Curso de Administração OS LIMITES DA GESTÃO FINANCEIRA DOS CLUBES PAULISTAS DA PRIMEIRA DIVISÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO DE 2018 THE LIMITS OF THE FINANCIAL MANAGEMENT OF THE PAULISTA CLUBS OF THE FIRST DIVISION OF THE BRAZILIAN FOOTBALL OF 2018

Como citar esse artigo: Lopes NVP, Paravidine R. Os limites da gestão financeira dos clubes paulistas da primeira divisão do futebol brasileiro de 2018. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 161-176 Nhartani Vitt Pereira Lopes Raimundo Paravidine

Resumo O foco deste trabalho é o estudo da gestão do futebol paulista brasileiro da primeira divisão 2018, os seus problemas atuais, no qual o tema estudado é o processo da gestão financeira, com destaque para a sua profissionalização. Abordando as principais transformações ocorridas, enfocar o tema sob o futebol nacional e internacional de elite, utilizando como método de pesquisa material esportivo bibliográfico, exaltar um conceito amplo de gestão do esporte e negócios. A partir do conhecimento de sua estrutura, e o surgimento do modelo de clube, há um ganho de campo de visão administrativo, e entendimento de como realmente funciona por trás dos gramados, um clube, por exemplo, pode ser administrado de forma totalmente amadora, com dirigentes dedicados àquele contexto apenas por afinidade e durante o tempo livre. Mas também pode ser gerido por grupo de investidores definidos por conta da abertura de seu capital na bolsa de valores, com uma perspectiva muito similar à realidade de uma empresa de grande porte. Entre esses dois modelos, existem vários tipos de conceitos e possibilidades de modelos administrativos, que podem se adequar à realidade ou aos objetivos da agremiação brasileira como objeto desse estudo. Palavras-Chave: Gestão Financeira; Futebol; Profissionalismo; Administração; Abstract The focus of this work is the study of the management of Brazilian football in the first division of 2018, and its current problems, in which the subject studied is the process of financial management, with emphasis on its professionalization. Addressing the main transformations that took place, focusing on the theme under national and international elite soccer, using bibliographical sports material as a research method, extolling a broad concept of sport and business management. From the knowledge of its structure, and the emergence of the club model, there is a gain in administrative field of vision, and understanding of how it really works behind the lawns, a club, for example, can be administered in a very amateurish way, with leaders dedicated to that context only by affinity and during free time. However, it can also be managed by a group of investors defined by the opening of their capital on the stock exchange, with a perspective very similar to the reality of a large company. Between these two models, there are several types of concepts and possibilities of administrative models, which can be adapted to the reality or the objectives of the Brazilian association as object of this study. Keywords: Financial management; Soccer; Professionalism; Administration. EMAIL: [email protected]

Introdução essa modalidade é influenciada até os dias de hoje, dessa maneira, o ambiente interno de um Este trabalho visa estudar como funciona clube deixa de ser profissional pelo seu modelo a gestão financeira dos grandes clubes brasileiros gerencial, tendo a disposição de pessoas de futebol paulista da primeira divisão (Santos, desqualificadas para atuar na área, já que os Palmeiras, São Paulo e Corinthians). Para isso é serviços prestados ao clube são voluntários necessário primeiramente, conhecer a origem e a (MATTAR, 2015, p. 13 c. 1). formação desde o ano de 1900, em que surgiu o primeiro clube brasileiro, (19/07/1900 – Sport Club Essa gestão estudada, não é como se vê Rio Grande Rio Grande – RS) segundo o livro, na TV. É algo que ocorre antes de ir para os Futebol: História, Técnica e Treino de Goleiro, no gramados, a organização para que tudo ocorra de qual os principais clubes do Brasil foram forma excelente é o que proporciona aquelas concebidos sob a forma de associações, contratações desejadas pelo mercado organizações democráticas autônomas, de futebolístico, troféus, títulos, reconhecimento pessoas com objetivos comuns, como a prática nacional e mundial, isso tudo por conta de uma esportiva, sem finalidade econômica, de como gestão competente, isso é só uma parte do

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trabalho feito pelo clube. tributos entre outros (MATTAR, 2015, p. 9). O outro lado da gestão, o âmbito No Brasil, os clubes de futebol têm uma administrativo, gerencial, judicial, estrutural, gestão voltada para dentro, segundo Michael planejamento no qual envolve, política, suas Fauze Matar, no livro “Na Trave” pág. 34 , e limitações, serviços contratuais, produtos, raramente orientada para o mercado externo em marketing, um universo em que o essencial é função de sua natureza associativa, para atender apresentado por atributos sólidos, em que a boa a interesses de sócios, conselheiros e diretores, já gestão é representada por dentre os quais a o modelo norte americano entendeu que desde responsabilidade, assertividade e transparência, cedo o esporte é um produto que, para ser algo que não é mostrado frequentemente na mídia rentabilizado, deve ser tratado com muito zelo e porém que têm sua devida importância. totalmente orientado por fora, para o mercado, o sucesso esportivo é resultado de um modelo de Michel Mattar, coordenador da pós- gestão fortemente orientado para negócios e graduação em Excelência em Gestão do Futebol mercado, altamente profissionalizados em todos da FIA (Fundação Instituto de Administração), que os seus níveis. vai capacitar dirigentes de acordo com prêmio de gestão do Movimento por um Futebol Melhor, Basta uma breve análise dos números analisou o momento dos clubes brasileiros (Lance, publicados pelos clubes em seus balanços para 2017). identificar claramente esta situação, trata-se de um problema sistêmico, a maioria dos clubes - Quem conhece e acompanha mais de brasileiros assumem a postura de consumir mais perto as questões relacionadas à gestão dos do que arrecadam na formação de equipes clubes de futebol no Brasil sabe que há muito competitivas para obterem resultados esportivos, e tempo o comando destas instituições é alvo de com isso, acarretam todos os seus paradoxos questionamentos quanto à sua eficácia, gerenciais. transparência e responsabilidade financeira e administrativa: a ausência da gestão profissional. Um clube, por exemplo, pode ser administrado de forma totalmente amadora - É um equívoco acreditar que este (COSTA, 2007), com dirigentes dedicados àquele problema tenha origem simplesmente em uma contexto apenas por afinidade e durante o tempo suposta má fé inata por parte dos dirigentes, livre. Mas também pode ser gerido por grupo de atuando sempre de maneira irresponsável e investidores definidos por conta da abertura de dolosa. É verdade que não se pode dizer, também, seu capital na bolsa de valores, com uma que não existam tais perfis. Mas não são a perspectiva muito similar à realidade de uma maioria. O principal problema tem origem empresa de grande porte. Entre esses dois sistêmica e reside em dois aspectos essenciais: a modelos, existem vários tipos de conceitos e natureza jurídica destas instituições, e a relação possibilidades de modelos administrativos, que permissiva que elas mantiveram ao longo do podem se adequar à realidade ou aos objetivos da tempo com os principais clientes do futebol. agremiação brasileira como objeto desse estudo. Clubes são instituições privadas, Essas dimensões são grandes para o associativas, altamente politizadas, nas quais as mundo, em termos relativos, a possibilidade de posições de poder, ocupadas na grande maioria expansão é muito maior para o Brasil, segundo o das vezes de forma voluntária, são decididas por sítio Época em 2016, a primeira divisão do futebol meio de eleições internas que não levam em brasileiro registrou R$ 3,6 bilhões em receitas, a conta, necessariamente, o critério da meritocracia. soma dos faturamentos dos 20 clubes que Isto produz um profundo viés político no dia a dia disputaram o Campeonato Brasileiro, na da administração, afetando decisivamente a temporada de 2015. Apesar da crise econômica no qualidade da tomada de decisão gerencial e de país, os times da elite conseguiram aumentar sua negócios. Neles, as posições de comando são capacidade financeira em 26% na comparação usualmente ocupadas por dirigentes estatutários com 2014, quando a soma das mesmas equipes que não são necessariamente gestores, mas foi de R$ 2,85 bilhões, más apesar do estão gestores. crescimento, ainda está longe de se chegar ao O fator decisivo para o sucesso nível de grandes clubes de referência de gestão pesquisado de um clube ou competição é a mundial no futebol, segundo relata pesquisa do orientação da gestão praticada pelos seus site BBC (British Broadcasting Corporation) em dirigentes, o que não tem ocorrido, e o cenário 2013, o desempenho financeiro dos clubes atual retrata que os dirigentes dos grandes clubes brasileiros também é tímido, na comparação com são irresponsáveis na gestão fiscal e financeira, os europeus. que os clubes estão fortemente endividados, Ainda segundo relata o sítio BBC, um descompromisso com credores e recolhimento de

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levantamento da consultoria Deloitte apontou, no levantados pelo programa "Gestão de Campeão", início do ano, que o Corinthians é o primeiro time lançado há um ano pela Ambev em parceria com a do país a aparecer na lista dos mais ricos do empresa de auditoria Ernst & Young em 2018, o mundo (em 31º lugar) atrás de clubes de menor levantamento alega que: expressão na Europa, como o Sunderland, da • Quase 80% dos diretores de futebol não Inglaterra. “Os campeonatos europeus estão muito acompanham os treinos dos times profissionais e acima, o campeonato Inglês é o melhor do mundo, de base; comparar com eles não dá, porque aí a gente fica ridículo", lamenta o presidente do Atlético Mineiro, • 71% não têm metas de gestão Alexandre Kalil. "Podemos chegar lá só daqui a formalmente documentadas; uns 20 anos." • Nenhum clube faz acompanhamento formal das metas estipuladas; Objetivos • 86% não têm estruturas de cargos e salários definidos; Geral: • 93% não têm regras para despesas de - Identificar fatores limitantes da gestão viagem, hospedagem e alimentação; financeira dos clubes de futebol paulista da primeira divisão. • 39% não fazem controle das despesas de água e energia elétrica; Específicos: • 50% dos clubes não têm política de - Entender a literatura sobre a gestão do benefícios (vale-refeição, plano de saúde etc.) futebol brasileiro; para funcionários; - Identificar o modelo e a situação de • Nenhum clube faz pesquisa de satisfação gestão atual. entre seus funcionários; - Entender o levantamento financeiro dos • 64% dos clubes não fazem planejamento clubes. anual de marketing com metas definidas;

• 57% não realizam pesquisas que orientem Materiais e Métodos a atuação do departamento de marketing; Este projeto tem característica • 57% dos clubes não acompanham o exploratória, e foi utilizado como método de desempenho escolar de seus atletas das pesquisa o estudo bibliográfico, “A pesquisa categorias de base; bibliográfica é então feita com o intuito de levantar • 79% não oferecem cursos de idioma e um conhecimento disponível sobre teorias, a fim 64% não oferecem apoio psicológico para os de analisar, produzir ou explicar um objeto sendo jogadores da base; investigado. A pesquisa bibliográfica, visa então analisar as principais teorias de um tema, e pode • 93% dos clubes não dispõem de dados ser realizada com diferentes finalidades” (CHIARA, demográficos detalhados sobre seus sócio KAIMEN, et al., 2008). Partindo desses conceitos, torcedores. esse estudo foi elaborado, principalmente, por O objetivo do programa é premiar os clubes meio da bibliografia existente sobre o futebol, que demonstrem as melhores práticas de gestão, permitindo análises persistentes. o que não tem ocorrido. O trabalho de pesquisa foi realizado por meio de pesquisa em material já publicado, como Principais resultados da atual situação artigos, livros, revistas especializadas e conteúdo financeira dos clubes paulistas: cedido pela internet por sítios esportivos nacionais • Corinthians foi a equipe do estado de São e estrangeiros. Paulo, que terminou o ano com mais dívidas registradas em cartório; • Resultados A principal fonte de ganho do São Paulo, é a venda de jogadores; Os resultados qualitativos foram organizados em tópicos, descrevendo a gestão • O santos tem uma dívida que supera os dos principais clubes do futebol brasileiro paulista 400 milhões; como relata a reportagem feita pelo sítio Globo • As mudanças nos contratos dos jogadores Esporte, e como está longe de ser profissional, o do Palmeiras, pagos pelo seu patrocinador Crefisa resultado pode ser tirada a partir de dados geraram uma dívida de quase 120 milhões.

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Segundo estimativas da empresa Sports Value, especializada em marketing esportivo, que lançou um estudo sobre as finanças dos clubes brasileiros em 2017, fez o levantamento do volume total gerado do mercado atualmente, considerado as receitas dos clubes das 27 federações estaduais e da CBF, é R$ 6,25 bilhões.

Discussão Toda a discussão referente ao futebol brasileiro atualmente, se trata de colocações, posições na tabela, qual clube é maior, qual clube possui mais torcedores, quais são as maiores contratações na janela de transferência, quais será a marca de patrocínio do uniforme que ostentará o escudo do time, esses são os principais assuntos no qual sempre rodearam os principais canais de informação esportivo, no qual os telespectadores

irão provir dessa informação e abranger mais Os 20 maiores clubes brasileiros, ainda ainda esse assunto tão popular e interessante. segundo Sports Value consultoria, são responsáveis por 81% do total. Os 20 times viram As dívidas dos clubes são enormes, suas receitas crescerem 4% em 2017. O volume segundo sítio Esporte Interativo, o Corinthians é o gerado pelos 20 times somados foi de R$ 5,05 time paulista com mais dívidas pendentes, o sítio bilhões no ano passado, frente aos R$ 4,85 alega que em 2017 o Corinthians foi bom no bilhões de 2016, as receitas com TV caíram 18% campeonato brasileiro, o Alvinegro terminou o ano em 2017, em virtude do registro realizado pelos como a equipe do estado de São Paulo com mais clubes com as luvas recebidas em 2016. Esses dívidas registradas em cartório. O levantamento valores não se repetiram em 2017. As receitas feito no mesmo ano, pela Folha de São Paulo, com transferências cresceram 40% passando, de verificou 53 protestos por falta de pagamento ao R$ 960 milhões no ano passado segundo Sports Alvinegro. Value. Entre as dívidas do Corinthians, levantamento feito pelo jornal Folha São Paulo, existem protestos de empresas de serralheria, serviços de limpeza e até mesmo da compra de grama junto a uma empresa de paisagismo. No total, os valores são na casa dos 800 mil reais. O São Paulo é o segundo colocado no quesito, com 31 registros, mas com valor total de "apenas" 240 mil reais em dívidas. Já o Santos tem apenas um protesto contra seu nome, de menos de cem reais,

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enquanto o Palmeiras terminou o ano sem aplicar metade do que for arrecadado nas nenhuma dívida nos cartórios do país. transações em reforços, como aponta o sítio (Lance, 2017): Outro clube a ser apontado é o São Paulo Futebol Clube, segundo relatório da nova diretoria Em discussão com a diretoria de futebol, do time, que consta no sítio oficial do SPFC, no com a aprovação do presidente Carlos Augusto de âmbito da restruturação financeira, no balanço Barros e Silva, decidiu-se, primeiramente, manter patrimonial referente ao exercício de 2015, o São ou elevar a capacidade do time de conquistar Paulo se viu com défici t de R$ 72 milhões. títulos, como sempre ocorreu com o São Paulo. Há prioridade no futebol, mas, ao mesmo tempo, Um ano depois, no balanço referente ao responsabilidade financeira. Temos de balancear e exercício de 2016, a demonstração de decidimos que, do montante vindo de jogadores recuperação foi clara ao se apontar que o clube que foram vendidos, 50% serão reaplicados na encerrou o período com superávi t de R$ 1 milhão. compra de atletas - disse o diretor executivo No dia 23 de março deste ano, o Conselho financeiro Elias Barquete Albarello à rádio Globo Deliberativo aprovou o balanço referente ao em 2017. exercício de 2017, que apontou superávit de R$ 15 milhões. A evolução da performance financeira A dívida total passou de R$ 142 milhões do clube ano a ano, demonstrada por seus para R$ 80 milhões. O orçamento aprovado em balanços, atesta o compromisso da instituição e da dezembro do ano passado tinha como resultado Diretoria. um déficit de R$ 7,5 milhões e, agora, falamos em superávit de R$ 15 a R$ 20 milhões. Havia a Em dezembro de 2015, uma auditoria da previsão de captação de recursos, a maior parte Price Waterhouse Coopers indicou que a dívida de bancos, de R$ 70 milhões, e fizemos isso na total do São Paulo era de R$ 247 milhões. Deste ordem de R$ 25 milhões. Grande parte disso é montante, R$ 77 milhões relacionados a débitos resultante da venda de jogadores e do esforço na tributários foram equacionados com a adesão ao redução de despesas - falou o diretor financeiro. Profut. Hoje, a dívida total do clube, descontada a Nosso objetivo é zerar totalmente a dívida entre parcela equacionada no Profut (Programa de 2018 e 2019. Para isso, necessitamos de Modernização da Gestão e de Responsabilidade recursos. Contamos com as vendas de jogadores, Fiscal do Futebol Brasileiro), está na casa dos R$ mas sem desmantelar time. Podemos olhar para 90 milhões. A dívida bancária, por sua vez, está jogadores que não serão utilizados. Precisamos em R$ 45 milhões. ser criativos e captar recursos, aumentar a busca por patrocínios, um novo contrato de fornecimento de uniforme. E é bom lembrar que não temos controle sobre a pretensão do atleta de ser vendido. Segundo a rádio Globo, Albarello, executivo financeiro, admite que é possível que ocorram mais contratações já nos primeiros meses da temporada, dependo da performance financeira do clube na temporada, de zerar dívida até 2019 e usar 50% das vendas em reforços. A diminuição da dívida só foi possível pela expressiva soma acumulada com as vendas de David Neres, em 2017, para o Ajax por 15 milhões de euros (R$ 50,7 milhões), Lyanco para o Torino, acordo foi fechado em 6 milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões), Luiz Araújo para o Lille, foi

negociado por € 10,5 milhões (R$ 38 milhões), Porém, apesar da evolução, o time ainda Augusto Galván para o Real Madrid 3 milhões de se encontra no vermelho com uma dívida de R$ 93 euros (R$ 9,6 milhões), Thiago Mendes o valor é milhões, segundo o relatório oficial do clube de de € 7,5 milhões (R$ 27,1 milhões) também para o 2018, o clube quer voltar a conquistar títulos e, ao Lille da França, Maicon para o Galatasaray por 7 mesmo tempo, ficar sem dívidas. Essa é a meta milhões de euros (R$ 25,2 milhões) e Centurión do São Paulo que, do ponto de vista econômico, para o Genoa 3,5 milhões de euros (quase R$ 13 sente que teve um bom ano em 2017, milhões) por 70% dos direitos econômicos, conseguindo R$ 156 milhões com a venda de segundo Sítio Globo Esporte em 2017. A quantia atletas na temporada. E a ideia é manter-se total arrecadada nessas negociações foi de R$ negociando jogadores, mas não os titulares, e 184,5 milhões. Descontados impostos,

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participações de terceiros (que detinham parte dos por danos morais e materiais, porém pode direitos dos atletas) e comissões, o clube recebeu depreciar a dívida em parcelas. A questão é que R$ 162,8 milhões. apesar do forte poder financeiro de suas parcerias, o clube não reflete o grande investimento no Só que engana-se quem acha que o São campo, acaba se tornando um time só com Paulo vai receber essa bolada de uma vez. O dinheiro, como se tornou o Paris Saint Germain, clube vai ter de esperar dois anos para ver esse apenas um clube com jogadores. dinheiro entrar nos seus cofres, já que algumas vendas foram parceladas. A situação também não está diferente para o Santos FC, demonstrando mais uma vez que os Com a movimentação da nova diretoria e clubes paulistas, usados como exemplo, pois são os resultados notáveis, demonstra interesse no considerados os times com mais potencial no melhoramento da economia do clube, mas se campeonato, levando como base as últimas analisarmos a situação, na realidade não é boa, classificações da tabela do campeonato brasileiro pois o cenário dos clubes de futebol brasileiro não de 2017, o time do Santos está com soma de são de eficiência, e sim de dívidas e lutas para dívidas, e vendas de jogadores, não garante a virar o ano no azul. quitação dos débitos nos últimos anos, conhecido Outro clube paulista com situação como um clube revelador de craques. semelhante é o Palmeiras, que segundo Maurício O Santos tem se “salvado” com a venda Galiotte, em 2018, presidente do Palmeiras, de bons jogadores que são revelados pela base admite que a mudança nos contratos dos do time e vendidos para o futebol europeu, porém, jogadores pagos pela Crefisa gerou ao clube uma entre 2012 e 2015, foram três anos seguidos dívida de quase R$ 120 milhões. Ainda assim, o decorrente da diretoria antiga do time, prejuízos dirigente diz que a situação é confortável e há milionários e a projeção para a atual temporada tempo suficiente para pagar à patrocinadora. não é nada confortável. Depois de terminar 2016 “É um compromisso futuro, sim, mas uma com um superávit de pouco mais de R$ 54 dívida coberta. Temos o ativo, que são os milhões o clube tem em 2017 uma conta indigesta: jogadores. Esta é uma operação casada, porque o são R$ 140 milhões em contas a pagar, mas Palmeiras devolve o dinheiro assim que vender os apenas R$ 18,4 milhões de valores a receber. atletas. Na verdade isto já era contemplado no - A situação é preocupante. Mais uma vez, contrato anterior”, respondeu Maurício. o Santos vai ter de vender atletas para fazer o Em 2018, o Conselho Deliberativo do caixa deste ano", avaliou Pedro Daniel, executivo Palmeiras, também conhecido como Alviverde, de gestão esportiva da BDO, empresa de aprovou por unanimidade o balanço de 2017, consultoria esportiva, que analisou as finanças do mesmo com questionamentos antes da votação Santos dos últimos cinco temporadas a pedido do sobre a mudança do contrato da Crefisa. O clube Estado. “O Santos está muito dependente de faturou R$ 531 milhões no ano passado, o novas receitas. O superávit de 2016 está longe de segundo maior faturamento, de acordo com parecer ser uma solução para as finanças do estudo do banco Itaú BBA em 2017, Flamengo e clube. Palmeiras geraram R$ 237 milhões de caixa em Com a venda de e Gabriel para o 2016 (R$ 129 milhões dos cariocas, R$ 108 futebol europeu, e de Geuvânio para o futebol milhões dos paulistas), contra R$ 29 milhões dos chinês, a receita do clube de 2013 foi outros 25 clubes estudados. Esse valor é do lucro correspondente a 33%, entretanto, a venda dos antes dos juros, impostos e amortizações. jogadores não foi o suficiente para quitar os Palmeiras tendo entre os clubes do Brasil poder de débitos do time Alvinegro. Em 2016 mesmo tendo compra do futebol brasileiro, e de possuir a maior rendido uma fortuna de cerca de 140 milhões, o arrecadação em bilheteria e o maior patrocinador clube terminou o ano com pouco mais de 1 milhão do Brasil, o Palmeiras enfrenta uma fase ruim nos em caixa. tribunais. O passivo do clube, relacionado a processos cíveis e trabalhistas, aumentou em R$ Pedro Daniel executivo de gestão 90 milhões em um ano. esportiva da BDO (Binder Dijker Otte), diz que o Santos está refém das receitas com negociações Ainda que tenha um superávit nos últimos de jogadores, apesar de ser uma fonte importante 12 meses, o Alviverde viu a conta dos processos para qualquer clube, a fonte de renda de uma subir de R$ 223 milhões em dezembro de 2015 associação esportiva não pode prover de uma só para R$ 313 milhões em dezembro de 2016, fonte, o melhor fluxo de caixa de um clube é que segundo informações do jornalista Jorge Nicola, ele tenha contratos que tragam dinheiro da Rádio Bandeirantes. O clube tem dívidas com recorrente, como patrocínios, bilheteria e contratos multas rescisórias, salários atrasados, direitos de de televisão. imagem e direitos de arena, além de processos

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O presidente do Santos, José Carlos Palmeiras e Santos. Peres, disse que a dívida do clube “é impagável”, Segue abaixo lista de alguns fatores que após a reunião do Conselho Deliberativo realizado se apresentam como limitadoras para os clubes este ano. Sem citar números, ele disse que o exerçam uma administração eficiente e “patrão (Santos Futebol Clube) está quebrado” e profissional: que sua administração está fazendo um choque de gestão nas finanças do clube. • Os Clubes Brasileiros Paulistas são O presidente do Santos disse que o clube organizações associativas, baseadas na gestão ainda na reunião do Conselho, abriga muita gente voluntária; que tem emprego no clube, mas nosso patrão está • Os clubes de futebol Paulistas apresentam quebrado. O Santos tem uma máquina que é três uma estrutura gerencial complexa, misturando ou quatro vezes maior que o tamanho dele, temos atividades sociais e amadoras com a gestão do que enxugar, doa a quem doer, disse Peres futebol profissional; presidente do Santos, sobre as demissões realizadas desde que assumiu o comando do • A forte disputa pelo poder, já que são Peixe em 2018. Segundo ele, as demissões e instituições politizadas; cortes realizados até agora proporcionaram uma • A maior parte da dívida dos clubes economia de R$ 29 milhões por ano ao clube. paulistas refere-se a impostos atrasados e não - Estamos fazendo um choque de gestão e recolhidos. isso é a coisa mais dolorosa que se pode fazer. Quando você demite, tem uma família atrás da pessoa, nós entendemos, mas o patrão está Aspectos financeiros dos clubes Paulistas da morrendo. Se não arrumarmos isso, não vamos ter séria A atualmente: Santos por muito tempo. Santos Futebol Clube O presidente afirmou também que o Santos O Santos FC têm uma dívida que supera tem de ser autossustentável. “Quando assumimos os R$ 400 milhões, e a auditoria do clube vê o nenhum banco queria emprestar ao Santos, hoje risco de falência do Santos segundo publicado no qualquer um empresta.” sítio Diário do Peixe em 27 de Abril de 2018, A nova diretoria do Santos aparenta estar segundo auditoria da empresa Macso Legate, preocupada com a gestão do clube, criticou e indicada pelo clube para auditar o balanço do ressaltou que a dívida do clube vêm de gestões último ano da gestão do ex-presidente Modesto antigas. Roma Júnior. De acordo com o levantamento do relatório, o Santos apresentou um superávi t de R$ 2,9 milhões em 2017, mas segue com passivo descoberto de R$ 224 milhões e passivo circulante de R$ 178 milhões (totalizando R$ 402 milhões). A receita total do Peixe, de acordo com o balanço, foi de R$ 287 milhões, sendo R$ 136 milhões com direitos de TV e publicidade, R$ 78,6 milhões com negociações de direitos de atletas e R$ 25,9 milhões com receitas de jogos (além de R$ 46 milhões com outras receitas). Ainda de acordo com a auditoria, o Santos para manter o equilíbrio econômico financeiro e da posição patrimonial do clube, deve tomar as seguintes medidas para o ano de 2018: – Ter uma administração financeira severa, responsável e profissional; – Planejar e efetuar um intensivo controle orçamentário por departamento;

Segundo a Soccer Footbal Finance em – Renegociar as dívidas bancárias e com levantamento dos clubes financeiramente mais terceiros, obtendo condições mais favoráveis poderosos do mundo em 2017, o Corinthians se como redução de juros e encargos; encontra na 71° posição, a frente do São Paulo, – Elevar as receitas de marketing e

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licenciamentos, com ações que deem condições não foram repassados à Receita Federal. Esses para que possamos prospectar as melhores R$ 19,5 milhões é o que a gente pagou, disse o oportunidades de mercado; Presidente José Carlos Peres (Santos Play, 2018). – Estimular fortemente a participação dos Segundo o projeto do presidente, a ideia sócios nos jogos, aumentando assim a base de veio do seu concorrente nas eleições para associados no Programa Sócio Rei, obtendo presidente de 2018, Nabil Khaznadar, a ideia de recursos através de empresas parceiras para Nabil consiste em preparar o clube para a proporcionar experiências únicas aos sócios; sociedade anônima, como em grandes clubes europeus, a exemplo do Bayern de Munique, o – Elevar as receitas de jogos aprimorando clube alemão vendeu 8,5% para Audi, Allianz e cada vez mais as formas de comercialização dos Adidas. Um total de 25% negociado. A intenção ingressos e ação para atrair os torcedores; era comercializar até 49% do Santos, lucrar, – Implantar o suporte jurídico preventivo, profissionalizar a gestão, mas com a manutenção evitando assim os gastos com processos da tomada de decisões. O conselheiro afirma ter trabalhistas e cíveis. feito parte do processo de S.A de marcas como Hugo Boss, Ralph Lauren e Puma na vinda ao – Ter uma melhor avaliação dos atletas Brasil. das categorias de base, com o objetivo de facilitar o processo de aquisição de atletas no mercado Com novos patrocinadores e a procura pelo último anunciante, na manga, o time praiano – Honrar os compromissos tributários e estima mais de R$ 20 milhões com empresas no atender todas as exigências da APFUT para que uniforme. Atualmente, a configuração é a seguinte: possamos manter os benefícios obtidos pela Caixa no máster (R$ 11 milhões), Philco nas adesão ao PROFUT. costas (R$ 4 milhões), Algar na barra (R$ 2 – Implantar boas práticas administrativas e milhões) e Orthopride no número (R$ 500 mil por a captação dos profissionais, possibilitando um ano – R$ 1,5 milhão até 2020). Um total, hoje, de melhor desempenho, reforço dos controles R$ 17,5 milhões por temporada. internos e transparência para todas as atividades Segundo o sítio Época, o Santos se apoia – Melhoria dos processos informatizados em duas jogadas para fazer frente às cobranças. A integrando a área financeira, o que possibilitará primeira é vender jogadores. Thiago Maia saiu um melhor controle do fluxo de caixa. para o francês Lille na temporada passada e colocou R$ 36 milhões no caixa. Esse dinheiro foi Para minimizar a situação, as primeiras somado ao mecanismo de solidariedade de ações do presidente José Carlos Peres, foram o Neymar, de modo que o clube terminou o ano com corte de 300 funcionários do clube, que prevê uma R$ 79 milhões arrecadados a partir de jogadores. economia de R$ 30 milhões com pessoal por ano E a segunda, o clube toma empréstimos em e também acertou um acordo com a Globo para a instituições financeiras ou com outros meios, como venda de direitos de TV aberta, além de conseguir a Federação Paulista de Futebol (FPF), e começa um empréstimo para pagamento de dívidas com a a "rolar" as dívidas, a rolagem nada mais é do que União. usar esse dinheiro para renegociar dívidas Outra medida que provavelmente vai anteriores e alongar o prazo de pagamento delas. melhorar a situação do clube, é torná-lo um Clube- E para fazê-lo queimou receitas futuras, como a empresa, segundo divulgação do Sítio Oficial do que tinha para receber da Globo pelos direitos de Santos, o presidente José Carlos Peres, em transmissão do Campeonato Paulista, cujo entrevista ao canal Santos Play no dia 20 de maio contrato foi entregue na mão da federação paulista de 2018, revelou que pretende fazer o time uma como garantia pelo empréstimo de R$ 10 milhões. S/A (Sociedade Anônima), na qual até 49% das A conclusão foi tirada pela Macso Legate, auditoria ações do clube serão vendidas. Além de revelar contratada pelo clube para validar o balanço de que o Santos estuda virar empresa, Peres fez 2017. duas críticas aos presidentes anteriores. O dirigente disse que por pouco não acabou preso e comentou a atual situação financeira do clube, citando o alto número de impostos atrasados. - O clube foi saqueado. Se alguém tem alguma dúvida disso, convido a ir ao Santos, que abro todos os relatórios, meu fluxo de caixa. Quase fui preso porque respondo pelo clube. Tínhamos R$ 19,5 milhões de impostos atrasados. Temos todos os recibos de impostos retidos e que

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• A antecipação de receitas do Campeonato Paulista de 2018, feita pelo ex-presidente Modesto Roma em 2017, no valor de aproximadamente R$ 10,4 milhões; • A relação com empresários que detinham direitos econômicos sobre jogadores do Peixe, financiavam empréstimos cujas garantias sempre recaiam nos próprios direitos de atletas. Ainda que o clube esteja centrada na administração do presidente antecessor, a política mais atrapalha do que ajuda a nova gestão, cuja maior responsabilidade é estabilizar e dar credibilidade ao Santos.

São Paulo Futebol Clube

O São Paulo, também conhecido como O desempenho esportivo na temporada tricolor paulista, é o time que mais arrecadou com não foi nada mal, com a terceira colocação no transferências de jogadores no futebol moderno Brasileiro e a chegada até as quartas de final da brasileiro segundo repórter Rodrigo Capelo, que Libertadores e da . A folha salarial escreve sobre negócios no esporte e marketing alvinegra foi de R$ 120 milhões, um valor que, esportivo e já foi blogueiro do Globo Esporte, embora tenha sido consideravelmente elevado em editor da Máquina do Esporte e repórter da Época, relação ao histórico santista, representa apenas a para o sítio Época, relatou que o time paulista nos nona posição no ranking de investimentos em últimos 15 anos, desde 2003, conseguiu mais de salários da primeira divisão nacional. R$ 930 milhões com essa linha de receita. Talvez Os desdobramentos do balanço de 2017 por isso tenha desenvolvido o hábito de contar as ainda não acabaram. Financeiramente, o novo vendas de revelações para que a conta feche. presidente precisará encontrar soluções para os A gestão do São Paulo FC se destaca pela problemas que persistiram nas últimas ineficiência, ainda segundo Rodrigo Capelo, o administrações. E há também a repercussão orçamento depende das vendas de jogadores todo política. O Conselho Fiscal santista foi incisivo ano para não estourar as contas tricolores. A neste ano ao analisar e recomendar a reprovação previsão para 2018 conta de novo com R$ 90 das contas de Modesto (ex presidente do Santos) milhões em transferências para que o ano termine referentes a 2017. com superávit baixo. Existem riscos decorrentes Segundo relatório da Comissão de desse tipo de estratégia na gestão do futebol. O Inquérito e Sindicância do Santos, o parecer do primeiro é que, mesmo para um clube com um Conselho Fiscal traz, em um documento de seis histórico tão vendedor quanto o São Paulo, a páginas, 18 motivos para a reprovação das contas demanda por seus atletas é uma variável difícil de de 2017: planejar. Tanto que na temporada em que faturou menos com transferências, em 2015, quando • O endividamento de quase R$ 50 milhões, entraram R$ 41 milhões, o clube acabou a que equivale a 15,57% da receita orçada – temporada com um déficit superior a R$ 100 o limite previsto pelo Estatuto de Peixe é milhões. Basta que o elenco tricolor passe por de 10%; uma safra menos valorizada para que as finanças • A baixa arrecadação com a produção sejam ameaçadas. própria de material esportivo, que rendeu ao clube R$ 2,5 milhões, quando se esperava R$ 7,7 milhões. Além disso, oito mil kits de vestuário infantil não foram entregues ao clube; • O atraso de pouco mais de R$ 14,5 milhões em impostos relativos ao segundo semestre de 2017, que poderia caracterizar crime de apropriação indébita;

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Segundo Pedro Daniel, responsável pela área de esportes da BDO, em 2017, tudo o que entrou nos cofres do time do Morumbi, 39% saíram da comercialização dos atletas, índice O clube têm dívidas com os adversários superior aos dos outros clubes do estado. com quem negocia. Petros, Lucas Pratto, Maicosuel, Jucilei, Arboleda, todos esses jogadores deixaram dívidas a pagar com suas Íntegra do São Paulo Futebol Clube: respectivas ex-equipes. Ao todo são mais de R$ O São Paulo reduziu sua dívida bancária 77 milhões em aberto, um tipo de dívida que pela metade a partir de um trabalho de ÉPOCA classifica dentro de "outros", junto de recuperação financeira iniciado em outubro de débitos com empresários e fornecedores. O lado 2015, fruto de uma gestão responsável, que tem bom é que o São Paulo também tem um bom compromisso com o futuro do clube. A diretoria dinheiro a receber por atletas que vendeu, cerca tem o objetivo de quitar toda a dívida bancária até de R$ 109 milhões. o fim de 2019, desafio que está sendo perseguido O jornal Folha de São Paulo publicou em com condição de ser atingido, para que o clube maio de 2018, o faturamento dos quatro times supere a realidade do futebol brasileiro e não paulista da série A, o Tricolor Paulista foi o que tenha mais como necessárias as receitas em mais cresceu em 2017 entre os quatros grandes vendas de atletas. do estado: Em entrevista ao sítio o Estado de São Paulo em dezembro de 2018, o diretor executivo financeiro do clube, Elias Barquete Albarello, diz que o clube prevê poucas mudanças no atual time, que tem folha salarial considerada já no limite: R$ 12 milhões, ainda assim, Albarello afirma que o desempenho em campo precisa ser ponderado. “Não é que não podemos (fazer contratações). Isso depende da performance. Não podemos fazer com que o time deixe de disputar títulos em nome do que havíamos planejado (financeiramente). Hoje temos uma boa equipe e, com uma ou outra mudança, temos tudo para ter um bom 2018.”

Sport Club Corinthians Paulista A empresa Sports Value, especializada em marketing esportivo, lançou 03 de Maio de 2018, um novo estudo sobre as finanças dos Venda de jogadores do São Paulo ocupa clubes brasileiros em 2017 e o Corinthians esteve grande espaço no balanço em relação aos outros entre os clubes com maior queda em sua receita, grandes clubes paulistas:

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a arrecadação corintiana foi de R$ 391 milhões em 2017, uma diminuição de 19% comparado ao valor obtido em 2016. O Corinthians foi o pior clube com queda de receita como indica a representação da Sports Value Consultoria:

O estado financeiro do Corinthians em 2017 mostra algumas melhoras significativas. A Em entrevista ao Meu Timão (POR sua receita recorrente, sem considerar luvas por VINÍCIUS SOUZA E RODRIGO VESSON, 2018), novos contratos, nem vendas de jogadores, em Abril deste ano, o atual diretor financeiro do aumentou em 13% e chegou a R$ 293 milhões no Corinthians, Wesley Melo, culpou o fluxo de caixa total. A alta foi puxada pelo incremento das alvinegro como responsável pelos números receitas comerciais, compostas por patrocínios, preocupantes. licenciamentos e explorações comerciais. O contrato de televisão corintiano é um dos maiores - A maior dificuldade, sem dúvida, é o fluxo do país. Os títulos do Brasileiro e do Paulista de caixa. Estamos com um déficit mensal de R$ 8 elevaram as premiações. Todas essas receitas milhões, dependendo da venda de jogadores para compensaram parcialmente a ausência das melhorar a situação. Mas precisamos ter um time bilheterias, que continuam a ser destinadas para a forte, não podemos perder um Fagner, um dívida do estádio, e o programa de sócios Balbuena, um Rodriguinho. O que torço é para que torcedores, que ainda opera abaixo de sua o marketing e o Rosenberg (diretor do capacidade. Com as transferências de atletas departamento) tragam dinheiro novo . feitas no decorrer da temporada, o clube Que Também comentou a dificuldade conseguiu outros R$ 98 milhões. Os dois valores financeira que o clube enfrentou em 2017: citados neste parágrafo, somados, chegam aos R$ 391 milhões em faturamento na última temporada - O ano de 2017 foi bastante difícil fora de em que Roberto dirigiu o Corinthians segundo campo. Se dentro a equipe conseguiu dois títulos, Rodrigo Capelo para o Sítio Época em maio de fora a finança foi bem complicada. Não tivemos o 2018. patrocinador máster, não disputamos a Libertadores, ou seja, sem as rendas para o fundo para que tenham seus vencimentos alongados. A Arena Corinthians ainda não chegou a um status autossustentável, e em outras palavras, não consegue gerar receita suficiente para pagar sua despesa e as parcelas de seu endividamento sem prejudicar o futebol corintiano. Ainda segundo a análise de Rodrigo Capelo para o sítio Época, as finanças corintianas não foram sanadas neste meio tempo em que o mandatário presidiu o clube. O endividamento trabalhista e com fornecedores aperta o fluxo de

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caixa. É preciso conseguir muito dinheiro para que empresa pela Receita Federal por conta dos contratos esses compromissos sejam quitados sem com o clube relacionados a investimento em jogador. atrapalhar os investimentos no futebol. Para que se tenha uma ideia, o Corinthians tem R$ 205 O balanço do clube Alviverde Paulista explica milhões em dívidas de curto prazo, que precisam que por meio de aditivos contratuais celebrados, as ser pagas no decorrer de 2018 ou renegociadas partes passaram a reconhecer que os valores, tanto já recebidos quanto a receber, possuem características de Altamente dependente de sua bilheteria, o empréstimos e, portanto, os saldos dessas obrigações Alvinegro teme o hiato de 37 dias sem jogos deverão ser atualiza obrigações deverão ser oficiais no calendário. No mês de maio, R$ 6,9 atualizados, bem como ser integralmente restituídos à milhões (renda líquida) foram arrecadados em Crefisa nas condições e prazos contidos nos cinco partidas disputadas no estádio. Em março, o correspondentes aditivos” em 2017. montante foi de R$ 7,1 milhões de de acordo com o UOL Esportes em 26 de maio de 2018. A nova diretoria, empossada em fevereiro de 2018 com a eleição do presidente Andrés Sanchez, assumiu o compromisso de sanar as dívidas do clube e melhorar o fluxo de caixa nos próximos anos.

Sociedade Esportiva Palmeiras Segundo análise da BDO Esportes Total, empresa responsável pelo acompanhamento orçamentário do clube, mostra que o desempenho financeiro manteve a evolução dos últimos anos e faz o clube fechar a temporada em alta fora dos gramados. O Palmeiras teve um crescimento de R$ 67 milhões na sua dívida líquida em 2017, atingindo um total de R$ 462 milhões em 2017. Esse valor subirá mais no início de 2018 com a inclusão de novos débitos com a Crefisa por mudanças contratuais.

Segundo Rodrigo Capelo para o sítio A gestão de Maurício Galiotte tem se Época, em maio de 2018, o clube é o que mais caracterizado por um crescimento das rendas, ligadas a gasta na remuneração de seus jogadores. Foram patrocínio e bilheteria segundo Rodrigo Mattos, R$ 222 milhões despendidos em 2017, soma de blogueiro do sítio UOL Esportes em maio de 2018, o salários e direitos de imagem que só o Flamengo clube tem reduzido o débito total com o ex-presidente chega perto. O Palmeiras é, também, o brasileiro Paulo Nobre. A questão é que outras dívidas que mais investiu na aquisição de novos atletas. relacionadas à Crefisa. Nisso nem o Flamengo se aproxima. É uma

espécie de Chelsea brasileiro. E, tal qual o colega Um levantamento da consultoria BDO mostra britânico que passou a vencer depois de ter que o débito palmeirense foi o que mais cresceu entre injetados os bilhões do russo Roman os times paulistas nos últimos cinco anos, embora a Abrahamovic, a performance esportiva alviverde receita tenha crescido também em ritmo forte. O débito melhorou drasticamente. Em 2014, ano da alviverde cresceu principalmente por conta dos itens fabricação da tal caneta, os paulistas escaparam antecipação de contratos de publicidade e valores a do rebaixamento no Brasileiro só na última rodada pagar por negociações de jogadores. Neste primeiro – e com um empate. Em 2017, a equipe terminou item, houve um aumento de R$ 18,1 milhões para R$ m segundo lugar e sobreviveu até as oitavas de 103 milhões em adiamentos de patrocínios. final da Libertadores. A questão, aí, é se Galiotte

tem mantido também a responsabilidade. O departamento de comunicações do

Palmeiras esclareceu que esse aumento nas Ainda segundo Rodrigo Capelo o Palmei- antecipações deve-se ao registro de investimentos pela ras teve na temporada passada mais uma vez um Crefisa em jogadores, e o clube considera que era faturamento acima do meio bilhão de reais. Foi o apenas um débito contábil. Segundo o balanço, o efeito suficiente para que o clube pagasse todos os in- das mudanças contratuais entre Palmeiras e Crefisa só vestimentos que fez, na folha salarial e nos direitos ocorreu no início de 2018. No final do documento, o econômicos de novos jogadores, e ainda sobrasse clube conta que em janeiro houve a autuação da um superávit de R$ 57 milhões. Na prática, esse

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dinheiro que sobrou foi usado para pagar dívidas e qualificadas para exercerem funções viabilizar novos investimentos no ano seguinte. Ele administrativas com competência e não ficou parado na conta bancária alviverde. profissionalismo, a integridade e a gestão do clube Quando se avalia a origem do dinheiro, também se se põe em risco, sofrendo severas consequências, vê uma distribuição saudável das receitas. A tele- pois como a estrutura organizacional de um clube visão correspondeu por um terço do faturamento. funciona com critérios políticos, a busca pelo A Crefisa e seu patrocínio, o maior do país, tam- poder se torna mais interessante que o bem bém por apenas um terço do total. A torcida, uma comum e o interesse em elevar cifras, e também a linha que agrega as bilheterias do Allianz Parque e atender o público externo (Torcedores, televisão, o programa de associação, outro terço. Premia- patrocinadores, parceiros, investidores, agentes, ções e transferências de jogadores, inconstantes, empresários etc.) a busca pelo poder toma outras ajudam, mas representam pouco. proporções.

Uma das consequências de se ter um Porém, o Palmeiras teve sua gestão reco- ambiente altamente politizados nos clubes nhecida como a melhor do futebol brasileiro pela paulistas, é a alta rotatividade de comando, ou Ambev, cujo prêmio Gestão de Campeão teve seja, quando a totalidade de posição do comando seus resultados apresentados dia 24 de abril. O é assumido por outro grupo de dirigentes, já que o Palmeiras foi considerado o melhor gestor por ter critério adotado é sempre político e não técnico, obtido a melhor média nessas quatro áreas. O não importa se o dirigente do mandato passado clube alviverde teve os melhores percentuais em efetuou um bom serviço em determinada área, ele três delas: comercial e marketing; futebol; e só- será substituído e não possivelmente por alguém cios-torcedores segundo relata o sítio o Globo. melhor, profissional, toda essa estrutura de clubes

se assemelham com o poder público atual Um resumo disponibilizado pelo sítio brasileiro. Globo Esporte em 11 de maio de 2015, concluí que o endividamento do Palmeiras foi baseado Os grandes clubes paulistas, como o São numa reclassificação dos atletas, os que eram do Paulo FC, têm como principal receita venda de parceiro e viraram do clube. O investimento no jogadores, ou seja, o clube não é prioridade e nem futebol profissional foi maior, por isso o superávit referência para se manter em alto nível, o futebol não foi tão grande. O Palmeiras teve uma grande brasileiro serve apenas de vitrine, para grandes venda em 2016, mas não em 2017. Mesmo assim, talentos serem comprados pelos clubes do futebol é possível considerar um bom ano para o internacional. O Brasil é o país do futebol, más não Alviverde, principalmente por causa da é atraente o bastante para ser modelo mundial. reclassificação dos jogadores. É o clube com maior patrocínio e receita de bilheteria no Brasil. Em uma entrevista com Cristiano Ronaldo, jogador do Real Madrid e cinco vezes ganhador da , para o Fred do canal do Youtube titulado “Desimpedidos” em fevereiro de 2018, o Conclusão: Youtuber indagou para o português se o mesmo O desenvolvimento do presente estudo jogaria no Brasil, o jogador respondeu que o possibilitou uma análise de como é importante melhor futebol se encontra na Europa, por isso uma boa gestão financeira nos clubes paulistas não teria possibilidades de jogar na liga brasileira, que atuam na primeira divisão do futebol brasileiro. ou seja, os clubes brasileiros não são referências Além disso, também permitiu uma visão da mundiais, e pode se culpar o seu modelo, diferença dos modelos de gestão nacional, como estrutura e decisões administrativas. anda a atual situação econômica dos clubes, e de A sugestão para mudar tal situação, é a como os dirigentes pretendem solucionar os altos transformação do modelo associativo, para um níveis de endividamento, como é estruturado um modelo clube-empresa, este modelo já está sendo clube brasileiro, e o seu modelo de gestão estudado e discutido pelos diretores do Santos Um dos motivos para tal situação estar Futebol Clube como já ocorre em vários outros assim atualmente, é a estrutura de poder desses países, como Itália, Espanha e Alemanha, onde clubes, o estatuto prevê que as posições de cada clubes associativos tradicionais são assumidos por cargo de direção devem ser ocupadas por grandes investidores particulares, no qual o membros do quadro associativo, grande parte dos modelo associativo sem fins econômicos, ao se clubes brasileiros são associações, definidos por tornarem sociedades empresariais, passam a ter meio de eleições internas. Porém, o risco de se ter permitidos o lucro, e podem distribuí-lo entre seus pessoas mal qualificadas para tomarem decisões sócios e proprietários. equivocadas é alto.

Com a falta de indicações de pessoas Agradecimentos:

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Primeiramente a Deus por não me deixar tempo rígido, que além do seu suporte, buscou desistir e me dar forças, saúde e foco, sem o sempre melhorar e manter este artigo científico em mesmo não teria sido possível. nível de excelência, extraindo o melhor do seu orientando, motivando e enriquecendo com todos Ao suporte dos meus pais e amigos que os métodos e conteúdos disponíveis sobre o me apoiaram na escolha do tema. assunto. Ao orientador deste trabalho, Raimundo E todos que fizeram direta ou indiretamente Paravidine, por ter sido paciente e ao mesmo parte deste trabalho, muito obrigado!

Referências:

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SÃO PAULO QUER ZERAR DÍVIDA ATÉ 2019 E USAR 50% DAS VENDAS EM REFORÇOS. LANCE. Disponível em: www.terra.com.br/esportes/lance/sao-paulo-quer-zerar-divida-ate-2019-e-usar-50-das-vendas-em- reforcos,b75f6906a9c29b0756a7b7ef82d2ce5cmnpsdvys. Acessado em: 7 de maio de 2018.

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VENDAS DE JOGADORES IMPULSIONAM, E RECEITAS DE CLUBES ATINGEM VALOR RECORDE. OBO ESPORTE. Disponível em: www.globoesporte.globo.com/futebol/noticia/vendas-de-jogadores- impulsionam-e-receitas-de-clubes-atingem-valor-recorde.ghtml. Acessado em: 3 de junho de 2018.

SIMP .TCC /Sem.IC. 2018(13); 161-176 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210 176