ANÁLISE DA EDITORIA FATO OU FAKE DO SITE G1 Aline Pereira Barnabé1 Heitor Ferrari Marback2

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ANÁLISE DA EDITORIA FATO OU FAKE DO SITE G1 Aline Pereira Barnabé1 Heitor Ferrari Marback2 ANÁLISE DA EDITORIA FATO OU FAKE DO SITE G1 Aline Pereira Barnabé1 Heitor Ferrari Marback2 Resumo: Este artigo procura mostrar o papel da imprensa no combate aos Fake News e de que forma o site de notícias G1 está realizando ações no esforço de informar o leitor sobre a veracidade do que está sendo compartilhado na internet. O uso da internet e das redes sociais já está consolidado e é utilizado de forma massiva pela população. A pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos, em outubro de 2018, confirma o sinal de alerta sobre a necessidade de impedir o crescimento das falsas informações, pois 62% da população brasileira acredita em Fake News. O compartilhamento indiscriminado, sem a preocupação com a checagem dos fatos, se apresenta como um desserviço à sociedade, sendo o combate uma responsabilidade de todos. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar a coluna Fato ou Fake, do portal G1, levando em consideração o período de campanha eleitoral presidencial de 2018 no Brasil. A partir das classificações das notícias feitas pelo veículo de comunicação em questão como verdadeiras, falsas e “não é bem assim”, foram apresentados resultados conclusivos que apontam para a importância do estudo desse tema, para a formação da opinião, assim como para o futuro do jornalismo e da disseminação das notícias a partir do uso da internet. Palavras-chave: Fake News, notícias, internet, jornalismo, campanha eleitoral INTRODUÇÃO O poder da informação, por muito tempo, era exclusividade dos grandes veículos de comunicação de massa, como os jornais impressos, emissoras de rádio e de televisão. No entanto, com a democratização do acesso à internet, e com as facilidades no uso das redes sociais, a forma como a sociedade tem lidado com a informação passou por alterações. Este artigo tem como tema central as Fake News (notícias falsas), e será mostrado de que forma o portal de notícias G1 agiu para identificar os conteúdos, principalmente no momento que antecede o período eleitoral. De acordo com dados da ferramenta Google Trends, a expressão Fake News passou a ser mais buscada na internet a partir de outubro de 2016, com a campanha presidencial nos Estados Unidos da América. O jornalista britânico Matthew D’Ancona, estudioso sobre a utilização do termo, explica que a desinformação é solo fértil para a era da pós-verdade, pois o propósito é semear a dúvida. O ambiente onde as mentiras ou a pós-verdade mais ganhou força e amplitude foi o virtual, principalmente com as redes sociais. Ainda de acordo com o jornalista, “a 1 Pós-graduanda em mídias sociais pelo Centro Universitário Jorge Amado. E-mail: [email protected] 2 Professor do Centro Universitário Jorge Amado. E-mail: [email protected] web é o vetor definitivo da pós-verdade, exatamente porque é indiferente à mentira, à honestidade e à diferença entre os dois” (D’Ancona, 2017, p.55). A Internet passou a ser terreno propício para isso. De acordo com a pesquisa Internet Growth Accelerates, But Facebook Ad Engagement Tumbles promovida pela agência We Are Social, sobre o uso da internet e das redes sociais no mundo, divulgada em janeiro de 2018, o número de pessoas com acesso à rede no Brasil é de 139.1 milhões, o que corresponde a 66% da população. A pesquisa também levantou informações sobre o tempo dedicado à navegação em qualquer plataforma. O brasileiro ocupa a terceira colocação no tempo dedicado, chegando a 9h14 minutos diariamente. Perde apenas para os tailandeses e os filipinos. Deste tempo, cerca de 3h39 minutos são de utilização das redes sociais. Em maio de 2018, o País passou por uma crise no abastecimento de combustível por causa da paralisação dos caminhoneiros autônomos. Os caminhoneiros estavam descentralizados e utilizando o aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp como ferramenta de comunicação e divulgação das informações, com isso a circulação de informações sobre a situação foi propagada com muito mais força e agilidade. Na edição do jornal Folha de São Paulo, do dia 27 de maio, uma das lideranças da greve em Goiás, afirmou em entrevista que sem o WhatsApp e a internet eles teriam perdido a mobilização. A circulação de informações inverídicas sobre vacinas de doenças já controladas como o sarampo e a poliomielite apresentou um perigo à sociedade nos últimos meses de 2018. A Revista Veja, na edição do dia 11 de julho de 2018, em sua matéria de capa, intitulada Fake News que matam, relata o desserviço que a divulgação de conteúdos falsos ou não comprovados presta à população. Só no Facebook, em uma rápida busca, é possível identificar alguns grupos fechados que disseminam informações contrárias à vacinação, a exemplo, ‘Vacina Rota Vírus Pode Matar! Cuidado com a interpretação dos sintomas’, com mais de 600 membros, ‘O lado obscuro das vacinas’, com mais de 11 mil membros e ‘Vacinas: o maior crime da história’, com aproximadamente 800 membros. Como uma forma de minimizar os impactos destas informações no Brasil, o Ministério da Saúde divulgou um canal de comunicação com o cidadão para que dúvidas sobre assuntos dessa área possam ser esclarecidos. A partir deste cenário foi observado o movimento realizado por alguns veículos de imprensa para colaborar com a checagem das informações transmitidas na internet. Desta forma, a escolha para análise se deu pela Editoria Fato ou Fake, do site G1, que faz parte do Grupo Globo, pelo movimento de ter lançado o serviço em um período pré- eleitoral. A seção foi criada como serviço de checagem de conteúdos suspeitos por jornalistas do G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo. A editoria foi analisada de forma quantitativa, por 60 dias, de 30 de julho, data de lançamento da seção, até 28 de setembro de 2018. Foi identificado o percentual de informações falsas neste período, o percentual das que são políticas e quais candidatos à Presidência da República possuem mais informações fakes relacionadas, e se a editoria de política é o maior alvo de informações inverídicas de forma geral. Devido ao período que antecedeu a eleição, também foi aproveitada a análise feita pelo G1 do conteúdo de algumas frases dos principais candidatos à presidência, ditas nos debates e nas entrevistas. Foi possível constatar quais divulgaram mais informações fakes nos seus discursos. O JORNALISMO E OS FATOS A essência do jornalismo é a notícia. Faz parte da premissa do jornalista a divulgação dos fatos, teoricamente sem agregar juízo de valor. A situação, como apresenta Schudson (2010), se deu a partir do século XIX com a implantação dos Penny Press. O jornalismo passou a ser mais independente a partir da democratização da informação e ampliação do alcance dos impressos, quebrando um ciclo que priorizava a cobertura político partidária. Segundo Nelson Traquina (2018) existe um duplo papel do jornalismo que consiste na vigilância do poder político e na proteção ao cidadão e, também, mostra aos cidadãos as informações necessárias para o desempenho cívico. Desta forma, o novo jornalismo, conforme descreve Traquina, dialoga com Schudson sobre a necessidade dos jornais servirem os leitores, e não os políticos, levar informações úteis e interessantes aos cidadãos, em vez de argumentos tendenciosos em nome de interesses partidários (TRAQUINA, 2018, p.50). Com toda a efervescência de ideias que nasceram no século XIX como o Positivismo e o Marxismo, por exemplo, os meios de comunicação tiveram que adequar o conteúdo, uma vez que os leitores não queriam mais a imposição dos fatos que eram ditados pelas religiões. No livro Teorias do Jornalismo (2018), Traquina cita o sociólogo norte-americano Michael Schudson, que diz: O mundo cansou-se de pregadores e sermões. Hoje o mundo pede fatos. Está cansada de fadas e anjos, pede carne e sangue. Duas das palavras- chaves eram a palavra ‘observar’ e a palavra ‘lente’. Estas palavras exprimiam bem o sentimento do quão realistas a notícia do jornal, o artigo da revista, e mesmo o romance, podiam ser, deveriam ser, fotograficamente fiéis à vida real (TRAQUINA apud Schudson, 1978, p.53). A internet modificou o processo de produção e consumo de notícias, desde a celeridade na apuração, divulgação, até o acesso delas através do mobile. Com isso os meios de comunicação precisaram rever e atender essa demanda observando a diversidade. Essa mudança ao longo do tempo fez com que os sites se especializassem em assuntos específicos e os portais, com diversas seções e categorias, quase que não são mais buscados pelos internautas. A autora Pollyana Ferrari, no livro Jornalismo Digital (2008), levanta um questionamento sobre a aquisição de conhecimento do leitor digital e o chama de pseudoconhecimento. Além disso, ela utiliza o pensador francês Pierry Lévy para afirmar que: quanto mais informações, mais equivocados ficam os leitores. Criamos uma sociedade com uma consciência sem história, sem passado, voltada para a atemporalidade da ‘inteligência artificial’. Vivemos a sociedade da informação que não informa, apenas absorve grandes quantidades de dados” (FERRARI, 2003, p.21). Pierre Lévy foi contemporâneo com o momento atual onde existe um boom de informações. Temos uma facilidade na aquisição de conteúdo, mas não sabemos o que fazer com isso. As notícias falsas colaboram para o caos das incertezas. Agem nas verdades que queremos ter contato. A pesquisa Global Advisor: Fake News, Filter Bubbles, Post-Truth and Truth" realizada pelo Instituto Ipsos apontou que os brasileiros são os que mais acreditam em Fake News. Dos 27 países pesquisados o Brasil se destaca (com 62%). Na sequência estão os árabes e sul-coreanos (ambos com 58%), peruanos e espanhóis (57%), chineses (56%) e, em quinto lugar, suecos, indianos e poloneses (55%). A pesquisa foi feita com 19,2 mil entrevistados, entre os dias 22 de junho e 6 de julho e publicado em 2 de outubro de 2018.
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