As Reações À Mensagem De Natal De António Costa

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

As Reações À Mensagem De Natal De António Costa Ano 59 . Nº 52| www.portugalemfoco.com.br Rio de Janeiro, 31 dezembro 2018 RIO . R$ 3,00 | SP . R$ 3,00 As reações à mensagem de Natal de António Costa À esquerda e à direita, não “Ao contrário do que o primei- Mensagem de Ano Novo do tardaram as reações à mensa- ro-ministro afirma, assistimos a Presidente da República gem de Natal de António Costa, uma política que dificulta a vida que assegurou empenho para das pessoas, nomeadamente no aproveitar melhor o território e SNS e na escola pública. O cres- ortugal é onde se encontre um português. Nas nossas fronteiras inverter a tendência demográfica. cimento econômico está muito físicas ou, por todo o mundo, nas nossas fronteiras espirituais. Aí “Neste momento os portugue- aquém das necessidades do país vivendo ou servindo em missão nacional. ses estão a pagar os impostos e só é possível com uma política PA todos saúdo e agradeço os Portugais novos que criam dia após dia. mais altos de sempre para servi- econômica e de esquerda”, afir- Estranho e contraditório ano esse, que ontem terminou, e que exigiu ços mínimos. CDS é a única alter- mou Jorge Pires, do Partido Co- tudo de todos nós. nativa ao PS para 2019”, vincou munista Português. Estranho e contraditório ano no mundo, com tão veementes procla- mações de paz e de abertura econômica, e tão preocupantes ameaças Pedro Mota Soares, dirigente do Do lado do PS, a mensagem de tensão e protecionismo, pondo à prova a paciência e a sensatez de CDS-PP. foi considerada serena, realista e muitos, e, em particular, do Secretário-geral António Guterres. Já Marisa Matias, eurodepu- inconformada, defendendo que Estranho e contraditório ano na Europa, com tão claro crescimento tada do BE, pediu mais inves- pante, porque há déficit social. social é o principal ao qual deve- ainda é preciso caminhar apesar e desejo de recuperação do tempo perdido e tão lenta capacidade de timento no combate ao déficit O que estamos a fazer é não mos responder. Não podemos, do muito já foi feito para melho- resposta e de reencontro com os europeus. social. “Esta obsessão de ir além combater a pobreza por todos de maneira nenhuma, volta a rar a qualidade de vida dos por- Estranho e contraditório ano, também em Portugal. das metas estabelecidas por os meios e não investir no Ser- situações que se provaram erra- tugueses, sintetizou, o deputado Ano povoado de reconfortantes alegrias, mas também de profun- Bruxelas é que é mais preocu- viço Nacional de Saúde. O déficit das. Temos que investir”. do PS Hugo Pires. das tristezas. Começou ele com a partida de um dos maiores da nossa Democra- cia, Mário Soares, reunindo, nesse momento de respeito, tantos de tantas famílias políticas e sociais. “Governo tem de meter mão na consciência, Ao invés, em maio, testemunhou como vibrámos, crentes e não cren- tes, com uma chegada histórica – a do Papa Francisco, o apóstolo dos deserdados desta era. num ano em que Estado falhou”, diz Rui Rio Entretanto, íamos vivendo, finanças públicas a estabilizar, banca a O balanço que Rui Rio faz do 2017 mas que transitou para este consolidar, economia e emprego a crescer, juros e depois dívida pública ano de 2018 é negro: “Não me ano com a investigação judicial, o a reduzir, Europa a declarar o fim do défice excessivo e a confiar ao nosso Ministro das Finanças liderança no Eurogrupo, mercados a atestarem os recordo da segurança ter falhado roubo de armas em Tancos me- nossos merecimentos. Tudo isto colocando fasquias mais altas no com- tanto aos portugueses como em receu de Rio o titulo de expoente bate à pobreza, às desigualdades, ao acesso e ao funcionamento dos 2018, e como já tinha falhado em máximo ao nível das falhas de sistemas sociais e aconselhando prudência no futuro. Mas permitindo a 2017.” Esta é a principal ideia da segurança. Portugal apresentar como exemplo a determinação dos portugueses. mensagem de Natal do líder do “Este Governo tem de meter Ninguém imaginaria, há menos de dois anos, poder partilhar tão rápi- PSD que diz que “o Estado não foi a mão na consciência, de forma da e convincente mudança. Sem dúvida iniciada no ciclo político anterior, capaz de garantir, como deve ga- a que os portugueses se possam mas confirmada e acentuada neste, que tão grandes apreensões e des- rantir, a segurança das pessoas” sentir em segurança como sem- confianças havia suscitado, cá dentro e lá fora. neste ano que passou. pre se sentiram”. E nem faltariam ao crescendo de alegrias de boa parte do ano que Rio aproveitou a mensagem Sublinhando repetidamente findou, o triunfo europeu da nossa música, os excecionais galardões no para enumerar os vários inciden- estarmos perante um Governo turismo, o sucesso reiterado no digital, os êxitos nas artes, na ciência, no sociais. Também a Educação foi ao nível do salário mínimo têm de desporto, colocando Portugal como um destino cimeiro. tes em que, crê, o Governo falhou que se apresenta como sendo de Se o ano tivesse terminado em 16 de junho, ou tivesse sido por mais em toda a linha: nos incêndios, esquerda, devido ao apoio parla- uma área abordada, mas ao nível ser todos iguais”. seis meses exatamente como até então, poderíamos falar de uma expe- onde não teve a eficácia no com- mentar do PCP e do BE, Rio re- do Ensino Superior: para Rio, não Depois de todas as acusa- riência singular, constituída quase apenas por vitórias. bate; na queda do helicóptero do afirmou que o Executivo liderado é aceitável que haja alunos a inter- ções, contudo, Rui Rio mostrou-se Assim não foi, porém. Um outro ano, bem diverso, se somou ao pri- INEM, onde o socorro chegou tar- por António Costa falha de forma romperem os seus estudos por os disponível para colaborar com o meiro, a partir 17 de junho, dominou o Verão e adensou-se em 15 e 16 de e a más horas; na queda da estrondosa na área social. pais não terem dinheiro para pagar Governo do PS nas matérias que de outubro, marcado pela perplexidade em Tancos, o pesar no Funchal, estrada em Borba, que todos sa- Como exemplos, coloca em as rendas elevadíssimas que hoje puderem ajudar o país. “Estou o espectro da seca e, sobretudo, as tragédias dos incêndios, esse pesa- biam que estava em inseguran- primeiro lugar a situação do SNS, se pedem. disponível para dar os contributos delo para todos nós, tão brutalmente inesperadas e tão devastadoras em ça; nos vendavais que afetaram a onde há pessoas cada vez mais O valor do salário mínimo, ou- todos que um partido da oposição perdas humanas e comunitárias que acabariam por largamente pesar no região centro, cuja assistência às tempo à espera de um cirurgia, tro ponto, já que, segundo diz, para consciente de dar, para que Por- balanço de 2017. pessoas e às empresas foi alta- num Governo ligado a esquerda o Governo deixou de ser nacional, tugal possa ter uma vida melhor”, Tudo pondo à prova o melhor das portuguesas e dos portugueses – a ao aplicar valores diferentes no pú- finalizou, antes de desejar boas resistência, o afeto, a iniciativa, a fraternidade militante, que levou ainda mente deficitária. E, embora seja que tem a mania de dizer que tem mais longe a nossa tradicional solidariedade. um tema que tenha tido início em o monopólio das preocupações blico e no privado. “Não pode ser, festas a todos os portugueses. Hoje, dia 1 de janeiro, é do futuro, porém, que importa falar. O passado – bem recente – serve para apelar a que, naquilo que falhou em 2017, se demonstre o mesmo empenho revelado naquilo que Assunção Cristas distribui comida aos mais carenciados nele conheceu êxito. Exigindo a coragem de reinventarmos o futuro. A líder do CDS-PP ajudou a Em declarações aos jornalis- cuito de ajuda porque deixaram passou pelo balcão está sem abri- O ano que hoje começa tem de ser, portanto, o ano dessa reinvenção. Reinvenção que é mais do que mera reconstrução material e espi- distribuir comida a pessoas caren- tas, a líder democrata-cristã sa- de precisar, outras continuam na go, uma condição que ainda afeta ritual, aliás, logo iniciada pelas mãos de muitos – vítimas, Governo, au- ciadas de Lisboa, numa visita em lientou que visita instituições de mesma situação e há muita gen- muitas pessoas em Lisboa, mes- tarquias locais, instituições sociais e privadas e anônimos portugueses. que aproveitou a quadra para lem- apoio social o ano inteiro e que a te sempre a chegar. mo em freguesias conhecidas por Reinvenção pela redescoberta desse, ou talvez mesmo desses vários brar que é um trabalho que ainda visita em período de Natal serviu Durante o tempo que as câ- serem mais abastadas. Portugais, esquecidos, porque distantes, dos que, habitualmente, deci- tem que ser feito o ano inteiro. para elogiar o trabalho feito pelos maras captaram Assunção Cris- Enquanto política na oposição, dem, pelo voto, os destinos de todos. Assunção Cristas vestiu o uni- 300 voluntários da Refood, criada tas, no início de um turno que Assunção Cristas afirmou que é Reinvenção da confiança dos portugueses na sua segurança, que é forme de voluntária da Refood, e em 2013, quando governavam o continuará até cerca da 1h de na Assembleia da República que mais do que estabilidade governativa, finanças sãs, emprego crescente, esteve ao balcão da instituição PSD e o CDS-PP, um período de segunda-feira, cerca de uma dú- pode trabalhar para pôr “a eco- rendimentos. É ter a certeza de que, nos momentos críticos, as missões na freguesia da Estrela, em plena crise profunda marcado pela inter- zia de pessoas veio buscar um nomia a funcionar e a criar con- essenciais do Estado não falham nem se isentam de responsabilidades.
Recommended publications
  • 7. IMPRESA in the Stock Market
    IMPRESA 2011 Results IMPRESA SGPS SA Publicly Held Company Share Capital EUR 84,000,000 Rua Ribeiro Sanches, 65 Tax Number 502 437 464 Commercial Register Office of Lisbon Lisbon, 14th March 2012 SINGLE MANAGEMENT REPORT 2011 In compliance with the demands required by law regarding public companies, the Board of Directors of IMPRESA – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. hereby presents its SINGLE MANAGEMENT REPORT relative to the financial year of 2011. In doing so, the Board was concerned to include sufficient elements and information, so that shareholders and investors in general are able to evaluate IMPRESA GROUP business in the universe in which it operates, in a clear and objective manner. A) CONSOLIDATED ACCOUNTS The Consolidated financial statements were prepared according to IAS/IFRS provisions, as adopted by the European Union, which include the International Accounting Standards (IAS) issued by the International Standards Committee (IASC), the International Financial Reporting Standards (IFRS) issued by the International Accounting Standards Board (IASB), and the respective SIC and IFRIC interpretations issued by the International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) and Standing Interpretation Committee (SIC). 1. Executive Summary for 2011 Consolidated revenue decreased by 7.9% to 249.7 M€, influenced by the reduction of 11.2% in advertising revenue, in line with the advertising market. Operating costs fell by 4.2% in 2011, compared with 2010. At the end of 2011, net income, before impairment, restructuring charges and capital losses reached 1.3 M€. The net profits were affected significantly by impairment loss of 33.3 M€, mainly registered on the previous quarters, reaching a negative loss of 35.1 M€.
    [Show full text]
  • Unidade De Monitorização/ERC
    Volume II VOLUME II DADOS DE CONTEXTO RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DO PLURALISMO POLÍTICO INFORMAÇÃO TELEVISIVA DIÁRIA E NÃO DIÁRIA RTP1,RTP2, RTPN/RTPI, RTPA, RTPM, SIC e TVI 2011 i Volume II FICHA TÉCNICA Título Relatório de Acompanhamento da Observância do Carla Martins Pluralismo Político – Informação Televisiva Diária e Não-Diária Catarina Páscoa Edição Entidade Reguladora para a Comunicação Social Eulália Pereira Av. 24 de Julho, 58, 1200-869 Lisboa Filipa Menezes Tel. 210 107 000 Henrique Dias Gonçalves Fax 210 107 019 Pedro Puga Internet www.erc.pt Vanda Calado E-mail [email protected] Vanda Ferreira Coordenação Técnica Departamento de Análise de Media Conceção Gráfica Entidade Reguladora para a Comunicação Tãnia de Morais Soares (coordenadora) Social Alexandra Figueiredo Bruna Afonso Lisboa, novembro de 2013 ii Volume II ÍNDICE ÍNDICE ................................................................................................................................................................... I INTRODUÇÃO GERAL AO VOLUME II .....................................................................................................................1 ACOMPANHAMENTO DA OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DO PLURALISMO POLÍTICO NOS SERVIÇOS DE PROGRAMAS TELEVISIVOS DE ACESSO NÃO CONDICIONADO LIVRE .......................................................................................................................................... 3 CAPÍTULO I - METODOLOGIA .................................................................................................................................3
    [Show full text]
  • Uma Comparação Entre Rádios Temáticas Informativas E Generalistas
    Perfil dos noticiários em rádios portuguesas: Uma comparação entre rádios temáticas informativas e generalistas Rute Isabel Palma Fidalgo Dissertação submetida como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Jornalismo Trabalho realizado sob a orientação de Prof. Adjunto Rui Simões e co-orientação de Prof. Adjunto Convidado Carlos Andrade DECLARAÇÃO Declaro ser a autora original deste trabalho. É um trabalho original, que nunca foi submetido para avaliação noutra instituição de ensino superior para a obtenção de um grau académico ou qualquer outra habilitação. Certifico ainda que todas as citações estão devidamente identificadas. Tenho também consciência que o plágio poderá levar à anulação do trabalho agora apresentado. A candidata, ________________________ II RESUMO Este trabalho é um estudo sobre a informação transmitida diariamente pelas rádios. Existem inúmeros estudos sobre a informação radiofónica das emissoras temáticas de notícias, mas poucos ou nenhuns sobre a informação que é veiculada pelas generalistas, que representam uma parte substancial das mais ouvidas em Portugal. A presente tese divide-se em três capítulos: o primeiro onde se expõem alguns elementos do percurso histórico da Rádio em Portugal, bem como do jornalismo radiofónico e as suas especificidades, que fazem dele único face ao jornalismo televisivo e escrito. A seguir procede-se a uma análise do trabalho do jornalista de rádio e um escrutínio daquilo que é escrever noticias para a rádio, e quais as principais decisões que estão por detrás deste trabalho. No terceiro capítulo, são feitas então as conclusões da análise do conteúdo das quatro rádios mais ouvidas em Portugal1, excluindo as rádios destinadas para o público juvenil, cujos blocos informativos são praticamente nulos, não se podendo assim fazer uma comparação com espaços noticiosos de hora a hora.
    [Show full text]
  • SOCIAL JUSTICE DECENT WORK the ILO and Portugal 100 Years of History Copyright © International Labour Organization 2019
    SOCIAL JUSTICE DECENT WORK The ILO and Portugal 100 years of History Copyright © International Labour Organization 2019 Publications of the International Labour Office enjoy copyright under Protocol 2 of the Universal Copyright Convention. Nevertheless, short excerpts from them may be reproduced without authorization, on condition that the source is indicated. For rights of reproduction or translation, application should be made to ILO Publications (Rights and Permissions), International Labour Office, CH-1211 Geneva 22, Switzerland, or by email: [email protected]. Libraries, institutions and other users registered with reproduction rights organizations may make copies in accordance with the licences issued to them for this purpose. Visit www.ifrro.org to find the reproduc- tion rights organization in your country. The ILO and Portugal 100 years of History Bureau International Labour Office - Geneva: ILO, 2019 Coordination: António Casimiro Ferreira Editorial coordination: Fernando Sousa Jr., Joana Gomes e Cristina Bettencourt Auhors: ALMEIDA, Carlos Castro; ANDRÉ, Helena; BÁRCIA, Paulo; CADETE, Joaquina Philimore; CAETANO, Maria Liseta; FELICIANO, Paulo; FERREIRA, António Casimiro; FERREIRA, Pedro Almeida; HENRIQUES, Marina Pessoa; LEITÃO, Maria Josefina; LIMA, Teresa Maneca; JERÓNIMO, Miguel Bandeira; JORDÃO, Albertina; PEREIRA, Irina Bettencourt; PINHEIRO, Vítor Moura; MONTEIRO, José Pedro; PACCETTI, Maria Teresa; RODRIGUES, Cristina; RODRIGUES, Henrique Nascimento; SILVA, Rui Gonçalves; THOMAS, Albert; TRONCHO, Mafalda. ISBN: 9789220314937
    [Show full text]