Educação E Neoliberalismo: Presença E Papel Do Estado Na Educação Brasileira Contemporânea 26
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v. 4 n. 1 jan./jun. | 2019 revista de educação, ciência e tecnologia do IFG ISSN: 2526–2130 Expediente INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS Reitor Conselho Científico Jerônimo Rodrigues da Silva ADRIANA GOMES DICKMAN, LAURETE MEDEIROS BORGES, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG), Brasil Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Brasil Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação ÂNGELO MÁRCIO LEITE DENADAI, LEONARDO GABRIEL DINIZ, Centro Federal de Educação Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Brasil Tecnológica de Minas Gerais (CEFET/MG), Brasil Paulo Francinete Silva Júnior ANNA MARIA CANAVARRO BENITE, LUANA ALVES LUTERMAN, Coordenadora da Editora Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil Universidade Estadual de Goiás (UEG), Brasil Vanderleida Rosa de Freitas e Queiroz CARLOS FERNANDO DA SILVA RAMOS, MARÍA DEL MAR LORENZO MOLEDO, Instituto Politécnico do Porto (IPP), Portugal Universidade de Santiago de Compostela (USC), Espanha Editora-Chefe da Tecnia Tânia Mara Vieira Sampaio CELINA CASSAL JOSETTI, MIGUEL ANGEL SANTOS REGO, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF), Brasil Universidade de Santiago de Compostela (USC), Espanha Editores de Seção CIBELE SCHWANKE, NELSON DE LUCA PRETTO, Carlos de Melo e Silva Neto Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Brasil Universidade Federal da Bahia (UFBA), Brasil Rogério Max Canedo DIÓGENES BUENOS AIRES DE CARVALHO, REGINA DA SILVA PINA NEVES, Tânia Mara Vieira Sampaio Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Brasil Universidade de Brasília (UNB), Brasil EDÉSIO FIALHO DOS REIS, RICARDO DOS SANTOS COELHO, Conselho Editorial Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Brasil Carlos de Melo e Silva Neto Fábio Teixeira Kuhn EDUARDO MARTINS GUERRA, ROBERTO ABDALA JÚNIOR, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Brasil Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil Fernando dos Reis de Carvalho Lucas Nonato de Oliveira ENOQUE FEITOSA SOBREIRA FILHO, RONEI XIMENES MARTINS, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil Maria Aparecida de Castro Maria de Jesus Gomides EVA TEIXEIRA DOS SANTOS, ROSANE ROCHA PESSOA, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Brasil Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil Rita Rodrigues de Souza Tânia Mara Vieira Sampaio FERNANDO ANTONIO BATAGHIN, RUTH CATARINA CERQUEIRA RIBEIRO DE SOUZA, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Brasil Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil Vanderleida Rosa de Freitas e Queiroz FERNANDO FÁBIO FIORESE FURTADO, SEIJI ISOTANI, Projeto Gráfico, Diagramação e Capa Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Brasil Universidade de São Paulo (USP), Brasil Pedro Henrique Pereira de Carvalho INALDO CAPISTRANO COSTA, SERGIO SCHEER, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Brasil Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil Revisão de Língua Portuguesa Paula Almeida da Silva IRIA BRZEZINSKI, Pontifícia SIMONE SOUZA RAMALHO, Universidade Católica de Goiás (PUC/GO), Brasil Instituto Federal de Goiás (IFG), Brasil Revisão de Língua Estrangeira JEANE SILVA FERREIRA, SOLANGE MARTINS OLIVEIRA MAGALHÃES, Lemuel da Cruz Gandara Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Brasil Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil Rita Rodrigues de Souza Pareceristas ADRIANA D'AGOSTINI (UFSC) CARLOS DE MELO E SILVA NETO (IFG) ADRIANA GOMES DICKMAN ((PUC-MG)) CACILDA FERREIRA DOS REIS (IFBA) ADRIANO ARRIEL SAQUET (IFFAR) CELINA CASSAL JOSETTI (SEDF) ADRIANO WILLIAN DA SILVA(IFPR) CLEBER ANTONIO LINDINO (UNIOESTE) ALAN KELLER GOMES (IFG) DANIELA ZANOTTI DA SILVA (IFRJ) ALBERTO D'AVILA COELHO (IFSUL) DEVANI SALOMÃO DE MOURA REIS (USP) ALDEMIR INÁCIO DE AZEVEDO (IFBA) DILTON CÂNDIDO SANTOS MAYNARD (UFRJ) ALEXANDRE DE OLIVEIRA FERNANDES (IFBA) ÉDER MENDES DE PAULA (FEG) ALFREDO DOS SANTOS MAIA NETO (IFMA) EIDER LÚCIO OLIVEIRA (IFG) ANDRÉ ROSA MARTINS (IFBA) EWERTHON CLAUBER DE JESUS VIEIRA (IFBA) ÂNGELO FRANCKLIN PITANGA(IFBA) FABIANA DA SILVA ANDERSSON (IFG) Imagem da Capa ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA (IFRJ) GIZELE PARREIRA (IFG) Pórtico “Exposição Cultural - Econômica de ARTHUR VERSIANI MACHADO (IFMG) IVONE CELLA DA SILVA (UNEMAT) BRUNO BASTOS GONÇALVES (UNESP) JAMES DEAM AMARAL FREITAS (IFG) Goiânia”. Escultura em Bronze (32 x 25 x 7cm) de Júlio Valente. Exposta na antesala da diretoria do IFG/Câmpus Goiânia-Oeste. Acervo artístico do IFG/Câmpus Goiânia-Oeste. _________________________________________________________________________ SUMÁRIO Editorial 06 Ensaios As Mulheres do meu país: um estudo sobre mulheres 11 Artigos Educação e neoliberalismo: presença e papel do estado na educação brasileira contemporânea 26 Subjetividade docente em tempos de cultura 41 da performatividade Perfis de Adoecimento mental dos servidores públicos federais assistidos pelo SIASS IFGoiano/IFG 52 A epistemologia da práxis como base do ensino criativo, colaborativo e inovador 65 Literatura de cordel x mídia na alfabetização e a motivação do gestor escolar 91 Tecnologias na educação básica pública a partir da visão do professor 108 Recuperação de áreas degradadas no Brasil: conceito, história e perspectivas 124 Análise de viabilidade econômica do aproveitamento energético do biogás e do biometano provenientes de dejetos de suínos: estudo de caso 146 Relato de Experiência Ensino de História e Educação não formal: o fenômeno das videoaulas do YouTube 170 Nota Científica Registro de morcego ameaçado de extinção em área de mineração no Cerrado 186 Predador de abelhas sem ferrão no Cerrado brasileiro: primeiro registro de Hololepta (Leionota) reichii Marseul (Coleoptera, Histeridae) em colônia de Melipona quadrifasciata 194 Editorial [...] “eu acho que discursos, na verdade, habitam corpos. Eles se acomodam em corpos; os corpos na verdade carregam discursos como parte de seu próprio sangue. E ninguém pode sobreviver sem, de alguma forma, ser carregado pelo discurso. Então, não quero afirmar que haja uma construção discursiva de um lado e um corpo vivido de outro”.1 Judith Butler Na companhia da filósofa Judith Butler, publicamos o primeiro volume de 2019 da Revista Tecnia. Os muitos discursos, dos textos apresentados nesta edição, são reveladores de corpos que em seus diferentes tempos e espaços lutam por afirmar a vida plena, seja a humana ou a do ecossistema. Transitando nas construções discursivas sobre as relações sociais de poder, vamos nos deparar com textos os mais diversos, os quais nos convidam à reflexão. Isso por meio do ensaio que desvenda as assimetrias experimentadas cotidianamente nas relações de gênero construídas socialmente. Ou também em artigos e relatos de experiências que instigam a reflexão sobre outras relações de poder vividas na produção de saberes; na esfera do diálogo Educação e Estado; Educação e as tecnologias da informação e comunicação; e Educação e literatura regional, ou até mesmo em artigos e notas científicas que abordam a dimensão relacional ser humano e ecossistema, com vistas à sustentabilidade da vida. Ao publicar este periódico, há uma expectativa que consiste no estabelecimento de uma interlocução com leitores e leitoras para ampliar a reflexão e transformar nossos processos de aprendizagem em espaços de construção ética sensível à alteridade. Por isso, assumimos que todos os corpos, sejam eles humanos ou sistemas vivos, presentes na fauna e flora de nosso meio ambiente, todos esses corpos importam, todos eles pesam na hora de decidirmos os rumos de nossas ações educativas, políticas e éticas. Mesmo considerando que Judith Butler, no trecho supracitado, se refira a grupos sociais humanos, me permito ampliar a concepção de corpos para incluir o ecossistema ao humano, já que esse movimento não entra em contradição com seu pensamento. O propósito é chamar nossa atenção para a armadilha de operarmos com paradigmas que tratam certos corpos, por sua diferença em termos de códigos de legitimidade, como corpos abjetos aos quais não se garantem a vida e a dignidade, e isso cabe tanto para pensar as pessoas de determinados grupos sociais e o modo como as pessoas lidam com a natureza. Em suas palavras “pensar os corpos diferentemente me parece parte da luta conceitual e filosófica [...], o que pode estar relacionado também a questões de sobrevivência. A abjeção de certos tipos de corpos, sua inaceitabilidade por códigos 1 PRINS, BAUKJE; MEIJER, IRENE COSTERA. Como os corpos se tornam matéria: entrevista com Judith Butler. Rev. Estud. Fem. vol.10 no.1 Florianópolis Jan. 2002, p. 155-167 (p. 163). Editorial Tecnia | v.4 | n.1 | 2019 de inteligibilidade, manifesta-se em políticas e na política, [...] então eu tento, quando posso, usar minha imaginação em oposição a essa ideia.”2 Em seu trabalho a autora busca construir um campo de possibilidades que nos instigue a pensar nas mudanças sociais, culturais, econômicas, políticas e éticas de modo que caibam todos: “nenhum a menos”. Reinventar a vida, os saberes, a educação, as tecnologias e as relações sociais e ecossistêmicas são possibilidades do diálogo iniciado nesta edição. O artigo que abre esta edição vem do Programa Doutoral em Estudos Culturais da Universidade de Aveiro, em Portugal. As autoras nos brindam com um estudo que apresenta o diálogo entre obras dos Estudos Culturais e o livro-documentário “As mulheres do meu país”. De modo singular, o texto faz uma análise das relações de poder entre gêneros ao analisar a história de mulheres portuguesas em meados do séculos XX, ao retratar em particular as mulheres das classes sociais