escolas municipais. Os encontros, Intervenção Pedagógica (PIP) e realizados no primeiro semestre de 2013, foram organizados em polos conseguiu 100% de adesão en- e atenderam 1.750 educadores municipais das regiões Norte, Sul, Triân- tre os municípios mineiros. A ini- gulo, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e região Central de Minas Gerais. ciativa, que já era desenvolvida nas escolas estaduais, chegou a Nas redes municipais de ensino, o PIP é voltado aos anos iniciais, fase todas as 850 cidades do Estado na qual o estudante desenvolve e consolida as habilidades de leitura que oferecem os anos iniciais do e escrita e todo o conhecimento que o prepara para o restante da ensino fundamental nas redes educação básica. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) ofereceu municipais. Isso representa 100% às prefeituras toda metodologia para a implantação do Programa, de adesão, uma vez que em três incluindo material de apoio, além de capacitações. municípios mineiros os anos ini- ciais do ensino fundamental são Desde então, as 47 Superintendências Regionais de Ensino convidam as oferecidos exclusivamente pela equipes municipais do Programa de Intervenção Pedagógica para partici-

Relatório de Gestão 21 par das capacitações que realizam. Os encontros têm possibilitado aos participantes a oportunidade da troca de experiências na prática pedagógica.

Em setembro de 2014, a Secretaria de Estado de Educação realizou um novo encontro com educadores e secretários municipais de educação. Novamente organizado em polos, o encontro teve o objetivo de anali- sar o desempenho das redes públi- cas nas avaliações educacionais. Os Em novembro de 2014, a equipe pedagógica de todo o Estado se reuniu para fazer um balanço da gestão. Foto: Lígia Souza/ACSSEE educadores também participaram de oficinas voltadas ao trabalho de in- Equipe do PIP tervenção nas escolas. Em todos os polos, o encontro teve público apro- Equipe do PIP (órgão central) 79 profissionais ximado de 2,4 mil profissionais da Equipe do PIP (SREs) 443 profissionais educação. Entre os anos de 2011 e 2014, os analistas educacionais do Órgão Central e Equipe do PIP das Superintendências Regionais de Ensino realizaram visitas às escolas da rede estadual de ensino. O dado mais recente é o de 2013, quando 3.364 A equipe do PIP é formada por 522 visitas foram realizadas pelos analistas educacionais do Programa. profissionais que atuam tanto no Órgão Central da Secretaria, como O PIP também investiu no aperfeiçoamento dessa prática pedagógica, nas 47 Superintendências Regionais com a realização de capacitações voltadas aos educadores das redes es- de Ensino (SREs). A equipe central tadual e municipais de ensino. O consolidado do ano de 2013 mostra que conta com um quadro de 79 pro- 93.289 profissionais da educação foram capacitados pela Secretaria de fissionais, que elaboram conteúdos Educação e Superintendências Regionais de Ensino. voltados a capacitações de educa- dores, realizam visitas às escolas e dão suporte às regionais. Nas SREs, 93.289 profissionais capacitados pelo PIP em 2013 há 443 profissionais que fazem um acompanhamento mais próximo das As capacitações são, geralmente, desenvolvidas com caráter multiplica- escolas e atuam como multiplicado- dor. Os educadores das Superintendências participam de programas de res das capacitações realizadas pela formação e de treinamentos e repassam os conhecimentos para profes- Secretaria de Estado de Educação de sores e demais educadores das escolas. Dessa forma, o aprendizado al- Minas Gerais. cança profissionais de todas as regiões do Estado.

22 Relatório de Gestão Dia D

O Dia D é um momento educacional criado pela Secretaria de Estado de Educação que ocorre em duas . No “Dia D – Toda escola deve fazer a diferença”, as escolas fazem uma “parada estratégica‘ para repensar as práticas de ensino e reorganizar/ajustar o plano de intervenção pedagógica. Esta data não é considerada dia letivo, ou seja, não conta com a participação dos alunos. Na ação denominada “Dia D – Toda a comunidade participando”, o plano de intervenção pedagógica é apresentado à comunidade escolar para que ela também possa apresentar suas sugestões.

Para auxiliar as escolas nas ações do Dia D, especialistas da Secretaria de Estado de Educação fazem um trabalho de acompanhamento. As visitas são realizadas tanto por profissionais do Órgão Central, quanto das Superintendências Regionais de Ensino. As orientações sobre a programação de atividades desse momento educacional também são repassadas às secretarias municipais de educação. A seguir, algumas fotos que ilus- tram o “Dia D” nas escolas estaduais.

Fotos: Arquivo ACSSEE

Relatório de Gestão 23 Fotos: Arquivo ACSSEE

24 Relatório de Gestão Fotos: Arquivo ACSSEE

Projeto Compartilhar para Crescer

Lançado em 2013, o Projeto “Compartilhar para Crescer”, da Secretaria de Estado de Educação, incentiva o intercâmbio de expe- riências pedagógicas entre as escolas da rede estadual. Por meio do projeto, direto- res de escolas que ainda não têm resulta- dos adequados visitam escolas que já têm boas avaliações. O objetivo é a troca de experiências pedagógicas e de gestão para que todas as escolas do Estado possam Educadores da Superintendência Regional de Ensino de Poços de Caldas se avançar no mesmo ritmo. reuniram para trocar experiências. Foto: Arquivo da SRE Poços de Caldas volvem na área pedagógica e que contribuíram para o bom A iniciativa, que é voltada ao ensino fun- desempenho dos estudantes nas avaliações educacionais. damental, envolveu 903 escolas de todas as regiões do Estado no ano passado, es- No final de 2013, a SEE realizou um seminário que contou timulando uma cultura de cooperação que com a participação de cerca de 100 educadores de escolas continua em 2014. Deste total, 334 esco- estaduais das cidades que atendem alunos do 1º ao 5º ano las da rede acolheram outras 569 escolas, do ensino fundamental, público contemplado pelo projeto. apresentando a elas as ações que desen-

Relatório de Gestão 25 Ensino médio que se reinventa

utra prioridade pedagógica Odessa gestão foi a ressignifi- cação do ensino médio. Embora Minas também apresente bons re- sultados para essa etapa de ensino na comparação com outros estados, segundo o Ideb, o ensino médio ainda se apresenta como o principal desafio da Educação Básica.

Em todo o Brasil e também no mun- do, este nível de ensino não des- perta interesse nos alunos. O currí- culo parece “não conversar com a realidade” e o que se aprende nos A Escola Estadual Inês Geralda de Oliveira, de Belo Horizonte, fez parte do projeto piloto do Rein- bancos da escola fica distante de ventando o Ensino Médio. Foto: Amanda Lélis uma aplicabilidade concreta. Em Minas Gerais, foi construída uma perspectiva. De forma pioneira no Brasil, a Secretaria de Estado de Educação desenvolveu um projeto específico, o Reinventando o Ensi- no Médio, para repensar a última etapa da Educação Básica.

Em Minas, 86,6% dos alunos do ensi- no médio estão matriculados na rede estadual. Isso representa 711.702 alunos em 2.246 escolas distribuídas em todo o Estado. Outros 109.886 estudantes de Minas cursam essa etapa de ensino em instituições par- Entre as áreas de empregabilidade ofertadas na Escola Estadual Maria Luiza Miranda Bastos, de ticulares, municipais ou federais. Belo Horizonte, está o Turismo. Foto: Amanda Lélis

26 Relatório de Gestão Construção permanente

Em 2012, teve início em Minas Gerais uma proposta com o objetivo de reestruturar o ensino médio. Foi naquele ano que o Reinventando o Ensino Médio foi implantado, em caráter piloto, em 11 escolas de Belo Horizonte. Quase três anos depois, o projeto inovador de Minas Gerais para a última etapa da educa- ção básica já está presente em todas as 2.246 escolas da rede estadual que oferecem o ensino médio.

Com o gerúndio, que indica sua permanente construção, o Reinventando propõe uma relação entre o mundo da escola e o mundo do trabalho. Isso é feito por meio de ações como a flexibilização curricular, a implantação de temas transver- sais, a realização de atividades extraclasse e extraescola, o uso de tecnologias de informação e, principalmente, a in- tegração de áreas de empregabilidade ao Currículo Básico Comum (CBC). As estratégias didático-pedagógicas visam contribuir para o desenvolvimento dos alunos, seja para in- centivar a continuidade dos estudos ou para aproximar os estudantes do mundo do trabalho.

Com o Reinventando, o Ensino Médio amplia a carga ho- rária da formação de 2.500 para 3.000 horas ao longo dos três anos com a criação de um 6º horário. O 6º ho- rário permite o cumprimento total da carga horária e, no tempo a mais que ficam na escola, os alunos têm aulas Do papel para as salas de aula com conteúdos voltados para áreas de empregabilidade. Isso não significa uma profissionalização, mas a oferta O Reinventando o Ensino Médio foi desenvolvido pela Se- de uma formação que possibilite ao estudante maior cretaria de Estado de Educação em conjunto com 11 escolas proximidade com o mundo do trabalho. de ensino médio do vetor norte de Belo Horizonte. Essas es- colas, além de estarem em uma região da capital em expan- Existem, atualmente, sete áreas de empregabilidade: são, têm diferenças entre si – socioeconômicas, de tamanho Comunicação Aplicada, Empreendedorismo e Gestão, Meio e nos resultados das avaliações externas – que poderiam Ambiente e Recursos Naturais, Tecnologia da Informação, oferecer, em menor escala, um retrato do ensino médio da Turismo, Estudos Avançados em Ciências e Estudos Avan- rede mineira. Antes de a iniciativa chegar dentro das salas çados em Linguagens. Cada escola escolhe, junto com a de aula, foram necessárias pesquisas e encontros, até que comunidade escolar, três dessas áreas e o aluno, em seu fossem identificadas as principais dificuldades dessa etapa percurso escolar, faz a opção por uma delas. de ensino e o formato que poderia trazer uma perspectiva.

Relatório de Gestão 27 Atividades externas fazem parte da proposta do Reinventando o Ensino Médio, inclusive na Escola Estadual Pascoal Comanducci, de Belo Horizonte. Foto: Amanda Lélis

Depois de “desenhadas” as áreas de empregabilidade, o Foi em 2014 que o programa chegou às 2.246 escolas programa foi colocado em prática nas 11 escolas. Nessa estaduais mineiras que ofertam o ensino médio. Com a experiência piloto, 1620 alunos do 1º ano do ensino universalização, 314.618 alunos têm uma carga horária médio foram beneficiados. Nessas escolas, três áreas de maior e disciplinas das áreas de empregabilidade. Nas empregabilidade foram adotadas: Comunicação Aplica- novas escolas, o programa também foi implantado no 1º da, Tecnologia da Informação e Turismo.No ano seguinte, ano do ensino médio. Em 2016, todos os alunos dessa o Programa expandiu suas ações atingindo a 133 escolas etapa de ensino estarão integrados ao novo modelo. estaduais de todas as regiões do Estado – as 11 do ano anterior, onde os alunos do 1º e 2º ano do ensino mé- Números do Reinventando dio já estavam inseridos, e outras 122 escolas estaduais, sendo pelo menos duas em cada uma das 47 SREs. Nas 2012 2013 2014 122, o programa teve início também com os estudantes Escolas 11 133 2.246 do 1º ano. Com essa expansão, o Reinventando o Ensino Médio passou a atender 39.684 alunos do 1º ano e 2º Alunos 1.620 39.684 314.618 ano do ensino médio.

28 Relatório de Gestão Capacitação

Os professores das escolas tive- ram acompanhamento constante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Quinzenal- mente, os professores se encon- tram com esses consultores para discutir estratégias, desenhar mu- danças de rota e fazer adequa- ções necessárias. A ideia é cons- truir o programa ao mesmo temo que o mesmo é implantado, por Cerca de 800 educadores do Reinventando o Ensino Médio se reuniram, em 2013, para debater o projeto pedagógico da iniciativa. Foto: Arquivo Magistra isso o verbo no gerúndio.

No fim de 2012, quando o pro- grama estava prestes a chegar nas 122 escolas de todas as regiões do Estado, foi realizado um encontro com 1,2 mil professores de escolas que já estavam inseridas na inicia- tiva e daquelas que a receberiam em 2013. Outras duas capacitações foram realizadas em 2013 e 2014 pela Magistra — Escola de Forma- ção e Desenvolvimento Profissional de Educadores. Nesses encontros, os educadores participaram de oficinas e palestras e tiveram a oportunidade Em 2014, 1,2 mil professores, que atuam nas 133 escolas pilotos do Reinventando o Ensino Médio, de trocar experiências. foram capacitados. Foto: Lígia Souza/ACSSEE

A universalização do Reinventando o que receberiam a iniciativa foram apresentadas à nova proposta pedagógica Ensino Médio foi tema de outro en- enquanto algumas que já estavam inseridas no Programa apresentaram os contro. Todos os diretores das esco- trabalhos realizados até ali. las de ensino médio da rede estadual participaram do evento, em maio de A partir de 2014, o treinamento dos professores mineiros está sendo feito a 2013, em Belo Horizonte. As escolas partir de uma parceria com o Ministério da Educação (MEC). O Pacto pelo Forta-

Relatório de Gestão 29 lecimento do Ensino Médio, que é re- alizado em todos os Estados, foi adap- tado em Minas Gerais para se adequar à nova realidade do ensino médio. No Estado, 40 mil professores aderiram à formação do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio que terá, paralelamente, a formação para o Reinventando o Ensino Médio. To- dos esses educadores serão capacita- dos de forma presencial e a distância. Para isso, o material desenvolvido pelo MEC, focado nos Conteúdos Básicos Comuns (CBC), será trabalhado em conjunto com o material da Secretaria, sobre o Reinventando o Ensino Médio.

Outro apoio aos educadores que atu- am nas disciplinas do Programa é o Centro de Referência Virtual do Pro- fessor. Lá, há um espaço virtual volta- do para as áreas de empregabilidade, onde são disponibilizados materiais de apoio aos professores. Na página, es- tão disponíveis as propostas curricula- res e mapas conceituais de cada área, além dos materiais com textos que ajudam no trabalho em sala de aula.

Além dos materiais, os professores ganham com esse novo espaço uma forma diferenciada de interação com a equipe de consultores das áreas de empregabilidade. Foram abertos na mesma página, fóruns de discussão por meio dos quais é possível tirar dú- vidas, dar sugestões, compartilhar boas práticas e trocar experiências. O CRV é Evento de Universalização do Reinventando o Ensino Médio, foram capacitados. Fotos: Arquivo ACSSEE uma das estratégias da Magistra.

30 Relatório de Gestão foi a análise curricular, sendo que os requisitos para can- didatura eram: possuir média global igual ou superior a Intercâmbio 70% e média em Inglês igual ou superior 80%.

lunos das 11 escolas que participaram do projeto Na segunda etapa, os alunos habilitados foram entre- Apiloto do Reinventando o Ensino Médio tiveram uma vistados individualmente pela comissão coordenado- oportunidade inédita em 2013. Vinte e dois estudantes, ra da edição e avaliados nos seguintes quesitos: co- acompanhados por duas professoras, fizeram um inter- nhecimentos gerais, conhecimento sobre o programa câmbio de três semanas em Vancouver, a maior área Reinventado o Ensino Médio e desempenho oral em metropolitana no Oeste do Canadá. Língua Inglesa.

A oportunidade de conhecer hábitos e costumes de ou- Para aqueles que foram selecionados, o Canadá deixou de tro país é uma iniciativa do Governo de Minas por meio ser um desenho em um mapa e se tornou uma referência do “Programa Jovens Mineiros Cidadãos do Mundo”, concreta. Eles tiveram a oportunidade de imersão na língua coordenado pela Assessoria de Relações Internacionais inglesa e de conhecerem de perto hábitos e costumes de da Secretaria-Geral da Governadoria. Em 2013, o Pro- outro país. No período em que ficaram em Vancouver, os grama chegou a sua 11ª edição e, pela primeira vez, con- estudantes viveram com famílias canadenses e estudaram templou estudantes do ensino básico. em escolas de ensino médio da região, além de conhecerem praias, parques e pontos turísticos. Os alunos, que então cursavam o 2º ano do ensino mé- dio, participaram de uma seleção. O processo para a defi- A seguir, algumas fotos que registram o período que os nição do grupo foi composto por duas etapas. A primeira alunos ficaram no Canadá.

Foto: Gil Leonardi/Secom-MG

Relatório de Gestão 31 32 Relatório de Gestão Ensino médio diurno ou empregadores, por exemplo, atestem o vínculo de trabalho do estudante. Uma das alternativas para fortalecer o ensino médio em Minas Gerais foi aumentar, gradativamente, o per- Com essa Resolução, as escolas estaduais tiveram que centual de estudantes atendidos no período diurno. A reorganizar os seus turnos. Cada instituição deveria es- meta da Secretaria, que era alcançar 75% dos estu- colher um turno preferencial para oferecer as aulas e dantes no diurno até 2013, foi superada com antece- esse turno deveria, obrigatoriamente, ser diurno. dência e este ano o percentual ultrapassou os 80%. Esse objetivo foi perseguido como forma de garantir Os alunos estão chegando cada vez mais novos ao Ensi- qualidade, uma vez que pesquisas e levantamentos no Médio. A expectativa da Secretaria de Educação é que internacionais apontam para um melhor rendimento eles concluam a educação básica na idade certa. Trazer dos alunos nos turnos diurno. Além disso, proporcio- os alunos para o diurno faz com que eles frequentem na-se mais segurança para os alunos e professores e mais a escola e reduz a evasão. combate-se o abandono. Basta atentar para as esta- tísticas do Censo Escolar relativas a 2013: enquanto Noturno, com critério no diurno 5,24% dos alunos matriculados no ensino médio da rede estadual abandonaram a escola, no no- Conforme estabelecido pela resolução, o período notur- turno esse percentual sobe para 16,75%. no deverá ser reservado para oferta de atendimento aos alunos comprovadamente trabalhadores com idade su- Período Taxa de abandono no Ensino Médio perior a 16 anos, aos alunos com idade igual ou superior a 14 anos, comprovadamente inscritos em programas de Diurno 5,24% menor aprendiz, alunos da Educação de Jovens de Adul- Noturno 16,75% tos e alunos matriculados em programas de educação Fonte: Censo Escolar 2013 profissional. A oferta de vagas no noturno será assegu- rada também àqueles alunos que já iniciaram um nível Priorizar o diurno é uma medida que ganhou força em de escolaridade. 2013 com a publicação da Resolução nº 2.442/2013. O documento estabelece normas para a organização Outras exceções, liberadas pela Secretaria de Estado do Quadro de Pessoal das Escolas Estaduais e de- de Educação a partir de notas jurídicas, são as mães terminou critérios para as matrículas de estudantes adolescentes com filhos menores de seis anos; ado- no período noturno. De acordo com a Resolução, a lescentes em contrato de estágio; e adolescentes, em oferta de vagas no Ensino Médio no período noturno medidas socioeducativas. Já aos estudantes que ini- continua existindo, mas somente para estudantes que ciaram o ensino médio no período noturno, mas não comprovarem vínculo empregatício ou obedecerem a têm vínculo empregatício, a resolução assegura o di- critérios estabelecidos. Essa regra só não é válida em reito à terminalidade. Ou seja, as turmas que cursa- locais onde há ordem judicial que não exige a com- vam o Ensino Médio no período noturno até o ano provação do vínculo a partir da apresentação da car- passado têm direito a continuar os estudos no turno teira de trabalho. Nesses locais, basta apenas que pais até a conclusão do ensino médio.

Relatório de Gestão 33 Mudança de cenário

Desde 2011, a Secretaria de Estado de Educação vem ampliando o atendimento dos alunos do Ensino Médio no pe- ríodo diurno. Naquele ano, 67,9% dos estudantes cursavam os três últimos anos da educação básica nos períodos da manhã e tarde, de acordo com o Censo Escolar. Nos anos seguintes esse percentual foi ampliado e, em 2014, atingiu o patamar de 95% de atendimento no diurno. O dado se refere ao Plano de Atendimento 2014/2015 da SEE.

* Dados obtidos em INEP, Sinopses estatísticas, Censo Escolar, 2011-2013. **Dado obtido no Plano de Atendimento da SEE 2014/2015

Cadastramento escolar ajuda a planejar entrada de alunos no sistema

O Cadastramento Escolar é um levantamento utilizado para planejar e garantir vaga ao es- tudante do Ensino Fundamental na rede pú- blica de ensino. Todo ano, os interessados em ingressar em uma escola estadual ou munici- pal fazem as inscrições e, assim, são encami- nhados à escola mais próxima à sua residência no ano seguinte. A iniciativa, que é unificada nas redes públicas municipais e estadual de ensino, auxilia o Estado e as prefeituras a di- mensionarem a demanda escolar, e, em 2014, registrou o maior número de cadastrados dos

últimos cinco anos, foram 163.749. Em 2014, mais de 165 mil estudantes foram cadastrados. Foto: Arquivo SEE

34 Relatório de Gestão Os mais de 165 mil cadastrados em 2014 ingressarão em escolas estaduais e municipais no ano que vem. Em 2010, o Cadastramento Escolar contou com 127.545 crianças e adolescentes inscritos para iniciar seus estudos nas redes públicas de ensino no ano letivo de 2011. Confira abaixo a evolução dos números de cadastro.

Devem fazer o cadastramento os alunos que desejam a O candidato que participa do cadastro dentro do prazo transferência para a rede pública e os estudantes que não estabelecido tem sua vaga assegurada em uma escola estavam estudando e desejam retornar à escola, seja qual pública próxima à sua residência. O candidato que não for a série do ensino fundamental. A maior parte dos cadas- se matricula no prazo previsto é encaminhado para esco- trados, contudo, são de crianças que vão iniciar os estudos la onde há vagas remanescentes. no 1º ano do Ensino Fundamental. Administração Escolar Para a inscrição no Cadastramento Escolar, pais ou res- A partir do Cadastramento Escolar a Secretaria de Estado ponsáveis devem apresentar original e cópia dos seguintes de Educação elabora seu plano de atendimento na rede documentos: certidão de nascimento do candidato e con- estadual de ensino para o ano letivo seguinte. O Plano ta de luz recente. Nos casos de transferência para as redes leva em consideração os dados obtidos na análise do flu- públicas ou retomada de estudos, os interessados também xo escolar e na capacidade física das escolas, permite a devem apresentar documento comprobatório expedido pela expansão e/ou reorganização da rede pública de ensino escola de origem. Os candidatos maiores de 18 anos podem para compatibilizar a demanda e oferta de vagas com o fazer a sua própria inscrição no cadastro escolar. A inscrição objetivo de atender os estudantes com mais qualidade. é isenta de pagamento de taxas por parte do candidato.

As informações geradas pelo Plano de Atendimento Em Belo Horizonte, o cadastramento é feito nas Agências vão alimentar o Sistema Mineiro de Administração dos Correios. Na Região Metropolitana e no interior do Escolar (Simade) que, entre as várias atribuições, re- Estado, em postos de cadastramentos definidos pelas co- gistra a enturmação dos alunos nas escolas estaduais. missões municipais de cadastros e matrículas. Esse sistema foi criado em 2010. Relatório de Gestão 35 Educação Profissional

Secretaria de Estado de Educação (sistema S e particulares), em escolas públicas conveniadas e em escolas da rede Ainveste na educação profissional. estadual. Essas instituições formam a Rede Mineira de Formação Profissional Nos últimos quatro anos, além de Técnica de Nível Médio. dar continuidade ao Programa de Educação Profissional (PEP), inicia- Desde 2008, o PEP atendeu 221.190 estudantes em um total de 132 municípios. tiva do Governo Estadual criada em Nesses oito anos, formaram-se, nos 89 cursos técnicos, 113.206 estudantes. Em 2007, o Estado aderiu ao Programa 2014, 29.510 estudantes foram atendidos pelo programa. Entre 2011 e 2014, o Nacional de Acesso ao Ensino Técnico investimento total do Estado no PEP foi de R$ 366.104.404,61 e 92.644 vagas e Emprego (Pronatec), do Governo foram ofertadas em cursos do programa. Federal, e aproveitou a experiência adquirida com o PEP para se destacar na oferta de cursos do Pronatec.

Rede Mineira de Educação Profissional

A experiência da Secretaria de Esta- do de Educação em ensino técnico começou em 2007, com a criação do Programa de Educação Profissional (PEP), iniciativa inovadora no Brasil. O PEP promove a educação profissio- nal e formação técnica em nível mé- dio. Os cursos atendem às demandas Curso de restauro é um dos 89 que já foram ofertados no PEP. Crédito: Arquivo Faop regionais e municipais, identifica ten- A última entrada de alunos do PEP foi em 2013, quando foram oferecidas dências do mercado de trabalho e ne- 30 mil vagas em 51 cursos ofertados em 81 municípios de Minas Gerais. cessidades de mão de obra de forma Foram investidos R$144 milhões no período. Com o surgimento do Pronatec, a contribuir para o desenvolvimento a ideia é que o PEP atenda regiões que ainda não são atendidas pelo programa econômico do Estado. do Governo Federal com cursos estratégicos que tenham demanda na região.

Na iniciativa, a Secretaria de Estado Os cursos ofertados pelo PEP atendem a doze eixos tecnológicos, sendo eles: Tu- de Educação assume o pagamento in- rismo, Hospitalidade e Lazer; Segurança; Recursos Naturais; Produção Industrial; tegral do curso do aluno, o que inclui Produção Cultural e Design; Produção Alimentícia; Infraestrutura; Informação e o material didático. No PEP, os cursos Comunicação; Gestão e Negócios; Desenvolvimento Educacional e Social; Con- são ofertados em escolas credenciadas trole e Processos Industriais; e Ambiente Saúde e Segurança. 36 Relatório de Gestão Nas últimas edições, para participar do Programa, o inte- Profissional e Tecnológica (Sistec), sistema que realiza o ressado devia estar matriculado no ensino médio regu- monitoramento das matrículas no programa, são 21.424 lar ou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos alunos matriculados em escolas estaduais de Minas. Ala- para este mesmo nível de escolaridade na rede estadu- goas e Acre ocupam os 2º e 3º lugares, com 3.810 e al. Também puderam concorrer às vagas aqueles que já 3.323 matrículas, respectivamente. concluíram o ensino médio em qualquer rede de ensino, seja pública ou particular, desde que não estivessem cur- sando o ensino superior. Minas é o maior ofertante de vagas do Pronatec nas escolas estaduais Pronatec nas Gerais Nas escolas, o processo seletivo é feito pela equipe da Em Minas Gerais, a oferta da educação profissional tam- instituição. Pode ser, por exemplo, uma prova ou pelas bém se dá pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino notas dos alunos – a decisão de como isso se dá é feita Técnico e Emprego (Pronatec). Parte das ações da inicia- pela própria escola. tiva do Governo Federal no Estado é coordenada pela Secretaria de Estado de Educação. Rede de ofertantes Entre os estados brasileiros, Minas é o maior ofertante de vagas do Pronatec nas escolas estaduais. Esse bom Os cursos técnicos do Pronatec concomitantes ao ensino desempenho mineiro se dá, justamente, pela experiên- médio também são oferecidos na rede de ofertantes — cia da Secretaria no desenvolvimento do PEP. De acordo Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais com o Sistema Nacional de Informações da Educação (Utramig), instituições do Sistema S (Senai, Senac, Senar

Formatura de estudantes do Pronatec, em Belo Horizonte, em 2013. Foto: Hudson Menezes/ ACSSEE

Relatório de Gestão 37 e Senat), Institutos Federais e escolas vinculadas às Universi- dade Federais. Estes também são gerenciados pela Secretaria, que, entre outras funções, é responsável pelo processo seletivo.

As vagas são destinadas exclusivamente a estudantes. Podem concorrer os alunos que estejam matriculados no ensino mé- dio da rede pública (municipal, estadual ou federal), seja no ensino regular ou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Da rede particular, só podem participar os alunos que cursam todo o ensino médio na condição de bolsista integral. Atualmente, são 22.967 estudantes beneficiados por essas parcerias.

Outras ofertas do Pronatec em Minas

O Pronatec oferece também cursos técnicos na modalidade subsequente, ou seja, destinados aos alunos que já concluíram o ensino médio. Nesse caso, a seleção é feita através do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), que seleciona os alunos através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, em caso de vagas remanescentes, são abertas inscrições online pela própria instituição. Essa mo- dalidade é ofertada, principalmente, por instituições privadas.

Já os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) são cursos de curta duração – que têm duração de 160 a 600 horas/aula – voltados para a qualificação profissional. Seu púbico-alvo são trabalhadores que procuram aperfeiçoamento profissional ou qualificação para entrar no mercado. Minas tem 118.222 matrículas nesses cursos. São cursos como cabeleireiro, depila- dora, agente cultural e desenhista de jóias e bijuterias.

38 Relatório de Gestão Escolas do Brasil Profissionalizado

utra oportunidade de educação profissionalizante Santa, Grão Mogol e . Cada uma dessas insti- Oconcomitante ou integrada ao ensino médio tuições terá capacidade para atender 1,2 mil alunos. Ou chegará a Minas em breve. Estão sendo construídas seja, serão 18 mil estudantes. no Estado escolas do Brasil Profissionalizado, pro- grama do Governo Federal que repassa aos estados O equipamento e mobiliário das escolas também serão verba para a construção de escolas técnicas. Essas comprados com recurso do Governo Federal, mas todo instituições ofertarão cursos técnicos concomitantes o custeio de manutenção e pessoal será do governo do ao ensino médio, de forma que os Conteúdos Básicos estado. O projeto pedagógico dessas escolas também é Comuns sejam integrados à prática. criado pela Secretaria de Educação – ela é responsável, por exemplo, pela definição dos cursos ofertados pela Quinze municípios mineiros já têm escolas do Brasil Pro- escola. As escolas em construção ofertarão cursos como fissionalizado em construção. São eles: Manga, Bocaiúva, Química, Alimentos, Agropecuária, Mecânica, Edifica- Sacramento, , Ibirité, Pompéu, Unaí, Brasília ções, Açúcar e Álcool, Eletromecânica, Enfermagem e de Minas, Espinosa, Janaúba, Joaíma, , Lagoa Manutenção de Aeronaves.

Relatório de Gestão 39 De olho na educação dos “pequenos” médio, o curso tem a duração de um ano e seis meses. A abertura de turmas de Curso Normal é feita a partir De acordo com a Constituição da República, a Educação da demanda do município, que é apresentada à Supe- Infantil é de responsabilidade dos municípios. Em Minas rintendência Regional de Ensino da qual faz parte. Esta Gerais, contudo, a Secretaria de Estado de Educação co- demanda é avaliada pela regional e pela Secretaria de labora para garantir a oferta. A rede estadual de ensino Estado de Educação e incluída no plano de atendimento atua na formação de nível médio de profissionais para da Superintendência para a oferta de turmas. trabalharem com crianças nas fases de creche e pré- -escola. Atualmente, 183 escolas estaduais realizam a Nos casos dos municípios que já contam com escolas formação de 7.354 mil educadores no Curso Normal, estaduais que ofertam Curso Normal e, ainda assim, também conhecido como Magistério. identificaram demanda por novas turmas, a própria es- cola ofertante deve apresentar essa demanda adicional 42.303 educadores formados em para a regional para que seja feita a inclusão do pedido em seu plano de atendimento. O curso somente é ofertado quatro anos enquanto há demanda de educadores infantis no município.

Durante o Curso Normal, o educador recebe uma for- Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) mação a partir de eixos, tópicos e conteúdos que con- é “Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré- templam temas como história da infância e da educa- -escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e am- ção infantil, políticas públicas e legislação, crescimento pliar a oferta de Educação Infantil em Creches de forma e desenvolvimento da criança, instituição da educação a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos infantil e cotidiano, identidade profissional e concepção até o final da vigência deste PNE”. Com isso, a expecta- do processo de alfabetização. tiva é que a demanda por educadores formados no curso normal aumente no Estado a partir do ano que vem e, Podem fazer o curso pessoas que concluíram o ensino consequentemente, a oferta do curso. fundamental ou o médio. Para os alunos egressos do ensino fundamental, o curso integra o ensino médio ao Desde 2011, 42.303 educadores se formaram na rede profissionalizante. Nesse caso, a duração do curso é de para atuarem nas escolas de educação infantil de quatro anos. Para os alunos que já concluíram o ensino todo o Estado.

Número de Número de Número Número de Ano municípios estabelecimentos de Alunos concluíntes 2011 255 279 26.109 17.290 2012 237 262 15.871 13.057 2013 279 322 18.245 11.956 2014 157 183 7.354 7089* * Número de formandos até 13 de novembro de 2014

40 Relatório de Gestão Os timbres diversos da educação

Outra opção de formação profis- sional e complementar acontece nos Conservatórios Estaduais de Música. Minas Gerais é o único estado do Brasil que conta com escolas de música na rede públi- ca de ensino básico. Em um total de 12, essas escolas são voltadas ao trabalho cultural no Estado e possibilitam que crianças, jovens e adultos participem de cursos como: Formação Profissional, Edu- cação Musical, além de cursos li- vres e oficinas. Atualmente, mais de 30 mil alunos estão matricula- dos nesses espaços culturais.

As vagas disponíveis nos Conser- vatórios Estaduais de Música são Atualmente, 30 mil alunos estão matriculados nos 12 conservatórios estaduais mineiros. Foto: Divulgação destinadas, em sua maioria, aos alunos regularmente matriculados ou egressos das escolas públicas de educação básica, com faixa etária de seis a 15 anos. Candidatos que apresentam nível de conhecimento e formação técnica ou superior na área da Música também podem ser atendidos em cursos livres de cur- ta duração ou oficinas previstas na programação do Conservatório. O período de matrícula e o calendário escolar coincidem com o aplicado nas escolas estaduais.

Relatório de Gestão 41 Música para a vida supervisores pedagógicos e estudantes dos cursos de Magistério e Pedagogia. Nos anos seguintes as ações No segundo semestre de 2012, os Conservatórios Estaduais tiveram continuidade. de Música de Minas Gerais iniciaram a oferta de um curso de extensão em educação musical para professores da rede Mostra dos Conservatórios pública de ensino. A capacitação tem a finalidade de auxi- liar os educadores a trabalharem o tema música de forma Uma forma de apresentar o trabalho desenvolvido com transversal e a prática com os alunos da educação básica, os alunos para a sociedade é a Mostra dos Conservató- atendendo o que propõe a Lei nº 11769/2008 que torna rios Estaduais de Música, realizada pela Secretaria de Es- obrigatório o ensino de música nas escolas. tado de Educação. Entre os anos de 2011 e 2014 foram realizadas três edições do evento que contaram, juntas, A iniciativa busca desenvolver nos educadores a com- com a participação de cerca de 30 mil pessoas. preensão da importância da educação musical e sua re- levância para a formação dos alunos, além de conhecer e identificar as principais abordagens e concepções da A edição de São João del-Rei (2011) contou com um educação na prática pedagógica. público de 8,1 mil pessoas. Em (2012), cerca de 10 mil pessoas prestigiaram o evento. No ano Na primeira edição, realizada em 2012, o curso foi ofer- de 2013, a mostra realizada em contou com tado em módulos e teve o foco nos professores de Arte, 11.725 espectadores.

Abertura da Mostra dos Conservatórios de São João del-Rei, em 2011. Foto: Guilherme Brasil/ACSSEE

42 Relatório de Gestão PlugMinas na Educação • Caminhos do Futuro – porta de entrada do PlugMinas, é nele onde acontecem as principais atividades culturais O PlugMinas – Centro de Formação e Experimentação do projeto, muitas delas abertas ao público externo. Des- Digital foi inaugurado em 2009 e permaneceu, desde de 2009, os eventos promovidos pelo Núcleo já recebe- então, sob a gestão da Secretaria de Estado de Cultura. ram mais de 50 mil participantes; Em 2014, todas as atividades formativas e culturais que caracterizam esse projeto pioneiro passaram a ser coor- • Empreendedorismo Juvenil – oferece curso técnico denadas pela Secretaria de Estado de Educação. Além na área de administração. É feito em parceria com o dela, a Secretaria de Estado de Governo e a Organização Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em- da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Instituto presas (Sebrae); Cultural Sérgio Magnani fecham a composição de par- ceiros responsáveis pela gestão geral do projeto. • Laboratório de Culturas do Mundo – promove o ensino de idiomas associado ao estudo dos hábitos e costumes de povos estrangeiros. É feito em parceria com o Depar- tamento de Estado dos Estados Unidos;

• Oi Kabum! - oferece cursos técnicos em três campos: Artes Visuais, Multimídia e Produção de Áudio e Vídeo. É feito em parceria com o Instituto Oi Futuro;

• Valores de Minas – maior Núcleo do PlugMinas, ele oferece aulas de experimentações artísticas em cinco Estudantes e egressos de escolas públicas podem fazer cursos no vertentes: Artes Visuais, Circo, Dança, Música e Teatro. É PlugMinas. Foto: Divulgação feito em parceria com o Serviço Voluntário de Assistência Localizado em uma área com mais de 70 mil m² no bairro Social (Servas); Horto, em Belo Horizonte, o PlugMinas tem como público- -alvo jovens que tenham entre 14 e 24 anos, estudantes • Núcleo de Criação e Design – o mais novo Núcleo ou egressos de escolas da rede pública e que residam na do projeto, foi criado a partir de uma parceria com o capital ou em cidades da Região Metropolitana. Lá, eles Senac e vai oferecer cursos curtos e um técnico nas recebem alimentação, uniforme, material didático e vale- áreas de Produção Cultural, Moda e Design. É feito -transporte, caso seja comprovada a necessidade. Ao todo, em parceria com o Servico Nacional de Aprendizagem o espaço conta com sete núcleos em funcionamento, onde Comercial (Senac); são oferecidas formações em design, cultura digital, empre- endedorismo, artes e idiomas. Para a realização das suas • Núcleo de Planejamento e Gestão – concentra as fun- funções, cada núcleo conta com parceiros da iniciativa pri- ções administrativas do projeto, viabilizando as atividades vada e de instituições da sociedade civil. dos demais núcleos. No fim de 2014, foram abertas as Atualmente, são ofertados dez cursos, sendo quatro deles inscrições para o processo seletivo 2015 do PlugMinas. técnicos, totalizando 1125 vagas disponíveis. Os núcleos em São mais de 700 vagas no Núcleo Empreendedorismo operação no PlugMinas são os seguintes: Juvenil no Valores de Minas. Relatório de Gestão 43 Diversidade e inclusão

desenvolvimento da educação básica no âmbito da rede estadual de ensino de Minas Gerais é de O caráter universal, para o ensino fundamental e médio. Há políticas e programas universais, como o Programa de Intervenção Pedagógica e o Reinventando o Ensino Médio. Mas a Secretaria de Estado de Educação está atenta à diversidade e, por isso, desenvolve projetos e ações educacionais para situações, realidades e públicos específicos no Estado.

Educação em Tempo Integral

Os alunos da rede estadual de ensino têm encontrado no contraturno das aulas opções diferenciadas de atividades dentro da própria escola. Criado em 2007, o projeto “Educação em Tempo Integral‘ busca elevar a qualidade do ensino, ampliar a área de conhecimento do aluno, além de promover o atendimento de estudantes com dificuldade de aprendizagem.

Todo o trabalho de atendimento é feito como base em atividades de acompanhamento pedagógico, culturais e esportivas, com a extensão do tempo de permanência do aluno no ambiente escolar. A prática do xadrez e as artes marciais são algumas das atividades desenvolvidas no “Educação em Tempo Integral‘.

O xadrez é uma das atividades que os alunos podem fazer no contraturno. Foto: Arquivo SEE

44 Relatório de Gestão Conhecido inicialmente como “Escola de Tempo In- tegral”, a iniciativa, a partir de 2012, mudou, de Números do Tempo Integral nome e passou a se chamar projeto “Educação em Ano Escolas Alunos atendidos Tempo Integral”. Além do nome, também houve a 2011 1.861 107 mil mudança da proposta, que passou a ter como obje- tivo a formação cidadã e a melhoria dos resultados 2012 1.733 115 mil dos indicadores educacionais. 2013 2.032 134 mil 2014 1.786 109 mil A metodologia do projeto é desenvolvida por meio de oficinas e as escolas participantes são estimuladas a desenvolver atividades organizadas de acompanha- mento pedagógico, cultura e arte, esporte e lazer, ci- bercultura, segurança alimentar nutricional, educação socioambiental e direitos humanos e cidadania. As instituições de ensino também são incentivadas a usar espaços para além dos muros da escola, como praças, museus e parques.

Em recursos estaduais, só com alimentação escolar fo- ram investidos mais de R$50 milhões entre 2011 e 2013. No total, nesses três anos, foram R$53.957.226,45 e em 2014 o valor vai chegar a R$ 10.760.000,00 Atividades, como o judô, também podem ser ensinadas aos alunos inseridos no Projeto de Educação em Tempo Integral. Foto: Arquivo SEE Como fazer parte Para participar do Projeto, as escolas devem procurar a Su- Entre 2011 e 2014, o número de alunos e esco- perintendência Regional de Ensino (SRE) a qual estão vin- las atendidos pelo projeto manteve-se estável. Em culadas. A Superintendência é a responsável pela seleção 2011, foram atendidos 107 mil alunos, em 1.861 das instituições que irão participar da iniciativa. Para isso, as escolas. Em 2012, esse número subiu para 115 mil escolas devem observar os critérios definidos pela Secretaria alunos atendidos em 1.733 escolas estaduais. Em de Estado de Educação e as vagas disponíveis. 2013, o número voltou a subir. Nas 2.032 escolas participantes da iniciativa foram atendidos 134 mil Parcerias estudantes. Já em 2014, 109.099 estudantes de 1.786 escolas foram contemplados pelas ações do Para auxiliar no desenvolvimento das atividades, a Secre- projeto. O número de 2014 engloba 4.142 alunos, taria de Estado de Educação investe em parcerias que le- que são atendidos por meio de uma parceria entre vam às escolas atividades que envolvem desde a prática a Secretaria e a Prefeitura de Belo Horizonte. (Os do xadrez até o conhecimento da história da região por números de 2014 estão disponíveis em relatório meio da culinária. Além do órgão central, as escolas tam- gerado do dia 22 de setembro). bém investem em parcerias com as comunidades locais.

Relatório de Gestão 45 Em 2011, a Secretaria assinou um convênio com a Fun- templaram 717 escolas das regionais de Uberlândia, dação Mapfre, que proporcionou a estudantes e profes- Uberaba, Montes Claros, Metropolitanas A, B e C, Ja- sores a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimen- nuária, Janaúba, e , benefi- tos em temas como educação no trânsito, alimentação ciando 55 mil estudantes. saudável e educação ambiental. Por meio da parceria, os educadores foram capacitados para atuar em três pro- Em 2014, com a continuidade das ações em Uberaba, jetos. O primeiro deles é o Viver com Saúde, destinado Uberlândia, Metropolitanas A, B e C, Patrocínio, Sete La- a disseminar hábitos de vida saudável, com foco na ali- goas, Diamantina, foram beneficiados 22.576 alunos de mentação. O segundo, o Programa Educação Ambiental 300 escolas estaduais. nas Escolas, busca interligar questões sociais, econômi- cas e políticas ambientais. E o Programa Educação Viá- ria, que incentiva a realização de ações relacionadas à circulação segura pelos espaços públicos.

A alimentação é tema de outro projeto feito com a Fundação Mapfre. Foto: Arquivo SEE

A Federação Mineira de Xadrez também firmou parceria com a Secretaria. Iniciado em 2013, o projeto “Xadrez na Escola” capacitou em seu primeiro ano 235 professo- A Escola Estadual Orôncio Murgel participa de um projeto que é feito em res e analistas das Superintendências Regionais de Ensi- parceria com o Fundação Mapfre, o Educação Viária é Vital. Foto: Arquivo no Metropolitanas A, B e C para trabalharem diferentes da Escola aspectos do xadrez com seus alunos. Para a realização do projeto, a Secretaria adquiriu kits de xadrez para as Inicialmente, foram contempladas as Superintendên- escolas, o que beneficiou 20 mil alunos de 270 escolas cias Regionais de Ensino de Uberaba, Uberlândia e de Belo Horizonte e região metropolitana. Teófilo Otoni, beneficiando cerca de 10 mil alunos do ensino fundamental, de 188 escolas. No ano seguin- Em 2014, segundo ano do projeto, foram capacitados te, o projeto foi ampliado para as Superintendências 700 professores das Superintendências Regionais de En- Regionais de Ensino Metropolitanas A, B, C , Araçuaí sino de Almenara, , Guanhães, Nova e Montes Claros. Ao todo, a parceria contemplou 480 Era, Manhuaçu, Janaúba, , e escolas estaduais, beneficiando 37 mil alunos. Já em São Sebastião do Paraíso. A iniciativa beneficiou cerca de 2013, as iniciativas em parceria com a Mapfre con- 20 mil alunos, de 365 escolas.

46 Relatório de Gestão Capacitações Aprofundamento de Estudos

Para auxiliar na realização das atividades do “Educação Alunos do ensino médio e dos anos finais do ensino fun- em Tempo Integral‘, a Secretaria de Estado de Educa- damental tiveram um apoio a mais no aprendizado fora ção promove periodicamente treinamentos e capacita- das salas de aula. A partir do projeto “Aprofundamento ções. Em 2011, 4.904 educadores foram capacitados. Em de Estudos” foram oferecidas aulas de reforço no con- 2012, a capacitação envolveu 3.335 profissionais. Já em traturno em escolas estaduais. O objetivo da iniciativa é 2013, as capacitações envolveram 3.900 educadores. melhorar a participação e o rendimento dos alunos em sala de aula e incentivar o hábito de estudo em tempo Mais de 17 mil profissionais capacitados no integral. Com o tempo, o projeto ganhou outra finalida- de: preparar os estudantes para o Exame Nacional do Tempo Integral entre 2011 e 2014 Ensino Médio (Enem).

Até o mês de agosto de 2014, 5.321 profissionais haviam sido capacitados. Esse número engloba as capacitações feitas pelo órgão central e por meio de parcerias com a Federação Mineira de Xadrez e a Fundação Mapfre.

Programa Mais Educação

Atualmente, todas as escolas estaduais que partici- pam do projeto Educação em Tempo Integral também estão inseridas no “Mais Educação”. O Programa tem Alunos do ensino médio e, posteriormente, do ensino fundamental são a finalidade de contribuir para a melhoria da apren- beneficiados pela iniciativa. Foto: Arquivo SEE dizagem, com o estímulo à ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens ma- Desde sua implantação, em 2006, o projeto Aprofunda- triculados em escolas públicas. A iniciativa do governo mento de Estudos utiliza-se das áreas Biológicas, Huma- federal, em Minas, é coordenada pela Secretaria de nas e Exatas, estruturadas de acordo com o Conteúdo Estado de Educação. Básico Comum e por disciplina, nos quais a escola pode optar pelos conteúdos que melhor atendam a seus alu- Para participar do “Mais Educação”, a escola deve ser nos. Em 2013, foram ofertadas 70 mil vagas para alunos de ensino fundamental e ter informado no Censo Es- do ensino médio. colar do ano anterior que tem mais de 40 alunos ma- triculados. A Secretaria de Estado de Educação utiliza As disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática recurso federal para a realização da iniciativa e faz são ofertadas em todas as turmas do Aprofundamen- uma complementação com recurso do Estado, utiliza- to de Estudos, sendo que para as turmas do 1º ano do na alimentação e na manutenção das atividades. do ensino médio devem ser disponibilizadas aulas

Relatório de Gestão 47 dessas disciplinas com vistas no aprofundamento dos Peas Juventude conhecimentos adquiridos. Já os estudantes do 2º e 3º ano do ensino médio, além de Língua Portuguesa Para tornar o jovem protagonista do processo de ensino- e Matemática podem ser ofertadas outras disciplinas, -aprendizagem e para que ele tenha um papel ativo na como Biologia, Física, Geografia, História, Química e sua escola e comunidade, o Programa Educacional de Línguas Estrangeiras (Inglesa ou Espanhola). O limite Atenção ao Jovem - Peas Juventude desenvolve diversas máximo é de cinco disciplinas por turma. As aulas do ações voltadas para alunos das séries finais do ensino Aprofundamento de Estudos devem ser ministradas fundamental e ensino médio público em Minas Gerais. no contraturno escolar do aluno ou no sexto horário e a carga máxima é de 15 horas semanais. O objetivo do Programa é complementar a formação escolar através de ações de caráter lúdico-educativo Ampliação para o ensino fundamental que dinamizem a sua integração no mundo através da tomada de decisões assertivas e os auxilie a cons- Em 2012, o projeto, que antes era realizado no ensino truir projetos de vida em harmonia com a comunidade médio, foi ampliado para o 9º ano do ensino fundamen- escolar e a sociedade onde estão inseridos, caracte- tal. O objetivo da ampliação foi melhorar a participação rizando o protagonismo juvenil como eixo norteador. e o rendimento dos alunos em sala, incentivar o hábito de estudo em tempo integral, além de preparar os estu- dantes para avaliações. A ação contemplou inicialmen- te 215 escolas estaduais de todo o Estado e beneficiou 6.420 estudantes.

As escolas contempladas na ampliação foram selecio- nadas com base em um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Educação. O estudo considerou as tabelas de percentual de rendimento em Língua Por- tuguesa e Matemática, no primeiro e segundo bimestres de 2012, dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental A Escola Estadual José Bonifácio, de Poço Fundo, criou a sua banda marcial e do 1º ano do ensino médio. As escolas selecionadas a partir do Peas. Foto: Arquivo SEE também deveriam ofertar o projeto “Educação em Tem- po Integral” da SEE. A metodologia participativa do Peas Juventude tem como estratégia a formação de educadores e alunos. Essa forma- Ano Alunos ção é dividida em duas partes. A primeira é a Formação Ini- 2011 41.442 cial, que é presencial, ocorre nos Seminários Peas Juventude, dos quais participam o Coordenador do Grupo de Desenvol- 2012 70.450 vimento Profissional (GDPeas) de cada escola. No âmbito 2013 44.786 da escola, o coordenador deverá replicar esse conteúdo. A segunda parte, a Formação Continuada, prevê atividades

48 Relatório de Gestão presenciais e a distância, via ambiente virtual, e a elabo- (Sedese). A partir de 1º de janeiro de 2014, integrou- ração de um projeto escolar. -se à Secretaria de Estado de Educação (SEE).

Esse projeto deve expressar qual a realidade da escola O Poupança Jovem tem como seu principal objetivo con- que se pretende modificar, escolhendo um tema es- tribuir para diminuir o abandono/ evasão escolar e au- pecífico e quais estratégias serão utilizadas para efe- mentar os índices de conclusão do ensino médio. Após tivar o projeto na escola. Podem ser oficinas, criação concluir o ensino médio e obter a pontuação mínima de grupos de teatro, dança, música (fanfarra, banda, anual exigida de 70 pontos por ano em Atividades de coral), rádio-escola, confecção de jornal, criação de Formação Complementar, o aluno que participa do proje- vídeos, entre outros. O protagonismo juvenil deve ser to recebe uma bolsa de R$ 3 mil. Até novembro de 2014, o tema articulador dessas ações previstas. a iniciativa havia atendido 139.925 jovens. Só em 2014, foram atendidos 74.259 jovens. A partir de 2013, passaram a ser atendidas escolas de presídios e de centros socioeducativos. Essas escolas usam o mesmo material que as demais instituições in- seridas no projeto, mas adaptam o conteúdo para suas realidades. No ano passado, foram 30 escolas de institui- ções como essas inseridas no projeto, o que beneficiou 7.501 estudantes.

Ano Municípios Professores Alunos Escolas 2011 258 5998 17.477 503 2012 229 4537 14.659 387 2013 377 7026 21.834 780 Como parte das atividades complementares, alunos inseridos no Poupança Jovem foram ao Mineirão em 2013. Foto: Arquivo SEE Poupança Jovem Formação Complementar O Poupança Jovem é uma iniciativa do Governo de Minas voltada aos estudantes do Ensino Médio da rede estadual que residem em municípios com alto Desde 2007, cerca de 140 mil jovens foram índice de evasão escolar e vulnerabilidade social. Atu- almente, ele atende a nove municípios mineiros: Es- atendidos pelo Poupança Jovem meraldas, Governador Valadares, Ibirité, , Montes Claros, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Sa- Essas atividades são de caráter individual, estruturadas bará e Teófilo Otoni. Até o final de 2013, a iniciativa, em quatro eixos de formação: escolar, cidadã, profissio- que foi lançada em 2007, esteve sob a coordenação nal e cultural. Todas as atividades são acompanhadas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social por um educador de referência.

Relatório de Gestão 49 Até o ano de 2013, o Governo de Mi- nas havia investido um total de R$ 108 87 escolas, em 43 municípios, contam com o Professor milhões em Bolsas do Poupança Jovem para os alunos concluintes do Ensino da Família Médio. Para o pagamento, foram abertas 84.299 contas poupança até o ano de O Projeto Professor da Família começou em 2011. Em seu primeiro ano, foi coor- 2013, sendo que em 2014 está prevista denado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). Em 2012, a abertura de 19.000 novas, totalizando passou a ser gerenciado pela Secretaria de Estado de Educação. O projeto inte- 103.299 contas Poupança Jovem. gra o Programa Estruturador “Educação para Crescer‘, da SEE. Em 2014, R$ 31.723.000,00 foram re- Em seu primeiro ano, foram atendidas nove escolas de 22 municípios e 3.999 passados para um total de 11.041 alu- alunos. Em 2013, o projeto chegou ao número atual, de 87 escolas em 43 muni- nos, concluintes de 2012 e 2013. No cípios. Enquanto no ano passado foram beneficiados 13.786, em 2014 o número período de 2007 a 2014, o Poupança subiu para 14.810. O investimento na iniciativa esse ano é de R$ 6.574.587,00. Jovem realizou um investimento total de R$ 440.039.742,00. DESCRIÇÃO 2011 2012 2013 2014 Professor da Família Gestão Sedese See See See Sre 8 8 24 24 Como a escola pode acompanhar de perto a vida de seus alunos? É preci- Municípios 9 12 43 43 so também envolver as famílias, tra- Escolas 22 25 87 87 zer pais e responsáveis para perto da Alunos 3.999 4.581 13.786 14.810 educação dos filhos. Mas como? Em Recursos Minas, além das atividades que são - 2.105.822,17 7.244.028,26 6.574.587,00 Investidos realizadas pelas escolas, que buscam o envolvimento das famílias com o cotidiano escolar, o governo estadual implantou o “Professor da Família”.

A ideia é simples. O educador, que faz parte do projeto, realiza ações de acom- panhamento dos alunos e de suas famí- lias, visitas domiciliares, reuniões com pais e/ou responsáveis e ações complementa- res. O objetivo é a redução dos índices de evasão escolar e do baixo rendimento escolar dos alunos do ensino médio. Atu- almente, 87 escolas de 43 municípios são atendidas pelo projeto. Seminário capacita educadores para as atividades do Projeto Professor da Família, em 2012 50 Relatório de Gestão Educação de Jovens e Adultos presenciais e não presenciais. Os cursos não exigem frequência diária Em Minas, jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir os obrigatória, possibilitando ao aluno ensinos fundamental ou médio no tempo certo, têm opções para dar conti- flexibilidade quanto ao tempo para nuidade à educação formal ou adquirirem a certificação de conclusão das estudos e liberdade para fazer sua etapas de ensino. própria organização curricular.

Atualmente, a rede estadual de ensino de Minas Gerais atende a 75.798 Nos Cesec e Pecon, a matrícula po- alunos no ensino fundamental e 104.661 estudantes no ensino médio pre- derá ser efetuada a qualquer época sencial e não presencial da Educação de Jovens e Adultos (EJA). São 1.591 do ano. O atendimento é individua- escolas estaduais distribuídas por todo o Estado. Os dados são do Sistema lizado, permitindo um total respeito Mineiro de Administração Escolar (Simade). às capacidades pessoais, ritmo de aprendizagem, disponibilidade de tempo para os estudos e conheci- Mais de 170 mil estudantes na Educação de Jovens e adultos mentos adquiridos anteriormente. O na rede estadual mineira currículo é desenvolvido através de módulos que compõem cada compo- nente curricular e a avaliação é con- tínua, feita no fim de cada módulo.

Minas Gerais possui 103 Centros Estaduais de Educação Continuada, que realizam atendimentos regio- nais de jovens e adultos que não cursaram ou concluíram a educação básica, e 20 Postos de Educação Continuada (Pecon). Além do curso não presencial, o aluno ainda pode fazer os Exames Especiais, que são oferecidos a qualquer época do ano em uma das 48 Bancas Permanen- tes de Avaliação existentes no Esta- do. As bancas funcionam nos Cesec Alunos de EJA da Escola Estadual Paschoal Comanducci, em Belo Horizonte, em 2013. Foto: Arquivo e, por meio delas, o interessado rea- da Escola Os cursos não presenciais são ofertados nos Centros Estaduais de Educa- liza exames especiais baseados nos ção Continuada (Cesec) e nos Postos Estaduais de Educação Continuada conteúdos estudados para o nível (Pecon). São desenvolvidos mediante regime didático de matrícula por com- de escolaridade para o qual ele de- ponente curricular e na sua estrutura e funcionamento incluem momentos seja se certificar.

Relatório de Gestão 51 Certificações nacionais

Existem certificações também por órgãos que não são ligados à Se- cretaria, como o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Or- ganizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacio- nais Anísio Teixeira (Inep), o exa- me é voltado a jovens e adultos que buscam obter a certificação para o ensino fundamental. Na úl- As provas são ofertadas ao longo de todo o ano e o agendamento dos tes- tima edição do Encceja, em 2014, tes deve ser feito pelo próprio candidato na Banca Permanente. As provas 112.577 candidatos de todo o são oferecidas por áreas de conhecimento, sendo elas: “Linguagens, códi- país se inscreveram para fazer a gos e suas tecnologias”; “Matemática e suas tecnologias”; “Ciências hu- prova, sendo que 7.276 eram mi- manas e suas tecnologias” e “Ciências da natureza e suas tecnologias”. neiros. A emissão dos Documen- As bancas são formadas sempre por três educadores, chamados orienta- tos Certificadores (Certificado e dores de aprendizagem. Esses professores são responsáveis por realizar Declaração de Proficiência) é de entrevistas com os candidatos, organizar as provas, aplicar e corrigir os responsabilidade das Secretarias exames, além de registrar os resultados. Estaduais de Educação.

Para participar, o candidato deve ter idade mínima de 15 anos completos A certificação do Ensino Médio para o ensino fundamental ou 18 anos para o ensino médio. Além disso, também pode ser feita por meio do ele deve se dirigir à banca apresentando original e cópia dos documentos Exame Nacional do Ensino Médio de identidade. Para ser aprovado, os participantes devem obter aproveita- (Enem). Na edição de 2014 do Enem, mento mínimo de 50% em cada prova. em todo o País, 997.131 indicaram interesse em utilizar os resultados Unidades Prisionais no exame para fins de certificação de conclusão do Ensino Médio. Em A Secretaria de Estado de Educação (SEE) conta ainda com 80 escolas Minas, foram 78.037 candidatos. que são mantidas em unidades prisionais por meio de convênio com Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Nesta parceria, a SEE é res- Para a emissão dos certificados, a ponsável pela estrutura e funcionamento das escolas. Além do quadro Secretaria de Estado de Educação de educadores, mobiliário, distribuição de livro didático e da capacitação conta com 53 escolas credencia- dos professores. Já a Seds oferece o prédio para o funcionamento da das distribuídas por todas as re- escola e a alimentação dos alunos. giões do Estado.

52 Relatório de Gestão EJA com cultura

Em 2013, a Secretaria de Estado de Educação realizou a exposição de trabalhos feitos pelos alunos da Educação de Jovens e Adultos com o tema “Experiências de Vida – Referências para o Aprendizado‘. Participaram da ação todos os alunos que, na época, estavam matriculados na modalidade.

Trabalho exibido em Mostra do EJA Cultural na SRE Metropolitana C, em Belo Horizonte, em dezembro de 2013. Foto: Lígia Souza ACS/SEE

Os trabalhos foram desenvolvidos em sala de aula, ex- tado de Educação (SEE). De acordo com o Censo Escolar postos na escola e, em uma etapa seguinte, expostos nas de 2013, atualmente, a rede pública estadual conta com Superintendências Regionais de Ensino. A ideia foi a da 25.230 alunos com deficiência matriculados. valorização do aluno participante, contribuindo com o desenvolvimento pedagógico. Entre as ações, destaca-se a criação do “Projeto Incluir”. São ações que buscam preparar e adequar todas as esco- Educação Inclusiva las públicas para receber e atender alunos da educação especial de forma integrada. As ações envolvem a capa- Assegurar a inclusão nas escolas comuns de alunos com citação dos educadores; a promoção da acessibilidade algum tipo ou nível de deficiência, transtornos globais arquitetônica e tecnológica nas escolas, além da oferta do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação. do atendimento educacional especializado. O projeto foi Esse é um dos campos de atuação da Secretaria de Es- iniciado em 2005.

Relatório de Gestão 53 Para a promoção da Acessibilidade Arquitetônica, a Se- cretaria tem realizado obras de reformas nas escolas Entre 2011 e 2014, 760 escolas receberam públicas estaduais, observando as normas técnicas em ações de reforma e/ou construção dos prédios escolares. material pedagógico especial para alunos Atualmente, mais de 53% das escolas já possuem algum com algum nível de deficiência nível de acessibilidade. Outro campo de atuação é a oferta de Atendimentos Educa- cionais Especializados (AEE), em caráter complementar e de 53% das escolas já possuem algum nível apoio. Esses atendimentos visam possibilitar ao aluno - com de acessibilidade deficiência e transtorno globais do desenvolvimento - o me- lhor aproveitamento das suas potencialidades e a melhoria do seu processo de aprendizagem. O objetivo é assegurar a Outra área contemplada com investimentos é a da Aces- inclusão desses estudantes. sibilidade Tecnológica, que busca auxiliar os alunos com deficiência na execução das atividades escolares, promo- Atualmente, a SEE conta com 6.028 AEE, em 2.164 es- vendo e ampliando suas possibilidades de aprendizagem. colas estaduais de 674 municípios mineiros. Esse Aten- dimento Educacional Especializado ocorre de duas for- A Secretaria de Estado de Educação disponibiliza leitores, mas: oferecido de forma complementar, a partir da sala ampliadores de tela e sintetizadores de voz para pessoas de recurso com o acompanhamento de um profissional cegas ou com baixa capacidade visual; programas de co- no contraturno dos alunos, e o atendimento no horário mando de voz para cegos ou alunos com dificuldades na regular das aulas, com o intérprete de Libras, o professor digitação; teclados e mouses especiais e outros materiais de apoio a comunicação, linguagens e tecnologias assis- adaptados. No período de 2011 a 2014, foram destina- tiva. Esta última modalidade ocorre em casos específicos dos materiais pedagógicos e equipamentos para apro- identificados a partir de uma avaliação pedagógica. ximadamente 760 escolas em mais de 360 municípios.

Pessoas cegas ou com baixa capacidade visual têm, nas escolas estaduais, Os alunos surdos contam com o apoio do intérprete de Libras. recursos de apoio para a aprendizagem. Foto: Arquivo SEE Foto: Arquivo SEE

54 Relatório de Gestão A Secretaria de Estado de Educação também atua como parceira na área de educação especial. Mais de 4,4 mil quase 30 mil profissionais capacitados professores e especialistas da rede estadual de ensino pelo Minas Inclui foram cedidos para atuarem na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Em 2008, a SEE ofereceu o curso de Atualização em Educação Inclusiva para Servidores Públicos da Educa- Outra parceria é voltada à capacitação de educadores ção com duração de 120 horas/aula, ofertado na mo- sobre a Doença Falciforme. A partir de uma ação inte- dalidade a distância. O curso foi oferecido pela PUC grada da SEE, com a Secretaria de Estado de Saúde, a Minas Virtual, unidade da Pontifícia Universidade Ca- Universidade Federal de Minas Gerais e o Hemominas, tólica de Minas Gerais, em convênio com a Secretaria professores são capacitados visando o atendimento ade- de Estado de Educação de Minas Gerais. Aproximada- quado e a integralidade do cuidado da pessoa com Do- mente, 13 mil educadores participaram da iniciativa ença Falciforme. O curso, do projeto Saber para Cuidar, que terminou em 2011. é de livre adesão aos educadores da rede estadual de ensino, sendo oferecido por meio da plataforma de ensi- A ação de capacitação de professores especializados no da Magistra. visa garantir o Atendimento Educacional Especiali- Capacitação zado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e superdotação/altas habilidades matriculados nas escolas públicas, caso necessitarem. Ao buscar fortalecer as políticas públicas inclusivas, o No período de 2011 a 2014, a Secretaria de Estado Governo de Minas lançou em meados de 2013 o “Minas de Educação realizou mais de 4.000 capacitações vol- Inclui - Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Defici- tadas aos educadores especializados da rede pública ência”. Voltada a diversos órgãos do governo estadual, a de ensino. Desde 2006, foram mais de 11.000 profes- iniciativa é um instrumento estratégico de planejamento sores capacitados em várias áreas da deficiência, por transversal e integrador dos vários atores e segmentos, equipes/instituições parceiras, pelos Centros de Apoio que tem o objetivo de fortalecer as políticas públicas para e Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e Centros as pessoas com deficiência no estado de Minas Gerais. de Apoio à Pessoa com Deficiência Visual (CAP) do Estado de Minas Gerais. A SEE está entre os órgãos beneficiados pelas ações do “Minas Inclui”. A Secretaria realiza a formação de pro- Entre os exemplos de capacitações ofertadas está o curso fissionais das escolas públicas em educação inclusiva e de “Formação para o atendimento educacional especia- educação especializada, faz repasse de kits pedagógi- lizado”, uma parceria com o Ministério da Educação a cos para alunos com cegueira, baixa visão e disfunção partir do Plano de Ação Articulada, e prevê a formação neuromotora, entre outras ações. Aproximadamente 14 de cinco mil professores até o ano de 2015. As ações mil professores participaram de capacitações na área de são voltadas aos educadores que atuam nas salas de re- Educação Especial e 13.277 de Educação Especial em cursos de escolas estaduais com as áreas de surdez e áreas especializadas como surdez e cegueira. deficiência visual.

Relatório de Gestão 55 Educação do Campo

Diretores das escolas estaduais do campo se reuniram em Belo Horizonte, em 2012. Foto: Lígia Souza/ACSSEE

A Educação do Campo ganhou importância em Minas Participaram membros da Comissão Pastoral da Terra Gerais nos últimos quatro anos. O objetivo foi trazer a te- (CPT), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mática ao centro do debate, ao promover a aproximação do Conselho de Educação do Estado (CEE), da Associa- com os grupos sociais que se inserem nesse contexto e ção Mineira das Escolas da Família Agrícola (AMEFA), permitir a criação de estratégias para beneficiar essa mo- da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), do dalidade da educação. As Escolas Quilombolas também Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Con- são atendidas juntamente com a Educação do Campo. selho dos Povos Indígenas de Minas Gerais (COPIMG), da Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais No período de 2011 a 2014, a Secretaria de Estado de – N‘Golo, entre representantes de outras instituições. Educação realizou dois seminários voltados à Educação do Campo. O “1º Seminário de Educação do Campo” Realizada em 2013, a segunda edição do seminário con- foi realizado em 2012 e contou com 430 convidados de tou com a participação de 360 diretores e 180 técni- várias instituições ligadas à educação e a educação do cos das Superintendências Regionais de Ensino (SRE) de campo, entre eles representantes de movimentos sociais, todo o Estado. O encontro, novamente uma iniciativa da acadêmicos e diretores de escolas. Secretaria de Estado de Educação através da Superinten-

56 Relatório de Gestão dência de Modalidades e Temáticas Especiais de Ensino médio, aliada à qualificação profissional voltada para e apoio da Magistra, incluiu em sua programação pales- temáticas do campo. tras, mesas redondas e grupos de trabalhos. Durante a semana de atividades, os educadores tiveram a oportu- O “Saberes de Minas” adota a pedagogia da alternância nidade de debater questões referentes ao funcionamen- com a realização do momento-escola e o momento-comu- to das escolas situadas em áreas rurais, além de buscar nidade. No primeiro, os alunos estudam os saberes científi- construir, de uma forma mais adequada, as ações e os cos (Linguagem, Ciências da Natureza, Matemática e Ciên- projetos pedagógicos para as escolas do campo. cias Humanas e suas tecnologias) de forma articulada com os saberes sócio-culturais do contexto em que vivem. No Para pensar as diretrizes momento-comunidade, os estudantes desenvolvem esses conteúdos a partir de ações práticas em suas comunidades. Para pensar a educação do campo e suas especificidades, foi publicado no Diário Oficial dos Poderes do Estado, o Decreto nº 46.218, de 15 de abril de 2013, que criou a Comissão Permanente de Educação do Campo em Minas Gerais. O Decreto, assinado pelo então governador Antonio Anastasia, estabelece que a Comissão é responsável por propor à Secre- taria de Estado de Educação (SEE) diretrizes operacionais para educação do campo, no âmbito do Estado de Minas Gerais.

Os representantes e suplentes indicados pelos órgãos e entidades a participarem da Comissão Permanente têm 130 educadores participaram do 1º Encontro de Formação – Saberes de mandato de dois anos, sendo permitida, em qualquer Minas. Foto: Arquivo SEE caso, apenas uma recondução. A presidência da comis- O projeto desenvolvido pela SEE teve como público alu- são é exercida por um dos representantes da SEE, por nos da Educação de Jovens e Adultos, agricultores fami- indicação de seu titular. Essa comissão atua na proposi- liares e egressos do “ProJovem Campo”, ação desenvol- ção de diretrizes para a Educação do Campo nas escolas vida em parceria com o Governo Federal com foco no públicas de Minas Gerais, além de acompanhar o plano ensino fundamental. de ação da SEE traçado para essa área.

Tanto a formação básica quanto a qualificação dos estudantes Saberes de Minas são trabalhadas dentro dos princípios da agroecologia e sus- tentabilidade. Assim o projeto visa uma formação integradora, Em 2012, a Secretaria de Estado de Educação realizou o fazendo com que os jovens não tenham que sair do meio socio- “1º Encontro de Formação – Saberes de Minas”. Cerca cultural em que vivem para continuar seus estudos. de 130 educadores entre diretores, professores e técni- cos das Superintendências Regionais de Ensino foram O projeto foi desenvolvido em 21 escolas de sete Superinten- orientados sobre o currículo e a metodologia do progra- dências Regionais de Ensino, sendo elas: Almenara, Araçuaí, ma. O encontrou buscou pensar na formação de nível , Diamantina, Janaúba, Januária e Teófilo Otoni.

Relatório de Gestão 57 Educação Indígena A Escola Indígena promove o diálogo entre as culturas dos índios e os conhecimentos científicos e tecnológicos presen- Dos 2,2 milhões de alunos da rede estadual, cerca de tes na sociedade. Criado em 1995, o Programa de Implanta- 3.500 estudantes têm, por opção, acesso a uma peda- ção de Escolas Indígenas de Minas Gerais (PIEI) estabelece gogia de ensino diferenciada ofertada pelo estado há 16 que, além do ensino das disciplinas comuns às demais esco- anos, exclusivamente para as escolas indígenas. las, sejam trabalhados também aspectos culturais próprios da etnia indígena como suas crenças, as danças, o artesa- A criação das escolas indígenas tem como marco a nato, o cultivo de plantas medicinais e as técnicas de plan- Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases tio. O Programa foi pensado pela Secretaria de Estado de da Educação Nacional (9.394 de 20/12/1996), que Educação, em parceria com os povos indígenas das etnias preveem o atendimento específico e diferenciado aos Krenak, Maxakali, Pataxó e Xacriabá, a Fundação Nacional índios. A luta dos povos indígenas para ter esse direito do Índio – Administração Regional de Governador Valada- foi fundamental na construção de um programa espe- res (Funai), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) cífico de atendimento escolar. e o Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG).

As escolas indígenas oferecem um atendimento diferenciado para os índios. Foto: Gil Leonardi/Secom-MG

58 Relatório de Gestão Respeito às tradições damental. O ensino médio é minoria, estando presente apenas na etnia Xacriabá, na Região Norte do Estado. Apesar das diferenças na forma de ensino, o ano letivo das escolas indígenas segue os padrões estabelecidos para as Educação Ambiental outras escolas, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Edu- cação Nacional (9.394 de 20/12/1996) e o Estatuto do Pes- Na área de educação ambiental, a Secretaria de Estado soal do Magistério Público do Estado de Minas Gerais (Lei de Educação atua a partir de parcerias como é o caso do nº 7.109 de 123/10/1977). São 200 dias letivos para uma “Projeto Manuelzão vai às Escolas”, uma ação integrada carga horária de 800 horas para estudantes dos anos ini- com a Universidade Federal de Minas Gerais. A partir da ciais do ensino fundamental e 833 horas e 20 minutos para escolha da água como uma referência universal, o proje- alunos dos anos finais e ensino médio. O que muda é o ano to busca estimular a conscientização dos alunos a partir escolar, pois as etnias possuem datas culturais específicas de ações de educação ambiental na bacia do Rio das Ve- que são tidas como feriados. lhas, integrando escolas e comunidades para o processo de revitalização e mudança de mentalidade. No período O cardápio que compõe a merenda dos estudantes indí- de 2011 a 2014, a SEE repassou R$1,1 milhão para a genas é baseado nos hábitos alimentares de cada etnia. realização dos planos de trabalhos. A aquisição dos alimentos é feita pela escola, via caixa escolar. Para aquelas que não possuem esse sistema, as Nesse período, o “Projeto Manuelzão vai às Escolas” foi re- compras são administradas pela Superintendência Re- alizado em 51 municípios que compõem a bacia do Rio das gional de Ensino (SRE) na qual a etnia esta localizada. Velhas, incluindo a cidade de Belo Horizonte. Durante os úl- timos quatro anos 1.572 escolas públicas participaram das Como a educação escolar indígena é uma modalidade ações do projeto. Entre as atividades desenvolvidas com os de ensino de responsabilidade do Estado, neste caso a alunos da rede estadual está a de Biomonitoramento. A par- SEE é responsável por todos os níveis de escolaridade, tir de um trabalho de campo, os estudantes têm a oportu- incluindo a educação infantil de quatro e cinco anos, nidade de conhecer a diversidade da vida aquática, a partir ensino fundamental e ensino médio através de escolas de uma ação educativa de Biomonitoramento da qualidade indígenas integrantes do sistema estadual de educação. da água do Rio das Velhas. Exposições interativas e aulas práticas em laboratório também reforçaram o trabalho em Atualmente, 545 crianças das etnias Pataxó, Krenak, Xa- Educação Ambiental com os alunos. criabá, Caxixó, Xucuru-Kariri e Maxakali, de quatro e cin- co anos, são atendidas na educação infantil pelo sistema Também estão entre as ações desenvolvidas nesse período: estadual de ensino em 16 escolas indígenas. a produção e divulgação de 10 edições da Revista Manuel- zão, com um total de 100 mil exemplares de cada edição; Em toda Minas Gerais, estão presentes 16 escolas indí- e pesquisas amostrais sobre a utilização dos conteúdos da genas. A maioria delas possui várias unidades escolares, revista na comunidade escolar. O resultado apontou que a fazendo com que este número chegue a 60. Essa abran- publicação é utilizada em 70% das comunidades. gência facilita o atendimento dos alunos, sem grandes descolamentos territoriais. Em relação ao ensino, as Mais de 50 educadores da rede estadual de ensino de escolas atendem em sua maioria alunos do ensino fun- oito municípios também tiveram a oportunidade de par- Relatório de Gestão 59 ticipar de cursos de capacitação consiste num encarte cujo conteúdo é voltado para ações sustentáveis pas- em gestão de projetos e captação síveis de se desenvolver no ambiente escolar, constituindo-se, assim, em de recursos. instrumento pedagógico para educadores e agentes multiplicadores da sustentabilidade. A distribuição das revistas foi possível a partir de um No ano de 2011, a SEE atuou na convênio da Secretaria de Estado de Educação com a empresa Ecológico realização do “Projeto Estudos Mu- - em Meio Ambiente Ltda. nicípios Canavieiros”, uma parceria com empresas e instituições do setor Jogos Escolares sucroenergético que integram o Pro- jeto Agora, desenvolvido pela editora A prática de esportes é fundamental para a saúde e o bem-estar do ser Horizonte nas escolas públicas do humano. Ela ensina valores fundamentais, como a autoconfiança, a inclu- Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano. são social, o trabalho em equipe e o respeito. Todos estes ensinamentos A ação foi desenvolvida com o obje- apresentam impactos importantes da formação dos jovens, o que acaba tendo tivo de disponibilizar aos professores reflexos positivos também em sala de aula. e às escolas públicas um kit educa- cional de apoio, com a finalidade de contribuir para a prática pedagógica e na realização oficinas para capaci- tação continuada dos educadores da rede. No Estado, 246 escolas de 12 municípios mineiros participaram da ação recebendo um total de 492 kits. As atividades atingiram a um público direto e indireto de 39.540 alunos. No ano de 2013, a ação voltou a ser realizada, mas dessa vez com a par- ticipação de 234 escolas de 15 cida- des mineiras e um total de 719 kits distribuídos. A ação atendeu a um público total de 47.280 estudantes. O Jemg é realizado anualmente pelo governo do Estado. Foto: Divulgação

Entre os meses de novembro de 2013 Pensando nos benefícios que o esporte pode trazer para a vida e para a e novembro 2014, as 3.668 escolas formação dos jovens, o Governo de Minas realiza anualmente os Jogos estaduais receberam, mensalmente, Escolares de Minas Gerais (Jemg). Resultado de uma parceria entre a edições da Revista Ecológico que Secretaria de Estado da Educação e a Secretaria de Estado de Turismo e aborda assuntos ligados à susten- Esportes, o Jemg é uma estratégia que valoriza a prática esportiva esco- tabilidade e educação ambiental. A lar e a construção da cidadania dos jovens, alunos-atletas do Estado de revista possui uma seção intitulada Minas, de forma educativa e democrática. Anualmente, cerca de seis mil Projeto Ecológico nas Escolas, que alunos-atletas participam da etapa estadual da competição.

60 Relatório de Gestão O Jemg tem também a modalidade paralímpica. Foto: Divulgação

A iniciativa conta com a participação de estudantes individual, os alunos-atletas competem no xadrez, na- de 12 a 17 anos das redes públicas e particulares tação, tênis de mesa, peteca, judô, luta olímpica, ba- de Minas Gerais. A organização dos Jogos Escola- dmington, atletismo (feminino e masculino), ciclismo, res, como é conhecida atualmente, teve início no taekondo e ginástica. ano 2003. Este ano, a primeira etapa da competi- ção, a microrregional, teve a participação de 43.271 Os Jogos também contam com a participação de alu- alunos-atletas, que estudam em 1.682 escolas de nos-atletas com necessidades especiais. Na modalidade 619 municípios mineiros. Cerca de 70% das escolas paralímpica, eles competem no atletismo (feminino e envolvidas são da rede estadual. masculino), bocha (feminino e masculino), futebol de 5 (feminino e masculino), futebol de 7 (feminino e mascu- Os Jogos são divididos em duas modalidades: coleti- lino), goalboll (feminino e masculino), judô PCD (femini- va e individual. Na modalidade coletiva são disputa- no e masculino), natação entre pessoas com deficiência das competições de basquete (feminino e masculino), (PCD) (feminino e masculino), tênis de mesa PCD (femi- futsal (feminino e masculino), handebol (feminino e nino e masculino), tênis de cadeira de rodas (feminino e masculino) e voleibol (feminino e masculino). Já na masculino) e vôlei sentado (feminino e masculino).

Relatório de Gestão 61 sas de diárias para os servidores que acompanham os Jogos, deslocamento e adequação da rede física das escolas estaduais que são utilizadas como alo- jamento e alimentação. Já a Secretaria de Estado de Turismo e Esportes deve aprovar o Plano de Trabalho proposto pela Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais (FEEMG) em conjunto com a SEE, analisar e julgar a Prestação de Contas apresentada pela FEEMG, elaborar juntamente com a SEE e com a FEEMG o regulamento geral, os regu- Participam alunos de escolas públicas e particulares de Minas. Foto: Divulgação lamentos específicos por modalidade, o A competição é dividida em quatro etapas. A primeira é a municipal, realiza- sistema de disputa e o projeto de sedia- da pelos Comitês Organizadores Municipais que são responsáveis por sele- mento do JEMG, entre outros. cionar as equipes e alunos-atletas que irão para a etapa seguinte, a micror- regional. A segunda é realizada pelas Superintendências Regionais de Ensino Recursos (SREs) e executada pela Federação de Esportes Estudantis, quando se dá a seleção das equipes e alunos-atletas para a terceira. Na etapa regional, são De 2011 a 2014, a Secretaria de selecionadas as equipes e alunos-atletas para a etapa estadual. A quarta e Estado de Educação investiu cer- última etapa reúne as equipes que tiveram melhor desempenho durante toda ca de R$ 6.105.000,00 no Jemg. a competição e os vencedores participam dos Jogos Escolares da Juventude, Sendo, R$ 1.250.000,00 em 2011, competição de abrangência nacional. R$ 2.000.000,00 em 2012, R$ 2.000.000,00 em 2013, e R$ A execução dos Jogos é feita a partir de um convênio firmado com a Fede- 1.625.000,00 em 2014. Desde 2013, ração de Esportes Estudantis de Minas Gerais, que visa o aperfeiçoamento a Secretaria solicitou à Secretaria de da gestão dos Jogos e a melhoria do nível técnico dos participantes. Na es- Estado de Planejamento e Gestão fera municipal, as prefeituras atuam no auxílio e no suporte logístico para a uma suplementação de R$ 600 mil realização dos Jogos. Além disso, as Superintendências Regionais de Ensino para alimentação dos alunos-atletas. são responsáveis pelo apoio aos municípios participantes dos jogos, além de Em 2014, a Secretaria liberou R$ 630 auxiliar na organização da competição em todo o estado. mil para este fim. Atribuições 43.271 alunos-atletas As atribuições de cada secretaria são orientadas por um convênio. De acordo participaram da primeira com o documento, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) é responsável, entre outras coisas, por auxiliar na elaboração do regulamento, arcar com as despe- etapa do Jemg em 2014

62 Relatório de Gestão Escola Modelo

Este foi o primeiro ano no qual as escolas estaduais mineiras receberam as ações do projeto “Escola Modelo”. A iniciativa intersetorial do Governo de Minas premia as escolas que se destacaram nas edições de 2011, 2012 e 2013 do Jemg. Para apontar as escolas contempladas, foram analisadas as tabelas de classificação final do Jemg nos últimos três anos. Para cada medalha foi atribuído um peso diferente com o intuito de obter uma classificação geral a partir do somatório dessa pontuação.

Em todo o Estado, 28 escolas foram selecionadas para participar do projeto. Cada uma delas foi contem- plada, em 2014, com um kit de acordo com a modalidade esportiva na qual se destacou. Com um inves- timento de R$187,9 mil feito pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes essas escolas receberam kits de natação, judô, peteca, tênis, xadrez, basquete, voleibol, handebol e futsal.

A Escola Estadual Tomás Brandão foi contemplada com um kit em 2014 por causa do desempenho de seus alunos no Futsal. Foto: Hudson Menezes/ACSSEE

Melhores do ano

A iniciativa tem por objetivo premiar as escolas, alunos-atletas e municípios que se destacaram na edição atual dos Jogos Escolares de Minas Gerais. Os premiados recebem troféus, que são entregues em uma cerimônia realizada em Belo Horizonte. Na edição de 2013 do “Melhores do Ano”, foram entregues 100 troféus aos destaques de modalidades olímpicas e paralímpicas.

Relatório de Gestão 63 Minas Presente na Escola 47 Superintendências Regional de Ensino. Um bom exemplo ocorreu na região do Vale do Aço, com o Com o intuito de proporcionar maior interação com projeto “Xadrez nas Escolas”. Destinado a alunos a sociedade, foi instituído, em 2012, o Minas Pre- do ensino médio de 28 escolas dos municípios de sente na Escola. O projeto visa disponibilizar para , , Santana do Paraíso e os alunos da rede pública estadual atividades com- Timóteo, o projeto busca incentivar a prática do xa- plementares ao currículo básico nas áreas culturais, drez nas escolas e contou com o apoio da Federa- artísticas, esportivas, recreativas, entre outras, no ção das Associações Comerciais e Empresariais de contraturno das aulas e nos fins-de-semana. As ati- Minas Gerais (Federaminas), Faculdade Pitágoras, vidades são ofertadas a partir de convênios firma- Fundação Brasileira de Xadrez e Associação Comer- dos com entidades e empresas, que apoiam proje- cial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Ser- tos a serem desenvolvidos nas escolas. viços de Ipatinga (ACIAPI), que se responsabilizou pela capacitação e tutoria dos jovens. Desde a criação do Minas Presente na Escola, ati- vidades foram desenvolvidas na rede estadual e já A partir do projeto “Xadrez nas Escolas‘ foi doado beneficiaram alunos de municípios integrantes das um kit para cada escola, cada um deles com 16

Escolas do Vale do Aço receberam kits de xadrez a partir da parceria estabelecida através do Minas Presente na Escola. Foto: Arquivo SEE

64 Relatório de Gestão tabuleiros, um relógio, para cronometrar o tempo das instituições: Associação Comercial e Empresa- das jogadas e um mural. O projeto contou rial de Minas Gerais (ACMINAS); Conspiração Mi- também com a participação de alunos do curso de neira pela Educação; Câmara de Dirigentes Lojistas Educação Física da Faculdade Pitágoras, que atu- de Belo Horizonte (CDL); Companhia Energética aram como instrutores. Os universitários que ade- de Minas Gerais (Cemig); Federação das Associa- riram à proposta obtiveram um desconto na men- ções Comerciais e Empresariais do Estado de Minas salidade e foram capacitados. Com a ação foram Gerais (Federaminas); Federação das Indústrias do beneficiados mais de 700 alunos em 2012. Estado de Minas Gerais (Fiemg); Fundação Arcelor- Mittal Brasil; Fundação Vale; Federação Mineira de Outro bom exemplo de ação do Minas Presente Fundações e Associações de Direito Privado (Fun- na Escola aconteceu também no Vale do Aço, em damig); Instituto Cultural Usiminas; Serviço Brasi- 2012. A Fundação Aperam Acesita disponibilizou leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se- aporte de recursos para a realização de ativida- brae-MG); Federação do Comércio de Bens, Serviços des de Teatro, História em Quadrinhos e Xadrez e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio em cinco escolas estaduais dos municípios de Ti- MG); Serviço Social do Comercio (Sesc-MG); Serviço móteo, e . Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-MG).

Vale destacar ainda a parceria estabelecida com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Minas Gerais, que propicia, desde 2012, a apresen- tação de peça teatral e palestras sobre o mercado de trabalho e orientações de combate ao uso de drogas para 5,1 mil alunos de 40 municípios mineiros.

A partir da parceria com a Anglo American foi desen- volvido o Programa Mover, que busca contribuir para o fortalecimento da educação e preparação da população local para o mercado de trabalho. Participaram sete es- colas de três municípios – , Dom Jo- aquim e Conceição do Mato Dentro. 140 professores e gestores e 1,3 mil alunos foram envolvidos nas ativida- des entre 2013 e 2014.

Parceiros

Para implantação das ações específicas previstas no Programa foi celebrado um protocolo de intenções com representantes da sociedade civil. Na qualida- de de sócios-fundadores, participaram os dirigentes Relatório de Gestão 65 Articulação em rede para a promoção da cultura da paz

os últimos anos, parcerias foram firmadas pelas escolas mi- educadores e parceiros locais participaram de um seminário so- Nneiras com órgãos públicos, entidades privadas e do terceiro bre mediação de conflitos, além de palestras que abordaram setor para desenvolver ações voltadas à promoção da cultura temas como a “prevenção e enfrentamento da violência com da paz. Tais ações têm um pano de fundo, que dá sentido e adolescentes”; o “bullying no ambiente escolar‘; e a mediação sustentação ao conjunto de iniciativas desenvolvidas pela Sec- de conflitos como técnica facilitadora dos trabalhos em rede retaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE): o Fórum a partir das estratégias e técnicas utilizadas para transformar de Promoção da Paz no Ambiente Escolar (Forpaz). conflitos e prevenir violências.

A iniciativa teve início com a Defensoria Pública de Minas Depois, a organização dos fóruns foi descentralizada e as Supe- Gerais no ano de 2007, mas ganhou força em 2011, quan- rintendências Regionais de Ensino assumiram o papel de pro- do houve a adesão da Secretaria de Estado de Educação e tagonistas. As últimas edições foram realizadas pelas regionais com as ações propostas no Fórum Técnico de Segurança nas de Almenara e Governador Valadares, em setembro de 2014, Escolas, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, promo- e, em novembro, pela Superintendência Regional de Ensino de vido pelas Comissões de Educação e Segurança Pública. São João del-Rei. Durante a capacitação, os profissionais são apresentados a diferentes conceitos e metodologias de media- Desde então, o Forpaz realizou 20 edições que envolveram mais ção de conflitos. A apresentação desses temas tem por objetivo de seis mil educadores e diretores de escolas. Esses profissionais estimular os profissionais a desenvolverem em suas regionais foram orientados a identificar possíveis parceiros na comunida- projetos voltados para essa temática. Desde então, os temas de local para atuarem na área da promoção da cultura da paz. discutidos foram levados a todas as regiões do Estado. Juntos, esse público participou de capacitações voltadas ao uso da mediação de conflitos dentro das escolas da rede pública. O Forpaz conta com outros eixos de atuação, como a im- plantação de programas de Justiça Restaurativa em escolas Atualmente, 22 instituições, organizações, entidades e ór- da rede estadual; intercâmbio e disseminação de experiên- gãos atuam junto ao Forpaz, com destaque para a adesão cias entre escolas estaduais; capacitação de educadores em do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio temas vinculados à promoção da paz; e o fortalecimento da Promotoria Especial da Educação (Proeduc). das ações de enfrentamento do uso de drogas, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Sedese) e com O Forpaz começou suas andanças por Minas para realizar en- a Secretaria de Saúde (SES). contros e capacitações regionalizados, nos quais a Superinten- dência Regional de Ensino sediava o encontro, mas atendia aos Os recursos aplicados nos projetos e ações do Forpaz são educadores das Superintendências vizinhas. O primeiro deles assegurados no orçamento anual da Secretaria de Estado ocorreu em junho de 2012, com a realização de um Fórum em de Educação e por meio de emendas parlamentares vincu- Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. Na ocasião, cerca de 400 ladas ao Plano Plurianual de Ações Governamentais (PPAG). 66 Relatório de Gestão Edições e número de participantes do Forpaz até 2014

Polo Superintendências participantes Público aproximado Mês/Ano Juiz de Fora, , , Leopoldina, Muriaé, Juiz de Fora 120 Julho/ 2012 Ponte Nova, São João Del Rei e Ubá

Divinópolis Divinópolis, , Pará de Minas e Conselheiro Lafaiete 400 Agosto/2012

Patrocínio, , , Paracatu, Unaí, Ube- Patrocínio 400 Outubro/2012 raba, Uberlândia e Patos de Minas Poços de Caldas, , Passos, Pouso Alegre, , Itajubá 400 Novembro/2012 São Sebastião do Paraíso, Varginha e Itajubá Belo Horizonte , Metropolitanas A, B e C 500 Novembro/2012

Superintendência Público aproximado Mês/Ano 350 Março/2013 Montes Claros 350 Março/2013 Januária 350 Março/2013 Janaúba 400 Março/2013 Unaí 330 Abril/2013 Paracatu 400 Abril/2013 Coronel Fabriciano 350 Maio/2013 Manhuaçu 250 Junho/2013 Guanhães 500 Outubro/2013 300 Outubro/2013 Caxambu 300 Abril/2014 Araçuaí 350 Junho/2014 Almenara 250 Setembro/2014 Governador Valadares 250 Setembro/2014 São João del-Rei 250 Novembro/2014

Relatório de Gestão 67 Confira fotos de edições do FORPAZ realizadas entre 2012 e 2014.

68 Relatório de Gestão Relatório de Gestão 69 70 Relatório de Gestão Marcha contra o crack

Nos anos de 2013 e 2014, membros da Secretaria de Estado de Educação e alunos da rede estadual de ensino Em cada edição da Marcha contra o de Belo Horizonte e Região Metropolitana participaram de duas edições da “Marcha contra o crack e outras dro- crack e outras drogas cerca de 5 mil gas”, uma ação promovida pela Assembleia Legislativa participantes foram para as ruas. de Minas Gerais. Em cada edição, cerca de cinco mil pes- soas marcaram presença na iniciativa.

Cerca de 5 mil pessoas foram para as ruas na 2ª Marcha Contra o Crack e Outras Drogas. Foto: Geanine Nogueira/ACSSEE

Segurança nas escolas

Durante a gestão, todos os pedidos de instalação de equipamentos de segurança nos prédios escolares foram atendidos. Entre câmeras, alarmes, sensores de movimento, monitores e outros equipamentos, nos anos de 2012 e 2013, a Educação conseguiu atender mais de mil escolas com um investimento de R$14,5 milhões.

Relatório de Gestão 71 a redução dos atos de vandalismo nos prédios escolares. Todos os pedidos de instalação de O desafio deste projeto consiste em repensar a função equipamentos em escolas foram atendidos social da escola, ampliando a participação da comunida- de, tornando-a mais inclusiva.

No segundo semestre de 2014, a Secretaria liberou R$24,5 milhões para a compra de mobiliário e equipamentos, com destaque para a compra de equipamentos de segurança. Foram comprados equipamentos de segurança, como câ- meras e alarmes, para 443 escolas estaduais. Com essa libe- ração, foram atendidos todos os pedidos que constavam na Secretaria por equipamentos de segurança.

Entre as atividades que podem ser ofertadas através do Escola Viva, Comunidade Ativa está a capoeira. Foto: Arquivo SEE

Nas escolas participantes são realizados investimentos em ações de caráter pedagógico, cultural, esportivo e artístico. Iniciado em Belo Horizonte, rapidamente se estendeu para a Região Metropolitana da capital. No Interior, Uberaba foi a primeira cidade a ter o projeto

A Escola Estadual Paschoal Comanducci, de Belo Horizonte, foi uma das implantado em 13 escolas. Em 2007, houve a expan- que recebeu câmeras. Foto: Arquivo SEE são do projeto de 189 para 503 instituições de ensino, levando o Escola Viva para todas as regiões do estado, Escola Viva, Comunidade Ativa atendendo 480 mil alunos, em 102 dos maiores mu- nicípios mineiros. A Secretaria de Estado de Educação trabalha também no sentido de viabilizar o fortalecimento de escolas em O projeto atua com três objetivos: tornar as escolas pú- áreas urbanas, com população em situação de vulnerabi- blicas melhor preparadas para atender às necessidades lidade social e sujeitas a índices expressivos de violência. educativas das crianças e jovens mais afetados pelos Isso é feito através do projeto “Escola Viva, Comunidade fenômenos da violência e da exclusão social; criar con- Ativa”, que desde 2003 busca preparar e adequar es- dições favoráveis para que se efetive, com tranquilidade, colas públicas para receber e atender os alunos em um o processo educativo nas escolas; desenvolver nas esco- ambiente acolhedor, participativo e fomentador de uma las o sentido de pertencimento, tornando-as instituições cultura de paz. Ao integrar o espaço de ensino, promo- reconhecidas pelas comunidades como um patrimônio vendo a “escuta” de toda comunidade, o projeto alcança capaz de cumprir a sua função social.

72 Relatório de Gestão Em 2014 foram inseridas 543 escolas de todas as re- Projetos pedagógicos fora de sala de aula também são va- giões do Estado, beneficiando 431.080 alunos. lorizados pelo “Escola Viva, Comunidade Ativa”. O progra- ma disponibiliza a escolas inseridas na iniciativa uma verba Ações para realização de atividades diferenciadas, que podem ser feitas, por exemplo, no pátio e na quadra da escola, bem A principal ação do projeto é o “Abrindo Espaços”, na como para trabalhos de campo. São diferentes formas de qual as escolas, junto com a comunidade, são estimu- os alunos vivenciarem o que aprendem em sala de aula em ladas a criarem oficinas para alunos, desenvolvidas nos atividades pedagógicas externas. De 2011 até hoje, o inves- finais de semana. São oficinas de arte, culinária, esporte timento nessas atividades foi de R$ 3.549.230,00. ou música, por exemplo, muitas delas conduzidas pelos próprios alunos ou voluntários da própria comunidade. A partir de uma parceria com o Instituto de Arte e Cultu- Atualmente, 24 escolas da rede recebem recursos para ra Yorùbá, foi criado o projeto “Educar com Arte Africa- comprarem material de consumo para realização destas na”. Dentro da iniciativa, alunos de escolas estaduais de atividades. Com isso, são beneficiados mais de 13 mil Belo Horizonte participam de oficinas que buscam pro- alunos, suas famílias e comunidades. Entre 2011 e 2014, porcionar aos estudantes a chance de conhecer a cultura foram investidos R$ 765.526,00 nessa ação. africana por meio da arte e da contação de histórias.

Buscando também aproximar comunidade e escola, além O “Educar com Arte Africana” também atende ao pre- de ter um viés pedagógico e buscar aguçar a sociabilida- conizado na Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de dos estudantes, o “Escola Viva, Comunidade Ativa” sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Por ano, 20 esco- também investe nas fanfarras escolares. Através do pro- las participam dessa ação e, até 2014, 3.650 alunos vi- jeto, 26 escolas já receberam verbas para a compra de venciaram esta experiência. O investimento da Secretaria instrumentos musicais, e, no total, são 1.270 integrantes nessa ação desde 2012, quando ela foi iniciada, foi de de fanfarras. Na última gestão, o investimento nas fan- R$ 228.675,00. farras escolares foi de R$ 380.985,00.

Escola Estadual Irmã Raimunda Marques oferta para a comunidade a Alunos da rede estadual aprenderam sobre a cultura africana através de uma oficina de pintura em seda. Foto: Arquivo da Escola parceria com o Instituto de Arte e Cultura Yorùbá. Foto: Lígia Souza/ACSSEE

Relatório de Gestão 73 O “Escola Viva, Comunidade Ativa” também é parceiro da Polícia Militar municípios que contemplam todas de Minas Gerais (PMMG) no Programa Educacional de Resistência às as 47 Superintendências Regionais Drogas (Proerd), que consiste em uma ação conjunta entre as Polícias de Ensino. Militares, escolas e famílias, no sentido de prevenir o uso de drogas e a violência entre estudantes, bem como ajudá-los a reconhecer as pres- 81 municípios foram sões e as influências diárias que contribuem ao uso de drogas e à prática de violência. A iniciativa também busca aproximar PMMG e comunidade, beneficiados com patrulhas para uma relação pautada no diálogo preventivo e não mais punitivo. escolares Patrulha Escolar Esta foi a primeira vez que foram No ano de 2012, foram adquiridas 95 viaturas para o uso exclusivo da adquiridos veículos para uso exclu- patrulha escolar, para realizar as rondas em regiões com altos índices sivo da patrulha escolar. A compra de violência e criminalidade. Os veículos foram adquiridos com recursos é a uma ação resultante das discus- da Secretaria de Estado de Educação no valor de R$ 2.995.102,05. Os sões realizadas no Grupo de Traba- veículos foram entregues a Batalhões e Companhias da Polícia Militar de lho Intersetorial para o enfrenta- Minas Gerais localizados em todas as regiões do estado, totalizando 81 mento das condições geradoras de violência nas escolas, formado em 2011. O grupo integra represen- tantes da Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Estado de Defesa Social, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, entre outros órgãos do Governo. A co- missão teve como objetivo discutir medidas intersetoriais destinadas à identificação, prevenção e enfren- tamento de fatores geradores de violência nas escolas estaduais.

A patrulha é realizada por uma via- tura que tem como função principal fazer visitas aos estabelecimentos de educação públicos e privados de regiões que apresentam altos indi- cadores de vulnerabilidade social. Todas as viaturas são identificadas com o nome “patrulha escolar”. As viaturas foram entregues em dezembro de 2012. Foto: Hudson Menezes/ACSSEE

74 Relatório de Gestão Avaliações e Resultados Educacionais

a primeira escola ao ensino superior, a avaliação é instrumento insubsti- Seja nos resultados das avaliações Dtuível para o enfrentamento dos desafios postos à educação, bem como do próprio Simave; de instrumentos para a adoção de medidas de regulação e aperfeiçoamento. Mais particu- abrangentes de avaliação, como o larmente, quando a referência é o sistema público de educação básica, a Índice de Desenvolvimento da Edu- questão da avaliação ganha uma complexidade suplementar, já que, pela cação Básica (Ideb); ou de estudos sua extensão, abrangência de atendimento e impacto político, o sistema que fazem recortes específicos, Minas público deve ser objeto de uma atenção cuidadosa e responsável, capaz de ocupa sempre posição de destaque no reunir doses iguais de prudência e ousadia. que se refere à qualidade da educação.

Simave avalia estudantes em todos os níveis de ensino

Minas Gerais é um dos 17 estados brasileiros que possuem sistema pró- prio de avaliação. Criado em 2000, o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave) tem o objetivo de desenvolver programas de avaliação cujos resultados forne- çam informações importantes para o planejamento de ações em todos os níveis do sistema de ensino.

Na rede estadual mineira, os alunos são avaliados em todos os níveis de ensino. Foto: Arquivo SEE Com as suas provas, o Governo de Minas se destaca porque foi o primeiro estado da federação a criar um sistema Minas avalia, anualmente, mais de um próprio que avalia sistematicamente os estudantes da rede pública. O Sistema milhão de estudantes da rede estadual Mineiro de Avaliação da Educação Básica (Simave) avalia censitariamente os e também de todas as redes munici- estudantes em diferentes momentos da trajetória educacional e, a partir dos pais, uma vez que as avaliações são resultados gerados, permite o desenvolvimento de políticas públicas mais con- oferecidas às prefeituras gratuitamen- tundentes e adequadas à realidade dos estudantes e das escolas. te, abrangendo os 853 municípios.

Relatório de Gestão 75 Minas foi o primeiro estado do Brasil a avaliar censitariamente os estudantes da rede estadual de ensino.

O Simave trabalha com três avaliações. O Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) verifica os níveis de alfabetização alcançados pelos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede pública, sendo censitária no 3º ano. Já o Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb) avalia de forma censitária as competências desenvolvidas pelos anos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Os resultados dessas avaliações externas oferecem às escolas os subsídios para orientar seus projetos pedagógicos.

Com objetivos e metodologias diferentes, os alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio também fazem as avaliações do Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar (PAAE). O Programa disponibiliza avaliações para as escolas estaduais que possibilitam ao professor e à escola verificarem as habilidades e compe- tências adquiridas pelos alunos no início, durante e no fim do ano letivo.

Média de alunos Avaliação Público avaliado Tipo de prova avaliados por ano Proalfa 3º ano do ensino fundamental 250 mil alunos Língua Portuguesa 5º e 9º anos do ensino fundamental e Língua Portuguesa Proeb 650 mil alunos 3º ano do ensino médio e Matemática 6º ao 9º ano do ensino fundamental PAAE 280 mil alunos Todas as disciplinas e ensino médio

A elaboração, aplicação das provas e a análise dos dados do Proalfa e o Proeb são realizados integralmente pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). Já o PAAE é coordenado pelo Instituto Avaliar. Cooperação entre Estado e municípios

Desde a criação do Simave, em 2000, os municípios mineiros participam da iniciativa, mas foi em 2006 que 100% das redes municipais aderiram às avaliações. O Estado arca com todos os custos da aplicação e distribuição das provas. Além disso, os diretores e professores das escolas municipais participam das capacitações promovidas pela Secretaria de Estado de Educação.

Os professores são os responsáveis pela aplicação das provas do Proalfa e do Proeb. Para auxiliá-los na apli- cação dos testes, a Secretaria de Estado de Educação realiza diferentes capacitações. As capacitações são feitas por representantes das equipes central e regional do Programa de Intervenção Pedagógica (PIP). As equipes capacitam os diretores das escolas, que trabalham como multiplicadores e repassam a capacitação para os professores que irão aplicar os testes.

76 Relatório de Gestão Alfabetização alcançou índice recorde Os resultados do Proalfa 2013 constataram que o nível de conhecimento em Língua Portuguesa entre os alunos Aplicado de forma censitária desde 2006, o Proalfa é de oito anos deu um salto. Em oito anos — de 2006 a uma avaliação que identifica os níveis de aprendizagem 2013 — o conhecimento em Língua Portuguesa dos alu- em relação à leitura e à escrita dos alunos e é parte da nos do 3º ano do ensino fundamental da rede estadual estratégia da Secretaria de Estado de Educação para al- de ensino praticamente dobrou. De acordo com os resul- cançar a meta de que em Minas toda criança saiba ler e tados do Proalfa 2013 – divulgados em 18 de fevereiro escrever até os oito anos de idade. Os testes são anuais e de 2014 – 93,1% dos alunos do 3º ano encontram-se aplicados em todos os alunos das redes estadual e muni- no nível recomendado de proficiência em língua portu- cipais nas escolas urbanas e rurais e identifica o nível de guesa. Em 2006, primeiro ano em que a avaliação foi aprendizado de cada aluno. O intervalo entre a aplicação aplicada, este índice era de 48,6%. dos testes e o resultado possibilita ações de intervenção na aprendizagem. Pela primeira vez na história, o nível de letramento reco- mendado foi alcançado por mais de 90% dos estudantes A avaliação é censitária para os alunos do 3º ano do en- que fizeram o teste. Ou seja, mais de 70 mil alunos leem, sino fundamental (8 anos de idade) e amostral para os do escrevem, interpretam e fazem síntese de textos dentro 2º e 4º anos. A censitária é uma avaliação nominal, que do nível considerado recomendado. Comparativamente, identifica o nível em que se encontra cada aluno e pos- significa um aumento de seis pontos percentuais em re- sibilita intervir em sua aprendizagem de forma pontual e lação ao desempenho anterior, apurado em 2012, quan- individualizada, se necessário. A amostral indica com quais do 87,3% dos alunos estavam no nível recomendado. habilidades e competências o aluno do 2º ano chegará ao último ano do ciclo da alfabetização. Já na amostral, aplicada aos alunos do 4º ano, é possível verificar qual a bagagem de conhecimento esses estudantes adquiriram a partir do que foi apontado pela avaliação censitária.

Proeb apontou avanços O Proeb avalia os conhecimentos dos alunos da educa- ção básica ao final de cada etapa de ensino: no 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Mé- dio. Todos os alunos são avaliados e classificados em três

O nível de letramento recomendado foi alcançado por mais de 90% dos padrões de desempenho — baixo, intermediário e reco- estudantes que fizeram o teste. Foto: Arquivo SEE mendado — em Língua Portuguesa e em Matemática.

Relatório de Gestão 77 Assim como no Proalfa, os testes do Proeb são anuais e aplicados em todos Os resultados dos testes apli- os alunos das redes estadual e municipais nas escolas urbanas e rurais. cados em 2013 mostram que o As provas do Proeb são aplicadas no Estado desde 2000. Desde que teve nível de aprendizado dos alunos início, o Programa já avaliou os alunos em Língua Portuguesa, Matemática, da rede estadual de ensino de Ciências Humanas e Ciências da Natureza. A partir de 2006, padronizou-se Minas Gerais em Língua Portu- a avaliação anual em duas disciplinas: Matemática e Língua Portuguesa. guesa está em ascensão. Esta é uma afirmação que pode ser feita a partir da análise dos dados do último Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Bási- ca (Proeb), que diagnosticou, em 2013, uma evolução em todos os níveis de ensino avaliados.

No 5º ano do ensino fundamental, o percentual de estudantes no ní- vel recomendado de desempenho em Língua Portuguesa passou de

O Proeb avalia os alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano ensino médio. 45,6% em 2012 para 46,2% em Foto: Arquivo SEE. 2013. No 9º o crescimento foi mais PORTuguês significativo. Em 2012, o percen- tual de alunos no nível recomen- 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 dado era 34,8% e em 2013 foi 5º ano EF 190,0 195,1 204,8 213,8 217,1 214,4 217,6 218,7 de 40,5%. Já no 3º ano do ensino 9º ano EF 242,7 240,6 250,2 252,1 255,7 253,9 254,5 260,8 médio o crescimento foi de 30,7% 3º ano EM 267,6 274,2 274,0 274,8 282,2 271,4 273,8 280,6 para 36,3%.

Em todos os níveis avaliados, a rede estadual alcançou participação re- corde na história do Programa. No 5º ano do ensino fundamental, 94,63% dos estudantes fizeram as provas. No 9º ano esse percentual também ultrapassou os 90% e fi- cou em 90,39%. Já no 3º ano do ensino médio, a participação dos alunos ficou em 84,95%. É impor- tante esclarecer que a participação dos alunos é voluntária.

78 Relatório de Gestão O Proeb avalia o desempenho dos estudantes ao final de cada nível de ensino também em Matemática. No 5º ano do ensino fundamental o percentual de estudantes no nível de desempenho recomendado em Ma- temática passou de 60% em 2012, para 61,7% em 2013.

Nos demais níveis avaliados – 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio – o percen- tual de estudantes que fizeram os testes de Matemática ficou estável. No 9º ano, o percentual passou de 23,2% para 22,9% e no 3º ano passou de 3,75% para 3,85% de Em todos os níveis avaliados, a participação na avaliação do Proeb foi recorde. Foto: Arquivo SEE um ano para o outro. MATEMÁTICA Programa de Avaliação da 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Aprendizagem Escolar (PAAE) 5º ano EF 196,5 205,2 218,2 226,2 235,1 232,9 237,1 239,4 9º ano EF 246,3 250,9 255,8 261,4 268,9 264,0 267,4 264,5 Desenvolvido pela Secretaria de Es- 3º ano EM 274,7 282,4 282,2 284,0 290,6 284,8 285,3 286,3 tado de Educação de Minas Gerais, o programa assegura aos educadores acesso online para a geração de pro- vas e emissão de relatórios e gráficos de desempenho. A iniciativa avalia a aprendizagem dos alunos das esco- las estaduais mineiras no decorrer do ano letivo, e fornece elementos para a auto-avaliação do professor e sub- sídios pedagógicos para intervenções que promovam a melhoria da apren- dizagem, da prática docente e do ensino, na escola. Nos últimos anos, a Secretaria fortaleceu esse Progra- ma, que ganhou mais abrangência

Relatório de Gestão 79 e passou a atender mais escolas e estudantes na sua O PAAE proporciona benefícios para toda a comunida- modalidade online. de escolar. Para as escolas, os resultados possibilitam monitorar o desenvolvimento das turmas e dos alunos O programa é constituído por um Banco de Itens que individualmente, estabelecer metas de aprendizagem, atualmente conta com cerca de 90 mil questões, sendo criar e redimensionar projetos e estratégias pedagó- 500 de produções de texto. Elas têm graus de dificulda- gicas para a melhoria do desempenho dos alunos. Já de diferenciados (fácil, médio e difícil) e são elaboradas para os alunos, as avaliações permitem identificar os por equipes de especialistas de cada disciplina no ensino conteúdos que eles precisam estudar mais para a me- fundamental e médio. O Banco propicia a geração de lhoria do seu desempenho escolar. provas online e o fornecimento de resultados imediatos. Além dos estudantes, os professores também fazem os testes. Antes de aplicar a avaliação nos alunos, eles têm a oportunidade de fazer as provas no sistema e in- serir seus resultados. O professor recebe o gabarito do teste e pode comentar as questões no sistema. Dessa forma, o PAAE se configura como uma ferramenta que auxilia o trabalho pedagógico do professor.

O Programa é composto por três avaliações com objeti- vos distintos: a Avaliação Diagnóstica, que, aplicada no início do ano letivo, apresenta o conhecimento prévio do aluno acerca do conteúdo a ser trabalhado nos próximos Alunos passaram a realizar o PAAE na modalidade online. Foto: Arquivo SEE meses; a Avaliação de Aprendizagem, que, nos últimos dias de aula, mostra o conhecimento acumulado pelo Enquanto o Proalfa e o Proeb auxiliam a Secretaria na ela- aluno durante o ano; e a Avaliação Contínua, que avalia boração de políticas educacionais, o PAAE auxilia o profes- o que e como o aluno aprende e se apresenta como uma sor na revisão e aperfeiçoamento da sua prática pedagógi- ferramenta de auxílio para o professor em sala de aula. ca. A partir de 2012, alunos de 288 escolas do 1º ano do ensino médio passaram a realizar o PAAE na modalidade As avaliações Diagnóstica e da Aprendizagem Anual online - o que permite maior agilidade na aplicação de pro- são instrumentos de participação obrigatória pelas vas e rapidez na obtenção de dados diagnósticos. Em 2013, escolas, a Avaliação Contínua é opcional. As primeiras esse número cresceu e 456 escolas estaduais passaram a também têm em comum o fato de terem um perío- realizar o teste nesta modalidade. Já no primeiro semestre do específico para serem aplicadas. A Avaliação Con- de 2014, 454 escolas fizeram o teste usando os laborató- tínua pode ser feita a qualquer momento e quantas rios de informática. O número representa 30% das escolas vezes o professor desejar no período entre as outras estaduais quem ofertam o ensino médio. A expectativa é avaliações. Entre as disciplinas avaliadas estão Arte, que no segundo semestre 734 escolas estaduais façam os Biologia, Ciências, Educação Física, Filosofia, Física, testes na modalidade online. A ideia é que o percentual da Geografia, História, Língua Estrangeira (Inglês), modalidade online aumente a cada ano. Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.

80 Relatório de Gestão Ano Número de alunos avaliados Desde 2009, a rede estadual mineira já liderava o ranking nacional do Ideb nos anos iniciais do ensi- 2012 25.299 no fundamental. Em 2013, o Ideb da rede estadual 2013 47.514 atingiu a marca de 6,2 – o que garante a primeira 2014 87.041* colocação nacional, ao lado da rede estadual do Pa- *Estimativa de novembro de 2014. raná. Quando consideradas todas as redes de ensino, o Ideb mineiro aumentou de 5,9 para 6,1. É também Melhor ensino fundamental do Brasil o melhor índice do Brasil, ao lado de São Paulo, que também chegou a 6,1. Destaque-se que o Ministério Divulgado em setembro de 2014 pelo Ministério da Edu- da Educação considera que o índice 6,0 é referência cação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em educação para países desenvolvidos. (Ideb), ano-base 2013, atesta que Minas Gerais se firma cada vez mais como referência nacional em educação, Minas já superou a meta nacional para o em especial, no ensino fundamental. ano de 2021

De acordo com os dados, Minas Gerais melhorou ainda Com Ideb 6,2, a rede estadual mineira não só garante o mais seus resultados neste que é o principal indicador de primeiro lugar do ranking pela terceira vez consecutiva qualidade da educação do país, e lidera o ranking entre nos anos iniciais do ensino fundamental, como supera, os estados brasileiros no ensino fundamental, tanto para com oito anos de antecedência, a meta brasileira para as os anos iniciais (1º ao 5º ano), quanto para os finais (6º redes estaduais do país. ao 9º ano). O estado tem o melhor índice entre as redes estaduais e também o melhor índice quando conside- radas todas as redes de ensino (estadual, municipais e particulares).

O quadro a seguir mostra a evolução do IDEB de Minas Gerais desde a criação do índice, em 2005:

Fonte: AGEI/SEE

De acordo com a projeção do MEC, em 2021 o conjunto de todas as redes estaduais deverá atingir Ideb 6,1 e a rede estadual de Minas Gerais já superou esse índice em 2013.

O gráfico a seguir mostra oranking do IDEB nos anos iniciais do ensino fundamental, com os índices obtidos pelas 27 unidades da Federação em 2013:

Relatório de Gestão 81 O gráfico a seguir mostra oranking do IDEB nos anos finais do ensino fundamental, com os índices obtidos pelas 27 unidades da Federação em 2013:

Fonte: AGEI/SEE Liderança também nos anos finais do ensino fundamental Fonte: AGEI/SEE O Ideb da rede estadual passou de 4,4 em 2011 para 4,7 Com Ideb 4,7 do ensino fundamental, a rede estadual em 2013. Com esse índice, a rede estadual mineira, que era mineira não só garante o primeiro lugar do ranking pela a segunda melhor do país até 2011, assume a liderança. Em primeira vez nos anos finais, como supera, com dois anos segundo lugar está a rede estadual de Goiás, com Ideb 4,5, de antecedência, a meta brasileira para o conjunto das e em terceiro a rede estadual paulista, com Ideb 4,4. redes estaduais do país para 2015.

Considerando o Ideb de todas as redes nos anos finais do ensino fundamental, Minas Gerais também lidera o ranking, com índice 4,8, seguido por São Paulo e Goiás, que alcan- çaram índice 4,7. Portanto, Minas Gerais está em primeiro lugar no ranking nacional do Ideb, quando considerado o universo das redes estaduais e também em todas as redes de ensino (municipais, estadual e escolas particulares). Fonte: AGEI/SEE

82 Relatório de Gestão Ensino médio entre os melhores de 2012, em 11 escolas estaduais de Belo Horizonte. Em 2013, ano em que a Prova Brasil, que serve de referência No ensino médio, a tendência dos resultados do Ideb é de es- para o Ideb é aplicada, o Reinventando estava em 133 tabilidade. A rede estadual mineira apresentou índice 3,6 em escolas estaduais do estado e atendia somente estudan- 2013. Em 2011, foi de 3,7. Considerando-se todas as redes tes de 1º e 2º anos, uma vez que é implantado de forma (estadual, municipais e privadas), o Ideb de Minas no ensino gradativa. De qualquer maneira, a Prova Brasil no ensino médio passou de 3,9 para 3,8. Ainda com esses resultados, o médio é aplicada de maneira amostral e não foi aplicada ensino médio mineiro continua entre os melhores do país. Na em nenhuma escola que contava com o Reinventando rede estadual, por exemplo, o ensino médio mineiro é o quarto em 2013. O programa, certamente, terá impacto positivo melhor do país, conforme mostra o gráfico abaixo. nos próximos índices.

Outras avaliações confirmam a liderança mineira

Um relatório publicado em março de 2013 pelo movimento Todos Pela Educação confirmou os bons resultados da edu- cação mineira. De acordo com o documento “De olho nas Metas”, no qual a organização faz o acompanhamento de indicadores educacionais do país, Minas Gerais figura nas primeiras posições nos índices relacionados ao desempenho dos estudantes em Português e Matemática, ao contrário da média geral nacional, que revela um baixo resultado no aprendizado destas matérias.

O estudo diz respeito à terceira meta, de um total de cinco estabelecidas pelo movimento, que sugere que todo aluno deve ter aprendizado adequado à sua série. Entre os alunos do 5º ano do ensino fundamental, o índice de estudantes mineiros que atingiram o que a organização considera ade- quado foi de 55,1%. Já em Matemática, esse percentual foi de 53,7%. Esses índices garantiram a posição de Minas no segundo lugar do ranking de desempenho em Português entre os estados, atrás do Distrito Federal, e em primeiro Fonte: AGEI/SEE lugar em Matemática considerando todas as redes. É importante destacar que o Ideb 2013 do ensino mé- dio não sofreu influência do programa Reinventando o Já o estudo “Excelência com Equidade”, da Fundação Ensino Médio, da Secretaria de Estado de Educação. O Lemann, divulgado em maio de 2013, foi feito com base Reinventando foi implantado em caráter piloto a partir em dados da edição 2011 da Prova Brasil, do MEC, e

Relatório de Gestão 83 também destaca Minas. O estudo selecionou 215 es- Campeões da matemática colas que garantem o aprendizado dos estudantes mesmo em condições adversas – baixa escolarida- A cada ano, Minas Gerais vem se consolidando de dos pais e baixa renda, por exemplo. Todas as cada vez mais como estado campeão na Olimpía- instituições selecionadas são públicas e 109 delas da Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – 50,7% do total – estão localizadas em Minas (Obmep). Em 2014, pela oitava vez consecutiva, os Gerais. De acordo com a pesquisa, estas institui- alunos das escolas públicas mineiras conquistaram ções contribuem para que os alunos de suas regiões o topo do ranking, tanto em número total de me- atinjam patamares satisfatórios de desempenho dalhas, quanto em número de medalhas de ouro. E educacional. com direito a recorde. Na 10ª edição da Olimpíada, os alunos mineiros conquistaram um total de 1.646 O resultado da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo medalhas. Foram 153 ouros conquistados, 413 pra- de Alfabetização (Prova ABC) – iniciativa do movimen- tas e 1.080 bronzes. to Todos pela Educação em parceria com outras insti- tuições – mostrou que os estudantes da rede pública Das mais de 1600 medalhas conquistadas por Minas de Minas Gerais possuem a melhor redação do país. Gerais na Obmep, a maior parte delas é de estudantes Os resultados foram divulgados em junho de 2013. da rede estadual de ensino. Os alunos de escolas esta- duais conquistaram 1.184 no total, sendo 104 ouros, Na redação, a rede pública de Minas Gerais ocupou o 276 de prata e outras 804 de bronze. primeiro lugar do país, com 37,2% dos alunos no nível adequado, seguido pelos estados de São Paulo e Mato Grosso, ambos com 36,2%. Considerando todas as redes de ensino, Minas ocupou a segunda posição, com 41,6% dos alunos no nível adequado, ficando atrás apenas de Goiás que tem 42,1%.

A Prova ABC também avaliou os estudantes em Ma- temática e Leitura. O Estado, considerando todas as redes, também tem o maior percentual de estudan- tes do 3º ano com nível considerado adequado em Matemática, com 49,3%. Em Leitura, o percentual de estudantes no nível considerado recomendável pelo estudo é de 59,1%. Neste caso, Minas ficou no segun- Aplicação da prova da primeira fase da Obmep na Escola Estadual Arthur Bernardes, Sete Lagoas. Foto: Nívea de Oliveira/SRE Sete Lagoas do lugar do ranking, atrás de São Paulo, que alcançou 60,1%. Considerando o sistema público, Minas fica Desde o início da competição, o total de medalhas con- na segunda posição geral em Leitura (55,3% no nível quistadas por Minas Gerais impressiona. Nas nove edi- recomendável) e na terceira em Matemática (44,1% ções da Olimpíada, os alunos mineiros já conquistaram dos estudantes no nível recomendável). mais de sete mil medalhas. Confira a tabela a seguir:

84 Relatório de Gestão Ano Ouro Prata Bronze TOTAL de 2013, foram premiados os estudantes e profes- sores de todo o Estado que se destacaram na 7ª e 2005 66 15 15 96 8ª edições da Olimpíada Brasileira de Matemática 2006 64 15 15 94 das Escolas Públicas (Obmep), referentes aos anos 2007 69 169 560 798 de 2011 e 2012. Em evento comandado pelo então 2008 80 226 472 778 governador Antonio Anastasia, cerca de 200 pro- fessores e alunos receberam prêmios em dinheiro e 2009 71 223 482 776 equipamentos de informática e outros três mil pelo 2010 113 231 436 780 Estado ainda receberam as premiações em cerimô- 2011 111 248 457 816 nias regionais. No total, foram distribuídos cerca de 2012 152 229 947 1328 R$4,3 milhões em prêmios. 2013 148 253 1199 1600 2014 153 413 1080 1646 em 2013, foram distribuídos mais de R$4 TOTAL GERAL 8712 milhões em prêmios aos campeões Fonte: Site Obmep Professores premiados da Matemática

Minas Gerais também foi o estado com o maior nú- Foram premiados todos os estudantes medalhistas mero de professores premiados na 10ª edição da das duas edições da Olimpíada, além dos profes- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Pú- sores de Matemática desses alunos. Os alunos que blicas (Obmep). No total, 1.229 professores foram ganharam medalha pela primeira vez receberam um premiados na 10ª Obmep, sendo que 312 deles são netbook e aqueles que já ganharam o aparelho em mineiros. Em seguida está o estado de São Paulo, edições anteriores receberam R$1.000 em dinheiro. que teve 177 professores premiados. Os professores, por sua vez, receberam R$1.500. No total, serão distribuídos mais de três mil prê- Nesse quesito, Minas também é destaque indivi- mios. Já os estudantes medalhistas de ouro do En- dualmente com a professora Maria Botelho Alves sino Médio e os professores desses alunos serão Pena, da Escola Estadual Messias Pedreiro, em premiados a partir de uma parceria com a Compa- Uberlândia. Ela foi premiada em 2014 e conquistou nhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) sua 10ª premiação consecutiva. Apenas ela e outro e receberam R$5.000 cada um. professor, do estado do Piauí, foram premiados em todas as 10 edições da Olimpíada até agora. Desde a 1ª edição da Olimpíada o Governo de Minas promove premiação própria para os estudantes meda- Premiação do Governo de Minas lhistas. A premiação é uma forma de reconhecer o talen- to dos jovens, o trabalho dos professores e o excelente O Governo de Minas também premia os estudantes resultado de Minas Gerais na maior competição do co- que se destacam na Obmep. No dia 25 de novembro nhecimento do Brasil.

Relatório de Gestão 85 Dávila de Carvalho Meireles, aluna da Escola Estadual Terezinha Pereira, do município de , recebeu seu prêmio das mãos do então governador Antônio Anastasia. Foto: Wellington Pedro / SECOM MG

A OBMEP Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e envol- ve milhões de estudantes. A Olimpíada é uma competição do conhecimento da área de Matemática que envolve escolas públicas A iniciativa é realizada em duas fases. Na primeira, de todo o país desde 2005. Promovida pelo Gover- todos os estudantes inscritos pelas escolas fazem no Federal, por meio dos Ministérios da Educação uma prova objetiva, que é aplicada na própria es- e de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Olimpíada cola. Já na segunda fase, são classificados os 5% é realizada anualmente pelo Instituto Nacional de melhores de cada escola para a segunda etapa, na Matemática Pura e Aplicada (IMPA) com apoio da qual fazem uma prova discursiva.

86 Relatório de Gestão Noemi Zeraick, ex-aluna da Escola Estadual Ana Dantas Motta, no município de Carvalhos, saiu da educação básica com o máximo possível de medalhas que poderia ganhar na Obmep: sete. Foto: Geanine Nogueira / ACSSEE

A Obmep é voltada para estudantes do 6º ao 9º anos ensino superior podem concorrer a uma bolsa do Progra- do ensino fundamental e para os estudantes do ensino ma de Iniciação Científica e de Mestrado (PICME). médio. Esses estudantes são divididos por níveis, sendo que os de 6º e 7º anos são do nível I, 8º e 9º nível II e os Professores, escolas e secretarias são premiados de estudantes do ensino médio são classificados no nível III. acordo com a colocação obtida pelos alunos nos re- sultados das provas. Alunos, professores, escolas e secretarias de educação que se destacam na segunda etapa da competição são premiados. Aos alunos premiados, a organização da Ob- DESEMPENHO MINEIRO EM COMPETIÇÕES mep concede 500 medalhas de ouro, 1.500 medalhas de DO CONHECIMENTO prata, 4.500 medalhas de bronze e até 46.200 certifica- dos de Menção Honrosa. Além disso, os alunos medalhis- Experiências pedagógicas que levam alunos e professo- tas e matriculados em escolas públicas ganham também res a pensar além dos muros da escola e a relacionar o Bolsas de Iniciação Científica Jr.(PIC). Os medalhistas da conteúdo aprendido e ensinado em sala de aula com a Obmep em qualquer edição e que estão matriculados no vida cotidianatêm ganhado cada vez mais espaço nas

Relatório de Gestão 87 escolas estaduais mineiras. Por meio de olimpíadas e so Pena Júnior, no município de São Tiago, conquistaram concursos, estudantes e educadores têm a oportuni- três medalhas de prata e uma de bronze nas modali- dade de conquistar não apenas medalhas, mas tam- dades de futebol, resgate e dança. A Olimpíada é uma bém saberes diversos. iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos, dedicada às escolas, professores e jovens brasileiros. O objetivo da Atualmente no Brasil, existem competições dedicadas competição é despertar o interesse pela ciência e tec- às diferentes disciplinas, como Matemática, História e nologia utilizando a temática da robótica. Já em 2012, Língua Portuguesa. Embora o melhor exemplo seja a graças ao desempenho em competições envolvendo a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públi- robótica, estudantes da Escola Estadual Afonso Pena Jú- cas (Obmep), não é só em Matemática que os minei- nior ultrapassaram fronteiras e conquistaram dois troféus ros colecionam bons resultados. em uma das maiores competições de robótica do mundo: a RoboCup 2012, realizada no México.

Na edição de 2011 da Olimpíada Brasileira de Robótica Outra competição do conhecimento em que os alunos (OBR), por exemplo, os alunos da Escola Estadual Afon- mineiros vêm se destacando nos últimos anos é a Olim-

Alunos da Escola Estadual Afonso Pena Júnior, de São Tiago. Foto: Arquivo SEE

88 Relatório de Gestão píada Brasileira de Língua Portuguesa — Escrevendo João César Campos Vargas, é destaque. Pelo seu desem- o Futuro. A competição acontece a cada dois anos e é penho na competição, ele participou, em 2013, da 3ª dedicada a alunos e professores do 4º ano do ensino edição da Olimpíada de Matemática da Comunidade dos fundamental ao ensino médio. Sua finalidade é contri- Países de Língua Portuguesa, realizada em Moçambique. buir para a melhoria do ensino, da leitura e escrita nas Durante a semana que ficou no país africano, o aluno da escolas públicas brasileiras. Enquanto nos anos pares a rede estadual competiu com estudantes de oito países: competição realiza um concurso de produção de textos além do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mo- que premia as melhores produções de alunos de escolas çambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. públicas de todo o país, nos anos ímpares, a olimpíada do conhecimento desenvolve ações de formação presencial e a distância, além da realização de estudos e pesquisas, elaboração e produção de recursos e materiais educa- tivos. Na edição de 2012 da Olimpíada, Minas Gerais foi o Estado com o maior número de alunos premiados. Dos 20 estudantes brasileiros que tiveram seus textos selecionados, quatro eram mineiros. Poesia, Memórias Li- terárias e Crônica foram os gêneros que renderam medalhas para o Estado.

Secretária adjunta de Educação, Sueli Pires, esteve em Brasília para entregar prêmio aos vencedores da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa em 2012. Foto: Geanine Nogueira/ACSSEE A Matemática também tem representantes mineiros em outras competições. Na Olimpíada Brasileira de Matemá- Gabriel José Pereira Corzo, da Escola Estadual Professora Francisca Pereira tica (OBM), por exemplo, o ex-aluno da Escola Estadual Rodrigues, do município de Piraúba é medalhista de bronze da OBM. Foto: Coronel Américo Augusto de Oliveira, de , Arquivo Pessoal

Relatório de Gestão 89 Outras conquistas dos Unidos, os alunos mineiros sempre marcam presença. Em 2012, as alunas da rede estadual de ensino Waleska Nayara Não são apenas nas olimpíadas que os estudantes são des- Silva Ribeiro, de São João da Serra Negra, distrito de Patrocí- taque. Ao participar de feiras de ciências e de concursos pro- nio, e Stefani Moreira Aquino Toledo, de Montes Claros foram movidos por diferentes entidades, os mineiros também têm selecionadas para participar da edição de 2013 do Programa. muitas conquistas. Já a edição de 2014 contou com a participação dos estudantes do ensino médio Larissa Francielle Miranda Moreira, da Escola Alunos da Escola Estadual Manoel Antônio de Souza, em Estadual Amélia Santana Barbosa, de , Augusto César da Azurita, no município de , participaram em Silva, da Escola Estadual São José, de Patrocínio, e Victor Go- 2012, 2013 e 2014 da Intel ISEF (International Science mes Sampaio, da Escola Estadual Estevão de Oliveira, de Juiz and Engineering Fair), uma das maiores feiras de ciência de Fora. Para a edição de 2015, mais três estudantes da rede e tecnologia do mundo. Nos dois primeiros anos, o grupo foram selecionados: Cora Wallach Sanches, da Escola Estadual selecionado apresentou o resultado dos estudos feitos Doutor Emílio Silveira, de Alfenas, Fabrício Izauro Martins Re- com a planta Arrabidae Chica, mais conhecida como Pariri. Já em 2014, a escola apresentou na Intel ISEF o projeto “Aplicação Biotecnológica da Planta Nim (Azadi- rachta Indica) no combate a pragas agrícolas”.

Alunos que representaram a Escola Estadual Manoel Antônio de Souza representaram o Brasil na Intel ISEF em 2014, em Los Angeles. Foto: Arquivo Pessoal

No Programa Jovens Embaixadores, que busca beneficiar alu- nos brasileiros da rede pública de ensino que são exemplos em suas comunidades por meio de sua liderança, atitude positiva, consciência cidadã, excelência acadêmica, e conhecimento da Em janeiro de 2014, Augusto, Larissa e Victor tiveram a oportunidade de língua inglesa com um intercâmbio de três semanas nos Esta- conhecer os Estados Unidos. Foto: Arquivo Pessoal

90 Relatório de Gestão zende, da Escola Estadual Professor Vicente Lopes Perez, de Monte Carmelo, e Lucas Rodrigues Fonseca, da Escola Estadual Doutor José Gonçalves, de Itaúna.

Em 2011, a aluna Escola Estadual Doutor Geraldo Parreiras, em João Monlevade, Bárbara Fraga, representou o Estado no Parla- mento Juvenil do Mercosul. Em 2012, o estudante da Escola Es- tadual do Parque São Jorge, em Uberlândia, Gustavo Henrique de Souza Medrado, foi o escolhido. Já em 2014, Allan Weksley Martins Ferreira, da Escola Estadual Paschoal Comanducci,em Belo Horizonte, participará das discussões da iniciativa. A cada encontro da iniciativa é escolhido um país do Mercosul. Ana Flávia Gonçalves Resende, então aluna da Escola Estadual Governador Milton Campos, de Belo Horizonte, foi selecionada para participar do O Parlamento Juvenil do Mercosul é um projeto de partici- Parlamento Jovem em 2011. Foto: Arquivo Pessoal pação juvenil, que se propõe a contribuir para a formação política e cidadã dos jovens, dando-lhes ferramentas para Destaque também para professores que participem ativamente dos grupos e comunidades de que fazem parte.Os parlamentares juvenis estaduais têm Não são apenas os estudantes que participam de iniciativas mandato de dois anos e durante esse período participam que enriquecem seus conhecimentos. Para os professores de diversas ações de integração e formulação de propostas também existem várias ações que têm como foco o aprimo- para melhoria do ensino médio. ramento do conhecimento e que proporcionam a troca de experiência com educadores de várias localidades. Anualmente, oito estudantes mineiros são escolhidos para participar do Parlamento Jovem Brasileiro. A ini- Em 2011, a professora de Física da Escola Estadual Dr. Rai- ciativa oferece aos estudantes do ensino médio a opor- mundo Alves Torres, na cidade de Viçosa, esteve entre os tunidade de participar de uma jornada parlamentar na 20 professores brasileiros selecionados para passar uma Câmara, onde atuarão como “deputados federais”. A semana em um dos mais importantes laboratórios de fí- simulação da rotina dos trabalhos legislativos pretende sica de partículas do mundo. Na cidade de Genebra, na despertar os jovens parlamentares para a reflexão crí- Suiça, Regina Fátima Silveira Ferreira, participou de aulas tica e representação política por meio da vivência do sobre Física de partículas, conheceu o funcionamento dos processo democrático.O número de representantes por equipamentos e visitou laboratórios do Centro Europeu estado e pelo Distrito Federal é proporcional ao número de Pesquisa Nucleares (Cern). Já em 2013, foi a vez das de Deputados Federais. São Paulo, por exemplo, que tem professoras de Física Cecília Heliete Silva Resende e Kátia o maior número de deputados, recebe 11 parlamentares Ferreira Guimarães participarem da iniciativa. Neste ano, jovens, enquanto o Distrito Federal e o Acre, que têm 8 30 educadores foram selecionados. Cecília é professora de representantes na Casa, recebem 1 representante jovem. Física há mais de 16 anos e sempre atuou na rede esta- dual mineira. Quando participou do intercâmbio, a educa- Geralmente, os alunos selecionados para participar da iniciativa dora trabalhava nas escolas estaduais Minas Gerais e Frei são da rede estadual de educação já que o Parlamento Jovem Leopoldo de Castelnuovo, em Uberaba. Já Kátia atuava na Brasileiro tem como foco os alunos do ensino médio. Escola Estadual Zinha Meira, em Bocaiúva. Relatório de Gestão 91 Em 2014, a diretora da Escola Estadual Enéias Vascon- celos, em Uberlândia, Marlise dos Reis Matos, participou de uma missão internacional nos Estados Unidos. Ela foi selecionada para participar da iniciativa após o projeto desenvolvido em sua escola com foco no empreendedo- rismo ter se destacado na edição 2013 do “Prêmio Cul- tura Empreendedora do Sebrae”. Durante o intercâmbio, a gestora visitou a MicroSociety, uma organização sem fins lucrativos localizada emOld City que realiza um tra- balho com mais de 300 escolas dos Estados Unidos, o 20 professores brasileiros conheceramm o Cern em 2011, entre eles a campus da universidade de Harvard, a Network For Te- professora de Física Regina Fátima Silveira Ferreira. Foto: Arquivo Pessoal aching Entrepreneuship, que realiza um programa para prevenir o abandono escolar e melhorar o desempenho Já o mineiro Carlos Henrique Borim Martins, professor do acadêmico dos estudos, e a New York University, onde ensino médio na Escola Estadual José Severiano Filho, em encontrou um aluno brasileiro fazendo mestrado em Em- São João Batista da Glória, representou o Estado na Inter- preendedorismo com Adultos no Brasil. national Leaders in Education Program – ILEP. As profes- soras Rita de Cássia que leciona na Escola Estadual David Campista, em Poços de Caldas, e Cristina Correa Monteiro, professora na Escola Estadual Professor João Fernandino Jú- nior, em Sete Lagoas, também participaram da iniciativa. O ILEP tem como foco capacitar professores de inglês do ensi- no médio da rede pública. Além de um aprimoramento na língua, os educadores têm a oportunidade de conhecer de perto a cultura norte-americana e trocar experiências com estudantes e professores dos Estados Unidos.

Em 2012, quando fez o intercâmbio, o professor Carlos Henrique visitou escolas públicas americanas. Foto: Arquivo Pessoal Marlise visitou os Estados Unidos em março de 2014. Foto: Arquivo Pessoal

92 Relatório de Gestão Também no ano de 2014, projeto de uma escola do mu- nicípio de São Pedro do Suaçuí, localizada no Vale do Rio Doce, foi assunto em um congresso realizado em Havana. O analista pedagógico da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Guanhães, Ivan Souza, participou do 9º Congresso Internacional de Educação Superior e lá apre- sentou o projeto “Brasil, Mostra sua Cara”, desenvolvido pela professora Alcione Rangel Ferreira, que leciona His- tória na Escola Estadual João Pinheiro. No Congresso, Ivan apresentou o artigo que escreveu em conjunto com a professora.

Ivan levou para Havana o projeto que desenvolveu com a professora Alcione. Foto: Arquivo Pessoal

Relatório de Gestão 93 Investimentos e Gestão do Sistema Educacional

Mais de meio bilhão de reais investidos em OBRAS VIA DEOP infraestrutura Status da obra Quantidade Valor Orçadas 27 R$ 104.662.114,41 s últimos anos foram marcados por investimentos Em licitação 14 R$ 31.160.781,45 maciços na infraestrutura das escolas estaduais O Em execução 26 R$ 94.698.256,99 de Minas Gerais. Entre os anos de 2011 e 2013, por Em elaboração de exemplo, foram investidos R$540,8 milhões em obras 54 R$ 7.011.592,83 de reforma, construção, além da aquisição de mobil- projetos iários e equipamentos. Esses recursos foram geren- Total 121 R$ 237.532.745,68 ciados por meio de transferências às caixas escolares e diretamente pelo Departamento Estadual de Obras Além das intervenções físicas em andamento, foram conclu- Públicas (Deop). Em 2014, o valor de investimentos da ídas, no período de 2011 a 2014, 2.454 obras, com investi- mesma natureza ultrapassa os R$200 milhões, sendo mentos de R$ 625,3 milhões. Confira abaixo: R$219,6 milhões até o mês outubro. OBRAS ENTREGUES VIA CAIXA ESCOLAR Atualmente, existem mais de 2,5 mil obras em andamento, Status da obra Quantidade Valor com investimentos da ordem de R$ 698,2 milhões. Deste Concluídas 2014 617 R$ 123.752.650,67 total, 2.434 são gerenciadas pelas próprias escolas e ou- Concluídas 2013 644 R$ 136.905.145,45 tras 121 gerenciadas pelo DEOP. Esses números incluem Concluídas 2012 obras em execução, em licitação ou em fase de elaboração 430 R$ 86.667.543,03 de projetos, conforme demonstra o quadro abaixo: Concluídas 2011 675 R$ 127.629.993,74 OBRAS VIA CAIXA ESCOLAR Total 2366 R$ 474.955.332,89 Status da obra Quantidade Valor OBRAS ENTREGUES VIA DEOP Em licitação 982 R$ 153.260.721,46 Status da obra Quantidade Valor Aguardando ordem de início 571 R$ 106.021.180,02 Concluídas 2014 14 R$ 26.358.344,46 Concluídas 2013 Em execução 761 R$ 168.613.100,94 28 R$ 45.119.350,85 Concluídas 2012 Em execução - 29 R$ 54.606.635,93 120 R$ 32.862.289,09 Adequação projetos Concluídas 2011 17 R$ 24.298.602,73 Total 2434 R$ 460.757.291,51 Total 88 R$ 150.382.933,97

94 Relatório de Gestão Manutenção e custeio

A Secretaria de Educação também repassa recursos para as unidades de ensino para manutenção e cus- teio. Entre 2011 e 2013, foram repassados R$260 mi- lhões para as escolas.

Esses recursos são utilizados para a aquisição dos insumos e contratação de serviços necessários ao funcionamento da escola, incluindo pequenos repa- ros. Nos últimos quatro anos, a Secretaria garantiu aumento no repasse desses recursos. Em 2011, eram repassados R$62,7 milhões e em 2014 esse valor Novas quadras estão sendo construídas nas escolas da rede estadual e chegará a R$146 milhões. outras estão sendo modernizadas. Foto: Arquivo SEE Para tanto, a Secretaria conseguiu aprovar quatro novos Quadras modelos de projetos junto ao Ministério da Educação. O modelo original do MEC permitia a construção de qua- Um dos investimentos mais importantes feitos pela Se- dras apenas em escolas que contavam com um terreno cretaria de Educação nos últimos quatro anos foi em de, no mínimo, mil metros quadrados. Com os novos mo- relação à construção e modernização de quadras po- delos propostos pela SEE e aprovados pelo MEC, foi pos- liesportivas. Só em 2013, por exemplo, a Secretaria de sível construir quadras com dimensões menores, de acor- Estado de Educação garantiu a liberação de recursos do com a realidade de cada escola. Dessa forma, está para construção de 431 quadras poliesportivas com- sendo possível ampliar o atendimento das demandas. No pletas e modernização de outras 205, contempladas total, portanto, foram viabilizadas as construções de 636 com a cobertura. No total, estão sendo investidos quadras e coberturas de quadras na rede estadual nos R$206 milhões para a realização das intervenções, em últimos quatro anos. fundos do tesouro estadual e em recursos negociados com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu- Escolas construídas cação (FNDE). São R$158 milhões do FNDE e outros R$ 48 milhões em recursos estaduais, que são usa- Nos últimos quatro anos, 38 obras de construção de es- dos para a contratação de engenheiros, elaboração colas foram concluídas na rede estadual de ensino. Todas dos projetos e preparação dos terrenos. essas escolas começaram a funcionar com a estrutura mais adequada, uma vez que os padrões construtivos Em 2012, já haviam sido autorizadas as construções adotados pela Secretaria de Educação para construção de outras 98 quadras poliesportivas completas e de de novas escolas já incluem todos os espaços necessários 90 coberturas em quadras já existentes, com investi- para o desenvolvimento das atividades educacionais, tais mentos que chegaram a R$ 62,5 milhões. como: salas de aula, despensa, vestiário de funcionários,

Relatório de Gestão 95 depósito de material de limpeza, cozinha, cantina, espa- Vale citar também a Escola Estadual Governador Milton Cam- ço coberto para o , biblioteca, sala de informática, pos, em Belo Horizonte. O prédio passa por obra de reforma quadra coberta, entre outros. geral e restauração, que está orçada em R$13 milhões. Com a obra, a escola vai voltar a ter as características do projeto origi- nal de Oscar Niemeyer, inaugurado em 1956, que foi concebido para remeter a elementos utilizados no espaço da escola à épo- ca. A unidade que abriga as salas de aula lembra uma régua, o auditório da escola faz menção a um mata-borrão, enquanto a caixa d‘água da escola remete a um giz utilizado em um quadro negro. As obras tiveram início em agosto de 2013 e a previsão e de que sejam concluídas em julho de 2016.

Patos de Minas está entre os municípios que ganharam novas escolas. Foto: Arquivo SEE Prédios históricos

Outra prioridade nos últimos anos foi justamente garan- tir boas condições de infraestrutura a escolas que fun- cionam em prédios históricos. Estão em andamento, por exemplo, as obras de reforma e restauração na Escola Obra do Estadual Central, escola de Belo Horizonte, vai restaurar o Estadual Barão de Macaúbas, orçada em R$ 4,3 milhões. trabalho de Niemeyer. Foto: Lígia Souza/ACSSEE Trata-se de um prédio histórico e o projeto, que inclui Também estão sendo reformadas ou já têm previsão de a restauração e recuperação das características originais reforma outras importantes escolas mineiras que funcio- do prédio, teve que ser aprovado pelo Instituto Estadual nam em prédios históricos, como a Escola Estadual Barão do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA). do Rio Branco, em Belo Horizonte, que está em reforma e será entregue em julho de 2015; a Escola Estadual Pandiá Calógeras, também em Belo Horizonte, que tem previsão de término para agosto de 2015, entre outras.

Obras na Escola Estadual Barão de Macaúbas visam a recuperação das A Escola Estadual Barão do Rio Branco, em Belo Horizonte, também está características originais do prédio. Foto: Rose de Paula/ACSSEE sendo restaurada. Foto: Hudson Menezes/ACSSEE 96 Relatório de Gestão Uma obra importante de uma escola história já foi entregue. E aqueles municípios que contam com recursos acima de Para a restauração da Escola Estadual Manuel Inácio Pei- R$ 300 mil recebem em três parcelas. xoto, em , foram investidos R$ 2.297.451,44. A obra foi entregue em outubro de 2013. Os valores repassados variam de acordo com as caracte- rísticas dos municípios, sendo três os critérios considera- dos para o cálculo do valor: o percentual de alunos (di- vulgado pelo Censo Escolar do ano anterior), o Índice de Desenvolvimento Humano do município (quanto menor o IDH, maior o impacto no per capta) e a área: extensões maiores recebem, proporcionalmente, mais recursos. O artigo 3 da resolução ainda estabelece que os municí- pios pertencentes à região do Grande Norte recebem um acréscimo de 20% no valor per capita.

Uma réplica substituiu o painel original “Tiradentes”, de Cândido Portinari, atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo. Aquisição de veículos Foto: Geanine Nogueira/ACSSEE Transporte Escolar Além do repasse de recursos para manutenção e cus- teio, o Governo de Minas doa veículos para as prefeituras Os alunos da rede pública que residem em zona rural para a realização do transporte escolar. Em 2012 e 2013, têm assegurado o direito ao transporte escolar. A res- 629 municípios foram beneficiados com novos veículos ponsabilidade constitucional da oferta é compartilhada doados pelo Estado, com recursos de R$98,6 milhões. pelos governos federal, estaduais e municipais, sendo que os prefeitos administram a oferta e a União e o Es- Em 2012, foram entregues a 379 prefeituras municipais tado repassam recursos. Entre 2010 e 2014, os recursos 379 veículos para o transporte escolar. A aquisição dos ôni- estaduais aumentaram quase três vezes. bus representou um investimento de R$63,8 milhões, sendo R$13,8 milhões em recursos do Estado e R$50 milhões em Este ano, a Secretaria de Estado de Educação investiu recursos federais (MEC/FNDE), oriundos de emenda da ban- mais de R$221 milhões para o transporte escolar de cer- cada parlamentar federal de Minas Gerais. ca de 260 mil alunos da rede estadual residentes em zonas rurais de 846 municípios mineiros. Esse valor vem crescendo, ano a ano, e já triplicou em relação a 2010, quando foram destinados R$72 milhões.

Os critérios para transferências de recursos financeiros aos municípios estão estabelecidos na resolução 2.553, da Secretaria de Estado de Educação, publicada em fe- vereiro de 2014. Os municípios que recebem até R$ 100 mil, recebem em uma única parcela. Os recursos entre R$ Em 2012, 379 municípios receberam novos veículos. Foto: Hudson 100 mil e R$ 300 mil são repassados em duas parcelas. Menezes/ACSSEE

Relatório de Gestão 97 Dos 379 veículos, 212 têm capacidade para 29 alunos, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia no valor de R$132.000,00 cada. E 167 veículos têm ca- (Sectes) – o diagnóstico propõe o estudo e identificação pacidade para 44 alunos, no valor de R$214.880,00. So- das rotas de transporte escolar nas áreas rurais. Por meio madas as capacidades dos ônibus e considerando que desse diagnóstico, os pesquisadores vão obter a locali- eles podem fazer duas viagens por dia, podem ser bene- zação georreferenciada de cada um dos alunos da rede ficiados 27 mil estudantes. pública, de suas escolas e, assim, determinar a rota utili- zada para o deslocamento. Em 2013, foram doados 250 veículos escolares a 250 prefeituras, um investimento de R$ 34,8 milhões, exclusi- Atualmente, a equipe está fazendo um geoprocessamen- vamente em recursos estaduais. Cerca de 14.500 alunos to das rotas em todo o Estado. da rede pública de ensino de 250 cidades mineiras fo- ram beneficiados com a aquisição dos veículos escolares, Tecnologia a serviço da educação que têm valor unitário de R$ 139 mil e capacidade para transportar 29 passageiros por viagem. Para deixar a escola mais próxima do dia a dia do aluno, a Secretaria de Estado de Educação tem investido cada Diagnóstico do transporte escolar vez mais em tecnologia, elemento presente na vida da maior parte dos jovens, seja em casa ou na lan house, Além de financiar a maior parte da manutenção e cus- seja pelo celular ou pelo computador. Por isso, as escolas teio do transporte, o Governo de Minas busca também e professores receberam novos equipamentos e medidas conhecer melhor as estradas nas quais trafegam esses es- foram tomadas para ajudar as instituições a manterem tudantes no intuito de otimizar rotas, eliminar dificuldades, seus equipamentos sempre funcionando. diminuir custos e aumentar o conforto dos estudantes. Laboratórios de informática e conectividade

A Secretaria também investe para que as escolas estaduais estejam conectadas à Internet. Em 2012, foi estabelecido um padrão mínimo para a velocidade da conexão: 1MB. Em cidades maiores, onde há a possibilidade de a escola obter uma velocidade maior, ela tem. Entre 2011 e 2014, foram investidos R$ 48.621.987,67 para garantir a ma- nutenção desse serviço.

Ana Lúcia Gazzola apresentou o diagnóstico aos prefeitos mineiros em Em 2004, o Governo de Minas criou o projeto Escolas em um encontro da Associação Mineira de Municípios (AMM), em 2013. Foto: Rede, que tinha, entre seus objetivos, equipar as escolas Lígia Souza/ACSSEE estaduais com laboratórios de informática e conexão à in- Coordenado pela Escola de Engenharia da Universida- ternet. Desde então, foram implantados laboratórios de in- de Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com formática em 3.075 escolas, o que representa 100% das o Instituto de Geociências Aplicadas (IGA) – autarquia escolas estaduais com o espaço físico para a instalação.

98 Relatório de Gestão Em 2013, as 133 escolas que fizeram parte da fase-pi- loto do Reinventando, receberam, cada uma, 20 compu- tadores para equipar seus laboratórios de informática. Nas 11 escolas onde foi implantado inicialmente o Rein- ventando, em 2012, foram investidos R$ 272.369,00 e nas 122, que passaram a integrar o Programa em 2013, foram investidos R$ 3.184.614,80.

Em 2013, além das escolas que já contavam com o Rein- ventando, também foram equipadas com computado- res outras 194 escolas de Ensino Médio, que na época Como a Escola Estadual Euzébio Cabral, de Governador Valadares, outras escolas da rede estão conectadas. Foto: Arquivo SEE iniciavam os trabalhos no Pronatec. Desta forma, foram Nas escolas que não contam com o espaço, a Secretaria atendidas 316 escolas em 2013, com um total de inves- de Estado de Educação estuda alternativas de utilização de timentos de R$8.248.674,40. laboratórios de informática móveis. Como projeto Esco- las em Rede, foi encerrado em 2009 e passou a ser um Fundo de manutenção de computadores processo da SEE, ligado à Subsecretaria de Informações e Outro investimento na área de informática é fundo de ma- Tecnologias Educacionais. nutenção de computadores, com recursos do tesouro esta- Mais computadores dual. Dando continuidade à ação iniciada em 2013, foram repassados a todas as escolas da rede estadual de ensino Foram comprados no segundo semestre deste ano 23.395 recursos da ordem de R$1.250,00 para a recomposição do computadores para os laboratórios de 1.915 escolas estaduais fundo que é mantido por meio das caixas escolares. de ensino médio, inseridas no programa Reinventando o Ensino Médio. Para a compra dos equipamentos, foram investidos R$ Este recurso pode ser utilizado tanto para contratação 32.454.947,70. Com essa ação, a Secretaria irá beneficiar to- de serviços de manutenção, tais como a instalação de das as escolas que passaram a integrar o REM em 2014. Cada softwares e formatação dos computadores, como para escola vai receber até o final do ano 12 computadores. a aquisição de peças de reposição. Os itens comprados para cada computador, contudo, não poderão ultrapas- sar 25% do valor total do equipamento completo. Ao todo, foram investidos R$ 4.592.500,00.

Lousas interativas e projetores

Lousas interativas, que buscam inovar e tornar as aulas mais atrativas para os alunos, foram distribuídas. Com o equipamento, o professor pode dar uma aula de for- Coma a nova proposta da Secretaria para o ensino médio, as escolas ma diferenciada, utilizando recursos audiovisuais. Com que ofertam essa etapa de ensino recebem novos equipamentos. Foto: Arquivo SEE investimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Relatório de Gestão 99 da Educação (FNDE), foram compradas 2.502 lousas e para os professores do ensino médio de 2.189 escolas es- 2.674 projetores já estão nas escolas. taduais. Os equipamentos foram adquiridos com recursos do FNDE e o investimento total foi de R$ 17.442.684,90. Em uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior, chegam às escolas Labo- Tablets de 10 polegadas também foram comprados ratórios Virtuais, pencards que, junto com a lousa digital, para todas as escolas da rede. Com um investimento permitem aos educadores acessar práticas que poderão de R$1.733.848,47, também do FNDE, foram adqui- tornar as aulas mais interessantes, possibilitando aos ridas 3.753 unidades. alunos vivenciarem na prática o conteúdo aprendido nas aulas. A iniciativa integra o “Programa Ciência e Para facilitar o uso da ferramenta pelos professores, um Tecnologia na Educação”, da Sectes com participação manual simples e didático foi criado pela Secretaria. da Secretaria de Estado de Educação, que investe na qua- Nele, podem ser encontradas informações que vão des- lificação de professores e alunos, oferecendo ferramentas de o básico, como ligar e desligar o tablet, até as ferra- para capacitação e suporte tecnológico 4,2 mil laboratórios mentas didáticas que o professor encontra nele ou que estão sendo distribuídos. Esse número inclui todas as es- pode acessar dele, como o Centro de Referência Virtual colas, inclusive os segundos endereços. do Professor (CRV) e a Khan Academy, uma plataforma Tablets online para a aprendizagem de Física, Matemática, Bio- logia e Química. O conteúdo do manual pode ser aces- Outro aliado tecnológico chegou às escolas em 2013 e sado pelo professor no CRV e acessado tanto do seu 2014. Foram comprados 62.541 tablets de sete polegadas computador quanto do próprio tablet.

Os tablets dos professores poderão tornar as aulas mais interessantes para os alunos. Foto: Suéllen Valverde/ACSSEE

100 Relatório de Gestão Interlocução com as regionais de ensino

ealizar um trabalho mais próximo e de forma integra- os diretores de escolas estaduais dos municípios que in- Rda com as 47 Superintendências Regionais de Ensino tegram às regionais. Todas as 47 Superintendências de (SREs). Esse era o objetivo do setor de Coordenação das ensino foram visitadas. A primeira visita ocorreu em maio SREs, criado em 2011. Com ele, a Secretaria de Estado de de 2011, na Superintendência Regional de Ensino de São Educação (SEE) passou a ter um maior conhecimento das Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas. A última agenda ações desenvolvidas pelos órgãos representativos da SEE foi realizada na Superintendência Regional de Ensino de nas várias regiões do Estado, bem como ampliou a inter- Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, em junho de 2013. locução entre a sede e as regionais para a proposição de ideias, atendimento de demandas e estabelecimento de A seguir, algumas fotos dessas visitas. diretrizes na área educacional.

O acompanhamento da gestão realizada pelas Superin- tendências Regionais de Ensino é feito a partir de reuniões gerenciais, contato telefônico e e-mails. Os encontros geren- ciais ocorrem a cada dois meses e servem para o repasse de novas orientações de trabalho, bem como o monitoramento de atividades em desenvolvimento. Com a criação dessa unidade de referencia, que é a Coordenação das SREs, os di- retores das Superintendências Regionais de Ensino também puderam trocar experiências durante as reuniões gerenciais realizadas em Belo Horizonte.

Entre os anos de 2011 e 2013, esse trabalho de acom- panhamento da rotina das Superintendências Regionais de Ensino também foi feito de perto, com a realização de visitas às Superintendências. Os trabalhos in loco eram feitos pela secretária de Estado de Educação, Ana Lú- cia Gazzola, a equipe de coordenação das SREs, além de representantes do cerimonial e da comunicação social. Em cada encontro foram realizadas duas reuniões: uma

com os servidores das regionais de ensino e outra com Fotos: Arquivo ACSSEE

Relatório de Gestão 101 Fotos: Arquivo ACSSEE 102 Relatório de Gestão Fotos: Arquivo ACSSEE Relatório de Gestão 103 Fotos: Arquivo ACSSEE

104 Relatório de Gestão Fotos: Arquivo ACSSEE Relatório de Gestão 105 Fotos: Arquivo ACSSEE 106 Relatório de Gestão Fotos: Arquivo ACSSEE

Investimento em infraestrutura

Nos últimos quatro anos foram iniciadas ou concluídas obras na infraestrutura nas sedes das Superintendências Regionais de Ensino. De acordo com dados da Subse- cretaria de Administração do Sistema Educacional, foram concluídas cinco obras entre os anos de 2011 e 2013, que totalizam um investimento de R$ 10.664.144,06. Nesse período houve a conclusão da primeira etapa da reforma da sede da regional de Conselheiro Lafaiete, na região Central; a obra na regional de Divinópolis, tam- bém na região Central; a reforma e ampliação da sede da regional de São João del-Rei, no Campo das Vertentes; a reforma e ampliação para abrigar o prédio da sede da Superintendência de Uberlândia, no Triângulo Minei- ro; e a reforma do prédio da Superintendência Metropo- litana A, em Belo Horizonte.

Relatório de Gestão 107 Equipamentos e serviços

Até o final do primeiro semestre de 2012, a Secretaria de Estado de Educação investiu cerca de R$ 3,7 milhões em equipamentos e serviços nas regionais de ensino. Um dos focos foi a ampliação da frota. Além dos veículos que já rodavam em cada uma das sedes, foram fechados contratos para a utilização de 77 veículos terceirizados. Com esse reforço, cada Superintendência passou a ter uma média de sete carros, importantes para atender as Foram investidos R$ 3.895.538.08 na obra da nova sede da SRE de Uberlândia. Foto: Arquivo SEE demandas das escolas.

Em fase de andamento estão: a segunda etapa da refor- ma da Superintendência de Conselheiro Lafaiete; a reforma estrutural do prédio da regional de Montes Claros; as re- formas nas partes elétrica, lógica, telefônica e no estacio- namento na Superintendência de Uberlândia; e a reforma da sede da Superintendência Metropolitana B, em Belo Horizonte. Juntas, estas obras totalizam R$ 9.586.546,97 em investimentos realizados pela Secretaria de Estado de Educação. A reforma do prédio da Escola Estadual Angeli- na Nascimento para receber a sede da Superintendência de Almenara, no Vale do , e obra de instalação A SRE de Divinópolis recebeu novos equipamentos. Foto: Hudson elétrica, hidro-sanitária, telefônica e o estacionamento da Menezes/ACSSEE Superintendência de Nova Era, no Vale do Rio Doce, estão em fase de licitação. A previsão de investimento para essas Em relação à aquisição de equipamentos, a Secretaria intervenções na rede física é de R$ 4.112.615,14. de Educação tem mobilizado recursos para modernizar Nesses quatro anos foram inauguradas as obras re- a estrutura de todas as sedes das SREs. Para serviços de alizadas nas Superintendências de Januária (2012), reprografia, por exemplo, cada sede de SRE recebeu em Coronel Fabriciano (2012), São João Del-Rei (2012), 2012 pelo menos quatro novas impressoras. No total, Montes Claros (2012), Divinópolis (2012) e Uberlân- foram adquiridas 155 impressoras monocromáticas e dia (2013). Todas as obras foram executadas pelo outras 48 impressoras a laser. Esse novo maquinário tem Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas capacidade para a impressão de mais de 2,2 milhões de Gerais (Deop). cópias mensais em preto e branco, além de 240 mil có- pias nas impressoras a laser. Onde não foi possível construir ou adquirir um prédio, a Secretaria alugou um espaço para a regional, como foi Outro investimento na área de tecnologia é a aquisição feito na SRE Metropolitana C, em Belo Horizonte. de 180 terminais de vídeo-conferência para as 47 SREs.

108 Relatório de Gestão Valorização do servidor

Governo de Minas tem trabalhado para garantir a Minas paga acima do piso nacional Ovalorização profissional dos servidores da Educação em Minas Gerais. Isso passa tanto pela modernização do Desde a adoção do Modelo de Remuneração Unificada (leia modelo remuneratório, quanto pela valorização real por a seguir), o Governo de Minas vem pagando aos profes- meio de aumento de salários e concessão de benefícios. sores da educação básica atuantes da rede estadual um salário inicial superior ao determinado pela legislação fe- Sobretudo nos últimos quatro anos, a carreira dos profis- deral que define o piso nacional salarial. Em 29 de janeiro sionais da educação passou por modificações que permi- de 2014, o Ministério da Educação (MEC) reajustou o piso tiram mais transparência, organização e igualdade entre nacional salarial dos profissionais do magistério em 8,32%. os servidores. É possível destacar a regulamentação da Com isso, o valor passou de R$1.567,00 para R$1.697,00 jornada de 1/3 para atividades extraclasse, a evolução para uma jornada de 40 horas semanais. da folha de pagamentos, que cresceu mais de 75% entre 2010 e 2014, e o pagamento de remuneração inicial su- perior ao piso nacional.

O salário dos educadores mineiros está acima do piso nacional. Foto: Arquivo SEE A modernização da carreira está entre os benefícios que os profissionais da educação tiveram nos últimos quatro anos. Foto: Arquivo SEE Quando foi estabelecida a primeira versão do modelo de remuneração unificada em Minas Gerais, a partir do iní- Os avanços na carreira, de forma geral, foram possíveis cio de 2011, o valor inicial para os professores com for- a partir da implantação do Modelo de Remuneração mação em nível superior era de R$ 1.320,00. Reajustado Unificada. Implantado de forma definitiva a partir de em 5%, a partir de abril de 2012, o valor passou a ser de janeiro de 2012, o modelo teve uma primeira versão R$1.386,00. O salário inicial foi novamente reajustado em 2011 e atualmente beneficia todos os servidores em outubro de 2013 e alcançou os atuais R$1.455,30 das carreiras da Educação. para uma jornada de 24 horas semanais. Relatório de Gestão 109 Comparação Salarial Quantidade

Valor da remuneração estabelecida pelo Ministé- R$ 1.018,20* rio da Educação (Lei Federal 11.738/2008) Valor da remuneração inicial paga aos pro- R$ 1.455,30* fessores, com licenciatura plena, da rede es- tadual de Minas Gerais (+ 42,9%) (*) Para uma jornada de 24 horas semanais

Regulamentação da jornada de trabalho

Foi promulgada, em dezembro de 2012, pelo governa- A lei que regulamenta as atividades extraclasse dos professores favorece dor Antonio Anastasia, a Lei 20.592, que regulamenta os educadores que querem investir na capacitação. Foto: Arquivo SEE 1/3 da jornada de trabalho dos professores da educa- o docente quiser. Das quatro horas que devem ser cum- ção básica para atividades extraclasse. Com a apro- pridas na escola, o professor pode destinar duas delas vação da Lei, o Governo de Minas passou a cumprir para ações de capacitação/ formação continuada, plane- integralmente a Lei Federal 11.738, de 2008, que pre- jamento, avaliações outras ações relativas às atribuições vê limite de dois terços da carga horária dos docentes específicas do cargo de professor, que não configurem o para o desempenho das atividades de interação com exercício da docência. Nesse caso, o professor será libe- os alunos. A mesma Lei estabelece o piso salarial pro- rado de cumprir essas duas horas na escola. fissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, que já era cumprido em A Lei também estabelece critérios para incorporação à Minas Gerais. aposentadoria de valores correspondentes às horas/aula da extensão de jornada e da exigência curricular. Além A jornada padrão do professor da rede estadual em de receber os valores pelas horas que excederem a car- Minas é de 24 horas semanais e, de acordo com a lei ga horária padrão, os professores terão direito ao 1/3 mineira, passaram a ser distribuídas com 1/3 para ati- extraclasse e poderão incorporar, gradativamente, esses vidades extraclasse (oito horas) e as outras 16 horas valores no cálculo da aposentadoria. restantes para atividades da docência. A nova Lei en- trou em vigor no dia 1º de janeiro de 2013 e vale para Modelo Remuneratório Unificado – 1ª Fase todos os professores da educação básica em atuação na rede estadual. Entre os destaques da legislação Até 31 de dezembro de 2010, a remuneração do ser- está a forma de distribuição das atividades extraclas- vidor da educação em Minas Gerais era composta por se, que favorece os professores que pretendem inves- vencimento básico do cargo efetivo, função pública ou tir em capacitação. A jornada padrão de 24 horas/aula do cargo em comissão, acrescida das vantagens cabíveis semanais fica dividida entre 16 horas em sala e outras em cada caso. Em 2010, foi instituído por meio da Lei oito para atividades extraclasse. 18.975 o regime de remuneração por subsídio, que é a remuneração por parcela única. O valor foi calculado, na Dessas oito horas, os professores devem cumprir quatro ocasião, a partir da remuneração de dezembro de 2010, na escola e as outras quatro podem ser cumpridas onde acrescida de um aumento de, no mínimo, 5%. A nova po- 110 Relatório de Gestão lítica entrou em vigor em janeiro de 2011. Para compor a Modelo Remuneratório Unificado – 2ª Fase remuneração por subsídio foram consideradas, além do vencimento básico, adicionais por tempo de serviço, au- A Lei nº 19.837/2011 promoveu alterações na política xílio alimentação, auxílio transporte, adicional de desem- remuneratória das carreiras do Grupo de Atividades da penho, gratificação por curso, gratificações de incentivo Educação Básica, unificando o regime remuneratório das à docência, entre outras. Foram excluídas do cálculo as carreiras da Educação Básica. De modo que, a partir de gratificações de caráter temporário ou eventuais, como 2012, todos os profissionais da categoria passaram a gratificação natalina, adicional de férias, entre outras. receber por meio do sistema de remuneração unificada.

Todos os servidores, – exceto aqueles ocupantes de cargos Na ocasião, foi autorizada a concessão de reajuste de comissionados, como diretores e secretários de escolas – fo- 5% sobre as tabelas de subsídio em abril de 2012. Além ram automaticamente transferidos para o regime de subsí- do aumento, o posicionamento na tabela de subsídio ga- dio, mas os profissionais tiveram prazo para manifestar a rantiu reajuste de no mínimo 5% sobre os valores da opção de retorno ao modelo anterior. Até maio de 2011, o remuneração percebida pelo servidor em dezembro de Governo de Minas manteve aberta a possibilidade de retor- 2010 (anteriormente esses 5% não estavam previstos no para os servidores que manifestassem ao sistema de re- para aqueles que retornaram ao subsídio após terem op- muneração antigo. O servidor que optou por retornar pôde, tado pelo vencimento básico). ainda, solicitar a mudança para o novo sistema. A nova lei também corrigiu distorções existentes na legisla- Em 2011, o grande avanço foi passar a fazer os pagamentos ção antiga, percebidas pela Secretaria de Estado de Educa- dos profissionais em uma parcela única. O modelo de remu- ção após diálogo frequente com a categoria. O modelo de neração antigo era frágil e complexo e contava com até 22 2011, por exemplo, valorizava quem estava no início da car- benefícios diferentes. Como o universo da educação é muito reira e não reconhecia de forma adequada o tempo de car- grande – são mais de 400 mil cargos, entre ativos e inativos reira. Essa foi uma das distorções apontadas pelos próprios – as taxações não eram feitas em tempo hábil e o número servidores ou por entidades representativas da categoria e de passivos gerados era imenso. corrigida pelo Governo de Minas.

Com a incorporação de todos os valores, além de ter um Em primeiro lugar, para o posicionamento nas novas ta- sistema remuneratório mais eficiente e transparente, os belas do modelo remuneratório, foi considerado todo o profissionais da educação também conquistaram o di- tempo de serviço na educação básica até 31/12/2011, reito de não perder benefícios de acordo com a situação incluindo períodos de designação. Essa foi uma forma na carreira. O famoso pó de giz – benefício que o pro- inovadora de valorizar os trabalhadores em educação de fessor só ganhava quando estava no exercício da docên- Minas Gerais. Usualmente, as carreiras começam a partir cia – é um bom exemplo. No modelo antigo, o professor da nomeação dos aprovados em concurso público. Em recebia esse benefício enquanto estivesse dando aula. Minas, o tempo do profissional antes do ingresso na car- Se entrasse em licença-saúde ou caso se aposentasse, reira contou como anos de serviço para posicionamento. por exemplo, o benefício era extinto. Com o modelo de Para fazer esse posicionamento na carreira do magis- remuneração por subsídio esse benefício foi incorporado tério, foi utilizada uma tabela transitória de vencimen- e o professor não tem mais o risco de perdê-lo. to básico para recálculo das vantagens adquiridas pelo

Relatório de Gestão 111 servidor até dezembro de 2011. A tabela transitória foi reira da educação. Por conta das imperfeições do mo- utilizada para definir a projeção do posicionamento na delo anterior de carreira da Educação, havia muita di- carreira em 2015 para professores e especialistas em ficuldade para manter em dia a carreira dos servidores, educação básica. com todas as atualizações devidas. Com a adoção do Modelo de Remuneração Unificada, a carreira tornou- Os efeitos financeiros referentes a esse posicionamento -se mais transparente e organizada e foi possível per- em 2015 estão sendo concedidos de maneira gradati- seguir a correção do que era devido. Desde 2011, já va por meio da Vantagem Temporária de Antecipação foram feitos 3.348.683 acertos e reposicionamentos do Posicionamento (VTAP), devido à capacidade de pa- de servidores, o que eliminou praticamente 100% das gamento do Governo de Minas. A VTAP foi dividida em taxações devidas na rede estadual de Minas Gerais. To- quatro parcelas, que estão sendo incorporadas ao salário dos os servidores receberam os valores correspondentes dos servidores, ano a ano. A primeira parcela foi paga em ao reposicionamento e até agora foram pagos cerca de janeiro de 2012 e a quarta e última será incorporada em R$798.158.971,74. janeiro de 2015. Evolução da folha Houve também aprimoramento da regra de promoção. Anteriormente, o servidor que era promovido na carreira tinha que retroceder para o primeiro grau do próximo A folha de salários da Educação reflete diretamente to- nível. Com a nova lei de remuneração, os servidores tive- dos os investimentos feitos pelo Governo de Minas na ram a garantia de manutenção do grau anterior quando modernização e valorização da carreira dos servidores. for promovido, significando acréscimo de 10% em sua Em função dos reajustes de salários e de outros benefí- remuneração decorrente da promoção. cios concedidos, a folha de salários da Educação cresceu consideravelmente nos últimos cinco anos. Em 2010, a Outra correção feita a partir da Lei nº 19.837/2011 foi a folha era de R$ 6,2 bilhões e em 2014 a previsão é de criação da Vantagem Pessoal Nominalmente Identifcada que a folha chegue a R$10,9 bilhões. (VPNI) para os servidores posicionados no último grau de cada nível na tabela. No modelo anterior, o servidor que Trata-se de um expressivo crescimento de 75,8% ante chegasse ao grau P – o último da carreira – não tinha uma inflação acumulada de 27,10%, calculada para o mais como avançar e não seria valorizado mesmo que mesmo período com base em projeções do Índice Na- continuasse na ativa. Com a nova lei, o servidor continua cional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Insti- no grau P, mas passou a perceber os benefícios financei- tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e con- ros da progressão, desde que preenchidos todos os re- forme relatório de inflação do Banco Central emitido em quisitos para obter nova progressão. A VPNI é reajustada, maio de 2014. de acordo com os mesmos índices da política remunera- tória dos profissionais da educação, anualmente. O quadro a seguir mostra a evolução da folha de sa- lários da Secretaria de Estado de Educação de Minas Na atual gestão da Secretaria de Estado de Educação Gerais, no período de 2010 a 2014, comparada com a também foi possível corrigir distorções históricas na car- inflação acumulada no período:

112 Relatório de Gestão Crescimento acumulado Inflação acumulada o cargo de professor, o concurso Valor da Ano da folha no período no período folha bruta exigiu formação em nível superior. (aproximado) (ipca-ibge) 2010 R$ 6,2 bilhões - - Para os cargos de Professor de Edu- 2011 R$ 7,7 bilhões 24,1% 6,50% cação Básica, Analista Educacional, Especialista em Educação Básica, 2012 R$ 8,7 bilhões 40,3% 12,70% Assistente Técnico Educacional e 2013 R$ 9,7 bilhões 56,5% 19,40% Assistente Técnico de Educação Bá- 2014 R$ 10,9 sica, o concurso foi homologado no 75,8% 27,1%** (previsão)* bilhões dia 15 de novembro de 2012. Em Fonte: Seplag 30 de janeiro de 2013, foi homo- * Previsão com base no arquivo de Acompanhamento do Orçamento – Projeção da Folha logado o concurso para o cargo da de 2014, com base na folha executada de dezembro de 2013. carreira de Professor de Educação * * Previsão no boletim Focus do Bacen – 05/05/2014 Básica – Anos Iniciais do Ensino Concurso Fundamental.

Em novembro de 2014, o concurso Em 2012, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) realizou concurso públi- foi prorrogado. Para os cargos de co. Foram abertas 21.377 vagas para diversas carreiras da educação, sendo Professor de Educação Básica – Anos que 13.993 vagas foram para cargos de professor de educação básica. Só Iniciais do Ensino Fundamental, o para as vagas de professores, concorreram mais de 140 mil candidatos. concurso permanecerá vigente até o dia 30/01/2017. Já para os demais O concurso da Secretaria de Estado de Educação disponibilizou vagas cargos, o concurso permanecerá vi- para professor nas áreas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Fí- gente até o dia 15/11/2016. O prazo sica, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna - Espanhol, Língua de validade era, inicialmente, de dois Estrangeira Moderna - Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Química, anos, mas foram prorrogados por igual Sociologia e para atuação nos anos iniciais do ensino fundamental. Para período, conforme previsto em edital.

As nomeações estão sendo publica- das em grupos, de modo a facilitar a realização dos exames admissio- nais dos novos servidores. A Secre- taria de Educação pode nomear os aprovados ao longo de todo o prazo de validade do certame. Até novembro de 2014, foram publi- cadas 17.171 nomeações, sendo 12.627 de professores e 5.084

Candidatos esperam início das provas, em Belo Horizonte. Foto: Guilherme Brasil/ACSSEE para cargos administrativos.

Relatório de Gestão 113 Novos concursos públicos

Em novembro de 2014, foram publicados cinco editais de novos concursos para preenchimento de vagas para as carreiras da Secretaria de Estado de Educação. São 18.067 oportunidades para os interessados em ingressa- rem no serviço público mineiro.

As vagas são para o cargo de Professor de Educação Básica, com atuação nos Conservatórios Estaduais de Música de Mi- nas Gerais (edital Seplag/SEE 02/2014); para atuação em es- colas especiais e Atendimento Educacional Especializado em Reuniões com entidades representativas dos servidores da Educação foram constantes durante a gestão. Foto: Hudson Menezes/ACSSEE escolas regulares (edital Seplag/SEE 05/2014); para Assistente Técnico de Educação Básica, Especialista em Educação Básica ção dos Professores Públicos de Minas Gerais), Sindpúblicos e Professor de Educação Básica (edital Seplag/SEE 04/2014); (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado para o cargo de Professor de Educação Básica - Ensino Reli- de Minas Gerais), Sindesp (Sindicato dos Profissionais de gioso (edital Seplag/SEE 03/2014); e para cargos das carreiras Especialistas em Educação do Ensino Público do Estado de de Assistente Técnico de Educação Básica, Especialista em Minas Gerais), Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalha- Educação Básica e Professor de Educação Básica da Secre- dores em Educação de Minas Gerais) e UNSP (União Nacio- taria de Estado de Educação em escolas estaduais indígenas nal dos Servidores Públicos Civis do Brasil). e/ ou turmas indígenas vinculadas às escolas estaduais não indígenas (edital Seplag/SEE 07/2014). Outras questões referentes à carreira da Educação tam- bém foram abordadas em reuniões do Comitê de Nego- Diálogo constante ciação Sindical (Cones), que envolve entidades represen- tativas de servidores do Estado em diversas áreas.

Uma das prioridades da Secretaria nos últimos anos foi manter abertos os canais de diálogo com as entidades Comunidade escolar auxilia na escolha dos representativas dos servidores da Educação. Durante a diretores atual gestão, foi inaugurado um fórum ampliado, que envolve as sete entidades representativas dos servido- Em Minas Gerais, a indicação dos ocupantes do cargo de res, com intuito de discutir as questões da Educação. Em diretor de escola estadual conta com a participação da 2013 foram realizadas sete reuniões com as entidades, comunidade escolar. O Processo de Indicação de Diretor incluindo uma com a presença do governador Antonio e Vice de Escola Estadual envolve profissionais da edu- Anastasia, e em 2012 outras 12 foram realizadas. cação, pais e alunos. A comunidade escolar se organiza para votar e indicar a chapa que julga apta para assu- Foram participantes desse fórum: Adeomg (Associação de mir a gestão da escola. O último processo aconteceu em Diretores das Escolas Oficiais de Minas Gerais), AMIE (Asso- 2011 e a partir dele foram indicados os diretores de mais ciação Mineira de Inspetores Escolares), APPMG (Associa- de três mil escolas estaduais.

114 Relatório de Gestão membros da comissão é eleito coordenador dos tra- balhos. Entre as atribuições da comissão está a de planejar, organizar e coordenar o processo eleitoral. Assim como receber e analisar os requerimentos de inscrições de chapas, inserir no sistema as chapas aprovadas no processo, sortear o número que cada uma irá utilizar no dia da eleição, coordenar a divulga- ção das chapas e convocar a comunidade escolar para participar do processo eleitoral.

A comunidade também participa do processo de indicação dos diretores Podem participar da votação profissionais em exercício de escola. Foto: Renato Cobucci/Secom-MG na escola e representantes da comunidade escolar, tais Têm direito a votar no processo os profissionais em exer- como estudante de ensino médio, alunos do ensino fun- cício na escola, membros da comunidade escolar atendi- damental com idade igual ou superior a 14 anos e pais da e representantes do corpo estudantil, de acordo com de estudantes com idade inferior a 14 anos. os critérios estabelecidos em resolução. No dia da escolha, os votantes devem comparecer às Processo escolas portando um documento de identidade. Nas escolas onde mais de uma chapa está inscrita vence Podem se candidatar ao cargo de diretor e à função a que tiver maioria simples dos votos. Já nas institui- de vice-diretor de escola: professores ou especialistas ções de chapa única, para ser declarada vencedora, a em educação básica que possuam cargo efetivo ou chapa deve obter mais de 50% dos votos. Se a chapa função pública estável. No caso de diretor, os servi- única não conseguir atingir a porcentagem mínima dores devem ter sido aprovados no exame de Certi- dos votos, a escolha se dará por meio do colegiado. ficação Ocupacional de Dirigente Escolar, realizado Na hipótese de empate é realizada uma nova consulta pela Secretaria de Estado de Educação. Os servidores à comunidade escolar, uma semana após a primeira. devem ainda respeitar outros pré-requisitos, como Permanecendo o empate, são utilizados os seguin- possuir curso de licenciatura plena ou equivalente, ter tes critérios, pela ordem: maior pontuação na última obtido pontuação igual ou superior a 70% na última avaliação de desempenho, maior tempo de serviço na Avaliação de Desempenho. escola, maior tempo de serviço no magistério público estadual, e maior idade. Todos os critérios são referen- O primeiro passo para a realização do Processo é a tes ao titular da chapa. A votação é feita em urnas e publicação de uma resolução que estabelece os crité- são utilizadas cédulas de papel. rios e as condições para a indicação dos candidatos. Logo depois, as escolas devem formar suas comis- A indicação para o cargo de diretor e função de vice-di- sões organizadoras. O grupo é composto por alunos, retor é feita pela comunidade escolar, mas a nomeação pais, professores, especialistas da educação e demais é de responsabilidade do Governador. Já o vice-diretor é funcionários membros do Colegiado Escolar. Um dos designado por ato do titular da pasta da Educação.

Relatório de Gestão 115 Histórico

O primeiro Processo de Indicação foi realizado em 1991. Desde então, foram feitos outros seis processos, sendo o último deles realizado em 2011. O pleito de 2011 foi realizado em todas as escolas da rede estadual de ensino, exceto nas escolas sob coordenação e conveniadas, como as prisionais e as ligadas aos centros socioeducativos.

A partir de 2007, o candidato interessado em par- ticipar do Processo de Indicação deveria ter feito a Os tutores do Progestão são responsáveis pela capacitação dos cursistas. Certificação Ocupacional de Dirigente Escolar. Nos Foto: Geanine Nogueira/ACSSEE primeiros processos de indicação, os candidatos fa- ziam provas escritas e de títulos. dúvidas e a oportunidade de maior interação e par- tilha de experiências entre os cursistas e tutores. Os Capacitação de gestores tutores que atuam na iniciativa são indicados pelas Superintendências Regionais de Ensino e são capaci- O Projeto de Capacitação a Distância para Gestores tados pela equipe de multiplicadores da Secretaria de Escolares (Progestão) é uma das ferramentas da Se- Estado de Educação. cretaria de Estado de Educação que têm auxiliado na interlocução entre as redes municipais e estadual de O Progestão é divido em 10 módulos que versam ensino. A iniciativa, que consiste em um curso de for- sobre dimensões da escola como: políticas públicas, mação continuada e em serviço, tem por finalidade avaliação institucional, administração financeira, desenvolver as competências necessárias aos gestores de pessoal, pedagógica e gestão democrática e de de escolas públicas (estaduais e municipais) para pro- patrimônio. A escolha dos profissionais que serão moção da melhoria dos resultados educacionais. capacitados é feita mediante adesão após publi- cação de edital. Podem se inscrever diretor ou co- A iniciativa foi implantada no Estado em 2004 e a partir ordenador de escola, vice-diretor, especialistas em de 2008 começou a atender aos municípios do Progra- educação básica ou professor de educação básica. ma Travessia. Em 2014, quando o Projeto realizou sua Após participar da capacitação, os cursistas que te- 10ª edição, 268 municípios participaram da iniciativa e nham obtido 80% dos créditos e 80% de frequên- entre eles 66 eram do Programa Travessia, da Secretaria cia são certificados. de Desenvolvimento Social. A iniciativa foi idealizada e formulada pelo Conselho Nacio- A metodologia adotada pelo Projeto é a educação a nal de Secretários de Educação (Consed). Em Minas Gerais, distância, permeada com momentos presenciais, que o Progestão é coordenado pela Diretoria de Gestão e De- visam propiciar a sistematização dos conteúdos estu- senvolvimento de Servidores Administrativos e de Certifica- dados, orientação das atividades, o esclarecimento de ção Ocupacional da Secretaria de Estado de Educação.

116 Relatório de Gestão Progestão em números Certificação ocupacional

Desde que teve início até o ano de 2013, a Secretaria de Para garantir que pessoas reconhecidamente compe- Estado de Educação já capacitou 18.609 servidores de tentes ocupem cargos estratégicos na Administração escolas públicas de Minas Gerais. Deste total, cerca de Pública do Poder Executivo Estadual, foi instituída em 1500 são educadores das redes municipais de ensino. Minas a Certificação Ocupacional. Seu objetivo é in- dicar, objetivamente, se um profissional tem as con- Só em 2014, 1.080 cursistas das redes estadual e mu- dições para assumir determinado cargo/função e se nicipais participaram da capacitação. corresponde aos quesitos técnicos, com suas respec- tivas responsabilidades e atividades. O processo não tem caráter classificatório, ofertando aos candidatos apenas dois status: certificado ou não certificado.

A certificação foi criada em 2006 para os cargos de diretores de escolas e, desde então, a Secretaria de Estado de Educação já realizou quatro certificações ocupacionais para esse cargo. Em 2011, a Secretaria realizou pela primeira vez o Processo de Certificação Ocupacional para diretor de Superintendência Regio- * Dados referentes ao número de cursistas aprovados no Progestão. nal de Ensino.

Certificação de diretores de escolas Progestão Online A certificação é requisito básico para que um ser- Em 2012, a Secretaria de Estado de Educação realizou o vidor exerça o cargo de diretor de escola estadual. Progestão Online. Em sua fase piloto, a iniciativa contou Podem participar do processo servidores efetivos com a participação de 76 educadores das Superinten- das carreiras de Professor de Educação Básica ou dências Regionais de Ensino Metropolitana A, B e C. Especialista em Educação Básica, com formação voltada para o magistério. O Progestão Online foi dividido em 10 módulos e o curso foi realizado por meio de uma plataforma virtual de estu- O trabalho do diretor de escola compreende diversas dos na qual os educadores tiveram acesso as atividades, responsabilidades, como a gestão de pessoas e de re- a um fórum online de estudos e a outras diferentes ferra- cursos, organização das atividades de ensino, solução mentas. O curso teve duração de um ano e neste período de crise e conflitos entre alunos e servidores. O diretor foram realizados três encontros presenciais. A tutoria da de escola tem, portanto, um duplo papel a desenvol- iniciativa ficou sob a responsabilidade da equipe técnica ver: líder e gestor. da Diretoria de Gestão e Desenvolvimento de Servidores Administrativos e de Certificação Ocupacional da Secre- A certificação ocupacional de diretor de escola repre- taria de Estado de Educação. senta uma contribuição à profissionalização da gestão

Relatório de Gestão 117 escolar, quando fixa determinados campos de conhe- Certificação de diretores de Superintendências cimentos como requisitos para o exercício da função Regionais de Ensino e estipula o nível de domínio necessário para o bom desempenho de suas atividades. Os fundamentos Em 2011, a Secretaria de Estado de Educação re- dessa certificação são os “Padrões de Competên- alizou pela primeira vez o Processo de Certifica- cias de Diretor de Escola”, elaborados a partir ção Ocupacional para diretor de Superintendência do mapeamento das competências profissionais Regional de Ensino. O certame, constituído de três – conhecimentos, habilidades e atitudes – rela- etapas (prova objetiva, títulos de formação acadê- cionadas à gestão escolar. mica e entrevista) de caráter consecutivo e elimina- tório, foi realizado por uma empresa certificadora Desde a implantação do processo, a Secretaria de externa, contratada pela Secretaria. Estado de Educação já realizou quatro certificações ocupacionais de diretor de escola – em 2006, 2007, Participaram do processo servidores efetivos ativos e 2010 e 2013. A primeira, considerada piloto, certificou inativos da Secretaria de Educação, com experiência 1.018 servidores. Na edição de 2007, 11.356 foram mínima de 180 dias em gestão de escola (pública ou certificados. Já em 2010, 14.145 foram certificados. privada) ou órgão/unidade administrativa pública.

O último Processo de Certificação Ocupacional de A prova objetiva foi elaborada a partir das competências Diretor de Escola Estadual foi realizado em 2013. mapeadas pela empresa certificadora e evidenciadas no Ao todo, 13.310 educadores participaram do pro- documento Padrões de Competências. Os candidatos, cesso e 2.382 servidores foram considerados aptos aprovados na prova objetiva, detentores de formação em a exercer o cargo de Diretor de Escola Estadual. nível de pós-graduação (lato e stricto sensu) tiveram seus Os participantes do processo de 2010 contam com títulos acadêmicos considerados e a pontuação obtida certificação vigente até dezembro de 2014 e a cer- acrescida à nota da prova objetiva para a classificação tificação de 2013 tem vigência até agosto de 2017, final e convocação à etapa de entrevista. portanto, aptos a ocuparem o cargo de diretor em processo de indicação. Ao todo, 893 educadores foram convocados para a prova objetiva. Destes 752 foram classificados para participar Em outubro de 2014 foi publicado o edital SEE da fase de apresentação de títulos e 706 foram convoca- nº 03/2014 para a realização de um novo Processo dos para as entrevistas. Ao final, 678 foram certificados de Certificação Ocupacional de Diretor de Escola pela Secretaria de Estado de Educação. Estadual no Diário Oficial dos Poderes do Estado. As provas foram realizadas no dia 14 de dezembro. Atualmente, todos os ocupantes dos cargos de provi- A certificação dos candidatos nesse processo terá mento em comissão destinado a responder pelas Su- vigência de quatro anos. perintendências Regionais de Ensino são certificados.

118 Relatório de Gestão A escola da escola

A Magistra dedica-se à formação continuada dos servidores da Educação. Foto: Arquivo SEE s educadores da rede estadual mineira ganharam, em pliem a visão de mundo dos profissionais da educação. O2012, um espaço exclusivamente dedicado à concep- As ações de formação, presenciais e a distância, são vol- ção de propostas e iniciativas para a formação complemen- tadas para todos profissionais do processo educacional, tar e contínua. A Magistra – Escola de Formação e Desen- como professores, especialistas, inspetores escolares, au- volvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais – foi xiliares de serviços gerais e gestores de modo geral. criada para ser o espaço destinado à formação continuada e desenvolvimento dos profissionais da educação do Estado. Depois de mais de dois anos de trabalho, o balanço é Com a sua criação, o objetivo da Secretaria era viabilizar positivo e a instituição está consolidada. Até agora, já uma estratégia intensa e inovadora de formação e capacita- foram realizados 17 grandes eventos de imersão, núme- ção para os profissionais da educação. ro que representa um evento a cada dois meses. Nesses encontros, profissionais da Educação têm a oportunida- A instituição funciona no bairro Gameleira, região oeste de de trocar experiências com colegas de todo o Estado de Belo Horizonte, espaço que foi a última sede da Se- e participar de palestras e minicursos. São eventos para cretaria de Estado de Educação antes da mudança para professores, diretores, especialistas, inspetores e outras a Cidade Administrativa de Minas Gerais. A instituição pessoas que fazem a educação em Minas. Mais de 200 promove desde capacitações voltadas para o exercício relatos de experiências foram selecionados pelas Supe- profissional, no sentido estrito, até capacitações que ob- rintendências Regionais de Ensino e apresentados por jetivam a melhoria das condições de gestão, e que am- educadores em cada um desses eventos. Relatório de Gestão 119 Até o fim de 2014, o total de capacitações da Magistra será de 119.211.

Evento de imersão Participantes 2012 Congresso de Práticas Educacionais 1,7 mil Encontro de Formação de Inspetores Escolares 900 Encontro de Formação das Equipes Regionais do Programa de Intervenção Pedagógica 800 Curso de Formação de professores – Reinventando o Ensino Médio 600 2013 Encontro de Professores para o Ensino do Uso da Biblioteca nas Escolas da Rede Pública do Estado de Minas 900 Gerais Encontro de Especialistas de Educação Básica: Conhecendo e Compartilhando Experiências 700 Encontro de Formação de Educadores Para Prevenção e Enfrentamento da Violência e Promoção de uma 500 Cultura de Paz nas Escolas Encontro de Universalização do Reinventando o Ensino Médio 2,6 mil Projeto Circuito de Ciências para educadores dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da 1,3 mil Rede Pública de Ensino do Estado. Encontro de diretores das escolas estaduais de Minas Gerais das Metropolitanas A, B e C 500 Encontro dos Diretores das Escolas do Campo de Minas Gerais 500 Da proposta às práticas: encontro de professores do Reinventando o Ensino Médio 800 2º Congresso de Práticas Educacionais: Formas de Planejar e Agir do Professor no Cotidiano Escolas 500 2014 Encontro de professores do Reinventando o Ensino Médio 1,2 mil Encontro de Especialistas em Educação Básica ‗Conhecendo e Compartilhando Experiência II‘ 600 II Encontro de Inspetores Escolares da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais 300 3º Congresso de Práticas Educacionais mil III seminário Prevenção da violência nas escolas e promoção de uma cultura de paz: buscando caminhos 700

A seguir, fotos desses eventos de imersão. As fotos são da ACS/SEE.

120 Relatório de Gestão Fotos: Arquivo ACSSEE Relatório de Gestão 121 Fotos: Arquivo ACSSEE

122 Relatório de Gestão Congresso de Práticas Educacionais

Para proporcionar a troca de experiências e boas práti- cas entre as escolas da rede estadual, a Magistra reali- za, desde 2012, o Congresso de Práticas Educacionais. O evento é uma oportunidade para os profissionais da educação investirem no registro e relato de suas expe- riências inovadoras. A ideia é que o encontro contribua para o avanço das práticas pedagógicas nas escolas da rede pública de educação básica de Minas Gerais.

A primeira edição foi realizada em outubro de 2012 e Os Congressos de Práticas Educacionais da Magistra oportunizam a troca de experiências entre os educadores da rede. Foto: Amanda Lelis/ACSSEE reuniu cerca de 600 educadores mineiros. Para a sua realização, foram selecionados pela equipe da Magis- Todos os projetos selecionados nas três edições do Con- tra, com o apoio das 47 Superintendências Regionais de gresso de Práticas Educacionais foram registrados em Ensino, 235 projetos que foram apresentados por repre- CD, distribuído aos participantes dos eventos. Essa pu- sentantes das escolas que os desenvolveram. O tema do blicação foi registrada na Biblioteca Nacional e recebeu Congresso foi “Gestão Escolar e Projetos Especiais” e o registro do ISBN (International Standard Book Num- foram selecionados trabalhos de temas diversos, como ber). A ideia é que o CD seja utilizado como uma fonte por exemplo, aqueles com foco no meio ambiente, na de informação para os educadores e divulgado entre os leitura e na prevenção às drogas. pesquisadores da área da educação das instituições de ensino superior. No ano passado foi realizada, em setembro, a segunda edição do evento, que contou com a participação de 450 Além dos Congressos, outros três eventos da Magistra educadores da rede estadual. Cada regional indicou de três tiveram suas experiências registradas na Biblioteca Na- a cinco projetos pedagógicos voltados a temáticas diversas, cional: o Encontro de Especialistas de Educação Básica: como: leitura, jogos matemáticos, cultura, esporte, alimenta- Conhecendo e Compartilhando Experiências; o Encontro ção saudável, meio ambiente e cidadania. Foram seleciona- de Formação de Educadores para Prevenção e Enfrenta- dos 217 projetos de todo o Estado que destacaram o tema mento da Violência e Promoção de uma Cultura de Paz “Formas de pensar e agir do educador no cotidiano das es- nas Escolas; e o Encontro de Formação de Inspetores Es- colas: dos anos finais ao ensino médio”. colares do Estado de Minas Gerais. No total, 1.196 expe- riências estão nesses CDs. Os números do III Congresso de Práticas Educacionais de- monstram a consolidação do evento: foram 365 projetos Outra forma de divulgar os resultados desse traba- e participaram mais de mil educadores da rede estadual. lho é feito a partir de uma parceria com a AMAE As ações foram selecionadas por Comissões das Superin- Educando, uma fundação de direito privado, sem tendências Regionais de Ensino entre 1.088 inscrições. fins lucrativos, de utilidade pública estadual e mu- Esse ano, os projetos apresentados em setembro, tinham nicipal, de Belo Horizonte. Todos os anos, a Revista como tema “Novas Formas de Ensinar e Aprender”. AMAE Educando, publicada pela fundação, lança Relatório de Gestão 123 uma edição dedicada a projetos apresentados no tes foram ofertados por meio da plataforma virtual Congresso de Práticas Educacionais. As edições po- da Magistra e todos os servidores, efetivos ou não, dem ser vistas no site www.fundacaoamae.com.br. puderam se inscrever para participar.

O evento não é só feito de troca de experiências. Nos Entre os cursos ofertados pela Magistra ao longo dos dias em que participam dos encontros, os educadores anos, está a segunda etapa do “Treinamento Introdutó- têm a chance de escolher e participar de até três mini- rio do Governo de Minas Gerais”, voltado aos servidores cursos. No Congresso de 2014, foi ofertado um catálogo aprovados no último concurso da Educação. O seu obje- com 23 deles. As temáticas são relacionadas ao ensinar tivo é promover a integração dos novos servidores ao seu e ao aprender na escola de educação básica, tecnologias contexto de trabalho por meio da assimilação de nor- de ensino e outros temas de interesse dos educadores. mas, princípios, valores e costumes compartilhados nos órgãos e entidades da Administração Direta, Autárquica Centro de Referência Virtual do Professor e Fundacional. Na capacitação, o cursista conhece a es- trutura da Secretaria e as competências do cargo para o O Centro de Referência Virtual do Professor (CRV) é um qual foi nomeado. Até o fim de 2014, fizeram o curso 3,5 portal educacional da Secretaria de Estado de Educação mil servidores. A primeira etapa do curso foi ofertada pela de Minas Gerais que oferece recursos de apoio ao pro- Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). fessor para o planejamento, execução e avaliação das suas atividades de ensino na Educação Básica. Criado Já o “Curso a Distância de Capacitação dos Colegiados em 2004, o portal do CRV conta com um vasto acervo de das Escolas Estaduais de Minas Gerais‘ foi ofertado para material didático, que fica disponível para os educadores fortalecer a autonomia da escola, por meio da participa- utilizarem no planejamento das aulas. Em 2011, o CRV ção da comunidade escolar na gestão das unidades de passou a fazer parte da estrutura da Magistra – Escola ensino. O curso foi voltado aos membros titulares dos de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educa- Colegiados das escolas estaduais eleitos em março de dores de Minas Gerais. 2014. Até o fim do ano, foram capacitados 24.780 mem- bros. Em 2013, a primeira edição do curso contou com a Cursos Online participação de 40.627 membros de colegiados.

O programa Oferta Livre de Cursos da Magistra oferece No total, foram feitas 74.296 certificações pelos cursos atendimento a todos os educadores por meio da oferta online da Magistra. de vagas em diferentes cursos na modalidade educação a distância. São diferentes cursos realizados com a tuto- Museus ria de profissionais das Instituições de Ensino Superior parceiras da Magistra. O Museu da Escola de Minas Gerais, criado em 1994 para preservar a memória da educação e valorizar a he- Os cursos são variados, podem abordar, por exemplo, rança cultural mineira, foi tombado pelo Instituto Esta- os conteúdos do Currículo Básico Comum ou Gestão dual do Patrimônio Histórico e Artístico em 2005. Desde Educacional. Até o fim de 2014, 35 cursos diferen- 2012, quando a Magistra foi inaugurada, o espaço foi

124 Relatório de Gestão inserido na escola de formação e rebatizado com o nome Museu da Escola Ana Maria Casasanta Peixoto. O museu conta com a exposição permanente “Era uma vez na Es- cola”, que retrata os momentos pelos quais a educação mineira passou através de mobiliários, objetos escolares, livros, cadernos, cartazes, cartilhas, mapoteca, manuais de ensino, fotografias, documentos textuais e arquivo de depoimentos orais.

Outro espaço do mesmo tipo inserido na Magistra é o Museu Leopoldo Cathoud, inspirado nos museus esco- lares da Europa do fim do século XIX. Criado na década de 30, o museu foi transferido do Instituto de Educa- ção de Minas Gerais (IEMG) para a Magistra em 2012. O espaço conta com um acervo composto por coleções de insetos, modelos anatômicos, peças taxidermizadas e formalizadas, além de equipamentos de física, química, astronomia e amostras mineralógicas.

Todo o acervo dos museus foi restaurado. Foto: Lígia Souza/ACSSEE

por semana, ficaram fechados temporariamente para que essa restauração fosse feita e, em dezembro de 2014, foram reabertos com novas exposições. Foram aproximadamente 6,5 mil peças restauradas, sendo 5

Os dois museus recebem visitas de alunos de escolas públicas e mil do Museu Ana Maria Casasanta Peixoto e outras particulares. Foto: Lígia Souza/ACSSEE 1,5 mil do Museu Leopoldo Cathoud.

Entre 2013 e 2014, as peças dos dois museus, tan- No Museu Ana Maria Casasanta Peixoto, a concepção to as que estavam expostas quanto a reserva técnica, da primeira exposição era em um grande espaço aberto. passaram por uma restauração, trabalho feito por uma Agora, em uma segunda proposta, foi criado um roteiro equipe da Escola de Belas Artes, da Universidade Fede- de visitação em que as peças estão separadas por pare- ral de Minas Gerais. Os espaços, que recebem aproxi- des de tecido ou madeira. Cada espaço com mostras de madamente 100 estudantes para visitas pedagógicas materiais diferentes. Uma coleção de globos está expos-

Relatório de Gestão 125 ta em uma sala de ambiente escuro, com pouca iluminação; em outro es- Biblioteca Bartolomeu tão dispostos os uniformes escolares de épocas distintas; outra sala explica Campos de Queirós como a tecnologia presente na educação evoluiu. A iluminação, amarelada, cria um ambiente memorialista. Com a exposição, os adultos relembram a A Biblioteca do Professor, criada em escola de antigamente enquanto crianças e jovens descobrem que a educa- 1994, era parte integrante do extinto ção nem sempre foi como é hoje. Centro de Referência do Professor, uma ampla proposta de formação continua- da para os professores da rede pública do estado de Minas Gerais. O espaço foi incorporado à Magistra quando a escola de formação foi inaugurada e recebeu o nome Biblioteca Bartolomeu Campos Queirós.

A biblioteca tem um acervo de apro- ximadamente 50 mil títulos que in- clui obras de referência para a edu- cação brasileira. São obras raras, de literatura, memória didática e memó- ria técnica da Secretaria de Estado de Educação e do Centro Regional de Pesquisas Educacionais do Insti- Já o Museu Leopoldo Cathoud, com a restauração, tem mais peças para tuto Nacional de Estudos e Pesquisas serem expostas agora que sua reserva técnica foi recuperada. Cerca de 200 Educacionais Anísio Teixeira (INEP). peças que não podiam ser expostas agora podem ser vistas no museu. Lá, a Dispõe também de mapotecas, uma diferença é menor: as montagens são diferenciadas, mas a iluminação con- videoteca com mais de quatro mil ví- tinua como era. deos contemplando todos os campos do conhecimento e banco de textos, Visitas nos museus da Magistra teses, dissertações e monografias.

Ano Estudantes Adultos Atualmente, é desenvolvido um projeto 2012 2718 977 que visa inventariar e preservar o acer- 2013 3357 533 vo documental do Instituto de Recursos Humanos João Pinheiro. Para isso, são 2014* 1060 177 executadas medidas de conservação * Em 2014, os museus ficaram temporariamente fechados para que o acervo exposto fosse deste patrimônio (higienização, me- restaurado

126 Relatório de Gestão Programa de televisão, criado em 2012, que debate temas do co- tidiano escolar sob a perspecti- va pedagógica, além de mostrar ações e projetos da Educação em Minas Gerais. O programa é uma iniciativa de capacitação e de informação, simultaneamen- te. A partir da modalidade de debate televisivo, busca em suas edições ofertar aos profissionais A biblioteca tem um acervo de aproximadamente 50 mil obras. Foto: Osvaldo Afonso/Secom-MG da educação oportunidades para lhoria do acondicionamento, reorganização), sua catalogação e elaboração a reflexão sobre temas diversos de instrumentos de pesquisa. como alfabetização, ensino mé- dio, ética e projeto político-peda- O Instituto de Recursos Humanos João Pinheiro acolheu e preservou acervos de gógico, entre outros. Ao mesmo importantes órgãos da educação brasileira, como o Centro Regional de Pesquisas tempo, os conteúdos são usados Educacionais de Minas Gerais e a parte mineira da Fundação de Assistência ao na formação e capacitação, pois Estudante (FAE). O material que hoje está na Biblioteca Bartolomeu Campos de assisti-los é tratado pela Escola Queirós é fonte primária para a pesquisa nas mais diversas temáticas da educa- de Formação e Desenvolvimento ção, principalmente para quem estuda a história da educação mineira. Profissional dos Educadores de Minas Gerais – Magistra como A biblioteca está organizada e aberta à visitação, mas, como seu acervo ainda está uma ação de treinamento. Nas sendo inventariado e catalogado, o espaço, por enquanto, recebe apenas servidores escolas, os próprios profissionais da Secretaria de Estado de Educação e pesquisadores para consultas in loco. são certificados pela Magistra quando comprovam que assistem Programa Roda de Conversa aos debates acompanhando as edições do Roda de Conversa.

Os direitos autorais de todos os programas produzidos pertencem à Secretaria de Estado de Educa- ção de Minas Gerais (SEE/MG) e são veiculados a critério da mes- ma, podendo ser: postados em si- tes, blogs, redes sociais, bem como veiculados em emissoras de televi- são, públicas ou privadas, em canal aberto ou por cabo.

Relatório de Gestão 127 A cerimônia do lançamento do Marco Fundamental da obra foi na cerimônia de aniversário de um ano da Magistra. Foto: Hudson Menezes/ACSSEE Roda de Conversa gravado na Magistra Temporada 2014

Atualmente os programas estão disponíveis: O novo espaço receberá o nome do político, magistra- do, advogado e professor José de Faria Tavares, que • Canal do You Tube da SEE/MG - www.youtube.com/ ocupou o cargo de secretário de Estado de Educação user/SecretariaEducacaoMG de Minas Gerais entre maio de 1962 e fevereiro de • Canal do You Tube da Magistra - www.youtube.com/ 1964, durante o governo de José de Magalhães Pinto. user/magistraseemg • Site do Centro de Referência Virtual do Professor - Outra obra sendo planejada é a reforma do bloco D, es- www.crv.mg.gov.br. paço conhecido como “fazendinha” e abrigou o grupo escolar Júlia Kubitschek. A “Fazendinha” abrigará os Espaço multiuso museus da Magistra. Essa obra está em fase de projeto.

Está sendo construído na Magistra um espaço mul- tiuso com auditório para 610 pessoas e salas de trei- namentos. Para o novo espaço, o Governo de Minas investirá, aproximadamente, R$10,9 milhões.

O Auditório da Magistra está sendo construído em uma área de 5 mil m² e seu prédio abrigará teatro, salas de treinamento, foyer, bilheteria, lanchonete, espaço para exposições, depósitos, casa de máquinas, banheiros, es- cadas e rampas de acesso, plataforma de deslocamento vertical, além de 155 vagas de estacionamento, com re- servas para pessoas com necessidades especiais, motos e carga e descarga. Até o fim de 2014, foram executados 23,74% da construção do auditório.

128 Relatório de Gestão Relatório de Gestão 129 RELATÓRIO de GEstão - ACS

2011 - 2014 Apresentação

objetivo deste relatório é traçar um panorama das atividades e projetos desen- Ovolvidos pela Assessoria de Comunicação Social (ACS) da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEEMG) no período compreendido entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014.

Logo no início da gestão, foram estabelecidas premissas, adotadas como diretrizes para a gestão da comunicação institucional: as ações e estratégias da ACS deveriam estar totalmente integradas ao propósito de valorizar e de destacar as contribuições do conjunto de servidores da Secretaria para a educação em Minas, portanto, elas deveriam fazer sentido dentro do universo da educação, sendo inclusive capazes de incorporar a dimensão da formação; dar, ao conjunto de ações, projetos e programas desenvolvidos pela Secretaria de Estado de Educação uma dimensão institucional, um sentido de pertencimento, por isso, criou-se e adotou-se uma identidade-mãe, inspirada a partir dos triângulos da bandeira de Minas, como matriz visual; o trabalho da ACS deveria se apoiar na concepção da produção de conteúdo, ou seja, inde- pendentemente da estratégia, mídia ou público-alvo, o que orientou a atuação da Assessoria de Comunicação Social foi a produção de conteúdo, do paper de viagem para a secretária de Estado à concepção de um evento para três mil convidados ou campanha publicitária; e, por fim, a última premissa foi a da integração e da intera- ção de esforços, de “fazeres”, de competências e de habilidades. O trabalho na ACS se materializou como uma estratégia integrada de comunicação institucional.

Acreditamos que as informações apresentadas fornecerão aos futuros gestores da área de Comunicação uma visão da concepção, das rotinas e das práticas comunicacionais estabelecidas no período, bem como o funcionamento dos núcleos de atuação que inte- gram a ACS. Por fim, acreditamos, ainda, que esse relatório oferece informações que po- derão ser úteis para a formulação de um próximo plano de trabalho para a comunicação institucional da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

Marcílio Lana Assessor-chefe da Assessoria de Comunicação Social (2011-2014) Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais Governo do Estado de Minas Gerais

Relatório de Gestão - ACS 131 SUMÁRIO RELATÓRIO de GEstão - ACS

> IntroduçãO 133

> Núcleos 135 > 1. Agência de notícias 138 > 2. Assessoria de imprensa 142 > 3. Comunicação Institucional - Criação, Publiciadde e Mídias Digitais 149 > 4. Comunicação Interna e Produção de Eventos 158 > 5. Produção AudiovisUAL 162 > 6. Redes Sociais 162

132 Relatório de Gestão - ACS Introdução

o ponto de vista organizacional, o período 2011-2014 deve ser inter- Dpretado, quando o olhar se desloca para a Assessoria de Comunicação Social (ACS) da Secretaria de Estado de Educação, sob duas perspectivas complementares, mas diferenciadas: a consolidação de práticas e processos iniciados a partir de 2003, que resultaram no uso pragmático de recursos ofertados a partir da revolução das Tecnologias de Informação e Comuni- cação e a consequente profissionalização do “fazer” comunicacional, e a introdução de inovações e estratégias capazes de reconhecer e atender a necessidade e a complexidade dos diferentes públicos-alvo envolvidos com o processo educacional no estado de Minas Gerais.

Entre 2011-2014, a ACS consolidou a definitiva integração do “fazer comu- nicacional” ao projeto institucional da Secretaria de Estado de Educação. Não se trata de uma posição referendada no status funcional. Ao contrário, essa condição, de natureza técnica e institucional, assegurou que a gestão da comunicação tivesse centralidade na proposição e administração de polí- ticas públicas no campo educacional.

Mas o período compreendido entre 2011 e 2014 deve, sobretudo, ser en- tendido como sinônimo de inovação. Ainda que o processo comunicacional tenha se dado na perspectiva de massa – a Secretaria de Estado de Educa- ção conta com 235 mil cargos ativos (setembro/2014), mais de 2,2 milhões de alunos matriculados (Censo Escolar 2013) e 3.683 unidades educacio- nais, incluindo 12 conservatórios de música -, a atuação da Assessoria de Comunicação Social se pautou pelo reconhecimento das especificidades da informação a ser comunicada, do público-alvo a ser atingido e do objetivo estratégico pretendido. É por isso que o universo de estratégias e instrumen- tos comunicacionais criados durante 2011 e 2014 é vasto.

Relatório de Gestão - ACS 133 A atuação da ACS deu-se com o propósito de articular as dimensões da co- municação institucional, buscando uma ação integrada e sistêmica. A priori- dade definida foi a produção de conteúdo, que se materializou em diversos produtos e estratégias – material jornalístico, releases e informes, produtos audiovisuais, peças e campanhas publicitárias, eventos -, bem como em di- ferentes veículos, plataformas e mídias – na internet, por meio do sítio ins- titucional da Secretaria de Estado de Educação, Blog da Educação, Agência Minas, redes sociais (Facebook, Yotube e Twitter) e e-mails, jornais e revistas, incluindo Diário Oficial de Minas Gerais, canais televisivos e radiofônicos, quadros, murais, faixas e placas.

Buscou-se desenvolver as iniciativas em prol de uma atuação articulada de Comunicação Social, unindo recursos humanos e materiais, mas sem perder de vista as particularidades e diferenças relacionadas ao perfil do público, da mídia e do objetivo da ação. A Assessoria de Comunicação Social foi, por- tanto, organizada em núcleos técnicos de trabalho. Essa divisão favoreceu a especialização das estratégias, mas não perdeu a premissa da atuação sistêmica.

Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Estado de Educa- ção de Minas Gerais (2011 - 2014)

134 Relatório de Gestão - ACS Núcleos

Organizada em sete núcleos técnicos, um núcleo administrativo e a coordenação, a Assesso- ria de Comunicação Social buscou a especialização do “fazer” comunicacional, fortalecendo a necessidade da competência técnica, a autonomia, mas adotando como premissas de atuação os princípios da interação e da interatividade.

pretendido (e obtido) foi o desenvolvimento de ações técnico profissional: as pessoas puderam atuar em dois Oa partir da lógica sistêmica, na qual as demandas, ou mais núcleos simultaneamente, experimentando es- depois de identificadas, passavam a ser estudadas sob tratégias e “fazeres” e reinterpretando as rotinas de traba- a perspectiva de critérios específicos, como público-alvo, lho. No entanto, cada núcleo exigiu do profissional uma mídia e endereçamento, por exemplo, para, em seguida, ação direcionada para o alcance de objetivos específicos. se dar a estruturação das ações. Esse intercâmbio consolidou a cooperação entre os in- Essa dinâmica exigiu uma equipe com perfil múltiplo, tegrantes da ACS, favorecendo também uma visão am- com habilidades e competências complementares. O perfil pliada da Comunicação, suas rotinas, necessidades e múltiplo favoreceu, ainda, a possibilidade de intercâmbio estratégias.

ORGANOGRAMA DA ASSEssoria de comunicação

Assessor chefe de comunicação Social

Secretaria de Comunicação

Comunicação Assessoria de Agência de Comunicação Produção Redes Sociais Interna/Produção Imprensa Notícias Institucional Audiovisual e Web de eventos

Relatório de Gestão - ACS 135 Os Profissionais Ingrid Lorrane luiza Sabino (Menor Aprendiz) Atualmente a Assessoria de Comunicação Social é composta por 14 profissionais. Dentre esses profis- Hudson Júnio Menezes de Andrade. sionais: 13 atuam diretamente em Comunicação e Formação: Graduação em Comunicação Social dois desenvolvem funções administrativas. No en- - Jornalismo (PUCMINAS). Atuação: Jornalista - tanto, o conjunto de profissionais adequado para Produção de conteúdos. a realização das atividades é de 17, neste momen- to, faz-se necessário dois profissionais (jornalistas) Lígia Helena Souza. para atuar no relacionamento com a a imprensa. Formação: Graduação em Comunicação Social – Jornalismo e Radialismo (UFMG). MBA em Comu- nicação Digital e Mídias Sociais (UNA). Atuação: São os integrantes da equipe, em ordem al- Jornalista - Produção de conteúdos. fabética: Marcílio José Sabino Lana. Ana Palmira Puglia Ladeira. Formação: Comunicação Social – Jornalismo Formação: Graduação em Comunicação Social – (UFMG). Mestre em Ciência Política (UFMG). Atu- Relações Públicas (Newton Paiva). Atuação: co- ação: assessor-chefe de comunicação. municação interna e produção de eventos, coor- denação dos serviços administrativos Marta Emília Pinto Botelho. Formação: Comunicação Social – Publicidade e Andréa Hespanha Almeida Ribeiro. Propaganda. (PUCMINAS). Especialista em Tecno- Formação: Graduação em Comunicação Social – logias em Educação. (PUCRIO). Atuação: Coorde- Jornalismo (UFMG). Atuação: Jornalista - assesso- nadora do núcleo de comunicação institucional. ria de imprensa.

Pâmela Guimarães da Silva. Bruno Aurélio Garcia Martins. Formação: Comunicação Social – Publicidade e Formação: Graduação em Designer Gráfico (UEMG). Propaganda (Universidade Estácio de Sá). Mes- Especialização em “Projetos Editoriais Impressos e tranda em Comunicação Social (UFMG). Atuação: Multimídia”. Atuação: Designer gráfico. Gestora de Redes sociais e gestão de identidades de placas técnicas. Geanine Fernanda da Silva Nogueira. Formação: Comunicação Social – Jornalismo (Uni-BH). Rosenyr Cristina de Paula da Rocha. Extensão: Fotografia. Atuação: Jornalista-Produção Formação: Comunicação Social – Jornalismo (UFJF). de conteúdos. Especialização em “Comunicação: Imagem e Cultu- ras midiáticas”(UFMG). Atuação: jornalista - coor- Guilherme Afonso Brasil Coelho. denadora do núcleo de assessoria de imprensa. Formação: Graduação em Comunicação Social – Jornalismo (UFMG). Atuação: Coordenador Adjunto da Assessoria.

136 Relatório de Gestão - ACS Rosemary de Fátima Alves e Silva. Formação: Técnologo em Gestão de Recursos Hu- manos (cursando) UNOPAR. Atuação: serviço administrativo.

Zirlene Lemos. Formação: Graduação em Comunicação Social - Jornalismo e Relações Públicas (UFMG). Especializa- ção em Gestão Estratégica da Informação (UFMG). Atuação: Jornalista - Produção audiovisual.

Ainda integraram a equipe da Assessoria de Comu- nicação Social, contribuindo para os resultados da equipe:

• Aline Barbosa de Anchieta Rosa • Amanda Lelis • Bárbara Camargo • Cíntia Kelly Pena • Isadora Troncoso Doehler • Luana Martins (menor aprendiz) • Patrick Pereira de Souza (menor aprendiz) • Renato Firme Loose • Soraya Bones Teixeira • Suéllen Valverde

Relatório de Gestão - ACS 137 1. Agência de notícias Coordenador: Guilherme Afonso Brasil Coelho Equipe: Geanine Fernanda da Silva Nogueira, Hudson Júnio Menezes de Andrade, Lígia Helena Souza

Produção de conteúdo Objetivo

O trabalho de produção de conteúdo é uma atividade O objetivo da Agência de Notícias é justamente trazer que deve ser encarada como primordial para qualquer para os canais institucionais um pouco da diversidade assessoria de comunicação. No panorama midiático que é observada na educação mineira. Com mais de qua- atual, o conteúdo institucional não é valioso apenas tro mil unidades escolares – incluindo escolas e segun- para subsidiar matérias de grandes veículos de comu- dos endereços –, a rede estadual mineira é a segunda nicação, mas tão ou até mais importante para abaste- maior do país. Em um estado plural, com realidades re- cer os canais de comunicação da própria instituição. gionais bastante distintas, como Minas Gerais, a educa- Marcar presença com a divulgação de conteúdo pró- ção também tem retratos bastante diversos e a produção prio, sobretudo na internet, é sinal de transparência de notícias reflete essa realidade. e compromisso com a atividade da instituição. Nes- se cenário, uma assessoria de comunicação que tem Todos os dias são produzidas matérias jornalísticas, capacidade de produzir conteúdo próprio de forma que reportam tanto atividades institucionais e téc- sistemática, abastecendo site, blogs e redes sociais, nicas da educação, ações das 47 Superintendências certamente tem um diferencial em relação às outras. Regionais de Ensino e também ações desenvolvidas pelas próprias escolas, que fazem parte da rotina pe- A Assessoria de Comunicação da Secretaria de dagógica. As notícias institucionais são abrigadas no Estado de Educação tem um núcleo específico site da Secretaria, ao passo que tudo que é produzido para a produção diária de conteúdo. Criada no pelas escolas fica no Blog da Educação. Para tanto, início da atual gestão, a Agência de Notícias pro- é preciso um trabalho diuturno de ronda em escolas, duz conteúdo jornalístico para o site e para o superintendências e setores estratégicos da Secretaria blog da Secretaria. As matérias produzidas ser- para descoberta das melhores pautas. A rotina diária vem também como subsídio para o conteúdo vei- também passa pela apuração e confecção de matérias, culado nas redes sociais da Educação e também produção de conteúdo fotográfico, acompanhamento alimentam os canais de comunicação do Governo de coletivas de imprensa, viagens institucionais, apu- de Minas, como o site Agência Minas e o Diário ração de matérias jornalísticas in loco em escolas ou Oficial dos Poderes do Estado. eventos da educação e outras atividades.

138 Relatório de Gestão - ACS Em seus quatro anos de existência, a Agência de No- tícias deu credibilidade aos canais institucionais de BLOG EDUCAÇÃO notícias da Secretaria, bem como desenvolveu uma relação comunicacional mais próxima com escolas e superintendências, que não tinham tal hábito ante- riormente. O núcleo já é demandado pelos mais di- versos atores do processo educacional no intuito de divulgar suas ações e iniciativas, o que denota o reco- nhecimento do trabalho jornalístico desenvolvido nos últimos anos. O site e o blog da Secretaria são con- siderados essenciais como fonte de informação sobre ações da Educação, sobretudo para o público interno, mas também para o público externo.

Trabalho da Agência de Notícias

O processo de produção de conteúdo jornalístico pode ser exemplificado a partir de diferentes maté- rias produzidas pela Agência de Notícias. As divul- gações de resultados educacionais são um ótimo exemplo de material que mobiliza todos os profis- sionais da Agência em torno de um conteúdo. Na divulgação do Proalfa, em fevereiro de 2013, por exemplo, há o trabalho de apuração e produção em Outro bom exemplo do trabalho da Agência de Notí- duas frentes: o conteúdo institucional e os exem- cias são as coberturas in loco. No evento de universa- plos de escolas. lização do Reinventando o Ensino Médio, em maio de 2014, no Minascentro, toda a equipe da Agência foi A divulgação do resultado em si é feita a partir de mobilizada. Foram produzidas matérias para o site da apuração com setores responsáveis pela Superin- Secretaria, mas houve também produção de conteúdo tendência de Avaliação Educacional, bem como pela para o jornal mural do evento. Assessoria de Gestão Estratégica e Inovação. A partir da apuração de todos os dados é confeccionada uma Como parte de uma estratégia de inovação, os estudan- matéria jornalística completa que traduz os dados téc- tes do Reinventando que participaram do evento foram nicos de forma compreensível para o público geral. Em integrados no processo de construção da notícia. Sob a paralelo, também são produzidos cases com resulta- orientação dos jornalistas da Agência, eles fizeram apu- dos de escolas de diversas regiões do estado, tanto ração, trabalho fotográfico e redigiram textos. Nos de- no intuito de exemplificar o que o dado demonstra, mais dias, a equipe da Agência fez duas edições diárias como de valorizar o bom trabalho das escolas que se do Jornal Mural, sempre com atualização completa de destacam na avaliação educacional. conteúdo. Confira, a seguir fotos do Jornal Mural. Relatório de Gestão - ACS 139 Por fim, vale citar também como exemplo de trabalho da de todas as regiões do Estado e demonstram toda ver- Agência de Notícias, as viagens institucionais, acompa- satilidade e capacidade de produção dos profissionais nhando a secretária Ana Lúcia Gazzola. Em 2012 e 2013, da Agência, que produziram conteúdos diversificados em a secretária visitou todas as Superintendências Regionais cada uma das viagens. Em maio de 2012, por exemplo, de Ensino e a Agência de Notícias acompanhou-a em a secretária visitou a SRE de Patrocínio, onde se reuniu todas as ocasiões. As matérias serviram como registro de com todos os diretores de escolas, além de inaugurar, na uma importante agenda institucional, uma vez que ela ocasião, duas escolas estaduais. Cada um dos momen- foi a primeira secretária a visitar todas as 47 Superinten- tos rendeu uma matéria que explicou bem a importância dências, mas serviram também para evidenciar cidades dessas agendas e espaços.

140 Relatório de Gestão - ACS Outras coberturas e matérias que podem ser citadas são: a cobertura de todos os eventos de lançamento do Programa de Intervenção Pedagógica em nível municipal; as coberturas dos Jogos Escolares; as Mostras dos Con- servatórios; as divulgações dos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica; os eventos de doação de ônibus e patrulhas escolares; a premiação da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, em Brasília; as aplicações, a cada ano, das provas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas; cobertura das comitivas internacionais que visitaram Minas Gerais, em especial da Colômbia, entre várias outras coberturas e matérias que tive- ram destaque ao longo dos quatro anos de existência da Agência de Notícias

Matérias publicadas

2011 2012 2013 2014 Matérias 738 1047 1158 638* publicadas

*2014 Redução em razão do período eleitoral. **638 matérias publicadas até agosto de 2014. Neste ano, a produção caiu em razão do período eleitoral. No entanto, durante este período a Agência de Notícias continuou produzindo e publicando conteúdo, mas os mantendo Off-line. Quando do término do período eleitoral, o histórico de notícias estava segurado.

Relatório de Gestão - ACS 141 2. Assessoria de imprensa Coordenadora: Rosenyr Cristina de Paula da Rocha Equipe: Luiz Antônio Navarro M. Vieira Magalhães, (atuou de janeiro de 2011 a nvoembro de 2014) Andréa Hespanha Almeida Ribeiro Atender a todos os veículos de comunicação com total presteza, agilidade e, principalmente, responsabilidade com a informação é o compromisso do núcleo da assessoria de imprensa da equipe de comunicação social da Secretaria de Estado de Educação (SEE).

s profissionais que atuam nesse segmento da fonte, para uma entrevista, uma nota, ou por outros OAssessoria de Comunicação buscam trabalhar equipamentos comunicacionais. sempre de forma a passar para os veículos de comu- nicação, por meio de dados e informações, elementos Enfim, a assessoria busca trabalhar na perspectiva da que possam fazê-los entender e compreender toda a gestão de um relacionamento com a imprensa de forma dinâmica que envolve o universo educacional de res- que as ações, as iniciativas, os projetos e os programas ponsabilidade desta pasta. que envolvem toda a SEE (professores, comunidade es- colar, unidades escolares, superintendências e outros) O relacionamento com a imprensa, seja ela local (veí- possam ser conhecidos, além de trabalhar na garantia culos da cidade de Belo Horizonte, uma vez que a equi- do espaço da manifestação da SEE, nas mais diferentes pe da ACS se encontra no órgão central), do interior do mídias, quando há algum questionamento por parte dos estado e até mesmo nacional, é sempre pautado pela veículos de comunicação. E, depois do atendimento feito, transparência, de maneira a elucidar e explicar, de forma faz parte também do trabalho da assessoria de imprensa clara e precisa, os questionamentos e as demandas das acompanhar o que está sendo veiculado sobre seu asses- diversas mídias. sorado nas mídias.

Objetivo Trabalho da Assessoria de Imprensa

O objetivo da assessoria de imprensa da Secretaria de Dentro desta lógica, podemos dizer que o núcleo de as- Estado de Educação é fazer com que, da melhor forma sessoria de imprensa da SEE atua de diferentes manei- possível, as informações desse órgão possam chegar ras, considerando, principalmente, características de duas à opinião pública e a toda sociedade, por meio das frentes: quando a assessoria de imprensa é ativa e quan- mídias espontâneas, seja na disponibilidade de uma do a assessoria de imprensa é demandada.

142 Relatório de Gestão - ACS Assessoria de imprensa ativa O release sugestão de pauta é o texto que trabalha- mos com as redações sobre algum tema específico, Uma das funções da assessoria de imprensa é motivar alguma iniciativa interessante de escola, algum pro- e propor o que podemos chamar de pautas positivas. A jeto em especial desenvolvido. É um assunto isolado ideia desse tipo de pauta é passar para os veículos de co- que pode ser trabalho pelas mídias de forma integral municação informações, nesse caso ligadas à Secretaria ou pode ser agrupado a um determinado assunto de Estado de Educação e toda sua estrutura organiza- maior que o veículo esteja apurando. cional, de ações, de projetos, dos programas e de outras iniciativas que despertem na imprensa interesse pelo Um dos vários exemplos deste tipo de trabalho da assunto e levem a uma reflexão e ao conhecimento da assessoria pode ser conferido na matéria publicada sociedade. Para essa atribuição, a assessoria de imprensa pelo Jornal Estado de Minas. A assessoria fez um re- trabalha, geralmente, com a distribuição de releases. lease sobre a iniciativa de algumas escolas da Re- gião do Barreiro, em Belo Horizonte. A iniciativa da O release, texto com as principais informações que enviamos escola gerou o interesse do jornal. A assessoria, além para as redações sobre o assunto que desejamos divulgar, é das informações passadas sobre o projeto, fez todo o o primeiro instrumento de contato que os jornalistas têm com trabalho de “ponte”, ajudando a repórter a fazer os a sugestão de pauta. Nesse caso, podemos dividir a ação da contatos com as escolas, com os alunos etc. Ajuda- assessoria de imprensa em três esferas: o release sugestão de mos nas marcações e oferecemos as fontes para as pauta; o release de serviço; e o release aviso de pauta. entrevistas.

Modelo de release enviado às redações e a matéria publicada no jornal:

Relatório de Gestão - ACS 143 Além das sugestões de pautas envia- das para as redações com o objetivo de gerar as pautas positivas, a asses- soria de imprensa também divulga os releases que chamamos de release serviço. Neste caso, o interesse é de que as mídias (rádios, TVs, impressos e portais) nos ajudem na divulgação de uma ação que é de interesse de toda a sociedade. É um serviço à po- pulação e a repercussão nos veículos de comunicação é de fundamental importância. É de utilidade pública. Nesses casos, ao enviar o release, já temos uma fonte indicada e à dispo- sição para os atendimentos individu- alizados de imprensa.

Um exemplo dessa ação é o relea- se sobre o Cadastramento Escolar. Com o objetivo de comunicar a todos os pais e responsáveis do prazo de realização desta ação da secretaria, enviamos para todos os veículos de imprensa o release serviço. Muitas mídias ajudam na divulgação.

Na página a seguir, imagem da en- trevista AO VIVO da superintendente da Secretaria de Estado de Educação, Vera Lúcia Vidigal, ao repórter da TV Globo. A participação foi para infor- mar sobre o tema e entrou no Bom Dia Minas.

E outra importante atuação da asses- soria de imprensa é na divulgação de assuntos e ações pontuais e factuais

144 Relatório de Gestão - ACS Abaixo, imagem de uma das matérias que foram veicula- das por um dos veículos presentes à coletiva.

É importante ressaltar que sempre que um aviso de pertinentes, de interesse da população. Nesses casos, a pauta é disparado para o mailing de imprensa da as- assessoria de imprensa atua com o objetivo de convocar sessoria, a equipe faz o follow up, com o objetivo de o maior número possível de veículos para que os mesmos confirmar a participação das mídias. possam divulgar o assunto em pauta. Nesse sentido, ao invés de atender a cada veículo individualmente, como Assessoria de imprensa demandada ocorre nos releases de serviço, a assessoria convoca uma coletiva de imprensa, de forma a atender a todos de uma Além da proposição de pautas e assuntos que pos- única vez. Um exemplo dessa iniciativa foi a coletiva de sam ser de interesse da mídia, a assessoria de im- imprensa para a divulgação dos dados do Índice de De- prensa também trabalha sob demanda dos diferen- senvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os dados são tes veículos de imprensa. E nessa situação, são dois do ano de 2013, mas divulgados pelo Governo Federal os principais tipos de pedidos feitos à assessoria. em setembro de 2014. O primeiro é sobre algum caso específico, uma pau- O núcleo de assessoria de imprensa convocou uma ta factual. O que se costuma chamar de “pauta coletiva de imprensa (aviso de pauta) para passar aos para o dia”. O outro é sobre um assunto mais frio, veículos de comunicação os dados de Minas Gerais. alguma pauta que requer uma apuração mais deta- lhada ou a indicação de um exemplo que deve ser buscado.

Dentro dessas propostas, podemos listar alguns exemplos que contribuem para a melhor compreen- são desses casos.

No dia 04 de setembro de 2014, houve um caso envolvendo uma aluna da rede pública estadual de Belo Horizonte. Havia a suspeita, por parte da

Relatório de Gestão - ACS 145 imprensa, de que a aluna havia passado mal na escola depois de consumir drogas.

Sobre esse ocorrido, além da nota que foi en- viada para os veículos de comunicação que de- mandaram uma resposta da secretaria, a asses- soria de imprensa disponibilizou uma fonte da SEE que pudesse conversar com a imprensa e explicar quais as iniciativas e ações que a SEE já desenvolve junto aos estudantes sobre a temáti- ca. Abaixo, a nota enviada e a matéria veiculada pelo jornal O tempo.

Há casos também nos quais a assessoria de imprensa é demanda sobre algum caso específico, pontual. E as redações já chegam com a solicitação, com uma leitu- ra já pré-criada do fato. No entanto, nesses casos cabe à assessoria de imprensa analisar a pauta, entender a demanda para avaliar a melhor maneira de atender. Algumas vezes, esse trabalho rende o entendimento melhor do repórter sobre o assunto, fazendo com que a abordagem seja diferente da que previamente havia sido pensada.

146 Relatório de Gestão - ACS Foi o que aconteceu, por exemplo, com uma demanda da rido na matéria do Jornal Hoje em Dia. Acompanhe o TV Paranaíba, afiliada da TV Record em Uberlândia. Pri- andamento da demanda: meiramente, eles enviaram um email solicitando apenas uma entrevista com algum representante da Secretaria na Superintendência Regional de Ensino de Uberlândia sobre o assunto colocado no email (violência na porta das escolas – assaltos e brigas).

Além da entrevista solicitada e concedida, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação pro- pôs ao jornalista a indicação de uma escola que já havia registrado ocorrências de violência, mas que depois de um trabalho envolvendo direção, alunos, professores, fa- mília e toda a comunidade escolar, conseguiu reverter o quadro. A escola teria se tornado um bom exemplo, na cidade, de instituição que desenvolve projetos com o objetivo de combater a violência e praticar a paz no ambiente escolar.

O repórter gostou da sugestão e fez uma matéria com a Escola Estadual Teotônio Vilela. Ela foi exibida no dia 24 de setembro na emissora. Com esse exemplo consegui- mos mostrar que, às vezes, a pauta pode ter um caráter preliminar negativo, mas se trabalhada pela assessoria Depois de receber o email,o núcleo de Assessoria de Im- de imprensa pode ganhar um novo viés. prensa dal ACS acionou as Superintendências Regionais de E, por fim, podemos citar também exemplos de deman- Ensino e as escolas estaduais em busca dos exemplos solici- das de imprensa que chegam à assessoria solicitando tados pela jornalista. Depois de receber algumas sugestões, indicações de fontes ou a sugestão de escolas que de- indicamos dois nomes, dois projetos e os contatos das esco- senvolvam iniciativas interessantes para pautas mais tra- las e dos profissionais responsáveis pelas iniciativas. balhadas. Nesse caso, a assessoria de imprensa trabalha apoiando e ajudando na produção da matéria. Um exem- A seguir, a matéria veiculada sobre o assunto em questão plo recente desse tipo de atendimento pode ser confe- e o exemplo indicado pela assessoria utilizado no texto.

Relatório de Gestão - ACS 147

DEMANDAS Atendidas Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL

2011 4 48 47 56 67 112 77 224 246 108 106 75 1170 2012 104 83 152 85 76 75 84 121 73 62 101 71 1087 2013 68 105 116 138 73 88 93 91 124 77 82 49 1104 2014 59 123 128 75 79 36 81 60 641

No período de janeiro de 2011 a agosto de 2014 foram atendidas 3882 demandas de imprensa

148 Relatório de Gestão - ACS 3. Comunicação Institucional - Criação, Publicidade e Mídias Digitais Coordenadora: Marta Emilia Pinto Botelho Equipe: Bruno Martins

Objetivo O trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Criação, Publicidade e Mídias Digitais tem como principal objetivo assegu- rar visibilidade aos projetos estratégicos e às diversas ações da Educação em Minas. Para obter visibilidade junto a um público tão diversificado e heterogêneo, composto por alunos, pais, professores, servidores, diretores de escolas, diretores de SRE’s, gestores de secretarias municipais, jornalistas, deputados e cidadãos, é necessário construir e manter uma imagem institucional coesa, implementando uma rotina de comunicação estratégica. Do ponto de vista da Comunicação Visual, é necessário definir, padronizar e unificar conceitos visuais.

Trabalho em Comunicação Institucional

Mídias Digitais O site da SEE tem como objetivo ser referência e possibilitar o acesso às informações, serviços e projetos da Educa- ção em Minas. Possui uma média de 8 milhões de visitas e 18 milhões de visualizações de páginas anuais. O núcleo é responsável pelo gerenciamento e atualização do site, com exceção do conteúdo de notícias, que é da responsa- bilidade da Agência de Notícias. Dá suporte às estratégias de web e redes sociais, através da criação de banners e infográficos para o site e perfil da Educação no Facebook (perfis: Secretaria de Estado de Educação e Plantão Enem). Relatório de Gestão - ACS 149 Abaixo relatório comparativo Google Analytics de 2011 à 2014:

Google Analytics de 2011 Google Analytics de 2012

Google Analytics de 2013 Google Analytics de 2014

150 Relatório de Gestão - ACS Campanhas Publicitárias

O núcleo de criação é responsável por acompanhar o planejamento, CADASTRAMENTO criação e produção dos materiais e campanhas da Educação junto à ESCOLAR 2015 Garanta a vaga Subsecretaria de Comunicação So- do seu filho no cial - Secom e Agência de Publici- Ensino Fundamental da rede pública. dade. Além das campanhas publici- tárias, a agência nos dá suporte na criação e produção de peças gráficas e programação visual para eventos. Após o surgimento da demanda, é feita uma reunião de planejamento entre SEE, Secom e Agência de Pu- De 21 a 25 blicidade. Nesta ocasião, são defini- das as estratégias de comunicação, de julho de 2014 posicionamento e peças que serão trabalhadas. Crianças com 6 anos completos ou que irão completar até 30 de junho de 2015. A SEE possui duas campanhas per- manentes:

• A Campanha Volta às Au- COMO FAZER O CADASTRO PODEM SE CADASTRAR Em Belo Horizonte, os pais ou responsáveis devem • Crianças com 6 anos completos ou que irão las ocorre no início do ano leti- ir a uma agência dos Correios com os seguintes completar até 30 de junho de 2015. documentos (inclusive para Educação Especial): • Alunos que estão vindo de outras localidades vo, quando o governo dá as boas • Certidão de nascimento da criança (original e cópia). ou de escolas particulares. • Conta de luz recente (original e cópia). • Candidatos que desejam retornar aos estudos. vindas aos alunos e apresenta aos • Comprovante de escolaridade (original e cópia), para alunos de escolas particulares ou candidatos Para mais informações, acesse cidadãos os resultados e perspecti- que estão retornando aos estudos. www.educacao.mg.gov.br vas da Educação no Estado. GOVERNO DO ESTADO CEMIG DE MINAS GERAIS • A Campanha de Cadastra- mento Escolar tem caráter in- G100614A_Volante_Cadastramento_2015_BH_15x21cm.indd 1 6/18/14 3:45 PM formativo sobre o processo de anualmente pela SEE em parceria com as Secretarias Municipais de cadastro, necessário para o in- Educação. Além de garantir vaga aos candidatos inscritos, tem como gresso na rede pública de ensi- objetivo subsidiar o planejamento anual do atendimento escolar em no. O Cadastramento é realizado toda a rede pública do Estado, abrangendo os 853 municípios mineiros.

Relatório de Gestão - ACS 151 Identidade Institucional

A identidade institucional é traba- lhada na comunicação interna, pa- dronização de materiais gráficos e desenvolvimento de conceito e co- municação visual para eventos. a) Comunicação Interna: aplicação de adesivos nas portas de entrada da SEE. O padrão foi utilizado também nos murais internos e em modelo de apresentação em ppt para utilização em palestras e seminários. b) Materiais Gráficos: criação de pe- ças e padronização de cartilhas e ma- nuais. Foram produzidos, entre outros, os seguintes materiais:

• Programa de Intervenção Pedagógica – Guia de Revisão e Reorganização do Plano de Intervenção Pedagógica - 2013. • Programa de Intervenção Pedagó- gica – PIP Municipal – Cartilha de Orientações às Secreta- rias Municipais de Educação; – Guia de Sugestões de Ações para Im- plementação e Acompanhamento do – Guia do Dia D nas Escolas de Ensino Médio: Orientações para Revisão e Programa de Intervenção Pedagógica. Reorganização do Plano de Intervenção Pedagógica e do Plano de Trabalho. • Reinventando o Ensino Médio • Programa de Educação Profissional – PEP – Catálogo Reinventando o Ensino – Padrões Básicos dos Laboratórios dos Cursos Técnicos. Médio; • Minas Presente na Escola – Reinventando o Ensino Médio - Ca- – Catálogo Minas Presente na Escola. derno de Orientações; • Cartilha Projeto Professor da Família. – Conteúdos Interdisciplinares Apli- • Cartilha Grêmio Estudantil. cados: uma Proposta de Atuação no • Manual de Orientação aos Secretários de Escola. Turno Noturno; • Manual de Orientações sobre Estágio.

152 Relatório de Gestão - ACS Conceito do evento Universalização do Reinventando o Ensino Médio.

• Cartilha Atribuições do Comitê Gestor das Atividades ceito e ambientação Tom Comunicação, material de apoio Complementares ao Currículo Básico. – catálogo, bloco, caneta, bolsa - núcleo de criação ACS); • Guia de Boas Ideias para Sensibilização e Motivação – III Reunião Ordinária do Consed em Belo Horizonte dos Alunos para Participação nas Avaliações Externas. (conceito, ambientação e hotsite Tom Comunicação e • Capas para cartilhas do Simave. material de apoio - catálogo, camisetas, bolsas, caixa brinde, bloco, caneta – núcleo de criação ACS). c) Ambientação e material de apoio para even- • Alguns eventos de médio e pequeno porte: tos: foram criadas peças de ambientação e material de – Educação do Campo 2012 e 2013 (conceito, hotsite, suporte para vários eventos da SEE e Magistra, como banners, faixa de mesa, programação, bolsa e sinaliza- banners, cartazes, faixas de mesa, folders, crachás, pas- ção – núcleo de criação ACS); tas, canetas, blocos etc. – Cultura de Paz / Fórum de Promoção da Paz Escolar – • Entre os eventos de maior porte, destacam-se: Forpaz (cartazes, banners, adesivos, bolsas, camisetas e – Lançamento da Magistra – Escola de Formação e De- canetas – núcleo de criação ACS) senvolvimento Profissional de Educadores (criação e pro- – Mostra dos Conservatórios, Mostra de Oportunidades, dução Faz Comunicação); Conferência Estadual Infanto Juvenil pelo Meio Ambien- – Minas é Educação - Ideb (criação e produção Tom Co- te, Encontro de Gestores Municipais para a Elaboração e municação); Adequação dos Planos Decenais de Educação (núcleo de – Universalização do Reinventando o Ensino Médio (con- criação ACS);

Relatório de Gestão - ACS 153 Seja Bem-Vindo ao 3º CONGRESSO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS Novas Formas de Ensinar e Aprender

12H30 ÀS 14H 17H ÀS 17H30 ALMOÇO LANCHE 3º CONGRESSO 17H30 REALIZAÇÃO Magistra - Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores/ SEE/MG 14H ÀS 17H ENCERRAMENTO DE PRÁTICAS MESA REDONDA: COORDENAÇÃO Alícia Maria Almeida Loureiro EDUCACIONAIS “Novas formas de ensinar e apren- 19H30 Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben der: é possível conciliar atrativida- Paula Cambraia de Mendonça Vianna Novas Formas de Ensinar e Aprender JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO Magistra - SEE/MG de, disciplina e criatividade? “

Ana Lúcia Amaral – UFMG 5º DIA - 26/09/2014 (Sexta-Feira) Luciano Campos da Silva - UFOP Shirlei Resende Sales – UFMG RETORNO PARA BELO HORIZONTE Coordenação da mesa: COORDENAÇÃO Edna Borges MAGISTRA - ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES

SECRETARIA DE ESTADO DE MAGISTRA - ESCOLA DE FORMAÇÃO E SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

– Jovens Mineiros Cidadãos do Mundo (caderno, bloco, – Conhecendo e Compartilhando Experiências II – caneta, camiseta e bolsa - núcleo de criação ACS); Encontro de Formação com Especialistas em Edu- – Seminário de Formação de Gestores Estaduais e cação Básica - SEEMG (núcleo de criação ACS); Municipais do Programa BPC na Escola (criação e pro- – Cultura de Paz nas Escolas – Encontro de Formação dução Tom Comunicação); de Educadores para Prevenção e Enfrentamento da • Produção de material para alguns eventos de capa- Violência e Promoção de uma Cultura de Paz nas Es- citação realizados pela Magistra: colas (criação e produção Tom Comunicação); – Bibliotecas Escolares (criação e produção Tom Co- – A Escola Pública Contemporânea e os Fazeres municação); do Gestor Escolar (núcleo de criação ACS); – Encontro de Especialistas de Educação Básica: Co- – II Encontro de Inspetores Escolares da Rede Estadual de nhecendo e Compartilhando Experiências (criação e Minas Gerais – Repensando a Prática Frente aos Paradig- produção Tom Comunicação); mas Nacionais da Educação (núcleo de criação ACS);

154 Relatório de Gestão - ACS Placas com resultados do Ideb 2011 instaladas em escolas estaduais.

– I e II Congressos de Práticas Educacionais (cria- Brasil e busca democratizar o acesso às informações ção e produção Tom Comunicação); sobre os resultados das unidades escolares para a co- – III Congresso de Práticas Educacionais – Novas For- munidade escolar e para os familiares. Além da afixa- mas de Ensinar e Aprender (núcleo de criação ACS); ção das placas, foi também criado um ambiente no sítio institucional da Secretaria de Estado de Educa- Placas com os resultados do Índice de Desenvolvimen- ção (http://www.educacao.mg.gov.br/cidadao/ to da Educação Básica (Ideb) relativo ao ano de 2011 ideb), que traz os resultados das escolas. Os dados foram instaladas em março de 2013 em 2.977 escolas de 2013, que são disponibilizados pelo site do Inep, que oferecem os 5º ou 9º anos do ensino fundamental. estão sendo aguardados para a sua devida incorpora- Isso significa que todas as escolas que oferecem esses ção ao sítio institucional da Secretaria de Estado de níveis de ensino foram contempladas com as placas. A Educação. O Inep ainda não disponibilizou a planilha instalação das placas é uma experiência inovadora no que traz os resultados por escola.

Relatório de Gestão - ACS 155 Case de sucesso Criação da Identidade Visual da Secretaria de Estado de Educação

m 2011, a Secretaria de Estado de Educação não Epossuía uma identidade visual definida. Tínhamos várias logomarcas dos programas e projetos, os ma- teriais gráficos não possuíam padronização e o layout do site não “dialogava”com o restante. Era necessá- rio definir, padronizar e unificar os conceitos visuais a fim de compor uma identidade visual.

Diante desta demanda, a Agência de Publicidade Faz Comunicação realizou alguns estudos e apre- sentou-nos uma proposta para compor a base des- ta identidade: um grafismo estilizado, originado do triângulo da bandeira do Estado. Consideramos uma boa solução, plasticamente rica e com diversas possibilidades de aplicação.

156 Relatório de Gestão - ACS A identidade criada foi primeiramente utilizada no evento de inauguração da Escola de Formação e De- senvolvimento Profissional de Educadores – Magistra e foi gradualmente incorporada aos diversos materiais produzidos pela Assessoria de Comunicação. Atual- mente, todas as cartilhas e manuais seguem esta pa- dronização ou são um desdobramento dela, através da aplicação em diferentes cores, linhas, perspectiva e profundidade, permitindo-nos uma derivação criativa através de uma base comum.

A unificação de conceitos e padronização da identida- de visual tem contribuído para criar um sentimento de pertencimento e fortalecer, principalmente junto ao público interno, a imagem institucional da Secretaria de Estado de Educação.

Relatório de Gestão - ACS 157 4. Comunicação Interna, administrativo e Produção de Eventos Coordenação: Ana Palmira Equipe: Rosemary de Fátima Alves e Silva Ingrid Lorrane Luiza Sabino (Assprom)

Objetivo bem procurada pelos servidores para anunciarem a ven- da de produtos e serviços. A iniciativa é bastante válida O núcleo responde por eventos considerados de peque- como instrumento de comunicação interna. Três murais no, médio e grande porte. Além dos eventos, também ficam do lado ímpar e três murais ficam do lado par no compete a este núcleo a produção de um “Jornal Mu- 11º andar, além de mais dois murais que ficam do lado ral”, afixado nos sete murais do órgão central e o envio ímpar do 10º andar. diário do clipping. São também atribuições desse setor: a triagem e a distribuição de peças publicitárias (da SEE ou Clipping de outra instituição) para SRE‘s e escolas e a atualização dos murais do Órgão Central. O Clipping é a seleção de todo o material informativo publicado nos veículos de comunicação com temas de Murais interesse da educação. O arquivo é um instrumento im- portante da Assessoria de Comunicação Social. Todo ma- Os murais contam com algumas seções fixas, tais como terial publicado na mídia impressa (jornais e revistas), “Aniversariantes do mês” e “Acontece na CA”. Inicial- digital (sites de notícias) é selecionado diariamente e mente, a sua periodicidade era semanal e passou a ser enviado para um mailling previamente selecionado. Vale mensal em 2014. Nessa mesma época, o nosso “JOR- ressaltar que esse trabalho conta com a ajuda do es- NAL MURAL” também foi reformulado e implementamos tagiário “menor aprendiz” que presta serviços ao setor, mais duas seções fixas, a “Avisos de última hora” e a a função é apropriada pois serve como uma forma de “Doe sangue”. A inovação nestas duas ultimas seções é estimulá-lo a ter um compromisso diário, fixo além de se que elas permitem o acréscimo de informações a qual- informar sobre assuntos relacionados a esta secretaria e quer momento. A seção “Classificados” é relativamente à educação no nosso estado e no país.

158 Relatório de Gestão - ACS Outras atribuições do núcleo Público: Diretores de Escolas de Ensino Médio (2.600 pessoas) Temos como outras responsabilidades informar, por email e nos murais, o óbito e/ou a missa de sétimo dia O evento teve como objetivo universalizar uma nova de um servidor ou parente próximo, planejar, junto ao proposta pedagógica para o ensino médio de Minas setor responsável pela criação de peças para a web, Gerais. Foi planejado para um público de aproxi- as datas comemorativas que serão relevantes, o envio madamente de 2,6 mil profissionais da educação de email marketing, envio de comunicados do Gabi- e contou também com a presença do Governador nete, além de toda a parte administrativa, desde o do Estado - na ocasião - Antonio Anastasia. Dessa recebimento e envio de correspondências a atualiza- forma, o evento demandou planejamento apurado ção e administração do ponto de todos os servidores para atender os diversos públicos (com suas especi- da ACS; envio para a AGEI de relatórios referentes ao ficidades) e a grande estrutura. Houve uma especial Acordo de Resultados e Avaliação de Desempenho; O atenção para que o evento fosse eficaz em demos- acesso ao portal CA para reserva de salas e veículos. trar a grandiosidade e a relevância do programa Além de toda a organização em relação ao acondi- para o estado de Minas Gerais. cionamento e controle de correspondências enviadas e recebidas, solicitação dos pedidos de viagens, pro- dutos e serviços e reposição de material de trabalho para a equipe. Somos responsáveis também pelo pa- trimônio do setor. Eventos

Dependendo do evento, o núcleo pode ficar res- ponsável por:

• Evento completo: produção e execução; • Evento parcial: apenas pela ambientação ou apenas acompanhamento em parceria com outras secretarias Rodas de Conversa ou entidades/instituições. No auditório Topázio, durante os três dias, intercalan- Case de Sucesso: do com as palestras, foram realizadas “Rodas de Con- Universalização do Programa Reinventando versa”. Para atender o número de participantes, nos o Ensino Médio outros quatro auditórios menores do Minascentro e em todo o entorno do espaço dos stands, aconteciam transmissões simultâneas do auditório Topázio. Data: 20 a 22 de maio de 2014 Local: Minascentro

Relatório de Gestão - ACS 159

Stands com a presença de alunos

Concomitantemente, usamos stands sobre as áreas de empregabilidade para apresentar o programa: os próprios alunos demonstravam através de vídeos, materiais e peças gráficas o conceito e a prática da iniciativa.

160 Relatório de Gestão - ACS

Outras estratégias importantes foram: um grande “Jornal Mu- ral”, com notícias do evento e com duas edições diárias; um espaço com totens fotográficos, onde os participantes tinham suas fotos publicadas nas redes sociais marcando assim, a sua participação no evento e um grande painel de assinaturas.

Relatório de Gestão - ACS 161 5. Produção Audiovisual Coordenador: Marcílio Lana Equipe: Zirlene Lemos

De forma inovadora, iniciou-se, em 2011, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Edu- cação e a Rede Minas de Televisão, emissora de caráter público com reconhecida atuação na área de educação e cultura.

parceria foi articulada por intermédio da equipe de pro- cacional a partir de diferentes mídias e/ou plataformas Adução audiovisual da Assessoria de Comunicação So- móveis ou em rede. cial da Secretaria de Educação e se materializou na forma de Trabalho em produção audiovisual programas e de programetes (interprogramação). Todos os produtos audiovisuais desenvolvidos, foram veiculados em Boas Práticas canal aberto e buscaram tanto universalizar boas práticas e experiências, quanto integrar esforços dos entes gover- “Boas Práticas” é uma série de vídeos, criada em 2011, namentais, possibilitando uma ação articulada, integrada e que mostram escolas desenvolvendo ações em diversas permeável. Em ambos os casos, também se buscou ainda, temáticas, comprovando como a rede pública estadual a valorização dos profissionais da rede estadual de educa- de MG tem buscado iniciativas inovadoras de ensino e ção de Minas Gerais e a requalificação da rede estadual de por meio delas, modificado sua realidade, com exemplos educação junto à opinião pública. Além disso, é necessário de boas práticas. destacar que: o Plantão Enem, o Roda de Conversa e o Boas Práticas, como projetos institucionais da SEE/MG, passaram Ações que partem de professores, especialistas, alunos, a integrar a grade de programação da Rede Minas e do Ca- pais e/ou membros da comunidade sob diferentes temá- nal Minas Saúde*, sendo transmitidos para todo o estado ticas. São programetes com até 3 minutos, produzidos de Minas Gerais. em escolas estaduais de MG, selecionadas com apoio das Superintendências Regionais de Ensino de MG. Ante- Objetivo riormente, as boas práticas já eram abordadas em forma Produzir vídeos diversos com intuito de destacar e/ou de matéria jornalística no Blog da Educação, mas a par- esclarecer questões cotidianas do sistema estadual de ceria com a Rede Minas, em 2012, permitiu a criação e educação. Todos os conteúdos produzidos são disponi- veiculação dos programetes em formato audiovisual. bilizados para o público interno (professores, diretores, alunos, técnicos, supervisores, analistas e servidores da Atualmente os programas estão disponíveis no Canal do educação em geral) bem como para as famílias e outros YouTube da SEE/MG (www.youtube.com/user/SecretariaE- segmentos da sociedade civil interessados na área edu- ducacaoMG) *O canal Minas Saúde foi retirado do ar em 2014

162 Relatório de Gestão - ACS Boas Práticas

Superintendência Escola Estadual Tema Municípios Regional de Ensino

1 Pedro II Educação física diferente Belo Horizonte Metropolitana A 2 Margarida Brochado Pão e poesia Belo Horizonte Metropolitana B 3 Duque de Caxias Grande espetáculo da leitura Belo Horizonte Metropolitana B 4 Padre João Botelho Música na escola Belo Horizonte Metropolitana B 5 Doutor José do Patrocínio Projeto abrindo espaços Belo Horizonte Metropolitana B 6 Manoel Antônio de Souza Projeto de iniciação científica Azurita ( Matheus Leme) Metropolitana B 7 Centro Estadual de Educação Continuada - Arte no Cesec Maria Vieira Barbosa Belo Horizonte Metropolitana C Cesec Maria Vieira Barbosa 8 Raul Teixeira da Costa Sobrinho Eu no meio Santa Luzia Metropolitana C 9 Dona Francisca Josina Projeto incluir Serra do Cipó Metropolitana C 10 Menino Jesus de Praga Projeto xadrez na escola Belo Horizonte Metropolitana C Escola Estadual Leônidas Marques Afonso 11 Intercâmbio cultural BH-JABÓ Belo Horizonte/ Metropolitana C Escola Municipal Agenor Alves de Carvalho 12 Chiquinho de Paiva Filtro biológico Barbacena 13 Dona Leonina Nunes Maciel Doadores do futuro Cruzília Caxambu 14 Coronel Alcides Dutra Um plano para salvar o planeta Conselheiro Lafaiete 15 Monsenhor Francisco Miguel Fernandes Cintura fina Conselheiro Lafaiete 16 João Cotta de Figueiredo Barcelos Projeto: “Que bom ler - recital itinerante” Timóteo Coronel Fabriciano 17 Dona Judith Gonçalves Grupo Catavento de Teatro e Pesquisa Itaúna Divinópolis 18 Inocêncio Amorim Tempo Integral – escola além dos muros Cláudio Divinópolis 19 Doutor José Maria Lobato Esporte para solucionar conflitos Oliveira Divinópolis Projeto conhecendo o lixo - Reinventando o Ensino 20 Odilon Behrens Médio – área de empregabilidade “Meio ambiente e Guanhães Guanhães recurso naturais” 21 Professor Gabriel Archanjo de Mendonça Redescobrindo a Matemática (projeto Domo Geo- São João Juiz de Fora (Polivalente) désico) 22 Professor Botelho Reis Música no Conservatório Leopoldina Leopoldina Mostra Simonesiense de Trabalhos Científi- Mostra Simonesiense de Trabalhos Científicos de Si- 23 cos de Simonésia (MOSIT) - escolas públicas monésia (MOSIT) Simonésia Manhuaçu da região de Manhuaçu 24 Coronel João Ferreira Nem tudo é lixo Pará de Minas Pará de Minas 25 Centro Estadual de Educação Continuada - Projeto sociedade consciente planeta limpo Bom Despacho Pará de Minas Cesec Professora Zaíra Batista Teixeira 26 Kubitschek de Oliveira Plantando para o futuro: recuperando a nascente Paracatu 27 Inácio Passos Coral de surdos São João Del Rey São João Del Rey 28 Afonso Pena Júnior Projeto de robótica São Tiago São João Del Rey 29 Mestre Candinho Causos e Casos Sete Lagoas 30 Terezinha Pereira/Professor Cícero Torres Trilha do ouro, prata e bronze da Olimpíada Brasilei- Dores do Turvo/ Senador Ubá Galindo ra de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) Firmino 31 Casimiro Silva Saúde em Foco Boa Esperança Varginha

Tabela 1: Boas Práticas produzidas e veiculadas

Relatório de Gestão - ACS 163 Case de sucesso - Boas Práticas O grupo conseguiu reverter a devastação da vegetação nativa, além da erosão e desgaste do solo, devido ao Projeto: ‘Plantando para o futuro: pisoteio do gado, com iniciativas simples, como o cer- recuperando a nascente’ camento da área e replantio de mudas doadas pelo Ins- Escola Estadual Presidente Juscelino tituto Estadual de Florestas (IEF), parceiro da iniciativa. Kubitschek de Oliveira – SRE de Varginha

Alunos e professores da Escola Estadual Presidente Jus- Além de cuidar da preservação da nascente, os alunos celino Kubitschek de Oliveira, no município de Vazante, da escola ministram palestras a grupos de escolas e região Noroeste de Minas, com apoio da comunidade, universidades da região que os visitam. A partir des- conseguiram vencer um desafio: recuperar uma nascen- sa experiência, os estudantes expandiram as ações de te. Em 2006, a escola iniciou com os alunos do ensino preservação e já iniciaram a recuperação de uma nova médio o projeto ‘Plantando para o futuro: recuperando a nascente. nascente’; foi a partir dessa iniciativa, encabeçada pelo Programa Roda de Conversa professor de Química, Ângelo Gomes de Melo, e a pro- fessora de Biologia, Marli Rodrigues da Fonseca, que os alunos começaram a recuperação da primeira nascente num projeto que tem contribuído para a consciência so- cioambiental da cidade.

Programa de televisão, criado em 2012, que debate te- mas do cotidiano escolar sob a perspectiva pedagógica, além de mostrar ações e projetos da Educação em Mi-

164 Relatório de Gestão - ACS nas Gerais. O programa é uma iniciativa de capacitação e de informação, O programa Roda de Conversa existe simultaneamente. A partir da modalidade de debate televisivo, busca em em duas modalidades: suas edições ofertar aos profissionais da educação oportunidades para a reflexão sobre temas diversos como alfabetização, ensino médio, ética e pro- Em estúdio jeto político-pedagógico, entre outros. Ao mesmo tempo, os conteúdos são usados na formação e capacitação, pois assisti-los é tratado pela Escola de A gravação acontece em estúdio, Formação e Desenvolvimento Profissional dos Educadores de Minas Gerais com a participação de três espe- – Magistra como uma ação de treinamento. Nas escolas, os próprios profis- cialistas convidados e a mediação sionais são certificados pela Magistra quando comprovam que assistem aos de um jornalista. Para fomentar o debates acompanhando as edições do Roda de Conversa. debate, são exibidas matérias jor- nalísticas, produzidas em escolas da rede estadual de educação, abordando o tema em foco. O pro- grama é divido em três blocos, com duração, em média, de 52 minutos, além dos intervalos, onde são inse- ridos vídeos da série Boas Práticas.

Na escola

A gravação, no formato “ao vivo”, aconteceu na Escola Estadual Visconde Rio das Velhas, em Matozinhos, selecio- nada com apoio da Superintendência Regional de Ensino de Sete Lagoas. Foram gravados dois programas, com a Roda de Conversa gravado na Magistra Temporada 2014 participação de seis especialistas convi- dados, três por programa, e mediação Os direitos autorais de todos os programas produzidos pertencem à Se- de um jornalista e ainda participação cretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) e são veicu- da plateia, formada pela comunidade lados a critério da mesma, podendo ser: postados em sites, blogs, redes escolar, que estimulou o debate por sociais, bem como veiculados em emissoras de televisão, públicas ou pri- meio da interação. Um bate-papo so- vadas, em canal aberto ou por cabo. bre escola, juventude, drogas, violên- Atualmente os programas estão disponíveis: cia, bullying, protagonismo juvenil, • Canal do You Tube da SEE/MG - www.youtube.com/user/SecretariaEducacaoMG desafios e estratégias do professor e • Canal do You Tube da Magistra - www.youtube.com/user/magistraseemg da escola para se renovarem, se reor- • Site do Centro de Referência Virtual do Professor - www.crv.mg.gov.br. ganizarem e se reinventarem.

Relatório de Gestão - ACS 165 Roda de Conversa Tema Ano 1 Avaliação Externa 2012 2 Ensino Médio e Juventude 2012 3 Escola, Família e Comunidade 2012 4 Formação de Professores 2012 5 Organização do Ensino e as Práticas Pedagógicas em Sala de Aula 2012 6 Projeto Político Pedagógico 2012 7 Alfabetização na Educação Básica 2013 8 Os desafios de educação de Jovens e Adultos 2013 9 Direito à Educação na Diversidade 2013 10 Espaços Não Formais de Conhecimento - A Escola Além da Escola 2013 11 Especial Dia do Professor 2013 12 Escola e a formação de hábitos alimentares saudáveis 2013 13 Ética e valores nas relações Educativas 2013 14 Família e Escola Integradas Para a Aprendizagem 2013 15 História da Cultura Afro-Brasileira na Educação Básica 2013 16 A Influência da Arquitetura no Processo de Aprendizagem 2013 17 O lugar da Arte na Formação de Crianças e Jovens 2013 18 Mídia como espaço de formação escolar: 1 ano de Roda de Conversa 2013 19 O Pedagógico na Gestão Escolar 2013 20 Roda de Conversa na escola – Matozinhos I 2013 21 Roda de Conversa na escola – Matozinhos II 2013 22 Saúde na Escola – Convivendo com os Transtornos Psíquicos 2013 23 Sequência Didática 2013 24 O Uso Pedagógico das Tecnologias de Comunicação e Informação no Ambiente Escolar 2013 25 Violência escolar e suas formas de manifestação 2013 26 As novas tecnologias devem ser encaradas como inimigas ou aliadas na sala de aula 2014 27 Os desafios da escola de Tempo Integral no Brasil 2014 28 Vamos jogar a Gramática no lixo? 2014 29 A importância dos jogos e brincadeiras na educação básica 2014 30 Protagonismo e empreendedorismo: qual a alma do negócio para a educação? 2015 (veiculação em 03 de janeiro) 31 Sexualidades 2015 (veiculação em 10 de janeiro) Tabela 2: Rodas de Conversa veiculadas

166 Relatório de Gestão - ACS Plantão Enem respostas. Nele também estão hospedados todos os programas de 1h e os programetes de 2 minutos. Todo o material também O Plantão Enem, criado em 2011, integra um conjunto de está disponível em Libras (Língua Brasileira de Sinais). estratégias pedagógicas da Secretaria de Estado de Educa- Plantão Enem veiculados ção de Minas Gerais, cujo objetivo é auxiliar na preparação dos estudantes para as provas do Exame Nacional de En- Ano Programas Programetes sino Médio – Enem, representando mais uma opção para 2011 05 programas 36 programetes 2012 10 programas 36 programetes complementar a preparação para as provas. 2013 05 programas 15 programetes 2014 - não houve veiculação Atualmente os programas estão disponíveis: - Canal do You Tube da SEE/MG - www.youtube.com/user/Secreta- riaEducacaoMG; - Site do Plantão Enem - www.plantaoenem.com.br PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

Merece destaque, ainda, a parceria que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, por meio da Assessoria de Co- municação Social, firmou com o Portal da EBC. O conteúdo pro- duzido sobre pela ACS associado ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é disponibilizado, de forma gratuita, para o Portal Com produções em audiovisual, permite o aprofundamento da EBC. Por sua vez, na veiculação dos conteúdos escolhidos, de estudos nos conhecimentos exigidos pelo exame e ofe- a equipe da EBC assegura, de forma correta, o crédito para a rece metodologia dinâmica e acessível com suporte das tec- Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. nologias de informação e comunicação. E para finalizar, cabe o registro de que no dia 5 de janeiro de O Plantão Enem acontece de três formas: a primeira é atra- 2015 deverá se dar a migração do site Plantão Enem, que foi vés de um programa ao vivo, com duração de 1h. Conta desenvolvido em parceria com a Associação de Desenvolvi- com a participação de três professores-especialistas que mento da Radiodifusão de Minas Gerais (ADTV) em razão de dialogam e comentam questões das provas de maneira in- a mesma ter sido responsável pela produção de conteúdos au- terdisciplinar. Possibilita a interação com o público e con- diovisuais de 2011 a 2013 (ver Temporada 2015). templa programas ao vivo e dicas de estudos. O atual domínio, administrado pela ADTV, é www.plantaoe- A segunda forma é por meio de dicas de estudos chamadas ‘pílu- nem.com.br, e está off line. Entendimentos entre a secretária de las’ ou ‘drops’. Trata-se de programetes em formato audiovisual de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e o diretor da Associa- 2 minutos, com dicas e conteúdos da atualidade. ção, Paulo César Marques, já foram feitos para que se proceda a migração de todo o conteúdo e do “domínio do site Plantão A terceira forma é a mais complexa. O site do Plantão Enem, Enem, sem nenhum ônus financeiro, para a Secretaria de Esta- vinculado às redes sociais (facebook, twitter, youtube e sli- do da Educação, por entender que esta é a melhor maneira de deshare), é ponto de encontro da interação, com perguntas e garantir a continuidade desta política pública”. Relatório de Gestão - ACS 167 Temporada 2015 Primeira quinzena de dezembro de 2014 Entrega de mais dois programas prontos (04 e 05); Até novembro de 2013, as produções em áudio e vídeo Primeira quinzena de abril de 2015(1) Entrega de mais dois programas prontos (06 e 07); desenvolvidas pela Assessoria de Comunicação Social da Primeira quinzena de maio de 2015(1) Entrega de mais dois programas Secretaria de Estado de Educação contavam com a par- prontos (08 e 09); ceria da Associação de Desenvolvimento da Radiodifusão Primeira quinzena de junho de 2015(1) Entrega do último programa pronto (10). de Minas Gerais (ADTV), associação civil sem fins lucra- tivos, qualificada como Organização da Sociedade Civil Cronograma da Série Boas Práticas de Interesse Público (OSCIP). Era por meio do núcleo de Segunda quinzena de novembro de 2014 Entrega dos 05 (cinco) primeiros pro- gramas prontos (01, 02, 03, 04, 05); produção da ADTV que eram produzidos os programas e Segunda quinzena de abril de 2015(2) Entrega de mais 05 (cinco) programas “programetes” que, posteriormente, eram inseridos na prontos (06, 07, 08, 09, 10); grade de veiculação da Rede Minas de Televisão e tam- Segunda quinzena de junho de 2015(2) Entrega dos últimos 05 (cinco) programas prontos (11, 12, 13, 14, 15). bém ao Canal Minas Saúde, até este canal de TV (circuito fechado) ter suas atividades suspensas. Cronograma do Plantão ENEM(3) (programa) Entrega até o dia 16/09/2015 Entrega do primeiro programa (01); Em novembro de 2013, o contrato com a ADTV encer- Entrega até o dia 23/09/2015 Entrega do segundo programa (02); Entrega até o dia 30/09/2015 Entrega do terceiro programa (03); rou-se e um novo processo de contratação (por pregão Entrega até o dia 07/10/2015 Entrega do quarto programa (04); eletrônico) foi iniciado e finalizado. Venceu esta licitação, Entrega até o dia 14/10/2015 Entrega do quinto programa (05). concluída após o período eleitoral, a empresa D2RStú- Cronograma do Plantão ENEM(3): Drops na TV (pílulas) dios. As atividades com a nova parceira foram iniciadas Primeira quinzena de julho de 2015 Entrega dos 05 (cinco) primeiros Drops prontos e foram entregues seis programas Roda de Conversa e Segunda quinzena de julho de 2015 Entrega de mais 05 (cinco) Drops prontos; quatro “programetes” da série Boas Práticas. Primeira quinzena de agosto de 2015 Entrega dos últimos 05 (cinco) Drops prontos.

O contrato com esta empresa é valido por 12 meses, po- (1). A gravação dos programas tem interface direta com o calendário escolar. Ou seja, é dendo ser ainda prorrogável por igual período e já existe necessário que tenhamos escolas abertas, em funcionamento normal, para que a equipe de produção responsável pelo programa Roda de Conversa tenha condições de gravar um cronograma físico-financeiro para a entrega de mais imagens, colher depoimentos e informações dentro das unidades escolares da rede es- quatro Rodas de Conversa, seis Boas Práticas e do pro- tadual de ensino. Lembremos que na execução deste programa existe a necessidade de jeto Plantão Enem. A existência deste instrumento legal, “gravação com equipe externa de matérias em Belo Horizonte e região metropolitana”. (2). A gravação da Série Boas Práticas está integralmente associada ao calendário escolar. em vigor, é fundamental para assegurar a continuidade Ou seja, é necessário que tenhamos escolas abertas, em funcionamento normal, para que dessas ações de comunicação. a equipe de produção responsável pela Série Boas Práticas tenha condições de gravar ima- gens, colher depoimentos e informações dentro das unidades escolares da rede estadual Programas “Boas Práticas”, Roda de Conversa e Plantão de ensino. Lembremos que a realização dessa série de programas está condicionada à re- alização de projetos desenvolvidos dentro do ambiente escolar. (3). A produção e a veicu- Enem em processo de produção 2014/2015: Segunda lação de conteúdo relacionado ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem estar quinzena de novembro de 2014 - entrega dos cinco pri- em sintonia com o calendário do exame. Nos últimos três anos, os exames do Enem foram meiros programas; aplicados em outubro e novembro (Enem 2011, aplicado nos dias 22 e 23 de outubro; Enem 2012, aplicado nos dias 03 e 04 de novembro; e Enem 2013, aplicado nos dias 26 e VII - DO CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO 27 de outubro). Em 2014, o Enem será aplicado nos dias 08 e 09 de novembro. A data de produção dos programas também deve ser observada para que os conteúdos veiculados Cronograma Programa Roda de Conversa estejam de acordo com o conteúdo programático do Enem. Sendo assim, recomendamos que a produção dos programas e pílulas se dê nas datas indicadas e que a veiculação do Segunda quinzena de novembro de 2014 Entrega dos três primeiros programas prontos (01, 02 e 03); conteúdo comece a se dar imediatamente após a entrega e a aprovação dos mesmos.

168 Relatório de Gestão - ACS 6. Redes Sociais Coordenador: Guilherme Brasil Equipe: Pâmela Guimarães da Silva

Objetivos Trabalho com Redes Sociais

Criado em 2012, o núcleo tem como objetivo diminuir a dis- Facebook: O perfil da Secretaria de Educação no Facebook tância entre Estado e sociedade, favorecendo e estimulando busca criar um canal de interação e também de divulgação de a transparência das ações adotadas pelo Governo de Minas. notícias e serviços de interesse público. Atualmente a página Estamos nas redes para trazer informações sobre tudo que possui mais de 100.000 likes e, exceto nos períodos atípicos, o Governo de Minas tem feito para melhorar a educação no são feitas atualizações entre 10 e 14 postagens diárias. Estado. É também nosso objetivo manter nossos fans/segui- dores por dentro do que acontece no universo educacional A moderação da página, em relação aos comentários, acontece brasileiro. O perfil da Secretaria de Educação noFacebook conforme o nosso termo de uso, disponível em: http://migre.me/ conta com mais de 103.000 likes (curtidas), sendo a página dmTPL . A saber: “Em respeito às leis do país e aos internautas, a com mais likes dentre os perfis das secretarias de estado de página da Secretaria de Estado de Educação no Facebook informa Minas Gerais. No Twiiter, o perfil da Secretaria contava com que aqui não serão aceitos comentários que contenham manifesta- 1738 seguidores e uma média de 10 tweets diários até 21 ção de racismo, homofobia e outros preconceitos, bem como veicu- julho de 2014, quando o perfil foi excluído atendendo as lação de calúnia, difamação e injúria. Palavrões, grosserias e ataques orientações do TSE, em razão do período eleitoral (período pessoais também não serão aceitos, assim como o uso da área de de 21 de julho a 13 de agosto). Já o canal no Yotube, que comentários para difusão de assuntos não pertinentes ao tema do conta com 149 vídeos, apresenta 162.683 visualizações. post e de propaganda político-partidária”.

Relatório de Gestão - ACS 169 O Facebook é um canal de interação complementar/ Youtube adicional; ele não tem por objetivo substituir os canais O canal oficial da secretaria de Estado de Educação de Mi- oficiais, como o site, o Fale Conosco da Secretaria e o nas Gerais (SEE) no Youtube faz parte da iniciativa de criar Disque Educação (0800 9701212). canais de interação com o público. De forma complementar, o canal permite que seja mantido um arquivo digital dos Case de sucesso: Diário de Bordo vídeos feitos na e para a SEE, ações do Governo que envol- vam a Secretaria, entre outros. Um case de sucesso de nossa fanpage foi o ”Diário de Bor- do”, desenvolvido a partir do programa ”Jovens Mineiros Para uniformizar os resultados de busca aos vídeos solici- Cidadãos do Mundo - Edição Reinventando o Ensino Mé- tados pelos usuários, foi criado um grupo estratégico de dio”. Fizemos a cobertura de uma viagem de imersão na tags que compõe a descrição dos vídeos. língua inglesa de 22 estudantes e 2 professores do Ensino Médio da rede estadual mineira, em Vancouver. A viagem Tags utilizadas: Governo do Estado de Minas Gerais, Go- durou aproximadamente um mês (22/07/13 a 16/08/13). A verno de Minas Gerais, Governo de Minas, Minas Gerais, iniciativa, pioneira na rede estadual, foi uma parceria entre Resultado, Eficiência, Gestão, Eficácia, Administração Pú- o Governo de Minas e o Governo do Canadá, por meio do blica, Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, Escritório Comercial do Canadá em Belo Horizonte. Secretaria de Educação de Minas Gerais, Secretaria de Edu- cação de Minas, Secretaria de Educação de MG, Secretaria Os posts eram feitos a partir das contribuições dos pró- de Educação, Educação em Minas Gerais, Programa Roda prios alunos, que enviavam depoimentos e fotos, como de Conversa, Boas Práticas na Educação. previamente acordado. Criado em: 26/01/2012, o canal conta com: • Vídeos: 149 • Total de visualizações: 162.683 • 415 subscrições.

O canal divide-se nas seguintes seções: • Universalização Do Reinventando O Ensino Médio Reproduzir • Programa Roda De Conversa • Boas Práticas na Educação • Institucional • Dia D

170 Relatório de Gestão - ACS