Infraestrutura Verde Urbana Na Subprefeitura De Capela Do Socorro (São Paulo – Sp)
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA AMBIENTAL VINICIUS DE SOUZA ALMEIDA INFRAESTRUTURA VERDE URBANA NA SUBPREFEITURA DE CAPELA DO SOCORRO (SÃO PAULO – SP) Redes de Espaços Conservados em Áreas de Mananciais para Sustentação da Paisagem, da Biodiversidade e suas funções Socioambientais SÃO PAULO 2015 VINICIUS DE SOUZA ALMEIDA INFRAESTRUTURA VERDE URBANA NA SUBPREFEITURA DE CAPELA DO SOCORRO (SÃO PAULO – SP) Redes de Espaços Conservados em Áreas de Mananciais para Sustentação da Paisagem, da Biodiversidade e suas funções Socioambientais Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciência Ambiental. Orientadora: Profª. Drª Marta Dora Grostein Versão Corrigida (versão original disponível na Biblioteca da Unidade que aloja o Programa e na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP) SÃO PAULO 2015 AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. FICHA CATALOGRÁFICA Almeida, Vinicius de Souza. Infraestrutura verde urbana na subprefeitura de Capela do Socorro (São Paulo – SP)./ Vinicius de Souza Almeida; orientadora : Marta Dora Grostein.– São Paulo, 2015. 250.: il.; 30 cm. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental ) – Universidade de São Paulo. 1. Infraestrutura Verde 2. Mananciais 3. Planejamento territorial urbano 4. Proteção ambiental 5. Biodiversidade I. Título. ALMEIDA, Vinicius de S. INFRAESTRUTURA VERDE URBANA NA SUBPREFEITURA DE CAPELA DO SOCORRO (SÃO PAULO – SP): Redes de Espaços Conservados em Áreas de Mananciais para Sustentação da Paisagem, da Biodiversidade e suas funções Socioambientais. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciência Ambiental. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Dr. ________________________Instituição________________________ Julgamento:_____________________Assinatura________________________ Prof. Dr. ________________________Instituição________________________ Julgamento:_____________________Assinatura________________________ Prof. Dr. ________________________Instituição________________________ Julgamento:_____________________Assinatura________________________ Prof. Dr. ________________________Instituição________________________ Julgamento:_____________________Assinatura________________________ A todos aqueles que de alguma formam buscam construir caminhos que melhorem o convívio do homem com o homem, com as comunidades e com a natureza. Em especial àqueles que vivem, trabalham, estudam ou militam pelos mananciais, pelo verde urbano e pelas justiças social e ambiental. À memória da amiga lutadora Cidinha, da “Espaço” AGRADECIMENTOS Aos meus pais Wagner e Elizete, que me ensinaram a amar a natureza e a humanidade, a lutar por uma sociedade mais justa, a buscar conhecimento e por terem me criado neste território chamado mananciais, sempre mostrando a mim sua riqueza, história e dilemas. Aos meus familiares, que há tanto tempo sempre me incentivaram com entusiasmo em cada etapa e desafio que percorri até chegar a este Mestrado, e que também sempre foram grandes exemplos de defensores da vida e do verde. Aos tantos amigos e companheiros do movimento ambiental, incluindo os amigos da “Espaço: Formação, Assessoria e Documentação” e principalmente os do “Instituto Biguá – Eco Estudantil”, onde, com 11 anos idade, conheci a minha luta de vida. Aos colegas de trabalho e amigos que conheci na Secretaria do Verde e Meio Ambiente, tanto no “DGD Sul III”, quanto no “DEPAVE 5”, incluindo educadores ambientais, estagiários, fiscais, administradores de parques, conselheiros, funcionários e voluntários. Não dá para contabilizar o quanto tive de apoio, inspiração e aprendizado e a felicidade de estar em equipes que cuidam do verde na nossa região. Ao antigo mentor e atual grande amigo Renier Marcos Rotermund que, além de ter me apresentado aos temas, paradigmas e leituras sobre a Infraestrutura Verde, é uma pessoa sempre reconhecida por transbordar dedicação e humanidade. À amiga Luciana Travassos e ao amigo Misael da Silva Santos, que também contribuíram de forma determinante para o início deste Mestrado. Ao conjunto de técnicos, professores, colegas e amigos do PROCAM/IEE USP, pelas oportunidades, apoio e incentivos prestados. À Professora Ana Paula Fracalanza, que me proporcionou um profundo amadurecimento acadêmico desde o saudoso e fértil período de formação em bacharel em Gestão Ambiental na USP Leste. Ao Professor Paulo Pellegrino, que direta e indiretamente contribuiu de muitas formas com essa pesquisa, por se dedicar tanto a orientar pesquisas e disciplinas sobre o tema Infraestrutura Verde e Paisagem. E em especial à Professora Marta Dora Grostein, exemplo de orientadora, pesquisadora e educadora comprometida, sensível e competente, com quem tive privilégio de aprender tanto e de receber esta orientação e confiança. RESUMO ALMEIDA, V. S. Infraestrutura verde urbana na subprefeitura da Capela do Socorro (São Paulo – SP): redes de espaços conservados em áreas de mananciais para sustentação da paisagem, da biodiversidade e suas funções socioambientais. 2015. 250f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental, Instituto de Energia e Ambiente, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. A subprefeitura da Capela do Socorro fica na Zona Sul de São Paulo, entre as represas Guarapiranga e Billings e o rio Jurubatuba. Tem 600 mil habitantes e ocupações diversas, desde bairros residenciais de médio ou alto padrão e áreas industrias a loteamentos irregulares, favelas, clubes náuticos e áreas rurais. Essa paisagem vem sendo transformada por dinâmicas urbanas como projetos de ampliação de infraestrutura, reurbanização de favelas, construção de parques e, recentemente, pela forte retomada do crescimento descontrolado, marcado por invasões e desmatamentos. Nesse contexto, esta pesquisa fez um levantamento e um diagnóstico dos espaços que devem ser conservados por diferentes estratégias e diretrizes para a garantia de uma infraestrutura verde, isto é, uma rede de sustentação da biodiversidade, da produção de água, de atividades humanas ao ar livre e de processos ecológicos e paisagísticos em geral. Foram identificados e diagnosticados 155 espaços potenciais, com diferentes características de cobertura vegetal, hidrografia, relevo, uso e ocupação e degradação ambiental. A distribuição desses espaços favorece a criação de uma infraestrutura verde constituída pelos seguintes tipos de rede: (1) bases de sustentação ecológica, incluindo as grandes manchas de vegetação nas áreas rurais ao sul; (2) eixos de estruturação do arco verde, compostos pelos corredores principais formados nas várzeas e margens das represas Guarapiranga e Billings, do rio Pinheiros/Jurubatuba e do ribeirão Cocaia, circundando as áreas urbanizadas; (3) eixos de integração regional, compostos por extensos corredores descontínuos de importância secundária localizados entre os eixos de estruturação; (4) eixos de integração local, com as menores redes que se distribuem ao longo dos bairros. Para garantir e potencializar essa configuração, definiram-se cinco diretrizes estratégicas para um plano de infraestrutura verde: (a) preservação e conservação das 39 unidades com cobertura vegetal e características ecológicas mais significativas, inclusive ocupações como parques naturais, parques urbanos e sítios, (b) manejo e enriquecimento de 45 espaços como clubes, equipamentos públicos, campi e chácaras, onde a arborização é mais esparsa e a restauração de florestas é mais limitada, (c) contenção e integração de espaços que têm áreas desocupadas com menor valor ecológico, que poderiam ser parcialmente destinadas a projetos de desenvolvimento urbano, (d) aproveitamento criativo de 15 espaços com potencial ecológico e paisagístico relevante, mas com características de uso e propriedades especiais e limitadas como ferrovias, linhas de transmissão de energia e o autódromo de Interlagos e (e) recuperação e restauração de 33 espaços com alta degradação ou fragmentação, que demandam intervenções urbanísticas e ambientais urgentes para garantir suas funções potenciais na paisagem. Foram também definidas sete grandes redes de espaços não construídos que pertencem a outras subprefeituras e municípios e que se conectariam a essa infraestrutura verde e ao cinturão verde da cidade. Assim, a paisagem estudada tem um grande número de espaços potenciais para a formação de uma infraestrutura verde integrada em escala de bairros, distritos, subprefeitura e metrópole, mas que, se não for urgentemente reconhecido, esse potencial será cada vez mais comprometido em curto e longo prazo. Palavras-chave: 1. Infraestrutura Verde ; 2. Mananciais ; 3. Planejamento territorial urbano 4. Proteção ambiental 5. Biodiversidade. ABSTRACT ALMEIDA, V. S. Urban green infrastructure in the Subprefecture of Capela do Socorro (São Paulo City – São Paulo State, Brazil): networks of conserved spaces in Fountainhead Areas for the conservancy of landscape, biodiversity and their environmental and social functions. 2015. 250f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. The Subprefecture of Capela do Socorro is located in the South zone of São Paulo city, between