A Imagem Da Música No Espaço Público Em Ponta Grossa (Pr) De 2010 a 2014: Implicações Geográficas Do Fotojornalismo Cultural
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA DOUTORADO EM GEOGRAFIA RAFAEL SCHOENHERR A IMAGEM DA MÚSICA NO ESPAÇO PÚBLICO EM PONTA GROSSA (PR) DE 2010 A 2014: IMPLICAÇÕES GEOGRÁFICAS DO FOTOJORNALISMO CULTURAL PONTA GROSSA 2017 RAFAEL SCHOENHERR A IMAGEM DA MÚSICA NO ESPAÇO PÚBLICO EM PONTA GROSSA (PR) DE 2010 A 2014: IMPLICAÇÕES GEOGRÁFICAS DO FOTOJORNALISMO CULTURAL Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em Geografia na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-Graduação em Geografia, curso de Doutorado em Geografia Orientador: Prof. Dr. Leonel Brizolla Monastirsky PONTA GROSSA 2017 Dedicado aos músicos e fotógrafos de Ponta Grossa. Ao amigo Victor Emanoel Folquening (in memorian). AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), aos docentes e colegas discentes, pela acolhida e qualidade das reflexões. Aos programas de pós-graduação em Geografia e Sociologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por permitir relevante formação complementar necessária a esta pesquisa. Ao Sindicado dos Docentes da UEPG (Sinduepg), por garantir dedicação exclusiva (Tide) aos professores temporários – e pelo aprendizado na luta! Aos três parceiros de vida universitária que foram fundamentais para se levar esta ideia ao Doutorado em Geografia: Sérgio Luiz Gadini (que incentivou, mais uma vez, a escrita de um projeto de pesquisa); Alnary Nunes Rocha Filho (in memorian); e Leonel Brizolla Monastirsky, defensor e conhecedor sensível do patrimônio cultural local (que inclui a universidade pública), fiel militante das trajetórias interdisciplinares e solidário a este modesto esforço de um pretendente a ‘jornalista-geógrafo da cultura’. Aos professores doutores Almir Nabozny e Karina Janz Woitowicz, pela leitura compreensiva, crítica e cuidadosa no momento de qualificação desta tese; e também pelas interlocuções no campo cultural, extensionista e universitário. Ao quadro docente do curso de Jornalismo da UEPG, onde pude reencontrar na condição de professor colaborador: meus antigos mestres, agora colegas de trabalho; novas interlocuções qualificadas, inclusive em outros cursos e universidades; ex-alunos alçados ao mundo da docência; e companheiros dos ‘ventos aos movimentos’ culturais. De modo sucinto, gostaria de citar algumas dessas parcerias oportunizadas pelo Departamento de Jornalismo: Marcelo Bronosky, Cintia Xavier, Paula Melani Rocha, Manoel Moabis, Ben-Hur Demeneck, Felipe Pontes, Hebe Gonçalves, Maria Lucia Becker, Sérgio Gadini, Karina janz, Márcia Boroski, Gabriel Carven, Kevin Kossar, Maura Martins e Patricia Câmera. Ao projeto Lente Quente, estudantes, professores e fotógrafos envolvidos em levar essa ideia adiante. Destaco o incentivo e a permissão para adentrar na fotografia concedidos por dois mestres que apadrinharam a iniciativa: Henry Milléo e Rodrigo Czekalski. Respeito em grande escala. Grato também aos bolsistas que ajudaram a alinhavar algumas das ações que se convertem agora em pesquisa: Angelo Rocha, Luana Caroline Nascimento, Camila Gasparini, Kimberlly Safraide e Saori Honorato. Aos estudantes do curso de Jornalismo da UEPG, responsáveis por parte da angústia, da cumplicidade, da expectativa e da motivação expressa nesta pesquisa. Aos colegas do Conselho Municipal de Política Cultural de Ponta Grossa. A Gisele Barão da Silva, por tornar ‘tudo novo aos meus olhos velhos’. Conhecer é isto: cartografar a desordem. Se conhecer fosse cartografar a ordem, seria igual a andar em redor de si próprio: para trás, portanto. (Gonçalo Tavares) (...) toda proibição legal de um ato remete, em última instância, para uma proibição pública de aceder a certos espaços. Se eu te proíbo de fazer isto e aquilo, proíbo-te também de entrares no espaço onde poderás fazer isto ou aquilo. (Gonçalo Tavares) (...) fica faltando um mapa para a localização de mapas, mentira, não está faltando um mapa, é que não me lembro em que sítio guardei o mapa, fica faltando portanto um mapa para nortear o caminho em busca do mapa que localiza mapas. (Manoel Carlos Karam) Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em um cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. (Antonio Cícero) RESUMO Esta pesquisa problematiza as implicações geográficas do fotojornalismo cultural, tendo por recorte imagens de ocorrências ou situações de expressão musical no espaço público. Busca-se responder de que modo as fotografias inscrevem a música na paisagem cultural urbana por meio de análise do acervo online de fotos publicadas do projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), de 2010 a 2014. Acervos auxiliares e fotos referenciais são mobilizados para efeitos de compreensão sobre a diversidade de registros fotográficos utilizados na forma de representar a música e também suas continuidades ou similaridades. Entende-se que a visibilidade da música se estrutura na convergência entre a fotografia de rua, o documentarismo fotográfico da cidade, a ação jornalística de cobertura fotográfica de eventos em praça pública e ruas e na dimensão histórica do ofício de fotógrafos voltados ao registro da vida musical na cidade. Encontra-se na figura benjaminiana do flâneur, nas reverberações visuais da cidade e no expediente de mobilidade de fotógrafos no início do século XX uma chave para compreensão de variações no modo de se operar a captura da cena musical local no espaço público. Palavras-chave: Fotojornalismo. Música. Espaço público. Paisagem. Jornalismo Cultural. ASBTRACT This research problematizes the geographic implications of cultural photojournalism, taking pictures of occurrences or situations of musical expression in the public space. It seeks to answer how the photographs inscribe the music in the urban cultural landscape by analyzing the online collection of published photos of the Lente Quente extension project of the Journalism course of the Ponta Grossa State University (UEPG), from 2010 to 2014. Auxiliary collections and reference photos are mobilized for the purpose of understanding the diversity of photographic records used in the form of representing the music and also its continuities or similarities. It is understood that the visibility of the music is structured in the convergence between the street photography, the photographic documentarism of the city, the journalistic action of photographic coverage of events in public square and streets and in the historical dimension of the craft of photographers focused on the recording of life musical in the city. One finds in the Benjaminian figure of the flâneur, in the visual reverberations of the city and in the mobility of photographers in the early twentieth century a key to understanding variations in the way to operate the capture of the local musical scene in the public space. Keywords: Photojournalism. Music. Public space. Landscape. Cultural Journalism. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FOTO 1 - Música na esquina............................................... 28 FOTO 2 - A música das pulgas ........................................... 30 FOTO 3 - Um piano na rodoviária de Ponta Grossa (PR) ... 33 FOTO 4 - OSPG no hall do Cine Teatro Ópera ................... 34 FOTO 5 - Banda Lyra dos Campos no Calçadão ................ 35 FOTO 6 - Página de Cultura do Jornal da Manhã destaca Sexta às Seis ...................................................... 36 FOTO 7 - Banda Bolores no Sexta às Seis, no Parque Ambiental ............................................................ 39 FOTO 8 - Manifestação em muro pela volta do Sexta às Seis ..................................................................... 41 FOTO 9 - Sexta às Seis na Estação Saudade .................... 41 FOTO 10 - 12ª Conferência Municipal de Cultura de Ponta Grossa ................................................................. 43 FOTO 11 - Reunião setorial de música na 15ª Conferência Municipal de Cultura ............................................ 44 FOTO 12 - Rap na Feira do Projeto Cultura Plural ............... 49 FOTO 13 - Samba na Feira do Projeto Cultura Plural ........... 49 FOTO 14 - Novos Malandros no pátio da UEPG .................. 76 FOTO 15 - Estudante de Jornalismo e músico no pátio da UEPG .................................................................. 77 FOTO 16 - Fotógrafo do Lente Quente nos primeiros dias de atividade ......................................................... 78 FOTO 17 - Carnaval na Avenida Vicente Machado .............. 95 FOTO 18 - Samba no Calçadão ............................................ 95 FOTO 19 - Desfile de Carnaval em 2013 .............................. 96 FOTO 20 - Baterista da escola de samba ............................. 96 FOTO 21 - Mestre de bateria de escola de samba ............... 97 FOTO 22 - DJ de festa junina no Jardim Paraíso ................. 107 FOTO 23 - Fotojornalista no Calçadão .................................. 110 FOTO 24 - Pessoa caída na Praça Barão do Rio Branco ..... 120 FOTO 25 - Músicos antes do concerto na Concha Acústica 121 Carlos Gomes ..................................................... FOTO 26 - Espetáculo de fim de ano na Estação Saudade . 121 FOTO 27 - Tocador de gaita de oito baixos, no Parque 122 Ambiental ..... FOTO 28 - Bulevard, Paris, 1838 ....................................... 123 FOTO 29 - Concha Acústica Carlos Gomes em 2010