Martim Afonso De Sousa E a Sua Linhagem: a Elite Dirigente Do Império Português Nos Reinados De D

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Martim Afonso De Sousa E a Sua Linhagem: a Elite Dirigente Do Império Português Nos Reinados De D Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Martim Afonso de Sousa e a sua Linhagem: A Elite Dirigente do Império Português nos Reinados de D. João III e D. Sebastião Dissertação de Doutoramento em História - Especialidade em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa Alexandra Maria Pinheiro Pelúcia Orientação Científica: Prof. Doutor João Paulo Oliveira e Costa Lisboa 2007 2 A Elite Dirigente do Império Português nos Reinados de D. João III e D. Sebastião: Martim Afonso de Sousa e a sua Linhagem Apoio: Fundação Oriente Foto da capa: as armas dos Sousas Chichorros (pormenor do pelourinho da vila do Prado). 3 4 À memória dos meus avós, que forjaram as bases do meu sentido de identidade. Aos meus pais, que desde sempre me vêm oferecendo o melhor presente. Ao meu orientador, que me tem animado na constante perseguição do futuro 5 6 SIGLAS E ABREVIATURAS AGC – Agência Geral das Colónias. Ásia – Da Ásia, de João de Barros e de Diogo do Couto, citada por década, parte e capítulo. BNL – Biblioteca Nacional de Lisboa. Brasões – Brasões da Sala de Sintra, de Anselmo Braancamp Freire. CAA – Cartas de Affonso de Albuquerque..., ed. de Raimundo António de Bulhão Pato & Henrique Lopes de Mendonça. CC – Corpo Cronológico. CCCG – Centre Culturel Calouste Gulbenkian. CCP – Centre Culturel Portugais. CEHCA – Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga. CEHU – Centro de Estudos Históricos Ultramarinos. CEPCEP – Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa. Ch. – Chancelaria. CHAM – Centro de História de Além-Mar. CNCDP – Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Crónica – Crónica d’el-Rei D. Manuel, de Damião de Góis, citada por parte e capítulo. CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Científicas. CSL – Colecção de São Lourenço, ed. de Elaine Sanceau. DHMPPO-I – Documentação para a História das Missões do Padroado Português do Oriente – Índia, ed. de António da Silva Rego. DPMAC – Documentos sobre os Portugueses em Moçambique e na África Central (1497-1840). Emmenta – Emmenta da Casa da Índia, ed. de Anselmo Braancamp Freire. FCG – Fundação Calouste Gulbenkian. FCSH – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. FL-UL – Faculdade de Letras-Universidade de Lisboa. GTT – As Gavetas da Torre do Tombo. 7 HGCRP – História Genealógica da Casa Real Portuguesa, de D. António Caetano de Sousa. História – História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses, de Fernão Lopes de Castanheda, citada por parte e capítulo. IANTT – Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. IICT – Instituto de Investigação Científica Tropical. IN-CM – Imprensa Nacional-Casa da Moeda. INIC – Instituto Nacional de Investigação Científica. Lendas – Lendas da Índia, de Gaspar da Índia. Linhagens – Livro de Linhagens do Século XVI, ed. de António Machado de Faria. Nobiliário – Nobiliário de Famílias de Portugal, de Manuel José da Costa Felgueiras Gaio. Obras – Obras Completas de D. João de Castro, ed. de Armando Cortesão & Luís de Albuquerque. Provas – Provas de História Genealógica da Casa Real Portuguesa, de D. António Caetano de Sousa. RCI – Registo da Casa da Índia..., ed. de Luciano Cordeiro. Relação – Relação das Náos e Armadas da Índia..., ed. Maria Hermínia Maldonado. RAH – Real Academia de la Historia. UFMG-BU – Universidade Federal de Minas Gerais – Biblioteca Universitária. UNL – Universidade Nova de Lisboa. 8 INTRODUÇÃO Martim Afonso de Sousa e a Sua Linhagem – Introdução O estudo em desenvolvimento nas páginas seguintes é apresentado num contexto historiográfico bastante diferente daquele que presidiu à sua formulação original, há cerca de oito anos, nomeadamente no que toca à problemática social da Expansão Portuguesa. De facto, após uma longa experiência de acentuado primado da vertente económica, começaram a ser franqueados, ou esquadrinhados de forma mais aprofundada, outros horizontes temáticos, emergindo justamente entre eles o campo social1. Foi, assim, possível ajustar as problemáticas inicialmente definidas à evolução historiográfica. Cumpre assinalar, neste âmbito, a revalorização do papel exercido pela nobreza portuguesa nos domínios extra-europeus, através da análise dos diversos condicionalismos que presidiram à sua migração em larga escala, bem como da caracterização dos respectivos elementos enquanto agentes de descobrimento geográfico, conquista territorial, administração pública e exploração económica. É sabido que o desenvolvimento do processo ultramarino resultou da conjugação de vários esforços, da participação generalizada da sociedade portuguesa da Idade Moderna. Não obstante, o protagonismo alcançado na condução e implementação do movimento justifica uma atenção privilegiada sobre a prestação do estrato nobiliárquico. Se tal papel escapou tempos a fio, dir-se-ia de maneira natural, às camadas populares, dificultando em extremo um ensaio de reconstituição e problematização do seu envolvimento2, veio a assistir-se, na segunda metade 1 Não cabendo aqui lugar a uma reflexão aturada sobre a referida evolução, mais pormenores deverão ser recolhidos através da consulta de Vinte Anos de Historiografia Ultramarina Portuguesa 1972-1992, dir. Artur Teodoro de Matos & Luís Filipe Reis Thomaz, Lisboa, CNCDP, 1993 e, especialmente, de Ângela Barreto Xavier, «Tendências na Historiografia da Expansão Portuguesa. Reflexões sobre os Destinos da História Social», in Penélope, nº 22, Lisboa, Edições Cosmos, 2000, pp. 141-179. 2 Afiguram-se limitadas as possibilidades de aceder a fontes de informação susceptíveis de obviarem a lacuna. Daí que as opções de estudo estejam confinadas a fenómenos de marginalidade ou a casos individuais salientes. São disso ilustrativos os textos de Maria Augusta Lima Cruz, «Exiles and Renegades in Early Sixteenth Century Portuguese India», in The Indian Economic and Social History Review, vol. XXIII, nº 3, 1988, pp. 249-262; Idem, «As Andanças de um Degredado em Terras Perdidas – João Machado», in Mare Liberum, nº 5, Lisboa, CNCDP, 1993, pp. 39-48; Paulo Drumond Braga, «A Expansão no Norte de África», in Nova História da Expansão Portuguesa, dir. Joel Serrão & A. H. de Oliveira Marques, vol. II, A Expansão Quatrocentista, coord. A. H. de Oliveira Marques, Lisboa, Editorial Estampa, 1998, pp. 302-304; Timothy J. Coates, Degredados e Órfãs: Colonização Dirigida pela Coroa no Império Português. 1550-1755, Lisboa, CNCDP, 1998; Dejanirah Couto, «Quelques Observations sur les Renégats Portugais en Asie au XVIe Siècle», in Mare Liberum, nº 16, Lisboa, CNCDP, 1998, pp. 57-85; Vítor Luís Gaspar Rodrigues, «Sebastião Lopes Lobato: um Exemplo de Ascensão Social na Índia Portuguesa de Quinhentos», in Revista da Universidade 10 Martim Afonso de Sousa e a Sua Linhagem – Introdução do século XVI, a uma significativa mudança da situação, proporcionada pela emergência simultânea da iniciativa privada aventureira nos espaços asiáticos localizados a oriente do Cabo Comorim3 e no sertão brasileiro, primordialmente desbravado a partir do planalto de Piratininga4. De igual modo, foi somente a partir de meados de Quinhentos, que o clero regular se afirmou enquanto motor dinâmico da Expansão, em função do surto missionário que então ganhou alento renovado5. Ao invés, o concurso da nobreza foi marcado tanto por um destaque qualitativo como pelo carácter continuado do mesmo, com consequências proporcionais ao nível do volume de fontes coevas disponíveis, seja na cronística seja na massa documental avulsa. O género de abordagem que tem vindo a ser descrito implicou, no entanto, uma ruptura epistemológica em relação a uma concepção tradicional, enraizada por influência de Vitorino Magalhães Godinho, que defendia que a autonomia entre os rumos marroquino e atlântico da Expansão determinara uma especialização geográfica dos grupos envolvidos no processo: uma nobreza, de traços arcaicos, estabelecida em Marrocos, concentrada na persecução de objectivos tradicionais, associados à participação em actividades bélicas, à legitimação do seu estatuto social, ao acesso a despojos de combate e à exaltação do espírito de proselitismo religioso; e uma burguesia emergente e empreendedora, atenta aos novos espaços atlânticos e africanos e às respectivas potencialidades comerciais6. de Coimbra, vol. XXXVI, Coimbra, 1991, pp. 375-388 e Jorge Manuel Flores, «Um “Homem que Tem Muito Crédito naquelas Partes”: Miguel Ferreira, os “Alevantados” do Coromandel e o Estado da Índia», in Mare Liberum, nº 5, Lisboa, CNCDP, 1993, pp. 21-32. 3 Veja-se Sanjay Subrahmanyam, Comércio e Conflito. A Presença Portuguesa no Golfo de Bengala, 1500-1700, Lisboa, Edições 70, 1994; Maria Ana Marques Guedes, Interferência e Integração dos Portugueses na Birmânia, Ca. 1580-1630, s.l., Fundação Oriente, s.d.; Maria da Conceição Flores, Os Portugueses e o Sião no Século XVI, s.l., CNCDP & IN-CM, 1995; e Idem & João Paulo Oliveira e Costa, Portugal e o Mar da China no Século XVI..., s.l., IN-CM, 1996. 4 Veja-se Jaime Cortesão, A Fundação de São Paulo, Capital Geográfica do Brasil, Rio de Janeiro, Livros de Portugal, 1955. 5 Para um enquadramento geral da questão veja-se João Paulo Oliveira e Costa, «Pastoral e Evangelização», in História Religiosa de Portugal, dir. Carlos Moreira Azevedo, vol. II, Humanismos e Reformas, coord. João Francisco Marques & António Camões Gouveia, s.l., Círculo de Leitores, 2000, pp. 255-313. O decisivo contributo jesuíta na matéria é amplamente desenvolvido por Dauril Alden, The Making of an Enterprise. The Society of Jesus in Portugal, its Empire, and Beyond 1540-1750,
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