Revista Warpzone Especial Nº 3-A - É Uma Publicação E Marca Registrada Da Warpzone Editora
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Revista WarpZone Especial nº 3-A - É uma publicação e marca registrada da WarpZone Editora Edição e Direção: Rita Braz Chiata • Revisão: Sara Carolina Barbosa e Tatiane Corelli • Montagem de Capa e Diagramação: Priscila Silva • Redação: Beatrice Iank, Cristina Simões, Samantha Thiesen, Soraia Barbosa, Dandara Bueno, Vanessa Trojman, Bianca Freitas e Claudia Maria • Pôster: Viviane Scarabelo. você mapeia todos os segredos do jogo e consegue ano é 1988. Você, uma garotinha de 8 terminá-lo sem dar anos de idade, está super alegre importância ao fato de que ele porqueO acabou de ganhar um Phantom não é como os outros já experimentados no System com os jogos Ghostbusters, console. Você sabe que ele é diferente, mas Gauntlet, Super Pitfall e Crime Busters. não consegue explicar o porquê. Super Pitfall...Pitfall, o nome remete a ótimas memórias de suas versões para 30 anos depois, você já sabe que o game foi Atari 2600 e MSX (Pitfall II), e que você desenvolvido pela Micronics, que roda a 30 jogou muito entre os anos de 1983 e 1986. frames por segundo, que tem um péssimo Portanto, ele será o primeiro cartucho código de colisão e é cheio de bugs - como a ser jogado. todos os jogos desta empresa no NES. E, olhando para trás, entende que aquele Do topo de seus 8 anos, eufórica, você se momento “mágico” a tornou uma mulher deslumbra com o jogo. Pitfall Harry agora que aprecia essas nuances totalmente fora tem um revólver que pode matar os sapos de prumo dos jogos da Micronics. Não dá que guardam as escadarias. E mais, nosso pra presumir se a experiência de outros aventureiro também pode nadar! Como gamers foi a mesma, mas muitos aqui no esse jogo é divertido! Vão-se dois anos, Brasil tiveram seu primeiro contato com jogos feitos pela Micronics por meio do Super Pitfall em seu clone de NES, seja o Phantom, Dynavision, Turbo Game ou Top Game. A Micronics foi uma empresa de desenvolvimento de jogos third party situada em Chuo-ku, Osaka - Japão. Como muitas empresas terceirizadas de desenvolvimento da época, ela apenas creditava a produtora do jogo (Capcom, SNK, Taito, entre outras). Pouco se sabe sobre quem trabalhou para a empresa. 4 Pesquisas revelam os nomes de Masahiko Tsukada e Kazuo Yagi como pessoas ligadas à Micronics. Yagi foi o fundador e era o principal programador da empresa. Sabe-se que músicos profissionais como Tsugutoshi Goto, Kimio Nomura, Hisashi Matsushita e Mamoru Fujisawa (também conhecido como Joe Hisaishi) foram contratados para fazer a trilha sonora de alguns jogos da Micronics. Para o NES, a desenvolvedora programou os jogos 1942, Ghosts 'n Goblins, Athena, Ikari Warriors, Ikari Warriors 2, Elevator Action, Thundercade, Tiger Heli, Twin Cobra, além confinados no Japão: '89 Dennou Kyuusei do já mencionado Super Pitfall, que foram Uranai, Bloody Warriors: Shan-Go no lançados no ocidente, e também aqueles Gyakushuu, Daiku no Gen-san 2: Akage no que, para nossa infelicidade, ficaram Dan no Gyakushuu, Exed Exes, Geimos, Jongbou, Ninja-kun: Ashura no Shou, Onyanko Town, Outlanders, Son Son, Stick Hunter: Exciting Ice Hockey, Zoids: Chuuou Tairiku no Tatakai, Zoids 2: Zenebasu no Gyakushuu, entre outros. Eles também desenvolveram jogos para MSX 2, Mega Drive, PC Engine e SNES. Durante a geração dos 16 bits, aproximadamente a partir de 1993, eles passaram a ser chamados de Khaos. Pouco se sabe sobre o fim da Micronics/Khaos que, depois de desenvolver alguns poucos jogos para o SNES, sumiram do mapa. 5 Muitos de seus jogos são absolutamente odiados pela comunidade devido a esses Pode-se dizer que você sente na pele glitches e a sua péssima qualidade geral, quando está “apreciando” um jogo da entretanto a qualidade do código e dos jogos Micronics no NES. Suas características mais foram aumentando à medida em que o time de marcantes são: animação pouco fluída, desenvolvimento ganhava experiência. O port scrolling de tela nada suave, física estranha de Twin Cobra é bastante fiel ao arcade e, baseada em números inteiros em vez de apesar de pequenos problemas, é bastante reais, animações de pulo, queda e divertido e de qualidade decente. movimento bem quebradiços, código de colisão horrível e um som de Pause Um fato interessante na história da Micronics bem característico. no NES é que eles foram responsáveis pelo desenvolvimento de dois dos jogos Sem falar em bugs como: ser acertada por considerados entre os mais difíceis da inimigos invisíveis no Ghosts ‘n Goblins, cair plataforma: Ghosts ‘n Goblins e Ikari Warriors. das escadas no Super Pitfall, mesmo não tendo apertado o pulo ou mexido no Os bugs, a péssima resposta aos controles, a direcional, morrer no Ikari Warriors e animação travada e a lentidão certamente não renascer presa dentro de uma pedra, tendo contribuem, mas, em minha opinião, Ghosts ‘n que esperar o próprio jogo começar a Goblins não é tão difícil como falam. Basta um disparar mísseis em você até que perca a pouco de paciência e de prática para vencê-lo vida e volte em outra posição, entre sem usar continues. outras bizarrices. Já que citamos Ikari Warriors (suspiros...), sua versão original do arcade já era um “comedor de fichas” com dificuldade abusiva, no entanto havia apenas uma fase relativamente longa. 6 Amados (por poucos malucos como eu) ou Contudo, o “port” para o NES possuía 4 odiados, os jogos da Micronics deixaram sua estágios tão ou mais longos que o único do marca na vasta biblioteca de jogos do NES arcade, cheios de inimigos, glitches, pelas suas peculiaridades. Eles possuem slowdowns, flickerings e, para piorar, os charme e dificuldade próprios, que podem personagens Ralf e Clark andam de forma ser apreciados por quem gosta de coisas extremamente lenta no jogo - pelo menos exóticas e não se importa em ter que até você conseguir um power-up “SS” no empregar bastante tempo e esforço para meio do estágio 1 e não morrer dominar todos os bugs que tentam impedir depois disso. seu progresso. Game on, garotas! Além disso, se morrer sem pegar um power -up de coração, você acaba perdendo todos Beatrice Iank, curitibana, nascida em 1980. os que já conseguiu na aventura. O mesmo Joga videogames desde 1983, é fã de jogos acontece se o jogador passar de estágio e antigos, principalmente plataforma, arcade não ter pego um coração e não ter morrido. e beat'em ups. Ainda é entusiasta de jogos Só consigo lhe desejar boa sorte! Foram 2 de luta e grande fã do Zangief. anos praticando todos os dias para (Twitter: @BeaIank) conseguir domar essa fera! 7 eu primeiro console, que ganhei aos M 12 anos, foi um Master System de segunda mão. Nele, além de Vale lembrar que conhecer o mundo Phantasy Star tem dos jogos, ou pelo 2 jogos além de sua menos me iniciar série canônica. A nele, conheci uma saga foi saga que me lançada para acompanharia dos outros 13 anos até hoje: consoles e PHANTASY STAR! com versões Primeiro RPG que diferentes, tanto joguei sem saber em relação aos direito o que isso personagens quanto aos significava, foi paixão locais, mas mantendo à primeira vista. sempre a temática da Destaque para o fato defesa de um sistema de de que na época era planetas de forças novidade um jogo malignas. possuir “bateria para backup”, ou Phantasy Star começa melhor: para cinco na cidade de Camineet, (!) backups no Planeta Palma, um diferentes, além, é dos três planetas do claro, do primeiro sistema solar de protagonista do Algol. Nero, irmão da sexo feminino que conheci. 8 protagonista Alis, morre lutando contra as forças malignas do déspota Lassic, que, em troca da imortalidade, compactua com forças sombrias. Para vingar a morte do irmão e libertar Algol das forças malignas, Alis e seu aliado, o guerreiro Odin, lutam contra Lassic. Durante sua jornada, ela encontrará mais 2 amigos: Myau, um gato “fantástico”, e Noah, ou Lutz (nome que varia a cada país), além de mapas para os intermináveis labirintos. Estive perto de zerar o jogo, porém a Fox, Alex Kidd (todas as versões, em locadora onde eu alugava minhas fitas especial Miracle World e The Lost Stars), fechou (snif !) e não encontrei outra Sonic, Choplifter, Hang-On, Out Run e, claro, próxima. O meu amado Master System Phantasy Star. E foi nesta busca que veio a descansou durante longos 10 anos até ser surpresa: por não ter um console Mega doado para um primo. Drive, eu desconhecia a saga completa (Phantasy Star 2, 3 e 4 só foram lançados para Mega Drive). E agora, com o emulador em mãos, finalmente iria jogá-los. O tempo foi passando e a saudade de um game 8 bits aumentou. Estávamos no ano de 2007, quando ganhei meu primeiro Atenção, SPOILERS sobre os jogos! computador e descobri um vício incontrolável: e-m-u-l-a-d-o-r-e-s! Não O primeiro a ser “descoberto” foi Phantasy deu outra: de cara já foi o Kega, emulador Star 2, e nesta versão a história muda um de Master System, Mega Drive e Game pouco: ao invés de Palma, o planeta na qual Gear. E dá-lhe downloads e “w get” nos a aventura se inicia é Motávia - o planeta de sites de roms... Pude relembrar todos os games que marcaram minha vida: Psycho 9 areia, que foi completamente convertido de Embora haja 8 personagens diferentes para seco e árido para totalmente fértil graças ao jogar, é permitido usar somente quatro trabalho de Cérebro-Mãe no controle da deles. Você não verá mais Palma... Ele é irrigação e demais fatores climáticos e que, destruído numa explosão no enredo do jogo. no final, acabará sendo um problema… Outro detalhe são os labirintos: se você os Já se passaram 1.000 anos depois que Alis odiou em Phantasy Star 1, aqui você libertou Algol das garras do tirano Lassic.