USO DO SOLO NA ZONA DA MATA,

Eliana de Souza(1); Cristiane Campos Toledo(1); Elpídio Inácio Fernandes Filho(2)

(1) – Geógrafa, estudante de Pós-Graduação do Programa de Solos e Nutrição de Plantas da Universidade Federal de Viçosa (UFV) [email protected]; (1) – Geógrafa, estudante de Pós-Graduação do Programa de Solos e Nutrição de Plantas da Universidade Federal de Viçosa, [email protected] (2) - Professor do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa, [email protected]

RESUMO

A Zona da Mata esta situada na porção sudeste do Estado de Minas Gerais, sendo formada por sete microrregiões e 142 municípios. Essa mesorregião recebeu esse nome em referência à fisionomia de sua vegetação natural, Mata Atlântica, que a distinguia das regiões adjacentes. Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento do histórico de uso e ocupação do solo, e caracterizar os aspectos fisiográficos: a geologia, a geomorfologia, o clima, o solo e a cobertura vegetal da Zona da Mata. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica e levantamento de mapas e informações do meio físico. Atualmente, com a devastação generalizada da cobertura vegetal, as manchas de matas foram preservadas em apenas alguns cumes de elevações. A cafeicultura foi fundamental para este desmatamento e por outro lado para o povoamento da região. À medida que a lavoura tornava-se improdutiva, novas áreas, ainda não cultivadas eram abertas para o uso dos solos e aproveitamento da fertilidade natural. Nas terras abandonadas pela cafeicultura desenvolvia-se uma pecuária baseada em técnicas rudimentares, sendo uma das causas a atual estagnação econômica da região. A Zona da Mata apresenta grande diversidade das características físicas, embora entre as microrregiões e os municípios, seja marcante a desigualdade socioeconômica. O uso intensivo do solo sem manejo adequado gerou o atual estágio de degradação.

Palavras chave: Uso da Terra, Zona da Mata, Recursos Naturais.

ABSTRACT

The Zona da Mata is located in the southeast of Minas Gerais State. It is formed by seven micro regions and 142 cities. This mesoregion received this name in reference to the physiognomy of its natural vegetation. Forest Atlantic differed it from adjacent regions. This study aims to survey the history of use and occupancy of land, and describe the physiographic aspects with regards to the geology, geomorphology, climate, soil and vegetation cover of the Zona da Mata. Thus a literature review and survey maps and information of the physical environment. Currently, the widespread destruction of vegetation cover and the patches of forest have been preserved in only a few areas of elevation. The coffee cultivation was fundamental for this deforestation and on the other hand for the settlement of the region. As the crop was becoming unproductive, new areas were opened for the land use and exploitation of natural fertility. Abandoned the land for coffee is developing a livestock based on rudimentary techniques, one of the causes of the current economic stagnation in the region. The Zona da Mata Mineira presents a great diversity of physical characteristics, but among the micro regions and municipalities, there is a marked socioeconomic inequality. The intensive use of land without adequate management generated the current stage of degradation.

Keywords: Land Use, Zona da Mata, Natural Resources.

INTODUÇÃO

A Zona da Mata constitui uma mesorregião que se situa na porção sudeste do Estado de Minas Gerais, sendo formada por sete microrregiões: , , Manhuaçu, Muriaé, , Ubá e Viçosa. Juntas, as microrregiões agregam 142 municípios (Figura 1). Os limites foram delineados segundo a divisão regional do Brasil, definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Instituído em 1938 como órgão subordinado à Presidência da República, o IBGE tem como objetivo principal, o levantamento e sistematização das informações estatísticas, censitária e geográficas, a fim de trabalhar na organização e integração do território Brasileiro (PENHA, 1993). A primeira regionalização do Brasil ocorreu em 1946 e teve como critério de divisão o conceito clássico da análise das influências mútuas dos diferentes fatores físicos, principalmente clima, vegetação e relevo (GALVÃO & FAISSOL, 1969). Em 1969, para atender as necessidades de planejamento nacional e regional, a divisão Regional do Brasil foi alterada pela Resolução nº 1, de 8 de maio, para substituir as Grandes Regiões e Zonas Fisiográficas (GALVÃO & FAISSOL, 1969). Nessa nova delimitação, o espaço homogêneo foi definido como forma de organização em torno da produção, expresso por combinação de fatos físicos, sociais e econômicos. A divisão regional se reestruturou considerando os critérios de agrupamento de elementos territoriais homogêneos, em particular, os elementos físicos e socioeconômicos. O objetivo foi de assegurar à administração pública autonomia para uniformizar as pesquisas e os trabalhos geográficos e estatísticos, além de atender às conveniências práticas de não desmembrar qualquer unidade federada (PENHA, 1993). Os limites da Zona da Mata são, em determinados trechos, expressos pelo relevo, enquanto, em outros, pela vegetação ou mesmo pela economia. O limite mais nítido da Zona da Mata é a escarpa do Planalto da Mantiqueira, que a separa do Sul de Minas. Embora delimitada por características geográficas homogêneas entre as microrregiões e entre os municípios, é marcante a desigualdade socioeconômica entre os municípios da Zona da Mata. Carneiro & Fontes (2005) analisaram as variáveis sociais e econômicas dessa região e verificaram que as microrregiões apresentam acentuadas disparidades entre si, o que reflete a necessidade de análises por microrregiões (menor unidade de análise para fins estatísticos) ou mesmo no âmbito municipal.

Figura 1 - Localização da Zona da Mata no Estado de Minas Gerais.

HISTÓRICO E USO

A Zona da Mata, de acordo com Valverde (1958), faz referência à fisionomia da vegetação natural desta região, que a distinguia das regiões adjacentes. Com a devastação generalizada da Zona da Mata, as manchas de matas foram preservadas em apenas alguns cumes de elevações, atualmente, muito esparsas. O referido autor coloca que o manto escuro das florestas foi substituído

pelo pasto claro e aveludado de capim-gordura (Melinis minutiflora), observando-se nas partes Norte e Leste menor proporção de devastação. Anterior à ocupação do café, a Zona da Mata era conhecida como mata do Leste, e se constituía numa verdadeira barreira natural à ocupação humana. Três fatores contribuíram para isso: a) a região era intransponível em face das condições naturais (mata fechada); b) a presença indígena inibia qualquer tentativa de ocupação da área; e c) havia um rígido controle na entrada ou saída da região aurífera, desde os primeiros momentos da mineração, sendo que ninguém entrava ou saía sem permissão das autoridades reais (VALVERDE, 1958). A cafeicultura foi fundamental para o povoamento da região, provocando o surgimento das fazendas, o aparecimento de capelas, povoados, vilas e cidades. O desmatamento foi efetuado empregando-se machado, fogo e técnicas rudimentares, desde a encosta as serras. O único objetivo naquele momento era preparar a terra para plantar café, sem olhar para os efeitos no futuro (VALVERDE, 1958). De acordo com Alves (1993), a efetiva ocupação da Zona da Mata iniciou-se no primeiro quartel do século XIX com a introdução da cafeicultura na bacia mineira do Parnaíba. A implantação da cafeicultura foi um desdobramento do processo iniciado no que, alcançando o vale do Parnaíba em diversos pontos, se expandiu em direção a Zona da Mata aproveitando o gradiente suave do vale e os declives menos ásperos. Com predomínio do relevo fortemente ondulado, o povoamento iniciou ao longo dos vales, deixando os altos e partes das encostas cobertas de mata como nos fala Valverde (1967):

“As habitações aglomeravam-se em habitat nucleado, junto às sedes das fazendas que se localizavam perto dos rios, a fim de obter facilmente água para as pessoas e animais, bem como para o beneficio do café e outros serviços da fazenda. Os pastos, as culturas e as derrubadas fizeram refluir a mata para o alto das elevações”.

Esse autor conta ainda que os tropeiros mineiros deixavam as mercadorias no Rio de Janeiro e se dirigiam ao Medanha, região fluminense, para carregar as cangalhas das mulas com mudas e sementes de café, para, então, retornarem pela serra. Com o avanço da atividade do café, e mesmo no início da implantação dos cafezais, as atividades econômicas ligadas ao extrativismo (mineração e plantas medicinais) e à agricultura com base na atividade canavieira, introduzidas em fins do século XVIII, tornaram-se insignificante na Zona da Mata. No tocante às plantas medicinais, destacou-se o comércio da poaia, de ampla aceitação nos mercados urbanos, encontrada na região de Cataguases, responsável pelo povoamento inicial desta região pelos compradores que negociavam com as tribos indígenas que a extraíam (ALVES, 1993). Esse autor enfatiza a importância dessa planta no processo colonizador da bacia de antes do ciclo do cafeeiro. O êxito da cafeicultura deveu-se, sobretudo, à existência de terras abundantes, de boa qualidade, e à oferta de mão-de-obra advinda da decadente região mineradora. Esses fatores, aliados à contigüidade com a região fluminense, contribuíram para alavancar a economia da Zona da

Mata, que saiu de uma situação de insignificância para inserir no centro da economia brasileira (ALVES, 1993). Após alguns anos de exploração, a decadência das lavouras impunha novas derrubadas, processo que inviabilizava a cafeicultura, da forma como era conduzida (CORRÊA, 1984). À medida que a lavoura tornava-se improdutiva, novas áreas eram abertas para aproveitamento da qualidade do solo das terras ainda não cultivadas. A disponibilidade farta de terra permitia o avanço de novos plantios, onde a derruba, queima e plantio do café se fazia sempre em consórcio com alguma cultura. As terras enfraquecidas pela cafeicultura eram transformadas em pastagem de capim-gordura (RESENDE & RESENDE, 1996). Acompanhando a cafeicultura, a pecuária extensiva se expandiu no início da ocupação, em áreas que ofereciam pastagens naturais, entretanto, não constituiu atividade de grande importância, pois, era preciso derrubar a mata e instalar a pastagem, tomando o devido cuidado para garantir que a mata não retornasse, atividades que não despertavam interesse naquela época (RESENDE & RESENDE, 1996). A configuração da Zona da Mata se formou com pequenas e médias propriedades com café e gado, geralmente criado em pastagem de capim-gordura, em solos pobres e acidentados (VALVERDE, 1958; RESENDE & RESENDE, 1996). Em áreas mais quentes e de solos mais férteis, as pastagens eram compostas por capim colonião (RESENDE & RESENDE, 1996), porém, não predominavam na região (BARUQUI et al., 1985). O capim-gordura aparece de forma predominante e desenvolve bem nos solos das elevações (Latossolicos) secundado pelo capim-jaraguá, que ocupa geralmente o terço inferior das encostas (áreas de Argissolos), quando estas apresentam melhor fertilidade, além das partes das áreas de terraços (BARUQUI et al., 1985). A atividade cafeeira da Zona da Mata, até 1930, contribuiu sobremaneira com o produto interno bruto nacional, sendo que esta região era responsável por aproximadamente 15 % do volume total de café produzido no Brasil (ALVES, 1993). A Zona da Mata e o Vale do Paraíba, em termos de área e produção, eram consideradas os principais pólos cafeeiros do Brasil. O ciclo do café na Zona da Mata se exaure e chega ao fim nas primeiras décadas do século XX, tendo como marco a crise de 1929. Após a crise, a economia da região se diversifica, destacando-se a agropecuária, além da indústria de médio porte e setor de serviços (ALVES, 1993). Os cafeicultores remanescentes se viram obrigados a recuperarem as áreas depauperadas, fertilizando-as, uma vez que o preço do produto no mercado voltou a atrair investidores (CORRÊA, 1984). O ciclo da cana-de-açúcar ocorreu depois do ciclo do café, ocupando, preferencialmente, áreas de melhor fertilidade natural. Nas regiões de Ponte Nova e Rio Branco, a cana só começou a ocupar expressivas áreas de solos pobres e acidentados, em tempos recentes, com a aplicação de fertilizantes (RESENDE & RESENDE, 1996). Na depressão de Ponte Nova, a cana-de-açúcar é plantada de forma intensiva, em escala empresarial, em áreas de Latossolos e Argissolos (KER & SCHAEFER, 1995).

Após 1930, a identificação da Zona Metalúrgica ou Metropolitana de como nova receptora de estímulos, servindo ao pólo nacional e, ou, ao mercado externo, e a falta de políticas agrícolas voltadas para a produção familiar da Zona da Mata, foram alguns dos fatores que levaram ao processo de declínio econômico desta região (CARNEIRO & FONTES, 2005). O esgotamento do ciclo cafeeiro do país, com a erradicação dos cafezais, contribuiu para o esvaziamento da economia da Zona da Mata, criando tensões sociais com a liberação da mão-de- obra dessa atividade, não absorvida pelos outros setores (ALVES, 1993). Frente ao novo quadro econômico da Zona da Mata, a Universidade Federal de Viçosa, por meio do Departamento de Economia Rural, firmou convênio com o Instituto de Planejamento Econômico e Social, e a região passou a recebeu especial atenção dos governos Federal e Estadual, com ajuda do Banco Mundial, para a implantação do PRODEMATA - Programa de Desenvolvimento Integrado da Zona da Mata (OLIVEIRA et al., 1981). O PRODEMATA, iniciado em 1976, tinha como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida dos pequenos produtores e, como objetivo intermediário, a elevação do nível de renda e a expansão e melhoria da infra-estrutura social das comunidades rurais. Dentre alguns elementos do programa, citam-se: crédito agrícola para pecuária (bovinos e suínos), reflorestamento, recuperação de várzeas e eletricidade rural (INFORME AGROPECUÁRIO, 1981). Órgãos como EPAMIG, IEF, EMATER e Universidade Federal de Viçosa (UFV) atuavam no PRODEMATA. Neste contexto, a UFV/DER tinha o compromisso de acompanhar e avaliar o desenvolvimento do programa. O volume de informações gerado sobre a Zona da Mata, sistematizado pelo DER/UFV, possibilitou a elaboração de políticas de desenvolvimento regional e serviu de base para a elaboração de teses (BALDEZ, 1986; GOMES, 1986; OLIVEIRA, 1985) e livro (PANIAGO & RIBON, 1973) que retrataram o quadro social e econômico dessa região frente às transformações no cenário econômico do Brasil. Oliveira (1985), estudando a importância do café na formação da renda agrícola na Zona da Mata, analisou dados do período de 1977 a 1984. Esse autor constatou que o uso agrícola foi estimulado por fatores culturais e incentivos governamentais, a exemplo do café que iniciou como atividade econômica de expansão no Vale do Paraíba e pela proximidade do Estado do Rio de Janeiro e, dada a semelhança de clima, foi introduzido na Zona da Mata. Por ser um produto de grande aceitação no exterior, o café exerceu papel importante na economia brasileira, gerando divisas e absorvendo mão-de-obra. Caixeta (1977) verificou que a produção de café no estado de Minas Gerais era responsável por absorver em torno de 70 mil famílias. Conforme Oliveira (1985), entre 1969/1970 o Plano Nacional de Renovação e Revigoramento dos Cafezais foi uma política de reaquecimento da economia cafeeira. Nesta época, o Instituto Brasileiro do Café coordenava essa atividade, ditando as medidas da política de investimento por meio de empréstimo governamental. Em razão de tal política, a aceitação do plano e as condições de créditos e assistência técnica oferecidas permitiram a introdução de tecnologias mais adequadas de

correção, adubação e conservação dos solos, assim como dos tratos fitossanitários e culturais, elevando a produção de café (OLIVEIRA, 1985). Com o incentivo à cafeicultura, como acima mencionado, o café retornou ao Estado de Minas Gerais e, consequentemente, à Zona da Mata. As condições climáticas desfavoráveis do norte do Paraná e a crescente opção dos produtores dessa região por outras culturas fizeram com que a Zona da Mata e o Sul de Minas ganhassem a concorrência na produção do café. De acordo com Oliveira (1985), a Zona da Mata, juntamente com o Vale do Rio Doce e Mucuri, eram responsáveis por 22,5 % do total do café produzido no estado mineiro. O autor também salienta que desde a implantação da cafeicultura no estado de Minas Gerais e, sobretudo na região da Zona da Mata, tal atividade era a base econômica das pequenas propriedades. Essa constatação foi também confirmada por Baldez (1986) ao analisar, por meio dos dados agropecuários dos anos de 1980-1984, a situação de pequenos produtores agricultores em três microrregiões da Zona da Mata mineira (Viçosa, Muriaé e Juiz de Fora), verificando que:

• A área média explorada, por estabelecimento, era em torno de 35 ha e, de maneira geral, os produtores dedicavam-se à exploração mista da agricultura com a pecuária. As culturas temporárias (arroz, milho e feijão) integravam os sistemas de produção de quase a totalidade dos estabelecimentos, respondendo por 16 % da renda agropecuária. • A cultura do café estava presente em 58 % das propriedades contribuindo com 39 % para a formação da renda bruta; a cultura da cana-de-açúcar era cultivada em 24 % dos estabelecimentos. • A mão-de-obra familiar representava cerca de 90 % da mão-de-obra total, sendo que as famílias tinham, em média, cinco indivíduos por residência. E o nível de escolaridade das mães de família era baixo.

Em relação ao Estado de Minas Gerais, a Zona da Mata é uma das mesorregiões com menor concentração de terras. O tamanho dos estabelecimentos, em hectares, situa-se no seguinte contexto: a) 66.589, menores de 100; b) 3.819, entre 100 e 200; c) 1.672, entre 200 e 500; d) 300, entre 500 e 2.000; e) 13 estabelecimentos com mais de 2.000 (IBGE, 1988). Essa situação fundiária da Zona da Mata, na década de 70, colocava-a entre as áreas prioritárias para reforma agrária (OLIVEIRA et al., 1981). Cerca de 80 % dos imóveis rurais, em 1967, tinham menos de 50 hectares (PANIAGO et al., 1973). De acordo com Gomes (1986), no setor agrícola, a presença de grande número de pequenos agricultores é um aspecto que assume sérias proporções por ser a região de relevo bastante acidentado, limitando a disponibilidade de áreas próprias para a agricultura. Ainda de acordo com esse autor, as pedopaisagens íngremes e convexas correspondem a 75 % da área da Zona da Mata e, por este motivo, em 1975, 71 % das áreas eram ocupadas por pastagens, 11 % em matas e florestas e 2 % por terras não-produtivas, restando 16 % para cultivo.

Gomes (1986) analisou dados do FIBGE, os quais mostraram que entre os produtos agrícolas da Zona da Mata, milho, feijão, arroz e café são os mais importantes, tanto em área colhida quanto em valor de produção, destacando-se o milho em importância, com 42 % da área plantada, o que reflete sua importância na alimentação humana e animal. Entretanto, a receita com o cultivo do café correspondeu a 80 % evidenciando a preferência dos pequenos agricultores por esta cultura, frente às demais, fato justificado pelas fontes de financiamento a plantação do café. Gomes (1986) enfatiza a importância da análise quantitativa em detrimento a qualitativa, uma vez que se trata de propriedades de pequena área e que análises sobre a qualidade dos solos mostraram que este atributo é mais importante do ponto de vista do uso do que do valor intrínseco ao recurso. Como as propriedades da Zona da Mata se caracterizam por serem de pequena área, o uso agrícola tem restrições quanto à extensão da área ocupada por culturas de subsistência. Estudo realizado por Costa (1973) mostra que na região de Viçosa e municípios vizinhos, os solos dos terraços apresentavam uso agrícola intensivo, destacando-se as culturas de milho, feijão, café e hortaliças. Corrêa (1984), estudando o Planalto de Viçosa, área da Zona da Mata, observou que, nas elevações, os solos têm uso inexpressivo para o sistema produtivo. Os solos dos topos são utilizados comumente com alguns reflorestamentos de eucalipto ou pecuária extensiva, além de esparsas lavouras de café, enquanto que, por outro lado, os terraços e leitos maiores são utilizados para as atividades humanas, nos diversos setores como agropecuária, habitação e industrial nos vales, e cultivo de arroz de várzea nos leitos maiores. A diferença de intensidade de uso entre solos das elevações e dos terraços deve-se à maior fertilidade dos solos dos terraços que, segundo Corrêa (1984), por ser uma área de relevo plano e, devido a menor permeabilidade, os solos são mais conservadores de nutrientes do que os solos das elevações. A topografia plana, o desnível em relação ao leito maior, que assegura ausência de inundações, e o satisfatório potencial produtivo, relativamente estável, contribuem para a ampla ocupação dessas pedopaisagem tanto para as atividades agrícolas como para construções urbanas e rurais (COSTA, 1973; CORRÊA, 1984). A classe de solo predominante nos terraços na Zona da Mata é a dos Argissolos Câmbicos (BARUQUI et al., 1985; NAIME, 1988), classificados por Ker & Schaefer (1995), no trecho entre Viçosa e , como um dos mais importantes da região, pelo uso agrícola intenso nas pequenas e médias propriedades, facilidade de mecanização e irrigação, facilitada pelo relevo plano. A Zona da Mata, com relevo acidentado e desfavorável a mecanização e apresentando solos pobres e exigentes de grande dose de adubos para produzir bem, se coloca como uma área problema, onde um grande contingente populacional vive em pequenas cidades, funcionando como uma barreira a metropolização, e extremamente carente de políticas voltada para o desenvolvimento da produção familiar (RESENDE & RESENDE, 1996). Uma alternativa apresentada por esses autores, como forma de minimizar as adversidades mencionadas, seria o uso da água de superfície

da região, abundante e subutilizada, para a criação de peixes e rãs, atividades estas que deveriam ser incentivadas, e também a cultura de algas para a alimentação animal.

GEOLOGIA

A constituição geológica da área é composta, em maior proporção, pelo Complexo Cristalino, com rochas datadas do Pré-Cambriano, constituídas por gnaisses diversos e migmatitos, com variado grau de metamorfismo; em menor proporção por metasedimentos, compreendendo quartzitos e mica xistos; de forma restrita aparecem formações sedimentares recentes, datadas do Terciário e Quaternário. Os depósitos quaternários ocorrem ao longo dos vales e vias fluviais formando os terraços e leitos maiores, constituído por cascalhos, areias, siltes e argilas (BRASIL, 1970; BARUQUI, 1982; BRASIL, 1983). Um esboço geológico da Zona da Mata é apresentado na figura 5, com destaque para as principais unidades que se apresentam bastante lineadas, a saber: Complexo Paraíba do Sul- unidade terrígena com intercalações carbonáticas; Complexo Piedade, Complexo Juiz de Fora- unidade enderbítica e Complexo Mantiqueira.

Figura 5 – Mapa das unidades geológica da Zona da Mata. Fonte: CPRM, 2004.

RELEVO

A Zona da Mata se insere no domínio dos Mares de Morros outrora florestados, conforme classificação de Ab’Saber para os domínios morfoclimáticos do Brasil (AB’SABER, 1996). O relevo mostra-se formas diversificadas, destacando-se áreas planas, onduladas e montanhosas; elevações de topos arredondados com vertentes convexas terminando em vales planos (VALVERDE, 1958). Inserida no domínio morfoestrutural dos Planaltos Cristalino Rebaixados, a Zona da Mata sofreu arqueamentos que deram origem a fraturas e falhas responsáveis pelo abaixamento dos planaltos e pelo levantamento do Maciço do Caparaó, parte mais elevada da região (MOREIRA & CAMELIER, 1977). A evolução do relevo dessa região permitiu que nela se desenvolvesse superfícies de erosão bem regulares caracterizado por alinhamentos de cristas e uma superfície deprimida no interior da região (Figura 2).

Figura 2 – O relevo da Zona da Mata e a compartimentação segundo as superfícies definidas em VALVERDE (1958).

O relevo compartimenta a da Zona da Mata em três superfícies conforme a descrição apresentada a seguir (VALVERDE, 1958; MOREIRA & CAMELIER, 1977):

• A) – Superfície de Leopoldina, com 300-400 metros de altitude e relevo ondulado ou fortemente ondulado. Esta superfície forma uma soleira que é o cerne da Zona da Mata. Na área da soleira, os vales, freqüentemente com fundos plano, apresentam várzeas que favorecem as culturas de arroz de brejo.

• B) – Superfície de Guarani e Rio Novo, cerca a superfície Leopoldina por todos os lados, entre os 450 e 500 metros de altitude, é um nível que se reproduz em , Ubá e Visconde do Rio Branco.

• C) – Superfície Ervália, situa-se na área periférica da Zona da Mata entre os 800-900 metros de altitude, nas cidades de Ervália, Manhuaçu, e nos arredores de Juiz de Fora. Nestas áreas o relevo é sempre fortemente dissecado ou montanhoso.

CLIMA

O relevo é o fator geográfico que exerce forte influencia sobre o clima da Zona da Mata, refletindo em uma diversidade de sítios climáticos. Conforme a classificação de Koppën, na Zona da Mata ocorrem os seguintes tipos climáticos: Aw (temperatura média do mês mais frio superior a 18 °C e precipitação média do mês mais seco inferir a 60 mm), ocorre na superfície de Leopoldina; clima quente e úmido com chuvas de verão); o Cwa (temperatura média do mês mais frio inferior a18 ºC e temperatura média do mês mais quente superior a 22 ºC, clima tropical de altitude com verões quentes e chuvosos), ocorre na superfície de Guarani-Rio Novo e na parte sul da superfície de Ervalía; Cwb (clima tropical de altitude com verões frescos e chuvosos), ocorre na região de Viçosa e Santos Dumont; e Cfb (clima temperado marítimo úmido) aparecendo de forma pontual na Serra do Caparaó, em função da altitude mais elevada que propicia chuvas orográficas bem distribuídas e temperaturas amenas (Figura 3). O clima Cwa é predominante na região (VALVERDE, 1958; BARUQUI et al., 1985). A pluviosidade média anual oscila entre 1.000 e 1.500 mm. Com base na taxa de pluviosidade, Baruqui et al. (1985) classificam a deficiência absoluta de água na região, com grau nulo ou ligeiro para a aptidão agrícola das terras. Porém, uma ressalva é feita quanto a pedoforma e a profundidade do “solum”, que controlam a profundidade efetiva e altera para mais ou menos os graus de desvio.

Figura 3 -Mapa de clima da Zona da Mata e áreas adjacentes. Fonte: VALVERDE (1958)

COBERTURA VEGETAL

A Zona da Mata está no domínio da Mata Atlântica, cuja fitofisionomia constitui o grande conjunto extra-amazônico, formado por florestas ombrófilas (densa, aberta e mista) e florestas estacionais semideciduais e deciduais (IBGE, 2004). O Bioma Mata Atlântica teve a cobertura vegetal original reduzida a 8 % (MMA, 2002). Esse bioma abriga vasta maioria dos animais e plantas ameaçados de extinção, e foi definido como área prioritária para a conservação mundial, denominado hotspot. Os hotspots são áreas que perderam pelo menos 70 % de sua cobertura vegetal original, mas que, juntas, abrigam mais de 60 % de todas as espécies terrestres do planeta (GALINDO-LEAL & CÂMARA, 2005). Em decorrência da devastação da floresta primária na Zona da Mata, a inferência da vegetação original dessa região é feita apenas por evidências observadas acerca da semelhança do clima e dos solos desta com os da região do médio vale do Paraíba. Segundo Valverde (1958), pelas inferências, a vegetação de ambas as regiões era originalmente a Floresta Tropical Semidecidua. Baruqui et al. (1985) reportam que a devastação da floresta para fins de uso agrícola, concorreu com a constante perda da fertilidade natural dos solos e que após os primeiros anos de uso agrícola, grande parte da lavoura era substituída por pastagens, preferencialmente o capim gordura. O mapeamento da Flora Nativa e Reflorestamento Regional do Estado de Minas Gerais realizado por Scolfor e Carvalho (2006), mostra que apenas fragmentos da vegetação nativa são encontrados (Figura 4). Em suma as classes que figuram no mapa são Floresta Ombrófila, Floresta Semidecidua, Campo e Campo Rupestre e eucalipto como espécie de áreas reflorestadas.

Figura 4 - Flora Nativa e Reflorestamento Regional da Zona da Mata. Fonte: Scolfor & Carvalho (2006).

As fisionomias mapeadas na Zona da Mata são apresentadas no quadro 1 em termos de extensão de ocorrência na região. A Floresta Semidecídua é a tipologia predominante na região ocorrendo em 17,73 % da área, na forma de fragmentos, distribuidos de modo mais homogêneos. A concentração desta se dá nos municípios de Caparaó, Alto Caparaó, Espera Feliz e Manhuaçu. A conservação de remanescente destas espécies ocorre em função de fatores físicos como o relevo e altitudes mais elevadas que dificultaram as sua remoção para uso da madeira e ou mudança do uso das terras. A Floresta Ombrófila ocorre em 1,25 % da área, concentrando-se no Sudoeste da região, especificamente nos seguintes municípios: Rio Preto, Santa Rita do Jacutinga, Santa Bárbara do Monte Verde, Olaria e Lima Duarte.

Os Campos e Campos Rupestres aparecem associados às áreas de altitudes mais elevadas e com maior umidade, como observado por Valverde (1958), em sua excursão ao maciço do Caparaó e em trabalhos realizados nos Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e Parque Estadual do Ibitipoca, por Schaefer et al. (2006, 2005b). Essas fisionomias têm ocorrência restrita, somando 0,13 % de abrangência. O eucalipto aparece concentrado em maior extensão na região sudoeste da Zona da Mata, especialmente nos seguintes municípios: Santos Dumont, Ewbank da Câmara, Juiz de Fora, e Lima Duarte, no Sudoeste do Estado. A ocorrência dessa espécie também se verifica nos municípios de Cataguases e São Pedro dos , Noroeste da Zona da Mata.

Quadro 1 – Área de ocorrência das principais fisionomias da Zona da Mata

Fonte: Scolfor & Carvalho (2006).

A Zona da Mata mineira foi escolhida como área para o estímulo ao plantio de eucalipto pela demanda de matéria prima do Pólo Moveleiro de Ubá. Um convênio foi assinado no dia 25 de Julho de 2007, pelos secretários estaduais de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de representantes da Universidade Federal de Viçosa, Sociedade de Investigações Florestais, Emater, Instituto Estadual de Florestas, Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá (Intersind) e Sebrae (UFV, 2007). O objetivo é estimular pequenos e médios produtores rurais a destinar parte de suas áreas ao plantio de florestas de eucalipto. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Minas Gerais é o maior produtor de florestas plantadas do Brasil com 1,2 milhões de hectares. A produção de madeira no Estado é insatisfatória, sendo necessário importar de outros lugares. O estímulo ao plantio de florestas visa impedir que, no futuro, as poucas florestas nativas sejam destruídas (UFV, 2007).

SOLOS

O levantamento de recursos naturais realizado pelo Projeto RADAMBRASIL, elaborou o mapa de solos para a região na escala 1:1.000.000, a Zona da Mata aparece caracterizada na folhas SF. 23/24 Rio de Janeiro/Vitória (90 % da área). Esse levantamento caracteriza-se como exploratório e constituem numa visão geral dos diversos solos existentes na área, sem a finalidade de fornecer soluções para problemas específicos de utilização dos solos. Porém, eles fornecem informações gerais para embasar planejamento a nível regional (BRASIL, 1983).

Alguns levantamentos de solos foram realizados em áreas disjuntas na Zona da Mata para fins diversos, como aqueles levantamentos realizados para empresas privadas (BRASIL, 1970); órgãos governamentais (SCHAEFER et al, 2003, 2006a, 2006b), e para fins de pesquisa acadêmica (KER & SCHAEFER, 1995; SCHAEFER et al., 1998). Estudos de solos foram realizados na Zona da Mata, nos quais foram feitos o levantamento e descrição de perfis de solo, sem, contudo elaborarem mapas de solo (COSTA, 1973; BARUQUI, 1982; REZENDE, 1980; CORREA, 1984; NAIME, 1988; NUNES, 1995; FERNANDES, 2000). Nesses trabalhos foram mapeados solos ais como solos tais como Nitossolos, Chernossolos e Gleissolos que não aparecem nos mapeamento mais generalizado como os do Projeto RADAMBRASIL. Na Zona da Mata, em termos gerais, conforme constatado por Baruqui (1982), os principais solos das elevações são os Latossolos Vermelho-Amarelo distrófico e os Argissolos Vermelho- Amarelo predominantemente eutrófico. Nos trechos mais elevados da paisagem geral aparece o Latossolo Vermelho-Amarelo húmico. Ocorre, ainda localmente, Nitossolos, associados os diques de rochas máficas. Nas baixadas, na posição de terraço, são encontrados os Argissolos Vermelho- Amarelos Câmbico distrófico e eutrófico; nos leitos maiores dos cursos de água, os solos aluviais, quase sempre eutróficos, e nas partes mais rebaixadas, os solos hidromórficos, geralmente distrófico. As informações de solo levantadas pelo RADAMBRASIL foram compiladas pelo Centro Tecnológico de Minas Gerais integrando a um banco de dados com informações mais refinadas para a elaboração do mapa de solos do Estado de Minas Gerais (CETEC, 2008). O mapa foi elaborado em formato digital em escala de 1: 650.000 (Figura 7).

Observa-se que os Latossolos ocorrem de forma predominante, ocupando 88 % da área, seguido dos Argissolos com 6 %, e em menor proporção aparecem os Cambissolos Háplicos e Neossolos Litólicos (Quadro 2).

Quadro 2 – Classes de solo e respectivas áreas de ocorrência na Zona da Mata Classe de solo Área (ha) (%) AR – Afloramento de rocha 20.492,0 0,57 CXbd – Cambissolo Háplico Tb distrófico 140.923,8 3,94 LAd – Latossolo Amarelo distrófico 168.193,2 4,71 LVAd – Latossolo Vermelho Amarelo distrófico 2.987.860,0 83,61 PVAd – Argissolo Vermelho Amarelo distrófico 27.780,5 0,78 PVAe – Argissolo Vermelho Amarelo eutrófico 196.824,5 5,51 RLd – Neossolo Litólico distrófico 24.344,9 0,68 RLe – Neossolo Litólico eutrófico 7.009,4 0,20 Soma 3.573.428 100 Fonte – CETEC, 2008.

Figura 7 – Mapa de Solos da Zona da Mata. Fonte: CETEC, 2008.

CONCLUSÃO

As informações levantadas para a Zona da Mata mostra grande diversidade das características físicas, o que a qualifica a região como extremamente diversa, sendo necessários novos estudos para subsidiar políticas de planejamento de forma a favorecer um crescimento equitativo. Tendo em vista o elevado número de pequenas propriedades, o uso intensivo do solo praticado pelos agricultores, somando-se à ausência de meios para orientar o manejo adequado das terras, as políticas de planejamento e desenvolvimento econômico da Zona da Mata deve considerar como ações prioritárias: à disponibilidade de informações do meio físico, como mapa de solos em escala suficientemente detalhada para tais fins, visando dar subsídio para o uso agrícola e seguindo práticas de conservação dos recursos naturais. Considerando a Zona da Mata, como uma região fisiograficamente favorável à diversidade pedológica, o mapeamento de solo em escalas com detalhe em nível de manejo para as pequenas propriedades se coloca como uma lacuna a ser preenchida, visando também à ampliação do conhecimento dos solos da região.

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