ENTRE A ETNOGÊNESE E A NEGAÇÃO: OS DE CAUCAIA E A LUTA PELA POSSE DA TERRA (1980-1990)

Joaquim Teixeira Pinto de Mesquita1

Resumo: Este artigo relata a realização de uma pesquisa sobre o processo de reafirmação étnica do povo indígena Tapeba de Caucaia, situados na Região Metropolitana de . Tem como recorte os primeiros anos da década de 1980, até meados de 1990, quando esse povo indígena, em meio ao processo de etnogênese, passou a se rearticular politicamente com o objetivo de retomar a posse de terras. O desenvolvimento desta pesquisa abre caminho para a difusão de conhecimentos históricos sobre o problema da expropriação agrária dos povos indígenas no Estado do Ceará e o movimento de etnogênese indígena que envolve a maioria dos povos indígenas na região Nordeste, trazendo inicialmente o panorama histórico do Ceará Colonial e a formação de Villas.

Palavras-Chaves: etnogênese indígena. Tapeba. Caucaia.

O Ceará Colonial e a formação de Villas.

A colonização do Ceará pelos conquistadores europeus ocorreu de forma tardia, se comparada ao processo de conquista do litoral nordestino, quando da implantação da agroindústria açucareira. Na região litorânea, a conquista acontece no início do século XVI e no sertão o domínio se dará a partir do início século seguinte. Tanto num caso como no outro, a disputa pela terra nos dá uma compreensão do processo de genocídio e subalternização dos povos indígenas, em face do projeto de colonização portuguesa.

1Graduado em História. Mestrando em História no programa de Mestrado Em Estudos Africanos, Povos Indígenas E Culturas Negras. Contato: [email protected]

É importante frisar que o território tinha significados diferenciados para os povos indígenas e para aqueles que o colonizavam, seguindo as determinações do projeto colonial. Para os colonos, a terra era, sobretudo, um bem uma forma de produzir e lucrar, enquanto os indígenas a viam-na como um meio de garantia de sobrevivência, um território constituído de valores simbólicos, onde se defendia a própria identidade. O conflito entre o mundo europeu e o de povos ameríndios estava centrado nas disputas pelas terras e nas tentativas reiteradas de transformar os povos indígenas em produtores de mercadorias, isto é, que adotassem o modo de vida que se constituía na Europa. A terra para os povos indígenas não era vista como uma forma de produção, se pensando em perspectiva mercantil, ao contrário, esta era um espaço de liberdade e possibilidades de viver sem influências de brancos. Os conquistadores (colonos ou missionários) procuravam se apropriar dos territórios indígenas e também de sua força de trabalho. O período que se estende de 1680 até 1720 representou o momento de expropriação dos territórios indígenas. O processo foi marcado pelo genocídio, mas também, pelo etnocídio e a escravidão. Historicamente, os povos indígenas tiveram de se adequar ao modelo de colonização instituído por franceses, portugueses, holandeses e demais invasores que buscavam se apropriar de terras no Ceará. O estabelecimento dos aldeamentos na capitania do Ceará, regido pela igreja católica, tornou-se essencial para a consolidação da conquista portuguesa e, de certo modo, redefinir o espaço colonial cearense. No início do século XVI, a capitania do Ceará tinha uma função estratégica como ponto de apoio para as forças que vinham de para o Maranhão, a fim de combater os franceses que ali estiveram entre 1594/1614 (PINHEIRO, 2004) A partir de 1758, com o diretório pombalino, as aldeias indígenas foram transformadas em vilas. Com a expulsão dos jesuítas a administração dos povos indígenas passou para a órbita laica e os povos nativos foram igualados aos demais moradores. Uma nova legislação foi então adotada em relação aos povos nativos, sob determinação do diretório pombalino, em que formalmente garantia-se a liberdade destes; no entanto, foi nomeado um diretor que se transformou, na prática, em feitor

para controlar a força de trabalho no âmbito da vila. Entre os aldeamentos indígenas do Ceará que se transformaram em vila podemos citar as de Parangaba, Messejana, Caucaia, Baturité, Pacajus, Viçosa e Miranda (Crato) (PINHEIRO, 2004).

A Villa de Soure

O aldeamento de Caucaia existiu desde início do século XVII e foi habitado, em sua maioria, por índios de língua Tupi. O capitão mor do Ceará, Pedro Lelou, em carta dirigida ao rei, datada de 20 de agosto de 1696, refere-se as “quatro aldeias de gentios Potiguares” existente na Capitania:

No segundo quartel do século XVIII, quando aportaram no Ceará os jesuítas incumbidos da catequese dos primeiros núcleos de população da Capitania, designados por Carta Régia de 22 de outubro de 1735, a aldeia de Caucaia era habitada por índios potiguaras “Caucaia” (IBGE, 1959).

Serafim Leite (1943) faz referências a mudança da aldeia de Caucaia para Vila Nova de Soure:

A Aldeia de Nossa Senhora dos Prazeres de Caucaia, tem história e destino semelhante de Parangaba. Entregou-a aos jesuítas o seu pároco secular, bondoso e acolhedor, a 20 de dezembro de 1741. A igreja, pequena, arruinou-se e foi preciso edificar outra. A perseguição não permitiu que se concluísse, mas já nela se celebravam os sagrados mistérios, quando a 25 de junho de 1759. No dia 15 de outubro do mesmo ano, erigiu-se em Vila Nova de Soure (LEITE, 1943).

Em 1808, Luiz Barba Alardo de Menezes apresenta um mapa dos habitantes da Capitania do Ceará Grande, onde aparecem as vilas de Arronches, Messejana, Soure, Montemór-o-novo e Villa Viçosa Real, como vilas de índios. Pinto (1899), no verbete referente à Soure, reproduz o conteúdo de uma escritura de doação de terras feita por

Francisco Barroso de Souza Cordeiro e sua mulher a Nossa Senhora dos Prazeres da Real Villa de Soure, onde se faz menção aos “possuidores índios desta mesma Villa”. Acrescenta que em 1872 a população de Soure era de 13.641 habitantes e que a Vila estava ligada, judicialmente, a comarca de Maranguape. (GOMES, 1985) Studart Filho (1931) comenta que não se sabe ao certo a época em que se deu a mudança das aldeias dos da Margem do Rio Ceará, mas que o primeiro a propor a retirada das missões cristãs da proximidade do presidio foi o padre Pedro Barbosa, secundário em 1662, por Diogo Coelho de Albuquerque, Capitão Mor do Ceará. Este considerava que a aldeia de Caucaia tenha-se desmembrado da aleia de Porangaba, pois segundo ele: “Em 1666, já estava mudado a aldeia de Porangaba. Sob o nome de Bom Jesus da Aldeia de Porangaba, teve ela assento primeiramente em Mondubim, onde o Rei de Portugal mandou doar aos índios uma légua para sustento de seus moradores” (STUDART FILHO, p. 54, 1931). Os índios de Caucaia não são mencionados em nenhuma doação, pelo contrário, estas e outras aldeias indígenas administradas por jesuítas foram transformadas em vilas, em 1759 e 1760, com o afastamento dos padres da ordem. Segundo Gomes (1985) a Vila Nova de Soure continua sendo mencionada nos documentos como Vila de Índios, até o século XIX. Ainda segundo Gomes (1985) na obra Ideia da População da Capitania de Pernambuco, publicado no final do século XVIII, a “Ribeira do “Seará” e a “Vila de Soure” são descritas da seguinte forma:

Esta ribeira que como fica dito esta no meio das cento e sessenta lagoas da Costa, que tem a Capitania, e por ser Capital lhe dá o nome e principia pela parte do Norte no rio Mundaú... Pelo sertão entra pouco mais ou menos cinquenta léguas, nesta Ribeira há duas Villas e uma Povoação com outras tantas Freguesias de Índios (IDEIA DA POPULAÇÃO apud Gomes, 1985).

E sobre a Villa de Soure: Esta vila de índios de Língua geral que fica a três léguas ao Norte da Villa de Fortaleza, e quase outras tantas da Costa: e ao órgão desta freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres, tem só uma légua em quadra, e uma grande serra em que plantão suas lavouras (IDEIA DA POPULAÇÃO apud Gomes, 1985).

Luiz Barba Alardo de Menezes, que governou a Capitania do Ceará a partir de 1808, descreve a Villa Soure e seus habitantes da seguinte forma:

Esta Villa chamavam os índios de nação algodão, seus fundadores, Caucaya, que significa, bem queimado está o mato; foi o primeiro que estabeleceram no Ceará, quando evacuaram a ilha de Itamaraca, de que os nosso se fizeram senhores com a tomada de Pernambuco, a quem ela pertence. Foi transformada em vila em 1759, ficando a oeste do rio Ceará, em distância de légua e meia da sua barra, e tem de extensão uma légua em quadro. Os jesuítas ali tinham em uma linda praça sua igreja matriz da invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, que ainda se conserva com muita docência, e apesar de terem desertado muitos dos seus moradores, pelas grandes violências, ainda tem três companhias de ordenanças de índios, pouco industriosos, e muito pobre (MENEZES, 1871 apud Gomes, 1985).

A partir da Lei de Terras (1850) a ação indigenista torna-se cada vez mais “empresarial”, sendo compartilhada ou delegada a interesses particulares, como empresas de colonização e grandes proprietários de terras. Moreira Neto (1971) diz que é indispensável anotar o fato de que esses procedimentos oficiais de extermínio de aldeamentos indígenas, nem sempre cumpriram seu proposito final, que era a extinção das próprias comunidades, e foram em certos casos, desaconselhados e denunciados pelas próprias autoridades provinciais que deviam programa-los.

A População Indígena de Caucaia e o processo de etnogênese.

Após longo período sem que houvesse notícias sobre os indígenas do Ceará, surgem as reivindicações de um grupo, conhecido pela denominação Tapeba, em se articular e demarcar suas terras junto ao órgão responsável por este processo- FUNAI. Caucaia é nome de origem tupi, e quer dizer “vinho queimado” ou “mato queimado”. Por outro lado, se os índios da aldeia de Caucaia foram chamados, em alguma ocasião, de Caucaia, provavelmente foi devido ao nome da aldeia, e isso só vem demonstrar sua origem tupi, no caso Potiguara e afasta a possibilidade de se tratar de um grupo Tremembé. (BARRETO FILHO, 1993)

A desarticulação política e identitária dos Tapeba acontece em meio a entraves políticos ocorridos no municipio de Caucaia ocorridos entre fazendeiros e indígenas que ocupavam a região metropolitana. Os índios Tapeba iniciam em 1984, um novo processo de organização, animados com o apoio recebido de inúmeras forças da sociedade civil. Em maio de 1985 reivindicam da FUNAI solução para o problema de suas terras. No ano denunciam a destruição dos mangues, onde parte deles viviam e tiravam seu sustento, e alertavam: “O que os poderosos querem que nós façamos? Morrer de fome ou assaltar? (GOMES, 1985). Como resultado de sua organização os Tapeba, conseguem que a Câmara Municipal de Caucaia aprove a Lei 416, de 22.8.85, que determina a preservação bacia do Rio Ceará, reconhece a presença indígena e dá aos Tapeba o poder de fiscalizar a aplicação da dita lei. O processo de fortalecimento da organização do povo Tapeba é visto pelas lideranças como resultado do apoio da Igreja Católica a partir de 1985, que resultou na criação da Associação das Comunidades do Rio Ceará, o que propiciou um maior desenvolvimento e visibilidade para os indígenas dentro das relações que eram criadas ao longo do processo de emergencia étnica. No trabalho da Arquidiocese de Fortaleza voltado para a questão indígena não havia, inicialmente a clara percepção do todo que envolvia esta questão, da contestação a afirmação histórica oficial da não existência de Índios no Estado do Ceará. O trabalho desenvolvido pela igreja teve inicio com atividades de apoio a um grupo indígena, que estavam reassumindo a sua identidade étnica, se revitalizando através da rearticulação política e da retomada cultural, passando a reinvindicar seu papel de sujeito histórico e com direitos junto ao Estado Brasileiro. As áreas que os Tapeba residem constituem grupos locais de tamanho variados, padrão de assentamento, densidade e localização distinto, dentro da geografia multifacetada, formando 17 comunidades dentro do município. O período compreendido entre as décadas de 1970 e 1980 foi marcado por mudanças originárias do legislativo e judiciário, no qual os povos indígenas tornam-se personagens de cenas marcantes no cenário político nacional, em

que se nota a luta por espaços representativos, e, dessa forma, tornam-se sujeitos históricos reivindicantes. Desde a década de 1970, com o declínio e o fim do regime militar (1964- 1985) e o fortalecimento do processo de redemocratização do Brasil, intensificaram-se e passaram a ter mais visibilidade na sociedade nacional os fenômenos da emergência étnica de povos indígenas. Esta situação tem sido registrada em todas as regiões do país e fez aumentar para o órgão indigenista oficial, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), as demandas pelo reconhecimento étnico e, por conseguinte, as reivindicações por direitos elementares, sobretudo os territoriais (FERRI; OLIVEIRA, 2010). Entre os anos de 1970 e 1980 chegaram ao conhecimento público reivindicações e mobilizações de povos indígenas que não eram reconhecidos pelo órgão indigenista e, em alguns casos, nem eram conhecidos pela literatura etnológica. Exemplo disso citam- se os povos Tinguí-Botó, Karapotó, Kantaruré, Jeripancó, Wassu, Tapeba, na região Nordeste, entre outros os quais passaram a ser chamados de “novas etnias” ou de “índios emergentes” (OLIVEIRA, 2004). No Ceará, somente após as mobilizações dos índios Tapeba (Caucaia), Tremembé de Almofala (Itarema), Pitaguary (Maracanaú) e Jenipapo- Kanindé (Aquiraz), ocorridas na decada de 1970 a FUNAI passou a reconhecer a presença indígena no Estado. Na década de 1980, houve manifestação de comunidades que reivindicaram o reconhecimento da identidade indígena e o dos direitos diferenciados adquiridos com a Constituição de 1988, ao mesmo tempo em que diversas autoridades políticas afirmavam a não existência de índios no Ceará (RATTS, 2009). Os órgãos responsáveis pela defesa dos direitos indígenas, no Ceará, desde a primeira metade da década de 1980, passam a evidenciar os embates e presença destes dentro do estado. É através dos Tapeba, que passam a ser identificados outros grupos indígenas em todo Ceará. Os Tapeba passaram a ser identificados como um grupo indígena quando a Equipe de Assessoria a Comunidades Rurais, atendida posteriormente por Equipe Arquidiocesana de Apoio à Questão Rural da Arquidiocese de Fortaleza, tomou conhecimento dos “remanescentes indígenas” em Caucaia. Aliada ao apoio da

legislação brasileira com a criação do Estatuto do Índio em 1975 e, sobretudo, a Constituição Federal de 1988, a equipe passou a ter interesse em impulsionar as lutas pela terra no Ceará, com o objetivo de resolver o problema agrário entre índios e os não- índios no município de Caucaia (TÓFOLI, 2010). Órgãos jurídicos atuam dentro do processo de ressurgimento dos povos indígenas de maneira negativa, onde estes acabam gerando conflitos e não apresentam de forma objetiva uma possível solução para os problemas que estão sendo colocados em pauta por indígenas, que lutavam por seus direitos diante daquilo que estava sendo afirmado com a Constituição Federal, por exemplo. Segundo Dantas (1992), o contexto nacional das décadas de 1970 e de 1980, seria marcado por relevantes episódios que, conjuntamente, criaram as condições para a emergência de um complexo processo de mobilização indígena. É a partir de 1980, que a visibilidade indígena se torna significativa no Estado do Ceará, caracterizado por reivindicações que desconstroem a política de indiferença criada. Conforme as reflexões feitas anteriormente, a organização de movimentos sociais indígenas e de apoio a eles, criaram condições para reverter a tendência do silenciamento oficial quanto ao reconhecimento étnico e as lutas pela terra. Desde o período de 1970, até o final dos anos de 1990, no Estado do Ceará, esse processo se intensificou, o que contribuiu, de certo modo, para fortalecer as reivindicações em prol da demarcação de terras. A partir de 1988, a luta pela terra passa a ser amparada legalmente através da Nova Constituição, com os povos indígenas passando a ter sua organização social reconhecida no art 231, enquanto o art. 232 definiu que “os índios, suas comunidades e organizações são parte legítimas para ingressar em juizo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo” Essa importante conquista dos povos indígenas passa a consolidar a luta pela terra, situação que, no Ceará, levará, o Estado brasileiro reconheceu juridicamente as terras dos grupos Tremembé, Tapeba, Pitaguari e Paiaku/Genipapo-Kanindé Além desse reconhecimento a FUNAI, programou a identificação das terras de mais quatro grupos indígenas: os Kanindé, os Potiguara, os e os Kalabaça (LEITE NETO, 2006, p.29).

Esse processo do qual Leite faz menção em sua tese, acontece em larga escala. Se fizermos um comparativo com os demais povos indígenas do Nordeste brasileiro, o que irá se perceber como resultado deste processo é que, de maneira geral, os indígenas reivindicavam por seus direitos, rompendo o silenciamento de séculos que era gerado em torno de embates e questões agrarias e culturais advindas de diferentes setores da sociedade nacional. Os grupos indígenas que “reapareceram” no estado do Ceará e lutam por seus direitos experimentaram vários tipos de contatos com a sociedade nacional. Sendo assim, esses povos sofreram profundas transformações no seu patrimônio cultural. Todavia, os povos indígenas têm demonstrado que o contato dinâmico com costumes e valores de outras culturas não impede a reelaboração de suas formas de organização social, em consonância com sua etnicidade (LEITE NETO, 2006, p.30). Quando estes começam a se organizar em defesa de um conjunto de reivindicações, cujo eixo central é o problema da terra e o direito de serem vistos e respeitados pela sociedade nacional como povos com culturas próprias, ganha animo o interesse dos estudiosos pela “questão indígena”. Os Tapeba, por meio de processos anterior e posterior a 1980 e 1990,são vistos hoje como referencia no Ceará na quebra do silenciamento histórico a respeito das populações indígenas que habitavam nosso território. Espaços de discussão são criados e levantados e os povos indígenas passaram a ter seu protagonismo reconhecido historiograficamente, passando a ser objeto de estudos que também fundamentam os pleitos territoriais indígenas. A abordagem deste estudo prioriza o momento de reafirmação étnica dos Tapeba, analisadas através de documentos oficiais, abordando o espaço territorial de suas retomadas e imposição política.

Referências Bibliográficas

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TÓFOLI, Ana Lúcia de. As retomadas de terras na dinâmica territorial do povo indígena Tapeba: Mobilização étnica e apropriação espacial. Fortaleza: Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Departamento de Ciências Sociais Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.