Trabalho E Condições De Vida Na Zona Da Mata Norte De

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Trabalho E Condições De Vida Na Zona Da Mata Norte De TRABALHO E CONDIÇÕES DE VIDA NA ZONA DA MATA NORTE DE PERNAMBUCO (NAZARÉ DA MATA – 1964 A 1979) Joana Maria Lucena de Araújo Doutoranda do Programa de Pós-graduação em História Universidade Federal de Pernambuco 1. Introdução Este trabalho tem como proposta apresentar um estudo sobre o trabalho e cotidiano dos trabalhadores rurais da Zona da Mata de Pernambuco1, em especial, do município de Nazaré da Mata2. Privilegiamos esse espaço por conta do rico material de estudos proporcionados pela Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ) do município. Criadas ainda no governo Vargas, em 1932, mas implementadas em maio de 1941, as Juntas de Conciliação tinham por objetivo resolver litígios trabalhistas individuais e funcionar como primeira instância da Justiça do Trabalho3. Depois da 1 Segundo classificação do IBGE, a Zona da Mata é uma das cinco mesorregiões do estado de Pernambuco e é formada pela união de 43 municípios. Estendendo-se por uma área de 8.738 km², faz fronteira ao norte com a Paraíba, ao sul com Alagoas e ao leste com a Região Metropolitana do Recife tendo o Agreste a oeste. É servida pelas rodovias federais BR-232, BR- 101 e BR-408. Segundo o Censo Populacional de 2013, a região possui população estimada de 1.193.661 habitantes. O relevo é ondulado e argiloso, com alturas variando do litoral ao interior. Com economia predominantemente baseada na plantação e manufatura da cana-de-açúcar, as características do relevo da região são fundamentais para o modo como são desenvolvidas as atividades econômicas e das relações de trabalho neste espaço. 2 O município de Nazaré da Mata está localizado na Zona da Mata pernambucana, mais especificamente, segundo divisão oficial, na Mata Setentrional (ou norte). Segundo as informações disponibilizadas no site do município, a cidade teve início no século XVIII, numa propriedade onde foi edificada uma capela oferecida a Nossa Senhora da Conceição. Em homenagem a santa, a localidade passou a chamar-se Nossa Senhora da Conceição de Nazaré. A Vila foi elevada à categoria de cidade em 11 de junho de 1850, através da Lei número 258. Atualmente Nazaré da Mata é amplamente conhecido como a terra do Maracatu e caboclos de lança. As agremiações advindas da cidade fazem muito sucesso no carnaval do Recife e atraem muitos turistas. 3 As Juntas de Conciliação e Julgamento, os Conselhos Regionais do Trabalho e o Conselho Nacional do Trabalho compunham as três instancias da Justiça do Trabalho. Depois da edição do Decreto-Lei nº 9.797, de 09 de setembro de 1946, a Justiça do Trabalho passou a compor o Poder Judiciário Federal, os Conselhos Regionais do Trabalho se transformaram em Regionais 1 aprovação do Estatuto do Trabalhador Rural em 1963, as JCJ’s foram instaladas gradualmente no interior do país a fim de acolher as demandas dos que ali viviam, especialmente, trabalhadores rurais. É possível perceber, a partir da leitura dos processos das Juntas de Conciliação, que houve uma grande aceitação por parte dos trabalhadores do campo de Pernambuco do âmbito da Justiça do Trabalho como forma de reivindicação. Com a ampliação e interiorização das Juntas a alternativa jurídica ficou mais acessível a essa camada da população. A promulgação do Estatuto de Trabalhador Rural (ETR) em 1963 estabeleceu uma série de direitos aos trabalhadores do campo que antes só eram acessíveis aos trabalhadores urbanos, tais como 13º salário, férias e aviso prévio, legitimando suas reivindicações. O ETR forneceu bases legais fundamentais para a atuação das JCJ’s no interior do estado. A introdução da Justiça do Trabalho no campo teve grande impacto na forma como se configuram as relações de trabalho nesse espaço. Segundo Christine Dabat, [...] o Estatuto do Trabalhador Rural (ETR) permitiu a grandes massas de empregados uma existência legal enquanto assalariados, no sentido de garantir regras às relações de trabalho e propor uma solução legal aos conflitos, em harmonia com os princípios estabelecidos pelo aparato legal varguista (DABAT, 2008). Os processos trabalhistas provenientes da Junta de Conciliação e Julgamento de Nazaré da Mata foram escolhidos porque possuem uma gama de situações que montam um rico panorama sobre as relações de trabalho no campo. Mais de 90% das reclamações trabalhistas registradas envolvem trabalhadores rurais. Também por se tratar de um volume documental considerável (são mais de 20.000 processos que vão de 1963 a 1985). Ainda se destaca a presença, nos municípios abrangidos por esta JCJ, de grandes empresas do setor sucroalcooleiro como a Pessoa de Melo Indústria e Comércio S/A, proprietária da Usina Aliança. Segundo Christinne Dabat e Tomas Rogers, o uso dos processos trabalhistas como fonte para a História permite ao pesquisador analisar os desdobramentos de Tribunais do Trabalho e o Conselho Nacional do Trabalho passou a ser Tribunal Superior do Trabalho. 2 acontecimentos marcantes, como o regime civil-militar e a redemocratização, sob uma perspectiva inovadora: “Dados destes processos permitem aos estudiosos medir e comparar as demandas dos trabalhadores e procurar desvendar suas condições enquanto assalariados, ao juntar informações sobre salário, jornada de trabalho, estabilidade no emprego e mobilidade, assim como outros fatores (DABAT, ROGERS, 2014 p. 331)”. A mão-de-obra no setor sucroalcoleiro de Pernambuco no século XXI. Para construir essa parte do texto, tomei como base duas pesquisas realizadas por diferentes instituições brasileiras. A primeira é um estudo da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), intitulado “Instantâneos da realidade social 2: desemprego sazonal na atividade açucareira da zona da mata pernambucana: relatório de pesquisa”, publicado em 20054. O relatório tinha por objetivo analisar o comportamento dos trabalhadores desempregados durante o período de entressafra na Zona da Mata de Pernambuco. O segundo texto é uma compilação de dados realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) intitulado “Produção agrícola municipal” que comenta os dados sobre a produção agrícola de todos os municípios do país divididos por região publicado em 2007. A economia da Zona da Mata de Pernambuco é baseada, em sua maior parte, na plantação e manufatura de cana-de-açúcar. A depender dos rumos da economia a produção é direcionada para a fabricação de etanol ou de açúcar e seus derivados. Segundo os relatórios citados, a produção de cana na Zona da Mata de Pernambuco vem apresentando instabilidade ou estagnação desde o início a década de 1990. Mesmo com uma breve recuperação a partir de 2001, o volume produzido no ano de 2005 ainda não alcançou o patamar do início dos anos 1990. Além desta dinâmica de queda na produção, a atividade canavieira, assim como toda atividade agrícola, passa por períodos de sazonalidade que produzem efeitos 4 Os resultados apresentados nesse relatório também serviram como bases para diversos estudos de pesquisadores do Brasil e da própria FUNDAJ entre eles destaca-se o texto “Empregabilidade do cortador de cana-de-açúcar da zona da Mata pernambucana no período de entressafra” dos pesquisadores Luís Henrique Romani de Campos, Isabel Raposo e André Maia. Publicado na Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 38, nº 3, jul-set. 2007. 3 diretos sobre os trabalhadores locais. Segundo dados da FUNDAJ, na Zona da Mata de Pernambuco um contingente de 90 a 100 mil trabalhadores é empregado nesta atividade e cerca de 2/3 desses são dispensados na entressafra (FUNDAJ, 2007). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que em 2004, o PIB per capita desta região foi menor do que o observado em todo o estado de Pernambuco. Os dados do mesmo Censo sobre a esperança de vida ao nascer também ilustram que a população da Zona da Mata não alcança idades mais avançadas quando comparadas ao resto do estado (IBGE, 2007). No que diz respeito à educação, os indicadores demonstram que a força de trabalho da região não possui alto grau de escolaridade, já que se especializou quase que exclusivamente para o trabalho rural. Em 2000, cerca de 21% da população da Zona da Mata tinha menos de um ano de estudo, enquanto que, em Pernambuco, esse número era de 16%. A grande maioria dos habitantes da Zona da Mata (80%) tem apenas sete anos ou menos de estudo (FUNDAJ, 2007). O grau de escolaridade dos cortadores de cana entrevistados era relativamente mais baixo do que o da população da Zona da Mata como um todo. A maioria (46,60%) só havia estudado no máximo até a 4ª série. O percentual de analfabetos entre os cortadores, assinando ou não o nome, é de 30,70%, valor relativamente elevado quando comparado ao percentual de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo da população de toda a Zona da Mata, que é de 21% (FUNDAJ, 2007). No âmbito do deslocamento populacional, os dados do IGBE mostram que a atividade canavieira na Mata pernambucana não atrai, de maneira expressiva, contingentes populacionais para a região. Entre os anos de 1970 e 2000, a Zona da Mata apresentou um crescimento populacional inferior ao das demais mesorregiões do estado (IBGE, 2007). Ou seja, a atividade agrícola, especialmente voltada para a produção de cana, não está atraindo mão-de-obra para a região nem tampouco melhorando os indicadores de qualidade de vida da população. Em 2005, ano em que os pesquisadores da FUNDAJ realizaram uma série de entrevistas com trabalhadores de diversos municípios da Zona da Mata a fim de mensurar como era a dinâmica do trabalho nessa região, eles chegaram a conclusão que 4 em média, os cortadores entrevistados trabalham na atividade do corte há cerca de 15 anos. Considerando que a idade média é de 34 anos, isto implica que, desde os 19 anos, os entrevistados se ocupam desta atividade. A jornada média de trabalho é de 9,2 horas por dia e, neste período, o trabalhador corta cerca de 4,3 toneladas de cana.
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