Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro Instituto De Ciências Sociais Programa De Pós-Graduação Em Ciências Sociais Di
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS DISSERTAÇÃO MORALIDADES, REGULAÇÕES, SABERES E AS “PERVERSÕES” NO HEAVY METAL RICARDO CORREIA CARRAMILLO CAETANO 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS MORALIDADES, REGULAÇÕES, SABERES E AS “PERVERSÕES” NO HEAVY METAL RICARDO CORREIA CARRAMILLO CAETANO Sob orientação da Prof.ª Dr.ª Alessandra Rinaldi Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências Sociais, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Rio de Janeiro, RJ Abril, 2016 FICHA CATALOGRÁFICA UNIVERSIDAE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS RICARDO CORREIA CARRAMILLO CAETANO Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. DISSERTAÇÃO APROVADA EM 16 de maio de 2015. __________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Alessandra Rinaldi (Orientadora) ____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Maria Elvira Benitez _____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Luena Nunes AGRADECIMENTOS Seria um exagero dizer que esta foi a parte mais difícil de escrever, mas ainda sim foi difícil. São tantas pessoas para agradeçer que tive que fazer uma lista para não me esquecer de nenhuma. Tantas pessoas me ajudaram ao longo destes 2 anos de mestrado. Começo pela minha orientadora Alessandra de Andrade Rinaldi que embarcou em um projeto cujo objeto e tema talvez pouco conhecesse mas que, a seu modo, conseguiu adaptá-lo e encontrar um meio termo entre o que eu propuz e o que ela dominava. Apostou em minhas ideias (nem sempre claras) e mostrou bastante entusiasmo com os rumos do trabalho, por isso agradeço imensamente. Agradeço as professoras Luena Pereira (UFRRJ) e Maria Elvira Diaz Benitez (Museu Nacional) que não são só membros da banca mas pessoas que me auxiliram de algum modo ao longo de minha trajetória acadêmica. Deram importantes dicas e foram exenciais para os rumos tomados no trabalho. Sem a disciplina feita com a Maria Elvira meu trabalho não seria o que é hoje. Agradeço imensamente a meus pais, Lucio e Edith, por sempre me apoiarem, acreditarem em mim e por sofrerem comigo a cada momento de estresse que o mestrado proporciona. Mas também por viverem comigo cada momento de felicidade e de conquistas. A cada etapa estiveram comemorando comigo desde o sucesso no concurso, fazer a qualificação, nos útlimos momentos de conclusão da dissertaçõa até agora na defesa. Tentaram me acalmar quando precisei, me orientar, acreditaram na minha capacidade (as vezes até demais, como muitos pais fazem). Agradeço por tudo. Jacqueline Lobo de Mesquita, não tem como medir a importância de sua aparição em minha vida. A primeira coisa que posso dizer é que não teria passada em um colocação tão boa na prova de mestrado se você não tivesse aparecido do nada na minha vida. Como alguém pode fazer tanto por alguém em apenas 2 anos? Você fez. Me ajudou a crescer, ter mais confiança em mim mesmo e acreditar nas coisas. Certamente daqui a muitos anos ainda vou contar para os outros qual foi a história do mestrado e começaria “Teve uma menina que disse que queria estudar comigo e desde então...” passamos juntos no concurso. Enfim, muito obrigado por tudo que fez e fará por mim, poderia fazer um texto de agradecimentos só pra você. Agora tem uma série de pessoas que a rigor nem tinham a obrigação de me ajudar mas que sem eles tudo teria sido mais dificil. Começo por um amigo que dividiu a casa comigo, com quem dividi algumas das minhas angustias pessoais, alguém que me fazia dar risadas o amigo de mestrado Nathanael Araujo. Sem ele meu projeto não teria mudade para o que se tornou hoje. Graças as conversas e as dicas tive a ideia do novo projeto. Ao meu amigo que frequenta o underground punk rock Dylan Oliveira cuja ajuda foi essêncial para o meu trabalho. Não só deu dicas de que caminhos poderiam me ajudar, mas me fez ter contatos de suma importância para o doutorado e que ampliaram minha visão sobre o que é produzido no Brasil. Fora, é claro, o entusiamos apresentado pelo meu tema o que se sempre dá ânimo de continuar. Uma surpresa agradável ao longo do curso foi encontrar uma amiga da graduação fanática por heavy metal Laryssa Owsiany (UFRRJ). A ajuda nem sempre bem só de dicas ou conselhos, mas de conversar informais e entusiasmadas sobre um assunto. E era o que acontecia. Agradeço pelos lembretes de que ia ter show da banda x ou da y. Ainda não tive a oportunidade de ir ao famoso Roça n Roll de que ela tanto falou, mas irei. Por fim, não poderia deixar de agradeçer a professora Miriam Santos (UFRRJ) que mesmo não sendo minha orientadora sempre demonstrou preocupação e atenção com meu tema. A todo instante apontava materiais que poderiam me ajudar, bem como mandava e- mails que pudessem me interessar, fez questão de aparecer em algumas das minhas apresentações. Teriam muitas outras pessoas a agradecer, amigos que fiz ao longo do mestrado como Allysson Lemos, Thiago Splatter, Daniel Renan, aos professores do PPGCS, amigos de tempos mais antigos como Pedro Henrique Rocha, Alberto Janeiro Neto, Ingrid Miguez dentre tantos outros que atravessam nossa vida e deixam suas marcas eternizadas em nossas memórias. Agradeço ao CNPQ pelo fomento da minha pesquisa que seria muito mais difícil sem o auxílio. RESUMO CAETANO, Ricardo Correia Carramillo. Representações de “Perversões” no Heavy Metal. Dissertação de Mestrado, PPGCS/UFRRJ, 2016. O presente trabalho tem como objetivo tratar das tentativas de regulação de músicas de heavy metal. No ano de 1985 ocorreu uma audiência no Senado norte americano a pedido de uma associação chamada PMRC (Parental Music Resource Center). A audiência tinha como objetivo tratar da regulação do mercado fonográfico. Mobilizando discursos moralizantes sobre as músicas de heavy metal a associação propôs medidas regulatórias a indústria fonográfica. As acusações ao estilo passavam por discursos sobre os supostos “perigos” do que chamaram de rock pornográfico, deixando claro que os conteúdos sexuais preocupavam a associação. Para mostrar os efeitos da atuação da PMRC foi escolhida a banda norte americana Cannibal Corpse por perceber que ela sofreu as consequências das exigências da associação. A hipótese é de que a banda sofreu com a regulação por conta dos conteúdos tidos como “perversos”, “grotescos” e “perigosos” de suas músicas. Pretende-se mostrar o que orientava a atuação da PMRC em suas ações contra o heavy metal, mas também as respostas da banda Cannibal Corpse ás tentativas de regulação. Para tanto será focada a audiência no Senado por ver neste momento o ápice da atuação da associação, bem como por ser um momento privilegiado para perceber quais categorias são utilizadas nos discursos de membros da PMRC para embazar suas acusações ao heavy metal. Também será apresentada uma visão histórico cultural a partir de teóricos de diferentes áreas das ciências humanas como Sociologia, Antropologia, Filosofia e história, por exemplo. Narrativas, contidas em um documentário sobre a banda, em um livro biográfico e entrevistas contidas em sites na internet sobre a banda que apresentem o ponto de vista da mesma também serão utilizados para melhor compreender o ponto de vista da banda sobre os conteúdos de sua obra e sobre os impactos das tentativas de regulação em sua trajetória artistica. O que se percebe é que, a partir de 1984, gerou-se um “pânico moral” com relação as obras de algumas bandas. Esse “pânico” gerou efeitos posteriores ao ano de atuação da PMRC que pode ser percebido na banda Cannibal Corpse. Palavras-chave: Heavy Metal, Perversão, PMRC, Cannibal Corpse. ABSTRACT This paper aims to deal with attempts to regulation of heavy metal music. In 1985 there was a hearing on the North American Senate at the request of an association called PMRC (Parental Music Resource Center). The hearing was intended to deal with the regulation of the music industry. Mobilizing moralizing discourses about heavy metal music the association proposed regulatory measures the music industry. The charges in the style passed by speeches about the supposed "dangers" of what they called pornographic rock, making it clear that the sexual content was a big concern to the association. To show the effects of the PMRC action the North American band Cannibal Corpse was chosen to realize that she suffered the consequences of the association's demands. The hypothesis is that the band suffered from the regulation because of content regarded as "wicked," "grotesque" and "dangerous" of their music. It is intended to show what guided the performance of the PMRC in their actions against the heavy metal, but also the answers of the band Cannibal Corpse ace attempts to regulation. For that will focus the audience in the Senate to see this time the apex of the association's activities, as well as a privileged moment to understand which categories are used in the speeches of members of the PMRC to support their charges to heavy metal. It will also be presented a cultural historical view from theoretical to different areas of the humanities such as sociology, anthropology, philosophy and history, for example. Narratives, contained in a documentary about the band, in a biographical book and interviews contained in sites on the Internet about the band to present the point of view of the same will also be used to better understand the point of view of the band on the contents of his work and on the impact of attempts at regulation in its artistic trajectory. What we see is that, from 1984, was generated a "moral panic" about the works of some bands.