O TRÁFICO INTRAPROVINCIAL EM (1871-1880): ASPECTOS DO FLUXO DO COMÉRCIO DE ESCRAVOS EM PERNAMBUCO NUM PERÍODO DE CRISE Glauber Guedes Ferreira de Lima O TRÁFICO INTRAPROVINCIAL EM PERNAMBUCO (1871-1880): ASPECTOS DO FLUXO DO COMÉRCIO DE ESCRAVOS EM PERNAMBUCO NUM PERÍODO DE CRISE

Glauber Guedes Ferreira de Lima Universidade Federal de Pernambuco

O presente texto visa discutir aspectos do tráfico de escravos intraprovincial desenvolvidos em Pernambuco, no período de 1871-1880, onde o comércio de escravos interprovincial e transição para a mão-de-obra livre alcançaram seu auge em Pernambuco até aquele momento. Além de discutir alguns aspectos demográficos da população escrava envolvida neste comércio. A documentação primária utilizada consistiu nos livros de compra e venda de escravos, num total de 10 livros que englobam o período de 1866-1878, pertencentes ao Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano, os quais foram fichados e postos no banco de dados da pesquisa ao qual faço parte e tenho como coordenadores o prof. José Raimundo de Oliveira Vergolino e o prof. Flávio Rabelo Versiani. A confecção das tabelas usadas nesse trabalho seu deu com a utilização desses dados, e sobre estas tabelas algumas considerações hão de ser feitas. É importante ressaltar que o intuito de nossa análise nas tabelas é revelar tendências as quais estão sofrendo certas regiões em determinados períodos, no entanto nossa amostra é falha em alguns anos, com poucas informações, o que revela algumas falhas, no entanto não compromete a tendência em observar alguns aspectos. Sobre elas ainda é valido ressaltar que devido a sua dimensão, e a necessidade de compactação que este artigo exigiu, preferi coloca-las ao final do texto, com a finalidade de permitir uma visualização melhor dos seus dados. Ao observarmos a situação de Pernambuco no período 1850-1888, entendemos a dinâmica de suas relações sociais a partir de um prisma de intenso entrelace a aspectos endógenos e exógenos a sua economia. Partindo do princípio sugerido por Vilma Paraíso, no seu livro Escravismo e Transição, onde sugere que essas sociedades latino-americanas possuem uma formação econômica e social dotadas de uma racionalidade interna, e cuja lógica não obedece apenas os rumos do mercado externo, é que procuramos entender como se formou a conjuntura que deu margem a ocorrência de um comércio de escravos dentro da província de Pernambuco.

1. O Tráfico Interprovincial de Escravos 1871-1880

A Segunda metade do século XIX, englobou uma parte da história da escravidão que teve importância determinante para o seu término. O tráfico interprovincial de escravos fez com que uma grande parte da população escrava localizada nas províncias nortistas, migrasse, por motivos econômicos, para o Centro-Sul, ocupando a lavoura cafeeira. No entanto o fluxo de escravos de uma região a outra alcançou algumas fases distintas se consideramos o período 1850-1888, e para efeito de melhor compreensão sobre o tráfico interno deste período, definiremos dentre desse período 4 fases, 1841 a 1849 (fase inicial), 1850 a 1870 (fase intermediária), 1871 a 1881 (apogeu), e o último período 1882 a 1888 (fase terminal)1. No período de 1871-1881, verifica-se uma grande intensificação no comércio interprovincial, onde regiões como Pernambuco e Bahia passam a se tornar grandes exportadoras de escravos. Em Pernambuco é o período que se observa uma intensificação na transição no trabalho escravo para o livre em alguns setores, segundo Evaldo Cabral de Mello, em 1871, baseando-se em estimativas de Perdigão Malheiro, há um claro aumento na força de trabalho livre, em que este coloca numa porcentagem de 50 % a utilização de mão de obra livre2. No entanto essa informação aparenta ser exagerada, dado o fato de que até finais da década de 60 o trabalho servil ainda era maioria absoluta, e sendo assim não haveria como sofrer um processo de transformação radical em tão pouco tempo. Todos os setores da economia pernambucana estavam a vender escravos com a finalidade do tráfico nessa década, principalmente o algodão e o açúcar, onde o

1 Definição baseada na subdivisão feita por Josué Humberto Barbosa e nos dados sobre tráfico interprovincial utilizados por ele. Barbosa, josué Humberto. Um Êxodo Esquecido: O Porto do e o Tráfico Interprovincial de Escravos no Brasil 1840-1871. Universidade Federal do Paraná, Pós- Graduação em História. Curitiba, 1995 2 Mello, Evaldo Cabral; O Norte agrário e o Império - 1871-1889. Editora Topbooks, 2a edição revista, Rio de Janeiro, 1999.pág 31. primeiro sofria uma recessão grave após o fim da euforia da guerra civil americana, em que este chegou a assustar a hegemonia do açúcar em Pernambuco, além de que a seca de 1877 praticamente deu um golpe fatal nesta atividade. Quanto ao açúcar, este passava por uma nova roupagem nas suas relações de trabalho, que foi determinada pelo período de crise que vivia a lavoura açucareira nordestina em decorrência dos baixos preços encontrados no mercado externo por esse produto, sendo assim alguns produtores não suportavam segurar os escravos em suas fazendas, dada a necessidade destas em conseguirem ativos para saldar seus compromissos, atrelados a forte demanda imposta pelos cafeicultores paulistas.

2. O Tráfico Intra-Provincial de Escravos em Pernambuco

As diferentes realidades econômicas dentro da província de Pernambuco permitiram a ela durante a segunda metade do século XIX, presenciar um processo de intensa migração de escravos dentro de suas fronteiras, no entanto esse processo foi bastante variado em suas intensidades e no caminho que seguiam seus fluxos. Sobre a situação de Pernambuco em relação ao mercado nacional de escravos nos anos anteriores ao período 1871-1880, temos um trabalho muito enriquecedor desenvolvido por Josué Humberto Barbosa, onde o mesmo trabalha com o êxodo de escravos a partir do porto do Recife para as outras regiões do país. O mesmo demonstra, baseado nos dados do movimento do porto de Recife, que Pernambuco ainda absorvia escravos no período anterior a década de 1871, neste período, que vai do início da década de 1850 até 1869, a província ocupava a condição de entreposto do comércio interprovincial e a quantidade de escravos que entrava na província pelo porto e que saíam eram muito equivalentes. Sendo assim, mesmo com dificuldades na lavoura açucareira, Pernambuco não perdeu nesse período um grande contingente de trabalhadores escravos nessas áreas. Sobre essas situação é interessante observarmos a afirmação de Slenes, que acredita que a mão-de-obra que migrou para a lavoura cafeeira no sul não era, nesse período, oriunda das economias exportadoras dessas regiões3.Sendo assim é pertinente mencionar que os mesmos motivos, (crise na produção de algodão, baixos preços do açúcar, seca e a grande demanda por escravos do sul cafeeiro), que levavam neste período províncias como o Ceará, o Maranhão e outras províncias do Norte a venderem seus escravos, e eram delas que advinham a maioria dos escravos que passavam no porto do Recife, deveriam causar impacto também na província de Pernambuco, principalmente nas regiões do Agreste e do Sertão, por serem estas responsáveis por grande parte da produção de algodão da província e de outras culturas auxiliares. Daí porque esta província não se transformou numa grande exportadora de cativos para o sul como as outra províncias nortistas? Para entendermos melhor esse problema, observemos a tabela 8, onde nos anos de 1869 e 1870, observamos uma participação na demanda de escravos por parte dos compradores da Zona da Mata que compatibilizava com a demanda dos compradores recifenses, que provavelmente eram os responsáveis por encaminhá-los para o Centro- Sul. Consequentemente na tabela 9, nos mesmos anos de 1869 e 1870, vemos que as regiões do Agreste e do Sertão chegam a ter participações bastante consideráveis na venda de escravos, se levarmos que em conta que estas regiões naturalmente sempre possuíram menor número de escravos do que a região da Zona da Mata e Recife. Este aspecto reforça assim a tese de Slenes, já que os escravos que se encontravam trabalhando em economias não açucareiras, também sofreram um processo de migração. O que ocorre diferentemente de outras províncias do Norte é que Pernambuco ainda tem uma economia açucareira suficientemente forte am alguns setores capaz de absorver parte dessa mão-de-obra. Durante a década que se inicia em 1871, vemos que mesmo em proporções mais comedidas, a Zona da Mata ainda continua a comprar escravos, ou seja mesmo num período em que Eisemberg afirma que os senhores de engenho não podiam se dar mais ao luxo de comprar escravo, observamos uma porcentagem girando em torno de um quarto de todos os cativos que eram vendidos em Pernambuco, indo diretamente para as lavouras do açúcar. Pode-se questionar o fato ainda de que parte desses

3 Slenes, Robert. In Barbosa, josué Humberto. Um Êxodo Esquecido: O Porto do Recife e o Tráfico Interprovincial de Escravos no Brasil 1840-1871. Universidade Federal do Paraná, Pós-Graduação em História. Curitiba, 1995 compradores poderiam ser agenciadores ou procuradores de compradores de escravos, o que implicaria no fato destes não terem o destino revelado pelo documento. No entanto ao observarmos a Tabela 1 vemos que coincidentemente as cidades muito fortes na produção de açúcar, para não falar na Mata Sul como um todo, consumiam parte enorme da fatia dos escravos que eram vendidos em Recife, e que como se sabe a produção deste produto está bastante associada a escravidão. Além disso a própria cidade de Recife consumia outra percentagem enorme desses escravos, o que pode indicar que a maioria absoluta dos agenciadores de escravos localizavam-se nessa cidade.

3. A Zona da Mata Pernambucana e o Fluxo de Escravos

Como já foi sugerido anteriormente a elite açucareira não era uniforme em seus aspectos econômicos. Para estudarmos as implicações dessa heterogeneidade no comércio de escravos, dividimos a Zona da mata em duas sub-regiões, Mata Norte e Mata Sul. A Mata Sul engloba aquilo que Eisemberg chama por mata úmida, e consiste na principal região canavieira, principalmente pelo alto índice pluviométrico registrado na mesma. A Mata Norte foi definida a partir da localização geográfica de Recife até as fronteiras com a Paraíba, englobando uma boa quantidade de municípios produtores de açúcar, mas que no entanto, era consideravelmente inferior economicamente a Mata Sul. Tentamos através dos dados levantados nos livros de compra e venda obter uma maior especificação quanto ao movimento de escravos dentro da província nos diversos anos. O fruto disso está nas tabelas 1 e 2, onde a primeira diz respeito a provável origem dos indivíduos que compravam os escravos, o que conseqüentemente acarretava na definição a respeito do destino final do cativo que estava sendo comprado, e a segunda diz respeito a origem dos vendedores dos escravos, onde consta então o local de onde aquele cativo estava sendo trazido para ser vendido no Recife. Sobre a tabela 1, devemos observar inicialmente a diferença drástica entre as regiões da Zona da Mata. Nesta vemos o quanto a região Sul estava a frente da região norte na demanda por escravos, o que ratifica a sua condição de maior concentração de grandes senhores de engenho. Especificamente na Mata Sul destaca-se a Cidade de Escada, a qual teve seus aspectos particulares políticos sociais e econômicos neste período citados por Eisemberg, e que segundo esses dados foi a região que mais investiu no aumento das suas forças produtivas via compra de cativos. Sobre a região que se encontra denominada por Recife, esta possui algumas especificidades seguintes: estão inclusas nestas informações os dados a respeito dos compradores originariamente de Recife, que poderiam no caso ser meros agenciadores os quais estavam intermediando uma relação com os compradores do Centro-Sul, e estão inclusas também dados de compradores dos arredores da cidade, ou seja, bairros de caráter agrário, que possuíam seus engenhos e tinham participação importante na economia da província. Mesmo sendo possível se diferenciar nos dados entra a cidade e os seus arredores, optamos por juntá-la num denominativo único. Quanto a tabela 2 de vendedores, esta acusa informações bastante importantes. Além de confirmar o indicativo sobre um forte dreno de escravos das regiões Agreste e Sertão para a Zona da Mata, esta caracteriza também a região da Zona da Mata Norte como uma grande fornecedora de escravos para fins de tráfico, ou seja, em vários anos o percentual de escravos vendidos na Z. da M. Norte se iguala ou até mesmo supera os índices percentuais do Agreste e do Sertão, regiões estas tidas tradicionalmente como os principais fornecedores de escravos para o tráfico. Ainda sobre a tabela , temos no Sertão uma idéia do impacto o qual esta região sofreu com a seca de 1877, onde o solavanco que esta região sofre no seu índice de escravos vendidos, 20,17% de todos os escravos vendidos em Pernambuco, é bastante distoante dos anos anteriores e seguintes. Considerando-se que a população escrava no sertão era bem menor do que no resto da província, e que esta já havia sofrido uma grande drenagem nos anos anteriores, pode-se imaginar que aconteceu com o sertão pernambucano um grande aceleramento do fim dessa instituição nessa região, mas que no entanto não foi o seu “último suspiro”, como aconteceu com o Ceará no mesmo ano,como afirma Evaldo Cabral, pois o Sertão ainda vende escravos nos anos seguintes em quantidades não desprezíveis.

Considerações Finais

Após o fim do tráfico africano em 1850, houve um processo de intensificação do comércio interprovincial de escravos. Esse mercado interno era cheio de peculiaridades, onde tradicionalmente a historiografia tratou de discuti-lo do ponto de vista interregional, considerando apenas o fluxo norte-sul de escravos determinados por aspectos puramente econômicos. No entanto, o que procuramos demonstrar é que nem o fluxo deste comércio, nem os aspectos que o determinaram foram tão simples como pudessem parecer, provando que em Pernambuco havia um mercado interno com racionalidade própria, o qual tinha no Zona da Mata uma grande região compradora de escravos. Contudo, no período de 1871-1880 o açúcar afundou numa grande crise, acompanhada pelo processo de transição para a mão-de-obra livre. No entanto os dados de compra de escravos mostram que ainda existia uma grande vitalidade por uma determinada parte da Zona da Mata (Mata Sul) em comprar escravos (Tabela 1). Este aspecto questiona a historiografia tradicional a respeito do tráfico interno de escravos que afirma que a demanda do sul cafeeiro por escravos determinava um fluxo único. Posteriormente demonstramos que os rumos da escravidão na Zona da Mata não podem ser analisados completamente sem uma distinção mais específica de suas regiões. A Mata Sul era muito mais rica no setor produtivo do que a Mata Norte, o que consequentemente repercutiu no comportamento do mercado de escravos nessas regiões, fazendo com que a região Sul se caracterizasse por ser mais compradora, e o Norte essencialmente vendedor de escravos. Por fim essa mesma zona da Mata Sul possuía desde o período anterior a crise uma grande capacidade de absorção de escravos, e conseguiu devido as necessidades de aumentar sua produção manter boa parte de sua demanda no período agudo da crise, que foi a década de setenta, o que pode indicar assim, que a crise do açúcar não foi determinante para o fim dessa instituição, mas sim a própria condição destes senhores não puderem repor essa mão-de-obra.

Tabela 1 PERNAMBUCO Origem dos Compradores de Escravos (1866-1880)

1866 1869 1870 1872 1877 1878 1879 1880 Regiões Cidades % % % % % % % % Mata Norte 0,32 0,29 Mata Norte 0,33 0,87 1,37 0,88 Mata Norte Igarassú 2,04 0,66 0,87 1,99 Mata Norte Itamaracá 0,33 Mata Norte Itambé 0,99 Mata Norte 0,81 Mata Norte Nazaré da Mata 0,29 Mata Norte 0,33 0,58 1,37 0,88 0,18 1,63 Mata Norte São Lourenço 0,29 Sub-total Z. da M. Norte 2,04 2,96 3,20 2,73 1,75 2,17 2,43 Mata Sul Água Preta 2,04 0,65 3,79 1,75 1,99 5,55 Mata Sul B.de Sirinhaém 2,04 5,26 2,62 0,36 1,39 0,81 Mata Sul Barreiros 0,99 0,87 0,54 Mata Sul Cabo 2,04 3,29 6,41 2,90 6,94 Mata Sul Escada 19,41 6,41 1,37 12,28 3,44 11,11 Mata Sul 0,66 1,37 0,91 1,39 4,07 Mata Sul 1,97 0,29 1,27 Mata Sul Jaboatão 2,63 1,46 1,37 1,81 0,81 Mata Sul Palmares 0,98 4,08 1,36 0,18 0,81 Mata Sul 2,30 0,87 7,02 0,54 1,39 0,81 Mata Sul Vitória 0,98 0,58 0,18 Sub-total Z. da M. Sul 6,12 39,80 27,40 5,47 21,05 14,13 27,77 7,31 Sub-total Agreste 4,60 1,74 1,36 0,87 1,99 4,87 Sub-total Recife 87,76 41,44 60,05 83,56 69,29 73,91 66,66 71,54 sub-total Sertão 0,32 0,81 Outras Regiões 2,04 5,57 3,78 2,73 6,14 7,78 5,54 13,00 Indefinido 2,04 4,27 3,79 4,10 0,87 TOTAL 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Fonte: Livros de Compra e Venda de Escravos pertencentes ao IAHGP.

TABELA 2

PERNAMBUCO

Origem dos Vendedores de Escravos

(1866-1880)

1866 1869 1870 1872 1877 1878 1879 1880

Regiões Cidades % % % % % % % %

Mata Sul Água Preta 6,12 0,33 0,58 0,87 0,72 3,36

Mata Sul Barreiros 2,53 0,84

Mata Sul Cabo 0,98 0,58 2,53 1,75 0,18 5,56 1,68

Mata Sul 0,33

Mata Sul Escada 4,08 0,98 2,31 1,27 4,17 4,20

Mata Sul Gameleira 0,88 0,18

Mata Sul Ipojuca 0,87 1,27 0,54 1,39 0,84

Mata Sul Jaboatão 0,65 0,87 0,36 4,17 1,68

Mata Sul Palmares 0,65 0,29 0,72 1,39 0,84

Mata Sul Rio Formoso 0,65 2,63 6,94

Mata Sul B. de Sirinhaém 2,04 0,98 2,60 0,72 1,39 0,84

Mata Sul Vitória de Santo Antão 0,33 0,29 1,45

Sub-total Z. da M. Sul 12,24 5,87 8,38 6,32 6,13 6,15 25,00 14,28

Mata Norte Goiana 2,04 2,26 1,45 0,87 0,36 1,38 3,36

Mata Norte Igarassú 2,04 3,26 4,62 0,54 0,84

Mata Norte Itamaracá 0,65 1,20

Mata Norte Itambé 2,04 0,29 1,75 1,45 1,38

Mata Norte Paulista 4,08 0,33 0,88

Mata Norte Nazaré da Mata 2,04 1,30 1,73 2,72 5,56

Mata Norte Pau d´alho 2,04 1,30 1,45 1,26 0,87 2,17

Mata Norte São Lourenço 2,04 0,65 0,87 1,27 0,88 0,18 1,68

Mata Norte Tracunhaém 1,63

Sub-total Z. da M. Norte 16,32 9,75 10,42 3,72 5,24 9,05 8,31 5,88

Sub-total Agreste 2,04 16,02 8,38 21,04 21,37 19,42 8,40

Sub-total Recife 63,27 29,32 47,11 68,35 32,45 26,99 29,16 54,62

Sub-total Sertão 2,04 5,54 6,08 20,17 9,78 2,77 7,56

Outras regiões 4,08 29,62 18,77 21,50 14,89 26,26 15,26 9,24

Indefinido 3,25 0,86 0,36 TOTAL 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Fonte: Livros de Compra e Venda de Escravos pertencentes ao IAHGP. Bibliografia

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