Uma Nova Espécie De Hylodes Fitzinger Da Serra Da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil (Anura: Hylodidae)

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Uma Nova Espécie De Hylodes Fitzinger Da Serra Da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil (Anura: Hylodidae) Uma nova espécie de Hylodes Fitzinger da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil (Anura: Hylodidae) Hélio R. da Silva & Piktor Benmaman Laboratório de Herpetologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Caixa Postal 74524, 23851-970 Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected] ABSTRACT. A new Species of Hylodes Fitzinger from Serra da Mantiqueiraa, State of Minas Geraisais, Brazil (Anura: Hylodidae). We describe a new species of Hylodes Fitzinger, 1826 from Serra Negra, Municipality of Santa Bárbara do Monte Verde, State of Minas Gerais, southeastern Brazil. The new species is a member of the Hylodes lateristrigatus group, characterized by the following combination of traits: small size, snout truncated in dorsal and in lateral views, upper surface of finger discs without well developed scutes, dorsum and dorsal portion of thigh light olive-brown with dark blotches, and dark stripes in the thighs. The new species is distinguishable from the other species of the group by details of the advertisement call, and because it’s the first species registered for the genus that besides calling during the day, also calls at night. This is the first record of nocturnal call for the genus. Descriptions of vocalizations and information on natural history are provided. We also present a discussion on a possible patter of distribution of the genus relating to the highlands and today’s drainage systems. KEY WORDS. Advertisement call; distribution; drainage system; highlands. RESUMO. Descrevemos uma nova espécie de Hylodes da Serra Negra, Município de Santa Bárbara do Monte Verde, Minas Gerais, sudeste do Brasil. A nova espécie pertence ao grupo Hylodes lateristrigatus, apresentando as seguintes características distintivas: corpo pequeno, focinho truncado em vistas dorsal e lateral, escudos da superfície dorsal dos discos dos dedos pouco desenvolvidos, superfície dorsal do corpo e coxas marrom-oliváceo com manchas escuras no dorso e listras nas patas traseiras. A nova espécie se distingue das demais do grupo pelo número de notas e características físicas do canto de anúncio e por vocalizar tanto de dia quanto à noite. Este é o primeiro registro de vocalização noturna para o gênero. Apresentamos descrições da vocalização e informa- ções sobre a história natural da nova espécie. Discutimos a distribuição das espécies do gênero Hylodes, em relação às principais serras do leste do Brasil e seus sistemas de drenagem atuais. PALAVRAS-CHAVE. Canto de anúncio; distribuição; sistema de drenagem; terras altas. O gênero Hylodes Fitzinger, 1826 agrupa vinte e duas es- ras. Os sistemas fluviais em questão drenam diretamente para pécies nominais que ocorrem da Serra do Cipó, em Minas Ge- o mar, como é o caso dos riachos e rios da região sudeste, que rais, Sudeste do Brasil, até São Francisco de Paula, Rio Grande correm da Serra do Mar diretamente para o oceano, ou fazem do Sul, Região Sul (CANEDO & POMBAL 2007, FROST 2007). A distri- parte de um sistema fluvial maior, mais continental como é o buição conhecida para o gênero deve estender-se mais de 2000 caso dos tributários do Rio Paraíba do Sul que drenam a Serra km ao norte da área atualmente conhecida, considerando ma- do Mar e a Mantiqueira. Espécies do gênero podem ocorrer pró- terial de uma espécie ainda não descrita encontrado no Estado ximas ao nível do mar – e.g. Hylodes nasus (Lichtenstein, 1823) de Alagoas (NASCIMENTO et al. 2001). A maioria das espécies de – até acima dos 2000 m de altitude – e.g. H. ornatus (Bokermann, Hylodes tem distribuição entre os Estados de Minas Gerais, Es- 1967). O padrão de distribuição das espécies parece estar asso- pírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. O que pode tanto ser ciado as histórias biogeográficas das áreas montanhosas (Ser- resultado da grande concentração de pesquisadores e conse- ras do Mar, Mantiqueira, Espinhaço e Geral) do Leste do Brasil qüente incremento no número de expedições de coletas nestes (MAXSON & HEYER 1982). Um padrão semelhante foi encontrado Estados, como também da história geológica desta região, com para espécies de peixes (RIBEIRO 2006) que ocorrem em alguns efeitos sobre sua fauna e flora (ALMEIDA & CARNEIRO 1998). dos mesmos riachos onde encontramos Hylodes. As espécies do gênero Hylodes são todas ripárias, vivendo O gênero Hylodes encontra-se subdividido em quatro gru- nas margens de riachos e pequenos rios de floresta, que correm pos de espécies que são definidos com base na morfologia ex- em terrenos acidentados, frequentemente formando cachoei- terna e no colorido (HEYER 1982): H. grupo glaber (1 espécie), H. Revista Brasileira de Zoologia 25 (1): 89–99, March, 2008 90 H. R. da Silva & P. Benmaman grupo lateristrigatus (17 espécies), H. grupo mertensi (uma espé- trecho localizado no Município de Santa Bárbara do Monte cie) e H. grupo nasus (três espécies). Porém, o monofiletismo Verde, no Estado de Minas Gerais, Brasil (21º57’55,3”S; 43º49’ desses grupos é questionável (NUIN & VAL 2005). Embora os 51,2”W). A Serra é coberta por formações do complexo rupestre museus brasileiros abriguem um número elevado de espécies de altitude sobre quartzitos, associados a florestas estacionais ainda não descritas deste gênero (HADDAD & POMBAL 1995), a semideciduais e florestas ombrófilas densas montanas (VELLOSO maioria dos trabalhos descrevendo novas espécies foi feita com et al. 1991). Grande parte da área de floresta abaixo de 800 m base em material coletado em novas localidades. Doze espéci- de altitude foi derrubada e no lugar encontram-se plantações es, representando aproximadamente 50 por cento da diversi- de eucaliptos e pastagens. As áreas de floresta são visíveis a dade conhecida do grupo, foram descritas nos últimos 25 anos partir desta altitude até aproximadamente 2000 m (Figs 1 e 2). (FROST 2007), todas com base em material coletado de novas Os indivíduos da nova espécie foram coletados e observados localidades ao longo das “Serras” do leste brasileiro. Apresenta- em riachos de 1200 a 1500 m de altitude. Vários riachos mos a seguir a descrição de uma nova espécie do gênero Hylodes encachoeirados drenam a região até o Rio Preto, um dos prin- do grupo lateristrigatus para o Estado de Minas Gerais, no Mu- cipais tributários do Rio Paraíba do Sul. nicípio de Santa Bárbara do Monte Verde, na Serra da Mantiqueira, Brasil. Hylodes perere sp... nov. Figs 3-15 MATERIAL E MÉTODOS Material-tipo. Holótipo macho adulto, BRASIL, Minas Ge- Os espécimes tipo e o material comparativo analisado es- rais: Santa Bárbara de Monte Verde (1200 m, 21º57’55,3”S; tão depositados na Coleção de Herpetologia do Museu Nacio- 43º49’51,2”W), 13/IV/2006, Piktor Benmaman & Hélio Ricardo nal, Rio de Janeiro, Brasil (MNRJ) e são listados no Apêndice I. da Silva leg., (MNRJ 44776). Paratopotipos: todos coletados na As vocalizações da nova espécie foram gravadas com gravador mesma localidade do holótipo – MNRJ 44745, 44752, 44754, Sony TCM 5000EV e microfone Sennheiser condenser (K6/K6P), 44756, 44765, 44769, 44775, 44777, duas fêmeas e seis machos, utilizando-se fita K-7 de ferro com duração de 60 min, à tempe- todos adultos, X.1999, H.R. Silva & I. Fichberg leg.; MNRJ 44739, ratura do ar, que variou entre 23 e 25 ºC. Cinco indivíduos fo- 44742, 44743, 44744, 44750, 44753, 44758, 44759, 44760, ram gravados, todos no mesmo dia, e dessas gravações 26 44761, 44763, 44767, 44771, 44772, quatorze machos adultos, vocalizações foram utilizadas para a realização das análises do 22-24/IV/2004, P. Benmaman, H.R. Silva et al. leg.; MNRJ 44738, canto de anúncio. As gravações foram digitalizadas a 22 kHz 44740, 44741, 44746, 44747, 44748, 44749, 44751, 44755, com 16 bits em um Power Macintosh e analisadas com o progra- 44757, 44762, 44764, 44766, 44768, 44770, 44773, 44774, ma Canary 1.2. Os sonogramas foram obtidos com os parâmetros 44776, 44778, uma fêmea e dezoito machos, todos adultos, 13- “bandwidth de 344 Hz, comprimento de FFT de 256, sobreposição 16/IV/2006, P. Benmaman, H.R. Silva et al. leg. de 50% e “window flat top”. De cada exemplar foram retiradas Diagnose. Hylodes perere, espécie nova se distingue da as seguintes medidas em milímetros, com paquímetro digital maioria das outras espécies do grupo lateristrigatus (Tab. I) por Starrett: Comprimento Rostro-Cloacal (CRC); Comprimento da seu tamanho reduzido (CRC dos machos varia de 23,4 – 27,1 Cabeça (CC); Largura da Cabeça (LC); Diâmetro do Tímpano mm e das fêmeas de 23,9 até 28,4 mm), exceto de Hylodes (DT); Diâmetro do Olho (DO); Distância Interorbital (DIO); Dis- ornatus, H. aminicola e H. sazimai. H. perere se distingue de H. tância Olho-Narina (DON); Distância Internasal (DIN); Compri- ornatus por apresentar o ventre e do dorso de tonalidade mais mento do Fêmur (CF); Comprimento do Pé (CP) e Comprimen- clara. Enquanto em H. ornatus o dorso é marrom escuro com to da Tíbia (CT). As medidas seguem DUELLMAN (1970) e CEI (1980). uma mancha vertebral nítida, em H. perere o dorso é verde- Embora existam 17 espécies de Hylodes do grupo lateristrigatus oliváceo, com manchas marrom-claras dispersas. O ventre de (CANEDO & POMBAL 2007) para nossas comparações só utilizamos H. ornatus é marrom bem escuro, com manchas claras. O ven- H. amnicola Pombal, Feio & Haddad, 2002, H. ornatus (Bokermann, tre de H.perere é perolado, com manchas cinza-claras. H. perere 1967) e H. sazimai Haddad & Pombal, 1995. Essas são as espécies se distingue de H. sazimai por apresentar a pele do dorso lisa e mais próximas da nova espécie em relação ao tamanho (são as focinho trucado. H. perere se distingue também de H. amnicola menores espécies do grupo). Além disso, as duas primeiras são as pela coloração do ventre; enquanto em H. amnicola o ventre é que apresentam distribuição geográfica mais próximas a da nova todo claro, em H.
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