Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Ciências Sociais Faculdade De Direito Matheus Henrique Dos Santos Da Escossi
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Ciências Sociais Faculdade de Direito Matheus Henrique dos Santos da Escossia Minorias, Processo Legislativo e Judicialização Rio de Janeiro 2018 Matheus Henrique dos Santos da Escossia Minorias, Processo Legislativo e Judicialização Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação e Direito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) como requisito parcial para a obtenção do título de mestre. Área de Concentração: Cidadania, Estado e Globalização, Linha de Pesquisa: Direito Público. Orientadora: Professora Doutora Jane Reis Gonçalves Pereira Rio de Janeiro 2018 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CCS/C E74 Escossia, Matheus Henrique dos Santos da. Minorias, processo legislativo e judicialização / Matheus Henrique dos Santos da Escossia. - 2018. 139 f. Orientador: Profª. Dra. Jane Reis Gonçalves Pereira. Dissertação (Mestrado). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Direito. 1.Estratégias - Teses. 2.Direito constitucional –Teses. 3.Poder legislativo – Teses. I. Pereira, Jane Reis Gonçalves. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Direito. III. Título. CDU 342.51(81) Bibliotecária: Marcela Rodrigues de Souza CRB7/5906 Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese, desde que citada a fonte. _______________________________________ _____________________ Assinatura Data Matheus Henrique dos Santos da Escossia Minorias, Processo Legislativo e Judicialização Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação e Direito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) como requisito parcial para a obtenção do título de mestre. Área de Concentração: Cidadania, Estado e Globalização, Linha de Pesquisa: Direito Público. Aprovada em 23 de fevereiro de 2018. Banca Examinadora: _____________________________________ Profa. Dra. Jane Reis Gonçalves Pereira Faculdade de Direito - UERJ ______________________________________ Prof. Dr. Fabiano Guilherme Mendes Santos Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ) ______________________________________ Profa. Dra. Vera Karam de Chueiri Universidade Federal do Paraná Rio de Janeiro 2018 AGRADECIMENTOS Ainda me lembro com detalhes da chuvosa noite de quinta-feira de Belo Horizonte do dia 10 de dezembro de 2015. Não tenho dúvidas de que foi o dia mais feliz da minha vida. Estava em Belo Horizonte, tendo viajado apenas com a roupa do corpo (estava de terno) e uma pequena bolsa, dessas que nós usamos para trechos curtos. Não que o trajeto Vitória-Belo Horizonte seja um “pulo”. Mas a minha ida a capital mineira seria um bate e volta, já que no dia seguinte, dia 11 de dezembro, iria realizar a entrevista do processo seletivo do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito da PUC/MG. Para chegar nesse dia, devo voltar alguns meses. No dia 14 de setembro de 2015, foi divulgado o resultado da primeira fase do processo seletivo do mestrado da UERJ. Foi uma alegria “contida”, digamos assim. Estar acima do ponto de corte representava um salto significativo com relação ao ano de 2014. No processo anterior, além de não ter passado, eu fiquei longe da aprovação. Bem longe. Ocorre que eram 11 vagas. E eu estava empatado em 11º lugar, juntamente com a Priscilla Pestana e meu fraterno amigo Eduardo Lasmar. E o pior, eu era o mais novo dentre os três, o que naturalmente me deixaria de fora nos critérios de desempate. Juro que pensei em pegar um avião ou ônibus ou qualquer meio de transporte possível para ir recorrer da nota e tentar melhorar minha posição na lista. Mas naquela segunda-feira, também chuvosa, minha mãe disse: “Acho que você não tem que recorrer. O que é seu está guardado.” Ela me convenceu. A expectativa e ansiedade, contudo, não ficaram contidas até o dia 23 de novembro de 2015. Uma segunda-feira nublada. Cheguei no dia anterior, depois de mais de oito horas de viagem de ônibus, que passaram a se tornar hábito nos últimos dois anos. Mentalizei durante todo o percurso: “tenho que ir bem na entrevista, minha única chance é na entrevista, a entrevista que vai ser determinante...”. Não sei se devo interpretar aquele dia como uma derrota ou uma vitória... Chegando na UERJ, acabei tendo a oportunidade de conhecer os demais candidatos. Conhecer é uma palavra inadequada. Visualizar os outros candidatos. Não fiquei completamente atônito, uma vez que conhecia uma das candidatas que, assim como eu, também havia feito o processo seletivo da PUC/RJ – minha querida amiga Mariana Vianna. Ainda nesse dia, nos momentos que antecederam a entrevista, tive a oportunidade de conhecer Andre Farah, outro amigo que o mestrado pôde me proporcionar. A entrevista se deu por ordem de classificação na prova escrita. Os candidatos mais bem classificados demoraram por volta de 2 minutos na sala de entrevista. Minha amiga Mariana, por exemplo, foi questionada apenas do tema que pretendia investigar e já saiu com indicação de livro em seguida. A entrevista do Lasmar antecedeu a minha. Fiquei um pouco ressabiado, pois a entrevista dele durou mais do que as 11 anteriores. Eis que chega o Professor Rodrigo Brandão, na porta da Sala Ricardo Lira, e chama “Matheus Henrique”. Confesso que fui trêmulo. Mas fiquei cambaleante após o Professor Luís Roberto Barroso ter se levantado da cadeira da sala para me cumprimentar. Talvez o meu sentimento tenha sido o mesmo de um menino de 10 anos de idade que acaba de receber um autógrafo do “Camisa 10” do seu time de futebol. Ao lado dele estava a Professora Jane Reis. E a entrevista começou. Fui metralhado. Sobretudo pela Professora Jane, que praticamente fez uma “sabatina” comigo. Já no final da entrevista, o Professor Barroso vira a página do meu currículo Lattes, e pergunta “Matheus, defina em uma proposição esse texto que você escreveu com Alexandre de Castro Coura, ‘A falácia no direito das minorias’”. Pensei, “já era”. Nesse momento, fiz a proposição mais longa da minha vida, pois tive que resumir (em uma proposição) toda a pesquisa desenvolvida na minha iniciação científica. As feições que se seguiram ao “Obrigado, Matheus, está dispensado!” me fizeram crer que a minha jornada na UERJ se encerrava ali. Mariana, que me esperava na porta, estava radiante, porque sabia que estaria dentro das vagas e, por óbvio, aprovada. Ela pronunciou algumas dezenas de palavras da Sala Ricardo Lira até o primeiro andar. Ou centenas. Ou milhares. Não me lembro. Estava muito extasiado para entender o que se passou ou se passava no momento. Tanto que tínhamos marcado um almoço após entrevista e tive que dizer: “Desculpa, Mariana, não vou poder almoçar. Vou para o hotel estudar. Tenho prova na PUC/MG sexta.” Nós nos despedimos e, na sequência, liguei para minha mãe e supliquei: “Mãe, reza pra PUC/MG dá certo, porque aqui na UERJ não fui bem!”. Ainda naquele dia, foi divulgado o resultado da prova escrita da PUC/RJ. Sem sucesso. Isso me fez enxergar a PUC/MG como a única hipótese de ingresso no mestrado. Até que voltamos ao dia 10 de dezembro de 2015. Da data da entrevista na UERJ até essa dia, veio a prova da PUC/MG e, em razão da aprovação, a entrevista iria ocorrer no dia 11. Por isso a bolsa, a roupa do corpo e o “bate e volta” como ditos acima. Mas a agonia não acabou. O resultado ia sair às 20:00. Não saiu. Ou melhor, não saía. Tanto que adormeci atualizando a página do CEPED-UERJ no celular. De repente, acordo por volta das 23:00 e dei nova atualização nessa página. Meu nome era o último da lista dos aprovados. Não consigo explicar a alegria que senti. Era uma euforia que não cabia em mim. Mas tive que a conter em um quarto de hotel, com a roupa do corpo da entrevista do dia seguinte e tendo apenas o clarear do dia como testemunha, já que as nuvens daquela alegre noite chuvosa já haviam ido embora. Queria que todos tivessem a mesma alegria que senti naquele dia. Meu sonho de fazer parte da UERJ havia se tornado realidade. Hoje, depois de mais de pouco mais de dois anos dessa história que compartilho, olho para trás com dois sentimentos: regozijo por ter podido ver um sonho realizado e sentimento de conquista, pela luta diária que se iniciou desde então. Por isso, acho que aqui é o momento ideal para expressar minha gratidão aos participantes dessa jornada. Devo agradecer a Deus por ter me confiado travar essa batalha que empreendo desde dezembro de 2014, quando me formei. Nunca podia imaginar que a vida de um recém-formado é repleta de angústias, frustrações, fracassos e dilemas. Nos momentos em que mais me senti vulnerável, as nossas conversas que me fizeram ser forte. A pessoa mais importante dessa dissertação e de toda minha vida é minha mãe, Adriana. Eu dedico a você essa dissertação, assim como farei com todas as minhas conquistas. Nós vivemos esse sonho, agora nós o tornamos realidade. Obrigado pelo amor incondicional e por servir como minha inspiração de luta diária. Meu pai, Joel, e meu irmão, Thiago, formam a minha família, meu bem mais precioso. Obrigado por estarem comigo nessa caminhada e sei que posso contar com vocês diariamente. Agradeço ao meu avô, Hamilton, e meu tio, Hamiltinho, por terem me permitido me dedicar exclusivamente aos estudos em 2016. Mesmo sem saber ao certo “o que que eu vim fazer no Rio”, vocês deram o apoio financeiro que se revelou substancial para a conclusão do mestrado. Professora Jane, muito obrigado por ter confiado em mim durante esses dois anos. Você é uma das pessoas mais geniais que conheço e verdadeira referência acadêmica. Tenho certeza que você teve participação fundamental tanto para meu ingresso no mestrado (apesar de ter me “bombardeado” na entrevista...) quanto para o meu retorno ao Rio nesse ano de 2017.