ESTADO DO

PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE ALEGRE DOS CAMPOS

Plano Decenal Municipal de Educação

Monte Alegre dos Campos, Dezembro de 2014

Dados de Identificação

Órgão Responsável: Secretaria Municipal de Educação e Cultura

Coordenação Geral: Secretaria Municipal de Educação e Cultura e Conselho Municipal de Educação

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA:

Professora Simone de Fátima Gobeti Boeira

SUPERVISORA MUNICIPAL DE ENSINO:

Professora Elâine Margarete Parizotto

PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:

Professora Maria Salete Gonçalves de Almeida

COORDENADORA LOCAL DO PNAIC- PROGRAMA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA:

Professora Josiane Paim Borges

PREFEITO MUNICIPAL: Gilmar de Almeida Boeira

VICE-PREFEITO: Luís Carlos da Silva Deõn

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COMISSÕES TEMÁTICAS

INTRODUÇÃO E HISTÓRICO: Professora Maria Salete Gonçalves de Almeida

EDUCAÇÃO INFANTIL

COORDENADORA: Professora Rosilei Jordão Vanin

RELATORA: Professora Leliane Machado Boeno

COMPONENTES:

Dionéia Aparecida Chinelatto

Paula Edicéia Luís

Verissíma Maciel Boeira

Janaína Macari Pellizzari

Juliana Ramos de Godoy

Maria Aparecida Pereira de Abreu

Cátia Cilene Pereira Malgarin

Márcio José de Jesus

ENSINO FUNDAMENTAL

COORDENADORA: Professora Charlene Aparecida Mota

RELATORA: Professora Lidiane Paiz de Souza Scain

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COMPONENTES:

Geneci Maria Romanini Motta

Ana Carla da Silva Maciel

Fabiana Boeira Duarte

Rosania Maria Buratto Vieira

Elizete de Fátima Piton

Maria Marlen Ramos Guimarães

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

COORDENADORA: Professora Josiane Paim Borges

RELATORA: Simone Mello Soares

COMPONENTES:

Maria Salete Gonçalves de Almeida

Luciméri da Silva Santos

Doraci Alves

José Vanderlei Almeida

Sandra Maria Daros Deõn Batalha

Luciane Boeira da Silva

José Itamar dos Santos Borges

Assis Lisboa Dias

Volmir de Sá Tavares

Valdenir Lisboa Pereira

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EDUCAÇÃO ESPECIAL

COORDENADORA: Professora Laura dos Santos Duarte

RELATORA: Fabrícia Pelissari

COMPONENTES:

Letícia Gargione

Adriana Perotoni

Pedro Júnior de Souza

Flávio Paim de Vargas

Fernanda Bortolotto da Silva

Darci João Boeira Dias

Vânia Maciel Boeira

Micheli do Amarante Borges

FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

COORDENADORA: Professora Elâine Margarete Parizotto

RELATORA: Adinéia Zanotto

COMPONENTES:

Patrícia Fernandes Barcelos

Elisandra Gobetti de Camargo

Luciane Pereira da Costa

Antônio Joacir Boeira Tavares

Alessandro Catafesta da Silva

Luciane de Fátima Forest 4

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FINANCIAMENTO E GESTÃO

COORDENADORES: Simone de Fátima Gobeti Boeira e Gilmar de Almeida Boeira

RELATORA: Silvana Cristovão

COMPONENTES:

José Neuri Rodrigues Lisboa

Ricardo Bueno e Silva

Eduardo Marin D’Ambros

ACOMPANHAMENTO, REVISÃO FINAL, SUPERVISÃO TÉCNICA E AVALIAÇÃO DO PLANO

Rose Marie Wolff Rodriguez e Rubem Antônio dos Santos Filho

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SUMÁRIO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO...... 1

COMISSÕES TEMÁTICAS...... 2

INTRODUÇÃO...... 7

MENSAGEM...... 10

HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PME...... 12

ORIGEM E FORMAÇÃO...... 14

DAS MODALIDADES DE ENSINO...... 17

EDUCAÇÃO INFANTIL...... 17

EDUCAÇÃO ESPECIAL...... 20

ENSINO FUNDAMENTAL...... 29

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS...... 40

FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

DO MAGISTÉRIO...... 46

METAS E ESTRATÉGIAS...... 50

CONCLUSÃO...... 78

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INTRODUÇÃO

No limiar do Século XXI, o desenvolvimento do homem e do país exige um sistema educacional eficaz. O analfabetismo perdura ao longo dos anos e assume hoje uma gravidade maior, não só porque a evolução da sociedade já não permite aceitar esse tipo de restrição ao exercício pleno da cidadania, mas também, porque a evolução da sociedade já não permite aceitar esse tipo de sistema produtivo e requer trabalhadores com qualificação progressiva e capacidade de manejo das tecnologias emergentes.

A educação escolar constitui um elemento indispensável, de formação geral, necessária para que o homem participe de maneira efetiva da vida coletiva e da produção.

Na iminência de construir uma nova sociedade cumprem estender escolarização as amplas camadas sociais humanísticas e igualitárias. A excludência, principal problema do sistema educacional brasileiro, é traduzida pelos altos índices de evasão e de reprovação. Até há pouco tempo, a exclusão era atribuída especialmente a fome e às condições de miserabilidade do povo, hoje se aponta também, o próprio sistema educacional entre os responsáveis por tal malefício. Sabe-se, no entanto, que suas causas não estão vinculadas apenas à estrutura e ao funcionamento do sistema educacional, mas, também, têm íntima relação com as condições sociais econômicas e políticas. Como se vê, as causas são intrínsecas e extrínsecas ao sistema educacional, portanto, não é tarefa exclusiva dos educadores, mas responsabilidade coletiva a ser enfrentada pela sociedade como um todo. Wlliam Glasser, analisando situações semelhantes, escreveu:

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“... Se as crianças malogradas, e os adultos em que elas se convertem, fossem poucos, produziriam escasso impacto sobre nossa sociedade; mas não são poucas (.....) essa pessoa de um modo geral, não triunfará enquanto não puder, seja lá como for, conhecer primeiro o sucesso numa parte importante de sua vida.” A problemática social tem provocado o repensar da educação e a necessidade de mudança, assim, o eixo de análise passou a ser o vínculo sociedade inserido no processo de mudança que concretiza na ação, no movimento, na prática social, na relação com os outros homens e no conjunto de relações concretas, objetivas, dentro de uma estrutura social e histórica.

Sabemos que os condicionantes históricos criam limites objetivos para as ações humanas, no entanto, é preciso considerar que a própria história é uma construção humana; e, como tal, é pela atividade dos homens que as condições sociais adversas ficam estagnadas, retrocedem ou são superadas.

No processo de educação, o professor é o agente de transformação. A ele cabe a reconstrução educacional, baseada em uma ação pedagógica que represente a união entre o indivíduo e o social e, portanto, privilegie o surgimento de uma escola que se proponha a assumir um projeto sincronizado com a vida em sociedade, na qual todos estejam conscientes da necessidade de seu envolvimento e responsabilidade na busca de um desenvolvimento racional e autossustentado, capaz de levar à mudança social e cultural da comunidade e à melhoria das condições de vida de sua população.

A educação está num período de remodelação e planejamento, onde a legislação está permitindo que a comunidade participe da elaboração do plano estrutural, dentro de suas potencialidades, com estratégias próprias, seguindo as diretrizes e metas nacionais.

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Este é um momento histórico na área educacional, onde toda a comunidade deverá sentir-se envolvida no processo de planejamento e participação, pois, segundo Paulo Freire:

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho; Os homens se libertam em comunhão”.

A legislação aponta para uma mudança de paradigma que deve estar presente na construção, reestruturação e elaboração do novo Plano Educacional com uma concepção verdadeiramente libertadora para a construção de realidades educativas buscando a participação de sujeitos que construam e que transformem a sua conjuntura histórica e que possam exercer plenamente a sua cidadania.

A elaboração do Plano Decenal de Educação Municipal ao atender às demandas da comunidade servirá de diretriz orientadora das ações, expressando o ideário que deixa clara a concepção de homem, de sociedade, de educação, de conhecimento que constroem a identidade da escola. Ao construir o seu Plano Educacional, tem o Município delineado o percurso que leva ao alcance de seus objetivos na área da educação nos próximos dez anos, contando com a participação e colaboração de todos para que o referido Plano torne-se elucidado conforme prevê a legislação observando: carga horária, currículo, formas de avaliação, classificação e recuperação.

Monte Alegre dos Campos dá um salto de qualidade educativa ao colaborar de forma democrática e participativa, construindo e elaborando o Plano Municipal de Educação-PME, para os próximos dez anos.

O Plano Municipal de Educação trata do conjunto da educação, no âmbito municipal, expressando uma política educacional para todos os níveis, bem como as etapas e modalidades de educação e de ensino. 9

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É um Plano de Estado e não somente um Plano de Governo. Sua elaboração está preconizada no Plano Nacional de Educação-PNE, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, que em seu Artigo 8º, declara: “Os Estados, o Distrito Federal e os municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei”.

Obedecendo ao princípio constitucional de gestão democrática de ensino público preconizada na Constituição Federal Art.206, VII, observando a gestão democrática de ensino e da educação, a garantia de princípios de transparência e impessoalidade, a autonomia e a participação, a liderança e o trabalho coletivo, a representatividade e a competência, foi construído o presente Plano Municipal de Educação, um plano decenal. Ele requereu, de todos nós, que dele participamos com clareza e objetividade, posicionamento a respeito da educação que queremos.

O PME preconiza o que está posto no Plano Nacional de Educação. De forma resumida, os principais aspectos norteadores abordados são: a universalização, a qualidade do ensino, a formação e valorização dos profissionais, a democratização da gestão e o financiamento da educação.

Esperamos que o Plano Municipal de Educação de Monte Alegre dos Campos aponte para uma Educação Plena.

MENSAGEM

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MONTE ALEGRE DOS CAMPOS

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Acreditamos que para muitos pode parecer demagogia, proselitismo ou até ingenuidade propor a construção de um Plano Municipal de Educação a partir da mais genuína democracia: a participação direta e constante dos cidadãos. A afirmação nos considera propriamente questões legais, mesmo porque o processo acima já é preconizado e garantido por lei, mas razões que perpassam por concepções e paradigmas historicamente construídos. Paulo Freire, base epistemológica desse trabalho, já nos dizia que é possível e necessário encurtar a distância entre o que se diz e o que se faz da necessidade de se aproximar e articular o que temos e aquilo que desejamos. Nessa circunstância, tratando-se especificamente de gestão pública e educacional, afirmamos que é preciso, acima de tudo planejamento.

Queremos contribuir para a formação, de novas concepções; esperamos um despertar de consciência capaz de promover uma gestão pensada e vivida por todos.

Acreditamos que a rede simbólica do Plano já vem sendo tecida e é preciso, agora, dar corpo a rede. E nos reconhecendo como seres históricos e, citando Paulo Freire, incompletos, inconclusos e inacabados que o Plano materializa nossos sonhos, projetos e intenções, para o Município de Monte Alegre dos Campos, para os próximos 10 anos.

Um Plano que, além do documento escrito, feito com rigorosidade metódica necessária, é capaz de ser palavra-ação. Documento que se move para um Monte Alegre dos Campos cada vez melhor. Com esta compreensão, convidamos a todos (as) para comprometerem-se na produção da rede, porque ao navegar podemos questionar as ondas, podemos melhorar os barcos, só não podemos parar, pois o mar nos espera.

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HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MONTE ALEGRE DOS CAMPOS

Para construir este Plano, a Secretaria Municipal de Educação adotou uma metodologia participativa e democrática, envolvendo a Sociedade Civil Organizada, Instituições de Ensino e da Administração Pública e Câmara Municipal - Comissão de Educação, Cultura e Unidades Educativas. A elaboração deste Plano Municipal de Educação constitui-se de instância de reflexões e decisões, dentre elas: o Fórum Municipal de Educação e a Comissão de Coordenação.

Foram realizadas a partir daí 4 (quatro) reuniões com os membros da Comissão de Coordenação, 1 (um ) Fórum, 1 (uma) Audiência Pública e 1 (uma) Conferência Municipal, que proporcionaram a participação democrática, a discussão e aprovação das Propostas e Metas, para comporem o Plano Municipal de Educação.

Este Plano Municipal de Educação é definido em um conjunto de Diretrizes e Metas, distribuídas nos diversos níveis e modalidades de ensino, estabelecidos para cada Eixo. Constitui-se em um instrumento de resposta às demandas, na área da Educação Pública do Município de Monte Alegre dos Campos, por articular diretrizes, metas, aspirações compartilhadas com legitimidade.

ASPECTOS POPULACIONAIS

Segundo dados do IBGE, Monte Alegre dos Campos conta com uma população de 3.229 habitantes, distribuída numa área de 549,25Km², onde situam-se além da sede do município, outras doze comunidades caracterizadas como capelas ou distritos. Sua população reside em quase sua totalidade na zona rural.

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COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Monte Alegre dos Campos está numa altitude de 965 m acima do nível do mar, o clima predominante é subtropical temperado com geadas fortes. O Rio das Antas, um dos principais rios, limita Monte Alegre dos Campos com os municípios de São Francisco de Paula, Bom Jesus e , tendo no seu percurso diversas quedas d’água possibilitando a construção de PCH – Pequenas Centrais Hidrelétricas, uma delas, a Cavalinhos I e II sendo a última finalizada no final de 2012, gerando uma arrecadação para o município neste ano, em torno de dois milhões de reais.

Monte Alegre dos Campos faz divisa com as seguintes cidades:

Leste: Bom Jesus - Rio Passo do Carro e Governador.

Sul: São Francisco de Paula - Rio das Antas.

Sudeste: Caxias do Sul - Rio das Antas; - Rio Quebra Dentes.

Norte e Oeste: Vacaria - Rio Quebra Dentes e limites.

Distâncias:

Porto Alegre: 264 km

Caxias do Sul: 140 km

Vacaria: 30 km

Passo Fundo: 210 km

Rio Grande: 574 km

Florianópolis: 331 km

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ORIGEM E FORMAÇÃO

Monte Alegre dos Campos teve sua origem no final do século passado, quando em 1820 foi fundada a Capela Nossa Senhora da Luz, o povoado foi elevado à categoria de distrito passando a denominar-se Vila Esteira - 8º Distrito da Vacaria. O povoado central, onde hoje está situada a sede do município, destacou-se pelo grande número de casas comerciais, engenhos, olarias, serrarias, moinhos e mais de 70 casas de moradia ali existentes. Conta à história que na época dos tropeiros passou por aqui um senhor chamado Pedro Zamban, que ficou muito admirado com a beleza natural do lugar e resolveu instalar-se com sua família nesta localidade que denominou-se Capela Zamban.

O antigo 8º distrito de Vacaria a conhecida Vila Esteira, mais tarde veio a ser chamado de Monte Alegre dos Campos, através da realização do plebiscito popular acontecido em 22 de Outubro de 1995. Foi elevado à categoria de Município através da lei nº 10.664, no dia 28 de dezembro de 1995, instalando-se definitivamente em 01 de Janeiro de 1997. Em 1997 o Município contava com 23 escolas, sendo 19 Municipais, 04 Estaduais, sendo duas de primeiro grau incompleto, uma de primeiro grau completo e 01 de Ensino Médio. Atualmente, Monte Alegre dos Campos conta com 09 escolas, sendo 04 de Ensino Fundamental, 03 de Educação Infantil 01 Estadual de Ensino Fundamental e 01 Estadual de Ensino Médio. Na época da emancipação, Monte Alegre dos Campos contava com atendimento em classes multiseriadas em escolas rurais comunitárias, com um número de 22 professores, atendendo a 600 alunos nas séries iniciais, a maioria filhos de agricultores.

A Rede Estadual de Ensino atendia alunos de diversas comunidades, estes de maior poder aquisitivo na época, sendo que a maioria dos alunos deste nível de ensino necessitava usar o transporte coletivo.

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Vários fatores contribuíram para mudar, e muito, esses números nos dias atuais. O primeiro deles foi à nuclearização das escolas, ou seja, em lugares-polo foram criadas escolas maiores que absorveram o alunado de escolas pequenas espalhadas pelo interior e que possuíam um número desproporcional para as diferentes séries, a localização das referidas escolas e as novas diretrizes da LDB.

Considerando a importância de oferecer aos alunos uma educação de qualidade, atendimento por série, espaço físico apropriado, melhor acompanhamento nas práticas pedagógicas, adequação de profissionais, serviço de merenda, manutenção e conservação das escolas, a maioria dessas escolas foram desativadas e o município assumiu a responsabilidade do transporte escolar que percorre mais de 1000 km diariamente.

Durante esse período muito foi acrescentado na área educacional. Hoje, grande parte dos profissionais atua mediante concurso público, onde praticamente todos possuem curso de graduação específica, as escolas possuem equipamentos adequados, os materiais didáticos e escolares são de boa qualidade e oferecidos aos alunos da rede municipal de ensino. O Município proporciona meios para sua comunidade frequentar cursos profissionalizantes e universitários para que estes possam capacitar-se e assim poder competir no mercado de trabalho.

Se na área da educação, Monte Alegre dos Campos teve um desenvolvimento ao longo deste período, no aspecto econômico também mudou o seu perfil.

De um município totalmente voltado para a agricultura de subsistência de onde extraía quase todo seu dinheiro que circulava entre a sua população, o Monte alegrense apostou na economia primária, onde se plantava apenas feijão e milho, os agricultores diversificaram a sua produção com tecnologia, o que lhes possibilitou um avanço considerável na economia produtiva. 15

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Agora, Monte Alegre dos Campos é produtor de grandes safras de maçã, uva, ameixa e lavouras de trigo, soja e milho, destacando-se também pela existência de uma agroindústria familiar, valorizando a produção ecológica gerando empregos e tendo grande aceitação no mercado regional e nacional.

Observa-se que Monte Alegre dos Campos, no decorrer do tempo vem construindo a sua história e traçando o seu rumo. Seu povo caminha acreditando num futuro melhor, e acredita de fato, assim como os primeiros povoadores acreditaram, quando aqui chegaram e viram que até mesmo os animais viviam em harmonia e tranquilidade, que é possível sim produzir muito e viver bem nestas terras que antes eram recobertas por diversas árvores e pinheirais.

Assim, este breve histórico de nosso Município mostra a fé, a esperança e o trabalho de nossa gente. Estes são os sentimentos que estão presentes em tudo o que fazemos pelo nosso povo e para o povo, servindo de apresentação através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SMEC, do Plano Municipal de Educação do município de Monte Alegre dos Campos para os próximos dez anos, sendo detalhado nas páginas que seguem.

ASPECTOS EDUCACIONAIS

Passando para análise mais especificamente educacional, ou melhor, aos dados referentes a rede de ensino do município, que hoje conta com um total de 03 (três) Escolas de Educação Infantil, 04 (quatro) Escolas de Ensino Fundamental, 01 (uma) Escola Estadual de Ensino Fundamental e 01 (uma) Escola Estadual de Ensino Médio, totalizando um número de 730 alunos atendidos, sendo que o município oferece o transporte escolar a todos os alunos, totalizando um percurso de 1000 Km diários, gerando uma despesa aproximada de 70 (setenta) mil reais mensais para administração pública municipal.

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DAS MODALIDADES DE ENSINO

Educação Infantil

Diagnóstico

A educação das crianças de zero a cinco anos, em estabelecimentos específicos de Educação Infantil, vem crescendo no Município de Monte Alegre dos Campos de forma gradual, seja em decorrência da necessidade das famílias de contar com uma instituição que se encarregue do cuidado e da educação dos seus filhos, principalmente quando os pais trabalham fora de casa, ou por necessidade socioeconômica de famílias de baixa renda, seja por argumentos advindos da ciência que investigaram o processo de desenvolvimento da criança.

A ciência tem comprovado a enorme importância da educação e dos cuidados de qualidade durante os primeiros anos de uma criança, para o seu sucesso na escola e na vida. É nesse período que a criança aprende com mais intensidade a aprender, a fazer, a se relacionar, a ser e desenvolver importantes valores, a partir de suas relações na família, na escola e na comunidade.

A Administração municipal entende que a criança deve ser vista como parte de um contexto e não isoladamente, sendo necessário para tanto a participação e envolvimento das famílias e da sociedade municipal, numa conjunção de esforços para o atendimento que venham suprir as necessidades da criança de modo integral, permanente e duradouro.

O Município investiu na construção e criação de escolas novas e adequação das já existentes, aquisição de mobiliário, equipamentos, material permanente e de consumo, brinquedos e outros materiais pedagógicos, manutenção, entre outros serviços. Os gastos com esta modalidade de ensino foram significativos em relação ao orçamento da Educação do município.

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Atualmente o Município oferece a modalidade de Educação Infantil em três educandários, localizados em pontos estratégicos, de acordo com a realidade do Município, com a necessidade familiar e a viabilidade do transporte, visto que a maioria dos discentes residem no meio rural e são filhos de trabalhadores diaristas em pomares da região.

Número de crianças atendidas no Município, até 2013, segundo dados do IBGE:

0 a 3 anos 4 a 5 anos População 146 86 Nº Alunos Atendidos 44 60 Taxa de Atendimento 30,14% 69,77%

DIRETRIZES

Cuidar e educar são conceitos que devem estar associados ao tratamento dispensado à criança na Educação Infantil, já que, além de receber cuidados básicos, ela precisa desenvolver uma identidade pessoal e social. Nessa perspectiva o Município precisa assegurar a Educação Infantil como uma política básica, universalista, garantida na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei de diretrizes e Bases Nacional e em Legislações decorrentes e regulamentadas pela União, Estado e Município, com unificação de diretrizes político pedagógica, integração de programas e complementação de financiamento.

A Educação Infantil terá um papel cada vez maior na formação integral do indivíduo, no desenvolvimento da sua capacidade intelectual, emocional e social.

O Processo pedagógico deve considerar as crianças em uma totalidade, as diferenças entre elas e a sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do “brincar”, aprender brincando.

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A prática pedagógica deverá considerar os saberes produzidos pelas crianças e pelos professores no seu cotidiano. As instituições de Educação Infantil devem elaborar suas propostas pedagógicas com a participação dos professores, dos demais profissionais da instituição, da família, da comunidade, das crianças, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e fundamentadas na produção teórica da área.

Considerando, no entanto, as condições concretas do nosso Município, sobretudo no que se refere à limitação de meios financeiros e técnicos, este Plano propõe a oferta pública de Educação Infantil nas áreas de maior necessidade e nelas concentrando o melhor de seus recursos técnicos pedagógicos. O que este Plano recomenda é uma educação de qualidade prioritariamente para as crianças mais sujeitas à exclusão ou vítimas dela.

Objetivos e Metas:

- Assegurar vagas e qualidade de atendimento à Educação Infantil em creches e pré-escolas;

- Ampliar dentro das possibilidades os espaços físicos das escolas de Educação Infantil do Município;

- Rever o funcionamento e a possível nucleação estrutural e organizacional da Escola de Educação Infantil Luiz de Almeida França durante a vigência deste Plano.

- Preestabelecer politicas públicas com metas específicas no atendimento das crianças de zero até os três anos de idade em virtude da exigência do PNE.

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- Incrementar e valorizar novas políticas para Educação Infantil, com base nas Diretrizes Nacionais, nas normas complementares estaduais e nas sugestões do Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil.

- Incentivar a formação continuada e específica dos profissionais da Educação Infantil e sua permanência fixa nos respectivos estabelecimentos de ensino.

- Realizar até o quinto ano de vigência deste PME Concurso Público específico na área de Educação Infantil.

- Seguir as indicações do RCNEI (Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil) quanto ao número específico de crianças para profissionais da Educação Infantil.

- Ampliar e/ou adequar os espaços físicos de acordo com a faixa etária das crianças, mobiliário adequado.

Educação Especial

Diagnóstico

A Constituição Federal de 1988 foi um marco na história da Educação brasileira onde institui a educação obrigatória em idade própria, bem como estabeleceu critérios para o ensino público gratuito. Com essa universalização da educação tornou o ensino pautado por um modelo unívoco, deixando as demandas de diversidade, da inclusão e dos direitos humanos de lado. Com isso a Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional em vigência LDBEN/1996 na decorrência da CF 1988, ratifica os mesmos princípios.

Porém, alguns obstáculos encontrados no cenário educacional, não garantiu a imediata implantação dessas concepções.

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A partir do ano de 2000 alguns movimentos da sociedade civil exigiam respeito e atenção a diversidade, à inclusão e aos direitos humanos nas políticas educacionais, resultando paulatinos resultados junto ao MEC, sendo um deles a CONAE de 2010.

Desde então, os estados e municípios estão se organizando gradativamente para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

As políticas recentes têm indicado três situações possíveis para a organização do atendimento aos deficientes: participação nas classes de ensino regular, de recursos e escola especial. Todas as possibilidades têm por objetivo a educação com qualidade.

O conhecimento da realidade no município de Monte Alegre dos Campos/RS é bastante restrito, pois não dispõe de estatísticas precisas e completas, sabe-se que o número de pessoas deficientes no Município vai além dos atendidos nas escolas regulares (sala de recursos), pois os pais ainda não veem a escola como prioridade no desenvolvimento de crianças com deficiências múltiplas.

Os dados disponíveis foram retirados dos Atendimentos prestados em Sala de Recursos em 2014:

Instituição Nº de Deficiência Deficiência Deficiência Deficiência Alunos Mental Visual Auditiva Múltipla E.E.E.Irmão Getúlio 08 06 - - 02 (APAE)* E.M.E.F. São 15 14 - - 01 Francisco E.M.E.F. Prof Mª. 06 05 - - 01 Sirlei Alves Boeira E.M.E.F. Luiz A. 01 01 - - - França *Todos os alunos listados, que são atendidos pela APAE, frequentam a escola regular, bem como o A.E.E.

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O Município tem convênio com Escola de Educação Especial Irmão Getúlio APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para atender as necessidades, das quais o Município não dispõe atendimento até o momento, como fonoaudióloga, psicopedagoga e para utilizar-se de atendimentos mais especializados que os munícipes necessitarem.

ESCLARECIMENTOS

A educação especial é uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, a qual focaliza as peculiaridades dos sujeitos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação, articulando as orientações e normatizações das políticas públicas, concorrentes à educação como um todo e àquelas elaboradas especificamente para o atendimento especializado.

Haverá atendimento oferecido nas escolas regulares, juntamente com o Atendimento Educacional Especializado. Quando houver necessidade de atendimento e acompanhamento com outros profissionais que o Município dispor serão estes encaminhados.

Visando ao atendimento das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, caberá à escola:

• A preparação do ambiente escolar;

• Oferecer o mínimo de orientação e auxílio aos professores;

• Informar ao professor da sala de aula regular, que deverá utilizar-se de recursos e adaptações curriculares para que não haja discriminação de aprendizagem, respeitando o ritmo e limitações dos alunos inclusos;

• Recorrer ao apoio da equipe multidisciplinar (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo e médicos) que à disposição pelo Município; 22

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• A adaptação do currículo, métodos e recursos pedagógicos;

• Proporcionar a socialização do incluso para a sua adaptação em sala de aula, visando à valorização da autoestima;

• Conscientizar o professor, que deverá ter objetivo e determinação para com o aluno, bem como poderá contar com o apoio de monitorias em sala de aula, quando se fizer necessário;

• Valorizar todo o trabalho realizado, pois serão desafios e conquistas alcançadas dentro de algumas limitações.

DIRETRIZES

Conforme o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Plano Estadual de Educação Especial (PEE), a integração de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, em seu artigo 208, inciso III, considera o Ensino Regular uma diretriz à inclusão.

Considerando que esta modalidade de ensino é oferecida tanto em espaço específico como em classes regulares, devem ser respeitadas as diferentes etapas de desenvolvimento do educando, faixas etárias, modalidades e níveis de ensino.

A política municipal deve abranger o âmbito social e o reconhecimento das crianças, jovens e adultos especiais como cidadãos, bem como dar direitos a que estejam integrados junto à

sociedade.

No âmbito educacional serão necessárias adequações do espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos, bem como na qualificação e cursos de capacitação dos professores e profissionais envolvidos.

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Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta a diversidade dos alunos, em que participação da comunidade é fator essencial.

A inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, na rede regular de ensino é necessária, pois quanto mais cedo se dá a intervenção, maior será sua eficácia.

Quando a família tiver o diagnóstico, deverá buscar a inclusão desde a Educação Infantil, pois esta facilitará a aprendizagem escolar e o ingresso no Ensino Fundamental.

O Município deve buscar articulação e cooperação entre os setores da educação, saúde e assistência social, viabilizando ações do mesmo, a formação de recursos humanos capacitados a oferecer o atendimento aos educando inclusos em escolas de educação infantis e escolas regulares.

As ações pedagógicas junto ao Plano Municipal de Educação deverão seguir os seguintes princípios:

• Princípio da Normalização: Oferecer ao aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, as mesmas condições e oportunidades sociais, educacionais e profissionais que às outras pessoas. Respeitar as características pessoais e a maneira de viver com direitos e deveres.

• Princípio da Integração: Proporcionar igualdade, participação ativa e respeito aos direitos e deveres socialmente estabelecidos.

• Principio da individualização: Adaptar o atendimento educacional especializado, para respeitar o ritmo e características pessoais.

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• Princípio da construção do real: Respeitar as diferenças individuais e as circunstâncias sociais, políticas e econômicas, visando ao atendimento a todas as deficiências.

• Princípio da legitimidade: Propiciar a participação das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação ou de seus representantes legais na elaboração e formulação de políticas públicas, planos e programas.

Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para valorizar a permanência dos alunos nas classes regulares, oportunizando apoio e acompanhamento, supervisão, orientação e intervenção aos alunos e profissionais envolvidos. Tendo em vista as especificidades dessa modalidade de educação, bem como a necessidade de promover a ampliação de atendimentos profissionais, dispor de uma parcela de recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino inclusivo.

OBJETIVOS

• Articular ações a fim de promover a aprendizagem a pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação em escolas regulares em todos os níveis e modalidades de ensino, bem como propiciar acompanhamento a sala de recursos ou em escolas especializadas.

• Estabelecer parcerias entre as Secretarias Municipais para o transporte de alunos que necessitarem de acompanhamento na Escola Especial que tem sede no Município vizinho (Vacaria) podendo também vislumbrar a possibilidade de contratar profissionais capacitados para trabalharem nas áreas e programas que venham ao encontro à realidade do município. 25

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• Implementar, gradativamente, no Município, programas de atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas artísticas, intelectual ou psicomotora.

• Viabilizar ações e mecanismos entre órgãos governamentais e não governamentais para o desenvolvimento de programas de preparação e qualificação profissional para os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

• Articular ações em parceria com as áreas da saúde e assistência social, bem como programas destinados a ampliar a oferta de estimulação precoce para crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, em instituições especializadas e/ou com profissionais das áreas necessárias, realizando a inclusão desde a Educação Infantil.

• Redimensionar o Atendimento Educacional Especializado em sala de recursos multifuncional, implantando novas salas de recursos em escolas com mais de cem alunos.

• Proporcionar, como parte dos programas de formação continuada, a oferta de cursos que auxiliem os professores ou profissionais envolvidos a reformularem e adaptarem seus planejamentos aos educandos inclusos.

• Tornar a Educação Especial responsabilidade das Secretarias da Educação e Cultura e da Saúde e Assistência Social.

• Dispor de profissional de psicopedagogia para dar suporte aos professores da sala de aula regular e ao professor do Atendimento Educacional Especializado.

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• Flexibilizar currículo especial para atender as necessidades das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, contemplando metodologias de ensino que privilegiem o uso de materiais concretos, recursos didático-pedagógicos adequados e processos de avaliação com registros diários de evolução do educando, bem como parecer descritivo enfatizando as potencialidades dos alunos.

• Assegurar a inclusão no PPP das escolas municipais, visando o desenvolvimento e aprendizagem das crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, definindo recursos disponíveis e oferecendo formação continuada aos professores.

• Dar suporte e manutenção às salas de recursos multifuncionais como: equipamentos de informática e materiais didáticos pedagógicos específicos, como apoio à melhoria da aprendizagem dos alunos inclusos.

• Primar pela continuidade do convênio com a Escola Especial APAE para dar continuidade aos atendimentos específicos necessários, os quais o Município não dispõe até o momento.

• Suprir a Secretaria Municipal de Educação e Cultura com profissionais habilitados nas diferentes áreas que a Educação Especial exige para dar suporte e auxílio aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação e professores que trabalham com alunos inclusos.

• Orientar monitores de sala de aula quanto suas funções e obrigações com o aluno incluso e/ou turma monitorada.

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• Promover ações que viabilizem a participação efetiva e conscientização da família quanto as suas responsabilidades em relação as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

• Propiciar orientações às escolas e famílias para o bem-estar, desenvolvimento e qualidade de vida das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

• Orientar professores e monitores sobre os aspectos do desenvolvimento dos alunos para subsidiar a elaboração de planos e atividades, propiciando estudos, decisões e ações com a equipe técnica e profissional da escola;

• Limitar as salas de aulas regulares com 20 alunos naquelas que possuírem 2 alunos diagnosticados como alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação e não possuírem monitoria.

• Proporcionar e incentivar o ensino especial aos educandos dos 4 aos 17 anos.

• Ofertar periodicamente, cursos de capacitação aos profissionais envolvidos nesta modalidade de ensino.

• Dispor de profissional de psicopedagogia na rede municipal de ensino para dar suporte aos professores e aos alunos na sala de aula regular, como também, aos alunos do atendimento educacional especializado.

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social disponibilizará profissionais habilitados na área de psicopedagogia, fonoaudiologia e psicologia para atender os educandos do Município.

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Disponibilizar o serviço de monitoria às turmas com alunos inclusos que necessitarem do acompanhamento individualizado para melhor desenvolvimento no processo da aprendizagem, na Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Ensino Fundamental

DIAGNÓSTICO

De acordo com a Constituição Federal Brasileira, em seu Artigo 208, bem como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº 9.394/96 em seu Artigo 32, fica estabelecido que o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, inclusive para todos os que não tiveram acesso na idade própria, objetivando o pleno domínio da leitura, escrita e do raciocínio para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar no meio social e político, sob a responsabilidade do Poder Público Municipal que deve priorizar e incentivar o acesso, a permanência e a qualidade da educação escolar.

A modalidade do Ensino Fundamental no Município de Monte Alegre dos Campos é oferecida em cinco escolas, sendo quatro escolas municipais e uma escola estadual.

Os dados referentes ao Censo Escolar 2012 apontam os números da população que frequenta as escolas no Município:

Matrícula Geral – Ensino Fundamental 2012

Rede Nº de Alunos Rede Estadual 61 Rede Municipal 523 Rede Particular Não se aplica

Fonte: Censo Escolar 2012, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

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Matrículas 2012

Estadual Municipal

10%

90%

Figura: Taxa de rendimento escolar: aprovados – 2012.

Fonte: Censo Escolar 2011 e 2012, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Os dados do quadro abaixo mostram os números relativos à Matrícula Geral do Ensino Fundamental em 2011.

Matricula Geral – Ensino Fundamental 2011

Rede Nº de Alunos Rede Estadual 68 Rede Municipal 523 Rede Particular Não se aplica

Fonte: Censo Escolar 2011, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Comparando-se os quadros, verificamos um pequeno decréscimo na matrícula geral do Ensino Fundamental no município, em 2012 em relação a 2011.

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Apesar de todas as possibilidades oferecidas pelo sistema de ensino para o acesso e a permanência do aluno na escola, são motivos de preocupação de todos os envolvidos com o Ensino Fundamental, os índices de evasão e de repetência. Os números e percentuais podem ser observados nos quadros.

Número de evadidos e reprovados em 2012:

Ano/2012 Rede Estadual Rede Municipal Rede Particular Total Matrículas 68 523 --- 591 Evadidos 05 9 --- 14 Reprovados 18 44 --- 62 Fonte: Censo Escolar 2011 e 2012, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Percentual de evadidos e reprovados em 2012:

Ano/2012 Rede Estadual Rede Municipal Rede Particular Total Evadidos 7,35% 1,72% --- Reprovados 26,47% 8,41% --- Fonte: Censo Escolar 2011 e 2012, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura. As taxas do rendimento escolar dos alunos do Ensino Fundamental, referentes ao ano de 2012, estão dispostas nas figuras abaixo.

Aprovados 2012

Estadual Municipal

9%

91%

Figura ---: Taxa de rendimento escolar: aprovados – 2012.

Fonte: Censo Escolar 2011 e 2012, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura. 31

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Alunos Matriculados, Evadidos e Reprovados 2012 600 500 400 300 200 100 0 Estadual Municipal Particular

Matrículas Evadidos Reprovados

Figura ---: Taxa de rendimento escolar: Evadidos – 2012.

Fonte: Censo Escolar 2011 e 2012, 23ª CRE, Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

DIRETRIZES

As diretrizes que norteiam a oferta e garantia do Ensino Fundamental estão previstas na Constituição de 1988 e na LDB em seu art. 32, considerando básico na formação do cidadão o pleno domínio da leitura, da escrita e cálculo, que constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar política e socialmente.

Além de ser prioridade, a oferta do Ensino Fundamental pelo Município garante o acesso e permanência na escola, mesmo aos que não se encontrem em situação de escolaridade, proporcionando a esses, condições para que obtenham êxito no aprendizado.

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Para que se tenha um ensino de qualidade, é necessário, além de ações pedagógicas, dar continuidade aos programas de qualificação dos professores, verbas específicas para os padrões mínimos de estruturas dos prédios, ampliação dos acervos bibliográficos, equipamentos pedagógicos e recursos tecnológicos, bem como o auxilio nas ações sociais e econômicas como programas da União.

É preciso proporcionar o atendimento aos portadores de necessidades especiais, em parceria com Instituições de Educação Especiais (APAE), Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social e Secretaria Municipal da Educação e Cultura.

Nesse contexto sobressai a necessidade de valorização do aluno em sua totalidade. Privilegiar a aprendizagem e o desenvolvimento do educando através de um trabalho continuo, integrado e contextualizado no processo de construção do conhecimento, de modo a se oferecer uma educação humanizadora, devendo contar, também, com a participação da comunidade, em que se possa construir uma educação comprometida com o desenvolvimento social.

OBJETIVOS E METAS

• Universalizar o atendimento de qualidade a toda a clientela do Ensino Fundamental de nove anos, garantindo o acesso e a permanência de todos os educandos na escola.

• Estimular o aluno a estudar, reduzindo assim as taxas de evasão e repetência no Ensino Fundamental.

• Criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos alunos do ensino fundamental. 33

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• Disciplinar no âmbito dos sistemas de ensino a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação no calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região.

• Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio de estreitamento das relações entre a escola e a família.

• Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante.

• Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos estudantes e de estímulo às habilidades, mediante concursos de níveis locais, estaduais e nacionais.

• Prover para que cada escola tenha a infraestrutura adequada à região, para o bom andamento das atividades pedagógicas e administrativas, propiciando bem estar para os alunos e professores: a) espaço coberto, iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede elétrica e segurança; b) instalações sanitárias adequadas; c) espaços para esporte, recreação, biblioteca e serviços de merenda escolar; d) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos com necessidades especiais; e) atualização, ampliação e informatização do acervo das bibliotecas; f) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos de qualidade; g) ampliação do laboratório de informática e equipamentos multimídia atualizados para o ensino, bem como o uso de TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação);

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h) adequar, se necessário, as salas específicas de laboratório de informática, biblioteca, refeitório, multimídia e laboratório de ciências.

• Realizar em parceria com diversas Secretarias, um mapeamento das crianças que se encontram fora da escola: por comunidade de residência e/ou local de trabalho dos pais, visando localizar a demanda e universalizar a oferta do ensino obrigatório.

• Garantir paradigmas curriculares que contemplem a transdisciplinaridade, com o objetivo de trabalhar as diferenças étnico culturais, através dos temas transversais emanados das Diretrizes Curriculares Nacionais e com temas relevantes previstos neste Plano Municipal de Educação em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola.

• Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças.

• Instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os sistemas de ensino a criar os respectivos instrumentos de avaliação, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos até o final do terceiro ano do ensino fundamental, preferencialmente no 1º ano.

• Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais inovadoras que asseguram a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos.

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• Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental de forma contínua, com profissional especializado para o atendimento individual ou em pequenos grupos de alunos com baixo rendimento escolar.

• Adotar práticas pedagógicas com aula de reforço e recuperação, preferencialmente em turno complementar, ou ainda progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade.

• Implementar políticas de prevenção à evasão escolar, por motivos diversos, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão.

• Ofertar a todos os alunos, atividades voltadas à ampliação da jornada escolar, nas escolas da rede pública de ensino.

• Buscar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, com infraestrutura adequada e profissionais especializados direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinando com atividades recreativas, esportivas e culturais.

• Buscar recursos para implementar os estabelecimentos escolares com obras literárias, científicas atualizadas como referência e livros didáticos-pedagógicos de apoio ao professor e ao aluno.

• Manter o transporte escolar, em parceria com a União e o Estado, de forma a garantir aos alunos e acesso à escola.

• Permanecer, com a colaboração da União e Estado, o provimento de alimentação escolar, com acompanhamento de profissional especializado na área.

• Realizar parcerias e manter contato constante com a comunidade escolar, a fim de que todos possam participar e comprometer-se com o desenvolvimento escolar dos educandos. 36

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• Estabelecer políticas, para garantir junto à Secretaria da Saúde e Assistência Social, a criação de centros ocupacionais e de atendimento ao aluno nas áreas neurológicas, fonoaudiológicas, psicopedagógicas e com dificuldades de aprendizagem.

• Ampliar a nucleação das escolas da zona rural, quando houver a necessidade e a viabilidade.

• Criar padrões de infraestrutura física para o Ensino Fundamental compatíveis com a área dos estabelecimentos de ensino, incluindo os recursos necessários, dispostos no Plano Nacional de Educação.

• Adequar o número de alunos, por turma de acordo com o espaço físico das salas de aula.

Educação de Jovens e Adultos (EJA)

DIAGNÓSTICO

A história de Educação de Jovens e Adultos assim se desenvolveu: até os anos 40 era uma extensão da educação formal, compensatória e complementar; nos anos 50 era considerada como educação de base, de desenvolvimento comunitário, e, no início dos anos 60, como educação libertadora, conscientizadora e funcional, que preparava mão-de-obra produtiva; nos anos 70, o sistema Mobral tratou-a como suplência da educação formal. Assim, a EJA tornou-se um problema não resolvido até então.

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A partir de 1985, período de redemocratização do país, é que se legitima o campo educacional, surgindo a Fundação Educar com Inovações político-pedagógicas. A Constituição de 1988 exigiu a participação do governo e da sociedade civil na erradicação do analfabetismo. Com a LDB – Lei Nº 9394/96, foi reafirmado o direito a jovens e adultos ao ensino básico adequado às condições peculiares de estudo, e o dever do poder público de oferecê-lo gratuitamente.

A ressignificação veio nos anos 90 com a elaboração de diretrizes na formulação de políticas de alfabetização, em que a educação de jovens e adultos passou a ser vista como modalidade de ensino. Assim, os movimentos sociais, as organizações não governamentais e as universidades geraram mudanças na Educação de Jovens e Adultos através de projetos, programas e propostas que romperam com a padronização da exclusão, culminando nas diretrizes do Parecer CME/CEB Nº 11/2000 e no Plano Nacional de Educação - PNE.

Os possíveis motivos que levam clientela à Educação de Jovens e Adultos no Município são:

• Não completar os estudos na idade certa;

• Repetência;

• Falta de incentivo familiar;

• Constituição familiar;

• Evasão Escolar;

• Problemas socioeconômicos. Atualmente, os adolescentes e adultos têm uma visão distorcida em relação à escola do passado e sua projeção para o futuro.

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A modalidade EJA é a oportunidade de um novo recomeço, um ideal necessário e novas portas que se abrem, um despertar de consciência, uma chance, um incentivo.

O Censo Demográfico do IBGE/2010 registrou, no município de Monte Alegre dos Campos, na faixa etária de 15 anos ou mais, uma população analfabeta, totalizando um percentual de 14,7 da população do município.

A Educação de Jovens e Adultos ainda não foi implantada em Monte Alegre dos Campos, precisa ser organizada de maneira que este Município disponibilize esta modalidade de ensino com objetivo de incluir os jovens e adultos que não tiveram oportunidade na idade certa para desenvolver o ensino– aprendizagem e incentivar a comunidade a buscar uma formação para atuar no mercado de trabalho.

Atualmente, Monte Alegre dos Campos encontra-se com dificuldades para atender a população necessitada que está localizada nos 11 distritos que compõem o município.

Demonstrativo de possíveis alunos para a modalidade de EJA de acordo com os dados da Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social, obtida através das visitas comunitárias, em 2015:

• O município de Monte Alegre dos Campos possui 30,5 % da população que poderia participar das aulas da EJA, pessoas domiciliadas entre os 11 (onze) distritos municipais.

• Com base nos dados obtidos o município de Monte Alegre dos Campos possui demanda para implantação da modalidade EJA, para tanto é necessário que a Administração Pública empenhe-se em viabilizar e oportunizar o acesso a esta modalidade de ensino, já que estes, não tiveram condições e oportunidade de concluir os estudos na idade certa. 39

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DIRETRIZES

O Plano Nacional de Educação, em decorrência do art. 214, Capítulo I da Constituição Federal de 1988, prevê ações do poder público para a erradicação do analfabetismo.

A Educação de Jovens e Adultos no ambiente escolar tem proporcionado conhecimentos gerais, sabedoria, novas possibilidades de crescimento pessoal e profissional, ampliação de vocabulários, conhecimento (o saber não ocupa espaço), superação da ansiedade e insegurança, e aumento da autoestima onde o aluno sente-se importante, capaz, sujeito de sua aprendizagem, ampliação de saber, a formação da cidadania, a oportunidade de participar e dialogar e, principalmente, a oportunidade de fazer novas relações no convívio escolar e no trabalho, segurança no ler e escrever e até na questão financeira (negócios). Cada dia é um novo recomeço, não permanecendo na rotina.

O objetivo de retornar à escola é buscar oportunidades de progredir no emprego, evoluir acompanhando as mudanças da sociedade, estar entrosado com a comunidade, qualificar-se, necessitando aprender mais para poder enfrentar os desafios diários, fazendo uma ligação da teoria com a prática possibilitando concluir o Ensino Fundamental e prosseguir em busca de sonhos e ideais, vislumbrando uma nova profissão, bem como alcançar mudanças na qualidade de vida, sendo essas as exigências impostas aos cidadãos comuns, conhecedores de seus direitos e deveres.

OBJETIVOS E METAS

• Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos com as diversidades socioculturais, de sorte que a clientela seja beneficiária de ações que permitam ampliar seus horizontes na área do conhecimento formal.

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• Elaborar políticas públicas, até o final da década, e ofertar cursos equivalentes as quatro séries do Ensino Fundamental para maiores de quinze anos e do ensino médio para maiores de dezoito anos, ampliando o número de vagas, buscando apoio e parceira de escolas estaduais, entidades e / ou universidades.

• Estabelecer programas para assegurar que as escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio, localizadas em áreas caracterizadas por analfabetismo e baixa escolaridade, ofereçam programas de alfabetização e de ensino preparatório para os exames de EJA, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais.

• Proceder, Estado e Município (com parcerias de Agentes Comunitários de Saúde) um mapeamento da população analfabeta e de baixa escolaridade, por meio de Censo Educacional, visando localizar tal população distribuída nas diferentes séries desta modalidade de ensino fundamental e médio e induzi-la a programas de Educação de Jovens e Adultos, incentivando seu aproveitamento nos cursos presenciais e/ou a distância, levando em consideração o interesse da população em participar destas aulas.

• Incentivar, nas empresas públicas e privadas, a frequência de seus trabalhadores em escola de Educação de Jovens e Adultos, exigindo atestado de frequência e aproveitamento bimestral e/ou trimestral, bem como a criação de programas permanentes de incentivo, apoio e qualidade total.

• Criar, na Secretaria Municipal de Educação e Cultura, setores qualificados e incumbidos de coordenar a Educação de Jovens e Adultos.

• Prover a formação continuada de professores.

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• Pleitear que o sistema estadual e municipal de ensino, em regime de colaboração com os demais entes federativos, mantenha programas de formação de educadores de jovens e adultos, capacitados para atuar de acordo com o perfil da clientela, e habilitados para, no mínimo, o exercício do magistério nas séries iniciais do Ensino Fundamental, de forma a atender a demanda de órgãos públicos e privados envolvidos no esforço de erradicação do analfabetismo;

• Estabelecer políticas que levem a conceder créditos curriculares aos estudantes de educação superior e de cursos de formação de professores em nível médio, para participar de programas de Educação de Jovens e Adultos, modificando e aperfeiçoando esses cursos.

• Realizar, anualmente, avaliações de experiências em alfabetização de jovens e adultos, que constituem referência para os agentes integrados ao esforço nacional de erradicação do analfabetismo, estabelecendo programa de produção e de fornecimento, pela Secretaria da Educação e Cultura, de material didático–pedagógico à clientela, para os cursos em nível de Ensino Fundamental e Médio para jovens e adultos, de forma a incentivar a generalização das iniciativas mencionadas na meta anterior.

• Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos com as de geração de emprego e as de proteção contra o desemprego, através de parcerias com empresas regionais (SENAI, SENAC, CIC, AVAS, SINE, SINDILOJAS).

• Incentivar as instituições de educação superior a oferecer Cursos de Extensão para proverem as necessidades de educação continuada de adultos que tenham ou não formação em nível superior.

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• Estimular as universidades e organizações não governamentais a oferecer cursos dirigidos à terceira idade;

• Pleitear escolas com laboratórios de ciências, artes e informática.

• Proporcionar a formação continuada de supervisores escolares.

• Disponibilizar o ensino a todos os alunos que tiverem interesse em frequentar essa modalidade de ensino.

• Realizar, nos sistemas de ensino, a cada três anos, avaliação e divulgação dos resultados do programa de Educação de Jovens e Adultos, como instrumento para assegurar o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação.

• Criar a função de Supervisor Escolar para a modalidade EJA, para acompanhar sistematicamente o professor na aplicabilidade dos Planos de Estudos, nas metodologias e ações pedagógicas, provendo alternativas para o aprendizado do aluno, em reuniões pedagógicas semanais, utilizando carga horária, conforme a legislação vigente.

FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

A valorização do magistério está empenhada com a melhoria da qualidade do ensino e, para que aconteçam concomitantes, serão necessários eventos pedagógicos com metas determinadas, planejamento direcionado de acordo com os objetivos centrais e com compromissos políticos fiéis para a área da Educação. Trata-se de dar aos envolvidos acesso às teorias mais qualificadas disponíveis sobre o ensinar e o aprender, que possam fundamentar suas práticas, porque ensinar envolve uma ciência, não uma intuição ou um dom, é preciso aprender a ensinar. 43

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Deve haver esforços dos sistemas de ensino e das instituições formadoras no sentido de priorizar, nos cursos de formação de professores, currículos que justifiquem pela definição de uma proposta pedagógica; para uma escolarização que valorize classes populares, com objetivos claros a partir de uma coerência de paradigmas. A tabela abaixo apresenta o número de professores, monitores e funcionários por nível e modalidade de atuação, na Rede Municipal.

Séries Iniciais

Nº de Professores Situação Nível 27 Efetivos 02 12 Efetivos 01 02 Celetistas ..... 10 Contrato 01

Séries Finais

Nº de Professores Situação Nível 07 Efetivos 02 05 Efetivos 01 06 Contratos 01 01 Contrato 02

Séries Iniciais - Monitoras

Nº de Servidoras Situação Nível 02 Efetivos 01 01 Efetivo Magistério 01 Contrato Magistério

Educação Infantil - Atendentes

Nº de Servidoras Situação Nível 09 Efetivos Ensino Médio

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Educação Infantil - Professores

Nº de Professores Situação Nível 03 Efetivos 02 01 Efetivo 01 02 Contratos 01

OBS: Nível 1: Graduação Nível 2: Pós-Graduação (Especialização) Nível 3: Mestrado

Merendeiras–Serventes de Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Infantil

Nº de Servidoras Situação Nível 05 Efetivos Ensino Fundamental 02 Contrato Ensino Fundamental

Servidoras de Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Infantil

Nº de Servidoras Situação Nível 09 Efetivos Ensino Fundamental 01 Contrato Ensino Fundamental 04 Contrato/Terceirizada Ensino Fundamental

A garantia da gestão democrática no sistema de educação e nas instituições de ensino, bem como a valorização dos profissionais da Educação Básica e Continuada na carreira e no salário, deve ser uma conquista de todos. Importante também assegurar recursos públicos suficientes para a superação dos problemas educacionais existentes. O cumprimento das responsabilidades e dos compromissos assumidos pelo Município, como salário e estrutura física das escolas vão desde o grupo dos professores, incluindo diretores e a comunidade que resultará em transformação e qualidade de ensino e aprendizagem. 45

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O professor terá segurança para proporcionar ensino- aprendizagem, que resulte com efeito na construção de saberes e conhecimentos estabelecendo os vínculos com a melhoria da qualidade de ensino, privilegiando a harmonia necessária para assegurar o exercício pleno da cidadania e a inserção nas atividades produtivas, que permitem melhoria na qualidade de vida.

DIRETRIZES E METAS

-Desenvolver para professores e servidores da educação, cursos de capacitação e aperfeiçoamento, garantindo a formação inicial e continuada, de forma a superar a dicotomia existente entre a teoria e a prática, apontando para a importância dos novos saberes tecnológicos e científicos;

-Incentivar os professores, através da sua constante participação no domínio sobre a cultura letrada dentro de uma visão crítica e da perspectiva de um novo humanismo;

-Identificar a proposta pedagógica e a tipologia de cada escola pública municipal, bem como seus processos de intervenção e reflexão, oportunizando espaços de discussão e ressignificação permanente;

-Estabelecer quadro de pessoal compatível com a realidade verificada em cada escola;

-Definir metas e critérios quanto ao cumprimento das metas e estratégias pré-estabelecidas pelo cumprimento da carga horária prevista pelo concurso específico.

-Definir políticas que garantam a ação dos especialistas (Supervisor Escolar, Orientador Educacional) de forma integrada tendo em vista a qualificação do processo educacional;

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-Desenvolver ações articuladas e integradas entre os especialistas da educação, gestor escolar, supervisor escolar e orientador educacional, de forma a assegurar a melhoria do processo educacional.

METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 01: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)anos de idade, ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50%(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

ESTRATÉGIAS

1-1) Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3 (três)anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifestada.

1-2) Estabelecer, no primeiro ano de vigência do PME, normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creche.

1-3) Manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas às normas de acessibilidade, programa nacional de construção e/ou reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão, melhoria e conservação da rede física de escolas públicas de educação infantil;

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1-4) Implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da educação infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;

1-5) Incentivar a formação inicial e continuada dos profissionais da educação infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais com educação superior, sendo mantida a ajuda de custo prevista pela Lei Municipal nº 243/BCS/2001.

1-6) Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação especial nessa etapa da educação infantil e básica, desde que haja o interesse e a procura por parte da família.

1-7) Incentivar, em caráter complementar, programas de orientação, e apoio ás famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de idade.

1-8) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e

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proteção à infância, dando ênfase de um modo geral e abrangente ao Projeto Presença e a Ficha FICAI on line.

1-9) Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância preservando o direito de opção da família em relação a matricula e permanência de crianças de até três anos na escola.

1-10) Priorizar no prazo de dois anos da aprovação deste plano a regulamentação das matrículas de acordo com as vagas compatíveis nas escolas de educação infantil nas áreas de abrangência e necessidades contempladas bem como critérios e normas pré-estabelecidas inseridas conforme a realidade do Município.

1-11) Unificar nas escolas da rede municipal a nomenclatura por faixa etária, distribuída, seguindo a relação aluno/professor conforme legislação vigente.

1-12) Priorizar a matrícula das crianças de 4 e 5 anos na Pré- escola.

1-13) Ofertar conforme a necessidade, a busca, o interesse e recursos disponíveis às matrículas para crianças de zero a 3 anos.

1-14) Estimular política de formação continuada para os auxiliares de Educação Infantil- atendentes, merendeiras e serventes em parceria com o SESC, SENAC ou com equipes de especialistas do Município.

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1-15) Realizar anualmente Seminário Municipal de Educação Infantil, visando ao fortalecimento de uma política municipal para a área, valorizando experiências bem sucedidas.

1-16) Exigir para o ingresso no serviço de Educação Infantil, que o candidato (atendente de creche), aprovado em Concurso Público, possua formação mínima no Ensino Médio.

1-17) Garantir o cumprimento do mínimo de 200 dias letivos e 800 horas, ministradas em turno específico para alunos da Pré-escola de 4 e 5 anos, no primeiro ano de vigência deste plano.

1-18) Assegurar que os profissionais da educação, responsáveis pelas direções de escolas infantis, permaneçam em turno integral independente da quantidade de alunos matriculados nas respectivas escolas; podendo atuar também como docente de turma, se necessário.

META 02 - Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

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ESTRATÉGIAS

2-1) Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, preferencialmente no 1º ano, seguindo as estratégias do Programa Alfa e Beto implantado no Município e que deverá ser mantido, ampliado gradativamente até o 5º ano do Ensino Fundamental e revisado periodicamente pela rede pública municipal de ensino.

2-2) Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância e a juventude, bem como o Conselho Tutelar.

2-3) Fortalecer e proporcionar meios para que os alunos que se encontram em série incompatível com sua idade regular possam desenvolver atividades curriculares conciliáveis com a sua idade e competência.

2-4) Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo e das comunidades quilombolas.

2-5) Disciplinar, no âmbito do Conselho Municipal de Educação, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região.

2-6) Promover a relação das escolas com instituições, movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para livre fruição dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares assegurando ainda que as escolas possam se tornar polos de criação e difusão cultural.

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2-7) Incentivar e prover atividades que possam buscar a participação dos pais e responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias.

2-8) Desenvolver formas alternativas para a oferta do ensino fundamental, garantindo a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante.

2-9) Proporcionar a participação em atividades extracurriculares que desenvolvam a colaboração em competições esportivas e concursos, incentivando e estimulando as habilidades dos estudantes, inclusive mediante certame.

2-10) Promover a integração das escolas com instituições em forma de parcerias públicas e privadas e movimentos culturais a fim de garantir a oferta de atividades culturais dentro e fora dos espaços escolares.

2-11) Construir, reformar, ampliar e regulamentar escolas de ensino fundamental, com recursos próprios ou em parcerias com a União ou em conformidade com os padrões arquitetônicos, respeitando as normas de acessibilidade.

2-12) Pleitear parcerias com o governo federal e uso de recursos próprios para garantir mobiliário, equipamentos e outros materiais pedagógicos nas escolas de ensino fundamental, na perspectiva de implantar o turno integral.

META 3 - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matriculas no ensino médio para no mínimo 85% (oitenta e cinco por cento).

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ESTRATÉGIAS

3-1) Institucionalizar programas de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho de sustentabilidade, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, material didático específico, a formação continuada de professores e articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais.

3-2) Procurar ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno(a) com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com a sua idade.

3-3) Fomentar a expansão das matriculas gratuitas de ensino médio integrado à educação profissional, observando as peculiaridades das populações do campo das comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência.

3-4) Promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude.

3-5) Fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar. 53

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3-6) Implementar políticas de prevenção à evasão, motivada por preconceito racial ou quaisquer forma de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão.

3-7) Estimular a participação dos adolescentes nos cursos profissionalizantes das áreas tecnológicas e científicas .

3-8) Construir as Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação de Jovens e Adultos até o último ano de vigência deste plano, assegurando e monitorando o trabalho metodológico.

3-9) Implantar a Educação de Jovens e Adultos no Município até o último ano de vigência deste plano.

META 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular do ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

ESTRATÉGIAS

4-1) Contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as matrículas dos(as) estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme censo escolar mais atualizado, na educação

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especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.

4-2) Manter atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos(as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, com profissionais especializados.

4-3) Estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores da educação básica com os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

4-4) Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo da escolarização dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores(as) do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores(as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para cegos surdos, professores de Libras, surdos, e professores bilíngues.

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4-5) Definir, no segundo ano de vigência desse PME, indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

4-6) Promover a articulação intersetorial entre órgãos e politicas públicas de saúde, assistência social, e direitos humanos, em parceria com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar ,na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da vida.

4-7) Garantir a redução do número de alunos nas turmas em que estão matriculados alunos com deficiência em todos os níveis e modalidades de ensino conforme prevê a Lei Nº 9.394/96 - LDB.

4-8) Promover a autonomia e funcionalidade das pessoas com deficiência através de Programas de Inclusão ao mundo do trabalho e parcerias com instituições públicas e privadas.

META 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo até o 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

ESTRATÉGIAS

5-1) Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos (das) professores(as) alfabetizadores(as) e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças.

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5-2) Selecionar, certificar e divulgar tecnologias de alfabetização de crianças assegurada a diversidade de métodos, programas e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, recursos educacionais abertos, fornecendo mecanismos suficientes para que as crianças saiam do 1º (primeiro) ano do ensino fundamental com a habilidade de ler e escrever fluentemente a língua portuguesa e capacidade de raciocínio lógico e abstrato em sua totalidade.

5-3) Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos(as) alunos(as),consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade.

5-4) Incentivar e estimular a formação inicial e continuada de professores(as) para a alfabetização de crianças com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores(as) para alfabetização.

5-5) Exigir junto à família a frequência escolar, evitando um número excessivo de faltas para o bom andamento do processo ensino aprendizagem.

META 6: Oferecer educação em tempo integral, no mínimo de 50%(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) dos alunos(as)da educação básica.

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ESTRATÉGIAS

6-1) Instituir, em regime de colaboração, programa de construção, adequação de escolas com padrão arquitetônico e mobiliário adequado para atendimento em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação de vulnerabilidade social ( Enxovia e Capela da Luz).

6-2) Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários.

6-3) Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais (projetos sociais) e/ou reforço escolar.

META 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e de aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias do IDEB:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais 5,2 5,5 5,7 6,0 do Ensino Fundamental Anos finais 4,7 5,0 5,2 5,5 do Ensino Fundamental Ensino 4,3 4,7 5,0 5,2 médio

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ESTRATÉGIAS

7-1) Estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos(as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local.

7-2) Assegurar que:

a) Até o quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) dos alunos do ensino fundamental e do ensino médio tenha alcançado o nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos do nível desejado.

b) No último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos do nível desejável.

7-3) Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio de constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos(as) profissionais da educação e o aprimoramento de gestão democrática.

7-4) Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a 59

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melhoria contínua da qualidade educacional, a formação de professores(as) e profissionais de serviço e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar quando se fizer necessário.

7-5) Associar a prestação de assistência técnica financeira à fixação de metas intermediárias, nos termos estabelecidos conforme pactuação voluntária entre os entes, priorizando sistemas e redes de ensino com IDEB abaixo da média nacional.

7-6) Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental, e incorporar o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação básica, bem como apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e redes de ensino para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas.

7-7) Procurar medidas de desenvolvimento e indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como a da qualidade da educação bilíngue para surdos, conforme a demanda existente.

7-8) Incentivar o desenvolvimento, selecionar, cientificar e divulgar tecnologias educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas.

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7-9) Garantir transporte gratuito para todos os estudantes do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória com a participação da União e do Estado visando reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local.

7-10) Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta de recursos financeiros à escola garantindo a participação de comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, visando a ampliação da transparência e do efetivo desenvolvimento da gestão democrática.

7-11) Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003 e Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial conselhos escolares equipes pedagógicas e a sociedade civil.

7-12) Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais.

7-13) Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos profissionais da educação, como condição para melhoria da qualidade educacional.

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7-14) Procurar promover com especial ênfase em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores e professoras, bibliotecários e agentes da comunidade para atuar como mediadores da leitura, de acordo coma especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem.

7-15) Estabelecer estudos e análises dos dados referentes as avaliações externas e proporcionar políticas de estímulo ás escolas que melhorarem o desempenho no IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.

META 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) aos 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo,12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano para as populações do campo da região de menor escolaridade e igualar a escolaridade média entre negros declarados ou não à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE.

ESTRATÉGIAS

8-1) Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados.

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8-2) Apoiar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade–série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial.

8-3) Promover, em parceria com as áreas da Saúde e Assistência Social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar com o Estado e Município para a garantia de frequência e apoio a aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses(as) estudantes na rede pública regular de ensino.

8-4) Promover a busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção a juventude.

META 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em até 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

ESTRATÉGIAS

9-1) Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria, com profissionais qualificados para tal.

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9-2) Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos.

9-3) Apoiar ações de alfabetização de jovens e adultos incentivando-os a dar continuidade da escolarização básica.

9-4) Implantar a realização de provas de avaliação específica para que os alunos acima de 15 (quinze) anos, ou mais possam aferir o seu grau de alfabetização até então defasado, observando-se as respectivas peculiaridades.

9-5) Apoiar tecnicamente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados ás necessidades específicas destes alunos.

9-6) Pré-estabelecer mecanismos e incentivos conforme a realidade que integrem os segmentos empregadores, públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com oferta das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos.

9-7) Implantar turmas da modalidade EJA no município atendendo a demanda existente, conforme a procura e interesse dos alunos.

META 10: Oferecer no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

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ESTRATÉGIAS

10-1) Incentivar programas de Educação de Jovens e Adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e á formação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora.

10-2) Estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos, articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógico adequados às características desta clientela.

10-3) Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores e trabalhadoras, articulada á Educação de Jovens e Adultos, em regime de colaboração e com apoio de entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e de entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade.

10-4) Implementar mecanismos de reconhecimento de saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos de formação inicial e continuada e dos cursos técnicos de nível médio.

META 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

ESTRATÉGIAS

11-1) Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais de ensino.

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11-2) Elevar gradualmente o investimento em programas de assistência estudantil e mecanismos de mobilidade acadêmica, visando a garantir as condições necessárias á permanência dos(as)estudantes e á conclusão dos cursos técnicos de nível médio.

11-3) Procurar coibir e reduzir o máximo possível as desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso e permanência na educação profissional técnica de nível médio inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas na forma da lei.

META 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para pelo menos 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

ESTRATÉGIAS

12-1) Dar continuidade a capacidade de instalar estrutura física e de recursos humanos das instituições públicas, viabilizando o oferta do transporte para a educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma a ampliar e interiorizar o acesso à graduação.

12-2) Buscar conveniados para elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais nas universidades públicas para 90% (noventa por cento), ofertar, no mínimo, um terço das vagas em cursos noturnos e elevar a relação de estudantes por professor(a) para 18 (dezoito),mediante estratégias de aproveitamento de créditos e inovações acadêmicas que valorizem a aquisição de competências de nível superior. 66

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12-3) Procurar fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita prioritariamente para formação de professores e professoras para educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, bem como para atender ao déficit de profissionais em áreas específicas.

12-4) Assegurar condições de acessibilidade nas instituições de educação superior, na forma da legislação.

12-5) Mapear a demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de nível superior, destacadamente a que se refere á formação nas áreas de ciências e matemática, considerando as necessidades do município oportunizando ajuda de custo quando possível a estes profissionais em sua formação acadêmica.

12-6) Consolidar processos seletivos para acesso á educação superior como forma de superar exames vestibulares isolados.

12-7) Estimular mecanismos para ocupar vagas ociosas em cada período letivo na educação superior pública.

12-8) Buscar ampliação, no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior-FIES, de Lei nº 10260, de 12 de julho de 2001 e do Programa Universidade para todos- PROUNI, de que se trata a Lei nº 11.096,de 13 de janeiro de 2005 os benefícios destinados à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais ou a distância, com avaliação positiva, de acordo com regulamentação própria nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

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META 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) mestres ou doutores.

ESTRATÉGIAS

13-1) Fomentar a formação de consórcio entre instituições públicas de educação superior, com vistas a potencializar a atuação regional inclusive por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade nacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

13-2) Incentivar a promoção inicial e continuada dos(as) profissionais técnico-administrativos de educação superior.

13-3) Ofertar auxílio financeiro aos profissionais da educação na área de graduação.

META 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós- graduação Stricto Sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e (vinte e cinco mil) doutores.

ESTRATÉGIAS

14-1) Procurar expandir o financiamento da pós-graduação Stricto Sensu por meio das agências oficias de fomento.

14-2) Estimular a integração e a atuação articulada entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- CAPES e as agências de fomento à pesquisa.

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14-3) Fomentar a oferta de cursos de pós-graduação Stricto Sensu, utilizando inclusive metodologias, recursos e tecnologias de educação à distância.

META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de dois anos a partir da vigência deste PME, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos, I. II, e III do caput do artigo 61 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

ESTRATÉGIAS

15-1) Ampliar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação destes profissionais para atuar no magistério da educação básica.

15-2) Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando o trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica.

15-3) Promover a reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovação pedagógica, de forma a assegurar o foco no aprendizado do aluno(a) ,dividindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e didática específica e incorporando as modernas tecnologias da informação e comunicação, em articulação com base nacional comum dos currículos da educação básica, de que tratam as estratégias 2.1, 22, 32 e33 do PNE.

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15-4) Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior destinados á formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério.

15-5) Desenvolver modelos de formação docente para a educação profissional que valorizem a experiência prática, por meio da oferta, nas redes federal e estaduais de educação profissional, de cursos voltados à complementação e certificação didático-pedagógica de profissionais experientes.

META 16: formar, em nível de pós–graduação 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica até o último ano de vigência deste PME, incentivando todos os profissionais da educação básica para a formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações do sistema de ensino.

ESTRATÉGIAS

16-1) Prever a participação e programas de Formações para os Professores.

16-2) Ter planejamento estratégico em regime de colaboração para formação de Professores (as) observando as especificidades de cada modalidade de ensino.

16-3) Pleitear a possibilidade de até o último ano de vigência deste PME, que seja ampliada a oferta de bolsas de estudos para pós-graduação dos professores e das professoras e demais profissionais da educação básica.

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16-4) Consolidar política nacional de formação de professores e professoras da educação básica, definindo diretrizes nacionais, estaduais e municipais, áreas prioritárias instituições formadoras e processos de certificação das atividades formativas.

16-5) Assegurar aos profissionais da educação a sua incorporação nas áreas afins.

META17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas da educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano de vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS

17-1) Constituir, por iniciativa do Ministério da Educação e com apoio da Secretaria Municipal de Educação, até o final do primeiro ano de vigência deste Plano, fórum permanente, com representação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

17-2) Ampliar políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular o piso nacional profissional conforme a condição financeira dos entes federados, considerando o aumento dos repasses dos recursos da União.

17-3) Revisão dos Planos de Carreira no município, observando a Lei nº 11.738-2008, com implantação gradual da jornada de trabalho em único estabelecimento de ensino.

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META 18: Assegurar no prazo de 2 (dois)anos, a existência de Planos de Carreira para os (as) profissionais de educação básica e superior pública todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art.206 da Constituição Federal.

ESTRATÉGIAS

18-1) Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo, indígenas e quilombolas, no provimento de cargos efetivos para essas escolas.

18-2) Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos Planos de Carreira.

18-3) Priorizar, na vigência do PME, a implantação de sistema municipal de ensino, fortalecendo o Conselho Municipal de Educação, dando autonomia como órgão autônomo, normativo, deliberativo e fiscalizador.

18-4) Assegurar o ingresso do profissional com nível de Magistério através de Concurso Público, alterando o Plano de Carreira vigente, para docência na educação infantil e/ou séries iniciais do ensino fundamental.

META 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e a consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

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ESTRATÉGIAS

19-1) Estimular a constituição e fortalecimento de conselhos escolares, como instrumentos de participação e acompanhamento na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros.

19-2) Estimular a participação e a consulta de profissionais de educação, alunos e seus familiares na formulação dos projetos políticos-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares.

19-3) Favorecer o processo de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão no estabelecimento de ensino.

19-4) Fortalecer os Conselhos de Alimentação Escolar e do FUNDEB garantindo a aplicação dos recursos financeiros conforme legislação vigente.

19-5) Assegurar no Plano de Carreira, que os profissionais da Gestão dos estabelecimentos de ensino, sejam, no mínimo, trabalhadores em educação, portadores de diploma de Pedagogia, ou diploma na área da educação e especialização em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional.

META 20: Ampliar o investimento público de forma a atingir, no mínimo 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto-PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS

20-1) Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário-educação.

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20-2) Definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5º do art 7º da Lei nº 13.005 de junho de 2014.

20-3) Estimular portais de transparência garantindo atuação de fiscalização em legislação e controle social.

20-4) Realizar campanhas de conscientização popular das comunidades escolares quanto a economia e manutenção de materiais e espaços físicos da municipalidade.

20-5) Ampliar investimentos para atingir as metas do PME no prazo estabelecido.

20-6) Acompanhar sistematicamente a aplicação dos recursos provenientes de verbas federais (PDDE) destinados a gestão democrática das escolas para que sejam aplicados de acordo com o Plano de Ação e/ou de Atendimento no ano corrente ao recebimento das verbas evitando assim, a reprogramação dos recursos para o ano subsequente.

CONCLUSÃO

A construção de um Plano Municipal de Educação que atinja a realidade do Município e vislumbre um sistema de educação ideal para a próxima década é um planejamento pensado e discutido da forma mais democrática e participativa possível.

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Contudo, a eficácia não será concluída com a transformação do texto, cheio de intenções, em Lei. Ela vai além, pois é preciso que, a partir da promulgação do documento legal, a comunidade local esteja atenta para fazer o acompanhamento da implementação daquilo que se planejou e, também, as correções que, ao longo dos próximos dez anos, se fizerem necessárias. Oriundas das exigências das novas realidades que poderão surgir, as adaptações dependerão de acompanhamento e avaliação sistemáticos que ficarem neste Plano Municipal de Educação estabelecido, com clareza.

A articulação entre as ações das três esferas, com a cooperação entre os órgãos federal, estadual e municipal, será fator facilitador para que os objetivos e metas sejam atingidos. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, o Conselho Municipal de Educação, entre outros, terão papel fundamental neste longo período de acompanhamento da execução do Plano Municipal de Educação.

As entidades, defensoras legítimas dos direitos das crianças e adolescentes, os Conselhos Municipais como o COMDICA, o Conselho do FUNDEB, do CAE, entre outros, deverão ser parte nesta etapa do trabalho.

A cada momento, os indicadores fornecidos pelo Censo Escolar do INEP, pelos dados do IBGE entre outros, serão analisados, servindo para indicar a necessidade de replanejamento das metas e estratégias contidas no conteúdo deste texto. Para que o acompanhamento aconteça, de maneira sistemática, propõe-se que a cada dois anos os segmentos já mencionados participem de um Fórum de avaliação deste Plano, organizado pelo Governo Municipal, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Monte Alegre dos Campos, 15 de junho de 2015.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vacaria - RS.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº 9394/96, de 20 dezembro de 1996.

BRASIL, MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro – Brasileira e Africana. Brasília, DF, 2004.

BRASIL, MEC. Lei Nº 11.769 de 18 de agosto de 2008.

ECA. Lei Nº 8.069/90. Estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica do país. Estatuto da Criança e do adolescente.

BRASIL, MEC. Resolução CNE/CEB Nº 5/ 2009, de 17 de dezembro de 2009.

BRASIL, MEC. Parecer CNE/CEB Nº 7/2010, aprovado em 07 de abril de 2010.

BRASIL, MEC. CENSO ESCOLAR 2013.

BRASIL,MEC. Lei 11.274, de 06 de fevereiro de 2006.

BRASIL, MEC. Lei 12.796, de 04 de abril de 2013.

BRASIL, MEC. Lei 13.005, de 25 de junho de 2014.

Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Monte Alegre dos Campos - SMEC

23ª CRE – Coordenadoria Regional de Educação

Secretaria Municipal da Administração

IDESE – Índice de Desenvolvimento Socioeconômico

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