A Tragédia de Fausto: a Biografia de uma Maravilha Esquecida

Renato Soares Coutinho

Nenhuma prática esportiva no Brasil produziu tantos ídolos quanto o futebol. Apesar de enfática, essa é uma consideração que não exige muito esforço para comprovação. Outras modalidades vivenciaram, sem dúvidas, casos esporádicos de popularidade de algum atleta. Gustavo Kuerten no tênis, Ayrton Senna no automobilismo, Eder Jofre no boxe... Mas todos esses casos servem para confirmar que eles são a exceção à regra. Na crônica esportiva é comum até ouvir que, fora o caso do futebol, o brasileiro não gosta da competição, gosta apenas de ganhar. Quando o competidor vitorioso encerra a carreira, a paixão nacional pelo esporte arrefece rapidamente. Ao longo do século XX, o futebol venceu a disputa pelo posto de esporte nacional. Os jogos foram exaustivamente transmitidos, os clubes beneficiados por políticas públicas, o selecionado nacional elevado à condição de patrimônio cultural do país. E, mesmo diante de derrotas épicas, essa posição privilegiada não sofreu ameaças. Até quando as grandes conquistas internacionais cessavam, o futebol permanecia sendo um espaço pródigo para a revelação dos símbolos e ídolos que representavam valores sociais correntes (PEREIRA, 2000). Fazendo uma breve retrospectiva, podemos listar sem maiores controvérsias os nomes dos ídolos que mobilizaram paixões ao longo do século passado. Nos anos 1990, Ronaldo e Gaúcho. Na década de 1980, e lideraram a turma talentosíssima que pouco venceu. Nos anos 1970, e se tornaram os grandes nomes do futebol brasileiro no ocaso da Era Pelé. Nos anos 1950 e 1960, os gênios Pelé e capitanearam a geração que transformou a seleção brasileira na equipe mais vitoriosa da história. Nos anos 1930 e 1940, craques como , da Silva e se tornaram heróis nacionais mesmo sem a conquista da Copa do Mundo.

 Doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense e professor de História do Brasil da Universidade Castelo Branco.

2 Muitos nomes ficaram de fora dessa lista. Mas, apesar dos incômodos que algumas ausências podem causar, é certo que, mesmo para quem não gosta de futebol, é razoavelmente fácil reconhecer os nomes supracitados. A despeito da antipatia pelo esporte bretão, todos os mencionados acima são nomes familiares para os brasileiros. Tarefa não tão simples seria elencar os ídolos anteriores aos anos 1930. Figuras como , Marcos Carneiro de Mendonça, Píndaro e Amílcar, campeões do torneio sul-americano de 1919, são conhecidas pelos historiadores e torcedores apaixonados pela história dos seus clubes. Mas não são nomes que circulam com facilidade no imaginário popular do futebol brasileiro. Apesar da expressividade das suas carreiras, eles não figuram no panteão dos maiores atletas brasileiros. Tampouco são mencionados nas escalações dos melhores jogadores de todos os tempos. Ao contrário das personalidades futebolísticas surgidas após os anos 1930, os jogadores dos anos 1910 e 1920 não emprestam seus nomes aos estádios de futebol, não têm bustos espalhados pelas sedes sociais e não possuem biografias disponíveis para o público leitor. Por algum motivo, o torcedor brasileiro esqueceu os jogadores das duas primeiras décadas do século XX. Por algum motivo, a memória do futebol brasileiro buscou esquecer os tempos do futebol amador. Certamente, o mais importante cronista esportivo do país contribuiu para esse esquecimento. Mario Filho, autor de Negro no futebol brasileiro (FILHO, 2003), publicado em 1947, iniciou a obra mais influente sobre o futebol brasileiro decretando: todos os que sentem falta dos tempos do amadorismo são racistas. Sentem falta, na verdade, de um futebol que excluía negros e pobres. Sentem falta de um futebol que era a expressão de uma sociedade incapaz de integrar os agentes históricos populares. Defensor aguerrido do processo de profissionalização do futebol que estava em curso a partir de 1933, Mario Filho consagrou em seu livro de memórias a imagem símbolo do futebol brasileiro: a de que as multidões de torcedores despertaram para o esporte somente após a profissionalização ter permitido a ascensão social do negro através do futebol. Ao eleger o momento em que o futebol brasileiro se tornou popular, a memória construída por Mário Filho também terminou por relegar ao segundo plano os atletas que não triunfaram na fase redentora pela qual o futebol brasileiro miscigenado passou.

3 Declaradamente simpático às teses do antropólogo Gilberto Freyre, Mario Filho não se furtou de privilegiar a memória dos jogadores que se adequaram aos novos tempos trazidos pelo profissionalismo e que tiveram suas carreiras catapultadas após a implantação do novo modelo de relação trabalhista no futebol. Isso ajuda a explicar porque jogadores como Leônidas da Silva e Domingos da Guia mereceram tanta atenção nos relatos do cronista esportivo. De fato, esses dois jogadores eram reconhecidos pela excelência em campo. Segundo as representações que o próprio Mario Filho consagrou, Leônidas, atacante mortal, imprevisível em campo e malandro fora das quatro linhas. A representação do espírito dionisíaco do futebol brasileiro. Domingos, zagueiro preciso, elegante. Um gentleman dentro de campo, um operário fora dele. A representação do espírito apolíneo. Juntos, os dois formavam o binômio que inspirava a geração de intelectuais de 1930 a fundar a nova civilização brasileira, calcada no sensorialismo das culturas africana e americana combinado ao ethos racionalista do europeu (FREYRE, 2004). Mais importante do que o talento demonstrado em campo, era a amplitude da representação social que esses dois jogadores possuíam. Os dois foram e seguem sendo lembrados como ícones do esporte mais popular do Brasil, mesmo por aqueles torcedores que não viram um chute deles sequer. Porém, nos anos 1930, auge da carreira dos dois craques, havia um terceiro jogador tão qualificado quanto os dois, mas que não logrou obter o mesmo reconhecimento que os dois ídolos nacionais: Fausto dos Santos, a “maravilha negra”. Em campo, reconhecidamente o melhor meio-campista da sua geração. Fora de campo, um homem intempestivo, agressivo e indisciplinado. Ou, como dizia o próprio Mario Filho, um revoltado. Fausto era um negro, magro, de origem humilde e que jogava no meio-campo. Nascido em Codó, Maranhão, em 1905, iniciou a carreira no Bangu, mas o seu primeiro clube de destaque foi o Vasco da Gama, onde conseguiu uma vaga na seleção que disputou a primeira Copa do Mundo em 1930. Fausto jogou no futebol espanhol, defendendo o Barcelona e atuou com destaque no futebol uruguaio, no famoso Nacional de Montevidéu. Fausto foi um craque negro e pobre, que por algum motivo não figura no seleto grupo de mitos fundadores do futebol brasileiro. Em um primeiro momento,

4 parece que Fausto reúne todas as características para ser elevado à condição de herói como Leônidas e Domingos. Mas algo relegou esse jogador genial ao grupo dos mortais, daqueles que se apagam com o tempo, dos que precisamos ter visto para saber se foi mesmo um grande. Leônidas e Domingos nunca precisaram da imagem, são craques na memória. Fausto, esquecido e sem registros visuais, desperta a dúvida por não ter sido – e não ser – um ideal. O Clube de Regatas do Flamengo, a partir de 1936, iniciou um projeto que visava transformá-lo no clube mais popular da cidade (COUTINHO, 2014). Tendo sido um dos clubes mais excludentes da cidade nos tempos do amadorismo, o Flamengo chegou à década de 1930 sem estádio e sem recursos. O clube não ganhava títulos e não arrecadava. O cenário começou a mudar a partir da chegada de José Bastos Padilha, presidente que ficou no cargo até 1938 e que era cunhado e grande amigo de Mario Filho. Padilha instaurou imediatamente o regime profissional e o Flamengo, antes um clube de brancos ricos, se reinventou e se tornou em menos de dez anos o representante dos grupos populares do Brasil. Padilha passou os primeiros anos à frente do clube reestruturando as finanças e iniciou em 1936 o projeto audacioso que visava três objetivos: construir um estádio, montar um grande time e aumentar a torcida. O Estádio da Gávea foi construído, a torcida de fato aumentou com a nova identidade popular construída pelo clube e o grande time foi montado. Padilha saiu do clube tendo cumprido suas metas. A montagem desse grande time começou em 1936, ano em que o clube apresentou um balancete superavitário. O pontapé inicial desse projeto foi dado com a contratação de Fausto. Nos dias atuais, não se tem a dimensão do significado de ter um jogador como Fausto dos Santos no time. Fausto jogava no poderoso Nacional do Uruguai, país bicampeão olímpico e campeão da primeira Copa do Mundo. Fausto era um jogador disputado, caro e famoso. E a situação contratual dele era muito complicada. Para os que pensam que hoje as negociações são obscuras e enroladas, imaginem as transações em uma época em que não se sabia nem mesmo quem devia regular o cumprimento dos contratos profissionais. Fausto tinha sido jogador do Vasco em 1934. Ao receber uma proposta tentadora do futebol uruguaio, ele deixou o clube cruzmaltino e disputou o campeonato de 1935

5 pelo Nacional. Mas ele não cumpriu todo seu contrato com o Nacional. Após uma derrota para o Peñarol, em que ele foi acusado de ter entregado o jogo de propósito, Fausto voltou ao acusando a direção do clube bolsonero de ter armado essa confusão para não lhe pagar os valores que ainda deviam. Na época, ao não ficar pelo menos um ano em um clube, o jogador voltava a pertencer ao clube anterior. No caso do Fausto, o Vasco da Gama. Mas como Fausto havia saído do Vasco de maneira abrupta, a direção vascaína não queria contar mais com o jogador. Dessa forma, Fausto ficou encostado, preso ao Vasco, mas sem jogar. Vários clubes tentaram contratá-lo. O Atlético Mineiro mandou seu treinador ao Rio de Janeiro para buscar o jogador. O São Cristovão anunciou o atleta. O Botafogo chegou a especular sua contratação. Mas todos esbarravam na Censura Teatral, órgão da polícia que registrava os jogadores e que vinculava o “Maravilha Negra” ao Vasco. O Vasco, por sua vez, respaldado pelo contrato, exigia uma indenização para liberar o passe livre para o jogador. Fausto encontrava-se numa situação delicada (FILHO, 2003: 170). Sem muito alarde, o Flamengo, interessadíssimo no jogador, adotou outra estratégia. Em vez de tentar contratar o jogador através de uma negociação com o Vasco, o clube rubro-negro resolveu buscar um advogado que contestasse a validade do contrato na Censura Teatral.1 O Vasco, que na época nem pertencia à mesma Liga que o Flamengo, dificilmente cederia o jogador para o rival. O jeito era provar que ele não possuía vínculos com os Camisas Negras. Após cinco meses de avanços e recuos nas negociações, chegou-se a seguinte situação: o advogado de Fausto, que agia em nome do Flamengo, alegava que contratos entre partes civis não podiam ser fiscalizados pela polícia. Esse assunto era de competência da Justiça. Desconsiderando a validade do vínculo com o Vasco, o Flamengo anunciou a contratação do jogador, fato que causou revolta entre os vascaínos. Sem contar com o respaldo legal, e com o Sr. Pitta de Castro, chefe da Censura Teatral, tendo encerrado o assunto, restou ao Vasco ceder o jogador como demonstração de cordialidade entre os dois clubes.

1 A censura teatral era o órgão responsável pela regulamentação das transferências dos jogadores entre os clubes.

6 Todo esse esforço para ter um jogador era novidade. Fausto chegava ao clube com status de ídolo, com a faixa de capitão e representando uma nova fase. O jogador correspondeu, liderando o time em várias vitórias. No mesmo ano, Leônidas e Domingos também foram contratados, e o esquadrão formado principalmente por negros vencia e encantava a cidade. Mas, como em outros clubes, a relação de Fausto com a direção nunca foi fácil. É sabido por todos que Leônidas nunca teve boas relações com os dirigentes dos clubes. Afinal, ele nunca foi disciplinado. Leônidas assinou contrato com mais de um time, inventou contusão para não jogar, falsificou documento para não servir ao Exército, mas sempre foi compreendido pela torcida, e até mesmo pelos cartolas, que no fim das contas ganhavam com ele. O próprio Fausto dizia que o Leônidas tudo podia. Os muitos que simpatizavam com Leônidas alegavam que ele fazia isso para conseguir bons salários, para conseguir subir na vida. E até quando o acusavam de roubo, muitos saíam em sua defesa: “Só não conhecendo o Leônidas é que se podia falar mal dele. O caluniado Diamante Negro”(FILHO, 2003: 212). Mas Fausto nunca contou com essa tolerância. Nem por parte da torcida, que nunca fez campanhas para defendê-lo como fazia com Leônidas, nem da imprensa e muito menos da direção dos clubes. Basta dizer que Fausto, disputado pelo Flamengo com unhas e dentes em 1936, faleceu em 1939 e o presidente do Flamengo, Gustavo de Carvalho, se recusou a contribuir para o pagamento do seu enterro. Gustavo de Carvalho quando vendeu Leônidas para o São Paulo enfrentou a ira da torcida e da imprensa, liderada por Ari Barroso. Mas quando se recusou a custear as despesas com o funeral de Fausto, não sofreu nenhuma represália. Fausto nunca foi querido. Todos reconheciam sua genialidade, mas ele nunca conseguiu ser ídolo. Habilidade para isso ele tinha; não tinha era o domínio dos símbolos necessários para criar o vínculo identitário com as torcidas que aumentavam e com a imprensa que se configurava em tempos de ascensão social do jogador de futebol (BOURDIEU, 1989). Em todos os clubes que passou, Fausto foi rotulado de problemático. Mas não o problemático como Leônidas, que usava a malandragem para transgredir. Mas o problemático agressivo, que machucava adversário e desafiava os dirigentes. Certa vez,

7 em uma excursão do Vasco em Portugal, Fausto atirou um balde d’água da varanda do seu quarto de hotel. Como não gostava dos portugueses, ele fez aquilo para agredir qualquer um que estivesse passando na rua. Esse caso foi resolvido depois de muita conversa com a polícia, e Fausto em nenhum momento se mostrou arrependido perante os diretores portugueses do Vasco. Leônidas quando não queria jogar, inventava uma contusão. Fausto, quando não tinha condições de jogo, desaparecia, faltava ao treino sem justificativas. Leônidas sempre escapava das multas, Fausto sempre pagava pelos seus sumiços. Na passagem de Fausto pelo Flamengo, a situação do jogador ficou muito difícil depois da chegada do técnico húngaro Dori Krueschner, em 1937. Krueschner veio para o Brasil implantar métodos modernos no clube, e durante toda a sua passagem enfrentou problemas com Fausto. Fausto chegou a ficar afastado quase toda a temporada de 1937. Depois de ter sido acusado de não se dedicar aos treinamentos passados pelo técnico, Fausto foi afastado e multado pela direção, que foi categórica: “o clube faz mais questão da disciplina do que do jogador” (Jornal dos Sports, 08 de maio de 1937). No ano anterior, Fausto já havia sido afastado por ter agredido um árbitro num Fla-Flu vencido pelo clube tricolor. Todas as vezes em que foi afastado, Fausto nunca se retratou. Ao contrário de Leônidas, que nunca teve problemas com Krueschner, Fausto não conseguia se adequar à nova condição de empregado do clube. Nos tempos do amadorismo, nos quais Fausto jogou a maior parte da sua carreira, sua agressividade não era bem vista, mas não encontrava grandes resistências. Afinal, ele não devia nada ao clube mesmo. Pelo contrário, o clube que lhe devia. O jogador se entregava, corria, se machucava, para no final do jogo ganhar uma gratificação – o bicho – que era pago de acordo com a vontade do dirigente. Era normal um jogador de origem humilde expressar sua raiva contra o diretor. Quando Fausto retornou ao Brasil para defender o Flamengo e se deparou com o regime profissional, era tarde demais para ele entender como os códigos de conduta eram outros. O conflito entre jogador e direção ainda existiam, mas não podiam mais ser manifestados de maneira direta. Havia um contrato mediando essa relação. E por mais que a indisciplina fizesse parte da vida do atleta, ela não podia ultrapassar os limites impostos pelo contrato. Fausto, que estava acostumado com o enfrentamento direto com

8 os dirigentes, não entendeu, como Leônidas havia entendido, que os canais de transgressão eram outros no tempo do profissionalismo. Leônidas, jogador mais jovem, se adequou aos tempos do profissionalismo. Afinal, havia – e há – espaço para a malandragem. Fausto, tão craque quanto Leônidas, não teve tempo para perceber que seus métodos estavam superados. Fausto dos Santos não se tornou mito porque não expressava o ideal de brasilidade que se forjava na Era Vargas: a conciliação através da mediação do Estado. Fausto era um jogador de outros tempos, do conflito, não do pacto (GOMES, 2005). O seu esquecimento é o esquecimento do atleta que vê no futebol um espaço de conflito, não de congregação. O imaginário nacionalista que se constituiu no projeto trabalhista se fundamentava em métodos de transgressão agonísticos, não antagonísticos. A relação com o outro, conflituosa ou não, não era de exclusão, e sim de conciliação. Fausto não pode ser imitado. Não cabe ao garoto do campo de pelada saber copiá-lo sem nunca tê-lo visto, como fazem com Leônidas e a sua “bicicleta” e Domingos e as “domingadas”. Isso porque ele não está em nossa memória. E, óbvio, nós só podemos imitar aquilo que lembramos. Em um livro que trata tanto da luta e da revolta dos negros, Mario Filho talvez tenha nos dado em uma frase o significado daquilo que ele entendia como “revolta”: “pena que Fausto fosse assim, um revoltado. Se não, seria o maior Center-half brasileiro de todos os tempos”(FILHO, 2003: 173).

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