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Aos vinte dias do mês de Dezembro de dois mil e doze, no Auditório da Quinta do Prado, sob a Presidência de António Manuel Marinho Gomes, secretariado por Francisco Brochado Lopes e Manuel Maria Fernandes, 1.º e 2.º Secretários, respectivamente, reuniu ordináriamente a Assembleia Municipal de Celorico de Basto, nos termos do art.º 49.º do Decreto-Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, revisto pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. ------Quando eram quinze horas e vinte minutos o Sr. Presidente da Assembleia Municipal declarou aberta a sessão. ------Faltaram por motivo justificado os Senhores Deputados Municipais: José Joaquim Carvalho da Silva, Márcio Arlindo Pinto Neves, António Joaquim Ribeiro Cerqueira e António Lopes da Silva. ------

I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

PONTO N. 1 – APROVAÇÃO DA ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 28/06/2012 E APROVAÇÃO DA ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 27/09/2012. ------Pediu a palavra o Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de Sousa que disse em relação á ata de 27/09/2012 e no ponto que se refere à Reforma Administrativa, ela não reflete a discussão que se passou na Assembleia, apenas diz “…foram feitas intervenções pelos líderes dos grupos…”, e não aparecem as intervenções que nós achamos que são relevantes para o caso, pelo que pedimos a correção desse ponto. ------Pelo Sr. Presidente da Mesa foi comunicado que iam ser transcritas para a ata de 27/09/2012, as intervenções a que aludiu o Sr. Deputado Mário Sousa. ----- Posta a votação a aprovação da Ata da Sessão Ordinária de 28/06/2012, foi a mesma aprovada por maioria com uma abstenção. ------A votação para a aprovação da ata de 27/09/2012, foi agendada para a próxima sessão da Assembleia Municipal, constando já com as alterações que foram indicadas. ------PONTO N. 2 – INFORMAÇÕES. ------O Sr. Presidente da Mesa informou que tem representado a Assembleia em todos os atos para que foi convidado e que esteve presente numa reunião da ACES do Tâmega, por insistência do Presidente da Comissão que é o Sr. Presidente da Câmara de Baião. ------PONTO N. 3 – OUTROS. ------

Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, que disse querer iniciar a sua intervenção apenas para transmitir uma informação muito clara. Na sequência do processo da reorganização administrativa que está em curso e que agora tramita, julgo, para o Sr. Presidente da República, em que foi feito um trabalho pela Unidade Técnica, que foi aprovado pela Assembleia da República. Aquilo que posso informar é que nós temos feito contactos e reuniões de cariz técnico e naturalmente político com o objectivo de formatar um processo judicial com o sentido de que nós possamos recorrer a todos os mecanismos legais para fazer valer aquilo que foi a posição assumida por esta Assembleia Municipal, manifestado e endossado à Assembleia da República em Setembro do corrente ano, no sentido da manutenção das vinte e duas . E por isso, imediatamente a partir do momento em que este processo começou a ser, digamos, esboçado na Unidade Técnica, a partir dessa altura que o Departamento Jurídico da Câmara, começou a trabalhar neste sentido. E por isso aquilo que for feito, será feito numa lógica em conjunto, numa lógica integrada por um lado o Município e por outro lado as Juntas de . E isto tem a ver obviamente com uma sequência lógica daquilo que foi a tomada de posição e daquilo que eu e muita gente entendeu, como toda a gente que na altura estava presente na reunião entendeu, que deverá ser a posição deste orgão. Além do mais tudo aquilo que foi feito subsequentemente teve um princípio básico, a manifestação da opinião clara das Assembleias de Freguesias e das Juntas de Freguesia, que manifestaram na altura à Câmara Municipal e foi aqui transmitido à Assembleia Municipal a sua posição contrária relativamente à agregação de cada uma das freguesias. E a posição foi muito clara e por isso ninguém na altura estava mandatado democraticamente para vir aqui propôr que qualquer freguesia que fosse, se agregasse a outra freguesia uma vez que ninguém manifestava intenção qualquer que fosse nesse sentido. E por isso o princípio democrático que vigorou e por isso também nós estamos a trabalhar no sentido de que o processo vá para via judicial. Aliás, não é um dado novo no País, uma vez que muitos processos estão a ser preparados pelo País fora. E também devo dizer que no distrito de que é o distrito que mais freguesias tem no nosso País, houve dez Municípios que fizeram não pronúncia. Às vezes as pessoas poderão achar que o caso de Celorico de Basto, aquilo a que foi a sua posição, foi um caso isolado, mas no distrito de Braga que é o que tem mais freguesias há dez dos catorze ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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concelhos que tem uma situação como a de Celorico de Basto. Era esta a informação que eu queria dar nota no início dos trabalhos. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Paulo Lemos Marinho que fez a seguinte comunicação à Assembleia: Exmº Senhor Presidente da Assembleia, Exmº Senhor Presidente da Câmara, Exmº Senhores Vereadores, Exmº Senhores Deputados Municipais – Venho comunicar a vossas Ex.ªs que por motivo de integrar um novo projecto para Celorico de Basto, todas as minhas declarações e intervenções, a partir da presente data, são da minha exclusiva responsabilidade, pelo que deverei ser tratado a partir da presente data como deputado municipal independente. Mais informo que tenciono cumprir o meu mandato até ao fim. Esta minha posição foi comunicada em tempo oportuno ao Sr. Alfredo (Presidente da Concelhia do Partido Socialista), no entanto, quero deixar um abraço amigo a todos os Deputados Municipais do Partido Socialista. ------Referiu depois que tinha algumas questões para colocar ao Sr. Presidente da Câmara. Como é do conhecimento de todos foi criado, salvo erro no início deste ano, o Conselho Municipal para a Eficiência Energética. Eu queria perguntar ao Sr. Presidente da Câmara, qual a actividade que este Conselho teve até á presente data? E porque razão desde a tomada de posse nunca se chegou a reunir? Relacionado com este assunto tenho também uma comunicação/recomendação a fazer a esta Assembleia que passo a ler: Recomendação – Candidatura ao Fundo de Eficiência Energética – É do meu conhecimento, que o Fundo de Eficiência Energética (criado pelo Decreto-Lei n.º 50/2010 de 20 de Maio), lançou no dia 21 de Novembro de 2012, trés avisos para apoio financeiro a candidaturas destinadas às áreas Residencial, Indústria e Estado, que visem o desenvolvimento de projectos e iniciativas que promovam a eficiência energética. Nesse contexto, entendemos que, para além do contributo ambiental, que possa ser proporcionado, poderão ser obtidos benefícios financeiros diretos, através do financiamento de 100% das despesas totais elegíveis, até ao limite de 25.000 euros e benefícios financeiros indirectos através da redução do consumo final de energia. Assim sendo eu em conjunto como grupo parlamentar do CDS-PP, proponho que a Câmara Municipal, pondere uma eventual candidatura ao Fundo de Eficiência Energética, sendo importante referir que o prazo limite para apresentação das candidaturas é o dia 4 de Fevereiro de 2013. Junto se anexa o Aviso 05 – CE. Estado 2012, emitido pelo FEE – Fundo de Eficiência Energética em 21-11-2012. ------

Outra questão que tenho vindo a levantar é a questão da natalidade. A natalidade em e consequentemente no nosso concelho tem um decréscimo a um ritmo muito acelarado. Segundo os últimos dados parece ter atingido este ano níveis históricos. Porque razão Celorico de Basto nunca fez nada para tentar inverter esta situação? De seguida passo para outra recomendação. Como é do conhecimento do Sr. Vereador da Educação, no Centro Escolar da Mota existe um muro que da parte exterior tem uma altura considerável e de fácil acesso aos miúdos pela parte interior. Esta correcção já foi feita na parte lateral. Recomendo que com a máxima urgência que procedam á vedação antes que aconteça uma tragédia. Quando o Sr. Vereador lá esteve eu próprio chamei a atenção para este assunto. Foi corrigida a parte lateral, mas a parte frontal continua exactamente igual. Outra recomendação que trago para aqui era de uma homenagem a um ilustre Celoricense que levou o bom nome da terra longe. Como é do conhecimento de todos nós o ilustre Celoricense Dr. José Luís Lopes da Mota, tem um percurso profissional exemplar e desempenhou funções importantes quer em Portugal, quer na Europa, tendo inclusivé chegado primeiro como representante de Portugal e depois como Presidente de uma importantíssima Organização Europeia, a EUROJUST. Pelo exposto recomendo a esta Assembleia e ao Município que seja feita uma homenagem muito merecida a este ilustre Celoricense. Foi também lido e entregue na mesa pelo Sr. Deputado um requerimento com uma série de questões que a seguir se transcreve:- No passado mês de Fevereiro em reunião ordinária n.º 4/2012 da Câmara Municipal de Celorico de Basto datada de 06/02/2012, foi presente uma proposta pelo Sr. Presidente que passo a ler: “ No sentido de se aplicarem aos contratos de prestação de serviços em regime de avença e consultadoria técnica as regras de redução da remuneração previstas no art.º 19.º da Lei 55-A/2010, de 31 de Outubro, nos casos em que esses contratos tenham uma remuneração mensal total ilíquida superior a 1.500.00 euros, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, mais propondo que seja deliberado ratificar as renovações ocorridas no ano de 2011 com os contratos de prestação de serviços em regime de avença com a Dr.ª Paula Medeiros; Dr. João Gomes Alves, Arq. Nuno Miguel Lopes Mendes, Rosa Cândida Mota Magalhães e Cruz, Cunha & Campos, Sroc., bem como dos contratos de prestação de serviços em regime de consultadoria técnica com Portela & Rodrigues, Lda, Casa do Portelo – Agroflorestal, turismo e floresta, Lda., Ambibasto – Ambiente e florestas, Lda. e Desempenho Perfeito, Lda.” ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Curiosamente no mesmo mês, mais concretamente a 22 de Fevereiro de 2012, é publicado uma notícia (Jornal o Sol), dando conta que a autarquia tinha celebrado por ajuste directo a contratação das empresas Casa do Portelo – Agroflorestal, turismo e floresta, Lda e Ambibasto – Ambiente e florestas, Lda., esta 1.ª gerida pelo antigo Presidente da Câmara e a 2.ª até meados de 2009 pelo antigo Vereador e actual Presidente da Assembleia. Foram sempre muitas as dúvidas em torno desta questão, inclusivamente questões se levantaram em Assembleias Municipais pelos partidos da oposição aqui representados. Assim, e dadas as circunstâncias, venho por este meio solicitar alguns esclarecimentos prestados por V. Ex.ª. 1. Qual a prestação de serviço a ser executada pela empresa Ambibasto – Ambiente e florestas, lda? 2. Quantos funcionários disponibilizam a Ambibasto – Ambiente e florestas, lda? E qual o seu grau académico? 3. E desde que ano a empresa Ambibasto – Ambiente e florestas, lda, presta serviço para a autarquia? E quem representava a Empresa? 4. A empresa Casa do Portelo – Agroflorestal, turismo e floresta, lda continua a prestar serviço à autarquia? Será nos mesmos moldes, isto é, nas áreas das finanças, economia e gestão, para o acompanhamento do plano plurianual de investimento e orçamento? 5. Em caso afirmativo, quem representa a empresa Casa do Portelo – Agroflorestal, turismo e floresta, lda? 6. Quantos funcionários disponibilizam a empresa Casa do Portelo – Agroflorestal, turismo e floresta, lda? Pelo Sr. Deputado António Paulo Lemos Marinho, foi lida uma proposta que entregou á Mesa com o seguinte teor: Exmos Senhores. Como é do vosso conhecimento na Assembleia Municipal de Setembro foi aprovado por maioria a atribuição de despesas de representação ao pessoal dirigente do município. Também é do conhecimento que esta medida só vai beneficiar quem já ganha acima da média e ocupa cargos dirigentes no município de Celorico de Basto e é um contra senso numa altura em que se pede sacrifícios a todos os cidadãos e empresas, na verdade isto representa um suplemento de salário a estas pessoas. O aumento da miséria e consequentemente dos suicídios é uma realidade quer no nosso concelho quer em Portugal. Por tudo o exposto sou da opinião que os sacrifícios devem ser para todos e a classe política deve dar o exemplo. Nesta sequência proponho que seja revogada com efeitos imediatos a atribuição de despesas de representação ao pessoal dirigente e que a verba que iria ser gasta com o acréscimo desta despesa seja transferida para as vinte e duas juntas de freguesia do nosso concelho que certamente lhe poderão dar uma finalidade mais útil. Requeiro a votação nominal. Atentamente o deputado

municipal. Por último o Sr. Deputado leu e entregou à Mesa uma segunda proposta que se transcreve: Exmºs. Senhores. Conforme é do conhecimento de todos, quando se pede uma licença de construção, por vezes o cidadão acaba as obras muito antes de a licença caducar, nomeadamente as licenças de cinco anos. Pelo exposto proponho que sempre que o munícipe acabe e requeira a licença de habitação e ainda falte mais de um ano para terminar a licença de obras o município proceda á devolução do dinheiro pelo tempo não decorrido. O Deputado Municipal – António Paulo Lemos Marinho. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de Sousa, para segundo disse colocar uma questão muito concreta em relação ao caminho do Corgo, para Vale de Bouro, onde se começaram as obras há uns tempos e que acerca de um mês estão paradas. Vão-se ouvindo várias versões, mas a única que me interessava ouvie era a do Sr. Presidente da Câmara. ------Foi também dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, que começou por dizer que esta Assembleia embora ordinária devia ser extraordinária e para vários dias, porque há quinze pontos em discussão e é realmente complicado. Sendo que o nosso espaço político municipal também se faz aqui e nomeadamente no período de antes da ordem do dia, que é o espaço em que temos liberdade para definir que temas é que cá trazemos e é complicado. Disse que ía tentar ser o mais breve e sintético possível porque temos uma longa tarde pela frente. Vou só comentar a apresentação que o Sr. Presidente da Câmara fez em relação ao processo judicial que irá intentar em Tribunal. Mais um processo. Se calhar mais um processo como é o da variante do Tâmega que se arrasta há vinte anos. A gente até já perdeu o rumo desse processo, estará no Tribunal Europeu? Não estará? Já não sabemos onde está. E o que ao CDS, diz respeito a proposta que era feita de manutenção de vinte e duas freguesias, perdoem-me que o diga, essa proposta é legalmente impossível de ser feita, porque não tinha cabimento legal. O que poderá ter cabimento legal é alguém entender que a lei é ilegal, isso é outro problema. Agora dizer nós queremos ficar com vinte e duas freguesias e os outros Senhores que reduzam as deles, isso nós não podíamos fazer no âmbito desta Lei. Não devemos confundir o que é claro. Também é claro que o Município não quis saber da desclassificação da freguesia de Ourilhe nem da freguesia de Gémeos. Porque se o Município tivesse atempadamente pedido a desclassificação destas duas freguesias elas não estavam agregadas. Não estavam agregadas e não é em Setembro que se poderia fazer esse pedido, era ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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antes, nós alertamos várias vezes. Em relação à proposta de retirar os subsídios que aqui foram aprovados em Setembro, o CDS concorda plenamente com a proposta do Deputado Independente Paulo Marinho, porque não cabe. Embora o Sr. Presidente já tenha dito que não foi conceder nada de novo, mas renovar o que existia. E nós quando renovamos o que existe podemos mudar de ideias, não estamos amarrados ao que existe e podíamos ter tido essa oportunidade e não tivemos. Portanto concordo plenamente com essa proposta, porque sacrifícios tem que ser para todos. Eu sei que esses técnicos também já têm sacrifícios, em sede de IRS também estão a ser penalizados, mas não podem estar a ser penalizados por um lado e a receberem brindes pelo outro. Iria perguntar ao Sr. Presidente quantos Solares estão classificados com interesse Municipal no nosso Concelho? Quantos são? Será que esses Solares só servem para ser exibidos no dia das Camélias e noutras festividades e noutros anúncios? Essa classificação é primordial, tanto para os Solares terem acesso a linhas de crédito, tanto para os Solares terem isenção de IMI, porque a isenção de IMI, resulta dessa lei. E também a propósito de Solares, perguntava também onde é que está o tão anunciado livro sobre os mesmos? Foi anunciado um livro sobre os Solares, gostaríamos de saber que grupo de trabalho está a elaborar esse fabuloso trabalho, que será certamente, e muito trabalhoso. Finalmente ía propor também uma recomendação à Assembleia e ao Município de homenagem a também um Celoricense ilustríssimo que faz parte desta Assembleia, que é Joaquim Manuel Ferreira da Cunha. Foi Campeão do Mundo em 2008 de Kung Fu. Que foi duas vezes Campeão Nacional. Que foi duas vezes Campeão Regional de Kung Fu. Que no último Campeonato Nacional, teve oito atletas nos primeiros lugares (orienta atletas). E esse reconhecimento que eu saiba nunca foi feito a esse atleta que é um atleta de altíssima competição e de altíssimo gabarito internacional e mundial. Nunca foi recordado, nunca foi distinguido e penso que deve ser distinguido e recordado todos aqueles que merecem essa distinção. Por fim e mesmo para concluir propunha que o ponto n.º 5 da Ordem de Trabalhos que é “ Mapa de Pessoal de 2013”, e o ponto n.º 7, “Adaptação da Organização da Câmara Municipal à Lei 49/2012 de 29 de Agosto”, fosse alterada a sua votação e ordem, ou seja, o ponto n.º 7 passava para o n.º 5 e o ponto n.º 5 para ponto n.º 7, porque penso que não tem cabimento o contrário, mas nos pontos respectivos vamos falar sobre o assunto. Penso que primeiro devíamos saber o que é que a Câmara quer para o Município e como é que a Câmara pretende reorganizar-se e

depois então saber como é que vamos votar o Mapa de Pessoal de 2013. Senão arriscámo-nos a estar a votar o Mapa de Pessoal que vai durar onze dias. Ou então onze minutos. Acho que deve ser alterada a Ordem de Trabalhos. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para responder às questões que lhe foram colocadas. Quanto às questões colocadas pelo Dr. Paulo Marinho e em relação ao Conselho Municipal para a Eficiência Energética, ele tem feito um grande trabalho e a redução de 20% da fatura do consumo da Câmara demonstra exatamente isso mesmo. Tem havido uma grande interação entre os diversos parceiros e tem sido possível articular novas políticas de consumo de energia pública. É evidente que ao nível privado ainda não conseguimos aprofundar tudo aquilo de que gostaríamos, mas estamos a trabalhar nesse sentido. Também há muita legislação que está a ser reestruturada em termos de produção energética, sejam micro hídricas, mini hídricas, sejam as eólicas. Neste momento está tudo a ser reequacionado. E por isso também há a legislação que sustenta este setor, está neste momento num vazio e que eu espero que dentro em breve as coisas fiquem devidamente ultrapassadas. Relativamente à taxa de natalidade, esta em Portugal é de 1.1, a taxa de natalidade na Alemanha que é a mais elevada da Europa, está em 1.8. A taxa da natalidade da Espanha é de 1.4. A taxa de natalidade na Europa é a mais baixa do Mundo e a de Portugal, se não estou enganado é a segunda mais baixa de todo o Mundo. É de facto um problema complicado e muito grave porque isto põe em causa a sustentabilidade do próprio País e daquilo que cada um terá que trabalhar ao longo da sua vida para depois se poder reformar ou não. Se há poucas crianças se há poucos jovens, no futuro as pessoas só se podem reformar aos setenta anos ou setenta e um e não há outra maneira. O único modelo para o futuro é as pessoas trabalharem até mais tarde para depois receberem durante menos tempo as reformas. É a única maneira de equilibrar esta equação. Porque toda a gente sabe que quem trabalha aquilo que hoje em dia desconta, é para pagar às pessoas que recebem actualmente as reformas. Mas há pessoas que pensam que descontam para um sítio que é para depois mais tarde receber. Mas não, nós descontamos que é para serem pagas as reformas actualmente. Isto é preocupante, porque se nós estamos a pagar, quem é que nos assegura as nossas reformas um dia mais tarde? E esta é que é a grande questão. Esta é que é uma discussão Nacional, muito profunda que tem que existir. Além do mais esta era uma tendência que já vinha há alguns anos a esta parte, a diminuição da taxa da natalidade em ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Portugal. É uma questão cultural. As pessoas olham mais hoje em dia ter filhos como um encargo de que como um investimento. Antigamente, olhavam para ter filhos como um investimento, hoje em dia é um encargo. Porque acham que ao ter um filho tem que lhe dar tudo do melhor, e eu não estou a dizer que não, para ter dois filhos também têm que lhes dar tudo do melhor e a partir daí já não conseguem. Depois também têm que ter tempo e dinheiro para as férias, dinheiro para investir num carro. Esta questão é cultural e ao mesmo tempo passou depois a ser também económica. Porque há trés, quatro anos a esta parte, fruto das dificuldades económicas que o nosso País e a Europa atravessa, claro que também começamos aqui a gerir expectativas e ansiedades, e as pessoas ainda com mais dificuldade avançam para apossibilidade de terem filhos. Porquê? Tem trabalho precário, estão desempregados, não sabem como vai ser o seu futuro, têm os filhos numa idade cada vez mais avançada e portanto colocam-se muitos pontos de interrogação sobre este ponto de vista. Eu sei que há Câmaras em determinados sítios que tem o pacote de mil euros em que é atribuído um apoio de mil euros a cada nascimento. Em que as compras são feitas no concelho, seja em fraldas, medicamentos e alimentação. Mas também sei que tudo isso que depois aparece na televisão, em termos práticos não tem resultado nada. O efeito prático desse tipo de apoio, a não ser a notícia que aparece na televisão, o efeito prático é nulo. Um casal dizer que a Câmara aprovou um pacote de mil euros, de fraldas, leite, medicamentos e decidirem ter um filho, não acho que esteja mal, acho que tudo isso é importante, positivo e bom. Mas o que penso é que esta é uma questão de fundo, porque o País precisa de criar políticas estruturantes a este nível. E não pode ser uma Autarquia que vai dar quinhentos euros ou setecentos euros e se calhar esse dinheiro até vai ser mal aplicado, porque há sítios onde não há controlo e o dinheiro não é para os filhos mas para outras coisas, é preciso ter muito cuidado. Por isso quando se fala em política de natalidade é preciso ter uma visão integrada e uma vez por todas tem que se encarar este problema como muito complexo, sério e que tem de ser abordado de uma forma realista não se podendo meter aqui demagogia. Este tipo de assuntos tem que ser tratados sempre de uma forma absolutamente concreta, numa perspectiva integrada. Ninguém pense que pode abordar o tema da natalidade na freguesia do Rego, por exemplo, ou no Concelho de Celorico, e o resto do País não tem nada a ver com isto. Vivemos numa sociedade ultra integrada, com sistemas integrados de comunicação em tempo real e por isso é preciso as pessoas abordarem com

cuidado estas questões, mas claro o interesse é grande e é estrutural para o futuro do País. Relativamente á homenagem do Sr. Dr. Lopes da Mota, eu tive oportunidade de estar presente na cerimónia que ocorreu salvo erro no ano de 2006, da atribuição da medalha de honra grau ouro do Concelho de Celorico e na altura, nesta mesma sala, estive presente nessa manifestação de homenagem que lhe foi atribuída na altura e eu acho que sim que foi bem atribuída e por isso o orgão executivo atribuiu penso que por unanimidade e por isso houve aqui uma sessão específica para o homenagear. Agora não sei se existiu mais algum compromisso de outra homenagem de outro carácter, desconheço. Tenho aliás uma grande amizade e respeito pelo Sr. Dr. Lopes da Mota. Relativamente às prestações de serviço tenho a informar, já tinha informado há algum tempo atrás mas vou dizer outra vez que a Câmara Municipal não tem prestações de serviços. Aliás na altura que a notícia foi para o jornal o SOL, eu sei bem o processo todo, quem trabalhou as coisas e sei como é que as coisas todas foram feitas. Foram feitas porque há uma coisa nesta casa que existe. Quem está na Câmara Municipal sabe que tudo que tem que ir á reunião de Câmara, mesmo que haja a dúvida, eu na dúvida digo, vai a reunião de Câmara, é sempre assim. E na altura foi há reunião de Câmara exactamente para de acordo com a lei aprovar o quadro daquilo que eram as avenças e prestações de serviços. E as avenças existem, penso eu que são quatro que continuam a existir e as prestações de serviços esgotaram o seu tempo naquele momento que nós achamos que devia esgotar atendendo aquilo que era o seu serviço, que era importante até uma determinada altura e depois como tudo na vida contratamos serviços e depois deixamos de os ter, porque há momentos em que eles são precisos e há outros que não são precisos. E por isso eles deixaram já há bastante tempo de existir. Relativamente às chefias, cada um elege um cavalo de batalha ou algo sobre o qual deve falar. Tem-se falado aqui muito nas Chefias de Divisão e Directores de Departamento. Eu queria aqui lembrar o seguinte: É evidente que quem ganha quatrocentos e oitenta e cinco euros merece o máximo respeito, quem está desempregado merece o máximo respeito, quem recebe o RSI, merece o máximo respeito, quem passa por momentos difíceis merece o máximo respeito e merece o máximo apoio. Agora eu queria aqui lembrar que óbviamente que os funcionários que estão nas Chefias, não sendo mais do que ninguém, também não podem ser menos que os outros e eles foram reduzidos em 10% nos seus rendimentos num curto espaço de tempo e num curto espaço de tempo foi-lhes cortado o décimo ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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terceiro e décimo quarto mês. E desde 1999 que recebem esse apoio que foi consagrado na altura pelo Governo. Aqui não foi intenção de acrescentar, foi intenção de manter. Há pessoas que acham que além daquilo que é a redução dos 10% e do 13º e 14º mês, também se deve reduzir isso, eu respeito essa posição, mas esse não é o meu entendimento, mas respeito. Relativamente à questão colocada pelo Professor Mário, sobre a estrada que liga Vila Nova, no Corgo, até Vale de Bouro, é evidente que o grande problema é que esta estação das chuvas que o ano passado não foi das chuvas mas foi do Sol e tivemos um Inverno Primaveril. Nesta altura para quem assenta paralelo, pode acontecer que passados trés meses tem outra vez de os levantar e voltar novamente a colocá- los. E sob o ponto de vista técnico, porque não sou eu que domino isso, o atraso deve-se exclusivamente a isso. Não haja dúvidas que nós temos toda a vontade em acabar com a obra, porque de facto nós entramos lá com o objectivo de resolver um problema que era a irregularidade do piso daquela estrada e por isso nós queremos fazê-la, mas queremos fazê-la bem e que o tempo permita que a obra fique acabada como deve ser para resistir durante uns anos para que pessoas e bens possam circular em segurança e comodidade. Em relação ao Sr. Dr. Castro Leal, relativamente às freguesias e à questão da descrença ou não no sistema de Justiça. Obviamente o Sr. Dr. tem mais conhecimento de causa do que eu, apesar de eu lutar e pugnar e acreditar que vivemos num Estado de Direito e que devemos pelas vias legais lutar por aquilo que nós achamos que são os nossos direitos. E se as coisas duram mais ou menos tempo, nós devemos lutar pelos nossos direitos e é para isso que existem os Tribunais, para isso é que existem os Advogados e é para isso que também existem os Juízes. É por isso que o nosso sistema Judicial existe e eu espero é que ele melhore para que os processos não se arrastem dez, quinze ou vinte anos. E numa matéria que é tão importante espero que os tribunais sejam céleres e rápidos para evitar prejuízos para a nossa comunidade e para muitas outras comunidades no nosso País. Relativamente ao número de solares, não tenho aqui o número preciso e portanto não quero estar a dar uma informação incorrecta, poderei é solicitar essa informação e depois remeter ao Sr. Dr. a mesma. Há uns anos houve um município, Ponte de Lima, em que um conjunto de pessoas que tinham solares se juntaram e fizeram candidaturas num tempo bom e recuperaram muitas casas. Alguns mantiveram Turismo de Habitação, outros tinham as casas sempre ocupadas, mas fizeram a requalificação. Cá em Celorico, digamos que houve trés,

quatro casas que fizeram isso e muitos outros que não o fizeram porque não estavam com certeza elucidadas para aquilo que poderiam fazer. De qualquer das formas a questão dos solares eu tenho falado com várias pessoas que são proprietárias, aos poucos se repararmos alguns solares têm vindo a ser adquiridos. Há alguns solares que estão a sofrer obras profundas de requalificação e nota-se que há uma vontade e uma apetência e alguns estão em negociações, eu estou a par dos processos, porque de facto é muito importante que esse património seja reabilitado, que vivam lá pessoas. Porque durante o processo de reabilitação, contratam-se obras, vêm pessoas de fora, são mais pessoas que consomem cá no concelho e que trazem coisas para o concelho e além do mais valoriza o património sob o ponto de vista turístico, para quem quer conhecer um património bonito é sempre importante. Em relação ao livro, de facto o livro está a sofrer algum atraso por estar á espera duma comparticipação comunitária, uma vez que se trata de em livro que se baseia muito nas imagens, naquilo que é o nosso património e aquilo que são os conteúdos que estão elaborados. Aquilo que estamos a aguardar é o enquadramento financeiro, porque naturalmente se podermos ter um enquadramento financeiro e esperar algum tempo mais, é preferível obter o enquadramento do que estarmos a gastar dinheiro que poderá como dizem e bem ser aplicado noutras coisas. Quanto á questão da homenagem ao Deputado Joaquim Cunha, eu enquanto era Vereador, quando soube das qualidades do Dr. Joaquim Cunha, pois ele também é Advogado, como um grande atleta que de facto é, já o era na altura, eu tive o cuidado de o chamar à Câmara Municipal e na altura com o Presidente do Comité Olímpico de Portugal, que estava cá em Celorico, tivemos oportunidade de conviver um bocado e de lhe entregar algo que era um símbolo do nosso Concelho, ao Joaquim Cunha. Devo dizer mais que, além das homenagens ele tem encontrado sempre em mim uma pessoa que o apoia para aquilo que ele pretende desenvolver, seja na Mota, seja aqui em Celorico. Tudo aquilo que ele precisar em termos de colaboração, não só para a parte desportiva mas para a parte também empresarial, porque também obviamente as pessoas fazem esse caminho e também não deixa de ser menos importante, nós também temos feito essa colaboração, temos conversado e o canal está aberto. As homenagens são importantes mas acima de tudo o apoio, o estar presente, o poder colaborar e o poder ajudar, também acho que é fundamental. Não deixando a Autarquia de se esquivar a homenagens que são reconhecidas e que são de mérito das pessoas ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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que de facto se destacam na nossa comunidade. Relativamente á questão dos pontos números 5 e 7 da ordem de trabalhos, não há problemas de estarem conforme estão, porque o Mapa de Pessoal não colide com aquilo que é uma proposta básica de estruturação da Câmara de Celorico, preparatória para o organigrama atendendo á legislação nova que está implementada. Isto é um modelo base para o qual nós depois vamos ter de trabalhar para reestruturar e trazer aqui há Assembleia Municipal o organigrama de funcionamento da própria Câmara Municipal. E por isso não vejo que um colida com o outro sob o ponto de vista legal. Penso que o que está aqui em causa no Mapa de Pessoal é saber em CTR e CTI, quantos é que são, qual é a variação que acontece, o que é que nós aprovamos e o que é que nós entendemos. E a outra questão tem a ver com as Chefias apenas, dizer a organização em termos Departamentos e Chefias, mais à frente tentarei explicar melhor. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Paulo Lemos Marinho, para dizer ao Sr. Presidente da Câmara que possivelmente dada a grande quantidade de questões, passou-lhe algumas coisas ao lado e não respondeu directamente a algumas perguntas que eu coloquei aqui de forma directa. Falou que o Conselho Municipal para a Eficiência Energética, que tem feito um bom trabalho. O que é facto é que eu sou Membro dessa Comissão e nunca fui convocado para nenhuma reunião. Apresentei agora aqui uma recomendação não sei se o Sr. Presidente, ou aliás a não ser que tenham feito reuniões e não me tenham convocado. Eu perguntei se alguma vez chegou a reunir? Se quiser responder já? O Sr. Presidente da Câmara, respondeu que houve reuniões sectoriais. O orgão todo não reuniu, teve reuniões sectoriais em termos de trabalho concreto com os parceiros EDP e com outras entidades. Reunião formal do Conselho, não.- O Sr. Deputado Paulo Marinho referiu que tenha tido conhecimento, como disse de reunião formal, nunca houve, porque faço parte desse Conselho e nunca fui convocado para qualquer reunião. Gostava de saber se vai acolher ou não a nossa recomendação que foi apresentada, do Conselho Municipal para a Eficiência Energética. Sobre a natalidade quero dizer que aqui não falei com demagogia, falei de um problema concreto do País. O problema e a responsabilidade não é só da Câmara é também do Governo, mas é um problema que existe e de facto há Municípios que fazem algo. Aqui não se tem feito nada, pelo menos que eu tenha conhecimento. Eu também coloquei questões concretas sobre as Empresas, de que dei uma relação ao Sr. Presidente da Assembleia, e

nenhuma das questões foi respondida directamente. Se não poder responder hoje agradeço que o faça numa próxima Assembleia. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que pediu para esclarecer uma situação. A Assembleia Municipal é um orgão soberano e o Presidente da Câmara vem aqui prestar esclarecimentos. O Presidente da Câmara não vem aqui dizer à Assembleia para tomar qualquer posição que seja. As propostas que dão aqui entrada, as pessoas se acham que devem ter acolhimento, devem primeiro admiti-las e depois devem votá-las, é assim que funciona, penso eu o Regulamento da Assembleia Municipal. O Presidente da Câmara aqui é uma pessoa que vem prestar esclarecimentos, que vem prestar informação, mas que não está aqui para dizer à Assembleia Municipal o que é que ela deve fazer. ------O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal referiu que íam ser colocadas a votação para serem ou não admitidas para discussão as duas propostas apresentadas e as recomendações vão ser enviadas para a Câmara Municipal para dar seguimento ou não a essas recomendações. As propostas, mal termine a intervenção que falta, vão ser postas a votação para serem ou não admitidas.------De seguida o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, disse que como prometido na última Assembleia ía prestar o seguinte esclarecimento em relação ao INEM. Relativamente ao INEM, como sabem desde o ano de 2000, desde que eu estou no Comando dos Bombeiros, que todos os anos no plano de acção das reuniões que tínhamos com o INEM, solicitavamos sempre a criação de um posto INEM aqui no nosso concelho. Nunca foi conseguido. Depois em Fevereiro de 2008 com fecho do SAP’s nocturno, foi instalado no mês de Fevereiro de 2008, no Centro de Saúde de Celorico de Basto com o horário das 20,00 horas às 08,00 horas, uma ambulância de suporte básico de vida do INEM. Esta colocação desta ambulância era pelo fecho do SAP em horário nocturno, era uma compensação. Mas a negociação que houve entre o Sr. Presidente da Câmara e o Ministério da Saúde e outras Entidades o SAP acabou por não fechar e o serviço nocturno acabou por se manter até hoje e vai-se manter julgo até ao fim do ano. Hoje abre o Hospital de Amarante com todos os seus serviços e os serviços de urgência e amanhã entra em funcionamento pleno todos os serviços e os serviços de urgência. O SAP nunca fechou o seu horário nocturno, mas o INEM foi mantendo sempre cá a ambulância, nunca a retirou. No início do ano de 2011, o INEM contactou-nos para colocar a PEM (Posto de Emergência Médica), no corpo de ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Bombeiros. Com certeza que dissemos que sim, que estávamos abertos a isso, já era uma ambição de há muito tempo. Numa reunião que foi efectuada entre a Direcção do Bombeiros e Comando, o representante do INEM Norte, Sr. Dr. Meira, que depois também teve uma conversa com o Sr. Presidente da Câmara, e chegaram ao acordo de não retirar a ambulância INEM, porque nessa altura só íam retirar a ambulância INEM de Celorico e ía manter-se Cabeceiras, e muitas outras que foram entretanto deslocadas. Neste mês de Setembro deste ano, fomos contactados pelo INEM, para analisarmos o protocolo e se estávamos ou não em condições e interessados em receber o posto PEM. Entretanto foi dada formação a quatro elementos já tinhamos quatro mas foram chamados mais quatro elementos para o Porto, para o Centro de Formação do INEM, para serem formados em Técnicos da ambulância de socorro que se iniciou na última semana de Agosto, o mês de Setembro e a primeira de Outubro, são cinco semanas consecutivas com uma semana de estágio. Entretanto no dia vinte e oito de Setembro de 2012, fomos ao Porto assinar o protocolo às instalações do INEM, para a recepção da respectiva ambulância que entrou em funcionamento no dia um de Outubro com o horário de 24 horas sobre 24 horas, trezentos e sessenta e cinco dias no ano. Só por isto acho que melhorou e muito, enquanto que antes tínhamos uma ambulância doze horas só em serviço nocturno, agora passou a estar 24 horas sobre 24 horas. Temos neste momento oito elementos bombeiros formados pelo INEM, como Técnicos de Ambulância de Socorro. Temos pedido para que mais bombeiros possam ir fazer esse curso o que não é muito viável para pessoas que trabalham, porque são cinco semanas consecutivas em horário laboral, embora o INEM já esteja a reformular o curso para que possa ser feito em horário pós laboral e mais longo, mas também para eles é muito difícil. Temos a vantagem de por acaso a responsável pela formação do INEM aqui do Norte ser uma Celoricense, uma enfermeira que é da freguesia de Vale de Bouro, de nome Adriana Machado, que nos tem ajudado muito. O que eu queria dizer é que desde o dia um de Outubro, esta ambulância já fez cento e oitenta serviços até ontem às 24 horas o que nos oitenta dias de serviço dá uma média de dois vírgula vinte e cinco por dia. Enquanto a ambulância que estava no Centro de Saúde, de Fevereiro de 2008 a Outubro de 2012 a média de serviços que fez foi de zero vírgula vinte e cinco, não chegou a meio serviço, dia sim, dia não. Por estes números se vê que ficamos mais bem servidos até porque escusado será dizer que há mais serviços durante o dia do que durante a noite. Dizer também

que dos técnicos que faziam aqui serviço nocturno três deles eram e são nossos bombeiros, que vinham fazer o serviço do INEM de noite e que continuam a ser Técnicos do INEM e Bombeiros Voluntários. Entretanto também durante o mês de Outubro saíu um despacho do Ministério da Saúde que vem dizer que as ambulâncias de socorro constituídas como Postos de Emergência Médica, passam a ser todas sediadas em sedes de Concelho. Posso também dizer-vos o que o distrito de Braga a partir do dia 1 de Janeiro, vai ficar com uma PEM em todas as sedes de concelho. A única que faltava e ainda falta vai ser entregue no dia 1 de Janeiro, é uma ambulância igual à nossa e vai para Terras de Bouro. Assim o distrito de Braga e o de Bragança, ficam para já como sendo os distritos que tem em todos os seus concelhos a PEM. Informo também que mais de 40% do Técnicos que são permanentes do INEM, são Bombeiros Voluntários. Era esta explicação que tinha para dar, porque havia a ilusão de que a saída da ambulância que estava no Centro de Saúde, foi prejudicial, quando eu acho que a vinda dela para os Bombeiros foi muito mais benéfico para a população. Postos de trabalho também não se perderam. Acho que o concelho e a população não perdem antes pelo contrário, lucram, porque agora têm uma ambulância trezentos e sessenta e cinco dias no ano, 24 horas ao serviço. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de Sousa, que começou por agradecer as explicações dadas pelo Sr. Presidente da Mesa e para referir de seguida que quando falou na questão do INEM, não foi para entrar em qualquer diferendo que eu sei que existe, entre Bombeiros, Médicos e INEM, que sei que sempre houve aí alguns diferendos. Na altura eu vi declarações na comunicação social do Sr. Presidente da Assembleia, do Sr. Presidente da Câmara, um que manisfestava estar contra e o outro que dizia que ficávamos mais bem servidos e portanto esta explicação estava a fazer falta para compreendermos bem todo o processo. Durante o dia nós continuávamos a ser servidos pelo INEM, caso ligassemos para o 112 ou para os bombeiros e era encaminhado para o que fosse mais vantajoso. Depois temos os bombeiros, não quero criar qualquer polémica em relação a eles. Já fui atendido pelos bombeiros, por esta ambulância, muito bem, com todas as valências, com todas as capacidades. Portanto, não quero aqui de qualquer modo por em causa qualquer competência ou qualquer capacidade, apesar de serem voluntários, de terem as suas vidas, os seus trabalhos. São questões completamente diferentes e queria que não ficasse aqui qualquer dúvida em relação ao mérito e à capacidade que os ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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bombeiros têm em prestar os seus serviços. Receberam a formação e agora estão a aplicá-la com a tal ambulância com essas siglas que agora são tantas que não há hipoteses de decorá-las todas. ------O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal leu as duas propostas apresentadas pelo Sr. Deputado António Paulo Lemos Marinho, para que as mesmas possam ser votadas, para serem ou não admitidas a discussão. ------Posta a votação a proposta numerada com o número 1, foi rejeitada por maioria com vinte e quatro votos contra, dezasseis votos a favor e uma abstenção. Posta a votação a proposta numerada com o número 2, foi rejeitada por maioria com vinte e quatro votos contra, dezasseis votos a favor e uma abstenção. Tendo sido rejeitadas ambas as propostas passou-se de seguida para o período da ordem do dia. ------

II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA

PONTO N. 1 – PROPOSTA DE PARCERIA, PÚBLICA/PÚBLICA, ENTRE O ESTADO PORTUGUÊS E OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO NOROESTE. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que sobre esta matéria já esta Assembleia e a Câmara Municipal, pode em tempo oportuno tomar uma posição que na altura foi consensual. Entretanto houve mudança de Governo e as coisas demoraram. Houve também algumas situações que tiveram que se reequacionar, os cronogramas são diferentes, os Municípios envolvidos também não são todos os que eram na altura e por isso há apenas julgo eu, algumas rectificações aqui neste documento que é aqui apresentado hoje. Sendo certo que o grande objectivo é que se mantenha aquilo que nós na altura aprovamos acerca de mais de ano e meio atrás, que era o objectivo de fazer com que a taxa de abastecimento de água pudesse ultrapassar os 90% e que a taxa de cobertura de saneamento no concelho pudesse ultrapassar os 50%. Também, tudo sendo garantido com uma qualidade em termos de àgua em quantidade que seja assegurada durante o ano inteiro, mesmo no verão e que as minas e os furos não sejam utilizados no futuro. Se o Sr. Presidente da Mesa e o Orgão, aceitar aquilo que eu propunha, agradecendo desde já a presença do Eng.º Martins Soares e do Eng.º Couto Lopes, a representar as Àguas do Noroeste, é que pudessem fazer uma pequena apresentação sobre o assunto e

depois naturalmente se houver alguma questão dos Senhores Deputados a colocar, com certeza que estarão disponíveis. ------Foi dada a autorização para a apresentação deste assunto aos Senhores Engenheiros que estavam em representação quer das Àguas de Portugal quer das Àguas do Noroeste, para explicar as principais diferenças face ao projecto que em Setembro de 2011, em Assembleia Municipal foi votado por unanimidade. ------Feita a apresentação deste ponto e como não foram solicitados esclarecimentos, passou-se de seguida à discussão e tomada de posição sobre este assunto. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal que disse ir resumir sintéticamente em três linhas o que já referiu da outra vez. É um problema gravíssimo o abastecimento de àgua e todo o sistema de saneamento e tratamento, porque a nossa democracia é uma democracia de inaugurações. Ora, não dá para inaugurar um aqueduto subterrâneo, não dá jeito. Pouco se fez e por isso há muito que fazer. Este projecto é muito virtuoso, tem alterações como o Sr. Eng.º referiu e nós achamos que isto não é uma proposta de Parceria Pública/Pública Entre o Estado Português e os Municípios da Região do Noroeste, porque ao ler a documentação que nos é entregue, concordamos logo com a clausula terceira que é o seu objecto, a exploração, gestão em regime de exclusivo. Isto é para ser explorado e gerido exclusivamente por esta parceria. Mas logo a seguir no ponto cinco é elencada toda a actividade desta parceria e diz:- a actividade nos números anteriores pode ser efectuada directamente pela EGP, que será a futura entidade que irá gerir ou por terceiros mediante celebração de contrato de concessão de exploração e gestão de serviços. Ora, nós entendemos que esta parceria é fundamental, mas se não for esta parceria não se vai fazer nada provavelmente, ou muito pouco se vai fazer. Porque desperdiçaram-se vinte anos com olhos fechados, mas entendemos que está aqui aberta a porta para passar a tal parceria pública para os privados através de contratos de concessão de exploração e gestão de serviços. Ora, nós somos frontalmente contra a concessão da exploração de serviços para privados neste domínio. Se calhar não é a posição do CDS Nacional, é a nossa. Se calhar alguém nos vai puxar as orelhas, mas também tenho orelhas para isso. No nosso entendimento nós queremos que esta parceria prospere e que faça o serviço que não foi feito e sem dúvida que vai fazê-lo certamente com rapidez. Não queremos é depois entregar isto a alguém que vai explorar mesmo com tarifas reguladas. ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Sendo assim, o CDS é contra a concessão a terceiros da exploração desta actividade que deve ser mantida por esta parceria, por esta entidade que vai ter certamente competência técnica para isso. Poder-me-ão até dizer, mas essa concessão nunca vai ser atribuída, mas pode ser atribuída. Se eliminarem esta cláusula cinco votámos a favor. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que relativamente ao abastecimento de água e à rede de saneamento, algumas palavras aqui ditas poderão dar a ideia de que nós estamos no patamar zero das duas questões. Eu queria aqui lembrar para as pessoas que não tenham tanta atenção para os números que o nosso concelho tem uma taxa de abastecimento de água em baixa de cerca de 80% e no nosso Município temos uma taxa de cobertura em termos de saneamento superior a 20%. Por isso aquilo que eu quero referir é que quando se fala em abastecimento de água, o investimento tem a ver com o aumento de cobertura de 80% para 90% e aquilo que se propõe é duplicar a cobertura em termos de rede de saneamento. Portanto, nós não vamos partir do zero. Também quero dizer que de facto não é minha política, e quem me conhece sabe isso, andar a fazer grande folclore com este tipo de coisas. Porque como foi referenciado e bem, são questões sérias e que objectivamente tem que ser tratadas. Eu queria solicitar ao Sr. Presidente porque pareceu-me nas palavras do Sr. Dr. Castro Leal que há aqui algumas dúvidas que se calhar importava aqui esclarecer e porventura se o orgão autorizasse eventualmente o Sr. Eng.º Martins Soares, que não fará naturalmente parte na votação, poderia ajudar a dissipar alguma dúvida que eventualmente ainda persista sobre esta matéria. ------A Assembleia deu autorização para o Sr. Engenheiro Martins Soares, usar da palavra para referir que de facto a questão que foi colocada é fundamental e é primordial, mas o que está lá é o que estava em Setembro do ano passado.Mas está uma outra coisa mais importante que isso. Ela podia não existir e em qualquer momento poder abrir-se as sub-concessões a entidades privadas, mas preferiu-se colocar. Mas colocou-se uma outra coisa, é que está escrito num documento mais á frente, no mesmo que tem, que a opção pelas sub-concessões privadas obriga a que dois terços da comissão de parceria, que é quem vai mandar na parceria global neste território, sejam a favor e que o Município que vai ser objecto dessa sub-concessão esteja a favor. Portanto, depende deste orgão exclusivamente dos Deputados de Celorico, saber se mais tarde, daqui a quatro ou cinco anos, ou daqui a vinte, ela pode vir ou não a ser gerida. Portanto, entre o

não estar lá nada e que permiti-a um leque aberto de sub-concessões a entidades terceiras, ou estar, mas estar salvaguardada sempre a posição do Município para esta questão, nós entendemos, já entendemos assim o ano passado e voltamos agora a entender que esta é a melhor forma de defender os interesses da água pública e do bem público. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com trés votos contra. ------PONTO N. 2 – ORÇAMENTO E PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS PARA O ANO DE 2013. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por transmitir que já no ano de 2012, vamos chegar ao dia 31 de Dezembro, isso já posso aqui afiançar de forma muito clara que o valor da redução do endividamento relativo a 31 de Dezembro de 2011, aponta para valores superiores a dois milhões de euros. Neste momento ainda não posso precisar se será dois milhões e cem, dois milhoes e duzentos ou dois milhões e trezentos, mas aquilo que eu tenho à minha disposição em termos de informações é que há aqui uma redução significativa do endividamento. Também devo dizer que o tempo médio de pagamento a fornecedores, que eu tentei publicamente antes da DGAL, emitir os dados, que era de vinte e seis dias e a DGAL confirmou que é de vinte e seis dias e julgo que iremos fechar o ano com um tempo médio de 25 dias. Tambem queria dizer que esta Câmara Municipal irá conseguir ao que tudo aponta no encerramento final e se não nos falharem transferências da DREN, na casa dos setenta /oitenta mil euros, iremos encerrar o ano com um equilíbrio absoluto entre a receita corrente e a despesa corrente. Ou seja, eu quero falar do orçamento de 2013, mas não quero esquecer aquilo que está a ser executado em 2012. Porque quando as pessoas apresentam o orçamento ou um plano de intenções, um plano de actividades, depois há que prestar contas em relação a esse mesmo plano. E eu já estou aqui antecipadamente a prestar contas a dizer aquilo que apresentamos como propostas, como ideias, como plano e previsão de orçamento e aquilo que estamos a concretizar e a fazer. E eu como tenho o pelouro das finanças de forma muito directa, já posso aqui avançar. Para dizer também que para o ano de 2013, aquilo que nós aqui apresentamos é um documento claro, que assenta em princípios básicos como o rigor, uma gestão moderna e qualificada, que tem obviamente que ir buscar novos modelos e está a ir buscá- los. Controle de gestão, contabilidade analítica, gestão de aprovisionamento, tudo ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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isso está a ser reforçado, tudo isso está a ser reestruturado, tudo isso está a ser remodelado numa lógica de nós sabermos gerir de uma forma mais racional os recursos financeiros, os recursos humanos que temos à nossa disposição para conseguirmos fazer mais, mais coisas. Garantindo investimento, garantindo qualidade de vida, garantindo equilíbrio orçamental, garantindo redução da dívida, garantindo que esta Câmara, está a seguir um caminho de saúde financeiro. Um caminho em que os pilares fundamentais para o próximo ano apontam com uma lógica de investimento. Investimento que é feito a três níveis a três patamares respeitando todos de forma igual. A sede do concelho, a Vila de Celorico de Basto, onde estão concentrados mais serviços, depois a outro nível os Polos Urbanos de Fermil, Gandarela e da Mota, que também obviamente é preciso cuidar, tratar, criar polos de atractividade para chamar, para serem terras mais atractivas e as vinte e duas Freguesias do Concelho. Ou seja também que aquelas coisas que são importantes que são decisivas para a vida das pessoas, que tem a ver com aquilo que está próximo das postas das suas habitações também sejam atendidas e sejam executadas. Tudo isto num tempo em que obviamente o rigor tem que ser cada vez maior e as ferramentas de gestão tem que ser cada vez mais modernas, mais eficazes e mais eficientes. Por isso este orçamento e este plano de actividades é a continuidade daquele orçamento e daquele plano de actividades cujos resultados eu vos transmiti antecipadamente. E há muitos sítios em que as contas se sabem só mais adiante e claro, elas são apresentadas em Maio, mas eu aqui já posso dizer tudo aquilo que vai acontecer relativamente às nossas contas. E de facto é importante que as pessoas antecipadamente possam ter uma ideia daquilo que é a realidade orçamental. Por isso estas são as linhas principais de orientação e aqui obviamente estão vertidas uma série de intenções e as pessoas, algumas perguntaram; E vão ser feitas todas? O nosso objectivo é faze-las todas. O nosso objectivo é cumprir. Naturalmente que há muitas variáveis que podem às vezes impedir de que possamos fazer tudo aquilo que temos a determinação e a vontade de por no terreno. Temos aqui a Drª. Paula que acompanhou técnicamente a elaboração destes dois documentos, se depois houvesse, na sequência deste debate algumas dúvidas a levantar, estaria eu e a Dr.ª Paula á disposição para esclarecer essas mesmas dúvidas. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Paulo Lemos Marinho, que começou por dizer que este orçamento não lhe parece que seja assim tão rigoroso conforme aqui foi dito. Como tal eu vou deixar aqui só um exemplo: O caso do IMI,

foi feita a avaliação e vejo aqui um aumento de cerca de cento e sessenta e cinco mil euros. Passa de setecentos mil para oitocentos e poucos mil. Acho neste caso que a receita será superior possivelmente e isto é só um exemplo entre outros. E entre as despesas há aqui situações que não correspondem há realidade. Por isso o meu voto ser contra. ------Foi dada a palavra á Drª. Paula Oliveira para esclarecer esta situação, começando por referir que as regras do POCAL, dizem que os impostos têm que ser calculados baseados na média da receita dos 24 meses. Para cálculo do IMI, utilizei o ano de 2011, do ano de 2010, os meses de Outubro Novembro e Dezembro e do ano de 2012, os primeiros nove meses. Portanto, somei as receitas, dividi por dois e dá a média dos útimos 24 meses, são essas as regras do Pocal. Podiamos ter pressuposto que devido às avaliações que a receita poderia ser maior, mas também sabem que houve uma redução da taxa do IMI. Como não sabíamos ao certo devido à redução da taxa do IMI e por outro lado devido às avaliações, optamos por efectuar o cálculo baseado na média dos últimos 24 meses que são as regras do POCAL. ------De seguida usou da palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal para dizer que em relação ao orçamento tinha preparado um gráfico mas que acabou por ficar no escritório. Analisada a proposta da Câmara Municipal sobre o orçamento da receita e da despesa, como nota introdutória dizemos: Estamos perante a aprovação do último orçamento referente à legislatura de 2009 a 2013. Este orçamento demonstra uma redução média na ordem dos cinco milhoes e pouco de euros em relação aos anos financeiros de 2010, 2011 e 2012. Este valor representa a diferença em termos orçamentais em relação ao aumento do valor da dívida. Este orçamento no valor de 20 milhões de euros, números redondos, é o orçamento mais baixo em relação aos anos transactos. Isto é uma diferença sensível de 0,3% em relação a 2010, 0,4% em relação a 2011 e 0,2% em relação a 2012. Terminada esta introdução, passamos à análise das receitas correntes. Verificamos um aumento no Capítulo I – Impostos Directos, que o Dr. Paulo Marinho já aqui falou, nomeadamente no IMI na ordem dos 12%. Verificamos também um aumento no Capítulo 0402 – Multas e Outras Penalidades, nomeadamente juros de mora, multas e penalidades diversas e taxas de relaxe. De salientar o ponto de juros de mora que passa para o dobro. Será isto uma antevisão da crise do incumprimento? Verificamos também no Capítulo 5.10 – Rendas, nomeadamente nas rendas de concessão da EDP e rendas de Parques ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Eólicos, um aumento. E este aumento será fruto de alguma renegociação que já foi feita ou já existia préviamente esse valor dessas rendas? No Capítulo 06.03 – Administração Central, há uma diminuição no que diz respeito à DREN, actividades extra curriculares, aulas de inglês, música e desporto, ao DGAL, transportes escolares, também há uma diminuição de menos 24 mil euros. Fundo Florestal Permanente, vem menos 17 mil euros do que o que tinha. Verificámos também no Capítulo 06.03.06 – Participação Comunitária em Projetos Cofinanciados e o ponto 07, serviços e fundos autónomos uma diminuição na ordem de mais 150 mil euros, fruto da redução das transferências, nomeadamente quanto à formação profissional, do POPH e outros. Candidaturas do PO NORTE, candidaturas do POPH, Programas Operacionais e Estágios Profissionais. Verificámos também que no Capítulo 07.02.08 – Serviços Sociais Recreativos Culturais e Desporto, e no 07.02.09 – Serviços Específicos das Autarquias, uma diminuição na ordem dos cinquenta mil euros. No que diz respeito a Serviços Desportivos, menos sete mil euros, Saneamento, menos sete mil euros, Resíduos Sólidos, menos dezassete mil euros, Transportes Escolares, menos cinco mil euros. Construção, Conservação e Manutenção de Sistemas de Água Pública, menos treze mil euros. Refeições Escolares também menos seis mil euros. No que diz respeito às receitas de capital, verificámos a existência de uma diminuição no Capítulo 09 – Vendas de Bens de Investimento, na ordem de quatro milhões de euros. O mesmo se verifica no Capítulo 10º - Transferências de Capital, também na ordem dos quatro milhões e duzentos mil euros. A Administração Central, o Estado, cortou em mais de um milhão e trezentos mil euros do Fundo de Equilíbrio Financeiro, é o que nos parece por aqui. E na Participação Comunitária de Projetos Co-financiados, nomeadamente o LEADER, com menos quatro mil euros. O FEDER / QREN, com menos dois milhões e duzentos mil euros e os resíduos sólidos com os tais dezassete mil euros. Nas despesas correntes, há uma redução no que diz respeito ao pessoal contratado a termo. No entanto salientamos dois factos, um aumento de dois mil euros para pessoal em regime de tarefa ou avença, isto é, passa dos actuais trinta mil euros para trinta e dois mil euros. O aumento do pessoal do Gabinete de Apoio à Presidência em mais de quatro mil euros. Verificamos um aumento nos seguintes pontos Gasóleo, Gáz e Publicidade. Neste ponto o gás tem serviços publicitários e promocionais, é de quase cem mil euros. Nós temos orçamentado cerca de cem mil euros em gastos de publicidade e promoção do concelho. Verificámos também no Capítulo 4º – Transferências

Correntes, um aumento na ordem de quinze mil euros para instituições sem fins lucrativos. Verificamos também no Capítulo 5º – Sudsídios, a retirada de uma verba do programa ocupacional que no orçamento em vigor consta na ordem de cento e vinte e cinco mil euros. Nas despesas correntes verificamos que no Capítulo 7º - Aquisição de Bens de Capital e no Capítulo 10º - Passivos Financeiros, existe uma redução da despesa. Quanto ao Capítulo 8º - Transferências de Capital, há um aumento nomeadamente para as freguesias de mais duzentos e sessenta mil euros. E não deixa de ser curioso que esse aumento seja no ano de eleições, isto se tivermos em conta as transferências de 2012. Estes duzentos e sessenta mil euros são muito pouco para as freguesias e os Senhores Presidentes, bem sabem disso. Quanto ao orçamento era aquilo que nós tinhamos proposto dizer. ------Foi dada a palavra á Drª. Paula Oliveira que começou por dizer que tal como disse anteriormente, o POCAL para efeitos de elaboração de orçamento, tem regras e essas regras são: Para a maior parte das receitas tem que ser a média dos últimos vinte e quatro meses. Mesmo relativamente à DGAL, DREN, dessas verbas nós não sabemos ao certo quais são os valores e então utilizamos a média dos últimos vinte e quatro meses que será o que está mais correcto e que depende do número de alunos. Se temos menos alunos com certeza que temos menos receita. O Fundo de Equilíbrio Financeiro, Fundo Social Municipal, participação no IRS, foi o que foi aprovado no orçamento de Estado para o próximo ano. Quanto às transferências do POPH, candidaturas, tem a ver com as obras que estão no PPI, que são comparticipadas. Se temos as obras, calculamos os subsídios em função das obras e da taxa de comparticipação. Quanto aos empréstimos, é o empréstimo que vai ser aqui objecto de aprovação, empréstimo de curto prazo, como receita. O terreno também é baseado no que temos e no que tem sido vendido. Relativamente às receitas o POCAL é muito claro. Quanto às despesas, o ano passado tivemos em orçamento e claro que um orçamento é objecto de rectificação. Quando nós chegamos a uma altura de fazer um novo orçamento em termos de custos com pessoal temos mais noção das despesas que vamos ter. Também relativamente ao pessoal, aproveitava para dizer que o Governo aumentou-nos para 2013 a taxa da Caixa Geral de Aposentações de quinze pontos percentuais para vinte pontos percentuais, o que irá dar uma despesa maior em cerca de cento e vinte e cinco mil euros, o que onerou o orçamento nas despesas com pessoal. E também para o próximo ano irá pagar-se ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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o subsídio de Natal, daí também relativamente a 2012 o custo ser maior em cento e tal mil euros. ------Usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara para dizer que naturalmente os orçamentos de 2011 e 2012, são orçamentos mais elevados porque houve um processo de saneamento financeiro e houve muitas facturas que na altura de curto prazo, que foram pagas com esse mesmo empréstimo que foi feito. Isto significa que foi feito na altura exata, no momento próprio à dimensão que devia ser feita. E isso de facto sustenta a boa saúde financeira que esta Autarquia tem neste momento. E tomámos a decisão correcta de transformar aquilo que eram dívidas no curto prazo, para projectar no longo prazo e podermos pagá-las. E apertamos o cinto e fazemos uma gestão com grande rigor que está a dar bons frutos, como eu disse vamos ter uma redução muito forte do endividamento, somos cumpridores. É importante dizer que as pequenas empresas e que são muitas que trabalham com a Câmara Municipal, gostam e falam para receber a tempo e horas, porque tem dificuldades grandes de gestão de tesouraria e quanto mais depressa poderem receber, tanto melhor. E é importante que uma Câmara seja bem gerida, com grande responsabilidade, para que se possa pagar tudo a tempo e horas, para que haja um equilíbrio orçamental e para que se possa fazer aquilo que realmente conta para o interesse das populações. E por isso este orçamento julgo que tem todas as condições para ter um sucesso igual aquele orçamento e plano de actividades de 2012, vai atingir. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, para colocar as seguintes questões: Em relação ao ponto 09.04.01.03 – nas Receitas de Capital, tem Outros e consta aqui uma verba de trezentos e cinquenta mil quatrocentos e trinta euros, são mais duzentos e setenta e quatro mil euros. O Sr. Presidente pode-nos explicar o que é que são estes Outros, na receita de capital, porque não entendo? A outra questão é no ponto 10.03.01.01, explicar-nos porque é que só vai receber 50% do FEF? ------Foi dada a palavra à Drª. Paula Oliveira que disse que esta rúbrica de bens de investimento foi baseada também na média dos últimos 24 meses, que são outros bens de investimento não podendo precisar ao certo o que é aqui classificado. ------Foi dada novamente a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, para dizer que na análise ao Plano Plurianual de Investimentos para o ano financeiro de 2013, podemos dividir isto em duas fases. Entre 2204 e 2009, em que o Sr.

Presidente da Câmara, era Vereador e entre 2009 e 2012, nas actuais funções que exerce. Verificamos que entre 2004 e 2009, da análise feita temos um total previsto de investimento de catorze milhões quatrocentos e cinquenta e oito mil novecentos e quarenta e seis, quarenta e um, mas desses catorze milhões, só nove milhões e seiscentos mil é que foram realizados, o que faz um total realizado de 41%. Entre este mesmo período 2004/2009, constatamos que 2007 foi o ano em que houve mais investimento total previsto. 2004, foi o ano com mais investimento realizado. Regista-se ainda que 2006 foi o ano com menos investimento total realizado. Investimentos em 2004, estava prevista a construção da Nova Central de Camionagem, com o investimento total de duzentos euros previstos hoje para 2013/2014. Estava prevista a construção de uma nova Central de Camionagem desde 2004 e para 2013/2014, dez anos depois temos uma verba de duzentos euros, que já sabemos porquê, é para manter esse capítulo aberto.O que a gente pergunta é para quando é essa construção? Qual será a localização dessa Central de Camionagem? Terá apoios do QREN? Qual a sua comparticipação? Entre 2009 e 2012, temos um total previsto de investimentos de treze milhões e qualquer coisa euros, mas entre 2009 e 2012 só foi realizado um milhão e trezentos e tal mil euros, ou seja está por realizar 89% do investimento. Em 2009, temos como investimento o Centro de Alto Rendimento para a Arbitragem Desportiva, com um investimento total de três milhões e quinhentos mil euros, números redondos, sendo previsto um investimento de mil euros para 2013. Mas já temos previsto três milhões quinhentos e vinte cinco mil euros para 2014. Isto é obra para depois das eleições. Onde fica localizado este investimento? Neste investimento está incluído ou não algum hotel, conforme anunciado na comunicação social? Que verbas disponíbilizadas a nível do QREN, estão previstas? Qual a sua comparticipação? Já há projecto? É isto que queremos saber, são coisas importantíssimas para o concelho que não foram realizadas. Infraestruturas eléctrica de telecomunicações do loteamento de Trás-dos-Quintais, em Fermil, com um investimento total de dezassete mil duzentos e cinquenta e cinco euros, sendo previsto para 2013, quinhentos euros e quinze mil euros para 2014, tendo sido realizado 10% deste investimento. A pergunta que se faz é: Terão estes moradores que aguentar até 2014 a conclusão das obras de um loteamento da responsabilidade da Câmara? Qual será a razão da Câmara para ter um procedimento diferente dos particulares? Porque é que se exige tanto aos particulares e o Município é o primeiro a não cumprir? Em relação a este ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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loteamento de Trás-dos-Quintais, também queremos saber se o contador de energia eléctrica que lá está que é um contador de obra, por quem é pago? Se é pelo Município se é pelos Moradores? Em 2011, construção de polidesportivos, com o investimento total de 2000 euros, sendo previsto para 2013, mil euros e 2014, mil euros, o global é 2000 mil euros. Mas queremos saber quais são as freguesias onde vão ser feitos estes polidesportivos que faltam fazer? Terão estes polidesportivos o mesmo investimento que o do Freixieiro e o de Arnoia? Será que as outras freguesias vão ter o mesmo investimento? Depois temos a eliminação de pontos negros. Execução de uma rede de rotundas no Concelho, com um investimento total de cento e cinquenta mil euros, sendo previsto para 2013 um investimento de vinte mil euros e cento e trinta mil euros para 2014. Onde se verificam esses pontos negros? Qual a sua localização? Qual a razão de quase dois anos de espera para eliminar esta questão tão sensível? Por fim investimentos em 2012. Caminhos, pavimentações, arranjos e alargamentos um pouco por todas as freguesias com um investimento de um milhão cento e sessenta e nove mil trezentos e quarenta e dois, não foi nada realizado. Os Senhores Presidentes da Junta bem sabem isso. O que é que falhou? ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que em relação a uma série de rúbricas que estão abertas no Plano de Actividades, elas têm que obrigatóriamente que estar abertas e isto porquê, mesmo que seja por valores simbólicos. Porque se aparecer a possibilidade de nós fazermos uma candidatura para executarmos uma dessas obras, se nós não tivermos a rúbrica aberta, nós podemos avançar para a frente. E por isso há aí algumas obras que têm valores muito residuais que nós queremos que elas sejam feita mas em bom rigor estamos à espera, e eu tive informações ainda hoje que de acordo com os fundos comunitários, em Celorico de Basto há duas ou três obras que não tinham cobertura orçamental e que vão ter no ano de 2013. Tive hoje uma boa notícia, porque nós estamos na linha da frente ao nível da execução orçamental do QREN. Eu devo dizer que somos dos Municípios que mais rápidamente executan e já fomos bonificados por isso mesmo e agora vamos ter uma bonificação extra exactamente por isso. E sinal disso mesmo é o facto de nós neste período difícil, três anos, termos feito investimento na casa dos vinte e cinco milhões de euros em infraestruturas, por empreitada e por administração directa. É bom que ninguém se esqueça que no domínio social a Câmara Municipal tem alavancado, tem colaborado, tem ajudado com as IPSS, com as Entidades de

Protecção Civil, para fazerem as suas obras que neste período significa um valor na casa dos dez milhões de euros no concelho e que nós Câmara Municipal, temos apoiado significativamente como foi aliás anunciado há pouco tempo atrás de valores que são atribuídos para essas instituições. Por isso, sob o ponto de vista de arrojo, daquilo que pretendemos fazer e do equilíbrio financeiro orçamental e daquilo que é o rigor das contas, julgo que este plano de actividade, que é sequência do orçamento que é sequência também daquilo que há pouco disse, que são as contas que serão apresentadas em Maio a este Orgão e que vão num caminho, não diria que é bom, é extremamente bom. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria, com dez votos contra. ------PONTO N. 3 – ALTERAÇÃO AO MAPA DE PESSOAL DE 2012. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para falar sobre este assunto tendo começado por referir que de fato é preciso melhorar cada vez mais aquilo que tem vindo a ser melhorado que é o sistema de controlo e gestão. A implementação clara de uma contabilidade analítica moderna de gestão que funcione adequadamente de uma forma eficaz e eficiente. E também que ano nível da gestão de aprovisionamento que nós tenhamos cada vez mais modelo empresarial. Às vezes á a ideia de que os organismos públicos são laxistas em que as coisas não têm que se gerir de uma forma rigorosa e correta. O entendimento que eu tenho é que as coisas têm que ser geridas de uma forma cada vez mais empresarial. E por isso é fundamental que os recursos humanos tenham competências para poderem ajudar a que se criem departamentos devidamente consolidados para que estas ferramentas de gestão que são fundamentais e essenciais, existam para que possam ajudar o Executivo a tomar as melhores decisões em tempo útil com a melhor informação. Porque a informação e os dados que nós tenhamos são aquilo que é essencial para tomar decisões correctas. É fundamental que nós tenhamos um modelo de gestão que seja um modelo com lógica empresarial e por isso nesta questão, nestas áreas, pedimos e solicitamos que o Mapa para 2012, seja corrigido a tempo de nós conseguirmos fazer aquilo que é o processo que vem no ponto a seguir, abertura de procedimento concursal para que tenhamos pessoas capazes para nos ajudarem a termos ferramentas modernas de gestão. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com dois votos contra e nove abstenções. ------ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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PONTO N. 4 – ABERTURA DE PROCEDIMENTOS CONCURSAIS PARA CONSTITUIÇÃO DE DUAS RELAÇÕES JURÍDICAS DE EMPREGO PÚBLICO POR TEMPO INDETERMINADO NA CARREIRA/CATEGORIA DE TÉCNICO SUPERIOR NAS ÁREAS DE (ECONOMIA/GESTÃO) E DE (ENGENHARIA CIVIL). ------Não usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara por já prestado os esclarecimentos relativos a este assunto no ponto anterior. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, que perguntou qual a razão de ser imprescindível o recrutamento técnico destes técnicos que aqui estão propostos. A Engenharia Civil por tempo indeterminado, portanto para sempre. Quantos técnicos de engenharia civil existem no Município, hoje? Não chegam os que existem? No site da Câmara Muncipal a informação que consta é de dois mil e nove, portanto eu não consigo informação mais atualizada, não sei o que existe hoje. Porque é que no Mapa estava como não ocupado este cargo e porque é que não vem previsto no Mapa de 2013? Estas alterações, estas contratações ao contrário do que foi dito, na nossa opinião colidem com a lei 49/2012. E colidem com o compromisso que o Município tem em não aumentar a contratação de funcionários. O Município deve diminuir. Nós já aqui dissemos que não é preciso mandar embora nem despedir ninguém. As pessoas que se vão reformando vão deixando lugares vagos, pode haver mobilidade interna. O Município deve qualificar as centenas de funcionários que tem para fazer serviços cada vez com maior valor acrescentado e que permitam que essas pessoas também progridam na carreira. Porque senão temos centenas de pessoas que nunca mais saem do sítio para lado nenhum a ganhar o ordenado mínimo ou pouco mais e que não tem incentivo nenhum no que fazem porque não vão ascender a coisa alguma. E depois temos técnicos superiores a serem permanentemente contratados e nós entendemos que está mal. Aproveitando este ponto, devia ter sido articulada a estrutura orgânica que se pretende reformular, devia estar pensada já. Devíamos estar a contratar pessoas em função da estrutura orgânica que vai ser feita para evitar que depois essas pessoas tenham que sair ou sejam despromovidas ou tenham que ser indemnizadas, o futuro o dirá. Penso que o Município deve reduzir as contratações, deve qualificar os seus funcionários e assim cumprir o que a lei determina, que é poupar, pagar o que se deve porque Vossas Excelências, vão lá estar o tempo que o Povo assim decidir, mas depois há-de vir alguém a seguir que vai ter de pagar as dívidas todas e vai ter um monstro para alimentar. ------

Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por referir que não sabe se foi claro no que disse antes, mas vai repetir. A Câmara Municipal em 2012, vai reduzir mais de dois milhões da sua dívida. Tem um prazo de pagamento de 25 dias. Tem o equilíbrio da receita e das despesas correntes. Este modelo de gestão é um modelo que está no bom caminho. E eu vou dizer mais, vamos tocar no pessoal. Vocês sabem quantas pessoas são reduzidas no quadro de pessoal da Câmara em 2012, catorze pessoas. Ou seja há uma redução superior a 4%, mais precisamente 4,6%, quando a lei impõe uma redução de 3%. Agora uma coisa é certa, não se fazem omeletas sem ovos e a gestão é claramente evolutiva. E da gestão felizmente vamos criando uma equipa altamente qualificada que nos permite tomar as decisões com base na informação e no tratamento da mesma para podermos apresentar estas boas notícias que de facto consolidam e deixam uma Câmara positiva virada para o futuro. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com dois votos contra e nove abstenções. ------PONTO N. 5 – MAPA DE PESSOAL DE 2013. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para apresentar este ponto. Começou por dizer e referindo-se ao Mapa de Pessoal, e porque como disse o modelo de gestão é sempre evolutivo, tem que ser feita sempre reafetações, alterações e correções, por isso é que vem aqui o Mapa de Pessoal, todos os anos. Entre as alterações em todos os seus itens, resulta que são retirados três lugares. Há trés lugares entre o deve e o haver que diminuem e eu posso dizer quais são os lugares que diminuem. No Departamento de Planeamento de Serviços Sócio-Culturais, onde estava no CTI, um Técnico de Comunicação Social, diminuiu. Depois na página dois, onde está Assistente Operacional Motoristas e aparece o número cinco, reduz de sete para cinco, são duas aposentações. Depois no Departamento de Gestão Urbanística Ambiente e Recursos Naturais, existe uma redução de duas pessoas no item Cantoneiros de Limpeza, eram dez, passam para oito, uma foi aposentação e uma denúncia de lugar. Na página três, Departamento de Obras Municipais, no ponto relativo a Motoristas, diminuiu de sete para seis, uma aposentação. Em baixo na categoria de Trolhas, diminuiu de dezasseis para quinze, uma aposentação. O Mecânico diminuiu de dois para um, infelizmente um falecimento. Na folha seguinte, onde tem Assistente Operacional – Cantoneiros de Vias Municipais, onde não aparece qualquer valor, diminuiu três nos CTR. Finalmente no Departamento ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Administrativo de Gestão e Finanças, diminuiu dois lugares de Chefias, diminuiu um lugar de Técnico Superior de Filosofia. Comecei por dizer os que diminuí-a e agora vou dizer os que aumenta e por isso é que dá um saldo de menos três. Aumenta dois lugares de Assistente Administrativo, onde tem na página dois em CTI. Aumenta um em Motoristas em CTI. Também na mesma página, mais abaixo aumenta dois Auxiliares de Serviços Gerais. No Departamento de Gestão Urbanística Ambiente e Recursos Humanos, aumenta três, onde diz Assistente Operacional - Jardineiro e depois na folha quatro aumenta dois lugares na área de economia e gestão. Feitas as contas entre estas corecções e afinamento daquilo que é o Mapa de Pessoal, resulta que daqui ficam menos trés lugares no Mapa de Pessoal. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com dois votos contra e nove abstenções. ------PONTO N. 6 – ABERTURA DE PROCEDIMENTOS CONCURSAIS, COM BASE NO MAPA DE PESSOAL DE 2013, PARA A CONSTITUIÇÃO DE TRÊS RELAÇÕES JURÍDICAS DE EMPREGO PÚBLICO POR TEMPO DETERMINADO, PARA O PREENCHIMENTO DE UM LUGAR DE ASSISTENTE OPERACIONAL MOTORISTA, UM LUGAR DE ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO E DE UM LUGAR DE ASSISTENTE OPERACIONAL, CANTONEIRO DE VIAS MUNICIPAIS. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por referir que de acordo com a legislação que antes limitava, digamos a decisão sobre esta matéria em reunião de Câmara, agora tem que vir por proposta da Câmara Municipal aqui à Assembleia Municipal. Tendo em conta aquilo o que é a gestão dos recursos humanos e as nossas necessidades, verifica-se que é necessário abrir procedimento concursal para contrato a termo resolutivo de um assistente operacional motorista, um assistente técnico administrativo e um assistente operacional cantoneiro de vias municipais. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com dois votos contra e nove abstenções. ------PONTO N. 7 – ADAPTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL Á LEI 49/2012 DE 29 DE AGOSTO. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente para dizer que relativamente a este assunto, como já disse, a Câmara Municipal tem quatro Directores de Departamento e quatro Chefes de Divisão, já teve seis Chefes de Divisão. A lei

determina que haja um ajustamento relativamente às Chefias. A lei é clara e nós como aqui também já foi dito, estamos aqui para respeitar e colher aquilo que determina a lei e reajustarmo-nos em função da própria lei. E esta proposta tem exactamente a ver com isso, ou seja, de acordo com a lei permite-nos estabelecer aquilo que será a base do novo organigrama de funcionamento da Câmara Municipal, no futuro. Em que se propõe que por conta dessa limitação imposta pela lei a Câmara Municipal no futuro passe a funcionar com um Director de Departamento, quatro Chefes de Divisão e um Chefe de Unidade. O Chefe de Unidade, digamos, é uma Chefia de terceiro nível. E é essa em termos gerais aquilo que está aqui apresentado, sendo certo que o Departamento que nós achamos que é o mais importante porque estamos a falar hoje em dia muito em planear e cada vez tem que se planear as coisas de forma muito correcta e rigorosa, é o Departamento de Planeamento e Serviços Sócio-Culturais, aliás está aqui vertido no próprio documento. É um documento base de enquadramento relativamente á legislação que saiu e que tem por objectivo estabelecer que a Câmara de Celorico em função da lei aquilo que terá no futuro é no máximo, um Director de Departamento, quatro Chefes de Divisão e um Chefe de Unidade, isto para responder e acatar á lei que saiu no corrente ano. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal. Disse o Sr. Deputado que a questão que lhe suscita dúvidas é a respeitante ao artigo 7º, n.º 3, “os Municípios cuja participação no montante total dos fundos a que se refere o n.º 1 do artigo 19º da lei 2/2007 de 15 de Janeiro, e que seja igual ou superior a dois por mil, podem prover um Director de Departamento Municipal a acrescer aos providos nos termos dos números anteriores”. Isto quer dizer que não tinhamos direito a Director de Departamento Municipal, nenhum, porque temos menos de quarenta mil habitantes, mas que podemos excepcionalmente tê-lo desde que cumpra este requisito. Esta é uma decisão da Assembleia Municipal. E nós tínhamos no documento que nos foi entregue, está demonstrado o que está dito. Mas não basta dizer, não basta também apelar à seriedade das pessoas que ninguém aqui põe em causa a seriedade das pessoas. A questão é que há erro humano, eu também erro, qualquer um de nós erra. Não está aqui demonstrado aquele requisito. Como não está demonstrado este requisito, e eu não tenho possibilidade de fazer as contas porque não tenho elementos para isso nem tempo útil. Assim o CDS, vai votar contra porque não pode votar numa norma que não pode demonstrar se é verdadeira ou não. ------ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para dizer que tem total confiança, até prova em contrário, nos serviços Jurídicos da Câmara Municipal que me forneceram estas informações e se algo acontecer de hoje para amanhã que esteja errado, cá estaremos para assumir e dar a mão à palmatória, algum erro que seja produzido. A informação é muito clara e precisa sobre este assunto. Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com dois votos contra e uma abstenção. ------PONTO N. 8 – DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA ADAPTAÇÃO DOS ESTATUTOS DA EMPRESA QUALIDADE DE BASTO – EMPRESA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TECIDO ECONÓMICO LOCAL, EM Á LEI 50/2012 DE 31 DE AGOSTO. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que solicitou autorização ao Sr. Presidente da Mesa da Assembleia e ao Orgão, para poder chamar o Sr. Presidente da Empresa o Sr. Eng.º Martins, para fazer um enquadramento e uma apresentação sobre a Adaptação e Proposta da Alteração dos Estatutos da Empresa Municipal. ------Tendo sido autorizado a usar da palavra o Sr. Presidente da Empresa Municipal, Eng. Martins, começou por referir que esta alteração deriva obrigatóriamente pela introdução da nova lei do Regime Empresarial Local, que já entrou em vigor mas tem um período de seis meses para adaptar todas as situações que não estejam de acordo com a lei e em função disso há obrigatóriamente em relação aos anteriores estatutos, algumas alterações. O Sr. Presidente da Empresa Municipal, passou de seguida a fazer o enquadramento das alterações aos anteriores estatutos da Empresa por força da lei, disponibilizando-se para qualquer esclarecimento ou dúvida que viesse a ser solicitado. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Joaquim Gonçalves Bastos, que começou por referir que aqui o tema é novamente a Qualidade de Basto. Não vou repetir os argumentos que tenho apresentado em anteriores Assembleias sobre a nossa posição relativamente a esta Empresa. Novamente ficou demonstrado que esta empresa conforme se apresenta aqui perante este Orgão que também é de fiscalização desta Empresa, notamos que efectivamente ela está aqui enrredada numa teia burocrática que comporta custos enormissímos para o Município e de que conforme era propósito inicial desta Empresa Qualidade de Basto, era de que, penso eu que até ao fim de dois, três anos ela seria

autónoma. Teria o seu orçamento, teria as suas receitas e simplesmente a Câmara não comparticipava com nada. Hoje verificamos que não é isso, é uma empresa como disse, enredada numa teia burocrática de estatutos e sem nenhuns resultados em termos práticos. Isto é o que realmente nos leva a suspeitar desta empresa, suspeitar no sentido prejorativo, no sentido negativo, não. Quais os reais benefícios que ela traz para o nosso Concelho? Por isso o nosso voto conforme já vem sendo de outras posições que tomámos vai ser contra este pedido que nos é feito. Na certeza porém que verificando aqui pelas competências que lhe são atribuídas apenas uma activiade nós reconhecemos que é a realização e execução da Festa das Camélias, é a única actividade que nós aqui verificamos, que é um acto concreto e visível ao cidadão. Se notarmos, esta atribuição que lhes é dada, fica muito cara à Câmara Municipal. Estou em crer que qualquer Presidente de Junta de Freguesia que aqui se encontra nesta Assembleia, não teria qualquer problema em assumir a responsabilidade por este evento que promove o Concelho e tenho a certeza que nenhuma Freguesia regatearia este trabalho. E assim, Sr. Presidente da Assembleia Municipal, o Partido Socialista vai votar contra neste ponto. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Paulo Lemos Marinho, que disse que a transformação da Empresa Municipal em Sociedade Anónima, é só para arranjar mais trapalhada, na minha opinião. Não faz qualquer sentido transformar esta sociedade numa sociedade anónima. Há aqui também transferência de poderes que ponho em causa até a sua legalidade, que muito honestamente, não faz qualquer sentido. A actividade da empresa tem sido pouca para continuarmos a manter esta empresa, ela não tem concretizado os seus fins. Por isso não vejo com bons olhos a continuidade desta empresa, acho que deveria ser extinta, dao que não tem cumprido os seus objectivos. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, que começou por referir que esta empresa realmente devia ser extinta. Isto é uma forma de tornear a lei, nós aqui há uns meses quando falávamos de um livro verde que foi anunciado pelo Governo que se iriam extinguir uma série de empresas pelo País inteiro que ía ser muito para o orçamento geral do Estado, mas afinal de contas, cá estão os Municípios a fazer zig zag e isto vai ser uma catástrofe. Vai ficar tudo na mesma até alguém por cobro a isto. Uma sociedade anónima é uma sociedade que não tem interesse público absolutamente nenhum, eu não vislumbro qual seja o interesse público duma sociedade anónima. Até pode estar cotada em bolsa, ser ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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opada, adquirida por estrangeiros ou nacionais. Pode administrar o património como entender, a Assembleia também pode decidir, todo aquele património que todos nós sabemos que foi transferido para a Empresa Municipal Qualidade de Basto, para dar a aparência da sua viabilidade, o tal músculo que o Sr. Presidente aqui falava. Para lhe dar músculo a gente injectou, eu não que votei contra, a Quinta da Agra, a Antiga Escola Preparatória, duas casas no Passeio Público ao pé do BPA, o Efifício da Antiga Câmara Municipal, um terreno em S. Silvestre. Ora este património passa todo para a S.A., Sociedade Anónima, detida pelo Município, é bem verdade. Que sentido faz uma sociedade anónima estar a gerir os nossos interesses? Se já pouco sentido fazia uma Empresa Municipal pura que o Estado resolveu extinguir, porque se não ela continuava não mudava para anónima, se já pouco sentido fazia, que sentido fará ter uma sociedade anónima que tem por objecto, salvo aqui algumas excepções: Competência e atribuições do Sr. Presidente da Câmara e da Vereação, e mais competências e atribuições que íam ser delegadas ou que vão ser delegadas aos Agrupamentos de Freguesias; Promover e gerir equipamentos colectivos; Protecção dos Serviços de áreas socviais, culturais e desportiva. Nós aqui falámos nisso. Os Agrupamentos de Freguesias íam fazer isto, já se está a ver porque é que alguém não queria que houvesse Agrupamentos de Freguesias. As freguesias podiam estar a fazer isto, não vão estar porque nem sequer se agruparam, foram agrupadas as que foram forçadas. A Qualidade de Basto vai fazer o que as freguesias deviam fazer ou seja as freguesias não tem atribuições. Fazer o quê o dinheiro vai para a Qualiade de Basto, não vai para as freguesias. Vamos continuar de mão esticada a pedir favores à Câmara para um caminho e nunca mais vão sair disso. Depois as outras competências são todas, deviam ser todas exclusivas do Município, do Sr. Presidente da Câmara, dos Senhores Vereadores, que podem politicamente divergir naquilo que nós temos ideia para o Concelho, mas que certamente saberiam fazer bem isto, cumprir bem estas competências e atribuições. Mas o Município está a delegar para a S. A. Sociedade Anónima, só falta estar cotada em bolsa, quem não compra acções sou eu. Que é que temos aqui, temos uma Empresa que ía ser extinta por lei mas que vai a correr autotransformar-se noutra coisa que a lei se calhar não prevê que seja extinta, não faço ideia não estudei o assunto, também não é nessa qualidade que aqui estou. Vamos ter uma empresa com esse património colossal próprio. Imaginemos que é mal gerida, vai ser executado e fica o sem património, o nosso património vai para os credores. A

concordarmos com isto, O Sr. Prseidente quase que não é necessário na Câmara, desculpe que lhe diga, porque se a Empresa Municipal fizer isto tudo a S.A., resta o quê à Câmara? Muito pouca coisa. Os senhores na S.A., vão fazer tudo. E as freguesias igual. O tal mapa e até vem a propósito, isto é o mapa do endividamento do concelho. Isto tem a ver com a Empresa e com as dívidas, porque a Empresa é responsável por grande parte da dívida do Município e nós temos no mapa que aqui desceu e agora disparou. O Sr. Presidente vem dizer, isso é o cumprimento das nossas obrigações, das nossas dívidas. Não, isso é o cumprimento daquilo que nós estamos a dever. Temos que cumprir, só faltava agora nunca mais pagarmos. E então eu tenho aqui pelas contas que foram feitas, cinco milhões e setenta e dois mil euros de 2009 a Janeiro de 2012, de aumento desta dívida, a dívida tem este aumento. Em resumo o Dr. Paulo Marinho falou na legalidade disto. O que me vem à memória é usurpação de funções e transferência de poderes, isto é o que me vem à memória. Nós estamos a usurpar funções que são exclusivas do Municipío. Estamos a transferir esses poderes para uma Sociedade Anónima. E já agora, o Sr. Presidente não o fez, a nossa conduta aqui na Assembleia, nunca foi o ataque pessoal a ninguém embora às vezes quisessem encaminhar o nosso discurso para aí. O que nos incomoda não são as pessoas, nunca foram as pessoas. O que nos incomoda são os factos das coisas que é o que vai acontecendo. Claro que se a pessoa pratica um facto horrível, também me incomoda a pessoa, mas não é o caso. Em relação à Qualidade de Basto, nunca esteve em causa as pessoas excepto num ponto ou noutro que havia um cruzamento que vinha de um jornal, mas não é isso que estamos aqui a discutir. Eu penso que o Sr. Presidente tinha aqui uma oportunidade para explicar a esta Assembleia, eu dou as boas vindas ao Engº. Martins, não está em causa o seu cargo, nunca esteve, para nos explicar porque é que temos um novo Presidente do Conselho de Administração, se é assim que se chama e explicar o que é que é feito do anterior? Podem ser questões pessoais. Nós sabemos trinta mil coisas da boateira, no café uma coisa no talho outra. Era importante explicar se é só uma questão pessoal pura e eu não tenho nada a ver com isso, nem nós, se o Sr. Presidente anterior da Qualidade de Basto, se ausentou porque não concorda com este modelo novo, uma hipótese. As dúvidas sobre a legalidade são grandes, inclusive eu sugeria ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal, caso esta proposta seja aprovada de a enviar para parecer, porque está lá para isso, ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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para a Procuradoria-Geral da República, que dá pareceres de graça, para se saber se este assunto tem legalidade ou não, isto era importante. ------Dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, começou por dizer que ao contrário de muitas empresas municipais que são obrigadas a fechar, esta Empresa Municipal, tem todas as condições para continuar a trabalhar. Isto porque ela faz uma coisa tão simples quanto isto. Ela multiplica por dez os fundos que a Câmara investe nela. E faz muitas coisas que a própria Câmara não pode fazer. Uma divisão ou um departamento da Câmara não pode fazer candidaturas, não pode fazer trabalhos, não pode executar missões, que podem executar nesta Empresa Municipal. Há pessoas que às vezes custa a perceber esta lógica do investimento multiplicativo. Quando se investe duzentos mil euros numa empresa que consegue ir buscar dez vezes mais, ou sete ou cinco vezes mais para que essas candidaturas sejam trazidas para Celorico, para que haja investimento em Celorico, para que se melhorem os padrõs de formação de qualificação da nossa mão-de-obra para que possa ser aproveitada para empresas, para industrias, que ainda agora estão a ser instaladas e aproveito para informar que vão ser instaladas nos próximos tempos novas industrias. Apesar das dificuldades que vivemos, nomeadamente no sector da construção civil que é o que marca profundamente o nosso concelho, o desemprego, e as grandes dificuldades. Ao nível industrial vai ter a instalação de várias empresas e com toda a certeza vocês poderão ver dentro de pouco tempo e já nesta altura que nunca o sector industrial em Celorico teve tanta gente a trabalhar como tem agora, e nos próximos tempos isso vai confirmar-se ainda mais. Há pessoas que não querem ver, mas esta Empresa Municipal tem feito um trabalho meritório e vai continuar a fazê-lo. Falou- se aqui um bocado com alguns risos de desdem, que tem a ver com a ignorância e com uma certa forma de estar na vida com a qual eu não me revejo, sobre pessoas. E quando se fala de pessoas é preciso ter um bocado de cuidado, eu não estou a falar do Sr. Dr. Castro Leal. A Empresa Municipal, por proposta do seu Conselho de Administração, fez um reajustamento no seu funcionamento do Conselho de Administração, relativamente aos pelouros e ao seu modelo. Proposta essa que foi feita em uníssono, pelo próprio Conselho de Administração e foi aprovada pela Câmara Municipal. Agora cada um dirá aquilo que interessa. É natural que nos próximos tempos haja pessoas que digam mais coisas que o que têm dito nos últimos tempos, mas isso é compreensível, é natural, é a lógica da nossa sociedade, sempre assim foi e sempre assim será, e é. Para terminar, hoje

foi a prova provada de que esta Empresa, faz todo o sentido e tem toda a sua justificação para poder continuar. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de Sousa, para referir que toda a gente sabe o contexto em que foram criadas as Empresas Municipais, foi para fugir ao endividamento. Rápidamente se transformaram em locais para os “boys” terem lá os seus tachinhos. A Empresa Muncipal Qualidade de Basto, além como foi dito aqui da realização das Festas das Camélias, não tem mais nenhuma actividade visível. Qualquer pessoa de bom senso acharia que era o momento de a extinguir cumprindo os preceitos legais. Mas depois de tudo o que ouvi aqui hoje, com proveitos de noventa e tal por cento, multiplicando dez vezes aquilo que recebe, eu venho propôr a criação de mais. Nós devemos criar mais meia dúzia delas aqui para o concelho se tem assim tanto proveito. Deixemo- nos de brincar com os números. Qualquer pessoa que está aqui dentro e não vou dizer que são desonestos, como disse o Sr. Presidente que quem faz comentários sobre pessoas, são ignorantes, mas pessoas que estão aqui dentro que olhem para a actividade desta Empresa Municipal e que digam o que é que veem. Que é que ela faz? Que é que cria para o concelho? Essas fábricas, não vinham para o concelho se não houvesse a Empresa Municipal? Ela teve alguma coisa a ver com isso? Não se vê nada de concreto a não ser a realização da Festa das Camélias, que é importante, mas que podia perfeitamente ser realizada pela Câmara. Ou, nós estamos a falar a sério e isto é apenas um local para criar tachos e então haverá sempre uma maioria que aprove porque a seguir a uns tem lá lugar outros. Ou então vamos ver quais são os proveitos, se são tão grandes como o Sr. Presidente diz, proponha aqui a criação de mais Empresas Municipais. ------Posto o assunto a votação o mesmo foi aprovado por maioria, com catorze votos contra. ------PONTO N. 9 – APROVAÇÃO DAS ALTERAÇÕES AO REGULAMENTO DE TAXAS E LICENÇAS. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente para dizer que relativamente a este regulamento já há alguns anos que não é revisto e como tudo na vida é preciso de vez em quando ajustar e fazer adaptações e correcções relativamente a determinados documentos. E esta proposta tem exactamente esse objectivo de fazer essas correcções. Foi também explicado pelo Sr. Presidente as alterações mais profundas ao Regulamento de Taxas e Licenças. ------ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, que disse que sempre foi a favor e até foi apresentada uma proposta de resolução drástica nas taxas dos mercados, nós somos a favor da redução de tudo quanto é taxa e receita camarária e na redução correspondente da despesa desnecessária. Assim, esta proposta tira dum lado e põe do outro. Eu chamo a isto canhões e rebuçados. Aqui o que mais me incomoda é na questão das piscinas, saber porque é que as pessoas com mais de sessenta e quatro anos pagam mais? Isto não é compreensível? Um euro e quinze cêntimos uma pessoa com mais de sessenta e quatro anos. Então o apoio aos mais velhos, são os mais carenciados são as pessoas, a maior parte, que tem reformas miseráveis, são os que pagam mais? Os que pagam mesmo mais é dos dezanove aos sessenta e quatro. De manhã, dos dezanove aos sessenta e quatro pagam, um euro e quinze cêntimos. Esta-se mesmo a ver as pessoas de manhã a ir para a piscina. Estão a trabalhar, não vão à piscina. Pagam menos de manhã e mais à tarde. Isto não está correcto, quem elaborou isto acho que não pensou nisso. O carinho tão grande que o Município põe em relação aos mais velhos, até faz almoços de Natal, e agora? Isto é para pagar o almoço de Natal, este aumento? Depois da eliminação realmente da taxa no âmbito do urbanismo que é importante, mas ao mesmo tempo foram criadas inúmeras taxas e mais, há aqui um pedido “ Apreciação de petições diversas e outras “, cabe aqui tudo. Aquilo que foi isento vai comer aqui vinte euros. Porque se eu estou a construir e vou lá requerer ao Município uma primeira alteração da minha licença de obra, o Sr. Presidente disse que vou deixar de pagar o que pagava agora que era 20% do valor inicial que realmente era muito dinheiro, mas esse pedido é apreciado, ele não está isento vai pagar vinte euros. Aqui onde se fala em eliminações, são eliminações daquelas verbas daqueles itens, não são eliminações de cobrança para aquele acto. Muda-se é o nome do acto, passa a ser apreciado o acto. Antigamente pagava só por pedir, agora paga por ser apreciado. Eu acho que uma revisão do Regulamento de Cobrança das Taxas e Licenças e Outras Receitas Municipais, devia ser uma coisa abrangente, estudada, ponderada. Nós no CDS, estamos a trabalhar nisso, é um esforço enorme, verba a verba. Estamos a trabalhar numa possível proposta, mas não temos grande tempo para isso. Tinha que ser uma proposta global, não é tira aqui põe acolá. Esta reforma vai realmente resolver alguns problemas, mas vai transferi-los para outro lado. O CDS, não concorda com esta alteração da forma com está feita, concorda com as isenções todas que aqui estão. Nós vamos nos

abster porque não podemos votar a favor de metade da tabela e contra a outra metade, não dá. Se eu votar a favor de tudo vou dizer que concordo que uns sejam isentos e os outros sejam agravados, assim vai ser uma abstenção. ------Usou da palavra o Sr. Presidente para dizer que de facto este trabalho foi feito com tempo e de uma forma coordenada e comparativa e bastante séria. Depois dizer que as receitas sob o ponto de vista daquilo que é a nossa previsão com este regulamento baixam. E depois dizer naturalmente que se relativamente às pessoas que não tem possibilidades de desfrutar dos equipamentos municipais, nós temos mecanismos para apoiar as pessoas carenciadas. E se as pessoas carenciadas não deixarão, independentemente da idade de serem mais velhos, de serem mais novas, de serem apoiadas conforma tem vindo a ser apoiadas ao longo do tempo. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com nove votos e duas abstenções. ------PONTO N. 10 – INDICAÇÃO DE UM REPRESENTANTE PARA O CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES TÂMEGA I – BAIXO TÂMEGA (ACESBT). ------O Sr. Presidente da Mesa perguntou aos presentes se alguém tinha alguma proposta a fazer. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Joaquim Andrade Bastos, para dizer que o Partido Socialista, para este assunto indica o Sr. Deputado Joaquim Carvalho Oliveira, para candidato. ------O Sr. Presidente da Mesa informou que a primeira proposta a entrar na Mesa foi a do PSD, que a designou pela letra A e a apresentada pelo Sr. Deputado António Joaquim Andrade Bastos, líder da bancada do PS, foi designada pela letra B. ------Foi também comunicado pelo Sr. Presidente da Mesa o nome dos Senhores Deputados propostos pelas listas A e B. ------Lista A, apresentada pelo PSD, que indicou o Sr. Deputado, António Manuel Marinho Gomes. ------Lista B, apresentada pelo PS, indicou o Sr. Deputado, Joaquim Carvalho Oliveira. ------Foram distribuídos os boletins para se proceder à votação, por escrutínio secreto, das listas referidas. ------Terminada a votação e contabilizados os votos, verificou-se o seguinte resultado: Lista A – 20 votos, Lista B – 13 votos. ------ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Foi eleito para o Representante para o Conselho da Comunidade do Aces Tâmega I – Baixo Tâmega (ACESBT) o Membro da Assembleia Municipal indicado pela Lista A. ------PONTO N. 11 – NOMEAÇÃO DOS REPRESENTANTES PARA INTEGRAR A COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS (CPCJ). ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Joaquim Andrade Bastos, que disse querer colocar uma questão prévia antes da votação que era o seguinte: Sempre foi, pelo menos da parte do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, que este Organismo fosse de alguma maneira despartidarizado. E nós a nossa posição inicial sobre este assunto era de que fizessemos uma lista conjunta e eu proporia que o primeiro elemento seria do Partido Social Democrata, o segundo seria do Partido Socialista, o terceiro seria do CDS e o quarto do PSD. Penso que seria uma boa forma de despartidarizar este Orgão e a participação de todos os Partidos neste organismo, acho que seria uma boa ideia e até evitaria uma votação. ------Foi dada a palavra à Sr.ª Deputada Maria de Fátima Araújo Fernandes, para dizer que os elementos para a Comissão têm que ser eleitos por dois anos. Esta Assembleia vai terminar daqui a um ano. Pelo que da parte dos Deputados Municipais do PSD, consideraram que iriam propor os elementos que já estavam no ano anterior, porque por força das eleições esta Comissão vai ter que ser novamente revista na próxima Assembleia, decorrendo dos elementos que forem eleitos. Como são necessários quatro Deputados e se ainda não cumpriram o limite de mandato que são seis anos a nossa proposta é que se mantenham os quatro elementos que estão até ao termo deste mandato, que são as eleições e então aí renovar-se-ía os elementos indicados para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. Aproveito também para desejar a todos os elementos do Executivo da Câmara Municipal, Presidente da Assembleia Municipal e Colegas, um Bom Natal e um Bom Ano. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, para dizer que embora reconhecendo os argumentos da Sr.ª Dr.ª Fátima Araújo, entende que a proposta do Dr. Bastos é interessante e o CDS, adere a ela. Penso que se constituiri-a uma lista equilibrada e representativa de todo o espectro político da Assembleia Municipal. Nós concordamos com a proposta do Sr. Dr. Bastos. ------Pediu novamente a palavra a Sr.ª Deputada Maria de Fátima Araújo Fernandes para dizer que tem que haver votação. Mas eu proponho que como é

por mais um ano se mantenha a lista com os quatro elementos que estavam e que passo a indicar os nomes:- José Alcídio Teixeira Lopes de Carvalho, Domingos Jorge da Cunha Teixeira, Maria da Graça T. Fernandes Silva Mourão e Maria Albertina Ribeiro Moreira. Assim, o PSD apresenta a sua lista e que o PS ou apresenta lista ou não apresenta lista, e votam-se as listas propostas. ------O Sr. Presidente da Câmara pediu a palavra e desculpa por interferir nos trabalhos, mas como tudo na vida, uma proposta para ser aceite é quase como um casamento, as partes tem que aceitar ir ao altar. Isto seria uma proposta se as partes aceitassem. Se as partes não aceitam não pode ser uma proposta. Se o PSD, o PS e o CDS, aceitassem em conjunto, isso era uma proposta. Agora apresenta-se uma proposta a dizerque em primeiro vai um elemento do PSD, em segundo um do PS, e terceiro um do CDS e em quatro um do PSD, quando há um partido que não concorda com o facto de ir lá o nome do PSD. Eu acho que é estar a usar ilegitimamente o nome do Partido Político. ------Pediu a palavra o Sr. Deputado António Joaquim Andrade Bastos que referiu que esta questão dos menores se tornou tema político quando nós na verdade não o queríamos. Lamentamos profundamente a posição não sei se é do PSD, se é da Dr.ª Fátima Araújo, que já nos habituou aqui a ter uma posição ela e o Grupo Parlamentar outra. Não sei se é dela pessoal se do Partido, mas lamentamos. Perante uma questão tão delicada quanto esta que é esta Comissão de Protecção de Menores, que para quem for eleito traz algum trabalho e nós reconhecemos isso, o Partido Socialista prontificou-se aqui numa questão de colaboração, como já o fez, e nesta questão em particular sempre demonstrou que pretendia colaborar nessa Comissão, não o deixam por uma questão política, paciência. Sr. Presidente o Partido Socialista retira a sua proposta e vai apresentar uma lista que já tinha feito e que é composta pelos seguintes Deputados:- Maria Filomena Marinho Silva Teixeira, Mário Fernando Andrade de Sousa, Lucinda de Fátima Abreu Gonçalves e José Alberto Teixeira de Mesquita. - Pediu a palavra a Sr. Deputada Maria de Fátima Araújo Fernandes para dizer que não costuma entrar neste tipo de réplicas, mas a verdade é que não aceito mentiras e a minha proposta está feita em nome do Grupo dos deputados Municipais do PSD. E nunca eu apresentei aqui uma proposta que não fosse votada pelos colegas. E as que apresentei foram sempre apresentadas em nome do meu Grupo Parlamentar. Esta intervenção é só para ser reposta a verdade. ----- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal, para dizer que esta discussão, é uma inexistência, porque isto não devia existir. Existe no regimento uma figura que o Sr. Presidente da Assembleia, não usa que se chama Conferência de Líderes, onde isto se discute sem ser aqui. E eu pergunto, não comparo pessoas, nem quero fazê-lo, nem nunca o fiz. Mas na anterior Presidência do Dr. Peixoto, eram religiosas as conferências de líderes. Podiam as pessoas faltar, isso é outro problema, faltavam, assumiam a responsabilidade. Estes assuntos são discutidos nas conferências de líderes e nós estavamos aqui a discutir uma coisa que não tem discussão possível. E o Sr. Presidente disse e muito bem, o que eu queria dizer antes, não se pode votar uma proposta que implica pessoas que recusam integrar a proposta. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para dizer que nestas questões de nomes é preciso ter muito cuidado. E de facto acho que as pessoas quando se trata de nomes devem falar préviamente para se evitar que se ande aqui quase a jogar com o nome do A e do B. Eu acho que a elevação deste Orgão não se pode por a geito para isso e portanto eu acho que no futuro, quando houver algo na ordem de trabalhos que envolva nomes de pessoas ou representantes, acho que préviamente deviam reunir os representantes dos Partidos Políticos para depois não virmos para aqui falar sobre isto. Porque aí sim falamos sobre estas questões aqui é que se partidariza as questões. Eu acho que esta matéria e outras matérias de todo devem ser alvo de partidarização. ------Foram distribuídos os boletins para se proceder á votação por escrutínio secreto das listas apresentadas pelo PSD e pelo PS. ------O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia, informou os presentes dos nomes que integravam a lista A e a lista B. ------Assim, a lista A, apresentada pelo PSD, é composta pelos Senhores Deputados a seguir indicados:- José Alcídio Teixeira Lopes de Carvalho, Domingos Jorge da Cunha Teixeira, Maria da Graça T. Fernandes Silva Mourão e Maria Albertina Ribeiro Moreira. ------A lista B, apresentada pelo PS, é composta pelos Senhores Deputados a seguir indicados:- Maria Filomena Marinho Silva Teixeira, Mário Fernando Andrade de Sousa, Lucinda de Fátima Abreu Gonçalves e José Alberto Teixeira de Mesquita. ------Terminada a votação e contabilizados os votos verificou-se o seguinte resultado: - Lista A – 19 votos; Lista B – 12 votos. Votos brancos – 1. ------

Assim, foram eleitos para integrar a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) os elementos que integravam a Lista A. ------PONTO N. 12 – PROCEDIMENTO TENDENTE À DESAFECTAÇÃO DE UMA PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA DE 154,90 M2, SITA NO LUGAR DE – ARNOIA. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que começou por dizer que isto é um bocado de terreno que confina com a estrada que era a Estrada Nacional, perto da casa do Sr. Alberto, na Urbanização de Vila Verde. E Este terreno é o talude que fica por cima da estrada, e o proprietário do lote na altura falou que gostaria de o adquirir. Ele não tem relevo nenhum para a Câmara, tem vantagem para quem o pretende adquirir, mas isto ainda tem que ir obviamente a hasta pública. Sendo assim, se é possível por um lado verificar que isto é bom para a Câmara é bom para o Munícipe, fizemos a proposta para fazer a desafectação. Se hoje for aqui aprovado vai a Hasta Pública, se o Sr. que mora ao lado fizer a melhor proposta, ficará com o terreno. ------Pediu a palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal, para dizer que é anunciado um mapa para localizar a faixa e ele não existe. Se o Sr. Presidente o tiver eu gostava de ver o mapa. ------O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia, referiu que os documentos que lhe chegaram foram os que foram enviados aos Srs. Deputados. ------Disse o Sr. Luís Castro Leal, diz que para a Câmara a faixa de terreno não interessa nada, e eu acredito, mas eu é que decido o meu voto. Portanto eu tenho que decidir face ao que vou ver. Porque se for um terreno mais abaixo ou mais acima faz diferença, porque aquele passeio tem cinquenta centímetros, não passa uma Senhora com uma criança. Portanto essa faixa de terreno pode ser útil para alargar o passeio. Excepto se estiver num local onde o passeio já seja largo. Moral da história se for um lote, onde o passeio já for largo eu voto a favor a desafectação porque realmente não é útil. Se for em local onde o passeio é estreitinho voto contra porque ele é muito útil. Se não amanhã o Sr. Presidente ou quem cá estiver vai ter que expropriar para alargar o passeio. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que disse que pensava que junto aos documentos estava o mapa, mas informou que foi verificado por si e pelos serviços que fica salvaguardada a questão do passeio. Nunca se pode fazer uma desafectação que coloque em causa aquilo que é o benefício público. Mas este assunto está salvaguardado, mas admito que se estivesse sentado aí, ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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também gostaria de ver a planta que era para poder emitir o meu juízo de valor. O que posso garantir é que esta desafectação não põe em causa qualquer passeio que venha a ser feito naquela zona. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com duas abstenções. ------POSTO N. 13 – ADESÃO À ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DE FINS ESPECÍFICOS DO MINHO. ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente que começou por referir que esta Associação é uma Associação de fins específicos que visa promover a articulação de todos os meios que tenham a ver com a Protecção Civil de âmbito regional na área do Minho. Aqui colocam-se questões, naturalmente, nós pagamos alguma coisa? Não pagamos. Agora há evidentemente aqui potencialidades que podem e devem ser aproveitadas ao nível de ganhos de escala por trabalharmos em conjunto e além do mais também a nível dos Bombeiros e das Entidades da Protecção Civil. Há uma lógica de organização territorial que é uma lógica a nível Distrital. E por isso quando foi apresentado esta ideia de trabalhar nesta lógica associativa a nós pareceu-nos interessante. ------Usou também da palavra o Sr. Presidente da Mesa para dizer que esta é uma Associação que no fundo serve para juntar as várias entidades do Distrito, Bombeiros, Polícia, IPSS e Cruz Vermelha, para planear situações de protecção civil. Como não tem custos para o Município, nada nos custa juntar a ela. ------Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Joaquim Andrade Bastos, para dizer que o Partido Socialista vai votar a favor obviamente esta adesão e aliás, isto vem no seguimento da posição que o Partido Socialista sempres assumiu, que a tendência deste concelho será sempre o Minho. E terá sido talvez até um bom início para uma mudança de posição. Se calhar de uma vez por todas o concelho tem de definir a sua posição em termos de enquadramento territorial, uma vez que é no Minho o nosso futuro. Portanto, bem-vindo ao Minho novamente Celorico. ---- Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal, para dizer que esta Adesão não tem custos agora, ou seja, não temos que entrar já com dinheiro. Mas diz o artigho 5º “são receitas da Associação o produto das contribuições dos Municípios Associados” e depois no artigo 31º, n.º 2 “as contribuições dos Municípios, somos nós, associados são exigíveis a partir da aprovação do orçamento da Associação”. Portanto isto não é de graça, agora é mas depois de aprovado o orçamento temos que pagar a nossa quota. A questão que eu formulo

é concretamente. Para que é que isto serve? Os Senhores estiveram a explicar. O que eu vejo é que a Protecção Civil, tem as mesmas funções. Então o nosso Governo não diz para acabarmos com as duplicações de coisas de serviços. Estamos a pagar à Protecção Civil para quê? Isto é dizer que a Protecção Civil é incompetente? Claro que há falhas e há dificuldades. Não há nada perfeito, existem situações terríveis que nem quero imaginar. No nosso entender esta Associação serve unicamente para duplicar o que já existe. Vai servir para aqueles que são afastados dos Municípios, esperemos que não, para terem alguma coisa que fazer. Se calhar vai haver muita gente que amanhã não pode estar na Câmara, a,b, c, d, e por aí adiante, porque os Directores vão diminuir e vão ser postos aqui a fazer o que os outros já fazem. Nós vamos votar contra porque nós temos que diminuir a gordura do Estado. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por maioria com dois votos contra. ------PONTO N. 14 – AUTORIZAÇÃO PARA A CONTRATAÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO DE CURTO PRAZO, ATÉ AO MONTANTE DE 685.000,00 € (SEISCENTOS E OITENTA E CINCO MIL EUROS). ------Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que disse que relativamente a este macanismo de gestão, devo dizer que em 2012 não foi utilizado. Foi aprovado no âmbito dos setecentos e cinquenta mil euros e só tivemos um banco que apareceu com quatrocentos mil euros para dar preço e foi um spread julgo próximo dos 7%, como disse o empréstimo não foi utilizado. O objectivo é não utilizá-lo também no ano de 2013, e estou certo que não acontecerá, a não ser que aconteça uma catástrofe ou o Estado não transfira os dinheiros, ou não transfira aquilo que é o FEF. Aí nós provisóriamente teremos que recorrer a algo sob o ponto de vista de gestão de tesouraria de curto prazo, para fazer valer de alguma situação excepcional. Devo dizer que responderam dois bancos. Este ano são seiscentos e oitenta e cinco mil euros, tem a ver com os volumes financeiros das Autarquias. Respondeu a Caixa geral de Depósitos, para os 685 mil euros com 5.75% e o BES, também para os 685 mil euros com uma taxa de 7.5% de spread. Por isso é bom, o ano passado só apareceu um banco, nós não utilizámos o empréstimo, este ano apareceram dois bancos para o valor integral. Mas como disse este é um instrumento para ter àP disposição, mas para não utilizar. ------Posto o assunto a votação foi o mesmo aprovado por unanimidade. ------ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO

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PONTO N. 15 – INFORMAÇÃO DA ACTIVIDADE MUNICIPAL NOS TERMOS DA ALÍNEA E) DO N.º 1 DO ARTIGO 53º DO DECRETO-LEI 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, REVISTO PELA LEI 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------Tomado conhecimento.

III – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

Não houve.

IV – APROVAÇÃO DA ACTA EM MINUTA

E nada mais havendo a tratar, quando eram 19,20 horas, o Exmº Senhor Presidente da Assembleia Municipal, declarou encerrada a Sessão, da qual para constar se lavrou a presente acta, aprovada em minuta por unanimidade e assinada pelos Membros da Mesa à qual foram dados poderes pela Assembleia Municipal. ------E eu Francisco Brochado Lopes, 1.º Secretário da Mesa a subscrevi e assino. ------

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