2 2 9 8 D 8 E 1 E D

Estado do Amazonas

Sub-Região do Juruá ANEXOS Município de Carauari PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE DESENVOLVIMENTO

TOMO 2/2

DOCUMENTOS ANEXOS AO PROJETO DE LEI

- PARTE IV: PRINCÍPIOS, DIRETRIZES ESTRATÉGICAS E OBJETIVOS SETORIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE CARAUARI

- PARTE V: SISTEMA DE GESTÃO DO PLANO

- PARTE VI: INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Estado do Amazonas ANEXOS

Sub-Região do Juruá

Município de Carauari

Documentos Anexos ao PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE DESENVOLVIMENTO TOMO 2/2

Formulação de ações integradas para o Desenvolvimento Sustentável do Município de Carauari, com a participação da população e com base em estudos, pesquisas e informações da Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Governo Estadual, Governo Federal, Iniciativa Privada e Organizações não-Governamentais.

Foto da capa: Sacado da Cidade de Carauari, foto aérea da frente da Cidade e foto da Praça e Igreja Matriz

Ilustrações e mapas: Charly Mota Fernandes - Núcleo Gestor da Elaboração do Plano Diretor / Prefeitura de Carauari

Município de Carauari/AM de 20 Junho de 2008 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

SUMÁRIO DA LEI E DOIS TOMOS (ANEXOS) COMPONENTES ANEXOS DO PLANO DIRETOR DE CARAUARI LEI E MENSAGEM

1 - Mensagem...... 3

2 - PFoto da capa: Sacado da Cidade de Carauari e Comunidade Rural de FloresFotos, ilustrações e mapas: Charly Mota Fernandes - Núcleo Gestor da Elaboração do Plano Diretor

/ Prefeitura de Carauarirojeto de Lei do Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de

Carauari...... 7 TOMO 1/2 T/2 INTRODUÇÃO...... 8

PARTE I: O CONTEXTO JURÍDICO...... 10 1 - A Constituição Federal e o Estatuto das Cidades e a Agenda 21...... 10 2 - A Constituição Estadual...... 13

3 - A Lei Orgânica do Município de Carauari...... 14 4 - Outros Dispositivos Legais...... 14

PARTE II: O CONTEXTO GEOPOLÍTICO...... 15 1 - A Amazônia Continental...... 15 2 - A Amazônia Brasileira...... 15 3 - A Região Norte...... 19 3.1 - Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) - 2003 - ONU...... 19 3.2 - Índice de Exclusão/Inclusão Social (IIS)...... 21 3.3 - Demandas & Carências...... 22 4 - O Estado do Amazonas...... 23 4.1 - As Áreas Protegidas do Amazonas...... 25 4.2 - As 9 Sub-Regiões Geopolíticas do Estado...... 26 4.3 - Sub-Região do Juruá...... 29

FGV/ISAE 3 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

PARTE III: O MUNICÍPIO DE CARAUARI...... 33 1 - Povoamento...... 33

1.1 - Síntese Histórica...... 33 ANEXOS 1.2 - O Ambiente Natural...... 39

1.3 - As Comunidades Rurais de Carauari...... 41 2 - Composição do Cenário Atual...... 43 2.1 - Dados Gerais...... 43 2.2 - Aspectos Conjunturais (População e Indicadores de Desenvolvimento)...... 43 2.3 - Aspectos Estruturais (Infraestruturas Setoriais)...... 49 2.3.1 - Componentes do Desenvolvimento da Infra-estrutura SÓCIO- CULTURAL...... 49 - Saúde...... 50 - Educação...... 64 - Cultura, Esporte e Lazer...... 80 - Promoção e Assistência Social...... 90 2.3.2 - Componentes do Desenvolvimento da Infra-Estrutura ECONOMICO-ECOLÓGICO...... 102 - Abastecimento...... 103 - Principais Atividades Econômicas...... 103 - Potencialidades & Projetos Concluídos, Iniciados e em Andamento...... 106 - Principais Necessidades para Alavancar o Desenvolvimento das Atividades Econômicas...... 111 2.3.3 - Componentes do Desenvolvimento da Infra-Estrutura FÍSICA BÁSICA...... 116 - Saneamento Ambiental...... 118 - Abastecimento de Água...... 119 - Drenagem Pluvial, Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos...... 119

FGV/ISAE 4 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

- Transportes: Acessibilidade, Mobilidades e Sistema Viário Urbano e Fluvial...... 124 - Habitação, Urbanismo e Paisagismo...... 127 ANEXOS - Energia e Comunicações...... 130 2.3.4 - Componentes do Desenvolvimento da Infra-Estrutura TERRITORIAL E INSTITUCIONAL...... 139 - Macrozoneamento Municipal Atual...... 140 - Unidades de Conservação da Natureza...... 141 - Terras Indígenas...... 143 - Uso e Ocupação do Solo Urbano...... 143 - Instrumentos de Política Urbana...... 144 - Regularização Fundiária...... 145 - Política Habitacional...... 145 - A Estrutura Organizacional da Prefeitura e o Plano Diretor...... 147 3 - Consolidação das Informações Fornecidas pela Sociedade...... 152

TOMO 2/2

INTRODUÇÃO...... 8

PARTE IV: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DIRETRIZE ESTRATÉGICAS, OBJETIVOS (GERAIS E SETORIAIS) E AÇÕES EXECUTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL...... 11 1 - Princípios Fundamentais, Diretrizes Estratégicas e Objetivos Gerais...... 11 2 - Objetivos Setorias Específicos...... 13 2.1 - Ações para reconfiguração operacional dos segmentos componentes do PLANEJAMENTO TERRITORIAL PARA O DESENVOLVIMENTO...... 14 2.1.1 - Macrozoneamento Rural e Urbano...... 15 2.1.2 - Uso e Ocupação do Solo Urbano...... 19 2.1.3 - Instrumentos de Política Urbana...... 22

FGV/ISAE 5 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

I - Adensamento Interno do Perímetro Urbano, pelo Adequado Uso e Ocupação do Solo...... 25 II - Áreas de Especial Interesse Social - AEIS’s...... 25 ANEXOS III - Usucapião Urbano...... 26 IV - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios...... 27 V - Direito de Preempção...... 28 VI - Direito de Superfície...... 28 VII - Tranferência do Direito de Construir...... 29 VIII - Operações Urbanas Consorciadas...... 29 IX - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV...... 30 X - Política Habitacional...... 31 XI - Regularização Fundiária...... 33 2.1.4 - Mobilidade, Acessibilidade e Mobiliário Urbano...... 35 2.1.5 - Infra-Estrutura dos Transportes Urbanos e Fluviais...... 37 2.1.6 - Qualificação de Áreas de Especial Interesse...... 38 2.2 - Ações para o fortalecimento dos segmentos componentes da INFRA- ESTRUTURA FÍSICA BÁSICA...... 40 2.2.1 - Saneamento Ambiental & Meio Ambiente...... 42 2.2.2 - Energia e Telecomunicações...... 50 2.3 - Ações para promoção dos segmentos componentes da Infra-Estrutura do

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO...... 53 2.3.1 - Atividades Econômicas do Setor Primário...... 56 2.3.2 - Atividades Econômicas dos Setores Secundário e Terciário...... 58 2.3.2.1 - Turismo...... 61 2.4 - Ações para vitalização dos segmentos componentes da Infra-Estrutura SÓCIO-CULTURAL...... 67 2.4.1 - Saúde...... 68 2.4.2 - Educação...... 71 2.4.3 - Esporte e Cultura...... 75 2.4.4 - Assistência e Promoção Social...... 77

FGV/ISAE 6 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

PARTE V: GESTÃO PARTICIPATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...... 88 1 - Poder Público Municipal + Sociedade = Gestão Participativa...... 88 2 - Um Modelo Objetivo de Gestão Pública...... 91 ANEXOS 2.1 - Atributos do Modelo...... 91 2.2 - Operacionalização do Conselho de Desenvolvimento Municipal...... 93 2.2.1 - Elementos para o Monitoramento & Avaliação dos Indicadores de Desenvolvimento...... 96 2.2.2 - Pesquisa para Aferição da Opinião Pública...... 99

Parte VI: COMPLEMENTOS...... 105 1 - Condicionantes Naturais & Desenvolvimento Sustentável...... 106 2 - Estratégias para o Desenvolvimento Regional...... 108 3 - Amazônia Brasileira: Biomas & Biodiversidade...... 108 4 - As Áreas Protegidas do Amazonas...... 112 5 - Metas do Milênio...... 114 6 - Notação de SAPF/UFAM...... 115 7 - Conceitos e Definições...... 115 8 - Principais Fontes de Consulta...... 120 9 - O Processo de Elaboração do Plano Diretor Participativo de Carauari...... 122 - Síntese Metodológica dos Trabalhos...... 122 - Registros...... 123

FGV/ISAE 7 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI ANEXOS

INTRODUÇÃO

s documentos que constituem o Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento de Carauari fazem parte de um conjunto de: Lei mais 2 Tomos, nos quais estão contidos a Lei e Mensagem do Prefeito à Câmara, e os seus Anexos (Tomos 1 e 2), onde estão sistema Otizados os temas que forneceram o suporte documental e legitimador do Plano, resulta- dos das leituras comunitária, técnica e jurídica do Município de Carauari, contendo a documentação de apoio didático a essas leituras e as análises conclusivas das mesmas, abordando os seguintes temas:

Lei e Mensagem

MENSAGEM DE LEI DO PLANO DIRETOR - expõe aspectos operacionais da metologia adotada durante o processo de elaboração, especificando os Fundamentos, Princípios, Diretrizes, Objetivos Setorias e as Ações de Governo para o processo de implementação do Plano.

Tomo 1

PARTE I: O CONTEXTO JURÍDICO - estabelece as bases legais que justificam a sua legitimi- dade social, inserindo-o e correlacionado-o com o ordenamento jurídico das esferas federal, estadual e municipal.

PARTE II: O CONTEXTO GEOPOLÍTICO - estabelece a contextualização do Município no âmbito da Amazônia Continental, até o âmbito regional, enfocando suas características singulares de desenvolvimento sustentável, levando em conta suas potencialidades e vocações.

PARTE III: O MUNICÍPIO DE CARAUARI - sistematiza a leitura da situação atual do Município, feita sob a visão crítica da população, com respaldo nos seus próprios conhecimentos sobre realidade local, subsidiada com informações e indicadores técnicos fornecidos pela Prefeitura e por órgãos credenciados em levantamentos de indicadores estruturais e conjunturais, a exemplo do IBGE, DATASUS, INEP, ISAE/FGV, dentre os principais. Vale salientar que a Lei do Plano Diretor e as demais

FGV/ISAE 8 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI normas legais conexas, foram embasadas nas informações contidas nas Partes III, IV e V, as quais representam o ponto focal do processo participativo.

Tomo 2 ANEXOS PARTE IV: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DIRETRIZES ESTRATÉGICAS, OBJETIVOS E AÇÕES EXECUTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL - conceitua, convenciona, norteia e sistematiza as ações programáticas direcionadas ao desenvolvimento municipal, de forma integral - na medida em que abrangendo todos os segmentos da estrutura administrativa - e devidamente pactuadas com a sociedade, com vistas ao desenvolvimento do Município durante os próximos 10 anos.

PARTE V: GESTÃO PARTICIPATIVAA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - esta- belece as bases administrativas que possibilitarão à Prefeitura a execução de uma gestão democrática do Plano, comprometida com os objetivos pactuados, tornando-o, de fato, um “Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal” com a participação de toda estrutura organizacional do Poder Executi- vo.

PARTE VI: COMPLEMENTOS - trata-se de um conjunto de informações que poderão servir de fonte de consulta imediata a respeito de alguns dos temas tratados nas partes centrais do Plano.

Com efeito, este Tomo 2, particularmente, representa a Agenda Executiva de Trabalho dos Órgãos da Administração Municipal e, como tal, deve ser entendido como um conjunto integrado de compromissos assumidos perante a população, os quais deverão ser implementados pelo Poder Exe- cutivo Municipal, durante os próximos e primeiros dez anos, com início a partir de agora.

Vale salientar que a metodologia participativa utilizada, tem como base os fundamentos do Esta- tuto das Cidades e a experiência adquirida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) / Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE) na elaboração de Planos de Desenvolvimento para municípios e regiões da Amazônia Ocidental, no período de 2000 a 2004, para o Ministério da Defesa. Nesse perío- do, foram atendidas três regiões e vinte e seis municípios, todos localizados na área de atuação do Programa Calha Norte (PCN), do Ministério da Defesa.

Nesse sentido, o Núcleo Gestor, responsável pela elaboração do presente Plano Diretor, dividiu os segmentos da administração municipal em quatro grandes grupos de discussão setoriais que, por sua vez, se subdividiram em subsetores afins, aos quais a população teve a oportunidade de participar de todos, pois cada grupo promoveu debates em dias, locais e horários diferentes, justamente para viabilizar a participação de todos, em todos os grupos.

Prefeitura de Carauari Grupo Gestor da Elaboração do Plano Diretor

FGV/ISAE 9 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI ANEXOS PARTE IV PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DIRETRIZES ESTRATÉGI- CAS, OBJETIVOS (GERAIS E SETORIAIS) E AÇÕES EXE- CUTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

esta parte do Plano foram integrados e sistematizados os dados produzi- dos pelas leituras comunitárias e técnicas, a fim de transformá-lo em um instrumento básico da política de desenvolvimento municipal. Assim, aqui N foram levados em conta dois parâmetros principais: a) - análise e explicitação dos temas setoriais mais relevantes, pois são estruturantes e estratégicos para o futuro do Município; b) - análise de viabilidade para implementação das ações propostas, com base nas possibilidades orçamentárias e na evolução da arrecadação municipal; A integração e sistematização desses dados serviram de base para a for- mulação final dos Princípios Fundamentais e das Diretrizes Estratégicas que balizarão os Objetivos e Ações Setoriais do Plano Diretor, durante os próximos dez anos, cujas definições são as seguintes:

- PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, dizem respeito às bases nas quais estão assentadas o processo de elaboração do Plano, na medida em que são resultantes de normas jurídicas constitucionais, de pesquisas técnicas e da participação ativa da sociedade, e dizem respeito aos conceitos que servirão de premissas operacionais para o processo de desenvolvimento urbano e rural do Município.

- DIRETRIZES ESTRATÉGICAS, dizem respeito ao conjunto de programas que deverão orientar as ações setoriais do Plano, buscando maiores e melhores resultados sociais dos recursos a serem mobilizados.

- OBJETIVOS GERAIS E SETORIAIS, dizem respeito às ações concretas dos projetos e atividades a serem implementadas, com o propósito de beneficar e suprir necessidades da sociedade urbana e rural do Município, com suporte nos Princípios Fundamentais e nas Diretrizes Estratégicas de Desenvolvimento que permeiam e substanciam o Plano.

FGV/ISAE 10 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

1 - Princípios Fundamentais, Diretrizes Estratégicas e Objetivos Gerais

ão Princípios Fundamentais do presente Plano Diretor Participativo: ANEXOS I - As disposições da Constituição Federal, da Lei Federal 10.257/2001- Estatuto das Cidades, da Constituição do Estado do Amazonas e da Lei Orgânica do Município de Carauari (AM), Sorientando a Administração Municipal em sua missão socioeconômica e política de promover o desenvolvimento municipal, contando com a efetiva participação da sociedade local; II - Macrovisão do contexto geopolítico do Município - onde coexistem a Amazônia Continen- tal, a Amazônia Brasileira, a Região Norte, o Estado do Amazonas e a Sub-Região do Juruá onde se insere Carauari - com vistas a serem consideradas as potencialidades e as limitações naturais que fazem parte das singularidades do Continente Amazônico, incluindo o contexto jurídico-institucional que permeia a sua realidade objetiva; III - Não obstante aos esforços dos governos Federal, Estadual e Municipal, o desenvolvi- mento socioeconômico de Carauari nas últimas décadas, tem-se traduzido em ganhos sociais diminu- tos para população, como acontece na maioria dos municípios amazonenses. O Município carece de empreendimentos econômicos capazes de vitalizar a produção local a fim de assegurar o surgimento de um sistema econômico sustentável que promova a geração de melhores indicadores de emprego, renda e qualidade de vida. Nesse sentido, o Plano entende como sendo de fundamental importância, a necessidade de ser iniciada a implementação de um modelo endógeno* de desenvolvimento susten- tável, que terá por base a exploração econômica inteligente dos recursos naturais de Carauari, particu- larmente agora, quando a Petrobras reiniciará suas ações operacionais na região, com planos para exploração de gás e petróleo descobertos em 1978, com início da produção prevista para 2010.

ão Diretrizes Estratégicas norteadoras do presente Plano Diretor Participativo: I - Cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade, tanto privada como pública, com abrangência de todo o território municipal (zonas urbana e rural). As funções Ssociais da cidade e da propriedade são definidas a partir da destinação de cada porção do território do município, de forma a garantir: a) - o direito à moradia e inclusão territorial, assegurando às camadas mais pobres da sociedade o acesso à terra urbanizada, bem localizada e com regularização fundiária, com vistas à produção de moradias e melhoramentos das já existentes; b) - a universalização do acesso à educação, saúde e saneamento básico - água potável, esgotamento sanitário domiciliar, manejo adequado das águas pluviais e a coleta e disposição de resíduos sólidos - de forma integrada às políticas ambientais, de recursos hídricos e de saúde pública;

( * ) - O desenvolvimento endógeno é uma uma extensão conceitual e operacional do desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento endógeno deve ser construído à base dos recursos locais (embora não exclusivamente), particularmente as potencialidades naturais, a força de trabalho e o conhecimento das singularidades do universo socioeconômico e ambiental da área.

FGV/ISAE 11 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

c) - espaços coletivos de suporte à vida na cidade e nas comunidades rurais, definindo áreas para atender as necessidades da população em termos de equipamentos e serviços públicos, mobilidade, e transporte, bem como áreas de proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; ANEXOS II - Fomento dos mecanismos de formação, capacitação e aperfeiçoamento constante do capital humano municipal, pari passo com a utilização coerente e sustentável das potencialidades naturais, visando a promoção dos fatores sócio-econômico-ecológico do processo de desenvolvimento endógeno municipal, com a conseqüente estruturação vitalizadora do mercado interno local, implican- do na real possibilidade de geração de trabalho, renda e elevação de vida da sociedade; III - Criação, no âmbito da adminstração pública, de condições favoráveis para empre- endimentos oriundos da sociedade, visando estimular o seu desenvolvimento, por meio do aprimoramento dos mecanismos operacionais da gestão municipal, instando igual empenho dos níveis estadual e federal; IV - Transformação da estrutura social do Município, ampliando os benefícios sociais decor- rentes do seu processo de desenvolvimento e fazendo-os chegar a parcelas cada vez maiores da população, de modo a reduzir as desigualdades existentes. V - Observância dos termos da Resolução n0 34 de 01/07/2005, do Conselho das Cidades - órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, que emite orientações e recomendações sobre a aplicação do Estatuto das Cidades, integrante da estrutura do Ministério das Cidades - ao considerar: a) - que o conteúdo de cada Plano Diretor é diferenciado, de forma a respeitar o porte do município, sua história e a região onde se insere; b) - que é função do Estado prover condições indispensáveis para o pleno exercício da saúde pois esta tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, e o acesso aos bens e serviços essenciais, de acordo com a Lei Federal nº 8.080/90.

ão Objetivos Gerais do presente Plano Diretor Participativo, com vistas a materializar as políticas públicas que o constituem: I - Investimentos em programas e projetos de vitalização das infra-estruturas social e Sfísica da sede municipal e das comunidades rurais, em conjunto com a instituição de instrumentos específicos de uso e ocupação do solo urbano e rural, ampliando a oferta de serviços e equipamentos públicos de qualidade, visando a promoção eqüanime de melhores oportunidades de desempenho socioeconômico da sociedade; II - Distribuição mais justa dos investimentos e da valorização da terra, assegurando interesse coletivo. Nesse sentido, o presente Plano Diretor passará a fazer parte integrante dos mecanismos de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, incorporar as ações programáticas nele contidas;

FGV/ISAE 12 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

III - Interiorização das ações programáticas do processo de desenvolvimento, reforçando a regionalização das comunidades rurais, com vistas a promover maior abrangência e eficácia dessas ações;

IV - Promoção do potencial econômico-ecológico do Município, com destaque para o ANEXOS potencial natural, cultural, costumes e tradições, aprimorando a atuação conjunta das ações municipais com a sociedade, e com a adoção e difusão midiática do seu “calendário de eventos”, no qual deverão constar as atividades setoriais de destaque, além da adoção e inserção da marca, selo ou grife “Produto da Amazônia - Carauari (AM)”, nos bens produzidos no Município, com observância da qualidade dos mesmos; V - Adoção de procedimentos intersetoriais das ações de governo, visando a promoção de sinergia operacional de toda a estrutura organizacional do executivo municipal - a exemplo dos procedimentos adotados durante a fase de elaboração do presente Plano Diretor - contando com a efetiva participação da sociedade, observando que a sustentabilidade constitui o elo fundamental que relaciona todas as estratégias e objetivos de desenvolvimento estabelecidas neste Plano Diretor, sendo dever da Administração Pública Municipal, do Poder Legislativo Municipal e da Sociedade zelar pela sustentabilidade ambiental no Município; VI - Os Princípios Fundamentais e as Diretrizes Estratégicas deverão ser colocadas em prática por meio de ações normativas, executivas e reivindicativas, de acordo com os objetivos setoriais específicos, priorizados entre os projetos e atividades analisados, os quais foram agrupados, por afinidade, no seguinte conjunto de Políticas Públicas: 1 - Reconfiguração operacional dos segmentos componentes da Infra-estrutura do PLANEJAMENTO TERRITORIAL para o DESENVOLVIMENTO; 2 - Fortalecimento dos segmentos componentes do MEIO AMBIENTE e da INFRA- ESTRUTURA FÍSICA BÁSICA; 3 - Promoção dos segmentos componentes da Infra-estrutura do DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO; 4 - Vitalização dos segmentos componentes da Infra-estrutura SÓCIO-CULTURAL; 5 - Estruturação operacional dos segmentos componentes da GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO PLANO DIRETOR.

2 - Objetivos Setoriais Específicos

s Objetivos Setoriais Específicos correspondem às AÇÕES que caracterizam os projetos e/ou atividades definidas, a fim de materializar as propostas prioritárias que compõem o O Plano, conforme exposição a seguir: FGV/ISAE 13 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

2.1 - Ações para reconfiguração operacional dos segmentos componentes do PLANEJAMENTO TERRITORIAL PARA O DESENVOLVIMENTO ANEXOS s Artigos 140 a 145 da Lei Orgânica de Carauari estabelecem as normas para que o go- verno municipal mantenha o processo permanente de planejamento visando promover o desenvolvimento do município, o bem estar da população e a melhoria da prestação dos Oserviços públicos prestados. O planejamento do desenvolvimento municipal terá por obje- tivo a realização plena do seu potencial econômico e a redução das desigualdades sociais no acesso aos bens e serviços, respeitadas as vocações, as peculiaridades e a cultura local, assim como a preservação do patrimônio ambiental, natural e construído. PLANEJAMENTO TERRITORIAL Portanto, o processo de planejamento do desenvolvimento mu- Objetivos Estratégicos nicipal deverá considerar os aspectos técnicos e políticos envolvidos na fixação de objetivos, diretrizes e metas para a ação municipal, entro dos limites territoriais do propiciando que autoridades, técnicos de planejamento, executores Município, observados os dis- postos nos artigos 188, da e representantes da sociedade civil participem do debate sobre os D Constituição da República, e 134 da problemas locais e as alternativas para seu enfrentamento, buscan- Constituição do Estado, além dos do conciliar interesses a solucionar conflitos. Assim, o planejamento princípios do zoneamento socio- municipal deverá orientar-se pelos seguintes princípios básicos: ecônomico e ecológico do Amazonas, as terras devolutas e áreas públicas I - Democracia e transparência no acesso às informações desocupadas ou sub utilizadas se disponíveis; destinarão prioritariamente a: I - No meio urbano, a assentamento II - Eficiência e eficácia na utilização dos recursos financeiros, de populações de baixa renda, a ins- técnicos e humanos disponíveis; talação de equipamentos coletivos, áreas verdes ou de recreação; III - Complementariedade e integração de políticas, planos e pro- II - No meio rural, a programas e gramas setoriais; projetos de assentamento, reservas IV - Viabilidade técnica e econômica das proposições, avaliadas e áreas de preservação permanen- tes, e instalação de equipamentos a partir do interesse social de solução e dos benefícios públicos; coletivos; V - Respeito e adequação à realidade local e regional em conso- III - A propriedade rural atenderá a nância com os planos e programas estaduais e federais existentes. sua função social, assegurando às comunidades o direito à moradia. Com efeito, a elaboração e a execução dos planos e dos progra- Nota: O zoneamento sócioeconô- mas municipais obedecerão aos fundamentos, princípios e diretrizes mico e ecológico é um instrumento do presente Plano Diretor e passarão a ter acompanhamento e avali- estratégico de planejamento e ges- ação permanentes, de modo a garantir o seu êxito e assegurar sua tão territorial, cujo objetivo principal é o de estabelecer as bases territoriais continuidade no horizonte de tempo necessários. adequadas para a implementação No tocante à política de planejamento territorial aqui estruturada, objetiva e concreta do Desenvolvi- mento Endógeno e Sustentável. terá por objetivo o pleno desenvolvimento das funções sociais do

FGV/ISAE 14 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI território municipal e o bem-estar dos seus habitantes, em consonância com as políticas sociais e econômicas do Município. As normas componentes do Estatuto das Cidades estabelecem que as ações propostas pelo

Plano Diretor devem abranger o município como um todo, vale dizer, as áreas urbana e rural. Assim, as ANEXOS ações a serem implementadas visando promover o ordenamento do território do Município, devem objetivar os seguintes resultados:

I - Promoção da destinação de cada parte do território para cumprir a função social da cidade e da propriedade, urbana e rural. As funções sociais das áreas urbanas e rurais dizem respeito ao acesso de todos os cidadãos aos bens e aos serviços públicos assegurando-se-lhes condições de vida e moradia compatíveis com a dignidade humana, por meio de programas de habitação popular destinados a melhorar as condições de moradia da população carente, preferencialmente.

II - Impedimento do crescimento urbano desordenado, que deixa vazios urbanos e imóveis abando- nados em área infra-estruturada;

III - Impedimento de formação de periferias distantes, excluídas, precárias, ilegais e sem seguran- ça da posse.

Assim, em relação ao ordenamento do uso e da ocupação do solo urbano, serão obedecidos os seguintes objetivos específicos:

I - Consolidação e regularização das áreas já ocupadas e das parcelas informais da cidade;

II - Controle e implantação de novos empreendimentos públicos ou privados, minimizando os impactos sobre o ambiente urbano, trânsito e transporte;

III - Garantia do uso do espaço público, com mobilidade e acessibilidade, priorizando o pedestre e oferecendo qualidade na orientação, sinalização e no tratamento urbanístico de áreas preferenciais para o seu deslocamento;

IV - Implantação de obras e adequações viárias para priorização, também, das demais modalidades de transportes não motorizados, que devem ser entendidos como fatores de inclusão social.

Nesse sentido, e em sintonia com a sistematização dos levantamentos efetuados durante a “leitu- ra do município”, foram formuladas as seguintes ações, que objetivam a reconfiguração das atividades inerentes ao Planejamento Territorial do Município:

2.1.1 - MACROZONEAMENTO RURAL E URBANO

O macrozoneamento diz respeito à caracterização, no espaço municipal, das áreas em termos de forma e grau de conveniência que se considera adequado para estimular a ocupação humana e a utilização econômica das mesmas. Os critérios utilizados para fixar estes graus levam em conta,

FGV/ISAE 15 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI basicamente, aspectos tanto direta como indiretamente referentes ao meio ambiente, a exemplo dos aspectos geológicos, topográfi- cos, pedológicos e a existência de locais que devam ser preserva-

dos por alguma razão específica (área de mananciais, de preserva- ANEXOS ção da vida silvestre, terra indígena, etc.). O macrozoneamento de Carauari (mapa A), considera os se- guintes tipos de macrozonas: I - Macrozona Rural (Mapa A), que é a extensão geopolítica da Macrozona Urbana, sendo composta de: Macrozoneamento de Carauari I.1 - Terra Indígena, ocupam cerca de 31% da área territorial (vide mapa A, da página seguinte) do município, e, que faz parte do patrimônio da União Federal, destinada à posse permanente e usufruto exclusivo dos índios que nela vivem, dispondo de legislação própria no ordenamento jurídico nacional;

I.2 - Unidade de Conservação, que corresponde a um espaço territorial específico, com seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais e características naturais relevantes, instituída pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de admi- nistração, à qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

Consta do território de Carauari, que não existe Unidades de natureza municipal, mas há prosposta de criação. Unidades de Conservação Federal e Estadual e ainda Terras Indígenas, assim denominadas: - Reserva Extrativista - RESEX DO MÉDIO JURUÁ, com 252.226 hectares; de natureza Federal, Têm como objetivos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A Resex é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas; - Reserva e Desenvolvimento Sustentável - RDS UACARI, de natureza Estadual, tem como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida das populações tradicionais.Ela se constitui como área de domínio público, sendo que as propriedades particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas. ; - Terra Indígena do Rio Biá, de natureza Federal com Jurisdição pelo município de Jutaí.

Existem trechos de Unidades de Conservação que sobrepõe o município de Carauari, assim denominados - Floresta Nacional de Tefé - FLONA TEFÉ, de natureza Federal com categoria de Uso Sustentável com jurisdição pelo município de Tefé, representando em torno de 5% do mesmo; - Terra Indígena Juruá, de natureza Federal com jurisdição pelo Município de Juruá representando em torno de 1,5% do município.

FGV/ISAE 16 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

Mapa A MACROZONEAMENTO DO MUNICÍPIO ANEXOS

MAPA A MACROZONEAMENTO DO MUNICÍPO Município de Juruá SEDE MUNICIPAL T.I. DO JURUÁ TERRA INDÍGENA ÁREA DE INTERSTÍCIO DO CORREDOR UNID. DE CONSERVAÇÃO ESTADUAL ECOLÓGICO CENTRAL DA AMAZÔNIA FLONA DE TEFÉ UNID. DE CONSERVAÇÃO FEDERAL UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL RODOVIAS NÃO ASFALTADAS P.A. Riozinho HIDROVIAS INCRA 4.462, h. PORTOS AEROPORTOS CARAUARI Município de Tefé TERRA INDÍGENA Município de Jutaí DO RIO BIÁ 1.180.200, ha Área Indígena do Rio Ueré c/ confirmação RESEX DO MÉDIO jurídica pela JURUÁ FUNAI 252.226, ha

RDS UACARI 632.949, ha.

Município de Tapauá

Fonte: PMC-SEMDESMA Município de Organização: Nelson Lacerda 45

Convenções: Mapa elaborado com base em dados do SIPAM, ANA, AAM e Prefeitura de Carauari

Rodovia não asfaltada Sede Municipal Unid. de Conservação Federal Hidrovias Porto Terra Indígena Unid. de Conservação Municipal Unid. de Conservação Aeroporto Estadual

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O município de Carauari também é integrante do grande Corredor Ecológico Central da Amazônia possuindo uma área de Assentamento Rural do INCRA. II - Macrozona Urbana (Mapa A-1), na qual está situada a sede municipal de Carauari, onde estão localizados os principais serviços que atendem à população do Município, assim como ANEXOS edificações, infra-estrutura viária, equipamentos comunitários, infra-estrutura de saneamento básico, serviços de energia elétrica, iluminação pública e comunicações, resultantes de investimentos públi- cos e privados.

A Macrozona Urbana, que é composta pela área do Perímetro Urbano (também definida como Zona Urbana) e pela Área (ou Zona) de Expansão Urbana, foi institucionalizada pela Lei Municipal n0 976/08, de 01 de fevereiro de 2008. Para efeito das ações de planejamento urbano do presente Plano Diretor, a Macrozona Urbana será subdivididas em 4 (quatro) porções, a saber: Mapa A-1 MACROZONEAMENTO DA SEDE MUNICIPAL

Mapa do Perímetro Urbano e de Expansão Urbana da cidade de Carauari

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II.1 - Zona Urbana A0 (ZU-A0), corresponde à área central da cidade, objetivando revitalizar e otimizar o aproveitamento das infra-estruturas de equipamentos e serviços já existentes II.2. Zona Urbana A1 (ZU-A1), corresponde às áreas adjacentes à Zona urbana A, objetivando adensar o uso e a ocupação do solo promovendo o aumento da oferta das infra-estruturas básicas, exemplo do saneamento básico, equipamentos comunitários, sistema viário, dentre outros. As Áreas ANEXOS de Especial Interesse Social para fins de Moradia terão na ZEU-01 e na ZEU-02 (definida a seguir), a preferência locacional, respectivamente; II.3 - Zona de Expansão Urbana 01 (ZEU-01), localizada na margem direita da Estrada do Gavião: ao Leste limita-se com Áreas de Várzea do Lago Preto; a Oeste limita-se com a Estrada do Gavião; ao Norte com o Igarapé da Ponte e ao Sul com a Rua Samuel Amaral, Bairro Samuel Amaral, Rua Amauri Bernardino e Rua Silvino Teixeira, Bairro da Memória; Rua Raimundo Miguel e Rua Lailde Alves de Oliveira, Bairro da Luz, respectivamente, para as quais deverão ser direcionados os vetores Instrumento de Política de expansão urbana, assim como as Áreas de Especial Interesse Urbana Social para fins de Moradia. A ocupação deverá observar a integridade X ambiental do igarapé da Ponte do Gavião, que corta as ZEIS, Especulação Imobiliária desembocando no rio Juruá. Em diversas cidades brasileiras, há uma quantidade expressiva e inaceitavel II.4 - Zona de Expansão Urbana 02 (ZEU-02), localizada à de terrenos ociosos no tecido urbano, es- margem esquerda da Estrada do Gavião: ao Leste limita-se com a tocados em geral com fins especulativos. Estrada do Gavião; a Oeste limita-se com terras da APLUB; ao Norte O proprietário aguarda a valorização do com o Igarapé da Ponte e ao Sul com a Rua Joaquim Aquino de lugar, a partir das ações programáticas do Almeida e Rua Saturnino Marães, Bairro 14 Bis. poder público, como a instalação de infra- estrutura básica a implantação de equipa- II.5 - Zona de Expansão Urbana 03 (ZEU-03), localizada à mentos urbanos essenciais, em entras margem esquerda da Estrada do Gavião: ao Leste limita-se com a benfeitorias. Estrada do Gavião; a Oeste limita-se com terras da APLUB; ao Norte com o Rio Juruá e ao sul com o Igarapé da Ponte. Como resultado, além de interferirem negativamente no mercado de terras, II.6 - Zona de Expansão Urbana 04 (ZEU-04), localizada à estas áreas oneram o poder público mu- margem esquerda da Estrada do Gavião: ao Leste limita-se com o nicipal, pois, muitas vezes, o município Rio Juruá; a Oeste limita-se com a Estrada do Gavião; ao Norte com se vê obrigado a atender as justas reivin- a Estrada do Gavião e ao Sul com o Igarapé da Roça. dicações dos moradores de áreas des- providas de toda e qualquer infra-estrutu- Todas as ações de ocupação a serem implementadas nessas ra e, nesta tarefa, dota de serviços e equi- quatro Zonas, deverão ser discutidas e analizadas pelo Conselho de pamentos também os terrenos ociosos Desenvolvimento Municipal de Carauari, cuja institucionalização é existentes no caminho. estabelecida no presente Plano de Desenvolvimento (vide Parte V e item 2.5 da Parte IV). A retenção especulativa de imóvel ur- bano ocorre quando o proprietário não 2.1.2- USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO investe em seu terreno e também não o vende, esperando que seu valor de mer- O uso e a ocupação do solo urbano dizem respeito ao controle cado aumente ao longo do tempo, em urbanístico quanto à localização especial das atividades e da inten- virtude dos investimentos feitos na vizi- sidade de ocupação da área urbana de Carauari, visando assegurar: nhança pelo poder público - com recursos públicos do orçamento público - e, tam- I - A qualidade de vida da população; bém, em raros, casos por agentes priva- II - A densificação adequada da ocupação; dos.

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III - A minimização dos impactos ambientais; IV - A cultura local; V - A preservação do patrimônio ambiental e histórico cultural;

Mapa A-2 ANEXOS MACROZONEAMENTO DA SEDE MUNICIPAL

Área Urbana da cidade de Carauari (mar/2008) (As ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE, podem ser direcionadas para Especial Interesse Social para Habitação ou ainda para Especial Interesse Turístico, Paisagístico ou Ambiental. Essas áreas podem ser classificadas como tal, estejam elas localizadas em qualquer parte do território municipal - Urbana, de Expansão Urbana ou Rural).

VI - A preservação de paisagens notáveis. O principal objetivo é o de permitir a convivência de usos distintos desde que sejam garantidas a qualidade de vida da população - a exemplo da mobilidade e da acessibilidade universal - e a qualidade do patrimônio ambiental, cultural e histórico. O Macrozoneamento das Zonas urbanas ZU-A0 e ZU-A1, será composto pelas seguintes áreas e seus respectivos tipos de uso: I - Áreas Residenciais, que são áreas destinadas predominantemente ao uso residencial unifamiliar e multifamiliar, disponíveis nas duas Zonas; II - Áreas de Comércio e Serviços, são aquelas ocupadas e destinadas, predominantemente, às atividades comerciais e de prestação de serviços, disponíveis nas duas áreas;

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III - Áreas Institucionais, são aquelas destinadas à implantação de equipamentos e atividades dos diversos níveis de governo, disponíveis nas duas áreas;

IV - Áreas de Especial Interesse, são áreas destinadas para uso especí- ANEXOS fico e legislação própria de ocupação do solo, que podem receber a denomina- ção de Áreas (ou Zonas) de Especial Interesse Social para Habitação, ou de Especial Interesse para Preservação Ambiental, ou de Especial Interesse His- tórico, ou Turístico, ou Cultural, dentre outras, de acordo com a finalidade do uso.

Os índices e critérios urbanísticos para a ocupação das quatro áreas aqui definidas estão estabelecidos na legislação urbanística municipal, particular- mente a Lei Orgânica Municipal, de 05 de abril de 1990, seção 8ª, Da Política Urbana, que dispõe sobre o Código de Obras das edificações de Carauari. O aperfeiçoamento desses índices e critérios se processarão mediante propostas do Conselho de Desenvolvimento Municipal à Câmara Municipal, na forma de Lei Complementar.

Igualmente, a ampliação do perímetro urbano (Zonas urbanas ZU-A0 e ZU-A1), ocorrerá median- te lei complementar, ficando condicionada ao desenvolvimento de justificativa técnica que comprove a

INSTRUMENTO DE POLÍTICA URBANA ara a promoção, planejamen- 6 - Autorização de Uso, nos termos da 14 - Transferência do Direito de Cons- to, controle e gestão do de- Medida Provisória 2.220/2001; truir; Psenvolvimento urbano, pode- 7 - Cessão de posse para fins de mora- 15 - Operações Urbanas Consorcia- rão ser adotados, os seguintes ins- dia, nos termos do art. da Lei 6.766/79; das; trumentos de política urbana, dentre 8 - Concessão de Direito Real de Uso, 16 - Consórcio Imobiliário; os principais: de acordo com o Decreto-lei nº 271, de 17 - Direito de Preferência; 20 de fevereiro de 1967; 18 - Direito de Superfície; Instrumentos de regularização 19 - Tombamento de imóveis; fundiária: Instrumentos jurídicos e urbanís- 20 - Desapropriação; 1 - Usucapião Especial de Imóvel Ur- ticos: bano; 21 - Compensação ambiental; 9 - Parcelamento, Edificação ou Utiliza- 22 - Estudo Prévio de Impacto de Vi- 2 - Direito de Preempção; ção Compulsórios; zinhança (EIV) e Relatório 3 - Direito de Superfície; 10 - IPTU Progressivo no Tempo; Prévio de Impacto de Vizinhança 4 - Assistência técnica urbanística, 11 - Desapropriação com pagamento (RIV); jurídica e social gratuita. em títulos da dívida pública; 23 - Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 5 - Concessão de Uso Especial para 12 - Zonas Especiais de interesse social; e Relatório de Impacto Ambiental fins de Moradia, nos termos da Medi- 13 - Outorga Onerosa do Direito de (RIMA). da Provisória 2.220/2001; Construir e de alteração de uso;

FGV/ISAE 21 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI necessidade, sendo que somente poderá ser implementado sobre a área de Expansão Urbana e de acordo com a legislação contemplada pelo presente Plano Diretor e as conexas. ANEXOS 2.1.3 - INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

A Lei Orgânica de Carauari estabelece as normas para que o governo municipal mantenha o processo permanente de planejamento, visando promover o seu desenvolvimento, priorizando o bem- estar da população e da melhoria da prestação de serviços públicos municipais, ressaltando que o objetivo é o homem, em termos de realização plena de seu potencial econômico, para promover a redução das desigualdades sociais no acesso aos bens e serviços.

Igualmente, os instumentos de política urbana previstos no Es- tatuto das Cidades, reforçam a aplicação constitucional do princípio IPTU x Código Tributário Nacional da função social da cidade e da propriedade. A maioria desses ins- É necessário que sejam observadas as trumentos já é conhecida no país, porém, sua utilização tem sido normas do Código Tributario Nacional restrita. Vários motivos explicam, mas não justificam, a sua não que estabelece, para a cobranca do adoção. Dentre eles se encontram impedimentos culturais, históri- Imposto Sobre a Propriedade Predial e cos, jurídicos, ou mesmo, e principalmente, os impedimentos de- Territorial Urbana - IPTU, alguns requi- correntes de interreses políticos escusos. sitos minimos de existência de melho- ramentos indicados em pelo menos dois De fato, o Estatuto das Cidades dedica grande parte do seu dos incisos do § 10 do art. 32, construi- conteúdo aos instrumentos para a promoção da política urbana, em dos ou mantidos pelo Poder Público. Tais incisos dispõem como requisitos: especial na esfera municipal, classificados, de acordo com a sua I - meio-fio ou calçamento, com canali- natureza, em tributários, financeiros ou econômicos, jurídicos, ad- zação de águas fluviais; ministrativos e políticos. II - abastecimento de água; O artigo 182 da Constituição Federal, em seu parágrafo quarto, III - sistema de esgotos sanitários; diz que é facultado ao poder público municipal, mediante lei especí- IV - rede de iluminação pública, com fica, para área incluida no Plano Diretor, exigir nos termos da lei ou sem posteamento para distribuição federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou domiciliar; não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento sob pena, V - escola primária ou posto de saúde a sucessivamente, de: uma distância maxima de 3 (tres) quilometros do imóvel considerado. I - Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; Assim, não basta a existencia de lei municipal defiindo a área como urbana, II - Imposto predial e territorial progressivo no tempo; e, ou como de expansão urbana, pois que é necessário que a mesma esteja III - desapropriação com pagamento em título da dívida pública. beneficiada com no minimo dois dos Assim, o principal objetivo desses três instrumentos, de aplica- serviços mencionados no Código Tributário Nacional. ção sucessiva, é o de combater a retenção de terrenos ociosos em setores da cidade que, cada vez mais, se valorizam ao serem dotados, pelo poder público municipal, de infra-estrutura e serviços urbanos, aumentando os custos

FGV/ISAE 22 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI de urbanização e expandindo, desnecessariamente, as áreas urbanas.

Como cada cidade é um caso particular e único - com destaque para as singularidades das cidades amazônicas - é justificável a aplicação dos instrumentos de política urbana do Estatuto, com ANEXOS as adequações que se fizerem necessárias.

Nesse sentido, para o desempenho adequado da política urbana de Carauari, deverão ser operacionalizados os seguintes instrumentos de apoio ao planejamento do desenvolvimento:

I - Adensamento do Perímetro Urbano, pelo adequado Uso e Ocupação do Solo, de forma a não serem criadas áreas de densidade demográfica muito baixas, fora do perímetro, que tornariam a gestão da cidade anti-econômica, em termos de infra-estruturas básicas e serviços públicos, trazendo dificuldades para os possíveis moradores. Por este motivo é recomendável, como regra geral, que o Perímetro Urbano só seja ampliado quando haja a ocupação de mais de 70% da área disponível;

II - Áreas de Especial Interesse Social - AEIS’s, são áreas da cidade que ficam destinadas pelo Plano Diretor a abrigar moradia popular. É uma maneira de assegurar terras bem localizadas e provi- das de infra-estrutura para o uso dos mais pobres, criando uma reserva de mercado para habitação social. As AEIS servem para: reservar terrenos ou prédios vazios para moradia popular, facilitar a regularização de áreas ocupadas, e ainda, facilitar a regularização de ocupações irregulares;

III - Usucapião Urbano, que é uma das modalidades de aquisição da propriedade imóvel. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, conforme estabelece o Art. 183 da Constituição Federal, a Lei n° 10.257/01 - Estatuto das Cidades e o Art. 240 da Lei Orgânica de Carauari;

IV - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios, que poderá ser aplicado aos imóveis subutilizados - entendendo-se como tal aqueles que não atinjam o aproveitamento mínimo definido no Plano Diretor ou em legislação dele decorrente. Neste caso, a Municipalidade poderá determinar as condições e os prazos para que sejam implementadas essas novas condições, conforme estabelece o Art. 183 da Constituição Federal, a Lei n° 10.257/01 - Estatuto da Cidade e o Art. 239, da Lei Orgânica de Carauari;

V - Direito de Preempção, que dá preferência de aquisição de imóvel urbano ao Poder Público para regularização fundiária, execução de programas habitacionais, criação de espaços públicos de lazer, áreas verdes e de interesse de conservação ambiental, entre outros;

VI - Direito de Superfície, que possibilita ao proprietário urbano ceder o direito de superfície de seu terreno, mediante escritura pública registrada;

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VII - Transferência do Direito de Construir, que permite que o proprietário venda ou passe para outra propriedade dele, ou de outro proprietário, o direito de construção que não pode mais exercer no terreno original. Pode ser usada com o objetivo de preservar imóveis com valores históricos, paisagísticos ou áreas frágeis do ponto de vista ambiental. ANEXOS

VIII - Operações Urbanas Consorciadas, que é um instrumento que viabiliza uma transformação estrutural de um setor da cidade, através de um projeto urbano implantado em parceria com proprietário, poder público e investidores privados. A operação urbana define um perímetro dentro do qual valem regras específicas de utilização do solo (diferentes das regras gerais da zona onde o projeto está inserido), gerando potenciais adicionais de aproveitamento dos terrenos que são vendidos aos parceiros. Os recursos desta venda custeiam os investimentos previstos no projeto da própria operação.

IX - Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, serve para medir os efeitos de uma grande obra que vai ser feita em uma área da cidade. De acordo com o resultado a obra pode até ser proibida, ou o responsável por ela terá que fazer ajustes para garantir que o bairro não sofra modificações que possam destruir suas qualidades, as atividades econômicas e o meio ambiente.

X - Política Habitacional, que diz respeito à promoção de programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico, conforme estabelece o Art. 235, da Lei Orgânica de Carauari, que ressalta a competência administrativa comum do Município, da União e do Estado, na implementação dessa política pública.

XI - Regularização Fundiária, que deve ser entendido como um processo integrado que abrange os aspectos jurídicos, urbanísticos, físico e social, desenvolvido com a participação da população das comunidades envolvidas, para a legalização da posse das moradias inseridas em áreas ocupadas irregularmente.

Intrumentos que já fazem parte da legislação urbanística de Carauari:

XII - Código de Postura (Lei Municipal n0 301726, de 31/08/1993);

XIII - Lei do Perímetro Urbano (Lei Municipal n0 976, de 01/02/2008);

XIV - Código Ambiental (Lei Municipal n0 946, de 25/10/2005).

Visando ampliar e qualificar os instrumentos legais de planejamento territorial de Carauari, a lei municipal do presente Plano Diretor apresentará, entre suas ações estruturantes, artigos direcionados à proteção das margens dos cursos d’águas. Nesse sentido, essas ações terão por objetivo estabe- lecer as faixas marginais "non aedificandi" além da adequação do uso e ocupação dos imóveis localizados nas proximidades das margens de rios e igarapés, assim como a promoção de medidas de remanejamento e remoção da população instalada irregularmente nas margens dos cursos d’água, para Áreas de Especial Interesse Social destinada a moradias.

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I - ADENSAMENTO INTERNO DO PERÍMETRO URBANO, PELO ADEQUADO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

O principal objetivo do adensamento do perímetro urbano é o de permitir a convivência de usos distintos desde que sejam garantidas a qualidade de vida da população - a exemplo da mobilidade e da ANEXOS acessibilidade universal - e a qualidade do patrimônio ambiental, cultural e histórico, promovendo ainda a densificação adequada da ocupação e a minimização dos impactos ambientais, conforme os termos descritos no item 2.1.2 - Uso e Ocupação do Solo Urbano.

II - ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL- AEIS

A denominada Área de Especial Interesse Social (AEIS), é um instrumento recente de ordenamento urbanístico e de regularização Áreas de Especial fundiária, utilizado a partir de 1980, que já vem sendo aplicado por Interesse - AEIS’s várias prefeituras do país. É resultante da necessidade de inclusão A primeira experiência de estabeleci- dos assentamentos irregulares ao contexto urbano, pela não remo- mento de AEIS (ou ZEIS) ocorreu no ção, mas pela melhoria das condições urbanísticas e pela regulariza- município do RECIFE, a partir de 1983, quando uma nova Lei de Uso e Ocupa- ção fundiária. A concepção básica do instrumento das AEIS é incluir, ção do Solo da cidade reconheceria as no zoneamento da cidade, uma categoria que permita, mediante um AEIS como parte integrante da cidade, plano específico de urbanização, o estabelecimento de um padrão sem, contudo, dispor de instrumentos de inibição da ação especulativa do urbanístico próprio para o assentamento. Assim, o estabelecimento mercado imobiliário. Essa nova lei re- de AEIS significa o reconhecimento da diversidade de ocupações conhecia características particulares da- existentes nas cidades, além da possibilidade de construção de uma queles assentamentos e propunha a legalidade que corresponda a esses assentamentos e, portanto, de promoção de sua regularização jurídi- ca, bem como a sua integração à estru- extensão do direito de cidadania a seus moradores. tura da cidade. Mas, uma vez integra- Partindo do princípio de que políticas de regularização fundiária das às AEIS, as leis do mercado tratari- am de estabelecer sua dinâmica normal não podem ser formuladas isoladamente, uma vez que estas neces- de estruturação urbana. sitam ser concebidas no contexto mais amplo das políticas públicas A regulamentação dessas AEIS somente preventivas e dos investimentos diretos em infra-estrutura, incorpo- veio a acontecer em 1987, após longo rando a provisão de serviços e a instituição de políticas habitacionais processo de articulações, pressões e negociações das organizações de bair- voltadas para a promoção da reforma urbana, implica no reconheci- ro. Apoiadas pela Comissão de Justiça mento de que o direito de moradia e à garantia de seguridade pela e Paz da Arquidiocese de Olinda e política de regularização não podem ser reduzidos apenas ao reco- Recife, essas organizações nhecimento dos direitos de propriedade individual. apresentaram projeto de lei prevendo mecanismos de gestão participativa na Para tanto, é possível integrar as políticas de regularização no condução de projetos de recuperação urbana, regularização jurídica e formas esquema geral do planejamento e controle do uso do solo, o que de solicitação de transformação em AEIS pode ser logrado por meio do estabelecimento de Áreas de Especiais de localidades ainda não caracterizadas Interesse Social, um instrumento que possibilita ao gestor municipal como tal. de não cair na aparente humanização da lei que melhora as condi- (Guia do Estatuto das Cidades, Pólis) ções de habitabilidade - restringindo-se apenas à questão do lote e

FGV/ISAE 25 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI da habitação - esquecendo-se da importância da existência de equipamentos de lazer, áreas de cultura, locais de encontro, enfim, condições indispensáveis à qualidade de vida. Assim, as Áreas de Especial Interesse Social são porções do território com diferentes caracterís- ticas ou com destinação e normas específicas de uso e ocupação do solo, a serem regulamentadas ANEXOS em lei municipal, situadas na área urbana ou rural do Município, as quais podem ser assim classifica- das, quanto à destinação:

I - Áreas para assentamentos e empreendimentos urbanos e rurais de interesse social;

II - Áreas ocupadas pelas comunidades tradicionais, tais como as indígenas, quilombolas, ribeiri- nhas e extrativistas, de modo a garantir a proteção de seus direitos;

III – Áreas sujeitas a inundações e deslizamentos, bem como as áreas que apresentem risco à vida e à saúde;

IV - Áreas de assentamentos irregulares ocupados por população de baixa renda para a implementação da política de regularização fundiária.

V – Áreas de proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico.

Nesse sentido, fica estabelecida a seguinte ação, que objetiva o Usucapião Urbano estabelecimento formais de Áreas de Especial Interesse: Como já estava estabelecido na Cons- tituição Federal, o direito será reconhe- - Ação 1: Estabelecimento de normas , aprovada por lei muni- cido ao homem ou mulher, ou a ambos, cipal, visando delimitar as áreas que serão consideradas Áreas de independentemente de seu estado civil, Especial Interesse Social para Habitação e Áreas de Especial Inte- para aquele/a que não for proprietário resse Ambiental, Paisagístico e Turístico, na qual se incluem os cur- de outro imóvel urbano ou rural. Ocor- sos d’água, observando as opções marcadas no Mapa A-1 e A-2 reu uma inovação ao ser reconhecido esse direito ao herdeiro legítimo a conti- nuidade do prazo de cinco anos, desde que este já estivesse morando no local. III - USUCAPIÃO URBANO Nota: para os fins de aplicação dos instrumentos de regularização fundiária, Usucapião especial de imóvel urbano tem por objetivo garantir quando a Lei fala em “urbano” refere-se o direito individual ou coletivo à moradia, às pessoas que vivem em ao tipo de ocupação dada ao solo, imóveis urbanos, observadas as seguintes características, expres- independentemente de sua localização sas no artigo 243 da Lei Orgânica de Carauari: em zona declarada pelo zoneamento municipal como urbana ou rural. De fato, a) - área de até 250 m2; aplicam-se o Usucapião Urbano e a b) - esteja ocupado para fins de moradia própria ou de sua família; concessão especial de uso aos moradores dos parcelamentos do solo c) - que o ocupante não possua outro imóvel; informalmente implantados para mora- dia em zona rural.

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d) - que a ocupação não tenha sido contestada juridicamente por cinco anos consecutivos, no mínimo.

- Ação 1: O Município viabilizará assistência técnica gratuita para as comunidades e grupos sociais carentes, com direito a usucapião especial individual ou coletiva de imóvel urbano e a conces- ANEXOS são de uso especial para fins de moradia, visando agilizar os processos de regularização fundiária, de acordo com a legislação aplicável. A concessão de uso especial para fins de moradia é a regularização da posse quando o terreno ou imóvel ocupado é público, estando regulamentada pela Medida Provisória 2.200/2001, devendo ser observados os seguintes trâmites:

1 - Os moradores deverão pedir a concessão de uso do imóvel ao órgão público que é o dono oficial;

2 - Se, após um ano, o órgão não tiver regularizado a posse do terreno para os moradores, estes poderão acionar a justiça, posto que a inércia de parte da Administração Pública, não pode sobrepor- se à dignidade humana, de homens, mulheres, crianças, idosos, sequiosos de regularizarem a moradia em que habitam.

IV - PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

É um instrumento Indutor da ocupação de áreas já dotadas de infra-estrutura e equipamentos, já aptas para urbanizar ou povoar, evitando a pressão de expansão horizontal na direção de áreas não servidas de infra-estrutura ou frágeis, sob o ponto de vista ambiental. Terrenos ou glebas vazios dentro da malha urbana são socialmente prejudiciais, tendo em vista que são atendidos por infraestrutura urbana, implementada por investi- Parcelamento, Edificação ou mentos públicos para atender à população e não para garantir uma Utilização Compulsórios valorização particular. Ao ser usado em conjunto com outros Este instrumento tembém aumenta a oferta de terra e de instrumentos, é importante que exista edificação para atender à demanda existente, evitando assim que clareza de que a aplicação de sanções aqueles que não encontram oportunidades de moradia nas regiões pela não utilização de imóveis, especi- centrais sejam obrigados a morar em periferias longínquas, em áre- ficamente o IPTU progressivo no tempo, as desprovidas de infra-estrutura, em áreas de risco de enchentes não deve ser utilizada para a obtenção ou desabamentos ou em áreas de preservação ambiental. de um aumento das receitas públicas, e sim, de acordo com os objetivos esta- Nesse sentido, lei municipal específica estabelecerá regras para belecidos no Plano Diretor. o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios, entre as O risco de manipulação para prejudicar quais: eventuais inimigos políticos ou atender a favorecimentos pessoais também a) - Definição da área onde será aplicado o dispositivo; existe e deve ser evitado. O critério b) - Definição do que é subutilização, considerando o contexto básico é a formulação, que estabelece claramente os critérios e finalidades. geográfico para cada caso; Igualmente, o Conselho de Desenvolvi- mento de Carauari deverá ser ouvido e deliberar.

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c) - Notificação do proprietário do imóvel subutilizado, observa- Direito de Preempcção da a legislação federal aplicável.

É desejável que este instrumento possa

se combinar com outros como as Zo- ANEXOS V - DIREITO DE PREEMPÇÃO nas Especiais de Interesse Social - Zeis’s, de forma a facilitar a negociação É um instrumento pelo qual o Poder Executivo Municipal pode- final entre as partes envolvidas, evitando rá exercer o direito preferencial para aquisição de imóvel urbano objeto a desapropriação. de alienação onerosa entre particulares sempre que o município Outra forma de aplicação possível pode necessitar de áreas para: ser em processos de regularização de a) - Regularização fundiária; loteamentos e urbanização de bairros periféricos, onde a carência de áreas b) - Execução de programas e projetos de habitação popular; para a implementação de equipamen- tos e áreas verdes é notória. Nestes c) - Implantação de equipamentos urbanos e comunitários; casos, além da preempção poderia ser mobilizado o conjunto de instrumentos d) - Resolução de conflitos viários; que funcionam como sanções para o e) - Ampliação ou implantação de áreas de lazer e/ou proteção solo não utilizado ou subutilizado, sendo ambiental; importante que na regulamentação da- queles instrumentos, se leve em consi- f) - Conservação e tombamento de patrimônio histórico e/ou deração estas necessidades. cultural. No caso de a área urbana já ocupada ser particular, o proprietário pode con- Para a sua aplicação, lei municipal delimitará as áreas de inci- ceder o direito de superfície para o Poder dência do direito de preempção e estabelecerá os procedimentos Público promover a urbanização e a administrativos aplicáveis para seu exercício, de acordo com os dis- regularização, devendo ficar estipulado positivos do Art. 25 do Estatuto das Cidades. no contrato que após a urbanização o Poder Público deve conceder o direito de superfície para a população ocupan- VI - DIREITO DE SUPERFÍCIE te da área.

O Direito de Superfície, refere-se ao direito do proprietário de um imóvel conceder a um interessado a utilização do solo, subsolo Direito de Superfície ou espaço aéreo do terreno, em áreas públicas municipais, atendi- dos os seguintes critérios e sendo vedada a sua aplicação em áre- Este instrumento pode ser utilizado para as de utilidade pública.: fins de regularização fundiária no caso da área urbana ser de propriedade do a) - Concessão por tempo determinado; Poder Público (direito de superfície para b) - Concessão onerosa; fins de moradia). No caso de a área urbana ocupada ser c) - Concessão para fins de: particular, o proprietário pode conceder - viabilizar a implantação de infra-estrutura; o direito de superfície para o Poder Público que, após a urbanização deve - facilitar a implantação de projetos de habitação popular. conceder o direito de superfície para a população ocupante da área.

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- facilitar a implantação de projetos de proteção em áreas de fragilidade ambiental;

- viabilizar ou facilitar a implantação de serviços e equipamentos públicos;

- viabilizar a implementação de programas previstos neste ANEXOS Plano. Tranferência do Direito Para a sua aplicação, lei municipal delimitará as áreas de inci- de Construir dência do direito de superfície e estabelecerá os procedimentos ad- ministrativos aplicáveis para seu exercício, de acordo com os dispo- O objetivo da transferência do direito de sitivos do Art. 21 do Estatuto das Cidades. construir é viabilizar a preservação de imóveis ou áreas de importante valor histórico ou ambiental. No Estatuto está prevista também a hi- VII - TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR pótese de transferência para os casos A transferência do direito de construir é um dos instrumentos de regularização fundiária e programas de habitação de interesse social. de regulação pública do exercício do direito de construir, que tem sido aplicado para os imóveis considerados de interesse para pre- servação por seu valor histórico, cultural, arqueológico, ambiental, ou destinado à implantação de programas sociais.

O Estatuto das Cidades permite ao Município utilizar a transferência do direito de construir para as seguintes finalidades: implantação de equipamentos urbanos e comunitários; preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; servir Operações Urbanas a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas Consorciadas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse Operações urbanas consorciadas cons- social. tituem um tipo especial de intervenção Lei municipal deverá delimitar as áreas de incidência para apli- urbanística voltada para a transforma- cação da tranferência do direito de construir e estabelecerá os pro- ção estrutural de um setor da cidade. As operações envolvem simultanea- cedimentos administrativos aplicáveis para seu exercício, de acor- mente: o redesenho deste setor (tanto do com os dispositivos do Art. 35 do Estatuto das Cidades. de seu espaço público como privado); a combinação de investimentos priva- dos e públicos para sua execução e a VIII - OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS alteração, manejo e transação dos direitos de uso e edificabilidade do solo Operação urbana consorciada é o conjunto de medidas coorde- e obrigações de urbanização. Trata-se, nadas pelo Município com a participação de proprietários, morado- portanto, de um instrumento de res, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo implemen-tação de um projeto urbano de alcançar transformações urbanísticas, melhorias sociais e valori- (e não apenas da atividade de controle zação ambiental em áreas urbanas, tendo, pelo menos, uma das urbano) para uma determinada área da seguintes finalidades: cidade, implantado por meio de parce- ria entre proprietários, poder público, in- I - Implementação de programas de habitação popular e de vestidores privados, moradores e regularização fundiária; usuários permanentes.

FGV/ISAE 29 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

II - Ampliação e melhoria da rede estrutural de circulação viária;

III - Ampliação e melhoria da infra-estrutura pública;

IV - Revitalização de áreas urbanas; ANEXOS

V - Valorização, recuperação e preservação do patrimônio ambiental e histórico-cultural;

VI - Recuperação e preservação do patrimônio público.

Cada operação urbana consorciada será objeto de lei municipal específica, de acordo com o Art. 32 do Estatuto das Cidades, contemplando, no mínimo:

I - A delimitação da área da operação;

II - As finalidades da operação;

III - O programa básico de ocupação da área; Estudo Prévio de IV - O programa de atendimento econômico e social para I m p a c t o d e população de baixa renda a beneficiada; Vizinhança - EIV

V - Forma de controle da operação, obrigatoriamente comparti- O objetivo do Estudo de Impacto de Vizi- lhado com representação da sociedade civil. nhança é democratizar o sistema de tomada de decisões sobre os grandes Portanto, as operações urbanas articulam um conjunto de inter- empreendimentos a serem realizados na venções, coordenadas pela prefeitura e definidas em lei municipal cidade ou na zona rural, dando voz a com a finalidade de preservação, recuperação ou transformação de bairros e comunidades que estejam ex- áreas urbanas com características singulares. Estas intervenções postos aos impactos dos grandes em- podem se dar através de obras públicas e/ou privadas e o estabele- preendimentos. Dessa maneira, consa- cimento de um marco regulatório completamente diferente daquele gra o Direito de Vizinhança como parte em vigor para o conjunto da cidade, que muda as obrigações dos integrante da política urbana, condicio- agentes públicos e privados envolvidos. nando o direito de propriedade. O administrador precisa considerar os elementos colocados no EIV, embora não IX - ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV tenha de aderir a ele, desde que justifi- que e motive a não adesão. (O mesmo O licenciamento pela Administração Municipal para a constru- ocorre com o resultado de Audiência ção, reforma e ampliação ou funcionamento de empreendimento ou Pública). A Administração Pública não atividade potencialmente causadora de impacto ou conflito à vizi- está obrigada a cumprir orientações nhança será precedido do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - obtidas em Audiência Pública (que não EIV, e de acordo com os termos do Código de Obras de Carauari, são decisórias e podem ser conflitantes sendo que a elaboração, a apresentação e a execução das medidas ou contraditórias). Cabe ao administrador público ouvir, analisar e avaliar as idéias decorrentes do EIV é responsabilidade do proprietário ou interessa- e opiniões que surjam naquelas audiên- do no empreendimento ou atividade, devendo ressaltar os efeitos cias, para argumentar as decisões que positivos e negativos causados à qualidade de vida da população tome; dizer os porquês e enfrentar demo- residente ou que transita no entorno, apresentando análise conclusi- craticamente os temas e posições que va desses efeitos. Com efeito, o EIV poderá determinar alterações surjam da participação popular. no projeto do empreendimento.

FGV/ISAE 30 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

O Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, deverá analisar os impactos de empreendimentos que acarretem:

I - Aumento de densidade populacional; ANEXOS II - Sobrecarga da rede viária de transporte;

III - Danos ao meio ambiente;

IV - Condições desfavoráveis de ventilação e iluminação;

V - Movimentos de terra e produção de entulhos;

VI - Alterações prejudiciais nos padrões habitacionais e urbanísticos da vizinhança.

VII - Análise de outros aspectos que possam afetar o direito à qualidade de vida daqueles que moram ou transitam em seu entorno, a exemplo de instalações ou ampliações portuárias, aeroviárias, e militares, dentre outras.

As conclusões do EIV poderão permitir a implantação da atividade ou empreendimento, estabe- lecendo condições, contrapartidas, obrigações e medidas mitigadoras para sua execução e funcionamento, ou ainda poderão impedir sua realização.

A contrapartida a ser oferecida em troca da realização da atividade ou empreendimento poderá ser de natureza diversa, relacionando-se à sobrecarga ambiental que será provocada.

Igualmente. para empreendimento ou atividade cujo impacto ou área de abrangência não se restrinja à vizinhança, mas alcance a população urbana e/ou rural como um todo, e aqueles destinados à prestação de serviços fundamentais ao funcionamento da cidade, a análise do EIV deverá evidenciar uma relação favorável entre ônus e benefícios, considerando não só a população do entorno, mas sim a população da Cidade ou do Município.

O licenciamento dos empreendimentos e atividades aqui tratadas, será precedido de audiência pública, devendo ser dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, os quais ficarão disponí- veis para consulta, no setor competente da Administração Municipal a qualquer interessado, que será responsável pelo licenciamento da obra ou empreendimento, a operacionalização e a fiscalização ao atendimento das condições e contrapartidas estabelecidas no EIV.

X - POLÍTICA HABITACIONAL

A política habitacional é formada por um conjunto de projetos e atividades direcionadas à constru- ção de unidades habitacionais, objetivando reduzir o déficit habitacional e melhorar as condições de habitabilidade, em sintonia com as políticas sociais que visam garantir os direitos básicos do cidadão e a melhoria da qualidade de vida.

O objetivo básico da política habitacional do Município é o de oferecer habitação adequada a populações carentes, tanto de áreas rurais como urbanas, por meio de uma abordagem que possibilite o desenvolvimento e a melhoria de condições de moradia, ambientalmente saudável e ecologicamente

FGV/ISAE 31 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI correta, com ênfase no desenvolvimento sustentável e a consciência da preservação e desenvolvimento ambiental. Deve ser observado, entretanto, que o Art. 232 / 235 / 236 da Lei Artigos da Orgânica do Município, estabelece que de competência administrativa Lei Orgânica ANEXOS comum do Município, da União e do Estado, medidas que objetivem de Carauari promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. De fato, em con- Art. 197 - O Município junto com outra medidas de apoio às atividades socioeconômicas, assegurará o pleno essas medidas possibilitarão condições favoráveis para estimular a exercício dos direitos sociais contemplados na fixação do homem nas suas comunidades. Constituição Federal, in- Nesse sentido, ficam estabelecidas as seguintes ações clusive os relativos aos trabalhadores urbanos e objetivando a potencialização das atividades inerentes à política rurais, mediante: habitacional no Município, com a produção de moradias, I - A integração do ambientalmente saudáveis e ecologicamente corretas: indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio social; Ação 1: O Poder Executivo Municipal deve elaborar o Progra- II - O amparo a velhice e ma Municipal de Habitação de Carauari – PMHC, no prazo de 12 a criança abandonada; meses contados a partir da aprovação da Lei do Plano Diretor e da III - A integração das assinatura do Termo de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação comunidades carentes; de Interesse Social - SNHIS , com o Ministério das Cidades, visto IV - A educação dos que adesão é necessária para pleitear recursos do FNHIS. O site do menores abandoandos Ministério das Cidades fornece as informações necessárias para tal em escolas fim. profissionalizantes ... Nesse sentido, o fundamento orientador do PMHC deverá ter Art. 246 - O Município, ao como princípio para a política pública para a habitação, a garantia do promover a ordenação de direito à moradia digna para a população do município, particular- seu território definirá mente a população de baixa renda. A responsabilidade pelo desen- zoneamento e diretrizes gerais de ocupação que volvimento interinstitucional e operacional dessa política ficará a cargo assegurem a proteção das Secretarias Planejamento, de Assistência Social e Cidadania, dos recursos naturais, Meio Ambiente, e de Obras e Urbanismo, que será responsável pela em consonância com o construção, serão responsáveis pela ações operacionais do Progra- disposto na Legislação ma. Por sua vez, o Conselho de Desenvolvimento Municipal, partici- Estadual pertinente. pará do processo de elaboração, implementação, monitoramento e fiscalização do Programa Municipal de Habitação de Carauari – PMHC, pois esta será uma das suas atribuições.

Ação 2: Desenvolvimento de projeto de construção de unidades habitacionais de madeira, nas zonas urbana e rural, adequadas ao ambiente urbano e rural, adotando métodos construtivos alterna- tivos com características ecológicas, em conjunto com órgão afins.

FGV/ISAE 32 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

Ação 1: Desenvolvimento de alternativas tecnológicas à base Programa Municipal de do solo-cimento para a produção de habitações, em conjunto com Habitação órgão afins, adequadas para as áreas urbana e rural, que apresen- de Carauari – PMHB tem caracterísitcas adequadas às condições ambientais, possibi- ANEXOS Levantamentos iniciais a serem litando a utilização do solo local e da mão-de-obra não qualificada, desenvolvidos: que poderá ser o próprio pretendente morador, após receber o devi- 1 - Quantitificação das necessidades do treinamento. habitacionais em função das condições de habitabilidade inadequadas. 2 - Perfil socioeconômico dessa popula- XI - REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA cional: composição familiar, renda fa- miliar, ocupação principal e secundária A rigor, regularização fundiária é o processo de intervenção pú- dos membros da família, idade, sexo, blica, sob os aspectos jurídico, físico e social, que objetiva legalizar nível de instrução. a permanência de populações moradoras de áreas urbanas ocupa- 3 - Caracterização das ocupações em das de forma irregular, para fins de habitação, implicando melhorias termos de posse da terra (particular ou pública - municipal, estadual ou fede- no ambiente urbano do assentamento, no resgate da cidadania e da ral). qualidade de vida da população beneficiária. 4 - Elaboração de cadastro. Entretanto, os instrumentos presentes no Estatuto das Cidades Conteúdo básico do PMDB: (Usucapião) e na Medida Provisória 2.220 (Concessão de Imóveis - Apresentação Públicos) referem-se apenas à dimensão jurídica da regularização, I - Introdução (apresentando os princípi- oferecendo poucos parâmetros para as políticas municipais - que os e diretrizes que orientam a elabora- ção do PMHB com base no Plano Dire- devem, necessariamente, ser mobilizadas no processo de regulari- tor). zação, na medida em que a simples distribuição de títulos, sem II. Caracterização das necessidades intervenções na urbanização e consolidação, pode significar a per- habitacionais e da oferta e condições de petuação de uma situação de precariedade. acesso à moradia. III. Objetivos e metas de curto, médio e Vale dizer: as políticas de regularização fundiária não podem longo prazo; ser formuladas isoladamente. Estas necessitam ser concebidas no IV. Programação de investimentos contexto mais amplo das políticas públicas preventivas e dos inves- prioritários visando: produção de no- timentos diretos em infra-estrutura, incorporando a provisão de servi- vas unidades, reurbanização, recupe- ços e a instituição de políticas habitacionais voltadas para a promo- ração e reforma de unidades existen- ção da reforma urbana. Ou seja, é necessário que a política de tes; regularização faça parte de um plano de urbanização, a fim de ser V. Programação física, financeira e institucional para a realização dos in- interrompido um círculo vicioso que vem se tornando contumaz nas vestimentos prioritários do item V. principais cidades brasileiras: regularizam-se núcleos invadidos, e VI. Programação da futura revisão e atu- logo em seguida novos assentamentos precários vão se formando... alização do PMHB. Nesse sentido, e em sintonia com a sistematização dos levan- tamentos efetuados durante a “leitura do município”, foram formuladas as seguintes ações, que objetivam a reconfiguração das atividades inerentes à Regularização Fundiária:

FGV/ISAE 33 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

Ação 1: Atualização do cadastramento das áreas ocupadas irregularmente, que ofereçam risco de vida à população ou se mostrem ambientalmente frágeis, visando a viabilização do acesso à terra urbana através de incentivos e financiamentos para população de média e baixa renda, adequados a legislação vigente; ANEXOS

Ação 2: Identificação e delimitação de áreas para implantação de AEIS - Áreas de Especial Interesse Social (Mapa A-3), observando que estas áreas deverão estar - quando habilitadas para efeito de uso - dotadas de infra-estrutura mínima de equipamentos e serviços urbanos, de acordo com legislação vigente.

Ação 3: Implementação do reassentamento da população que habita em áreas ocupadas de maneira inadequada, ou de risco ou ambientalmente frágeis, promovendo a regularização urbanística e fundiária das mesmas;

Ação 4: Promoção da assistência técnica gratuíta e viabilização da gratuidade dos primeiros custos referentes aos seguintes tipos de operações imobiliárias, quando se tratar de cidadãos de baixa renda: concessão especial para fins de moradia, concessão de direito real de uso, cessão de posse, direito de superfície, compra e venda;

Ação 5: Na concessão gratuita de terras públicas, ficam estabelecidos os seguintes critérios, no que diz respeito à destinação do uso:

os critérios para o uso social da propriedade urbana, a lei APLICABILIDADE DA LEI MUNICIPAL ESPECÍFICA municipal específica pode dispor com maior detalhamento das regulamentações locais de uma área urbana para o s normas urbanísticas definidoras das exigências Plano Diretor ser executado. para o adequado aproveitamento da propriedade Essa compreensão se fundamenta no próprio dispositivo Aurbana, devem ser instituídas por uma lei municipal constitucional que menciona a necessidade de lei específica específica (artigo 182, parágrafo 4º, da Constituição Fe- para área incluída no Plano Diretor, portanto delimita a ral), não se confunde com o Plano Diretor, que contém as abrangência dessa lei municipal específica para um espaço linhas mestras e os crítérios para a propriedade urbana físico-territorial definido no Plano Diretor. atender a sua função social. Por exemplo, o Plano Diretor, Com base nas medidas e exigências estabelecidas no ao delimitar uma área urbana como subutilizada, pode Plano Diretor e posteriormente detalhadas na lei municipal determinar que o uso desta área deve ser prioritário e específica, será possível verificar se a propriedade ur- intensificado para fins de habitação popular. Por sua vez a bana atende concretamente ou não à sua função social. lei municipal específica, deve detalhar como os proprietários Para tanto, é necessário que a lei municipal específica desta área urbana devem destinar e utilizar suas estabeleça um prazo para o cumprimento dessas propriedades para fins de habitação popular. Esta lei exigências. Essas medidas e exigências são vinculantes específica, somada com o Plano Diretor, pode ser para os particulares, portanto obrigatórias para os compreendida como um plano urbanístico pertencente à proprietários de imóveis urbanos. O descumprimento das categoria dos chamados planos especiais, planos exigências previstas na lei municipal específica é o requisito particularizados. necessário para o poder público municipal poder aplicar Por ser um plano urbanístico especial, suas normas são os instrumentos previstos no parágrafo 4º do artigo 182 vinculantes para a administração e os particulares. Em razão da Constituição Federal. do Plano Diretor dispor sobre as regras gerais de uso e ocupação do território da cidade e definir de forma específica (Guia do Estatuto das Cidades, Ministério das Cidades)

FGV/ISAE 34 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

I - Construção de obras ou instalação de serviços públicos de interesse social e equipamentos comunitários;

II - Utilização da terra para fins de moradia de interesse social; ANEXOS

III - Utilização da terra para fins de subsistência;

IV - A nenhum concessionário será concedido gratuitamente o uso de mais de um lote de terreno público independentemente de sua dimensão.

Ação 6: As áreas irregulares ocupadas por população de média e alta renda poderão sofrer processos de regularização jurídica, mediante contrapartida em favor da cidade, de acordo com a regulação a ser estabelecida em legislação específica.

2.1.4 - MOBILIDADE, ACESSIBILIDADE E MOBILIÁRIO URBANO

A mobilidade urbana diz respeito à facilidade em distância, tempo e custo, de se alcançar fisica- mente, a partir de um ponto específico no espaço urbano, os destinos desejados, de maneira cômoda e eficaz, por meio de acessos adequados e convenientes. É, portanto, a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, aos espaços, mobiliários e equipamentos urba- nos, às edificações, aos transportes e aos sistemas e meios de comunicação, por todas as pessoas, particularmente as portadoras de necessidades especiais.

Assim, os projetos a serem implementados pela Prefeitura, visando promover um adequado sistema de mobilidade e acessibilidade, deve- Ilustrações rão observar os seguintes parâmetros operacionais, visto que na cidade existem situações que impedem a boa mobilidade e acessibilidade da população:

I - Integração entre diferentes formas de mobilidade existentes no Município - fluvial, terrestre, motorizada e não motorizada - priorizando os meios de transporte coletivo; Alinhamento de calçada possibilita melhor mobilidade e II - Promoção da minimização dos custos nos deslocamentos de pes- acessibilidade das pessoas soas e bens;

III - Integração entre as regiões geopolíticas do município;

Neste sentido, foram estabelecidas as seguintes ações, objetivando à efetivação dos processos promotores da mobilidade e acessibilidade:

- Ação 1: Qualificação do sistema de mobilidade, por meio da implementação das seguintes medidas:

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- Restauração, manutenção, construção e/ou reconstrução de calçadas dentro dos perímetros urbanos, visando atender a circulação - mobilidade e acessibilidade - de pessoas, de forma confortável e segura; ANEXOS - Replantio e aumento da arborização urbana nos adequados lo- cais das vias e logradouros públicas.

- Ação 2: Formulação de dispositivos legais instituindo o Progra- ma de Alinhamento e Passeio (Calçadas) - PAP, estabelecendo que o processo de licenciamento de alteração fundiária, reforma, ampliação ou edificação, bem como de mudança de uso da edificação, ficará sujeito às exigências do PAP, com a finalidade de reservar áreas para Exemplo de calçada a ser a circulação e melhorias na acessibilidade urbana, cabendo ao órgão restaurada municipal competente - no caso a Secretaria de Obras - indicar Ilustrações previamente ao interessado o recuo ou a investidura incidente sobre os imóveis.

Deverão fazer parte do Programa de Alinhamento e Passeio:

I - Definição do alinhamento dos logradouros públicos, com a indica- ção da previsão de alargamento em logradouros públicos existentes e de abertura de logradouros públicos para integração da malha viária urbana;

II - Dimensionamento das calçadas e de outros elementos dos logradouros públicos onde couber;

III - Diretrizes gerais para a implantação de mobiliário urbano.

Por sua vez, o mobiliário urbano diz respeito ao conjunto de equipamentos localizados em áreas públicas de uma cidade destinados à prestação de serviços, à comodidade e ao conforto exte- rior da população, que podem ser autofinanciados pela publicidade e que têm como preocupação a qualidade da vida social e respeito ao meio ambiente, a exemplo de placas para informações turísticas, bancas de revista, lixeiras, relógios e termômetro digital, protetores de árvores, bancos, postes artísticos de iluminação, dentre outros.

Os elementos do mobiliário urbano devem ser concebidos de forma a estimular a população na sua utilização e preservação, contribuindo para a organização dos espaços públicos, devendo ser utilizados, materiais de fácil utilização, durabilidade, manutenção e implantação, preferencialmente existentes no Município.

- Ação 3: Desenvolvimento e implentação de projeto com vistas a indicar as necessidades de mobiliário urbano nas praças e artérias da cidade, com planta geral de localização, definindo os diversos componentes, incluindo a comunicação visual e o paisagismo.

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2.1.5 - INFRA-ESTRUTURA VIÁRIA DOS TRANSPORTES URBANOS E FLUVIAIS

As ações a serem implementadas na infra-estrutura viária dos transportes urbanos e fluvial, deve- rão promover: ANEXOS - A perfeita trafegabilidade das vias urbanas, observando os elementos de qualidade do leito asfáltico e da sinalização horizontal e vertical;

- Estudos para abertura de novas vias e expansão da malha viária urbana na cidade, visando a continuidade da malha existente;

- A estruturação de vias para melhoria no tráfego urbano, favorecendo as ligações entre bairros;

- Minimização possíveis de pontos de conflitos viários, contemplando a segurança da circulação de veículos, a mobilidade e acessibilidade segura de pedestres, de pessoas com mobilidade reduzida e ciclistas.

- Desenvolvimento e implementação de sistema integrado de transporte fluvial nas calhas dos principais rios nos quais se situam as comunidades rurais.

Nesse sentido, as seguintes ações deverão ser implementadas:

- Ação 1: Programação permanente de manutenção, melhoramento e pavimentação de vias urbanas, que diz respeito a serviços de melhoramento e manutenção constante do sistema viário da cidade, visando qualificar a circulação dos transportes e o paisagismo urbano. A programação deverá ser composta por um conjunto de ações e procedimentos operacionais, com o fim de solucionar pequenas ava- rias, desgastes, falhas e danos que normalmente ocorrem nas vias de maior tráfego, ou ainda, por problemas derivados da rede de distribuição d’água e da diminuta rede de drenagem. Os serviços deverão abranger, Ilustrações anualmente, todo o sistema viário, com obras de ampliação e manu- tenção da pavimentação e construção de meios-fios e sarjetas. Igualmente, será desenvolvida a programação permanente de manu- tenção, melhoramento e abertura de vias rurais, que deverá obedecer os mesmos princípios operacionais acima definidos. Tipos de mobiliários urbanos em madeira - Ação 2: Programação permanente de sinalização turística e de trânsito - horizontal e vertical - da cidade, que consistirá na constante atualização e manutenção do sistema de sinalização atualmente existente, dotado-o, também, de sinalização gráfica que oriente visitantes e turistas.

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- Ação 3: Desenvolvimento e implementação de sistema integrado de transporte fluvial nas calhas dos principais rios nos quais se situam as comunidades rurais, com terminais para embarque e desembarque de passageiros e cargas, os quais deverão ser dotados de rampa e ancoradou (trapiches).

É necessário também que sejam regularizadas as linhas de transporte fluvial, estabelecendo rotas, ANEXOS freqüências, condições de segurança, regras de transporte de carga e passageiros, em parceria com a capitania dos portos.

- Ação 4: Busca de parceria para captação de recursos para construção de barcos de apoio ao escoamento da produção, visando promover a melhoria da logística das comunidades rurais. A Prefeitura, deverá promover ações reivindicativas junto às agências de desenvolvimento estadual, regional e federal que atuam com essa finalidade.

2.1.6 - QUALIFICAÇÃO DE ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE foto ilustrativa Consiste no processo de intervenção urbanística em áreas selecionadas, por constituírem espaços especiais ou de valor simbólico da cidade, ou por apresentarem uma desestruturação especial resultante Permanente manutenção, da falta de intervenções urbanísticas adequadas, mas principalmente por melhoramento e pavimentação das vias urbanas configurarem situações urbanas estratégicas do ponto de vista estético- histórico-cultural e socioambiental. Intervir nessas áreas constitui uma forma direta de alavancar a vitalização urbana de Carauari e requalificar seus entornos, por meio das seguintes ações governamentais: - Ação 1: Conjunto de Projetos Integrados de vitalização urbana, com medidas de reformas estruturais, observando as particularidades arquitetônicas, paisagísticas e urbanisticas: I - Paisagismo da Orla do Lago Sacado (frente da Cidade); II - Revitalização arquitetônica e paisagística do Centro Comercial; III - Revitalização paisagística das Praças Públicas; IV - Paisagismo da Estrada do Gavião; V - Revitalização de toda a Malha Viária, com observância da qualidade da pavimentação asfáltica, sarjetas, meios-fios, fotos ilustrativas calçadas, arborização e sinalização horizontal. Os projetos executivos terão como objetivo geral a requalificação física dessas importantes áreas tornando-as marcos de referências da cidade. A característica marcante desses projetos é a qualificação física do ambiente para melhor atender as ativida- des de lazer, esporte e turismo, além de atividades múltiplas nos campos da cultura e da socioeconomia, a exemplo da mobilidade e da acessibilidade. - Ação 2: Urbanização de áreas consideradas ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL- AEIS, desprovidas de infraestru- Trapiche e barco regional

FGV/ISAE 38 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI tura urbana básica, a exemplo de serviços de abastecimento de água, esgoto, energia, iluminação pública e telefonia. Tal situação força a população menos favorecida a se utilizar da clandestinidade, para suprir suas necessidades básicas. O projeto de urbanização deve promover uma abordagem integrada, envolvendo melhorias no tecido urbano-ambiental das AEIS (as infra-estruturas necessárias), ANEXOS promovendo também a qualificação socioeconômica além dos procedimentos documentais das famílias que vivem ou serão reassentadas na área. Nesse sentido, o conjunto de ações integradas de urbani- zação abrange as seguintes áreas: I - Bairro da Luz; II - Bairro Memória; III - Bairro 14 Bis; e, IV - Bairro Flamengo O mapa abaixo apresenta a localização dessas quatro AEIS’s, no contexto da cidade:

Mapa A-3 LOCALIZAÇÃO DAS 4 (QUATRO) ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL- AEIS

Áreas de Especial Interesse Social, localizados na Zona de Expansão Urbana - Ação 3: Implementação das 4 (quatro) ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL- AEIS, listadas na Ação anterior, pois fazem parte da política estruturante do segmento habitacional da Prefeitura. A estruturação socioencômica e ambiental dessas áreas irá proporcionar a requalificação dos espaços às margens dos igarapés da cidade e, ao mesmo tempo, tão ou mais importante que isso, ensejará possibilidade às famílias que moram nessas áreas uma recolocação mais digna, em áreas planejadas e dotadas de infra-estrutura necessária.

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2.2 - Ações para o fortalecimento dos segmentos componentes da INFRA-ESTRUTURA FÍSICA BÁSICA ANEXOS

o tocante ao Meio Ambiente, o Art. 244 º da Lei Orgância dispõe que Município deverá atuar no sentido de assegurar à todos os cidadãos o direito ao meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade Nde vida. Nesse sentido, para assegurar efetividade a esse direito, o Município deverá ar- ticular-se com os órgãos Estaduais, Regionais e Federais competentes e ainda, quando for o caso, com outros Municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.

Além disso o Município deverá:

I - Atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das atividades públicas ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no meio ambiente;

II - Promover a ordenação de seu território, definindo o zoneamento territorial e as diretrizes gerais de ocupação que assegurem a proteção dos recursos naturais, em consonância com o disposto na Legislação Estadual pertinente;

III - Assegurar a participação das entidades representativas da comunidade no planejamento e fiscalização de proteção ambiental, garantindo o amplo acesso dos interessados às informações sobre as fontes da poluição e degradação ambiental ao seu dispor; MEIO AMBIENTE E IV - Proibição da derrubada de árvores nas encostas e igarapés, SANEAMENTO AMBIENTAL Objetivos Estratégicos medida já contemplada pelo Art. 249 da Lei Orgânica. romoção e melhoria da saú- Por sua vez, o Código Ambiental de Carauari, objeto da Lei 946/ de coletiva, assegurando o 2005, é fundamentado pelos seguintes princípios que norteiam a Pacesso à água potável em qualidade e quantidade suficientes política pública estruturante da Gestão Municipal de Meio Ambiente: objetivando que os serviços públi- I - O direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado cos de saneamento ambiental se- jam implementados de forma a aten- e a obrigação de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras der progressivamente a população gerações; que encontra-se excluídas dos ser- viços, para possibilitar um ambiente II - A otimização e garantia da continuidade de todos os recursos salubre nas áreas urbana e rural. naturais, qualitativa a quantitativamente, como sendo um pressuposto Trata-se de uma política pública de para o desenvolvimento sustentável; caráter social, econômico e ambi- ental, que leva em consideração os III - A promoção do desenvolvimento integral do ser humano, da princípios da universalidade, eqüi- dade e integridade. educação ambiental a das unidades de conservação e preservação.

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Nesse sentido, dentre os principais objetivos operacionais da Gestão Municipal de Meio Ambiente, destacam-se os seguintes:

I - Compatibilizar o desenvolvimento econômico social com a proteção da qualidade do meio ambiente ANEXOS e o equilíbrio ecológico;

II - Articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas pelos diferentes orgãos e entidades do Municipio, com aquelas dos orgãos federais a estaduais, quando necessário;

III - Articular e integrar ações e atividades ambientais intermunicipais, favorecendo consórcios e outros instrumentos de cooperação;

IV - Identificar e caracterizar os ecossistemas do município, definindo as funções específicas de seus componentes, as fragilidades, as ameaças, os riscos e os usos compatíveis, consultando as instituições públicas de pesquisas da área ambiental;

V - Preservar e conservar as áreas protegidas, bem como o conjunto do patrimonio ambiental local;

VI - Adotar todas as medidas necessárias no sentido de garantir o cumprimento das diretrizes ambientais estabelecidas no Plano Diretor, instrumento básico da política de pleno desenvolvimento das funções sociais, de expansão urbana e de garantia do bem estar da população.

Quanto aos assuntos referentes à Infra-Estrutura Física Básica, os termos do Art. 124 da Lei Orgânica, estabelecem que é de competência municipal, de acordo com as necessidades da população, organizar e prestar serviços de interesse local, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, entre outros: abastecimento de água e esgoto sanitário, limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo, iluminação pública, mercados e feiras. Assim é que, em consonância com as políticas públicas estruturantes estabelcidas pelo presente Plano Diretor, o Município deverá promover programas de saneamento ambiental, destinados a melhorar as condições sanitárias e ambientais das áreas urbanas e rurais, elevando os níveis de saúde da população. Assim, a ação municipal deverá orientar-se para:

I - Ampliar progressivamente as ações na prestação de serviços de saneamento básico;

II - Executar programas de educação sanitária e melhorar o nível de participação das comunidades na solução de seus problemas de saneamento;

III - Executar programas de saneamento em áreas pobres, atendendo à população de baixa renda, com soluções adequadas e de baixo custo para o abastecimento de água e esgoto sanitário;

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2.2.1 - SANEAMENTO AMBIENTAL & MEIO AMBIENTE conceito de Saneamento Ambiental, abrange o saneamento básico (abastecimen- to de água potável, esgotamento sanitário), manejo de resíduos sólidos, manejo de águas pluviais bem como os aspectos relacionados à poluição do ar, poluição ANEXOS Osonora entre outras, todos relacionados com fatores componentes do meio ambiente. Água tratada: O acesso à água tratada é fundamental para a melhoria das condições de saúde e higiene. Associado a outras informações ambientais e socioeconômica, incluindo outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, é um indicador universal de desenvolvimento sustentável. Trata- se de um indicador importante para a caracterização básica da qualidade de vida da população, quanto ao acompanhamento das políticas públicas de saneamento básico e ambiental. Esgotamento sanitário: A ausência ou deficiência dos serviços de esgotamento sanitário é funda- mental para a avaliação das condições de saúde, pois o acesso adequado a este sistema de sanea- mento é essencial para o controle e a redução de doenças. Associado a outras informações ambien- tais e socioeconômicas, incluindo outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, é um bom indicador universal de desenvolvimento sustentável. Trata-se de indicador muito importante tanto para a caracterização básica da qualidade de vida da população residente em um território, quanto para o acompanhamento das políticas públicas de saneamento básico e ambiental. Serviço de coleta de lixo doméstico: O acesso ao serviço de coleta de lixo é fundamental para a proteção das condições de saúde, através do controle e a redução de vetores e por conseguinte das doenças relacionadas. A coleta do lixo traz significativa melhoria para a qualidade ambiental do entorno imediato das áreas beneficiadas, mas por si só não é capaz de eliminar efeitos ambientais nocivos decorrentes da inadequada destinação do lixo, tais como a poluição do solo e das águas, através do chorume. O tratamento do lixo coletado é condição essencial para a preservação da qualidade ambien- tal e da população. Coleta seletiva: Diversos aspectos são motivadores de programas de coleta seletiva dos resídu- os, dentre os quais o sanitário e ambiental, onde a disposição inadequada, muitas vezes aliada à falta de sistemas eficientes de coleta, pode trazer problemas de saúde pública, bem como a contaminação de águas superficiais e subterrâneas e, ainda, do solo; e sócio-econômico, onde programas de coleta seletiva permitem a geração de renda e reduzem os gastos com a limpeza urbana e investimentos em novos aterros. Neste sentido, em sintonia com a análise e sistematização dos levantamentos realizados durante o processo de “leitura do município”, foram formuladas as seguintes ações, que objetivam a enfatizar o fortalecimento das atividades de cuidados com o Meio Ambiente e com a Infra-estrutura Física Básica, enquanto não for implementado o Plano de Saneamento Ambiental de Carauari (PSA-C) - especificado na Ação 4, particularmente, as ações que lhes são diretamente conexas:

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- Ação 1: ABASTECIMENTO DE ÁGUA - Medidas de fiscalização e controle no sentido de promover a redução da intermitência do abastecimento de água e otimização da rapidez nos serviços de manutenção, inclusive com medidas de soluções para os pontos críticos do sistema, localizados

principalmente, nas áreas ocupadas por habitações subnormais, assim como o acesso às análises ANEXOS sistemáticas da qualidade da água. - Ação 2: DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS - Intensificar as obras de drenagem e de monitoramento do sistema de drenagem, visando ampliar o atendimento e promover o adequado funcionamento, ampliando o sistema. - Ação 3: TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - Reestruturar o sistema de limpeza pública, com atenção especial para o lixo hospitalar, assim como a constante fiscalização para inibir o depósito de lixo em vazios urbanos. - Ação 4: ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO AMBIENTAL - que deverá ser um instrumento de planejamento e de gestão para promover uma intervenção integrada no espaço territorial do Município, na perspectiva de superar a forma de abordagem setorial e estanque, tradicionalmente utilizada para planejar e implementar ações e serviços de saneamento. O Plano terá por objetivo integrar as ações da Administração Municipal no sentido de alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo, além dos serviços públicos de saneamento básico, o controle ambiental da captação e dos reservatórios de água, vetores de doenças e a observância do uso e ocupação do solo, nas condições que maximizem a promoção e a melhoria das condições de vida tanto no meio urbano quanto no meio rural.

LEI Nº 11.445, DE 5 DE instalações operacionais de: instalações operacionais de coleta, JANEIRO DE 2007 a) abastecimento de água potável: transporte, transbordo, tratamento e constituído pelas atividades, infra- destino final do lixo doméstico e do A Nova Lei do Saneamento estruturas e instalações necessárias lixo originário da varrição e limpeza ao abastecimento público de água de logradouros e vias públicas; Estabelece diretrizes nacionais para potável, desde a captação até as d) drenagem e manejo das águas o saneamento básico; altera as Leis ligações prediais e respectivos pluviais urbanas: conjunto de os n 6.766, de 19 de dezembro de instrumentos de medição; atividades, infraestruturas e 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, b) esgotamento sanitário: constituído instalações operacionais de 8.666, de 21 de junho de 1993, pelas atividades, infra-estruturas e drenagem urbana de águas pluviais, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; instalações operacionais de coleta, de transporte,detenção ou retenção o revoga a Lei n 6.528, de 11 de maio transporte, tratamento e disposição final para o amortecimento de vazões de de 1978; e dá outras providências. adequados dos esgotos sanitários, cheias, tratamento e disposição final Para os efeitos desta Lei, considera- desde as ligações prediais até o seu das águas pluviais drenadas nas se: lançamento final no meio ambiente; áreas urbanas; I - saneamento básico: conjunto de c) limpeza urbana e manejo de II - gestão associada: associação serviços, infra-estruturas e resíduos sólidos: conjunto de voluntária de entes. atividades, infra-estruturas e

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Entende-se por salubridade ambiental, a qualidade das condições em que vivem populações urba- nas e rurais no que diz respeito à sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente, bem como de favorecer o pleno gozo da saúde e o bem-estar.

O Plano de Saneamento Ambiental deve viabilizar os seguintes objetivos prioritários: ANEXOS I - No sistema de abastecimento de água: a - Implantação de estação de tratamento de água; b - Ampliação e readequação da rede de distribuição de água em função da demanda existente; c - Implantação e readequação dos reservatórios de água:

Meio Ambiente e Infra-Estrutura Física banheiro e sanitário. Transportes: Principais Indicadores de desenvolvimento: diminuição de moléstias transmissíveis melhoramento e ampliação do terminal Abastecimento de água: por deficiência sanitária. fluvial. aumento da capacidade de captação. Drenagem: aumento do conforto, segurança e higiene implantação do sistema de tratamento. aumento do percentual da população resi- dos motores de linha. aumento da capacidade de reservação. dente em ruas providas de rede de drena- promoção de acesso ao financiamento ampliação da extensão da rede de gem. de barcos. distribuição. sistemática desobstrução das caixas co- implantação de normas de segurança aumento do percentual da população letoras. para o tráfego urbano. atendida. sistemático melhoramento e conservação implantação da sinalização de segurança diminuição de moléstias de transmissão de escoadouros de águas pluviais. nas vias urbanas. de origem hídrica. aumento da extensão de sarjetas e meios- melhoramento e conservação da infra- Limpeza pública: fios. estrutura aeroviária. aumento da abrangência da coleta, trans- Infra-Estrutura física básica: Energia elétrica: porte e adequação da disposição final. serviço de conservação sistemática das aumento da capacidade geradora. aumento da frequência dos serviços. vias urbanas. melhoramento da iluminação pública. sistemática varrição e capinagem de aumento do percentual da população resi- melhoramento da iluminação pública de vias, logradouros públicos e de terrenos dente em vias pavimentadas, rede de acesso aos equipamentos sociais, escolas baldios (mutirão de limpeza pública). drenagem, arborização, meios-fios e sarjetas. e praças. sistemática limpeza e remoção de resí- serviço de conservação sistemática das aumento da população servida. duos de áreas de lazer. estradas rurais. Telecomunicações: sistemática limpeza e a lavagem dos melhoramento das condições de aumento da relação do número de telefo- vias mercados e feiras. trafegabilidade durante a estação chuvosa. nes por 1000 habitantes. colocação de coletores de lixo, educando sistemática conservação das praças, jar- aumento do nº de telefones públicos a população para utilizá-los. dins e prédios públicos. diminuição do tempo de espera nas liga- sistemáticos mutirões de limpeza dos aumento dos equipamentos e pessoal dis- ções para as localidades mais chamadas. bairros. poníveis para os serviços de pavimenta- diminuição de interrupções nos circuitos Instalações sanitárias domiciliares: ção, conservação de vias, conservação de urbanos, interurbanos e intermunicipais. aumento do n0 de domicílios dotados de praça, jardins e prédios públicos.

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FUNASA: Saneamento para promoção da Saúde

FUNASA realiza obras de água de abastecimento público, e ainda: 600,00 é possível realizar a construção saneamento em localidades - Elevar o número de serviços de e a manutenção de benfeitorias do tipo ANEXOS Ade até 30 mil habitantes, em abastecimento público de água com individual, diretamente na casa das áreas rurais e indígenas e em fluoretação em todo o território nacional; pessoas. As Melhorias Sanitárias periferias de grandes cidades com - Promover a melhoria dos Domiciliares já beneficiaram mais de índices críticos de qualidade de vida. procedimentos operacionais de um milhão de pessoas, em todo o país. controle da qualidade da água para São ações de Melhorias Sanitárias Saneamento em Áreas Indígenas consumo humano, incluindo os Domiciliares: ligações à rede de água aspectos relativos a fluoretação da e de esgoto e construção de Nas aldeias indígenas, a FUNASA água; banheiros, fossas sépticas, poços realiza obras de abastecimento de - Contribuir para o fortalecimento da rasos, sumidouros e outras água, construção de barragens e vigilância da qualidade da água para benfeitorias, de uso coletivo como unidades de saúde, além de consumo humano; chafarizes. melhorias sanitárias como tanques, - Contribuir para o fortalecimento do Além disso, são instaladas e pias, fossas sépticas e vasos Sistema de Vigilância da Qualidade da confeccionadas peças sanitárias pré- sanitários. Água para Consumo Humano – moldadas como vasos sanitários, pias SISAGUA; de cozinha, tanques de lavar roupa, Drenagem - Reduzir o índice de prevalência de filtros e recipientes para lixo, lavatórios cárie dental na população de faixa e caixas de água. As obras de drenagem em áreas etária de 7 a 14 anos. A confecção das peças é realizada em endêmicas de malária têm por Oficinas Municipais de Saneamento, objetivo eliminar os criadouros de Habitação Rural permitindo o aproveitamento de mão- anofelinos - mosquitos transmissores de-obra local e transferência de da malária em áreas urbanas. As A FUNASA, por intermédio das ações tecnologia. ações de drenagem abrangem: de Melhorias das Habitações Rurais, aterros, limpeza, escavação e principalmente na Região Nordeste e retificação de leitos de cursos de em Minas Gerais, tem contribuído para água, coleta de águas pluviais e o controle da doença de Chagas, construções de canais. causada pelo barbeiro. Para combater o barbeiro, a FUNASA realiza trabalhos Fluoretação da Água de borrifação e desmatamento periférico, além de melhorar as O Sub–Componente do Programa condições físicas das casas, rebocando Brasil Sorridente - a Saúde Bucal as paredes de barro e sapé, Levada a Sério: destina-se à reformando os telhados, pisos, promoção da saúde bucal de forma melhorando a iluminação e ventilação abrangente e socialmente justa de e as condições peridomiciliares como acesso ao flúor para prevenção e galinheiros, cercas, paióis, chiqueiros redução dos índices atuais de cárie etc. dental. Tem como objetivos, contribuir para Melhorias Sanitárias Domiciliares a redução da prevalência da cárie dental mediante a fluoretação da Com um custo médio unitário de R$ Instalações Sanitárias Domiciliáres.

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RECICLAGEM & COMPOSTAGEM PARA ÁREAS URBANAS OU RURAIS

Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambien- ANEXOS tal (LESA), do Departamento de Engenharia O Civil da Universidade Federal de Viçosa (UFV), tem como objetivo principal desenvolver estudos, proje- tos, pesquisas e extensão, na área de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos (lixo). A Universidade Federal de Viçosa - UFV, desde a sua criação, em 1926, caracteriza-se pelo seu espírito de Pátio de compostagem da URC vanguarda na busca de desenvolvimento de novas tecnologias que resolvam os principais problemas enfren- O lixo urbano ao chegar na URC sofre um processo tados pelas comunidades urbanas e rurais. Para consoli- de triagem da parte inorgânica e orgânica. A parte inorgânica dar a trilogia ensino, pesquisa e extensão, a UFV tem feito é selecionada visando a reciclagem de materiais de inte- novas descobertas cientificas especializando-se (como resse econômico (papel, plástico, vidro e metais), sendo a centro de excelência) em várias áreas de grande deman- parte orgânica destinada ao pátio de compostagem onde é da, a exemplo das pesquisas e projetos que desenvolve submetida a um processo natural, aeróbico, controlado, de na área de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos conversão biológica. Após passar por essa fase, com dura- (lixo urbano). Nesta área, especificamente em relação a ção variável de 90 a 120 dias, o material encontra-se devi- Tratamento (Compostagem e Reciclagem) do Lixo Urba- damente estabilizado. no, a UFV já detém tecnologias consolidadas de baixo Vale ressaltar que as ações que norteiam a UFV/ custo, as quais vêm sendo repassadas a seus estudan- LESA além da Pesquisa e Extensão, como não poderia tes, aos produtores rurais, às entidades governamentais deixar de ser é o Ensino. Assim, pretende-se mais que e não governamentais, às empresas e à sociedade em tratar lixo, desenvolver atividades despertando na comuni- geral. dade o espírito de cidadania. URC - UNIDADE DE RECICLAGEM E Finalmente, busca-se neste trabalho um salto qualita- COMPOSTAGEM tivo ambiental, educacional e de saúde pública, através da A tecnologia utilizada na URC foi desenvolvida no transformação da URC em um Centro de Educação Ambi- LESA através das pesquisas ao longo dos últimos dez ental, onde abrigará os projetos agregados, tais como: hor- anos, tendo como coordenador o Prof. João Tinoco Pe- tas (comunitária, escolar, residencial), viveiros para repro- reira Neto. dução de mudas (frutíferas, ornamentais, mata ciliar e de A URC é um sistema de baixo custo de implantação topo), oficina de papel artesanal, entre outros. e operação, que visa sanar o problema de destinação Com o compromisso de socializar os conhecimentos final do lixo urbano, através da reciclagem (papel, pape- gerados e transferir a tecnologia para a sociedade, a UFV/ lão, plástico, vidros e metais) e compostagem de matéria LESA tem realizado treinamentos, qualificando a mão-de- orgânica (restos de frutas, verduras, comida, resíduos de obra para operar as URC’s. poda, etc.).

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d - Implantação de sistemas de armazenamento de águas foto ilustrativa pluviais e de tratamento de água de poços para abastecimento nas comunidades rurais.

II - No sistema de esgotamento sanitário: ANEXOS a - Implantação de rede coletora de esgoto, estações elevatórias e estação de tratamento de esgoto. III - No sistema de drenagem urbana: a - Implantação e readequação de guias e sarjetas, bueiros, bocas-de-lobo, galerias coletoras e sistemas de disposição fi- Serviços de saneamento ambiental nal das águas pluviais. IV - No sistema de limpeza urbana: a - Implantação de aterro sanitário, usina de compostagem e reciclagem.

Principais Programas do Governo A ação de gestão de unidades de e trabalho no interior do Estado. Dentre Estadual para para o conservação de proteção integral tem como as estratégias de implementação desta Meio Ambiente objetivo estabelecer áreas prioritárias de ação estão incluídas a realização de proteção à biodiversidade no Estado para treinamentos e a implantação de projetos PROTEÇÃO E USO SUSTENTÁVEL implementar projetos para a gestão de áreas de proteção, conservação e uso DOS RECURSOS NATURAIS de proteção integral, prevendo um plano de sustentável dos recursos naturais junto capacitação para os gestores e agentes às comunidades extrativistas, A finalidade desta ação é desenvolver ambientais voluntários das unidades de associações, cooperativas, entre outros. projetos e planos de trabalho com órgãos proteção integral e elaboração de um plano públicos, organizações não-governa- de divulgação das unidades de conservação ORGANIZAÇÃO DE CADEIAS mentais, sociedade civil organizada e de proteção integral. PRODUTIVAS FLORESTAIS outras pessoas jurídicas, objetivando realizar parcerias para proteção e uso ORGANIZAÇÃO E FORTALECIMENTO A ação de dinamização de cadeias sustentável dos recursos naturais, através DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO produtivas florestais e dos recursos da da formalização de convênios e contratos EXTRATIVISTA fauna silvestre visa orientar a que venham atender os objetivos do organização da produção, criação e programa Zona Franca Verde. Em complemento ao fomento à produção comercialização dos produtos extrativista, a ação de organização e madeireiros, não-madeireiros e fortalecimento dos sistemas de produção subprodutos da fauna silvestre no Estado GESTÃO DE UNIDADES DE extrativista e implantação de infra-estrutura e do Amazonas, visando o uso sustentável CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO tecnologia para o extrativismo foi definida dos recursos naturais renováveis. INTEGRAL com o intuito de diversificar a atividade produtiva, com conseqüente geração de renda

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b - Implantação de coleta seletiva articulada com ações de educação ambiental envolvendo toda a população. V - Na recuperação de curso d’água: ANEXOS a - Limpeza e desassoreamento dos cursos d’água com recuperação de matas ciliares; b - Implantação de áreas de esporte e lazer nas várzeas dos cursos d’águas recuperados, quando possível. VI - Na abrangência do território municipal como um todo e orientando programas, ações e investimentos de órgãos do governo federal nas comunidades rurais. - Ação 5: RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - Cadastramento geo-referenciado e caracterização técnica das áreas degradas e áreas de riscos existentes no Município, inclusive o estabelecimento de mecanismo de intervenção técnica visando a proteção, recuperação e melhorias dessas áreas contra situações de deslizamentos, erosão, assoreamentos e outros problemas resultantes da degradação ambiental. - Ação 6: UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO - Promoção de medidas de conservação e preservação no Município.

Principais Políticas Públicas do Governo Federal para a Infra- em mercados regionais, nacionais e interna- sócio-cultural. Estrutura e para o Meio Ambiente cionais, bem como para o uso sustentável Suas prioridades serão o fortalecimento dos recursos naturais com manutenção do das políticas de ordenamento e gestão PLANO AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL equilíbrio ecológico. democrática do território, visando O PAS se organiza em torno de cinco grandes contribuir para a superação de conflitos O Plano Amazônia Sustentável - PAS é eixos temáticos: fundiários e sobre os direitos de acesso - produção sustentável com inovação e uma iniciativa do Governo Federal em aos recursos naturais para a sua proteção competitividade parceria com os estados da região direta; apoio aos processos de produção, - gestão ambiental e ordenamento territorial amazônica. Propõe estratégias e linhas comercialização, uso e transformação - inclusão social e cidadania de ação, aliando a busca do dos recursos naturais bem como a - infra-estrutura para o desenvolvimento desenvolvimento econômico e social com remuneração dos serviços ambientais, - novo padrão de financiamento. o respeito ao meio ambiente. incluindo o desenvolvimento de O Plano tem como objetivo geral processos de disseminação de implementar um novo modelo de PROGRAMA AMAZÔNIA conhecimentos técnico-científicos desenvolvimento na Amazônia brasileira, aplicados às práticas produtivas pautado na valorização da potencialidade A ser implementado a partir de 2007, para sustentáveis. de seu enorme patrimônio natural e sócio- ser desenvolvimdo em 10 anos, tem por O programa será estruturado com base cultural. Suas estratégias estão voltadas objetivo contribuir para o desenvolvimento em quatro linhas temáticas: Conservação para a geração de emprego e renda, a sustentável da região por meio da promoção e Gestão Ambiental, Fomento à Produção de ações que visem a proteção e o uso redução das desigualdades sociais, a Sustentável, Participação Social e sustentável dos recursos naturais bem como viabilização das atividades econômicas Cidadania e Instrumentos Ambientais para a valorização da sua diversidade biológica e dinâmicas e inovadoras, com inserção a Infra-Estrutura de Desenvolvimento.

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É de ser ressaltado que Carauari possui mais de 65% de Imagens ilustrativas toda sua área, protegida legalmente, abrangendo as seguintes Unidades de Conservação e Terras Indígenas:

- Resex do Médio Juruá; ANEXOS - RDS Uacari; - Terras Indígenas do Rio Biá; - Parte de Terras Indígenas do Juruá; - Parte da Floresta Nacional de Tefé.

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) é uma Unidade de Conservação definida como sendo uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sus- tentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que de- sempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na Rio Juruá manutenção da diversidade biológica. São criadas por ato do Poder Público, devendo ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para cada unidade. - Ação 7: PARQUE ECOLÓGICO DE CARAUARI - Desenvolvimento de estudos técnicos de viabilidade com vistas à criação do Parque Ecológico Urbano de Carauari, dotado de equipamentos e serviços que o qualifique em uma atração ambiental e turística. - Ação 8: EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Promover medidas que objetivem transmitir conhecimen- tos a respeito das questões que envolvem o meio ambiente, buscando sensibilizar e envolver a soci- edade no processo de execução de ações voltadas para conserva- ção e preservação ambiental visan- do o desenvolvimento sustentável IMPORTÂNCIA DA e a melhoria da qualidade de vida PRESERVAÇÃO DAS MATAS CILIARES da população, utilizando os meios adequados existentes, procurando atingir escolas, residências, cen- tros comunitários, barcos, flutuan- tes, comunidades rurais, associa- ções de bairros, mercado, centros comerciais e feiras, ressaltando a importância de um permanente COM PRESERVAÇÃO, SEM PRESERVAÇÃO, Programa de Educação Ambiental.

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2.2.2 - ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES

Embora a operacionalização dos sistemas de energia e telecomunicações não sejam de competência direta da Administração Municipal, foram formuladas as seguintes propostas de ações objetivando a constante melhoria desses sistemas: ANEXOS

Sistema de ENERGIA:

- Ação 1: MELHORIAS NA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO - Implicará na realização de serviços de melhorias do sistema de distribuição, medição e balanceamento de carga, remanejamento de transformadores, manutenção da rede (troca de cruzetas avariadas, podagem de árvores, tensionamento da rede e etc.).

- Ação 2: AMPLIAÇÃO DA REDE - Implantação da rede elétrica para atendimento de famílias que moram na cidade, que ainda não são atendidas por esses serviços.

- Ação 3: LUZ PARA TODOS - Ampliação do raio de ação do Programa Luz Para Todos no interior do Município.

- Ação 4: MUDANÇA DE LOCAL - Relocação da usina de geração de energia para um local mais adequado, a fim de evitar os impactos ambientais causados até então.

Sistema de TELECOMUNICAÇÕES:

- Ação 1: INTERIORIZAÇÃO - Implantação de projeto de interiorização, em sintonia com as normas operacionais do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - FUST, visando o cumprimento da obrigação, por parte das empresas concessionárias de telecomunicações, a criar e integrar o sistema de telefonia em comunidades acima de 100 habitantes, inclusive por meio de redes de rádio, de forma a quebrar o isolamento das comunidades e agilizar a atuação em casos de urgência (incêndios florestais) ou crimes ambientais. A estrutura operacional do Projeto SIVAM/SIPAM poderá ser integrada como base de apoio para o projeto.

FUNDENORTE cutivo Federal, o Fundo de Desenvol- contingenciamento pela União vimento Sócio-Ambiental do Norte - dos recursos do FUNDENORTE. A o dia 13 de novembro de FUNDENORTE, com o objetivo de re- aplicacão exclusiva será em investi- 2002 as Mesas da Câmara duzir desigualdades regionais, promo- mentos na infra-estrutura sócio-eco- Ndos Deputados e do Senado vendo a melhoria das condições de vida nômica, bem como na geração de Federal, nos termos do § 3o do artigo das populações do interior dos Es- emprego e renda, de forma 60 da Constituição Federal, promul- tados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, compatibilizada com a proteção do gam emenda ao texto constitucional, Rondônia e Roraima, sendo vedada meio ambiente. acrescentando ao Ato das Disposições a aplicação de seus recursos nos Essa importante emenda constitucional Constitucionais Transitórias o artigo 90, Municípios das capitais estaduais. já vigorá. instituindo, no âmbito do Poder Exe- É vedada também a retenção ou

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PROGRAMA LUZ PARA TODOS programa Luz Para Todos, - as longas distâncias que provocam tem como meta tirar 12 mi- Projetos de eletrificação rural em o encarecimento das ações, pelo fato Olhões de brasileiros da es- municípios com baixo índice de Desen- de que, em alguns casos, o custo de ANEXOS curidão até 2008. Com o Programa, volvimento Humano - IDH; transporte é superior ao custo de exe- o Governo Federal pretende ante- Projetos de eletrificação rural em cução; cipar em sete anos a universalização escolas públicas, postos de saúde e - pelo fato de existirem poucas estra- da energia elétrica no País. poços de abastecimento de água; das no inteirior, as linhas de transmis- O objetivo estratégico é o de utilizar Projetos de eletrificação rural que são por meio de posteamento - que a energia elétrica como instrumento enfoquem o uso produtivo da energia servem apenas para algumas pou- para o desenvolvimento elétrica e fomentem o desenvolvimento cas localidades próximas às sedes socioeconômico das comunidades local integrado; municipais - dispõem de mais recur- para a redução da pobreza e da sos que os sistemas isolados - no qual Projetos de eletrificação rural das fome. O acesso à energia elétrica se enquadram a grande parte das populações do entorno de unidades também irá contribuir para a localidades. Para esses casos, a de conservação ambiental; integração das políticas sociais e ação mais recomendável é a compra possibilitará que as comunidades Projetos de eletrificação rural, oriun- de placas de luz solar e pequenos atendidas se beneficiem de serviços dos de demandas coletivas. geradores. básicos de saúde, educação, No Amazonas, já foram beneficiadas abastecimento de água e comunica- no período de 2004 a janeiro de 2007, ção. 11.361 moradias, beneficiando 56.805 O programa observa as seguintes famílias, estando previsto o atendimen- prioridades: to até 2008, um total de mais de 81.000 famílias. Projetos de eletrificação rural que atendam as comunidades atingidas As prefeituras do interior do Estado, por barragens de usinas hidrelétri- por meio da Associação Amazonense placa de luz solar cas; de Municípios (AAM), reinvidicam do governo federal a diferenciação do Projetos de eletrificação em as- Programa, para atender as peculiares pequeno gerador sentamentos rurais; regionais, particularmente nos seguin- Projetos de eletrificação rural em tes aspectos: municípios com baixo índice de aten- dimento em energia elétrica; FUST - FUNDO DE UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

m vigor desde agosto de saúde, melhorando o atendimento à po- Até jan/2007, 90% dos recursos arre- 2000 (lei 9.998), o FUST - pulação. cadados estavam contingenciados pelo EFundo de Universalização Os recursos do FUST provêm do reco- Governo Federal, enquanto os restan- de Serviços de Telecomunicações, lhimento de 1% do faturamento bruto das tes 10% destinados para programas foi criado para ampliar os serviços empresas do setor (excluído o ICMS, de educação e saúde, estavam prati- de telecomunicações no Brasil, so- PIS e Cofins) e serão fiscalizados pela camente intocados. bretudo nas regiões mais distantes, ANATEL - Agência Nacional de Teleco- A aplicação do FUST no Amazonas visando também implantar redes de municações, sob o gerenciamento do Mi- será uma mola propulsora do processo comunicação em escolas, órgãos pú- nistério das Comunicações. de dessenvolvimento municipal. blicos, bibliotecas e instituições de

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Governo do Amazonas sanciona leis de Mudanças Climáticas e para Unidades de Conservação do Amazonas

Governo do Amazonas sancionou no dia os meses às famílias que têm o compromisso de utilizar 05/06/2007 - Dia Mundial do Meio racionalmente os recursos naturais, por meio de técnicas Ambiente - duas leis que alteram a política de manejo. A meta é atingir 60 mil famílias até 2010. Oambiental do Amazonas. A solenidade foi O Bolsa Floresta é um fundo a ser constituído a partir da realizada no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, com remuneração pela prestação de serviços ambientais. As a presença de diversas autoridades, representantes da florestas do Amazonas prestam um bem ao meio ambiente sociedade civil e de ONGs . funcionando como um grande refrigerador da Terra. E a A primeira lei cria a política estadual sobre mudanças preservação dessas florestas acontece graças a presen- climáticas, conservação ambiental e desenvolvimento sus- ça de homens e mulheres que habitam nessas matas. Com tentável no Amazonas. A segunda regulamenta o Siste- o Bolsa Foresta será arrecadada verba a ser repassada ma Estadual de Unidades de Conservação (SEUC). para essas pessoas a fim de que elas tenham uma melhor O Decreto sobre mudanças climáticas institui e torna públi- qualidade de vida. ca a iniciativa do Governo do Amazonas em desenvolver Por sua vez a lei que cria o Sistema Estadual de Unidades e estimular esforços dos órgãos e entidades da adminis- de Conservação estabelece os critérios e normas para a tração direta e indireta do poder executivo, por meio da criação, implantação e gestão das unidades de conserva- cooperação com os demais entes da federação, entidades ção. O projeto trata, no âmbito estadual, das diretrizes públicas internacionais, empresas privadas, organizações estabelecidas pela legislação federal que institui o Sistema da sociedade civil e comunidades no esforço de combate Nacional de Unidades de Conservação. ao aquecimento global. O processo de elaboração do anteprojeto para o SEUC O objetivo do Governo é reforçar as ações já desenvolvi- envolveu dezenas de seminários públicos e estudos cien- das pelo Programa Zona Franca Verde, além da criação tíficos ao longo dos dois últimos anos. A proposta final, do novo programa de monitoramento de biodiversidade e aprovada em primeiro turno na ALE (Assembléia Legislativa do desmatamento. Entre os programas previstos no de- do Estado), incorpora inovações no campo da creto, está a criação da Bolsa Floresta, sistema de paga- conservação ambiental e desenvolvimento sustentável. mento por serviços ambientais a ser feito, inicialmente, para As duas leis representam a renovação do compromisso os moradores das unidades de conservação. do Governo com a conservação e o desenvolvimento sus- O Bolsa Floresta beneficiará, nesta sua primeira fase de tentável do Amazonas, colocando-o numa posição estraté- execução 8, 5 mil famílias que habitam as 31 unidades de gica no debate nacional e internacional sobre as alternati- conservação ambiental do Amazonas, totalizando 17 mi- vas para o processo de mudanças climáticas globais. lhões de hectares. O Governo repassará R$ 50,00 todos

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2.3 - Ações para promoção dos segmentos componentes da Infra-Estrutura do DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 210 da Lei Orgânica de Carauari, dispõe que a promoção do desenvolvimento econô- ANEXOS mico do Município, deve ser implementada de acordo com as atividades econômicas realizadas em seu território afim de que contribuam para elevar o nível de vida e o bem- Oestar da população local, bem como para valorizar o trabalho humano. Para a consecução desses objetivos, o Município atuará de forma exclusiva ou em articulação com a União e com o Estado, agindo no sentido de: DESENVOLVIMENTO I - Fomentar a livre iniciativa; ECONÔMICO II - Privilegiar a geração de emprego; Objetivos Estratégicos III - Utilizar tecnologia de uso intensivo da mão-de-obra; lém da utilização de terras firmes, florestas e águas IV - Racionalizar a utilização de recursos naturais; Aterritoriais, com vistas à V - Proteger o meio ambiente; criação de condições para maior eficácia do extrativismo, pesca, VI - Proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e aquicultura, agricultura e pecuária dos consumidores; no Município, será estimulada a implantação e desenvolvimento de VII - Dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal empresas industriais, comerciais e ou mercantil, às micro e pequenas empresas locais, considerando de serviços, com destaque para: sua contribuição para a democratização de oportunidade, inclusive - O apoio às micro, pequenas e para os grupos sociais mais carentes; médias empresas; - Ao desenvolvimento do turismo e VIII - Estipular o associativismo e o cooperativismo às micro e ecoturismo com atração de investi- pequenas empresas; mentos para o setor, divulgando as IX - Eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício potencialidades turísticas do Muni- da atividade econômica; cípio e buscando desenvolver a infra-estrutura requerida para a sua X - Desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras esferas exploração. do governo de modo que sejam, entre outros, efetivados: a) - - Ás alternativas de explorações assistência técnica; b) - crédito especializado ou subsidiado; c) - racionais dos recursos naturais. estímulo fiscal e financeiro.

Desenvolvimento Econômico oferta de cursos voltados para a urbanos e rurais. Principais Indicadores de agroindústria. desenvolvimento: estratégias de gestão participativa incentivo e fomento à promoção de oferta de cursos voltados para a comunitária nas atividades turísticas intercâmbios de cooperação técnica produção de artesanatos. e ecoturísticas. e científica com instituições das áreas implantação de normas adequadas melhoramento sistemático da infra- econômicas afins. para a pesca. estrutura física básica: transportes, oferta de cursos de qualificação para assistência técnica, fomento e crédito energia elétrica, telecomunicações, agricultores e aqüicultores para as comunidades de produtores instalações hidroviárias.

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Por sua vez, o Art. 212° da Lei Orgânica, estabelece que é de responsabilidade do Município, no campo de sua competência, a realização de investimentos para formar e manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, sejam diretamente ou

mediante delegação ao setor privado para este fim. A atuação do Município dar-se-á, inclusive, no meio ANEXOS rural, para a fixação de contingentes populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e geração de renda e estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a viabilizar esse propósito. Nesse sentido, a promoção do desenvolvimento sustentável no meio rural será estimulado por meio das diretrizes operacionais do desenvolvimento endógeno - que deve ser entendido e construído, principalmente, embora não exclusivamente, sobre os recursos locais, como as potencialidades natu- rais, a força de trabalho e o conhecimento das singularidades do universo socioeconômico e ambiental amazônico, particularmente a Região do Juruá. Para tanto haverá necessidade de implementação de medidas integradas com vistas a promover a maximização da capacidade de absorção de técnicas modernas de produção pela classe dos trabalhadores, por meio dos seguintes instrumentos: I - Capacitação que vise a reeducação e conscientização para a necessidade do melhor aproveita- mento, com técnicas e tecnologias para a modernização tecnológica do setor, as quais deverão ser difundidas pelos segmentos responsáveis pela pesquisa agropecuária e assistência técnica governa- mental; II - Apoio e acesso aos instrumentos econômico-financeiro de crédito para aquisição de equipa- mentos, insumos ou serviços moto-mecanizados;

SETOR PRIMÁRIO economicamente válida. desenvolvimento socioeconômico. Objetivos Estratégicos Este objetivo estratégico expressa a Assim, as ações integradas a serem intenção de estimular o aproveitamento desenvolvidas, deverão ser centradas aximizar a utilização de racional dessas potencialidades, no apoio ao produtor rural - que no terras firmes, florestas, compatibilizando o uso de técnicas ao Amazonas é o pequeno produtor - Mvárzeas e águas terri- respeito à ecologia, os benefícios sociais buscando colocar à sua disposição toriais, criando condições para maior à rentabilidade econômica e possibi- oportunidades reais de progresso, que eficácia do extrativismo, pesca, litando a implantação e manutenção de lhe serão oferecidas em condições de aquicultura, agricultura e pecuária no um processo permanente de desen- serem absorvidas por ele; Município. Este objetivo, tem signi- volvimento endógeno no Estado. oportunidades que serão colocadas à ficado e importância estratégica na Implica, portanto, num grande desafio sua disposição, integralmente, realidade do setor primário amazo- e numa alternativa para a geração de permitindo-lhe o acesso à terra, ao nense, pelo fato de serem muito riquezas no Amazonas, exigindo, para capital, à inovação tecnológica, de amplas suas potencialidades, por um ser viabilizado, ações adequadas às forma que possam constituir, realísti- lado, porém, por outro lado, grandes peculiaridades do setor agrícola camente, em alternativas para o seu também têm sido, historicamente, as amazonense e firme comprometimento desenvolvimento, de sua família e da barreiras à sua exploração de forma dos governos municipal, estadual, fe- comunidade. ecológica, social, técnica e deral e das comunidades rurais com o

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III - Sistematização do acesso da produção à sua demanda (cadeia produtiva/logística), envolvendo os aspectos de beneficiamento, escoamento, armazenamento e garantia de preços justos ao produtor; IV - Sistemático processo de defesa e inspeção sanitária, animal e vegetal, e classificação de produtos; ANEXOS V - Implantação de uma política de desenvolvimento da micro e pequena empresa industrial, comercial e de serviços como alternativa econômica para o município; Para a implantação do elenco de ações a seguir caracterizadas, a Prefeitura deverá utilizar meios adequados no sentido de mobilizar e sensibilizar todos os organismos federais, estaduais e privados que atuam no setor, com vistas à criação de condições para a elevação dos níveis de produtividade do setor primário de Carauari, como também dos setores secundário e terciário. Assim, as atividades econômicas do setor primário que apresentam reflexos imediatos na política de produtos básicos do município, terá como finalidade estimular e ampliar o sistema de abastecimen- to local, propiciando melhoria na qualidade do serviço à população local, buscando:

I - O estabelecimento de instrumentos que fomentem a economia solidária como o associativismo, o cooperativismo e o comérico solidário;

Setor Primário: BASES DO DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO Ações Intersetoriais princípio que fundamenta o IV- aprimoramento e incentivo ao Desenvolvimento Endógeno associativismo por meio da criação e/ implantação de centros de produção Obaseia-se na exploração ou fortalecimento das associações e rural que permitam ao pequeno produtor produtiva do potencial natural do cooperativas já existentes; beneficiar-se de uma assistência agrícola Município e no incentivo ao intercâmbio V- promoção de intercâmbio com integrada e participar de um processo técnico e científico, com vistas à órgãos de ensino e pesquisa, com efetivo de promoção do homem, por meio objetivo de formatar o processo do ensino e do desenvolvimento de consolidação de alternativas comunidades; econômicas, direcionada para a produtivo, baseado nas potencia- produção das comunidades locais, lidades locais, visando agregar geração de renda, segurança valores aos produtos agrícolas; estímulo baseado na utilização dos alimentar e sustentabilidade. Os VI - criação de ambiente propício de dispositivos da lei de incentivos fiscais principais focos operacionais desse alternativas para utilização de planos do Pólo Industrial de , para a processo de desenvolvimento são: de manejo agroflorestal e pesqueiro; interiorização de indústrias que produzam I- incentivo à agricultura familiar de VII - estabelecimento de bases e aproveitem matérias-primas locais e forma sustentável; operacionais para a criação de absorvam mão-de-obra rural; II- implantação de uma logística de agrovilas nos pólos regionais, dotados das infra-estruturas básicas fomen- escoamento da produção com a desenvolvimento da infra-estrutura de criação de um sistema de transporte e tadoras do desenvolvimento. de transporte fluvial, a exemplo de comércio, que permita as ancoradouros dotados de trapiche, comunidades comercializarem a melhoramento e abertura de estradas produção; vicinais, abertura de canais e furos, além III- organização de uma rede de da promoção de mecanimos de fomento assistência técnica para comunidades, para a aquisição de embarcações com base na geopolítica de adequadas, implementos e insumos com vistas à alavancagem da produção regionalização; do setor primário.

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II - Promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico;

III - A promoção do desenvolvimento sustentável endógeno no meio rural, que deve ser entendida e construída, principalmente, embora não exclusivamente, sobre os recursos locais, tais como as potencialidades naturais, a força de trabalho e o conhecimento das singularidades do universo ANEXOS socioeconômico e ambiental da região; IV - A adequação dos mercados públicos e feiras livres existentes proporcionando constante condições de higiene, conforto e acessibilidade aos comerciantes e consumidores; V - O desenvolvimento de estudos de viabilidade para ampliação e descentralização da rede pública de abastecimento, possibilitando a implantação de novos mercados e feiras livres. A localiza- ção de novos mercados e feiras livres deverá atender às políticas de uso e ocupação do solo, de descentralização urbana e de circulação e transportes previstos nesta Lei. Neste sentido, e em sintonia com a análise e sistematização dos levantamentos realizados duran- te o processo de “leitura do município”, foram formuladas as seguintes ações, que objetivam a promo- ção das atividades inerentes ao Desenvolvimento Econômico:

2.3.1 - ATIVIDADES ECONÔMICAS DO SETOR PRIMÁRIO

Para a formulação de políticas, diretrizes e planejamento das atividades de agricultura, pesca, aquicultura e pecuária do municí- pio, bem como a assistência técnica e obras de infra-estrutura nas comunidades rurais, são propostas as seguintes ações, que objetivam o fortalecimento das atividades econômicas do Setor Primário, envolvendo a Agropecuária e os Extrativismos Vegetal e Animal, no que diz respeito à Pesca e Aqüicultura:

- Ação 1 - Adoção de políticas públicas com o objetivo de garantir o abastecimento de alimentos à população e o provimen-

PRODUÇÃO ECONÔMICA & MEIO AMBIENTE Estado do Amazonas apresenta características quais estão concentradas na região sul do território), com socioeconômicas peculiares, decorrentes de dois 60% das terras de propriedade da União, portanto, ainda Ofatores principais: relativamente imune ao avanço da fronteira agrícola brasi- leira. 1) ocupação histórica do território realizada pelas vias fluviais; e, Esses fatores, mais a concentração das atividades produ- tivas nas áreas urbanas das sedes municipais e a existên- 2) concentração das atividades econômicas na zona ur- cia de poucas vias terrestres avançando sobre a floresta, bana, em decorrência da criação da Zona Franca de contribuiram para que o Estado do Amazonas tenha pre- Manaus, na década de 60. servado seus recursos naturais muito mais do que a tota- O resultado desse processo histórico pode ser visualizado lidade dos estados brasileiros. Estima-se que cerca de no fato de que 98% de seu PIB ser gerado na capital. É 98,2% da superfície do Estado, que é mais 150 milhões de também um Estado com poucas frentes de colonização (as hectares, permaneçam preservadas.

FGV/ISAE 56 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI to de insumos básicos para a agricultura municipal, assim como a infra-estrutura física de comercialização de gêneros alimentícios, no que diz respeito a perfeita e higiênica utilização das feiras e mercados municipais, por meio do serviço de vigilância sanitária.

- Ação 2 - Incentivo e fortalecimento do cooperativismo com a adoção de política de desenvolvi- ANEXOS mento agrário, observadas as normas de preservação ambiental e os principios do eco-desenvolvimen- to, assim como incremento à produção agrícola, à pecuária, além de fomento à agricultura familiar, à formação de granjas, à apicultura, à produção da banana, mandioca, caju e cana-de-açúcar. - Ação 3 - Ampliação da capacidade de geração de emprego, renda e agregação de valor, por intermédio de mecanismos de incentivo e fomento às seguintes atividades econômicas, dentre as mais importantes para a população, pois absorvem maior contingente de mão-de-obra: - Extrativismo Vegetal (copaíba, andiroba, murumuru, urucuri, ucuúba); - Pesca artesanal e comercial; - Extrativismo Madereiro.

- Ação 4 - Investimentos na capacitação da mão-de-obra do setor primário, visando a moderniza- ção e aumento da produtividade do setor, assim como investimentos para reativação do Terminal Pesqueiro. - Ação 5: O desenvolvimento do extrativismo animal, representado pela pesca e piscicultura deverá ter abrangência tanto no campo meramente exploratório como na racionalização dos métodos de captura, transporte, conservação e distribuição do pescado. Para tanto haverá necessidade de estabecer as seguintes medidas operacionais: I - Adoção de política pública para o desenvolvimento sustentável da aqüicultura em Carauari envolvendo os seguintes temas: I.I - Fomento, assistência técnica, crédito e pesquisa; I.II - Inovações tecnológicas para os diferentes sistemas de produção, visando a melhoria dos sistemas de beneficiamento do pescado e a agregação de valor dos produtos; I.III - Desenvolvimento da gestão dos negócios da aqüicultura e o fortalecimento organizacional do setor mediante ações de cooperativismo e associativismo. I.IV - Atuação no sentido de remover os principais gargalos das atividades na cadeia produtiva da aqüicultura municipal. - Ação 6: Atividades inerentes ao extrativismo vegetal que deverão ser balizadas por medidas que promovam o seu desenvolvimento sustentável, com vistas a ter destaque entre os indicadores do Produto Interno Bruto do Município. Para tanto são apontadas as seguintes medidas: - Estabelecimento de mecanismos de fomento e financiamento para o setor de exploração madei- reira, particularmente a produção certificada; - Presença da fiscalização para coibir a prática da extração ilegal da madeira;

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- Estabelecimento de mecanismos de fomento e financiamento para a atividade de exploração de óleos essenciais, assim como a elaboração do mapeamento dos tipos e locais mais propícios para o seu desenvolvimento, resultante do futuro zoneamento econômico-ecológico.

- Ação 7 - Realização de estudos e pesquisas, objetivando: ANEXOS - Instrumentalizar as ações fundiárias do Município, estabelecendo convênio de cooperação técnica com o Instituto de Terras do Amazonas (ITEAM), visando a implementação dos instrumentos de regu- larização fundiária; - Possibilitar o aprimoramento de medidas para utilização de métodos e tecnologias adaptadas com elevado uso de mão-de-obra e proteção ambiental, coibindo o uso de substâncias tóxicas (como o timbó e o leite de açacu, na pesca) além do combate à erradicação de pragas, insetos e doenças da agricultura e pecuária; - Adotar medidas que assegurem o escoamento e a comercialização da produção agrícola, assim como o financiamento subsidiado; - Atuar no sistema de armazenagem e escoamento da produção rural do Município, assim como executar obras de infra-estrutura e de atividades de assistência técnica e financiamento às comunida- des rurais; - Promover o zoneamento econômico-ecológico do Município como forma segura de fomentar o agronegócio nas comunidades rurais, particularmente naquelas que apresentarem indicadores propíci- os a esse tipo de atividade.

2.3.2 - ATIVIDADES ECONÔMICAS DOS SETORES SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO

Para a formulação de políticas, diretrizes e planejamento das atividades industriais, comerciais e de serviços, são propostas as seguintes ações, que objetivam o fortalecimento das atividades econô- micas desses segmentos:

- Ação 1 - Racionalização do processo burocrático, por meio da celebração de convênios com órgãos das esferas estadual (IPAAM) e federal (IBAMA) visando a redução de custos e prazos e municipalização dos licenciamentos empresariais.

- Ação 2 - Necessidade da implantação de fábricas de beneficiamento de produtos locais (agro-indústria para beneficiamento de frutas e pescado), funcionando na forma de cooperativa, visando os mercados local, inicialmente, como exemplo na merenda escolar. Igualmente, é importante a criação de pólos oleiro e moveleiro.

- Ação 3 - Qualificação física e operacional dos hotéis e restaurantes da cidade, assim como das micro e pequenas empresas, por meio de cursos de capacitação do pessoal que operam e dos empresários que administram, havendo a necessidade também de atuação da vigilân- cia sanitária.

- Ação 4 - Incentivar empresas locais para o processo de reciclagem de resíduos que apresentem valor econômico.

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Programas do Governo Estadual para Financiamento do Setor Primário

PROFLORESTA segmentos econômicos da cadeia produtiva Os prazos e carências são determinados ANEXOS Programa de Extrativismo florestal dos setores primário, secundário e pela natureza e particularidade de cada Financia investimentos fixos, semifixos, terciário. Os limites de financiamento são: projeto. Os encargos são representados custeio florestal e capital de giro em todas até R$ 50 mil para mini produtores florestais por juros fixos de 6% a 12% ao ano, com as etapas da cadeia produtiva dos recursos e microempresas; bônus de adimplência de 15% sobre os juros. florestais madeireiros e não-madeireiros. até R$ 100 mil para pequenos produtores Destina-se a pessoas físicas e jurídicas, florestais e pequenas empresas; O acesso ao crédito: A AFLORAM elabora mini, pequenos e médios produtores a proposta e encaminha para análise pela até R$ 150 mil para médios produtores florestais, micro, pequenas e médias AFEAM. florestais e médias empresas. empresas integrantes de todos os

PROAGRI pequenas, médias e grandes indústrias de até R$ 150 mil para grandes produtores beneficiamento e trans-formação de produtos rurais e grandes empresas. Programa de Agricultura, Pecuária de origem vegetal ou animal e seus e Agroindústria Prazos e carências: determinados pela derivados. Os limites de financiamento são: na-tureza e particularidade de cada projeto. até R$ 50 mil para mini e pequenos Os encargos são representados por juros Financia investimentos fixos, semifixos, produtores rurais e micro e pequenas fixos de 6% a 14% ao ano, com bônus de custeio agropecuário e capital de giro empresas; adimplência de 15% sobre os juros. associado em todas as etapas da cadeia até R$ 100 mil para médios produtores O acesso ao crédito: O IDAM elabora a produtiva da agricultura e pecuária. Destina- rurais e médias empresas; proposta e encaminha para análise pela se a pessoas físicas e jurídicas, micro, AFEAM.

PROPEIXE piscicultores e empresas industriais são armador cujo barco pesqueiro possua até Programa de Pesca e Piscicultura 30 toneladas de carga; • de até R$ 50 mil para mini e pequeno piscicultor e micro e pequena indústria; até R$ 70 mil para grande pescador e Financia investimentos fixos, semifixos, armador cujo barco pesqueiro possua • até R$ 100 mil para médio piscicultor e custeio pecuário e capital de giro em todas acima de 30 toneladas de carga. média empresa industrial; as etapas da cadeia produtiva dos Os prazos e carências são determinados • até R$ 150 mil para grande piscicultor e recursos da pesca e piscicultura. Destina- pela natureza e particularidade de cada grande empresa industrial. se a pessoas físicas e jurídicas, mini, projeto. Os encargos são representados pequenos, médios e grandes produtores, Para pescadores e armadores, os limites por juros fixos de 6% a 14% ao ano, com piscicultores, armadores e pescadores são: bônus de adimplência de 15% sobre os artesanais, micro, pequenas, médias e de até R$ 30 mil para mini e pequeno juros. grandes indústrias de beneficiamento e pescador, artesanal e amador, cujo barco O acesso ao crédito é iniciado com a transformação do pescado, produtoras de pesqueiro possua até 20 toneladas de elaboração do cadastro e do projeto pela ração, farinha de peixe e seus derivados. carga; Secretaria Executiva de Pesca e Os limites de financiamento para até R$ 50 mil para médio pescador e Aqüicultura (SEPA) e análise pela AFEAM.

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PESQUISA, CIÊNCIA & INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

importante que seja promovida a aliança entre o ção in loco da madeira estabelecendo o manejo florestal de

conhecimento em ciência & tecnologia e as expe uso múltiplo como modelo para ANEXOS Ériências bem sucedidas de desenvolvimento sus- viabilizar a produção florestal. tentável. A atuação integrada de instituições como: a - Difusão de instrumentos EMBRAPA, INPA, IBAMA, Universidade Federal do que visem o desenvolvimento Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas sustentável baseado em resul- (UEA), Secretarias Estaduais ligadas à Ciência, Tecnologia tados de estudos das cadeias & Inovações Tecnológicas. produtivas dos produtos flores- De fato, em vista do papel estratégico da ciência e da tais madeireiros e não tecnologia diante da inovação para o futuro do Município e madeireiros. da Região, será necessário que as instituições ligadas à - Difusão de pesquisas as- pesquisa possibilitem o acesso da população e dos empre- sociadas aos produtos utilizados na produção madeireira e endedores aos conhecimentos que lhes forem necessários, artesanal. o que poderá ser efetivado por meio da transferência de - Tecnologia da Pesca, que contemple os seguintes conhecimentos hoje existentes - visando a aplicação de aspectos: soluções tecnológicas para o uso e manejo sustentável dos recursos naturais, a exemplo das seguintes: - conservação, salga e defumação; - Experiências sobre consorciamento de culturas, - farinha (da carne) para consumo humano (piracuí); fari- usando técnicas desenvolvidas através de pesquisas, ten- nha (da carcaça) para ração animal; enlatado (peixes li- do por base os conhecimentos e práticas tradicionais, o sos) conhecimento dos ecossistemas e as condições ecológicas - curtume (couro) e cutelaria (produtos de couro); trans- regionais, além de viabilizar soluções tecnológicas para for- formação das vísseras em cola. talecer a produção agroindustrial, com ga-nhos PROFRUTA socioeconômicos e baixos impactos ambientais. O Programa de Desenvolvimento da Fruticultura - - Informações sobre espécies medicinais, análises quí- PROFRUTA, do Governo Federal, objetiva consolidam os micas e farmacológicas, tendo como base o uso popular padrões de qualidade e competitividade da fruticultura bra- racional, sendo este processo regulamentado por lei, refe- sileira, em conformidade com requisitos de mercado inter- rentes ao acesso de pesquisadores ao conhecimento tradi- no e externo; integra os programas estruturantes do cional e sui generis, a partir do consentimento das popula- Governo Federal e expressa uma das prioridades estraté- ções que detêm esse conhecimento, para evitar o uso gicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. indevido e a biopirataria. - Difusão de conhecimentos sobre a exploração de Ações básica do PROFRUTA: produtos florestais não madeireiros, com tecnologias - Capacitação de fruticultores, com difusão de tecnologias de coleta, beneficiamento e industrialização apropriados e em fruticultura; sustentáveis, considerando a viabilidade técnica e financei- ra, valorizando o “marketing da floresta” e priorizando os - Controle de pragas na fruticultura e controle de resíduos produtos oriundos dos produtores da região. químicos em frutas; - Técnicas para incentivar o manejo florestal promo- - Promoção de eventos técnicos e assistência técnica e vendo o uso de um número maior de espécies, facilitando e extensão rural. incentivando o manejo florestal comunitário e a transforma-

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2.3.2.1 - TURISMO A política de alavancagem do turismo em Carauari terá como objetivo criar condições adequadas para o desenvolvimento do turismo local, de forma sustentável, considerando as potencialidades, os

atrativos naturais, os eventos culturais e a posição geográfica do município. ANEXOS I - O incentivo às atividades relacionadas com o turismo, como forma de entretenimento, para a população local e da região, e também como fonte de geração de trabalho e renda; II - O apoio à realização de eventos já consolidados e daqueles que apresentem potencial turístico; III - A compatibilização de eventos e iniciativas turísticas com as potencialidades culturais, educativas e naturais do Município e da região;

IV - O apoio e incentivo às iniciativas direcionadas para a insta- Turismo lação de infra-estrutura de suporte turístico. Principais Indicadores de desenvolvimento: O conjunto de medidas a seguir estabilizadas, objetivam a Os indicadores que melhor representam vitalização das atividades inerentes ao Desenvolvimento do Turismo: o desenvolvimento das atividades ligadas ao turismo, são compostos pelo - Ação 1 - Estruturar a administração municipal para o desenvol- constante melhoramento das instalações vimento, qualificação e promoção do turismo, implementando o se- e serviços de apoio ao turismo, a guinte conjunto de medidas: exemplo de: restaurantes, hotéis, lojas de artesanato I - Promover a captação de recursos nas esferas governamentais local, bares, boates; e não-governamentais; postos de informações turísticas, orientação gráfica (mapa); II - Fortalecer o órgão municipal de Turismo, cuja localização calendário histórico-cultural com funcional mais adequada seria a Secretaria de Esporte e Cultura; descrição dos eventos e classificação das instalações e serviços, meios e III - Apoiar as entidades ligadas ao turismo e estimular a criação horários de transporte; de fóruns para auxiliar o planejamento das atividades turísticas, em outras informações relavantes do parceria com o órgão municipal responsável pelo turismo; Município.

PROINTUR objetivo de incrementar o turismo pequena empresa – limite até R$ 1 regional. Destina-se a pessoas jurídicas milhão (correspondente a até 80% Programa de Apoio ao de direito privado com reconhecida e do investimento projetado), juros de Turismo no Interior do comprovada capacidade técnica 5% ao ano mais 100% da TJLP; Amazonas operacional na atividade turística e média empresa – limite até R$ 5 detentores de comprovado suporte Financia ativos fixos de qualquer milhões (correspondente a até 70% financeiro para fazer frente à do investimento projetado), juros de natureza (exceto terrenos, contrapartida dos recursos próprios, construções e benfeitorias já 6% ao ano mais 100% da TJLP; abrangendo de micro a grandes grande empresa – limite até R$ 20 existentes, máquinas, equipamentos empresas. e veículos usados) e capital de giro milhões (correspondente a até 50% associado e despesas pré- Os limites de crédito e condições estão do investimento projetado), juros de operacionais exclusivamente para os divididos pelo porte do beneficiário: 7% ao ano mais 100% da TJLP. empreendimentos turísticos microempresa – limite de até R$ 500 O prazo deve ser até oito anos, localizados nos municípios de mil (correspondente a até 90% do incluídos dois anos de carência abrangência do programa. Tem o investimento projetado), juros de 4% durante o qual o beneficiário pagará ao ano mais 100% da TJLP; apenas os juros.

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IV - Incentivar ações em parceria com entidades da sociedade organizada para participação em feiras e eventos.; V - Elaborar e executar o Projeto de Sinalização Turística;

VI - Estimular a criação de novos eventos, por segmento, envolvendo entidades correlatas e ANEXOS estimular a criação de atrações turísticas na cidade e nas proximidades; VII - Desenvolver a identidade de Carauari, valorizando sua história, cultura e tradições, definindo a iconografia que represente Carauari e desenvolvendo o marketing do município. - Ação 2 - Promover estudos e pesquisas no sentido de viabilizar:

I - Incentivar as empresas instaladas no município para estimular as ações de desenvolvimento do turismo. II - Mecanismos de capacitação da mão-de-obra local com ênfase no Turismo e Ecoturismo; III - Desenvolvimento do turismo de pesca, em suas modalidades mais adequadas, em unidades ecológicas a serem qualificadas; IV - Promoção de campanha de divulgação das riquezas naturais para turismo e lazer do Município, envolvendo praias, balneários, lagos e igarapés; V - Implantação de um Parque Municipal de Carauari dotado de instalações que apresentem a fauna e a flora regional. VI - Qualificação e capacitação de comunidades rurais que apresentem vocação para o Ecoturismo Rural, fomentado também as atividades artesanais (rural e urbana), com o aproveitamento de produ- tos naturais, como as sementes e fibras. VII - Capacitar Recursos Humanos, para ingresso na atividade ecoturística com cursos de capacitação de guias especializados em ecoturismo, de culinária regional e local, relações humanas e atendimento ao público, além de cursos de idiomas. VIII - Promover o fortalecimento das organizações sociais/comunitárias através da realização de

PROECOTUR SDS, do Ministério do Meio Ambiente, em ecoturismo e aplicando recursos para Programa de Desenvolvimento do parceria com os Núcleos de criar infra-estrutura e capacidade Ecoturismo na Amazônia Legal Gerenciamento do Programa nos estados gerencial nos estados, possibilitando da Amazônia Legal. atrair investimentos privados e ampliar O PROECOTUR tem como objetivo Suas ações foram concebidas e o mercado ecoturístico na região. geral viabilizar o desenvolvimento executadas em parceria com outras Assim, o PROECOTUR pretende sustentável, por meio da implantação instituições governamentais e com contribuir para a melhoria da qualidade adequada do ecoturismo na região participação da sociedade civil e do setor de vida das populações envolvidas, da Amazônia Legal. O Programa tem privado, a partir do contrato de empréstimo conservação do patrimônio natural e execução descen-tralizada, sendo firmado no ano 2000, com o Banco cultural, fortalecimento institucional, coordenado pela Unidade de Interamericano de Desenvolvimento. criação de alternativas econômicas, Gerenciamento do Programa, no Desde então, o programa vem como também, o incremento do âmbito da Secretaria de Políticas para desenvolvendo estudos de planejamento ecoturismo como alternativa de o Desenvolvimento Sustentável - estratégico para o desenvolvimento do desenvolvimento sustentável.

FGV/ISAE 62 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI oficinas de ecoturismo com base comunitária: - Criação de uma cooperativa de artesãos; - Fortalecimento dos conselhos comunitários.

- IX - Promover o Uso Adequado dos Recursos ANEXOS Naturais - Realizar fiscalização e monitoramento das Unidades de Conservação; - X - Desenvolver Alternativas Econômicas com tecnologias de baixo impacto para o município, através de levantamento das atuais e potenciais alternativas econômicas. XI - Melhorar a Infra-Estrutura Básica de Apoio Turístico e Ecoturístico: - Infra-estrutura de acesso - construção de uma pista de pouso (cujas instalações deverão ser adequadas as normas da ANAC) que deverá incluir políticas de barateamento dos transportes, principalmente o aéreo, melhoria do transporte fluvial e aumento e melhoria do transporte urbano; - Infra-estrutura básica urbana - ampliação do potencial de geração de energia elétrica, políticas públicas para o saneamento ambiental (como instalação da rede de esgoto, reservatório de tratamento de água, construção de sarjetas, embelezamento e ajardinamento das vias públicas com espécies locais, programas de educação ambiental no meio urbano, sinalização turística em toda área do município e iluminação pública); - Equipamentos turísticos - melhoria na infra-estrutura hoteleira (construção, ampliação e reforma dos hotéis com aumento do número de leitos, adequação da arquitetura a região) e de serviços gastronômicos (restaurantes com comidas indígena e regional, lanchonetes com café regional, cujas instalações deverão ser adequadas as normas da vigilância sanitária), construção do centro de atendimento ao turista; - Equipamentos de apoio - aumento e melhoria do sistema de saúde com aumento do número de postos de saúde, dos equipamentos hospitalares e de profissionais da área, construção de um mirante; - Dotar de infra-estrutura a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente. XII - Articular o Fortalecimento Institucional e do arcabouço legal: - Criar leis específicas para o desenvolvimento da atividade de pesca esportiva; - Criar o conselho de turismo; - Implantar representaçãoda Polícia Federal no município; - Elaborar o Plano Diretor, estabelecendo as normas de uso e ocupação do solo urbano e formas de apropriação do espaço pelo ecoturismo com legislação específica e realizar macrozoneamento econômico, ecológico e turístico no município.

FGV/ISAE 63 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS - APL’s (ou cluster’s)

rranjos produtivos são aglomerações de empre-

mar aglomerações produtivas locais, que só ocorrerá com ANEXOS sas localizadas em um mesmo território, que apre- apoio deliberado de políticas públicas nessa direção, su- Asentam especialização produtiva e mantêm algum perando o atual estágio de baixos efeitos de encadea- vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendi- mento, a fim de promover a competitividade e a zagem entre si e com outros setores locais tais como go- sustentabilidade dos micros e pequenos negócios, estimu- verno, associações empresariais, instituições de crédito, lando processos locais de desenvolvimento. ensino e pesquisa. A organização dos micros e pequenos negócios em arran- Predomina, no Amazonas, uma desuniforme dispersão de jos é importante fonte geradora de vantagens competitivas micro e pequenas empresas no imenso espaço geográfico duradouras, principalmente quando construídas a partir de regional, fato que dificulta a coesão necessária das rela- capacidades produtivas endógenas e inovadoras. ções cooperativas para a formação de aglomerações pro- O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co- dutivas. Em muitos casos, há apenas produtos sendo ge- mércio Exterior), em parceria com a SEPLAN/AM (Secre- rados e comercializados na forma in natura ou parcialmen- taria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Eco- te processados em indústrias rurais, com baixo conheci- nômico do Amazonas). mento empresarial, como é o caso da mandioca e da pes- ca, não obstante a sua capacidade real de integrar e for-

Sondagem dos principais tipos de APL’s potenciais para municípios do Amazonas:

APL potencial Descrição dos APL APL Lavoura Produção de lavouras temporárias e permanentes. APL Pecuária Pecuária de corte, leite, aves, suínos, ovinos e caprinos. APL Exploração florestal Silvicultura, exploração florestal e serviços relacionados. APL Pesca Pesca, aqüicultura e serviços relacionados. APL Oleiro Extração de pedra, areia, argila e minerais não-metálicos. APL Agroindústria animal Abate e preparação de produtos de carne e de pescado, laticínios, ração. APL Agroindústria vegetal Processamento, preservação e produção de conservas de frutas, legumes, óleos e gorduras. APL Couro Curtimento e outras preparações de couro de peixe, calçados e artigos diversos. APL Têxtil Beneficiamento de fibras têxteis naturais, fiação, tecidos, confecções. APL Madeira e mobiliário Desdobramento de madeira, fabricação de produtos de madeira, celulose, artefatos, papel e editoração, etc. APL Químico Fabricação de produtos químicos orgânicos e inorgânicos, farmacêuticos, produtos de limpeza, etc. APL Comércio Comércio atacado e varejo. APL Serviço Serviço de transporte terrestre, dutoviário, aquaviário, aéreo, etc; produção e distribuição de energia elétrica, gás, captação e distribuição de água; serviços de telecomunicação, financeiro, seguros, processamento de dados, pesquisa e desenvolvimento, assessorias diversas, etc.; serviços sociais, seguridade, saneamento, organizações, etc; ensino normal e profissionalizante, saúde.

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Prospecção do Potencial de Mercado para Produtos e Atividades Econômicas de Carauari

1. Agricultura de Curto Ciclo: L R A 3. Bio-agroindustria: L R A ANEXOS - Hortaliças1 - Plantas medicinais3 - Óleos essenciais4 - Arroz/ feijão/milho - Especiarias5 - Mandioca/macaxeira 4. Pecuária não extensiva: - Cará/batata doce - Avicultura/suinocultura - Banana/abacaxi - Silvicultura (animais silvestres) - Cupuaçu/melancia/coco - Bovinocultura de corte - Bovinocultura leiteira - Maracujá/citricultura 5. Extrativismo Animal: 2. Agroindústria: - Pesca comercial - Beneficiamento de frutas re- - Peixes ornamentais gionais2 - Piscicultura e Apicultura - Produtos derivados da man- 6. Extrativismo Vegetal: dioca ( farinha e amido) - Madeira (serrada e - Produtos derivados pré-beneficiada) do peixe (salga, couro) - Beneficiamento da - Produtos derivados madeira (móveis, brin- do leite quedos, utilidades) - Cana-de-açucar - Castanhas / Piaçava - Café/soja 7. Indústria de não-metálicos: - Tijolo/telha - Cacau 8. Turismo - Guaraná - Ecológico e de Eventos - Produtos derivados da 9. Artesanato pupunha e do jauarí

CONVENÇÕES - Mercados Potenciais: L - mercado local ; R - mercado regional ; A - mercado extra-regional (amplo)

( 1 ) - tomate, pimentão, batatas, quiabo, feijão-de-metro, cheiro verde, cebolinha, alface, pepino, abóbora. (2) - frutas amazônicas de excelente sabor e alto valor como alimento, dentre elas: açaí, araçá-boi, bacaba, bacuri, buriti, camu- camu, cupuaçu, pupunha, tucumã, graviola, caju, cubiu, piquiá, taperebá, uxi, mari-mari, melão. A partir dessas e de outras frutas amazônicas ou aclimatadas, poderão ser produzidos sucos, compotas, geléias e doces, destinados aos mercados interno e externo. (3) - crajirú, cipó-alho, amor-crescido, carapanaúba, mucuracaá. (4) - andiroba, copaíba, capim-santo, louro-pimenta, puxiri, para perfumes, sabonetes e cosméticos de base vegetal, resinas (copaíba, andiroba, jatobá) e gomas elásticas e não-elásticas (sorva). (5) - urucu, pimenta-do-reino, cravo-da-índia, cuminho, canela, anil, urucu, gengibre, gergelim e outras especiarias tropicais, retomando-se, em bases técnico-empresariais modernas, o ciclo de extração das drogas do sertão. .

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A IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMO

momento histórico hoje vivido exige uma mu- construam a ANEXOS dança de comportamento no trabalhador, esti- história e fa- Omulando-o ao exercício de habilidades para çam a iden- enfrentar os novos e grandes desafios pessoais e em- tidade local presariais. É preciso que pessoas físicas e jurídicas ser recon- busquem, nas ações coletivas, respostas aos seus pro- quistada, blemas, interesses, objetivos e necessidades comuns, se fornecendo unindo em cooperativas, associações e outras formas a elas a for- afins. mação ne- c e s s á r i a O que se observa é que a constituição de uma associa- para que elas possam sentir o quanto podem contribuir ção ou cooperativa é desprovida de qualquer complexi- para o seu bem-estar e o da sua comunidade. dade, porém, são constantes os fracassos e os desvios dos objetivos que as originaram. O que se observa é que A proposta do Programa assume uma mobilização social não basta simplesmente a manifestação superficial. É in- que enfrente de forma organizada os problemas sociais, dispensável, para o bom desempenho de qualquer em- econômicos e ambientais que permeiam o dia-a-dia das preendimento, aperfeiçoar a consciência de cooperação associações e cooperativas, tornando-as fortes e prepara- e a qualificação profissional dos associados, dirigentes, das para os enfrentamentos naturais de um processo pro- conselheiros e colaboradores, demonstrando-lhes, com dutivo e comercial. linguagem adequada e alicerçada em fatos de sua vivência, que a sua entidade associativa é uma obra OBJETIVO GERAL comum, onde a ação e a participação são conjugadas para o bem coletivo. • Fortalecer e expandir empreendimentos coletivos, em Carauari, como forma de geração de trabalho e renda, Os trabalhos associados à constituição e ao desenvolvi- desenvolvendo a prática autogestionária e o espírito em- mento de cooperativas e/ou associações, requerem, por preendedor. questões de princípios e coerência com seus objetivos doutrinários e estatutários, o emprego da participação do público envolvido em todo o processo. PÚBLICO ALVO A ação solidária e a ajuda mútua entre os associados de • trabalhadores (as) em risco de desemprego; uma cooperativa e/ou associação têm, necessariamente, • desempregados (as); que se sustentar em seu lado empresarial que deve ser organizado e eficiente, buscando a modernização cons- • trabalhadores (as) autônomos; tante para manter a competitividade, a produtividade, a • trabalhadores (as) informais; qualidade e o desenvolvimento esperados, de forma • pequenos produtores familiares rurais e urbanos; auto-sustentável. • empreendimentos de economia solidária (cooperativas, A questão principal então, é como alicerçar, nas comuni- empresas autogestionárias, associações e outros); dades, ações que combatam os insucessos presentes nos pequenos empreendimentos formados a partir da • beneficiários dos programas governamentais de inclusão união de pessoas com objetivos comuns, para que elas social.

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2.4 - Ações para vitalização dos segmentos componentes da Infra-Estrutura SÓCIO-CULTURAL ANEXOS Lei Orgânica de Carauari estabelece que o Município assegurará o pleno exercício dos direitos sociais contemplados na Constituição Federal, mediante: I - Cuidar da saúde e assistência pública da proteção e garantia das pessoas portadoras A de deficiência; II - Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e a ciência, assim como proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; III - Promover a proteção do patrimônio histórico, cultural artístico, turístico e paisagístico local, observado a legislação e a ação fiscalizadora Federal e Estadual, assim como impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de artes e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; IV - Promover a recreação - com a realização de programas de apoio às práticas desportivas - e a cultura - protegendo documentos, obras e outros bens histórico, artístico e cultural, as paisagens naturais e os sítios arqueológicos; V - Realizar serviços de assistência social, diretamente ou por meio de instituição privada, confor- me critérios e condições fixadas em Lei Municipal; VI - Realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a incêndios e prevenção de aciden- tes naturais em coordenação com a União e o Estado. Portanto, as políticas públicas relacionadas à infra-estrutura sócio-cultural objetivam implementar ações de saúde, educação, preservação cultural e histórica, esporte Saúde e lazer, promoção social, universalizando o acesso e assegurando Principais Indicadores de maior eficácia dos serviços de combate às causas da pobreza e à desenvolvimento: melhoria das condições de vida da população, a fim de promover: comodidade de acesso da população aos serviços de saúde. serviços de saúde, nos campos pre- melhoria do coeficiente de leitos hospi- SAÚDE talares. ventivo o curativo, oferecidos no Mu- Objetivos Estratégicos nicípio. diminuição do índice de mortalidade infantil. ara transformação da estrutu- Em face da relevância deste objetivo, diminuição do índice de óbitos. ra social do Município, que o Poder Municipal dará ênfase à objetiva ampliar os benefícios interiorização de ações e serviços de aumento da qualidade e diversificação P dos serviços. sociais decorrentes do seu processo saúde, estendendo a cobertura des- de desenvolvimento, fazendo-os che- ses serviços, o mais amplamente pos- aumento qualitativo do nível de espe- cialização dos profissionais de saúde. gar a parcelas cada vez maiores da sível, às comunidades rurais. melhoria do coeficiente médico. população, de modo a reduzir as Igualmente importante é o desenvol- aumento da quantidade e da qualidade grandes disparidades ainda existen- vimento e capacitação do pessoal e o dos equipamentos de saúde. tes, deverão ser desenvolvidas ações treinamento de agentes rurais para destinadas a ampliar e aperfeiçoar os atenção primária à saúde. aumento de convênios de cooperação técnica com instituições de saúde.

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I - A universalização do atendimento e garantia da adequada Indicadores de desenvolvimento: distribuição espacial das políticas sócio-culturais; Saúde Infantil II - A articulação e integração das ações de políticas sociais Nutrição Infantil em termos programáticos, orçamentários e administrativos; É fundamental ANEXOS III - O estabelecimento de meios de participação popular sobre satisfazer as ne- cessidades pri- as ações e resultados de política social, por meio dos Conselhos márias de saúde constituídos; e nutrição dascrian-ças, es- IV - A promoção de iniciativas de cooperação de agentes soci- pecialmente as menores de 5 anos. Há evidências de que, esta faixa ais, organizações governamentais e não governamentais e institui- etária, há maior vulnerabilidade bio- ções de ensino e pesquisa para a contínua melhoria da qualidade lógica à desnutrição, morbidade e das políticas sociais. mortalidade. Dentre os indicadores antropométricos, o índice P/I (peso- para-idade) é considerado um 2.4.1 - SAÚDE: indicador-resumo, por sintetizar, tanto De acordo com o parágrafo único do Art. 157 da Lei Orgânica de a presença de desnutrição aguda quanto a desnutrição crônica, sendo Carauari, a saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder muito útil no monitoramento do estado Público, assegurar mediante políticas sociais e econômicas que nutricional de populações infantis (de visem à eliminação do risco de doenças e outros agravos e ao acesso a 0 a 5 anos de idade) e no subsídio universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, a políticas de nutrição. proteção e recuperação. Imunização contra doenças in- Portanto, o Município criará programas de assistência médica fecciosas infantis aos ribeirinhos, os quais deverão constar: A atenção dada à saúde é I - Palestra sobre prevenção de doenças infecto-contagiosas; imprescindível para alcançar o de- senvolvimento sustentável. Nesse II - O fornecimento gratuito de remédios; sentido é fundamental a realização de programas preventivos contra III - Visitas com médicos e dentistas, assistência social às doenças infecto-contagiosas, essen- comunidades bimestralmente; ciais para reduzir a morbidade e mor- IV - Manutenção de postos médicos nas comunidades mais talidade derivadas das enfermidades infantis. Dessa maneira, a imuniza- desenvolvidas (onde se encontram instaladas escolas) com ção contra essas doenças é indicador capacitação de pessoal da região; básico das condições de saúde in- fantil e do grau de importância V - Apoiar e manter convênios com as Entidades Federais, conferido pelo Poder Público aos ser- Estaduais ou Religiosas, na execução de programas de saúde do viços de medicina preventiva. interior; O aumento da imunização expressa VI - Instituir recursos orçamentários para atendimento exclusivo o crecimento da parcela da popula- ção beneficiada pelas políticas de va- do mencionado programa citado no inciso anterior. cinação infantil, que abrange vacinas Neste sentido, e em sintonia com a análise e sistematização contra tuberculose (BCG), sarampo, poliomielite e três doses da tríplice dos levantamentos participativos, foram formuladas as seguintes (contra difteria, coqueluche e tétano).

FGV/ISAE 68 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI ações, que objetivam a vitalização das atividades inerentes ao setor da Saúde: - Ação 1: O conjunto de medidas caracterizadas a seguir, pretende qualificar, as políticas públicas de Saúde que vem sendo desenvolvidas pela Prefeitura:

I - Adequação das Unidades de Saúde conforme demanda e critérios de contingente populacional, ANEXOS acessibilidade física e hierarquização dos equipamentos de saúde, visando aprimorar as ações de Atenção Básica à Saúde, em termos de assistência ambulatorial, emergencial e hospitalar. Tais adequações podem implicar em: a) - Reforma e conservação das Unidades; b) - Ampliação e/ou construção das Unidades; c) - Aquisição de equipamentos para as Unidades. II - Promoção de programas para o desenvolvimento de vida saudável, a exemplo de programas de educação sanitária, nutrição, saúde bucal, ocular e mental, dentre outros; III - Aperfeiçoamento das atividades do Programa Saúde da Família proporcionando a melhoria do atendimento a toda a população do município e agilização do sistema de atendimento emergencial. IV - Sistemático treinamento e a capacitação dos profissionais da área de saúde para promover a melhoria da qualidade do atendimento, e contratação dos seguintes profissionais, durante os próximos seis anos: 10 Médicos; 10 Dentistas; 3 Farmacêuticos; 15 Enfermeiros e 250 Auxiliares de Enfermagem, Aux. Operacional de Saúde, Aux. De Laboratório, Téc. de Enfermagem, Téc. de Laboratório, Microscopistas, Agentes de Saúde e Agente de Endemias). V - Outras Necessidades: - Ampliação e implementação do Hospital Geral de Carauari inclusive com alteração de pequeno para médio porte e construção de uma maternidade, assim como construção e/ou ampliação das Unidade Básicas de Saúde; - Aquisição de 02 veículos Cabine Dupla Diesel, além de 03 ambulâncias terrestres e 02 Ambulâncias Fluviais, equipadas com todos equipamentos de emergência; - Aquisição de um aparelho de Ultra-Sonografia de alta resolução; - Aquisição de um desfibrilador e Respirador Artificial; - Aquisição de uma máquina de Raio-X com maior Resolução 300 Mhz com processadora; - Uma UTI Neonatal e uma UTI Adulto; - Construção e implementação de um Banco de Sangue; - Aquisição de equipamentos odontológicos, necessários para montar 04 novos consultórios; - Construção da Sede da SEMSA, com subdivisões para que possa ficar em somente um prédio as gerencias dos programas.

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Principais Programas de Saúde PROGRAMA ESTADUAL DE dos remédios. dos Governos Estadual e Federal CONTROLE DA Na Farmácia Popular, os remédios serão TUBERCULOSE PROGRAMA DE vendidos pelo preço de custo, que, em ANEXOS EQUIPAGEM DAS Objetivo: Promover a Educação com Saúde, alguns casos, chegam a ter abatimento UNIDADES DE SAÚDE DO por meio de palestras educativas com temas de 85% do preço praticado nas farmácias INTERIOR DO ESTADO sobre Treinamento; Supervisão; Avaliação; comerciais. Objetivo: Adquirir e instalar equipamentos Descobrir; Tratar e Curar. e aparelhos em 65 Unidades nos 61 C.E.A.D. - COORDENAÇÃO municípios para aumentar a resolutividade ESTADUAL DE ATENÇÃO PROGRAMA SAÚDE DA AO DEFICIENTE FAMÍLIA (PACS/PSF) da assistência ambulatorial e hospitalar de média complexidade, apoiando a atenção Objetivo: Promover um jeito novo de Objetivo: Melhorar a atenção à saúde do básica, iniciando pelo levantamentos da tratar a saúde, elevando a qualidade de portador de deficiência, através de uma situação das Unidades de Saúde do Inte- vida, prevenindo doenças, resolvendo a política nacional de saúde hierarquizada que rior. maior parte dos problemas antes que eles vibialize a estruturação da rede de atenção se agravem ou, até mesmo, evitando que REFORMA, AMPLIAÇÃO E aos deficientes nos diferentes níveis de CONSTRUÇÃO DE eles aconteçam. assistência. UNIDADES DE SAÚDE DO PROGRAMAS DE PROGRAMA DE ATENÇÃO INTERIOR DO ESTADO SAÚDE DO TRABALHADOR À SAÚDE DO IDOSO Objetivo: Reforma, ampliação e SAÚDE BUCAL, SAÚDE OCULAR E construção de Unidades de Saúde do Inte- Objetivo: Melhorar a atenção à saúde do SAÚDE MENTAL rior tornando-as modernas e adequadas para idoso,para o cumprimento do disposto o atendimento assistencial da saúde nos Constitucional/88 e da Política Nacional do Objetivo: Promover a Educação com municípios. Idoso (Lei 8.842). Para efeito dessa Lei, será Saúde, por meio de palestras educativas As Obras serão executadas com recurso considerado idoso a pessoa com 60 anos ou com temas sobre Treinamento; Super- próprio do Estado através de convênios mais. visão; Avaliação; Descobrir; Tratar e homologados com as prefeituras municipais Curar. e contratos diretos através de processos PROGRAMAS licitatórios. DESENVOLVIDOS EM PROGRAMA DE AÇÃO CONJUNTA COM O PREVENÇÃO, CONTROLE PREVENÇÃO À GOVERNO FEDERAL E AS E TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE PREFEITURAS: HIPERTENSÃO ARTERIAL Objetivo: Prevenir, por meio de E DIABETES MELLITUS FARMÁCIA POPULAR: informações qualificadas, essa doença que REMÉDIO BARATO PARA A Objetivo: Estabelecer a organização da ocorre nos ossos, muito freqüentemente POPULAÇÃO CARENTE assistência, prevenir e promover a saúde, na população feminina, principalmente, na A Farmácia Popular do Brasil foi implantada através da vinculação dos usuários à terceira idade, acontecendo de forma lenta e silenciosa, pois é assintomática, ou seja, pelo Governo do Estado em parceria com o rede, a implementação de programa de ela não provoca nenhum sintoma e muitas Governo Federal, com o objetivo de atender educação permanente em hipertensão, vezes só é diagnosticada após a ocorrência a população que tem dificuldade para realizar diabetes e demais fatores de risco para de fraturas. o tratamento de saúde devido ao alto preço doenças cardiovasculares.

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- Limpeza e canalização e igarapés, com objetivo de eliminar criadouros de vetores transmissores de doenças como: Malária, Dengue, Leptospirose e outros. ANEXOS

EDUCAÇÃO 2.4.2 - EDUCAÇÃO: Objetivos Estratégicos

De acordo com os dispositivos da Lei Orgânica de Carauari, o Governo dará ênfase à sistema educacional municipal é gerenciado pela Secretaria Muni- política de melhoria quali- cipal de Educação. Otativa dos níveis de edu- cação pela constante capacitação e No currículo das Escolas Municipais se incluirá, obrigatoriamen- atualização dos professores e pela te, disciplinas ou práticas educativas referentes ao trânsito, ecolo- reformulação do conteúdo gia, direitos humanos, agricultura, hábitos alimentares, higiene e programático, direcionando-o para primeiros socorros, orientação e prevenção às drogas e prevenção à um ensino integrado à realidade e doenças tropicais. aos valores culturais amazonenses e voltado para a profissionalização O Município está incumbido de prover alimentação escolar aos do homem no seu meio (urbano ou alunos da Rede Municipal de Ensino. Para isso deverá desenvolver rural). Esta reformulação implicará projetos de cultivo nas próprias escolas, de hortaliças, pequenas na ampliação do papel da escola, granjas, cultivo de cereais e todos os meios para a consecução que ultrapassará a tradicional tare- deste objetivo. fa de alfabetização e educação for- mal e assumirá a responsabilidade Com efeito, os objetivos básicos do Município, quanto ao de- pela contribuição ao desenvolvi- senvolvimento desses segmentos, serão direcionados no sentido de mento das comunidades em que se promover: situa e ao incremento da produção, desenvolvendo uma consciência I - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; ecológica e promovendo a valori- zação do homem amazônico.

Educação, Cultura. Esporte e Lazer aumento do n0 de professores qua- fessores com programas de qualifica- Principais Indicadores de lificados. ção e atualização, material didático, desenvolvimento: aumento do n0 de itens curriculares liga- informática e internet, boas condições aumento do acesso da população à to- dos à sócioeconomia estadual, regional e físicas das escolas e relação adequada 0 das as modalidade de ensino: educação municipal. do n de alunos/sala de aula. infantil, ensino fundamental, ensino mé- 0 aumento do nível de satisfação dos alunos aumento do n de eventos esportivos e dio, educação de jovens e adultos e en- com a merenda escolar (cardápio culturais durante todos os meses do ano. sino superior; elaborado com produtos regionais), ma- aumento e diversificação de grupos cul- aumento da taxa de alfabetização de terial didático, informática e internet, trans- turais. crianças, jovens e adultos. porte escolar e boas condições físicas melhoramento ambiental dos locais de aumento da taxa bruta de freqüência das escolas. realização dos eventos culturais e es- 0 escolar (n de anos de estudos). aumento do nível de satisfação dos pro- portivos.

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II - participação de estudantes, pais e professores e entidades de classe na formulação da política de utilização dos recursos destinados à educação pública, por meio de incentivo à participação da comunidade no processo educacional, assim como estímulando a implementação de associações de pais e mestres, e implementação dos Conselhos Municipais existentes com investimento na formação ANEXOS dos conselheiros ;

III - valorização dos profissionais do ensino, mediante planos de carreira para todos os cargos do magistério, promoção obrigatória e ingresso exclusivo por concurso público de provas e títulos;

IV - prioridade ao atendimento das necessidades do ensino fundamental obrigatório, constituindo- se em obrigação do Poder Público o investimento na expansão da rede escolar pública municipal, assim como a implantação de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação;

V - promover a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e as instituições de saúde para apoio a assistência à saúde no Sistema Educacional.

Neste sentido, e em sintonia com a análise e sistematização dos levan- tamentos participativos, foram formuladas as seguintes ações, que objetivam a vitalização das atividades inerentes ao setor de Educação:

- Ação 1: Adoção de procedimentos institucionais visando:

I - Revisão e regulamentação do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal;

II - Implantação do Sistema Municipal de Ensino, observando a ampliação da carga horária para oito horas/dia, com a criação de infraestrutura adequada para este fim;

Principais Programas de Educação Docente (PEFD), habilita professores Objetivo: Alfabetizar 100.200 jovens do Governo Estadual de todo o Estado, a ministrarem aulas e adultos com idade de 15 anos ou para alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino mais, em todos os Municípios do Interior O Governo do Amazonas tem Fundamental, no curso denominado e Capital do Estado do Amazonas. trabalhado a Educação como área de Normal Superior. Outros professores absoluta prioridade, atuando em cursam a graduação. PROGRAMA DE INCLUSÃO quatro eixos básicos de sustentação: Dois outros importantes programas DIGITAL NO ESTADO DO - Valorização e Formação Profissional; fazem parte das Metas do governo: AMAZONAS (INTERIOR) - Infra-Estrutura; Objetivo: Introduzir e ampliar o uso - Gestão Participativa; PROGRAMA DE das tecnologias de informação e - Monitoramento e Avaliação. LETRAMENTO comunicação nas escolas da rede REESCREVENDO O FUTURO O Programa Especial de Formação pública de ensino fundamental e médio.

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III - Consolidação do processo de municipalização da merenda escolar, priorizando os produtos regionais;

IV - Avaliação sistemática do Plano Municipal de Educação; ANEXOS

V - Viabilizar a construção de residências para professores da zona rural.

- Ação 2: Adoção de medidas pedagógicas visando:

I - Ampliação do Programa de Educação para elevação da escolaridade de Jovens e Adultos de Carauari;

II - Implementação de temas transversais envolvendo a Educação Ambiental, Práticas Ligadas ao Setor Primário, Pontecialidades Naturais, Ecoturismo, Higiene, Saúde Preventiva, Educação Sexual e Ética;

III - Sistemática divulgação de informações, eventos, atos e atividades educacionais.

- Ação 3: Cuidado com a infra-estrutura física da rede municipal de ensino visando:

I - Construção de uma Biblioteca, dotada de equipamentos de informática e de quatro quadras Poliesportivas em Escolas Municipais;

II - Construção de Creches e Escolas Municipais, para atender a demanda da Educação Infantil;

III - Aquisição de Transporte Escolar fluvial e terrestre gratuito;

IV - Implantação de um Pólo Universitário e de Escolas Técnicas;

V - Implantação de um Laboratório de Ciências e Tecnologia, com laboratório de Informática objetivando implantar o Programa de Informatização Educacional em todas as séries do Ensino Fundamental.

VI - Dotar toas as escolas municipais de espaço para a leitura;

VII - Dotar as escolas municipais de sala de recursos que garantam o acesso e a permanência dos portadores de necessidades especiais.

Principais Metas de Educação do Governo Federal mento pela melhoria da qualidade da educação. - Infra-estrutura, com a universalização dos Assim, os eixos básicos de sustentação do laboratórios de informática, inclusive na área O Governo Federal apresentou no dia PDE serão os seguintes: rural; 15/mar/2007, as linhas gerais do PDE - Valorização e Formação Profissional, com a - Melhoria do transporte escolar e (Plano de Desenvolvimento da Educação), criação do piso salarial nacional do magistério, qualificação da saúde escolar; reconhecendo que houve a universalização e investimento na formação continuada de - Gestão Participativa; do ensino, mas não houve um acompanha- professores; - Monitoramento e Avaliação.

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Programas de Educação Básica especial, ao passo que o FUNDEB vai Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e do Governo Federal proporcionar a garantia da Educação Básica em uma das metas para o Ensino Funda- a todos os brasileiros, da creche ao final do mental no Plano Nacional de Educação Ensino Médio, inclusive àqueles que não (PNE), a ampliação do Ensino Funda- Programa de Valorização ANEXOS tiveram acesso à educação em sua infância. mental para nove anos foi discutida pela do Magistério Secretaria de Educação Básica (SEB/ MEC) com as secretarias municipais e Na categoria “Profissionais da estaduais de educação a partir de 2003. Educação” estão incluídos professores e Com o objetivo de auxiliar os sistemas de funcionários de escola, pois todos ensino e o professor que atua nesta nova interagem com as crianças, participando série da educação fundamental, o MEC A execução do Programa é de ativamente de sua educação e, por isso, dispõe de obra elaborada por especialistas responsabilidade da Secretaria de precisam estar preparados para realizar em educação de crianças desta faixa Educação Básica, por intermédio da suas tarefas. etária intituladala “Ensino Fundamental Coordenação-Geral de Articulação e A Valorização do Magistério é constituída de 0 a 9 anos: Orientações”. Fortalecimento Institucional dos Sistemas por programas para formação continuada de Ensino (CAFISE) do Departamento de de professores das redes públicas de Articulação e Desenvolvimento dos educação a exemplo da Pró-Licenciatura, Sistemas de Ensino (DASE), todos da cujo objetivo é melhorar a qualidade de estrutura organizacional do MEC. O Programa de ensino na Educação Básica por meio de Programa conta com a participação de formação do professor em sua área de organismos nacionais e internacionais em atuação; do PROINFANTIL, que é um Grupo de Trabalho constituído para dirigido a professores que atuam na O ensino fundamental, agora ampliado discutir, analisar e propor medidas para sua educação infantil sem a formação mínima para nove anos de escolaridade, é uma implementação. exigida por lei, o Programa Ética e resposta à necessidade de melhoria de Várias estratégias serão utilizadas para a Cidadania - Construindo Valores na desempenho da população estudantil na capacitação de conselheiros escolares, en- Escola e na Sociedade, dentre os área de alfabetização e letramento, em tre elas: principais. função do resultado insatisfatório da leitura - Cursos a distância para a capacitação de e escrita nas escolas públicas. conselheiros escolares, técnicos e O programa vem sendo formatado pela FUNDEB dirigentes das secretarias municipais e SEB - Secretaria de Educação Básica, estaduais de educação. do MEC. A Emenda Constitucional Nº 53 que - Protocolos de cooperação entre as criou o FUNDEB – Fundo de Manutenção secretarias municipais e estaduais de e Desenvolvimento da Educação Básica educação e o Ministério da Educação para a realização de cursos de capacitação de Programa de Subsidio para a e de Valorização dos Profissionais da Ação Pedagógica de Creches e Educação - aprovada em 06 de dezembro conselheiros escolares utilizando o mate- de 2006, tem por objetivo proporcionar a rial instrucional produzido para este Pré-Escolas elevação e uma nova distribuição dos Programa. O Programa busca subsidiar os sistemas investimentos em educação. - Videoconferências com o objetivo de de ensino na elaboração de normas e Com as modificações que o FUNDEB mobilizar e sensibilizar os conselheiros ações político-pedagógicas respeitando pe- oferece, o novo Fundo atenderá não só o escolares para a importância de sua culiaridades desta etapa da educação Ensino Fundamental [6/7 a 14 anos], como atuação na garantia da gestão democrática básica. Sua meta é a melhoria da também a Educação Infantil [0 a 5/6 anos], da escola. qualidade da educação da criança de 0 a 6 o Ensino Médio [15 a 17 anos] e a anos. Educação de Jovens e Adultos, esta Com esta finalidade, foram criados e destinada àqueles que ainda não têm Programa Ampliação do Ensino disponibilizados programas e materiais que escolarização. O FUNDEF, em vigor até Fundamental para Nove Anos vêm contribuindo para aumentar o o fim de 2006, investia apenas no Ensino atendimento e a qualidade na área de Fundamental nas modalidades regular e Prevista na Lei nº 9.394/96, a Lei de educação infantil.

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- Ação 4: Implementação de medidas revitalizadoras direcionadas às atividades culturais:

I - Obras de conservação e manutenção dos seguintes prédios:

- Biblioteca Municipal, Centro de Múltiplo Uso, Telecentro Municipal (CNS) e Centro de Inclusão ANEXOS Digital. II - Construção do Teatro Municipal e Centro Culturais nos bairros;

III - Construção do Convenções e Ampliação do Centro Cultural e Esportivo; CULTURA Objetivos Estratégicos IV - Construção do Memorial Histórico Municipal. s ações do Governo Muni cipal consistirão, funda 2.4.3 - ESPORTE E CULTURA: Amentalmente, no incentivo à O Art. 7° da Lei Orgânica de Carauari estabelece que compete participação da população na pre- servação dos valores históricos, cí- ao Município, promover a tudo quanto diz respeito ao seu peculiar vicos e culturais do Município, no interesse, e ao bem estar de sua população, cabendo-lhe estímulo e apoio ao folclore, artesa- privativamente entre outras, as seguintes atribuições: nato, literatura, música, teatro, artes - Promover a cultura e a recreação; plásticas e outras formas de mani- festação cultural. - Realizar programas de apoio às práticas desportivas. É disposição do executivo municipal a realização de programas de apoio às práticas desportivas, nas comunidades urbanas e rurais, mediante estímulo e auxílios materiais às agremiações organizadas ESPORTE E LAZER Objetivos Estratégicos pela população de forma regular. Nesse sentido, o Município fomentará as práticas desportivas, especialmente nas escolas a ele stimular e difundir a prática pertencentes, oferecendo prioridades às associações e agremiações de esportes e propiciar desportivas para utilização dos espaços públicos construídos para Emaiores condições de lazer tais fins. à população das diversas faixa etárias. A política de esportes e cultura tem por finalidade propiciar à população condições de desenvolvimento físico, mental e social, Este objetivo deverá ser atingido por meio do estímulo à vida saudável, através do incentivo à prática de atividades esportivas, recreativas, com a plena utilização de áreas de culturais e o fortalecimento dos laços sociais e comunitários, mediante: desportos e recreação, existentes I - fomentar práticas desportivas, como direito coletivo, e a serem criadas, utilizando essas incentivando a recreação, como forma de promoção e bem-estar da atividades como ponto focal do pro- sociedade, entendendo que o desporto, nas suas diversas cesso de integração social e de de- manifestações, é direito de todos os cidadãos e dever do Município senvolvimento da consciência co- munitária da população, em todo o Município.

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de diretrizes e coordenação da e competência para seu desenvolvimento Programas de Esporte e Lazer implementação das ações e cidadania. junto à sociedade sobre do Governo do Estado governamentais. A secretaria promove juventude, assim como amplia as Os programas, projetos e ações campanhas de conscientização junto à oportunidades e os meios para o

voltadas para o atendimento aos jovens sociedade sobre juventude, assim como exercício do direito de atividades de ANEXOS e para o desporto e lazer da população amplia as oportunidades e os meios para desporto e lazer. Também é missão da são de responsabilidade da Secretaria o exercício do direito de atividades de SEJEL oferecer mecanismos para que a de Estado da Juventude, Esporte e Lazer desporto e lazer. Também é missão da juventude adquira conhecimento, aptidão -SEJEL, cujo trabalho inclui a formulação SEJEL oferecer mecanismos para que a e competência para seu desenvolvimento de políticas públicas para o setor, proposta juventude adquira conhecimento, aptidão e cidadania.

Programas de Esporte & Lazer O programa do Governo Federal visa,suprir a carência de políticas públicas e sociais que atendam às crescentes neces- sidades e demandas da população por esporte recreativo e lazer, O programa Vida Saudável, visa ofertar sobretudo daquelas em à população da terceira idade do Brasil O Ministério do Esporte mantém situações de vulnerabilidade social e um programa de atividade física regular e sistematizado que vise melhorar ou manter programas como o Segundo Tempo e o econômica, reforçadoras das condições de a saúde bio-psico-social dos indivíduos, Esporte e Lazer da Cidade. O Segundo injustiça e exclusão social a que estão tendo como conseqüência a melhoria da Tempo, que atende um público de crianças submetidas qualidade de vida. e adolescentes, tem grande repercussão por funcionar em parceria tanto com o setor público quanto com o privado. O Segundo Tempo já é considerado o maior programa sócio-esportivo do mundo, desenvolvendo atividades esportivas em um segundo turno escolar, com reforço alimentar e escolar gratuitos. A parceria com empresas pode ser O Segundo Tempo é um programa do Ministério viabilizada sem custo financeiro e com do Esporte, em parceria com o Ministério da É uma ação com a finalidade de identificar impacto positivo na imagem do investidor. Educação promovido pela Secretaria de Esporte jovens e adolescentes matriculados na rede Basta que a empresa elabore ou identifique Educacional, destinado a possibilitar o acesso à escolar que apresentam níveis de um projeto para atender crianças e prática esportiva aos alunos matriculados no desempenho motor compatíveis com a adolescentes de comunidades em situação ensino fundamental e médio dos estabelecimentos prática do esporte de competição e de alto de risco social e destine parte do seu imposto públicos de educação do Brasil, principalmente rendimento. de renda para o financiamento desse projeto. em áreas de vulnera-bilidade social.

que: a) - destinará recursos e incentivará o investimento no desporto pela iniciativa privada; b) - reservará áreas destinadas à práticas desportivas, de educação física e de lazer; c) - lncentivará a recreação desportiva como forma de promoção social. II - colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural por meio de inventário, registro, vigilância, tombamento e outras formas de cautelamento e preservação e, ainda, de repressão aos danos e ameaças a esse patrimônio cultural, assim como estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da cultura em geral.

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2.4.4 - ASSISTÊNCIA E PROMOÇÃO SOCIAL:

A ação do Município no campo de Assistência Social, de

acordo com o Art. 197 da Lei Orgânica de Carauari, objetivará ANEXOS promover:

I - A integração do indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio social;

II - O amparo a velhice e a criança abandonada; PROMOÇÃO SOCIAL III - A integração das comunidades carentes; Objetivos Estratégicos

IV - Educação dos menores abandonados em escolas ara a ampliação dos pa- profissionalizante; drões de promoção social Pda população, o Governo Municipal exercerá o papel de co- V - A proteção ao menor, aos dependentes incapazes e aos ordenação para integração das idosos contra toda forma de negligência, discriminação, exploração, ações desenvolvidas por organis- violência e opressão; mos federais, estaduais e privados, evitando paralelismo, dispersão de VI - Combate ao uso de entorpecentes e drogas afins, com esforços ou choques de orientação. proteção especial à infância e a juventude; Esta ação integradora, dará priori- dade ao atendimento do menor em VII - Incentivo a organização de associações comunitárias; situação irregular , à assistência ao idoso, atenção às questões de VIII - Prevenção da violência no âmbito familiar; vulnerabilidade familiar, e à inclu- são produtiva e cidadania, tanto na IX - Prevenção da deficiência física, sensorial e mental com zona urbana como na rural. prioridade para a assistência pré-natal e para a infância;

X - Capacitação e valorização da mão-de-obra feminina, bem como incentivo e apoio a criação de cooperativa de trabalho;

XI - Habitação, reabilitação e integração a vida comunitária dos indivíduos marginalizados, inclu- sive os portadores de deficiência, vícios ou anormalidades de comportamento.

Portanto, a política de promoção social tem como fundamento proporcionar às pessoas e às famílias carentes condições para a conquista de sua autonomia, mediante o combate às causas da pobreza, por intermédio:

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I - da redução das desigualdades sociais e a promoção da integração social;

II - da inclusão de famílias carentes em programas governamentais e não-governamentais que visem à melhoria de suas condições de vida; ANEXOS

III - da promoção de programas que visem à reabilitação e reintegração social;

IV - da implementação de ações voltadas à economia solidária, que compreende o resultado da união de trabalhadores em empreendimentos que privilegiam a autogestão do trabalho, o consumo ético, a justa distribuição da riqueza produzida coletivamente, o respeito ao equilíbrio dos ecossistemas e à diversidade cultural.

Neste sentido, e em sintonia com a análise e sistematização dos levantamentos participativos, foram formuladas as seguintes ações, que objetivam a vitalização das atividades inerentes ao setor da Assistência e Promoção Social:

- Ação 1: Incentivo à participação de empresas privadas nos projetos e atividades de assistência e promoção social, visando o estreitamento e o fortalecimento da participação dos segmentos sociais organizados nas decisões ligadas à Ação Social;

I - Elaboração de estudos sistemáticos, com a participação da sociedade, para orientar a formulação de ações de política social do município,

II - Ampliação e promoção da assistência aos idosos, aos portadores de necessidades especiais, às gestantes, aos adolescentes, aos portadores de doenças infecto-contagiosas e aos dependentes de drogas, através de programas integrados ( intergovernamentais e multissetoriais), contando também com a participação da sociedade civil organizada, das instituições não governamentais e de voluntários.

- Ação 2 - Ampliação e adequada manutenção da rede operacional de assistência social, de acordo com as seguintes necessidades, a fim de permitir o atendimento com qualidade da população necessitada:

I - Capacitação profissional dos jovens através da articulação e implantação de programas dos vários níveis de governo;

II - Ampliação dos programas nutricionais existentes, dimensionados por indicadores resultantes do levantamento das demandas locais;

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III - Construção de:

- 4 Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - no Centro e bairros Nossa Senhora de

Fátima, Nova República e Samuel Amaral; ANEXOS

- 02 Centro de Convivência do Idoso, nos bairros Nossa Senhora de Fátima e Nova República.

- Ação 3 - Promover a política habitacional da Prefeitura que terá como objetivo oferecer habitação adequada para a populações carentes, tanto de áreas rurais como urbana, por meio de uma aborda

Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS -

Os recursos do FNHIS são aplicados de forma s aplicações dos recursos do FNHIS são destina- descentralizada, por intermédio dos Estados, Distrito das a ações vinculadas aos programas de habita- Federal e Municípios, mediante Termo de Adesão, que ção de interesse social que contemplem: A deverão: I – aquisição, construção, conclusão, melhoria, reforma, I – constituir fundo, com dotação orçamentária própria, locação social e arrendamento de unidades habitacionais destinado a implementar Política de Habitação de Interesse em áreas urbanas e rurais; Social e receber os recursos do FNHIS; II – produção de lotes urbanizados para fins habitacionais; II – constituir conselho que contemple a participação de III – urbanização, produção de equipamentos comunitários, entidades públicas e privadas, bem como de regularização fundiária e urbanística de áreas de interesse segmentos da sociedade ligados à área de habitação; social; III – apresentar Plano Habitacional de Interesse Social, IV – implantação de saneamento básico, infra-estrutura e considerando as especificidades do local e da demanda; equipamentos urbanos, complementares aos programas habitacionais de interesse social; IV – firmar termo de adesão ao SNHIS; V – aquisição de materiais para construção, ampliação e V – elaborar relatórios de gestão; e reforma de moradias; VI – observar os parâmetros e diretrizes para concessão VI – recuperação ou produção de imóveis em áreas de subsídios no âmbito do SNHIS, a exemplo da encortiçadas ou deterioradas, centrais ou periféricas, para contrapartida. fins habitacionais de interesse social; VII – outros programas e intervenções na forma aprovada (A LEI FEDERAL Nº 11.124/2005, Dispõe sobre o Sistema pelo Conselho Gestor do FNHIS, a exemplo da aquisição Nacional de Habitação de Interesse Social, cria o Fundo de terrenos vinculada à implantação de projetos Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e habitacionais. institui o Conselho Gestor do FNHIS).

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Linhas de Ação do Setor na capital e no interior. da população. A SEC tem como missão Cultural do Governo Estadual Cabe à Secretaria executar a política cul- também valorizar, formatar e difundir as

A defesa e preservação do patrimônio tural definida para o Estado do Amazonas, manifestações culturais e artísticas da ANEXOS cultural, são planejadas, elaboradas, popularizando e interiorizando as ações em região, oferecendo mecanismos e meios executadas e acompanhadas pela parceria com organizações públicas e para os agentes, produtores e artistas de Secretaria de Estado da Cultura -SEC, privadas, visando a satisfação dos anseios modo geral.

plásticas e aquelas voltadas ao suporte multimídia Linhas de Ação do Setor 4.Garantir e fiscalizar o cumprimento de Cultural e audiovisual (98% da população têm acesso à contratos e de preceitos legais no âmbito do Governo Federal televisão e o mercado brasileiro de cinema é um da cultura; No campo das políticas culturais, o dos 10 maiores do mundo, em receita e País investe, revitaliza e recupera sítios espectadores). 5.Promover arranjos institucionais e de históricos, bens tombados e espaços mecanismos de regulação econômica Nesse sentido, são identificadas dez frentes de culturais, ao tempo em que moderniza adequados ao pleno desenvolvimento das ação do Estado no campo cultural: parques e museus. A regionalização é atividades culturais; 1.Promover o reconhecimento da diversidade uma diretriz e as ações, descentralizadas, 6.Promover a salvaguarda e proteção do cultural, no Brasil e no mundo, e garantir a livre incluem do patrocínio à obra e ao artista, patrimônio cultural (material e imaterial) expressão dessas manifestações; até a qualificação de técnicos em brasileiro; 2.Promover e assegurar condições de justiça espetáculos. 7.Representar internacionalmente o país social, tendo em mente a cultura como um direito Os projetos destinam-se tanto a nas instâncias de negociação internacional; promoção e divulgação quanto ao fomento: fundamental para a plena constituição da cidadania; - as áreas prioritárias compreendem manifestações folclóricas e populares; 3.Promover as condições de estímulo e fomento às atividades culturais; - o canto, a dança e também as artes

gem que possibilite o desenvolvimento e a melhoria de condições de moradia, ambientalmente saudá- vel e ecologicamente correta, com ênfase no desenvolvimento sustentável e a consciência da preserva- ção e desenvolvimento ambiental.

A responsabilidade pelo desenvolvimento operacional dessa política ficará a cargo das Secretari- as de Assistência Social e Cidadania, Meio ambiente, e de Obras e Urbanismo, que será resposável pela construção.

O Conselho de Desenvolvimento Municipal, participará do processo de elaboração, implementação, monitoramento e fiscalização do Programa Municipal de Habitação de Carauari – PMHB, pois esta será uma das suas atribuições.

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Programas de Promoção Social da Família". Esses Centros são espaços escolaridade, desempregadas e/ou do Governo do Estado físicos localizados estrategicamente em áreas subempregadas, visando a melhoria da de pobreza. O CRAS presta atendimento qualidade de vida dessas pessoas, tendo CUNHANTÃ E CURUMIM ANEXOS socio-assistencial, articula os serviços como resultado a inclusão social e no disponíveis em cada localidade, É um programa de atendimento sócio- mercado econômico competitivo. potencializando a rede de proteção social assistencial à crianças e adolescentes na básica. prevenção à exploração sexual infanto- ABRIGO juvenil. Público alvo: Famílias que, em decorrência da pobreza, estão vulneráveis, privadas de Público alvo: Adolescente na faixa etária Programa que assegura a proteção inte- renda e do acesso a serviços públicos, com de 15 a 17 anos em situação de gral à criança e adolescente em situação vínculos afetivos frágeis, discriminadas por vulnerabilidade pessoal e social, situação de abandono, risco pessoal e social, questões de gênero, etnia, deficiência, idade, de rua, exploração sexual, uso de drogas, objetivando garantir à criança e ao entre outras. violência familiar. adolescente atendimento integral de REDE DE PROTEÇÃO educação, saúde, profissionalização, lazer SOCIAL CENTROS DE e cultura. REFERÊNCIAS DA Funciona mediante de cooperação Cooperação técnica e financeira a ONG´s, FAMÍLIA técnica e financeira entre ONG´s, Prefeituras viabilizando o fortalecimento e a ampliação e o Governo do Estado. são unidades que visam através de dos serviços sócio-assistenciais do Estado, atividades sócio-educativas, visando atender crianças, adolescentes, PRÓ-FAMÍLIA assistenciais e de capacitação, melhorar jovens, idosos, pessoas portadores de Atender pessoas socialmente excluídas a qualidade de vida de seus cidadãos. deficiência que se encontram em situação que buscam ou são encaminhada à Os Centros são especializados em de risco pessoal e social. SEAS, por meio de visitas domiciliares desenvolver ações comunitárias para Funciona por meio de ações de assistência enca-minhamentos e doações. atender famílias, em articulação com a social desenvolvidas pelas Entidades no rede de Serviços Sociais da comunidade. PROGRAMAS cumprimento do objeto pactuado no DESENVOLVIDOS EM Atividades desenvolvidas: Cursos de Convênio formalizado com o Governo do AÇÃO CONJUNTA COM arte e artesanato regional visando Estado/SEAS. O GOVERNO FEDERAL capacitação profissional e inserção no E AS PREFEITURAS: mercado produtivo, além de ações de RENDAMAZ Agente Jovem; estimulo ao esporte e a cultura. API - Atenção à Pessoa Idosa É um programa estadual de Geração de PAIF - PROGRAMA DE BPC - Benefício de Prestação Continuada Apoio à Trabalho e Renda, tendo como ATENÇÃO INTEGRAL À ; FAMÍLIA público alvo pessoas vulnerabilizadas PAC - Atenção à criança de o a 6 anos; socialmente, analfabetos, semianalfabetos, É um serviço continuado de proteção desempre-gadas, subempregadas, a partir Atenção às Pessoas Portadoras de social básica, desenvolvido nos Centros dos 16 anos; Deficiência; de Referência da Assistência Social Objetivo geral: Capacitar as populações Programa de Erradicação do Trabalho (CRAS), mais conhecidos como "Casas excluídas socialmente, que possuam ou não Infantil - PETI.

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Principais Programas Sociais conjuntas entre o Estado e a sociedade; na promover ações de fomento ao do Governo Federal superação das desigualdades econômicas, desenvolvimento local solidário, visando sociais, de gênero e raça; na articulação entre à geração de trabalho e renda, por meio do

orçamento e gestão e de medidas emergenciais apoio a organização de empreendimentos ANEXOS com ações estruturantes e emancipatórias. coletivos solidários. Os Agentes de Desenvolvimento Solidário têm o papel de identificar potencialidades e demandas, as quais são analisadas pela O Programa Bolsa Família (PBF) é um coordenação do projeto com o objetivo de programa de transferência direta de renda respondê-las diretamente, ou de articular com condicionalidades, que beneficia respostas junto a outros órgãos de governo. famílias em situação de pobreza. O PBF O Programa Nacional de Alimentação Escolar integra o FOME ZERO, que visa (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio Programa de Erradicação do assegurar o direito humano à alimentação da transferência de recursos financeiros, a Trabalho Infantil - PETI adequada, promovendo a segurança alimentação escolar dos alunos da educação (Concessão de bolsa a crianças e alimentar e nutricional e contribuindo para infantil (creches e pré-escola) e do ensino fun- adolescentes em situação de trabalho) a erradicação da extrema pobreza e para damental, inclusive das escolas indígenas, a conquista da cidadania pela parcela da matriculados em escolas públicas e Distribuição de bolsas para as famílias que população mais vulnerável à fome. filantrópicas. possuem crianças e adolescentes retiradas O Bolsa Família prevê a unificação dos Seu objetivo é atender às necessidades do trabalho, contribuindo para a permanência Programas Bolsa Escola, Bolsa nutricionais dos alunos durante sua da criança e do adolescente na escola. Alimentação, Auxílio Gás e Cartão permanência em sala de aula, contribuindo para São ainda repassados recursos aos Alimentação. São os chamados o crescimento, o desenvolvimento, a apren- municípios para que seja implantada a “programas remanescentes”. dizagem e o rendimento escolar dos estudantes, Jornada Ampliada, que oferecem atividades A assinatura do Termo de Adesão é bem como a formação de hábitos alimentares no turno complementar ao da escola. condição para que o município tenha saudáveis. O principal objetivo desta ação é assegurar acesso aos recursos financeiros para O PNAE tem caráter suplementar com a a proteção social especial a crianças e apoio a gestão do Programa Bolsa Família. educação, a exemplo de programas de mate- adolescentes de 07 a 15 anos, que tiverem rial didático-escolar, transporte e assistência à seu direito ao não trabalho violado, a O FOME ZERO é saúde do estudante. igualdade de condições e acesso para a uma estratégia permanência na escola. impulsionada pelo Governo Federal para Proteção Social Básica assegurar o direito humano à alimentação adequada às Concessão de bolsa para jovens de 15 a pessoas com dificuldades de acesso aos 17 anos em situação de vulnerabilidade e/ alimentos. Tal estratégia se insere na ou risco social, que irão receber promoção da segurança alimentar e Projeto de Promoção do Desenvol- capacitação para atuarem como agentes nutricional buscando a inclusão social e a vimento Local e Economia de desenvolvimento social e humano em conquista da cidadania da população mais Solidária (Fomento e Apoio ao sua família e comunidade. vulnerável à fome. Desenvolvimento Local com Vistas à O objetivo é garantir meios para que o jovem Os princípios do FOME ZERO têm por Geração de Trabalho e Renda) possa ser inserido em atividades que base a transversalidade e intersetorialidade promovam sua cidadania, a permanência das ações estatais nas três esferas de É uma parceria entre o MDS e o Ministério do no sistema educacional e sua iniciação no governo; no desenvolvimento de ações Trabalho e Emprego – que tem como objetivo mercado de trabalho.

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2.5 - Ações para IMPLEMENTAÇÃO DOS MECANISMOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA DO PLANO DIRETOR ANEXOS

função precípua do Governo Municipal cuidar para que a execução dos seus planos e pro- gramas tenham acompanhamento e avaliação permanentes, de modo a garantir o seu êxito e assegurar a sua continuidade no horizonte de tempo necessário. Nesse sentido, É o planejamento governamental será feito por meio da elaboração e manutenção atualiza- da, dos seguintes instrumentos, dentre os principais: I - Plano Plurianual; II - Lei de Diretrizes Orçamentárias; GESTÃO DEMOCRÁTICA III - Orçamento Anual ; Objetivos Estratégicos IV - Plano Diretor. stabelecimento de um proces- Esses instrumentos deverão incorporar as propostas constan- so de integração direta entre tes dos planos e programas setoriais, dadas as suas implicações Eo Governo Municipal e os para o desenvolvimento local. vários segmentos da população, nas Por sua vez, o Estatuto das Cidades, no seu Art. 20, Inciso II, áreas urbana e rural, com vistas a elevar os níveis de consciência só- ampliado com normas do Conselho Nacional das Cidades, estabele- cio-política, de organização e de par- ce a gestão democrática, com a participação da sociedade na for- ticipação da sociedade nas decisões mulação, execução e acompanhamento do Plano Diretor. Vale di- de interesse público. zer: a sintonia fina entre o planejamento municipal e o modelo de Este sistema não só deverá contri- gestão do Plano são matérias vinculantes para a execução exitosa buir para a orientação e revisão das do Plano Diretor. ações governamentais, particular- Nesse sentido, as ações estratégicas com vistas a estruturar o mente relacionadas ao Plano Dire- sistema de planejamento e gestão integrada e participativa do Pla- tor, ao lhe permitir a apreensão sis- temática das demandas do Municí- no, terão como objetivos: pio, como possibilitará a ampliação I - Criação de órgão colegiado formado com representantes da consciência da população acer- governamentais e da população com a função de acompanhar e ca de suas responsabilidades e de implementar as diretrizes e ações previstas no Plano Diretor; seu poder multiplicador no desen- II - Manter equipe técnica multidisciplinar da administração munici- volvimento do Município, envolven- pal para acompanhamento e revisão do Plano Diretor; do-a cada vez mais neste processo. III - Garantia que as ações previstas no Plano Diretor estejam A própria consolidação do sistema de planejamento integrado e contempladas nas leis do Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes participativo, aqui instituído, promo- Orçamentárias - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA; verá um processo gradativo de IV - Aperfeiçoamento do sistema de planejamento e gestão municipal; transformação de valores e compor- V - Promoção do desenvolvimento da cidadania visando a participação tamentos das equipes governamen- popular efetiva e responsável. tais, dos líderes de classe e da po- Assim, a Lei do Plano Diretor deve estabelecer a estrutura e o pulação em geral, assegurando que a interação Governo/Sociedade não processo participativo de planejamento para implementar e monitorar seja demagógica ou imprudente. o Plano, devendo definir, também, as instâncias de discussão e

FGV/ISAE 83 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI decisão, sua composição e suas atribuições. Nesse sentido, em função das reuniões efetuadas duran- te a “leitura do município”, a forma como o sistema de gestão deverá ser operacionalizado, a fim de garantir o controle social e em coerência com a capacidade de gestão do município, resultou nas seguintes decisões: ANEXOS

- Ação 1: Transformação do Núcleo Gestor em Conselho Municipal de Desenvolvimento de Carauari - CMDC, com os seguintes objetivos operacionais, tendo como presidente o Prefeito do Município, como suplente o Vice-Prefeito e, como Secretário-Geral, o até então coordenador do Núcleo Gestor responsável pela elaboração do presente Plano Diretor. O CMDC contará com 19 (dezenove) membros titulares, formado por representantes de órgãos públicos, entidades da sociedade civil organizada e empresas ligadas ao desenvolvimento social, econômico e ambiental de Carauari, sob a presidência do Prefeito Municipal, tendo a seguinte compo- sição: I - 3 (três) representantes do governo municipal; II - 2 (dois) representantes de órgãos estaduais, com estrutura operacional no Município; III - 2 (dois) representantes de órgão federais, com estrutura operacional no Município; IV - 2 (dois) representantes da câmara municipal; V - 2 (dois) representantes de associações comunitárias, sendo 1 (um) da zona urbana e 2 (dois) da zona rural; VI - 2 (dois) representantes dos conselhos profissionais e sindicatos de trabalhadores; VII - 2 (dois) representantes patronais; VIII - 2 (dois) representantes de empresas ligadas ao desenvolvimento socioeconômico e ambien- tal do Município, a exemplo das Operadoras de Turismo e da CEAM. Os representantes dos órgãos do Poder Executivo Municipal e seus respectivos suplentes serão indicados pelo Prefeito, sendo que os titulares da Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, Secretaria Municipal de Finanças e da Secretaria Municipal do Interior e Meio Ambiente, são membros natos do CMDC.

Ação 2: O CMDC, operacionalizará as seguintes medidas prioritárias: I - Estabelecimento de mecanismos para monitoramento, avaliação e atualização do Plano Diretor, que deverá ser entendido como uma agenda executiva das ações de desenvolvimento, com fundamentos, princípios e diretrizes estratégicas, objetivando o fomento e ordenamento das múltiplas atividades que se processam no espaço geo-econômico-social do Município, em sintonia com as vocações naturais e as formas adequadas de exploração racional do meio ambiente; II - Monitorar, fiscalizar e avaliar a realização dos investimentos necessários à implementação das ações formuladas neste Plano Diretor, cuidando para que sejam efetivadas as ações para supera- ção das necessidades básicas das Comunidades Rurais, constantes no item 2.3.4, do TOMO 1/2,

FGV/ISAE 84 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI deste Plano, na tabela referente à Síntese da Infra-estrutura Básica Existente e Necessária, de cada uma dessas Comunidades. III - Elaboração de propostas técnicas para captação de recursos externos e demais providên-

cias requeridas pelo Plano; ANEXOS IV - Apoio operacional às ações de planejamento dos órgãos municipais, incluindo orientações metodológicas, quanto à elaboração de planos setoriais, assim como incentivo e fomento a programas de capacitação, atualização e aperfeiçoamento de recursos humanos do executivo municipal;

GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA A independência do Conselho perante os órgãos governamentais é fundamental para a garantia do exercício Constituição estabeleceu sistemas de gestão de suas atribuições. Como órgão de controle da administração democrática em vários campos de atuação da pública que fiscaliza a atuação dos órgãos e autoridades AAdministração Pública, tais como: o planejamento públicas, o Conselho não pode estar submetido a qualquer participativo, mediante a cooperação das associações tipo de subordinação aos governantes. Outro aspecto representativas no planejamento municipal, como preceito importante é o processo de deliberação do Conselho, que a ser observado pelos Municípios (Art. 29, XII); a gestão deve conter procedimentos de consulta, de modo a assegurar democrática do ensino público na área da educação (Art. a todos os segmentos da sociedade, o direito de participar da 206, VI) e a gestão administrativa da seguridade social tomada da decisão. Apesar da possibilidade da composição com a participação da comunidade, em especial, de do Conselho ser paritária, normalmente quem estará trabalhadores, empresários e aposentados (Art. 114, VI); representando a sociedade serão os grupos organizados, A forma de organização administrativa adotada para associações de moradores, associações de classe, sindicatos, possibilitar a participação dos cidadãos na gestão das movimentos e organizações populares. É preciso, também, políticas públicas é a do Conselho, que se configura como criar canais para os cidadãos não organizados participarem órgão administrativo colegiado, com representantes da das decisões que afetarão suas vidas. sociedade e do Poder Público. O último aspecto sobre o Conselho diz respeito a sua Considerando que a função do Conselho é formular e composição ser paritária ou não. No aspecto legal, não existe coordenar a implementação de uma política pública. A uma determinação expressa da constituição dos Conselhos primeira questão é sobre o procedimento para a sua criação. para a composição paritária entre representantes da Para a Administração Pública ser obrigada a executar as sociedade e do poder público. O comando constitucional é decisões do Conselho, a sua criação deve ser por meio de assegurar a participação da sociedade nos órgãos da lei, à qual cabe estabelecer as competências e as matérias administração pública, ficando facultado à União, aos Estados objeto de deliberação, evitando conflitos de competência e Municípios definirem por lei a composição dos Conselhos. com os órgãos da Administração responsáveis pelo setor. A opção pela composição paritária do Conselho dependerá, O Conselho enquanto órgão colegiado administrativo se principalmente, do grau de organização e mobilização social configura como um órgão integrante da administração das comunidades. pública. Essa integração ao órgão administrativo Considerando a diversidade das realidades regionais e locais, responsável pela política pública (Ministério, Secretaria, em alguns casos, o Conselho, com uma composição Departamento) não significa que o Conselho esteja sujeito majoritária de representantes da administração pública, a qualquer subordinação hierárquica no exercício de suas poderá ter mais eficácia do que um Conselho composto por atribuições. A integração do Conselho a um Ministério, maioria de representantes da sociedade. O fundamental é Secretaria ou entidades da administração indireta (como estabelecer uma composição equilibrada entre os dois setores, as fundações) é necessária para o seu próprio sendo portanto a composição de forma paritária, a mais funcionamento, no sentido de que esses órgãos prestem o adequada para o Conselho funcionar de forma eficiente. suporte administrativo, operacional e financeiro, e destinem um corpo administrativo e técnico para o Conselho. (Guia do Estatuto das Cidades, Ministério das Cidades)

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V - Articulação operacional dos programas, projetos e atividades constantes no Plano, com programas, projetos e atividades de outras esferas afins de governo e da iniciativa privada; VI - Implementação e atualização constante de indicadores socioeconômicos necessários às ações de acompanhamento, avaliação e atualização das ações e metas do Plano, a exemplo dos ANEXOS indicadores constantes no item 2.2.1, TOMO 2/2, do Plano. VII - O CMDC poderá contar com Câmaras Técnicas que terão por objetivo reunir os conselheiros, por área de atuação, interesse e conhecimento, de acordo com critérios a serem aprovados no Regimento Interno do Conselho, com vistas a realizarem estudos, discussões e deliberações acerca de temas inerentes aos objetivos do Conselho; VIII - Participar na elaboração de legislações complementares decorrentes do presente Plano Diretor e outras que dispõem sobre assunto relacionados com o planejamento e gestão territorial; IX - Deliberar e emitir pareceres sobre proposta de atualização deste Plano Diretor, assim como promover a realização de Conferências Municipais de Desenvolvimento; X - Receber, de todos os segmentos da sociedade, assuntos de interesse coletivo relacionadas com o Plano Diretor e encaminhar para discussões e deliberação, particularmente a iniciativa popular de projetos de lei, programas e projetos de desenvolvimento socioeconômico, que poderá ser tomada por, no mínimo, 2% (dois por cento) dos eleitores do Município; XI - Qualquer proposta de iniciativa popular, que se enquadre no inciso anterior, deverá ser apreciada e deliberada pelo CMDC, em parecer técnico circunstanciado sobre o seu conteúdo e alcance, no prazo de 60 (sessenta) dias a partir de sua apresentação, ressaltando que deverá ser dada publicida- de a qualquer proposta de iniciativa popular; XII - Tratar de assuntos federativos pertinentes ao macrozoneamento do espaço territorial do município e propor acordos nos casos de conflitos de interesse federativo; XIII - Gerenciar o Fundo Municipal de Apoio ao Desenvolvimento de Carauari - FMADC, a ser criado por Lei, com o objetivo de gerenciar e prover recursos para a implementação dos mecanismos necessários à operacionalização dos Princípios Fundamentais e das Diretrizes Estratégicas do Plano Diretor, os quais foram agrupados, por afinidade, nos cinco seguintes conjuntos de Políticas Públicas: 1 - Reconfiguração operacional dos segmentos componentes da Infra-estrutura do PLANEJAMENTO TERRITORIAL para o DESENVOLVIMENTO; 2 - Enfatização dos segmentos componentes do MEIO AMBIENTE e da infra-estrutura FÍSICA BÁSICA; 3 - Promoção dos segmentos componentes da Infra-estrutura do DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO; 4 - Vitalização dos segmentos componentes da Infra-estrutura SÓCIO-CULTURAL; 5 - Estruturação operacional dos segmentos componentes da GESTÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR; 6 - As fontes de recursos financeiros que comporão o Fundo Municipal de Apoio ao Desenvolvimento de Carauari - FMADC, são os seguintes:

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a - Recursos oriundos do orçamento municipal; b - Repasses ou dotações de origem orçamentária da União e do Governo do Amazonas a ele destinado; c - Contribuições ou doações de pessoas físicas ou jurídicas; ANEXOS d - Contribuições ou doações de entidades internacionais; e - Acordos, contratos, consórcios e convênios; f - Rendimentos obtidos com a aplicação de seu próprio patrimônio; g - Recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social; h - Outras receitas eventuais. 7 - Os critérios para aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Apoio ao Desenvolvimento de Carauari - FMADC serão definidos por meio de Decreto Municipal, baseado em Exposição de Motivos oriunda da Secretaria Geral do Conselho Municipal de Desenvolvimento de Carauari - CMDC, ao Prefeito Municipal. XIV - Elaborar e aprovar o seu regimento interno. XV- Formatação e Implementação do Programa de Comunicação Governamental, resultante da necessidade de interação entre os demais órgãos da Administração, visando um processo integrado de comunicação interna e externa, de modo a garantir, um padrão de qualidade na veiculação de informações. O Programa utilizará todos os tipos de mídia, visando manter informado todos os seg- mentos da sociedade. XVI - Instruções normativas serão editadas, na medida em que aperfeiçoamentos se fizerem necessários, visando aprimorar as funções operacionais do Conselho. (Nas páginas seguintes, são apresentadas conceitos e desdobramentos ligados ao presente tema)

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PARTE V ANEXOS

GESTÃO PARTICIPATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

administração do desenvolvimento teve sua origem no desejo dos países ricos em auxiliar as nações pobres em melhor gerenciar seus recursos e, mais especialmente, nas evidentes necessidades dos países novos de Atransformar suas burocracias do tipo colonial em instrumentos de mudança social, encarado como um processo seqüencial, por meio do qual a sociedade tradicional seria transformada numa sociedade moderna. Em meados dos anos 70, a UNESCO definiu o conceito de administração do desenvolvimento integrado como “um processo total, multirrelacional e que inclui todos os aspectos da vida de uma coletividade, de suas relações com o resto do mundo e de sua própria consciência”. Nessa mesma época foi também proposto o conceito de desenvolvimento endógeno* e sua gestão - fundamentada na participação da sociedade - que se contrapõe àquele no qual predomina a noção de desenvolvimento por estágios (ou etapas), que caracteriza a doutrina desenvolvimentista tradicional. Foi refutada, dessa forma, a imitação de modelos de sociedades industriais e passou a ser destacada a necessidade de que sejam geridas e priorizadas as especificidades, singularidades, potencialidades naturais e conhecimentos tradicionais de cada localidade, porém, sem dispensar os conhecimentos, inovações e tecnologias externas.

1 - Poder Público Municipal + Sociedade = Gestão Participativa

s atribuições do poder público municipal foram expandidas considerávelmente após a promulgação da Constituição Federal. Nela, o município ganha destaque na organização político-administrativa do país, passando a ser dotada de autonomia política, administrativa, Afinanceira e legislativa. As possibilidades de ação do poder público municipal, com a vigên

( * ) - O conceito de desenvolvimento endógeno tem a ver com a sustentabilidade do crescimento econômico, social e político de uma sociedade, tendo por base a utilização ótima de suas potencialidades naturais visando a vitalização do mercado interno, sem dispensar as inovações e relações de negócios com o mercado externo.

FGV/ISAE 88 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI cia do Estatuto da Cidades que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, foram amplia- das e tendem a se consolidam. O poder público municipal, por ser a esfera de governo mais próxima do cidadão, e portanto, da vida de todos - seja ANEXOS na cidade, seja na área rural - é o que tem melhor capacida- de para constatar e solucionar os problemas do dia-a-dia. Essa proximidade permite, ainda, maior articulação entre os vários segmentos que compõem a sociedade local e, tam- bém, a participação e acompanhamento das associações de moradores, de organizações não governamentais, de repre- sentantes dos interesses privados na elaboração, Grupo de Trabalho durante o processo de elaboração do Plano: levantamento de implementação a avaliação de políticas públicas. necessidades e formulação de soluções Como cabe ao município a promoção do adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo, fica evidente a competência municipal para adotar as medidas que favoreçam o seu desenvolvi- mento territorial, com sustentabilidade cultural, social, política, econômica, ambiental e institucional, levando em conta, sobretudo, as peculiaridades da população e do ambiente natural. Nesse sentido, a gestão do planejamento do desenvolvimento municipal passou a ser, por defini- ção, “um processo de mudança social e elevação das oportunidades da sociedade, compatibilizando, no tempo e no espaço, o crescimento e a eficiência econômica, a conservação ambiental, a qualidade de vida e a eqüidade social, partindo de um claro compromisso com o futuro e a solidariedade entre gerações” (Buarque, 1994). Esse conceito, de desenvolvimento com responsabilidade, contém três conjuntos de fatores sócio-econômico-ambientais interligados e com características e papéis diferen- tes no processo do desenvolvimento: 1. - A elevação da qualidade de vida e a eqüidade social constituem objetivos centrais do modelo de desenvolvimento, orientação e propósito final de todo esforço de desenvolvimento no curto, médio e longo prazos. 2. - A eficiência e o crescimento econômicos constituem pré-requisitos fundamentais, sem os quais não é possível elevar a qualidade de vida com eqüidade – de forma sustentável e continuada –, representando uma condição necessária, embora não suficiente, do desenvolvimento. 3. - O cuidado ambiental é um condicionante decisivo da responsabilidade do desenvolvimento e da manutenção no longo prazo, sem a qual não é possível assegurar qualidade de vida para as gera- ções futuras e eqüidade social de forma sustentável e contínua no tempo e no espaço. Portanto, os efeitos da gestão do planejamento do desenvolvimento resumem-se em um processo que deverá levar a um continuado aumento da qualidade de vida da população, combinado com a utilização ótima dos recursos naturais e do meio ambiente. Conseqüentemente, esses fatos, para se mostrarem como indutores do aumento da qualidade de vida no município, terão que ser medidos e comprovados ao longo do tempo, a partir da implementação das ações planejadas propostas pelo

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Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal. Assim, é necessário o estabelecimento de indicadores para aferir, básicamente, três conjuntos de fatores que passarão a fazer parte do contexto sócioeconômico do município, quais sejam: ANEXOS I - Elevação dos padrões de vida da sociedade, a exemplo do acesso do maior número de pessoas a bens e serviços; das mudanças a serem inseridas no processo produtivo, a exemplo do aumento da produtividade e da qualidade da produção; a estrutura de distribuição de rendas, a exemplo da inserção no mercado de trabalho da população economicamente ativa; a qualificação profissional - cada um com sua própria lógica e autonomia, mas também com relações de intercâmbio e mútua influência. Fica claro então que o capital humano é o recurso básico e fundamental do processo de planejamento para o desenvolvimento. O homem é o meio e o fim dos objetivos e metas das ações formuladas. Os demais recursos, são instrumentos que devem ser entendidos como coadjuvantes do processo; II - Constante aumento de geração de oportunidades para o exercício da cidadania, a exemplo da remoção de fatores de exclusão social - principalmente quanto aos segmentos mais fracos da população - por meio de atuações efetivas voltadas à oferta de saúde, educação, qualificação profissional, produção/trabalho/renda e moradia em locais com disponibilidade de infra-estrutura física básica e saneamento ambiental; III - Sistemática mensuração dos objetivos e metas a serem atingidos, que não deverá residir apenas na questão de medir o quanto será produzido a mais no município e sim, essencialmente, aferir como as pessoas estarão ampliando as suas oportunidades de elevação socioeconômica, tendo como referencial a superação das suas necessidades básicas. A população terá que ter nítida consciência das potencialidades naturais (ambientais) do municí- pio e dos fatores que emperram o acesso à exploração racional dessas potencialidades. Nesse sentido, as ações capazes de supe- rar essas necessidades, deverão ser objeto de constante participação popular. Afinal, a população é, por definição, partícipante pri- meira de todo o processo de desenvolvimen- to a ser desencadeado. O papel de cada um para alcançar as Poder Público Municipal + Sociedade = Gestão Participativa mudanças necessárias com vistas ao suces- so das ações planejadas requer empenho dos grupos e indivíduos: lares, organizações comunitárias, movimentos sociais, ONGs, produtores e em- presas de pequeno a médio portes, governos e organizações governamentais locais e regionais, insti- tuições de pesquisa e ensino. A sociedade civil tem papel fundamental no monitoramento do Plano, mantendo uma atuação ativa e crítica.

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2 - Um Modelo Objetivo de Gestão Pública

2.1 - Atributos do Modelo ANEXOS

Síntese das principais responsabilidades imediatas do Executivo Municipal

Gestão para a Eficiência da Infra-estrutura Institucional: - Serviços governamentais de apoio ao desenvolvi- mento humano e ao exercício da cidadania; - Mecanismos de participação da sociedade com base nos Fundamentos do Plano Diretor; - Articulação institucional com as esferas Estadual, Regional, Federal, Internacional e Iniciativa Privada.

Gestão para a Vitalização da Gestão para a Enfatização da Infra-Estrutura Social: Infra-Estrutura Física Básica: - Educação, Cultura, Esporte e Lazer; - Transportes; - Saúde e Saneamento; - Energia e Comunicações; - Acesso à Moradia e à Terra; - Equipamentos de suporte às atividades - Promoção e Inclusão Social. de promoção da socioeconômia. (emprego, renda, associativismo)

Gestão para a Promocão da Infra-Estrutura Econômica: - Reeducação para o uso sustentável dos recursos naturais da região (desenvolvimento endógeno); - Qualificação e atualização profissional, com base no conjunto de conhecimentos tradicionais já adquiri- dos pela população e inovações promovidas pela ciência & tecnológica, respectivamente. - Fomento e Crédito

omo já destacado anteriormente, além da função de gestor dos recursos da coletividade, o Poder Executivo Municipal passou a atuar também como indutor de oportunidades de de- senvolvimento humano, incentivando a implementação de projetos que mobilizem os mei- Cos de toda a sociedade e não apenas os da administração pública. Essa nova função vem promovendo importante reformulação do papel atribuído ao executivo muni- cipal que, além de suas atividades normais nas áreas de infra-estrutura física básica e institucional,

FGV/ISAE 91 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI passou também a assumir responsabilidades crescentes nos setores de infra-estrutura social e infra- estrutura econômica, visando a dinamização da base econômica local a fim de promover a geração de empregos e a elevação do padrão de vida da população.

A figura da página anterior, sintetiza as principais responsabilidades de Gestão do Executivo ANEXOS Municipal, agrupadas em quatro dimensões setoriais. Nesse contexto, porém, é necessário admitir que as prefeituras dos municípios amazonenses, via de regra, apresentam inúmeras limitações operacionais que poderão e deverão ser superadas, visando a implantação do processo de desenvolvimento participativo. Para tanto, será necessária a convergência de esforços do poder público municipal em conjunto com a população, com vista à modernização e instrumentalização da gestão das ações municipais, a fim de serem produzidos os seguintes resultados:

Síntese dos principais resultados esperados pela Gestão Participativa

Modernização do sistema de gestão municipal por meio da capacitação de recursos humanos e da reformulação de métodos administrativos, a fim de que o Município assuma o papel de pro- motor do processo de desenvolvimento, com efetiva atuação e eficiência nas áreas de Infra-Estrutura Social, Infra-Estrutura Eco- nômica, Infra-Estrutura Física e Infra-Estrutura Institucional, em constante interação com a sociedade.

Melhoria do padrão de vida da população através da implantação de programas, projetos e atividades que promovam e estimulem o desempenho de ocupações coletivas e individuais, voltadas à promoção do desen- volvimento social, econômico e ambiental, tendo como premissas de sustentação a permanente oferta de opor- tunidades para qualificação do capital humano e a raci- onal utilização dos recursos potenciais do Município.

Fortalecimento das atividades Ampliação das oportunidades de investimentos produtivos através do econômicas por meio de ações incentivo às potencialidades econô- que promovam a agregação de micas que apresentam aceitação valores econômicos qualitativos nos mercados local, regional, e quantitativos à produção local. nacional e internacional.

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2.2 - Operacionalização do Conselho de Desenvolvimento Municipal

O Conselho de Desenvolvimento Municipal, para que não haja solução de continuidade 1 ANEXOS no processo de planejamento iniciado com a elaboração do presente Plano Diretor, será formatado de acordo com os dispositivos legais, que instituiu o Núcleo Gestor do Plano Diretor, podendo contar ainda com representantes de conselhos municipais já existentes, ficando agora sob a presidência do Prefei- to, e devendo enfatizar as seguintes ações prioritárias: 1 - Estabelececimento de mecanismos para monitoramento, avaliação e atualização do Plano Diretor, que deverá ser entendido como uma agenda executiva das ações de desenvolvimento, com fundamentos, princípios e diretrizes estratégicas, objetivando o fomento e ordenamento das múltiplas atividades que se processam no espaço geo-econômico-social do Município, em sintonia com as voca- ções naturais e as formas adequadas de exploração racional do meio ambiente; 2 - Elaboração de propostas técnicas para captação de recursos externos e demais providências requeridas pelo Plano; 3 - Apoio operacional às ações de planejamento dos órgãos municipais, incluindo orientações metodológicas, quanto à elaboração de planos setoriais; 4 - Desenvolvimento de programas de capacitação, atualização e aperfeiçoamento de recursos humanos do executivo municipal; 5 - Articulação dos programas, projetos e atividades constantes no Plano com os programas, projetos e atividades de outras esferas afins de governo e da iniciativa privada; 6 - Implementação e atualização constante de indicadores socioeconômicos (banco de dados) necessários às ações de acompanhamento, avaliação e atualização das ações e metas do Plano.

2 O Conselho de Desenvolvimento de Carauari, quando em sua fase plena de funciona- mento, visará também incetivar a constante modernização da estrutura administrativa da Prefeitura, por meio do aperfeiçoamento do funcionamento interno de todos os órgãos municipais, em face das novas missões que lhes caberão desempenhar. Fundamentalmente, a filosofia de ação a ser implantada, deverá ter como princípio o seguinte paradigma: “Serviço Público é Servir ao Público”. Para tanto, deverão ser implementadas as seguintes atividades: 1 - Redefinição da atuação operacional de cada órgão municipal com vistas a evitar paralelismo de ações, estimulando as ações compartilhadas; 2 - Redefinição do fluxo de tramitação de documentos, com vistas à otimização dos resul-

FGV/ISAE 93 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI tados para o público e para a Administração; 3 - Padronização dos documentos oficiais dos órgãos municipais; 4 - Informatização dos serviços; ANEXOS 5 - Implantação de Banco de Dados para o Planejamento Municipal, composto de: • Estatísticas demográficas; • Estatísticas sociais; • Estatísticas econômicas; • Estatísticas ambientais. 6 - Realização de Concurso Público Municipal, visando suprir as necessidades de recursos huma- nos dos órgãos municipais.

3 O Conselho de Desenvolvimento de Carauari, como fórum de articulação estratégica das políticas públicas municipais, promoverá igualmente a valoriza- ção das empresas e empreendedores locais, servindo como um fator de estímulo, a fim de impulsionar e fazer estuar a produção endógena, rural e urbana, contribuindo para a geração de trabalho e renda no Município. As ações do poder público municipal no sentido de fortalecer econo- micamente o mercado interno, poderão ser desenvolvidas por meio de diferentes formas, a exemplo das seguintes: - Simplificação ou eliminação de procedimentos administrativos que dificultem o relaciona- mento de pequenos empresários com a Prefeitura; - Terceirização de alguns serviços públicos utilizando pequenas empresas locais; - Aquisição preferencial de bens e serviços locais; - Estímulo ao desenvolvimento das empresas de participação comunitária; - Apoio ao desenvolvimento das atividades artesanais; - Realização permanente de cursos de capacitação profissional; - Realização de encontros para difusão de experiências bem sucedidas.; - Promoção de iniciativas vinculadas à agregação de valor na produção local, através de fatores de melhoramento da qualidade; - Incentivo permanente ao desenvolvimento das atividades voltadas ao turismo ecológico (pre- servação do patrimônio histórico, proteção do meio ambiente, promoção do folclore e das atividades culturais). Assim, a formatação do arcaboço operacional do Conselho de Desenvolvimento de Carauari, apresentada nos três tópicos anteriores, objetiva buscar a consolidação dos seguintes componentes

FGV/ISAE 94 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI que permearão toda a estrutura administrativa municipal: 1 - Existência de uma estrutura institucional eficaz e confiável; 2 - Recursos humanos qualificados; ANEXOS 3 - Circulação de informações para o desenvolvimento entre agentes públicos, instituições privadas e a sociedade; 4 - Construção de uma identidade sócioeconomica-cultural-ambiental local baseada nos fundamentos do planejamento para o desenvolvimento endógeno e sustentável; 5 - Relações econômicas sadias entre empreendedores locais e a sociedade.

4 O Conselho e as Ações Intersetorias É importante que as ações intersetoriais sejam implementadas sob a coordenação adminis- trativa do Conselho de Desenvolvimento Municipal, principalmente aqueles direcionados à grande parcela da população, a exemplo das duas seguintes:

Mutirão Comunitário (ou Mutirão da Cidadania) Uma ação que poderá acontecer, sistematicamente, em bairros e em comunidade rurais do muni- cípio, com o objetivo de desenvolver atividades de prestação de serviços públicos, sem burocracia, a exemplo dos seguintes: - expedição de documentos (certidão de nascimento, carteira de identidade, carteira de trabalho, título de eleitor, dentre outros); - check-up de saúde (medição de pressão, exames, consultas, serviços odontológicos, dentre outros); atividades de lazer (competições para jovens e adultos valendo medalhas); - atividades sócio-educativas (grupos de dança e de música); palestras, exposição e venda de produtos, além de serviços e obras de infra-estrutura; - Durante a realização do Mutirão, poderá ocorrer tembém a promoção Troque Lixo por Leite: Trata-se de uma ação simples e criativa pela qualidade de vida; - Uma ação criativa pela qualidade de vida: Lixo por Leite, Doença por Saúde. Qualquer uma das frases acima traduz o objetivo da ação que o Conselho irá coordenar. O Projeto proporcionará a preservação ambiental e evitará o acúmulo de lixo nas ruas. Como funcionará? A Prefeitura troca 10 kg de lixo por um litro de leite.

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Outorga de “Comenda Honorífica” Uma forma de reconhecimento do Conselho, com o objetivo de homenagear pessoas e instituições que, pela forma ética de atuar e pelos relevantes serviços prestados ao Município, em sua área de atuação, são dignas de ANEXOS elogios e exemplos a serem seguidos. A entrega das comendas deve ser feitas em datas e ocasiões importantes, como durante os festejos do aniversário da cidade, por exemplo.

2.2.1 - Elementos para o Monitoramento & Avaliação dos Indicadores de Desenvolvimento

ma das ações mais importantes a ser desevolvida pelo Sistema de Gestão Participativa será o estabelecimento de mecanismos de acompanhamento e avaliação do Plano UDiretor, a fim de monitorar seus resultados, com vistas a corrigí-los ou aprimorá-los. Nesse sentido, é apresentado a seguir um conjunto dos principais parâmetros (indicadores) setoriais que poderão servir de base para aferição sistemática de desempenho, os quais deverão ser adequados e/ou ampliados de acordo com as características e peculiaridades de cada setor de governo:

Parâmetros para verificar se está havendo evolução dos fatores que compõem os principais Indicadores de Desenvolvimento Assim, estará havendo evolução quando acontecer, ano-a-ano:

1. Educação, Cultura, Esporte e Lazer escolar (elaborada com produtos regionais), material didá- tico, informática e internet, transporte escolar e boas condi- - aumento do acesso da população à todas as modalidades ções físicas das escolas; de ensino: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e ensino superior; - aumento do nível de satisfação dos professores com pro- gramas de qualificação e atualização, salário, material didá- - aumento da taxa de alfabetização de crianças, jovens e tico, informática e internet, boas condições físicas das esco- adultos; las e relação adequada do nº de alunos/sala de aula; - aumento da taxa bruta de freqüência escolar (anos de - aumento do nº de eventos culturais durante todos os me- estudos); ses do ano; 0 - aumento do n de professores qualificados; - aumento e diversificação de grupos culturais; 0 - aumento do n de itens curriculares ligados à sócio-econo- - aumento da participação da população nos eventos mia estadual, regional e municipal; culturais; - aumento do nível de satisfação dos alunos com a merenda - melhoramento físico dos locais de realização dos eventos

FGV/ISAE 96 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI culturais. - diminuição do índice de mortalidade infantil; - aumento do nº de eventos esportivos durante todos os - diminuição do índice de óbitos; meses do ano; - aumento da quantidade e da qualidade dos equipamentos - melhoramento físico dos locais de realização dos eventos de saúde; ANEXOS esportivos; - aumento de convênios existentes com as instituições de saúde; - outros parâmetros correlatos... - outros parâmetros correlatos...

2. Promoção Social: 4. Abastecimento de água: - aumento do nº de oportunidade de empregos; - aumento da capacidade de captação; º - aumento do n de empresas formais e informais; - implantação do sistema de tratamento; - aumento da diversificação de produtos fabricados no - aumento da capacidade de reservação; município; - aumento da extensão da rede de distribuição; - aumento da oferta de cursos de qualificação de mão-de- obra; - aumento da percentual da população atendida; - realização de convênios com entidades voltadas para a - diminuição de moléstias de transmissão de origem hídrica; promoção social; - outros parâmetros correlatos... - aumento da participação de grupos comunitários de ações sociais; 5. Limpeza pública: - incentivo para valorização da cultura local, indígena e cabocla; - aumento da abrangência da coleta, transporte e a disposição final; - aumento das ações voltadas para assistência à criança e ao adolescente; - aumento da frequência dos serviços; - aumento das ações voltadas para assistência aos idosos; - sistemática varrição e a lavagem de vias, logradouros públi- cos e de terrenos baldios (mutirão de limpeza pública); - aumento das ações voltadas para assistência das famílias carentes; - sistemática limpeza e remoção de resíduos de áreas de lazer; - aumento das ações voltadas para assistência dos deficien- - sistemática limpeza e a lavagem dos mercados e feiras; tes físicos; - colocação de coletores de lixo, educando a população para - outros indicadores correlatos... utilizá-los; - sistemáticos mutirões de limpeza dos bairros;

3. Saúde: - outros parâmetros correlatos... - aumento da qualidade e diversificação dos serviços; - aumento do nível de especialização dos profissionais de 6. Instalações sanitárias domiciliares: saúde; - aumento do n0 de domicílios dotados de banheiro e sanitário; - melhoria do coeficiente médico; - diminuição de moléstias transmissíveis por deficiência sanitária; - melhoria do coeficiente de leitos hospitalares; - outros parâmetros correlatos...

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7. Drenagem: 8.2 Energia e Comunicações: - aumento do percentual da população residente em ruas - aumento da capacidade geradora; providas de rede de drenagem; - aumento da iluminação pública; ANEXOS - sistemática desobstrução das caixas coletoras; - aumento da iluminação pública de acesso aos equipamentos - sistemático melhoramento e conservação de escoadouros sociais, escolas e praças; de águas pluviais; - aumento da população servida; - aumento da extensão de sarjetas e meios-fios; - outros indicadores correlatos... - outros parâmetros correlatos... - aumento da relação do número de telefones por 1000 habitantes; 8. Infra-estrutura física básica: - aumento do nº de telefones públicos; - serviço de conservação sistemático das vias urbanas; - diminuição do tempo de espera nas ligações para as locali- - aumento do percentual da população residente em ruas dades mais chamadas; providas de vias pavimentadas, calçadas, rede de drena- - diminuição de interrupções nos circuitos urbanos, interurba- gem, meios-fios e sarjetas; nos e intermunicipais; - serviço de conservação sistemática das estradas rurais; - outros parâmetros correlatos... - melhoramento das condições de trafegabilidade durante a estação chuvosa; 9. Infra-estrutura econômica: - sistemática conservação e limpeza das praças, jardins e prédios públicos; - aumento no intercâmbio de cooperação técnica e científica com instituições da área de Ciência, Tecnologia & Inovação - aumento dos equipamentos e pessoal disponíveis para os Tecnológica; serviços de pavimentação, conservação de vias, conserva- ção de praça, jardins e prédios públicos; - aumento da oferta de cursos de qualificação para agricultores; - outros parâmetros correlatos... - aumento da oferta de cursos de qualificação para o comércio; - aumento da oferta de cursos de qualificação para prestadores de serviços; 8.1 Transportes: - aumento de cursos voltados para a agroindústria; - melhoramento e ampliação do terminal fluvial; - aumento no nº de novos empreendimentos; - aumento do conforto, segurança e higiene dos barcos de linha; - aumento do acesso da população às linhas de crédito subsidiádos; - promoção de acesso ao financiamento de barcos; - aumento de novos produtos locais no mercado; - implantação de normas de segurança para o tráfego urbano; - aumento da renovação da frota de barcos pesqueiros; - implantação da sinalização de segurança nas vias urbanas; - implantação de normas adequadas para a pesca (comercial, esportiva e ornamental); - melhoramento e conservação da infra-estrutura aeroviária; - fortalecimento das comunidades de pescadores; - outros parâmetros correlatos... - implantação de práticas adequadas para a exploração de produtos minerais;

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- estratégias de gestão participativa comunitária nas ativida- - aumento de medidas relativas à melhoria do meio ambiente; des turísticas e ecoturísticas; - aumento de medidas relativas ao desenvolvimento do - outros parâmetros correlatos... ecoturismo;

- aumento de medidas relativas à regularização fundiária; ANEXOS 10. Administração dos Serviços Públicos: - aumento de inserções positivas do Município na mídia; - aumento de cursos de atualização e especialização de - aumento do n0 de serviços públicos prestados à população; servidores; - implantação de órgãos estaduais; - informatização dos serviços públicos; - implantação de órgãos federais; - aumento na elaboração de projetos de captação de recursos; - desburocratização dos serviços prestados pela Prefeitura; - aumento de convênios com órgãos federais; - aumento da participação das empresas locais nas compras - aumento de convênios com órgãos estaduais; da Prefeitura; - aumento de convênios com ONG’s; - outros parâmetros correlatos... - aumento na freqüência de reuniões com associações comunitárias; - aumento no atendimento de reivindicações e/ou sugestões oriundas da comunidade;

2.2.2 Pesquisa para Aferição da Opinião Pública

objetivo de uma pesquisa de opinião pública é aferir respostas para perguntas de interesses da administração, por meio do emprego de processos científicos. Embora utilizando um processo participativo de gestão, tais processos são aqui apresentados com vistas a aumentar a probabilidade de que as informações obtidas sejam significativas, Omais próximas da realidade, ao captar a opinião de grande parte da sociedade, como forma de enriquecer os parâmetros de aferição a serem adotados pelo Sistema de Gestão do Plano.

Uma característica que vale ser referendada na pesquisa de opinião pública, como técnica, é que ela deve ser um instrumento de trabalho, não um simples instrumento de coleta de dados, mas de possíveis mudanças de rumos. A importância de ser pesquisada a opinião pública está em preparar gestores conscientes de que este é um processo de apoio às transformações sociais, com responsabilidade e consistência.

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Considerações Gerais Em sua tese de Mestrado sobre o Tema “Como se Faz Pesquisa de Opinião Pública”, 2004, o Dr.

João Marques Brandão Neto, Mestre em Direito e Procurador da República, apresenta um conjunto de

conceitos operacionais, os quais foram, em boa medida,compilados para o presente item. ANEXOS Para que uma pesquisa possa apresentar resultados estatísiticamente confiáveis, é necessário que a coleta dos dados seja feita com a maior precisão possível. Como quando se vai fazer exames médicos em laboratórios há necessidade de se levar o material para exame num frasco esterilizado, da mesma forma uma pesquisa científica necessita ter um instrumental isento de quaisquer impurezas. E como se obtém um instrumental livre de impurezas nas pesquisas sociológicas? Por diversos meios: evitar – no caso das entrevistas – a inquirição de pessoas determinadas, ou aquelas mais fáceis de serem localizadas, por exemplo. No caso das pesquisas de opinião pública, são exemplos de situações que podem viciar a investigação: o pesquisador evitar casas em que há cachorros ou em lugares de difícil acesso, incluir amigos na amostra, ou dela excluir pessoas com quem antipatiza etc. Destes exemplos, tome-se a inclusão proposital de amigos para explicitar melhor os cuidados a serem tomados nas pesquisas de opinião. É que os amigos, como se sabe, são escolhidos por afinidades. Assim, tendem a concordar com os pontos de vista defendidos pelo pesquisador ou, em linguagem científica, confirmar hipóteses de trabalho. Pessoas do mesmo grupo profissional também apresentam o risco de “refletirem o pensamento da humanidade”, ou seja, fazer com que o observador acredite que “todo mundo” está pensando ou agindo deste ou daquele jeito. Enfim, é o risco da falácia da generalização apressada. Para evitar estes e outros tipos de erros que viciam uma pesquisa e podem colocar por terra todo um trabalho é que existem os métodos. “Método” é o caminho para chegar a um objetivo. Um caminho que é feito de regras, as quais lhe dão cientificidade. E algumas destas regras se traduzem em etapas que se deve seguir, para chegar ao objetivo. Este objetivo é a prova científica, uma verdade relativa, sob eterna verificação e, portanto, sempre e sempre sujeito à refutação. A necessidade de constante refutação decorre da dúvida científica, mola propulsora do conhecimento. Mas a dúvida científica não pode ser resolvida com uma falácia do tipo argumento de autoridade, nem com o questionamento irresponsável que decorre da descrença pela descrença do cético ou da certeza absoluta do fanático: a prova científica só pode ser refutada com outra prova científica; ao resultado de uma pesquisa só pode ser contraposto o resultado de outra pesquisa. A primeira regra da obtenção da prova científica é ter claro o objeto de pesquisa, ou seja, aquilo que se quer estudar. Frise-se: o que se quer estudar e não o que se quer provar, pois se uma pesquisa se inicia com a finalidade de provar alguma coisa, já nasce viciada. Nas pesquisas quantitativas, se quer saber quantas pessoas pensam, agem ou agirão deste ou daquele modo; nas qualitativas, se procura saber o que um determinado grupo pensa, ou como viveu certa situação etc; Um ponto de grande importância para a realização da pesquisa é o conhecimento da delimitação geográfica e do contingente populacional do universo de pesquisa. A delimitação geográfica é – por óbvio – para se saber exatamente onde realizar a pesquisa; o contingente populacional serve para

FGV/ISAE 100 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI saber quantas pessoas serão pesquisadas: a totalidade do universo, se se trata de pesquisa censitária, ou o tamanho da amostra (mediante cálculo) se pesquisa por amostragem.

A Amostra ANEXOS Amostra é a parte do universo de pesquisa que se toma para fazer a pesquisa. Se se quer, por exemplo, saber se todos os parafusos de uma caixa estão perfeitos, todos os parafusos da caixa compõem o universo de pesquisa. E tendo a caixa dez mil parafusos, a parte que for tomada para fazer a pesquisa (300 parafusos, por exemplo) será a amostra. A amostra é uma maneira mais econômica quanto a tempo, esforço e dinheiro, de se obter as informações desejadas, com alguns elementos do universo de pesquisa, em vez de com todos. Numa pesquisa de campo em que se quer saber a opinião das pessoas, há necessidade de selecionar as que serão ouvidas da maneira mais neutra possível, evitando-se, portanto, escolhas intencionais e subjetivas. Antes porém de selecionar as pessoas que serão ouvidas, é necessário saber a quantidade de pessoas a ouvir, ou seja, a quantidade de componentes da amostra. Existem vários métodos para isso e vale, desde já, esclarecer que não se trata de certo percentual, mas sim de um número a ser obtido mediante cálculo matemático. O método utilizado na pesquisa aqui exposta será o da Amostragem Simples Casualizada. O conceito básico de amostragem simples casualizada diz que, se extrairmos uma amostra de N elementos de um universo de tamanho S, todos os elementos de S devem ter a mesma probabilidade de estar na amostra. Para assegurar este critério de equiprobabilidade, utiliza-se a tabela da página seguinte, constante da obra “Pesquisa de Mercado - Técnica e Prática” - Guglielmo Tagliacarne.

O Instrumento de Pesquisa Há diversos instrumentos para realizar pesquisas sociais (anotações de observações, entrevistas, questionários e outros). A entrevista se caracteriza pela presença do pesquisador junto ao pesquisado, enquanto que o questionário se caracteriza pela remessa ao pesquisado, que o preencherá e fará a devolução ao pesquisador. A entrevista permite maiores observações por parte do pesquisador, mas exige-lhe maior tempo e deslocamento, que se traduzem em maiores custos. O questionário, se por um lado torna a pesquisa menos dispendiosa – pois é preenchido pelo próprio componente da amostra – apresenta também seus inconvenientes: risco de extravio pelo componente da amostra, desinteresse deste em responder ou falta de educação formal que lhe permita entender e responder aos questionamentos. Quando são feitas entrevistas em pesquisas quantitativas, é conveniente a padronização das

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Tamanho da Amostra e Margem de Erro ANEXOS

perguntas, para assegurar que todos responderão as mesmas indagações. As perguntas, porém, podem ter alternativas fixas ou serem “abertas”. A característica distintiva das perguntas abertas é o fato de apenas apresentarem uma questão, mas não apresentam nem sugerem qualquer estrutura para a resposta; a pessoa tem a oportunidade de responder com suas palavras e com o seu quadro de referências. As perguntas abertas também se prestam para aquelas pesquisas em que não se tem noção das prováveis respostas dos entrevistados, problema que é causado, em geral, quando não são conhecidas pesquisas anteriores sobre o mesmo tema. Mas se as perguntas abertas permitem maior espontaneidade do entrevistado e lhe dão oportunidade de responder com suas palavras e seu quadro de referências, por outro lado implicam – em se tratando de pesquisas quantitativas – num custo significativamente maior do que as perguntas com alternativas fixas. Mesmo existindo atualmente programas de computador que permitem a contagem de palavras, sua tabulação e colocação em gráficos, estes programas ainda não conseguem contar idéias expressas por palavras diferentes. Ou o fazem com imprecisão, pelo menos. Assim, as perguntas abertas precisam ser, após as entrevistas, ser fechadas, até para adquirirem

FGV/ISAE 102 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI algum significado. Se se quer saber, por exemplo, se as pessoas gostam de farinha de mandioca e algumas dizem gostar de pirão, outras de farofa, outras da farinha pura, todas estas variações de respostas a perguntas abertas poderiam ser resumidas num “sim” ou “não”.

Recomendações Finais ANEXOS Tanto a entrevista quanto o questionário, tanto as perguntas abertas quanto as alternativas fixas exigem uma série de cuidados quando da elaboração das perguntas. Alguns destes cuidados são os seguintes: 1. - as perguntas devem ser fáceis de entender, para que possam ser compreendidas por pessoas com qualquer grau de instrução (salvo, evidentemente, se a pesquisa for dirigida a um universo composto de pessoas com o mesmo grau de instrução, ou quando a mensuração do grau de compreensão faz parte do objeto da pesquisa); 2. - pode ser muito difícil a comunicação de uma pessoa com alto grau de informação e/ou instrução escolar com outra pessoa de baixo grau de informação e/ou instrução; 3. - perguntas difíceis, que exijam algum raciocínio do pesquisado, devem ir no início da entrevista, para não lhe esgotar logo a paciência; mas não podem estar nas primeiras, para não espantá-lo; 4. - pessoas com maior grau de informação e/ou instrução podem relutar em dizer que não sabem alguma coisa, ou se irritarem diante de uma pergunta corriqueira cuja resposta desconhecem; 5. - as perguntas devem se referir a fatos concretos e passados. Se se quer saber se o entrevistado gosta de cinema, não se pergunta: “O(a) Sr(a). gosta de ir ao cinema?”. Nem tampouco perguntas do tipo: “Se na sua cidade existissem mais cinemas, o (a) Sr(a). assistiria mais filmes?”. O correto é perguntar: “O Sr(a). foi ao cinema no último mês”?. Ou se pode também perguntar variações do tipo: “Quantas vezes o(a) Sr(a). foi ao cinema nos últimos seis meses?”; 6. - a gravação da entrevista, em lugar da anotação, pode constranger o entrevistado, ou deixá- lo pouco à vontade para dar as informações que o pesquisador deseja; 7. - a quantidade de perguntas a serem feitas a entrevistados em pesquisas quantitativas deve ser pequena, sendo ideal fazer em torno de dez perguntas, pois: a) há menos desgaste do pesquisador; b) o custo da pesquisa é menor; c) o entrevistado não se cansa de responder nem se aborrece com o tempo gasto; d) a tabulação e análise dos dados fica mais compreensível, já que o excesso de perguntas pode, inclusive, torná-la de difícil compreensão, ou torná-la extremamente cara; 8. - nas pesquisas quantitativas, é recomendável que as perguntas que não forem com alternativas fixas (a serem apresentadas ao entrevistado), contenham respostas prováveis, a serem assinaladas (pelo pesquisador); mas sempre convém deixar espaço em branco para uma resposta não prevista; 9. - na elaboração de perguntas devem ser evitadas expressões que gerem emoções (salvo quando fizerem parte

FGV/ISAE 103 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI do objeto de pesquisa); exemplos de expressões que geram emoções: “procurar seus direitos” (traz a conotação de conflito); “ficar em situação difícil” ou “meter-se em complicações” (em geral significam transgressão de leis ou de regras morais, ou, ainda, participação em confusões, sendo, assim, termos

que podem ser vistos como ofensivos); ANEXOS 10. - O primeiro roteiro de entrevista ou questionário que se elabora não é o definitivo, pois se deve fazer um pré-teste. Pré-teste é a aplicação prévia do roteiro da entrevista ou questionário da pesquisa, com a finalidade de verificar se as perguntas estão bem formuladas, se estão compreensíveis, numa ordem agradável etc. Só depois de verificar se as perguntas estão inteligíveis, se os entrevistados estão se comportando positivamente perante elas e o pesquisador, é que se fará a versão definitiva do instrumento de pesquisa.

Análise dos Resultados e Relatório de Pesquisa A aplicação do instrumento de pesquisa será o momento em que se irá a campo para efetuar as entrevistas. Após esta aplicação, será feita a análise das informações coletadas com verificação de hipóteses, seja pela leitura do conjunto de respostas, seja pelo cruzamento de variáveis. O passo seguinte é a elaboração do relatório de pesquisa que vem a ser a comunicação ordenada e em linguagem técnica, clara e objetiva do resultado pesquisado. A utilização de elementos visuais (gráficos, tabelas, ilustrações, fotos, etc.), quando adequados, coerentes e bem dosados, enriquecem e valorizam o resultado final.

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PARTE VI ANEXOS COMPLEMENTOS

objetivo desta Parte VI é o de apresentar algumas das principais informações que serviram de base conceitual durante o processo de elaboração do Plano Diretor, durante as fases de capacitação do Nú- Ocleo Gestor e das Reuniões Setoriais e, ao mesmo tempo, deixar regis- trado, os agradecimentos fraternos às pessoas e instituições que voluntáriamente participaram, direta ou indiretamente, desse momento singular da história políti- co-administrativa do Município de Carauari (AM). Portanto, estão aqui inseridos os seguintes assuntos:

Roteiro dos Assuntos

1 - Condicionantes Naturais & Desenvolvimento Sustentável 2 - Estratégias para o Desenvolvimento Regional 3 - Amazônia Brasileira: Biomas & Biodiversidade 4 - As Áreas Protegidas do Amazonas 5 - Metas do Milênio 6 - Notação de SAPF/UFAM 7 - Conceitos e Definições 8 - Principais Fontes de Consulta 9 - O Processo de Elaboração do Plano Diretor Participativo de Carauari / - Formação dos Grupos Setoriais - Síntese Metodológica dos Trabalhos - Registros

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1 - Condicionantes Naturais & Desenvolvimento Sustentável

Rede Hidrográfica têm sido o caminho para a ocu- ANEXOS pação e vivência na Amazônia, feita ao longo dos úl- timos cinco séculos, com alternâncias de euforia e Adesânimo, de bonança e de pobreza, mas de eterna aprendizagem com a natureza. Particularmente no Estado do Amazonas, não obstante aos esforços dos governos Federal e Estadual, o desenvolvi- mento socioeconômico nas últimas duas décadas e meia, tem- se traduzido em ganhos sociais diminutos para a sua popula- ção. Aurora amazônica Os principais centros urbanos do Estado contam com razoáveis equipamentos e serviços sociais básicos, sendo ainda insuficientes para atender às necessi- dades locais e regional. Porém, a grande maioria das áreas rurais é desprovida de infra-estrutura física e social que possibilite a promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes, problema agravado pela dispersão da população, que dificultam os investimentos públicos de forma mais uniforme e menos pontual como vem se processando. Assim, apesar da grande potencialidade dos recursos naturais, os municípios carecem de empre- endimentos econômicos capazes de aumentar a produção regional, a fim de assegurar o surgimento de um sistema econômico sustentável que promova a geração de um maior volume de renda e número de empregos. A necessidade de transformação da estrutura social e de elevação das condições de vida do ho- mem é imperiosa, sendo necessário estender à população os recursos essenciais básicos, tais como educação, saúde, saneamento, habitação, produção de alimentos e exploração racional das potencialidades da terra, da fauna e da flora, a fim de ascender a níveis de renda que Ihe permita dispor de bens de produção e de conforto. Nesse sentido, a ocupação mais efetiva do Estado enfrenta sérios problemas cuja superação de- manda tempo, determinação e recursos, dada a existência dos seguintes fatores condicionantes: - Grandes distâncias e pouca expressão de produção, não existindo um sistema produtivo propria- mente dito, pela falta de intercâmbio sócio-econômico sistemático entre os locais de produção e os locais de consumo, fato que, por sua vez, inibe a existência de elos e redes consistentes de interesses que permitam promover as bases de um processo econômico sustentável; - Densidade populacional pequena e irregularmente distribuída, dispersa ao longo das margens dos principais rios e seus afluentes, além da pouca infra-estrutura portuária existente, constituem tre- chos economicamente inviáveis, encarecendo as tarifas de cargas e passageiros, ao longo das vias navegáveis. Além disso, as embarcações não são dotadas de instalações adequadas ao condiciona- mento e conservação para transporte de produtos regionais;

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- De um modo geral, o regime tradicional de ocupação está em crise, ou melhor, está atravessando uma fase de inflexão, seja pelas limitações que têm que ser impostas ao extrativismo tradicional, seja pelo alto custo da atividade agrícola convencional, que necessita de implantação de técnicas de mane- jo e correção dos solos mais adequadas, além de uma política de fomento e crédito, numa velocidade ANEXOS acima da que tem sido possível ser assegurado pelo Estado. Registre-se ainda que: - De cada dez habitantes do Amazonas, cinco vivem na capital e de cada R$ 10,00 gerados na economia R$ 9,80 saem de Manaus; - O Estado do Amazonas detém a maior população indígena do Brasil; - Aproximadamente 35% do seu território são terras indígenas ou estão protegidas por unidades de conservação, criadas pelos Governos Federal e Estadual e ainda por alguns Municípios. Com feito, com base nesses fatores condicionantes e nos inúmeros fatores potenciais existentes no Estado, é plausível postular que essa situação só poderá ser superada por meio da efetiva integração das ações de desenvolvimento participativo, capazes de reverter o estágio de apatia socioeconômica do interior do Estado. A partir da ótica do desenvolvimento sustentado, contando hoje com a aliança entre o conhecimen- to em ciência & tecnologia e das experiências bem sucedidas nessas áreas, é factível estabelecer diretrizes e estratégias coerentes que visem a superação das atuais necessidades existentes nas unidades municipias. A diretriz chave consistirá na construção de infra-estruturas devidamente direcionadas à explora- ção sustentável das peculiaridades e vocações naturais - que deverá contar para isso, com ações sinérgicas das diversas agências governamentais e não-governamentais, com a participação da popu- lação. Essas infra-estruturas, devidamente orientadas e dimensionadas, virão ao encontro do que falta para a população viabilizar a produtividade das terras férteis, que dispõe do sol e da chuva, da natureza diversificada e dos rios e lagos navegáveis e piscosos da Região. O desenvolvimento sustentável dos municípios amazonenses, ao ser embasado na reorientação dos conceitos de desenvolvimento socioeconômico, terá na valorização do homem - na sua educação e reeducação - o suporte básico para o uso sustentável e lucrativo do potencial do seu habitat natural. Portanto, esse esforço de mudança será grandemente facilitado com a implementação das medida força de trabalho, no ecoturismo, na identificação de oportunidades produtivas locais e regionais (oportunidades endógenas), além da ampliação da oferta de energia elétrica, a melhoria dos transpor- tes e comunicações, a regularização fundiária, dentre os principais. Seus reflexos podem ser importantes, seja sobre a ampliação da renda retida localmente pela população (poupança interna), seja sobre a melhoria do padrão de vida. Esta é, em essência, a intenção maior do presente Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal.

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2 - Estratégias para o Desenvolvimento Regional

história econômica do Estado do Amazonas, está ligada, essencialmente, ao extrativismo (vegetal e animal) que, até o momento, não foi capaz de responder com maior eficácia ANEXOS na melhoria da qualidade de vida da população - urbana e rural - particularmente a popu- A lação interiorana. Assim, o Estado do Amazonas apresenta características socioeconômicas peculiares, decorren- tes de dois fatores principais: 1) ocupação histórica do território realizada pelas vias fluviais, que o tornou imune ao avanço da fronteira agrícola brasileira (as poucas frentes de colonização estão concentradas na região sul do território); 2) concentração das atividades econômicas nas zonas urbanas. Esses dois fatores, contribuiram para que o Amazonas tenha preservado seus recursos naturais muito mais do que a totalidade dos estados brasileiros. Estima-se que cerca de 98,2% da superfície do Estado do Amazonas (150 milhões de hectares) permaneçam preservadas. Diante desse quadro, devem ser consideradas as seguintes linhas estratégicas para o desenvol- vimento estadual, cujo objetivo maior é a formação de mercados interregionais: 1 - Concentração de esforços em segmentos nos quais as regiões apresentem vantagens comparativas (biodiversidade, piscicultura, ecoturismo, dentre as principais); 2 - Alavancagem do setor educacional em termos qualitativos e quantitativos; 3 - Investimentos visando a eliminação do gargalo da infra-estrutura de transportes, com a formulação de uma logística própria; 4 - Promoção e fomento às interações socioeconômicas entre as comunidades rurais e as sedes municipais visando a criação, vitalização e consolidação do mercado interno estadual (local e regional), com vista ao mercado externo (nacional e internacional), com observância dos condicionantes natu- rais que balizam o desenvolvimento sustentável do Estado.

3 - Amazônia Brasileira: Biomas & Biodiversidade

bioma da Amazônia Brasileira é constituído por 23 ecorregiões. No Estado do Amazonas, estão presentes 14 ecorregiões, que representam os mais diversos tipos de habitats, contendo diferentes fisionomias, estruturas e tipos de vegetação. De acordo com as O“Informações de Apoio ao Planejamento Estratégico para a Amazônia” - 2ª edição - constituído por um rico conjunto de estudos elaborados para o “Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras - PPG-7”, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente/Núcleo

FGV/ISAE 108 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI de Apoio às Políticas Integradas para a Amazônia, uma das principais características usadas na separação das ecorregiões do bioma amazônico são os grandes interflúvios. A importância dos grandes rios amazônicos como barreiras biogeográficas tem sido ressaltada desde que os primeiros naturalistas iniciaram a exploração científica da região. ANEXOS

Mapeamento das 23 Ecorregiões da Amazônia Brasileira

Fontes: WWF , FGV/ISAE

dimensão da bacia Amazônica e a sua gran- de águas claras, como o Tapajós, que nascem nas áreas de heterogeneidade ambiental são fatores dos antigos escudos continentais, também pobres em mine- determinantes para a existência de uma ex- rais e nutrientes. Apressiva diversidade biológica. Apresenta números estonteantes de biodiversidade, As águas amazônicas possuem características dife- com cerca de 5 milhões a 30 milhões de plantas diferentes, rentes, resultantes da geologia das suas bacias fluviais. Os a maioria não identificada. São 30 mil espécies vegetais rios chamados de rios de água branca, barrenta ou turva, reconhecidas, ou 10% das plantas do mundo, espalhadas como o Solimões, Madeira e Amazonas, percorrem terras em 3,7 milhões de quilômetros quadrados (parte brasileira). ricas em minerais e suspensões orgânicas. Os rios chama- A Floresta Amazônica está distribuída em diversos tipos de dos de água preta, como o Negro, oriundos de terras areno- ecossistemas associados, das florestas fechadas de terra sas pobres em minerais, são transparentes e coloridos em firme onde despontam árvores de 30 a 60 metros de altura, marrom pelas substâncias húmicas. Existem também rios às várzeas ribeirinhas, além de campos, campinas, os

FGV/ISAE 109 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI serpenteantes igapós e as campinaranas são os princi- verdadeiras ilhas flutuantes. Outras espécies de plantas pais ecossistemas deste bioma. aquáticas se destacam como a vitória-régia e o aguapé, Grande parte da extensão territorial da Floresta Ama- também acompanhando o nível das águas. zônica é constituída por matas de terra firme. Esta é uma As várzeas são especialmente ricas e produtivas - ANEXOS floresta que quase nunca é alagada e se espalha sobre já concentraram grandes contigentes indígenas - sendo uma grande planície de até 130-200 metros de altitude, até atualmente desenvolvidos projetos de aproveitamento eco- os sopés das montanhas. nômico. As matas alagadas possuem várias espécies Nesse sentido, o processo de ocupação humana na arbóreas de importância econômica através de seus pro- bacia amazônica se estabeleceu de forma variada tendo dutos madeireiros (sumaúma – Ceiba pentandra) e não como parâmetro os seus diversos ecossistemas. madeireiros (seringueira - Hevea brasiliensis, a sorva - Assim, nos povoamentos localizados nas terras bai- Couma utilis, a andiroba - Carapa procera, o buriti - Mauritia xas, ao redor dos rios de água preta, o solo não é muito flexuosa, além de óleos, resinas e fibras). fértil e a população de peixes não é abundante, na medida As florestas alagadas estão ao alcance das enchen- em que a produtividade anual é de 15 a 19 vezes menor do tes anuais do rio Amazonas e de seus tributários mais que a dos rios de águas brancas (ou amarelas). Em próximos. As flutuações do nível da água podem chegar a contrapartida, a população de insetos voadores é signifi- 10 metros ou mais. De março a setembro, grandes trechos cativamente menor. de floresta ribeirinha são alagadas. As plantas e os ani- Em termos demográficos, as populações riberinhas mais da floresta alagada amazônica vivem em função das dos rios de águas claras apresentam densidade suas diversas adaptações especiais para sobreviver du- demográfica bem superior às de águas escuras. Em geral, rante as enchentes. as populações das regiões de águas claras são mais prós- A vegetação das florestas de várzea é mais rica do peras em função da facilidade de obter alimentos: nas que as da floresta de igapó devido à fertilidade oriunda “cheias”, os peixes são abundantes, apesar de mais difí- dos sedimentos e solos aluvionais carreados pelos An- ceis de serem capturados, na “seca”, os roçados são des. As árvores das florestas alagadas têm várias adap- beneficiádos pelos solos naturalmente adubados por nu- tações morfológicas e fisiológicas para viverem submersas, trientes deixados pelas águas quando o rio baixa. como raízes respiratórias e sapopemas. Possuem uma Com efeito, nas áreas de águas claras, a pressão baixa densidade de plantas epífitas e o sub-bosque prati- ambiental é maior: desmatamentos, queimadas, caça e camente inexiste. Em seu lugar existe uma rica flora her- pesca predatórias, são mais comuns do que em áreas bácea, como o capim-mori, canarana e o arroz selvagem. drenadas por rios de águas pretas. Na estação das enchentes, o capim se destaca e forma De uma maneira geral, aqui, os principais

Mata de Rio de água Rio de água t e r r a p r e t a b r a n c a f i r m e ( b a r r e n t a ) Campinarana Mata de Cerrado CampinaCampinarana t e r r a Várzea Igapó Igapó Várzea f i r m e

S o l o S o l o a r g i l o s o a r e n o s o

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ecossistemas podem ser divididos em ambientes de ter- - Existem aproximadamente 50.000 espécies de plan- ras firmes e ambientes inundados pelas cheias dos rios. tas das quais, 5.000 espécies de árvores tem diâmetro No entanto, estes ecossistemas são um mosáico com inú- maior que 15cm (na América do Norte não existem mais do

meras variações, tais como as várzeas, igapós, que 650). Numa superfície de 100 hectares, botânicos iden- ANEXOS campinaranas, serrados e campos, com vegetação, rele- tificaram 1.652 espécies vegetais das quais, 100 são total- vo, flora e fauna específicos que compõem o singular mente novas para a ciência e das quais, 20 não foram complexo florestal. nomeadas nem pela população local. Em síntese, a Amazônia Brasileira representa a mai- - Existem 311 espécies de mamíferos na Amazônia, or biodiversidade do planeta, abrigando cerca de 25% ou seja, 7% do total mundial, assim como 2/3 das espécies das espécies vegetais e animais do mundo. de lagartos da Amazônia só existem na Amazônia. - Existem mais espécies vegetais em 1 hectare de - Aproximadamente 1.000 espécies de pássaros, ou floresta do médio Amazonas que em todo o conjunto do seja, 11% do total mundial (3º lugar no mundo). território europeu, além de que o crescimento médio de - A Bacia Amazônica é um santuário de peixes que uma árvore é seis vezes mais rápido do que uma árvore agrupa 1.400 espécies identificadas, o que representa 25% na Europa. das espécies de peixes do mundo.

Quanto à sóciodiversidade, particularmente a questão indígenas, segundo informações de 2006 divulgadas pelo ISA - Instituto Sócioambiental, as Terras Indígenas (TI’s) no Bra- sil, somam 583 áreas, ocupando uma extensão total de 108.402.451 hectares (1.067.695km2). Ou seja, 12,54% das terras do país são reservados aos povos indígenas.

A maior parte das TI’s concentra-se na Ama- zônia Legal: são 405 áreas, equivalentes a 103.483.167 hectares, representando 20,67% do território amazônico e 98,61% da extensão de to- das as TI’s do país. O restante, 1,39%, espalha- Jovem indígena da Região do Alto Rio Negro se pelas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e esta- do do Mato Grosso do Sul.

Na Amazônia Legal vive 60% da população indígena brasileira, 25% no Amazonas e 10% em São Gabriel da Cachoeira (AM). É possível estimar em cerca de 10 a 15% os índios que vivem em cidades, mas ainda não existe um censo confiável a esse respeito.

Há vozes dissonantes em relação ao tamanho das TI’s na Amazônia, alegando que haveria "muita terra para poucos índios". Entretanto, os índios têm que tirar todo seu sustento da terra. Muitas vezes, as TI’s têm grandes partes não agricultáveis, e sofrem ou sofreram diversos tipos de impactos.

O IBGE registrava em 2000 um total de 299 TI´s, sendo que a Região Norte registrava 175 (59,5% do total).

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4 - As Áreas Protegidas do Amazonas ANEXOS s Áreas Protegidas do Amazonas incluem Unidades de Conservação - UC’s* (federais, estaduais e municipais) e Terras Indígenas - TI’s. Cada categoria possui sua função específica para a conservação da biodiversidade. O conjunto de áreas protegidas do Estado é o maior Ada América Latina. Do total de 76.765.498 hectares de áreas protegidas do Amazonas: - 45.985.930 hectares correspondem a terras indígenas, - 30.779.568 hectares de áreas protegidas são unidades federais, estaduais e municipais, sendo: . 8.236.166 hectares de áreas de sobreposição entre áreas protegidas e terras indígenas; e, . 1.793.759 hectares de sobreposição entre as diversas áreas de conservação. Considere-se também o Corredor Central da Amazônia, formado por um conjunto de áreas protegidas (terras indígenas e unidades de conservação municipais, estaduais e federais), com eleva- da integridade dos ecossistemas, formado por uma faixa correspondente a 20% do território amazonense. Persistem dois grandes problemas quanto às áreas protegidas, no Amazonas e no Brasil: 1 - O total de área protegida por bioma é insuficiente para a conservação da biodiversidade (o mínimo recomendado é de 10% de proteção integral por bioma, segundo as conclusões do "IV Con- gresso Internacional de Áreas Protegidas", Caracas 1992); 2 - As áreas já criadas ainda não atingiram plenamente os objetivos que motivaram sua criação. No entanto, a conjuntura atual indica o surgimento de oportunidades únicas, favoráveis à supera- ção desses desafios: a) - O Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC abre a possibilidade de criação de um sistema de unidades de conservação que integra, sob um só marco legal, as unidades de conser- vação das três esferas de governo (federal, estadual e municipal); b) - Pela primeira vez no Brasil, o meio ambiente é visto não como uma restrição ao desenvolvi- mento, mas como um mosaico de oportunidades de negócios sustentáveis que harmonizam o cresci- mento econômico, a geração de emprego e renda e a proteção dos recursos naturais. Até 2006, as UC’s* no Amazonas estavam assim constituídas:

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As Áreas Protegidas do Amazonas

Unidades de Conservação Estaduais 20 - Floresta Estadual de Manicoré (83.381 ha) 11 - FLONA Xié (408.232 ha) ANEXOS (31 UC’s em 2006): 21 - Parque Estadual do Guariba (72.296,331 ha) 12 - FLONA Jatuarana (863.257 ha) 01 - REBIO Morro dos Seis Lagos (36.900 ha) 22 - Parque Estadual do Aripuanã ( 336.040,065 ha) 13 - FLONA do Pico da Neblina (2.298.154 ha) 02 - PAREST Serra do Aracá (1.818.700 ha) 23 - RDS Aripuanã (224.290,817 ha) 14 - FLONA Amazonas (1.573.100 ha) 03 - RDS Mamirauá (1.124.000 ha) 24 - Floresta Estadual do Sucunduri (492.905,277 ha) 15 - ESEC Juami-Japurá (832.078 ha) 04 - RDS Amanã (2.313 ha) 25 - Parque Estadual do Sucunduri (808.312,179 ha) 16 - ESEC de Jutaí-Solimões (287.101 ha) 05 - RESEX do Catuá (217.486 ha) 26 - Floresta Estadual do Apuí (185.946,165 ha) 17 - RESEX do Baixo Juruá (188.814 ha) 06 - RDS Cujubim (2.450.381 ha) 27 - RDS Barati (113.606,429 ha) 18 - FLONA de Tefé (868.937 ha) 07 - RDS Piagaçú-Purus (1.008,167 ha) 28 - RESEX do Guariba (150.465,317 ha) 19 - REBIO do Abufari (224.819 ha) 08 - APA Margem Direita do Rio Negro - 29 - RDS Canumã (22.354,865 ha) 20 - PARNA do Jaú (2.378.410 ha) Setor Padauari/Solimões (566.365 ha) 30 - RDS do Rio Uacari (632.949,023 ha) 21 - ESEC Anavilhanas (343.897 ha) 09 - PAREST do Rio Negro - Setor Norte (146.028 ha) 31 - RDS do Rio Amapá (216.108,73 ha) 22 - REBIO do Uatumã (942.786 ha) 10 - APA Margem Esquerda do Rio Negro - 23 - FLONA do Pau Rosa (994.800 ha) Unidades de Conservação Federais 24 - FLONA de Humaitá (468.790 ha) Setor Aturiá/Apauazinha (586.422 ha) (34 UC’s, em 2006): 25 - FLONA do Purus (257.206 ha) 11 - PAREST do Rio Negro - Setor Sul (157.807 ha) 01 - FLONA Içana-Aiari (496.784 ha) 26 - FLONA Mapiá-Inauini (370.500 ha) 12 - APA Margem Esquerda do Rio Negro - 02 - FLONA Cuairi (110.333 ha) 27 - RESEX Médio Juruá (251.289 ha) Setor Tarumã-Açú/Tarumã Mirim (56.793 ha) 03 - FLONA Piraiauara (635.496 ha) 28 - RESEX Auati-Paraná (147.601 ha) 13 - APA Caverna do Moruaga (374.700ha) 04 - FLONA Cubaté (423.834 ha) 29 - RESEX Jutaí (276.736 ha) 14 - Floresta Estadual do Rio Urubu (27.342 ha) 05 - FLONA Tarauacá I (676.145 ha) 30 - ARIE Javari-Buriti (13.017 ha) 15 - APA Nhamundá (195.900 ha) 06 - FLONA Pari Cachoeira I (17.584 ha) 31 - ARIE Proteção Dinâmico (3.194 ha) 16 - PAREST Nhamundá (28.370 ha) 07 - FLONA Urucu (65.984 ha) 32- RESEX Lago do Capnã Grande (304.146 ha) 17 - PAREST Sumaúma (51.000 ha) 08 - FLONA Pari-Cachoeira II (637.144 ha) 33- RESEX Sauim-Castanheira (1.092.000 ha) 18 - Floresta Estadual de Maués ( 402.778.883 ha) 09 - FLONA Tarauacá II (559.068 ha) 34- FLONA Balata Tufar (812.023 ha) 40 UC’s que fazem parte do Corredor 19 - RDS do Uatumã (424.430 ha) 10 - FLONA Içana ( 198.352 ha) Ecológico Central da Amazônia, além de 57 Terras Indígenas, num total de 84 UC’s

Nota: Renováveis - IBAMA. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC (Lei 9.985/2000) define unidade de conservação como As UC's são divididas em dois grupos: "espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo 1 - UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL - O objetivo as águas jurisdicionais, com características naturais rele- básico dessas unidades é preservar a natureza, sendo vantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com ob- admitido apenas o uso indireto dos seus recursos natu- jetivos de conservação e limites definidos, sob regime rais, ou seja, atividades educacionais, científicas e recre- especial de administração, ao qual se aplicam garantias ativas. adequadas de proteção". O SNUC é constituído por áreas federais, estaduais e municipais e possui diferentes cate- 2 - UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL - O objetivo básico gorias de unidades de conservação de proteção integral e dessas unidades é compatibilizar a conservação da natu- uso sustentável, devidamente cadastradas pelo Ministério reza com o uso sustentável de parcela dos seus recur- do Meio Ambiente - MMA, com a colaboração do Instituto sos naturais. Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

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5 - Metas do Milênio ANEXOS

eclaração do Milênio foi aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000. O Brasil, em conjunto com 191 países-membros da ONU, assinou o pacto e estabeleceu um com- promisso compartilhado com a sustentabilidade do Planeta. DOs Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são um conjunto de 8 macro-objetivos, a serem atin- gidos pelos países até o ano de 2015, por meio de ações concretas dos governos e da sociedade. São a agenda do Planeta, a agenda da Humanidade. São a agenda do Brasil. A agenda de cada um dos habitantes da Terra.

As Metas do Milênio foram elaboradas com base nas necessidades apontadas pelos indicadores dos IDH’s das várias regiões (países, estados e municípios).

“O desenvolvimento só tem sentido quando primeiramente as pessoas e não as coisas se desenvolvem. Pessoas têm necessidades básicas: alimentação, moradia, vestimenta, saúde e educação. Todo o processo que não leva a um atendimento dessas necessidades - ou o impede - deve ser entendido como uma deturpação da idéia de desenvolvimento.”

Professor Dieter Nohlen

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6 - Notação de SAPF/UFAM

rata-se uma notação gráfica desenvolvida pelo Prof. Sérgio Figueiredo (UFAM/FGV/ISAE), para o Ministério da Defesa/Programa Calha Norte, no ano 2000, apresentado em trabalho do Curso de ANEXOS Mestrado em Desenvolvimento Regional (UFAM) - disciplina “Desenvolvimento Sustentável” - com To objetivo de apreender, visualmente, o grau e o nível de desenvolvimento municipal e a sua posição no contexto regional e nacional.

Notação de SAPF/UFAM 0,0 0,5 0,8 1,0 Baixo Médio Alto

NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4

I - Indices entre 0,000 a 0,500: BAIXO grau de desenvolvimento

NÍVEL 1: caracterizado por uma situação de muito baixo desenvolvimento humano e baixa inclusão social, com formas incipientes de organização socioeconômica da população . A subsistência é a motivação maior deste nível. NÍVEL 2 : caracterizado por uma situação de baixo padrão de vida e de mínimo atendimento das necessidades básicas da população, com uma estrutura socioeconômica dependente do Governo.

II - Índices entre 0,500 a 0,800: MÉDIO grau de desenvolvimento

NÍVEL 3: caracterizado pela presença de organizações comunitárias e iniciativas conscientes da população com vistas à melhoria dos fatores que interferem no padrão de vida (educação, saúde, habitação, emprego e renda...), indicando existência de um médio nível de desenvolvimento da população.

III - Índices entre 0,800 a 1,00: ALTO grau de desenvolvimento

NÍVEL 4 caracterizado pela existência de iniciativas sócio-econômicas comunitárias e individuais e de mecanismos de intercâmbios sócio-econômica; o padrão de vida apresenta constantes e marcantes melhoras, indicando a existência de um alto nível de desenvolvimento da população.

7 - Conceitos e Definições

Indice Desenvolvimento Humano (IDH) renumeração digna (renda). Periodicidade do levantamento: Decenal Conceito: é um indicador do nível de atendimento Índice de Inclusão Social (IIS) das necessidades humanas básicas, em uma dada sociedade. O IDH mensura três aspectos de Periodicidade do levantamento: Decenal maior relevância no bem-estar de uma população: O IIS complementa o conceito do IDH ao ampliar o vida longa e saudável (longevidade), acesso ao número de indicadores sobre a dimensão social conhecimento (educação) e padrão de (qualidade de vida, violência, proteção índice de emprego formal, desigualdade social, concentração e distribuição de renda, dentre outros), a fim de explicitar componentesFGV/ISAE intríssecos 115de uma população.

População Residente por Faixa Etária e Sexo Periodicidade do levantamento: Decenal A desagregação por idade e sexo, para os períodos PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

índice de emprego formal, desigualdade social, o valor da renda de cada um dos países concentração e distribuição de renda, dentre participantes da ONU, nos quais o IDH é calculado. outros), a fim de explicitar componentes intríssecos Primeiramente, é calculado o valor da PPC de uma população. (Paridade do Poder de Compra) e, em seguida, são processados os demais cálculos. ANEXOS População Residente por Faixa Etária e Sexo Periodicidade do levantamento: Decenal Renda per capita PPC (Paridade do Poder de Compra) A desagregação por idade e sexo, para os períodos intercensitários, repete a estrutura etária do último Periodicidade do levantamento: Decenal Censo, conforme norma operacional do IBGE. Conceito: Estabelece um meio de comparação entre o poder de compra de cada país, usando a própria moeda do país. Taxa de fecundidade Para transformar a renda municipal per capita em um índice Periodicidade do levantamento: Decenal internacional, usado no IDH-Renda, é feito uma série de cálculos. Conceito: Número médio de filhos que uma mulher Primeiramente, convertem-se os valores anuais máximo e mínimo teria ao terminar o período normal reprodutivo que expressos em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), adotados vai dos 10 ao 49 anos. nos relatórios internacionais do PNUD (US$ PPC 40.000,00 e US$ PPC 100,00, respectivamente), em valores mensais Esperança de vida ao nascer expressos em reais: R$ 1.560,17 e R$ 3,90. Em seguida, são Periodicidade do levantamento: Decenal calculados os logaritmos da renda média municipal per capita e dos limites máximo e mínimo de referência. O logaritmo é usado porque Conceito: Número de anos de vida que uma ele expressa melhor o fato de que um acréscimo de renda para os pessoa nascida hoje esperaria viver, se todas as mais pobres é proporcionalmente mais relevante do que para os taxas de mortalidade por idade se mantivessem mais ricos. Ou seja: R$ 10,00 a mais por mês para quem ganha R$ idênticas ao que são hoje. 100,00 proporciona um maior retorno em bem-estar do que R$ 10,00 para quem ganha R$ 10.000,00. Finalmente, para se chegar População Economicamente Ativa - PEA ao índice de renda municipal (IDHM-R) aplica-se a fórmula a seguir: Periodicidade do levantamento: Anual IDH-R = (log de renda média municipal per capita - log do valor de Conceito: Corresponde a todos os indivíduos que referência mínimo) / (log do valor de referência máximo - log do têm ocupações remuneradas para sua valor de referência mínimo). Para um município com renda municipal subsistência; abrange todas as pessoas entre 15 per capita de R$ 827,35, o cálculo ficaria assim: e 64 anos que estão trabalhando ou procurando IDHM-R = (log R$ 827,35 - log R$ 3,90) / (log R$ 1.560,17 - log R$ emprego (antes do E.C.A. a P.E.A abrangia a faixa 3,90) => IDHM-R = 0,894. de 10 a 64 anos). Produto Interno Bruto (PIB) Renda per capita municipal Periodicidade do levantamento: Anual Periodicidade do levantamento: Anual Conceito: exprime o somatório do valor da produção Conceito: Corresponde ao somatório de todo tipo dos setores Primário, Secundário e Terciário, de renda obtida pelos moradores do município realizada dentro das fronteiras geográficas do (salários, pensões, aposentadorias e Município. transferências governamentais, entre outros), OBS: Na avaliação da renda dos habitantes de um dividido pelo número total de habitantes do município, o uso do PIB per capita torna-se município. inadequado porque nem toda a renda produzida OBS: Na obtenção do índice de IDH-Renda são dentro da área do município é apropriada pela elaborados alguns cálculos a fim de homogeneizar população residente.

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sejam distribuídos de forma mais justa, tendo como objetivo combater a desigualdade econômica e Índice Concentração de Renda (Índice L de Theil) social, promover a justiça social e garantir a Periodicidade do levantamento: Decenal qualidade de vida para todos.

Conceito: Mede a concentração da renda domiciliar ANEXOS per capita. É o logaritmo da razão entre as médias Função Social da Propriedade - princípio inserido aritmética e geométrica das rendas individuais, na Constituição Federal de 1988 que assegura o sendo nulo quando não existir concentração de direito a propriedade como um dos direitos e renda entre os indivíduos e tendente ao infinito garantias fundamentais. A função social age sobre quando a concentração tender ao máximo. a propriedade qualificando-a, dando-lhe uma natureza intimamente vinculada ao Direito Público, Índice de Desigualdade Social (Índice de Gini) que extrapola os direitos individuais. Não se Periodicidade do levantamento: Decenal concebe, então, a propriedade sem que esta atenda Conceito: Mede o grau de desigualdade existente à sua função social. na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando Direito à Cidade - entendido como um direito de não há desigualdade (a renda de todos os TODOS a uma vida digna, com garantia de acesso indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a à terra urbana, à moradia, ao saneamento desigualdade é máxima (apenas um indivíduo ambiental, á infra-estrutura urbana, ao transporte detém toda a renda da sociedade e a renda de e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer. todos os outros indivíduos é nula).

Direito à Moradia - este direito define que a moradia Taxa de analfabetismo é um direito de TODOS a não se restririge apenas Periodicidade do levantamento: Anual à habitação edificada, mas abrange a Conceito: Percentual de pessoas de 15 ou mais disponibilidade de infra-estrutura e o acesso aos anos de idade que não sabem ler nem escrever serviços urbanos e à cidade. um bilhete simples. Diretrizes - conjunto de instruções ou indicações Taxa de alfabetização para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, Periodicidade do levantamento: Anual um negócio, etc.; especificamente às questões ligadas ao Plano Diretor, são as orientações gerais Conceito: Indicador componente do IDH-Educação, definidas no Estatuto das Cidades - art. 20 - com o no qual entra com peso de 2/3. É o percentual de objetivo de garantir o pleno desenvolvimento das pessoas acima de 15 anos de idade que são funções sociais da propriedade e da cidade. alfabetizados, ou seja, que sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples. Leitura Comunitária do Município - é um retrato (descrição) de um município construído a partir do Taxa mortalidade infantil olhar dos seus moradores. Periodicidade do levantamento: Anual Conceito: Número de crianças que não irão Leitura Técnica do Município - é a caracterização sobreviver ao primeiro ano de vida em cada mil da realidade do município, feita pelos técnicos da crianças nascidas vivas. prefeitura ou consultores, e deve incluir dados sócio-econômicos, sobre a infra-estrutura, uso do Função Social da Cidade - princípio que determina solo, dentre outros. que os benefícios gerados pelo desenvolvimento Base Cartográfica - é um conjunto de mapas do

FGV/ISAE 117 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI espaço geográfico (urbano e rural) do município. quando uma decisão importante sobre um projeto Através dele, é possível obter a localização de vai ser tomada, visando a sua aprovação pela feições naturais ou construídas, como uso e população. É obrigatória antes da aprovação de ocupação do solo, rios, igarapés, igapós, lagos, leis como o Plano Diretor. ANEXOS comunidades rurais, áreas indígenas, estradas, áreas de proteção ambiental, além de informações Direito de Superfície - é o direito que o proprietário numéricas, como comprimento, áreas, dentre pode conceder a um interessado de utilizar o solo, inúmeros outros elementos. subsolo ou espaço aéreo do terreno, mediante escritura pública registrada em cartório de registro Mobilidade (acessibilidade) - condição para de imóveis. utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários, equipamentos AEIA (Áreas de Especial Interesse Ambiental) - e serviços públicos, por todos, particularmente por são áreas destinadas a preservar terras com pessoas com necessidades especiais, ou com cobertura vegetal, próximas a rios, igarapés, lagos mobilidade reduzida. e nascentes que não devem ser ocupadas.

Planejamento Municipal - é uma atividade de AEIC - Áreas de Especial Interesse Cultural - são responsabilidade do poder público com o objetivo aquelas destinadas à preservação do patrimônio de projetar e programar o desenvolvimento do histórico, arquitetônico a artístico do município. município. Nele deve estar garantida a participação da população. O Plano Diretor é parte essencial desse planejamento. Estudo de Impacto de Vizinhança - é o estudo que avalia se a implantação de um empreendimento ou uma atividade num determinado local é Instrumentos constantes no Estatuto das Cidades adequada, avaliando seus efeitos positivos e - os instrumentos, dizem respeito aos meios e negativos. recursos utilizados para viabilizar as diretrizes do Estatuto das Cidades. Entre esses, podemos citar Direito de Preempção - direito que concede ao os planos, o zoneamento, o orçamento e diversos Poder Público a preferência para a compra de outros institutos tributários, financeiros, jurídicos e imóveis em determinadas áreas definidas pelo políticos. O próprio Plano Diretor recebe essa Plano Diretor. denominação pois é considerado o instrumento básico da política de desenvolvimento municipal. Outros instrumentos para serem utilizados Usucapião Especial de Imóvel Urbano - dependem de sua regulamentação no Plano Diretor instrumento que garante o direito à moradia aos e, em alguns casos, de leis complementares. segmentos sociais que vivem em condições inadequadas. É o direito de concessão do título de Gestão Democrática da Cidade - é a participação propriedade de um imóvel urbano ao ocupante do efetiva de quem vive e constrói a cidade na mesmo, desde que o imóvel tenha até 250 m2, formulação, execução e acompanhamento de esteja ocupado para fins de moradia própria ou da planos, programas e projetos de desenvolvimento família; que o ocupante não possua outro imóvel e urbano, através dos instrumentos sociais de que a ocupação não tenha sido contestada participação comunitária (debates, conselhos, judicialmente por cinco anos consectivos, no conferências, audiências públicas, mesas mínimo. redondas, etc.). Audiência Pública - debate que deve acontecer Concessão de Uso Especial para fins de Moradia - a regularização da posse ganha este nome

FGV/ISAE 118 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI quando o terreno ou imóvel é público. O morador Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - lei precisa pedir a concessão de uso do imóvel ao órgão aprovada anualmente, que define as metas e público que é o dono oficial. Se, depois de um ano, prioridades da administração para o ano seguinte. o órgão não tiver regularizado a posse do terreno Seus objetivos fundamentais são: orientar a para os moradores, eles encaminham o pedido à elaboração do orçamento anual (Lei Orçamentária ANEXOS justiça comum. Anual); dispor sobre alterações na legislação tributária e autorizar criação de cargos e contratação Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) de pessoal. progressivo no tempo - por esse instrumento, os proprietários de imóveis vazios ou subtilizados, terão Lei Orçamentária Anual (LOA) - é o orçamento o valor do IPTU aumentado a cada ano, chegando propriamente dito, elaborado anualmente. ao valor máximo de 15% do valor venal do imóvel e, Compreende o orçamento fiscal, o orçamento de depois de cinco anos, perderão a propriedade. investimentos e o orçamento da seguridade social. Evidencia a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, ou seja, trata Desapropriação com pagamento em títulos da básicamente de quanto o município vai arrecadar e dívida pública - se o dono pagar o IPTU Progressivo quanto e onde vai gastar. durante cinco anos e não der um uso para seu terreno ou imóvel, a prefeitura poderá desapropriá-lo, pagando com títulos da dívida pública, parcelado em 10 anos. Modelo* para auxílio do processo decisório, na Priorização e Hierarquização de Projetos, em função Operações Urbanas Consorciadas - é um conjunto dos CUSTOS e dos PRAZOS de execução: de ações coordenadas pelo poder público com o objetivo de promover, em determinadas áreas, transformações urbanísticas e estruturais, devendo contar com a participação da sociedade e ser aprovada mediante lei específica.

Solo Criado (Outorga Onerosa do Direito de Construir) - Permite ao proprietário do imóvel, em determinadas regiões da cidade, construir acima do coeficiente básico definido pelo Plano Diretor, mediante pagamento de uma contrapartida. Os recursos arrecadados somente poderão ser destinados a programas de habitação de interesse social e de proteção do patrimônio ambiental, histórico e cultural. 1 - Na utilização dos critérios, são estabelecidos, inicialmente, os conceitos internos de CUSTOS (baixo, médio e alto) e de PRAZO Plano Plurianual (PPA) - constitui um projeto de DE EXECUÇÃO (curto, médio e longo); desenvolvimento do município, que deve expressar 2 - As prioridades que se encaixam nas áreas P4 e P5 dizem claramente os objetivos, as diretrizes e as metas de respeito a projetos cuja execução extrapola o mandato do Prefeito todo um período de governo, ou seja, é o programa e, por serem, normalmente, estratégicamente importantes para a de governo que deve refletir as propostas de população, a implementação dos mesmos, deve ser iniciada o campanha. mais breve possível. ( * ) - Modelo SAPF/UFAM de Auxílio ao Processo Decisório.

FGV/ISAE 119 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI 8 - Principais Fontes de Consulta

- Constituição da República, 1988. - MMA - Ministério do Meio Ambiente - “Informações de Apoio ao Planejamento Es-

- Constituição do Estado do Amazonas, 1990. tratégico para a Amazônia. - 2ª edição - versão digi- ANEXOS tal - 2003. - Lei Orgânica do Município de Carauari. - “Projeto Corredores Ecológicos das Flores- tas Tropicais Brasileiras” - 2002. - Lei Federal n0 10.257, de 10/07/2001 (Estatuto das Cidades. ISA - Instituto Sócioambiental - “Diagnóstico Socioambiental da Bacia do Rio Negro”, 2002. - Ministério das Cidades: - “Livro Plano Diretor Participativo” - Guia MPFund - Ministério de Política Fundiária - - para a Elaboração pelos Municípios e Cidadãos (maio/junho 2004); “Programa de Estudo Sobre Agricultura e Desen- - “Lixo e Cidadania: guia de ações e pro- volvimento Sustentável - PROGESA”, 1999. gramas para a gestão de resíduos sólidos”; - “Material básico para o mapeamento e - IBGE - Censos de 1991 e 2000. gerenciamento de áreas de riscos de escorregamentos, enchentes e inundações”. - ONU/PNUD - “Mapa do Desenvolvimento Humano - Instituto Polis: do Brasil”, 2002. - “Urbanismo - Capacitação - Kit das Ci- dades, 2a. Edição”; - “A Amazônia e a cobiça internacional” - Arthur - Boletim DICAS - Idéias para a Ação Mu- Cezar Ferreira Reis. Rio de Janeiro, Civilização Bra- nicipal”; - “Plano Diretor na Amazônia, participar é sileira, 1958. um direito!”, Polis/UEA/Ministério Público do Ama- zonas - Coordenador: Fernando A. C. Dantas - “Desenvolvimento Sustentável da Amazônia” - (UEA) - Organização Governamental: Jussara Samuel Benchimol. Editora Valer, 2002. Pordeus (MPE/AM).

- FGV/ISAE: - “Amazônia, Vazio de Soluções? - Desenvol- - Planos de Desenvolvimento para vimento Moderno Baseado na Biodiversidade.”- municípios sob a área de atuação do Ministério Roberto Cavalcanti de Albuquerque e João Paulo da Defesa/Programa Calha Norte, nas áreas de dos Reis Velloso. Editora José Olympio,2003. fronteira da Amazônia, nos Estados do Amazonas (10 município) e Roraima (15 municípios), 2000 e 2003. - “Amazônia e Desenvolvimento Sustentável - Um diálogo que todos os brasileiros deveriam conhe- - MD - Ministério da Defesas/PCN cer” - Marcílio de Freitas, Ed. Vozes, 2005. - “Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional (2004 - 2013)”, FGV/ISAE, 2004. - “Atlas da Exclusão Social no Brasil” - Marcio Pochmann, Ricardo Amorim e outros - 1a Ed, Ed. - “Subsídios para uma Estratégia de De- CORTEZ - 2003. senvolvimento da Amazônia Setentrional”, FGV/ ISAE - 2000.

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- “Construindo o desenvolvimento local sustentá- Link para o site do Centro de Sensoriamento Re- vel. Metodologia de planejamento”- Sérgio C. moto do IBAMA com informações sobre o Arco do Buarque - Rio de Janeiro: Garamond, 2002. Desmatamento e bases cartográficas da Amazô-

nia Legal como a hidrografia, evolução do ANEXOS GOVERNO DO AMAZONAS: desmatamento, terras índígenas, entre outras. - www.amazonas.am.gov.br http://www2.ibama.gov.br/~csr/intra - Mensagens do Governo à Assembleia Legislativa, 2003, 2004 e 2006. Link para o site do Atlas de Desenvolvimento Hu- mano do PNUD com informações sobre várias di- DATASUS: mensões das condições de vida das populações Link para o site do DATASUS para obtenção de da- de todos os municípios do Brasil - escolaridade, dos sobre saúde, sociais, econômicos, e moradia, renda, gravidez na adolescência, entre demográficos. outros. Essas informações podem ser - www.datasus.gov.br georreferenciadas por municípios e estados. http://www.pnud.org.br/atlas Link para o site da loja virtual do IBGE onde estão disponíveis, entre outros produtos, a Estatcart - Sis- Link para o site do Plano Amazônia Sustentável do tema de Recuperação de Informações e a Base Ministério da Integração Nacional de Informações por Setor Censitário. http://www.integracao.gov.br/pdf/ http://www.ibge.gov.br/lojavirtual/default.php desenvolvimentoregional/PlanoBR_163.zip

Link para o site da EMBRAPA com imagens recen- Link para o site da Política Nacional de Link para o tes dos satélites Landsat 5 e 7 em escala até 1: site com projetos da CPRM em diversos municípi- 25.000, que abrangem 100% do território brasilei- os do Brasil com informações para a gestão ro territorial. http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br http://www.cprm.gov.br/gate/gate.htm

Link para o site do INPE para obtenção gratuita de Link para o site da Agência Nacional de Águas - imagens do satélite sino-brasileiro CBERS ANA com os documentos do Plano Operativo Anu- http://www.dgi.inpe.br al do Programa Proágua consolidados para os anos de 2004 e 2005. Link para o site do IPEA para otenção de dados http://www.ana.gov.br/proagua/biblioteca/Outros/ demográficos, sociais, econômicos e de finanças POA2004Consolidado.pdf públicas. Os dados podem ser agregados por es- tado, macro-região, meso-região e municípios, Link para o site da Agência de Desenvolvimento entre outros da Amazônia com Mapoteca de bases cartográficas http://www.ipeadata.gov.br da Amazônia Legal. http://www.ada.gov.br

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9 - O Processo de Elaboração do Plano Diretor Participativo de Carauari

- Síntese Metodológica dos Trabalhos ANEXOS

metodologia participativa utilizada pela Prefeitura, dividiu os segmentos da administração municipal em 4 (quatro) Grupos Setoriais, que por sua vez se subdividiram em subsetores afins, aos quais a sociedade teve a oportunidade de participar de todos, pois cada grupo promoveu reuniões de trabalho em dias, locais e horários diferentes, justamente para con- Atar com a participação de todos. Após esses levantamentos, os mesmo foram levados a Debate Público, com a presença de representantes dos quatro Grupos, com a finalidade de que todos tivessem oportunidade de saber e de opinar sobre as propostas de cada grupo. Em seguinda o resultado dos trabalhos foi levado a Audiência Pública, culminando com o encaminhamento à Camara Municipal, na forma de Anteprojeto de Lei, acompanhado dos documentos anexos que lhe dão sustentação e legitimi- dade. Os quatro grupos de discussão tiveram suas estruturas assim compostas, fato que deu origem à formatação estrutural da própria Lei do Plano Diretor: - Grupo Sócio-Cultural: composto pelos segmentos de Saú- de, Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Promoção Social, que detectou problemas e formulou soluções para as questões da infra- estrutura social; - Grupo Econômico-Ecológico: composto pelos segmentos de Abastecimento, Produção Agropecuária em Área Rural e Urba- na, Atividades Econômicas do Setor Primário, Extrativismo, Pesca e Psicultura, Porto e Armazenamento da Produção, Atividades In- dustriais, Comerciais e Turismo, que detectou problemas e formu- lou soluções para as questões da infra-estrutura econômica; - Grupo Meio Ambiente e Infra-Estrutura Física: composto pelos segmentos de Saneamento Ambiental (água potável, trata- mento de esgoto, drenagem, poluição ambiental), Tratamento de Resíduos Sólidos, Recuperação de Áreas Degradadas, Unidades de Conservação e Preservação, Educação Ambiental, Equipamen- tos urbanos, Mobilidade e Acessibilidade, Sistema Viário e Energia, que detectou problemas e formulou soluções para as questões da infra-estrutura física e ambiental; - Grupo Institucional e Territorial composto pelos segmen- tos de Macrozoneamento, Uso e Ocupação do Solo, Política Reuniões de trabalho de Grupos Habitacional, Regularização Fundiária, além da Estrutura Setoriais

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Organizacional da Prefeitura frente à ações do Plano Diretor, que detectou problemas e formulou soluções para as questões do planejamento urbanístico do Município e da infra-estrutura institucional e organizacional do Poder Executivo Municipal, a partir da vigência do Plano Diretor. ANEXOS

- Registros

ue fique aqui resgistrado os nomes das seguintes pessoas de instituições que, ativa e voluntariamente, participaram da elaboração do primeiro Plano Diretor Participativo de Desenvol- Qvimento Municipal de Carauari (AM): PARTICIPANTES DAS REUNIÕES DE TRABALHO

ANTONIO SOUZA FERREIRA - NÚCLEO GESTOR - BRUNO LUIS LITAIFF RAMALHO - PREFEITO COORDENADOR GERAL MUNICIPAL - SUPERVISOR GERAL JUCIMAR DA SILVA BRITO - NÚCLEO GESTOR - PROFESSOR SÉRGIO FIGUEIREDO - ISAE / FGV - COORDENADOR ADM. CONSULTOR DIOMAR SILVA MATOS - NÚCLEO GESTOR - HUDSON MORAES BRAGA -PETROBRAS - TÉCNICO SECRETÁRIA EXECUTIVA TRANSPETRO CHARLY MOTA FERNANDES - NÚCLEO GESTOR - JAIR SILVA - - PETROBRAS - TÉCNICO LOGÍSTICA ASSESSOR MARIA HUGUETT VIEIRA DA SILVA - SEMED - MARIA ELIZABETH FARIAS DA SILVA - NÚCLEO SECRETÁRIA GESTOR - ASSESSORA GILBERTO OLAVO COSTA DE OLIVEIRA - SEPROR - CLEOCIONE JUSTINO BRÍGIDO - NÚCLEO GESTOR - SECRETÁRIO ASSESSOR NELSON J. B. LACERDA - SEMDESMA - SECRETÁRIO

FGV/ISAE 123 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

ALESSANDRO PEREIRA DO NASCIMENTO - SEMEC - SEBASTIÃO SAMPAIO - SERVENTE SECRETÁRIO MANOEL ATAIDE DE SALES - CETAM - PROFESSOR JOSÉ CARDOSO VIANA - SEMOBUR - SECRETÁRIO FRANCILENE BRAGA DA SILVA - SEMED - PROFESSORA

JOSÉ MARIA PEREIRA SANTIAGO - GAPRE - EULÁLIA DO NASCIMENTO PEREIRA - SEMED - ASS. ANEXOS SECRETÁRIO ADMINISTRATATIVO ROBERTO CELESTINO DA SILVA - SEMAD - MARIA DE NAZARÉ DOS ANJOS DE PAULA - ESCOLA SECRETÁRIO ELIZA PEDROSA - PROFESSORA ANDREA NEPOMUCENO PEREIRA - GAPRE - CHEFE MARIA APARECIDA ARAÚJO DE SALES - ESCOLA MARIA DE GABINETE DO CARMO - SUPERVISORA MANOEL BRITO DE OLIVEIRA - SEMSA - SECRETÁRIO JOCINEY M. CAVALCANTE - SEMAS -DIGITADOR WAGNER SOUZA COSTA - SEMAS - SECRETÁRIO JUCILEIDE PEREIRA ALVES - SEMED - SUPERVISORA MICHAEL DE SOUZA BENTES - GAPRE -ENGENHEIRO ZONAIRA DA SILVA E SILVA - ESCOLA REGINA SILVA DO SILVIA PEREIRA DE OLIVEIRA RAMALHO - CDHC - CARMO -SUPERVISORA PRESIDENTE ZORAIDE C. PEREIRA - SEMED - PROFESSORA ANTONIO ADEMIR SILVA DO CARMO - CÂMARA - FRANCISCA GERALDA FERREIRA BATISTA - SEDUC - VEREADOR GESTORA ETEVALDO AVELINO LÔBO - CÂMARA - VEREADOR CESAR FERREIRA LEITE - CONSELHO TUTELAR - JOÃO BEZERRA - CÂMARA -VEREADOR CONSELHEIRO PAULO VINÍCIUS FERREIRA - CÂMARA - VEREADOR FRANCILENE R. OLIVEIRA - ESCOLA ELIZA PEDROSA - PROFESSORA FRANCISCO DAS CHAGAS FERREIRA - CÂMARA - VEREADOR MARCELO GONÇALVES FARIAS - TIRO-DE-GUERRA 12/ 014 - DENTISTA JAIR GOMES PEREIRA - CÂMARA - VEREADOR LUZINEY DE SOUZA AMÉRICO - SEMSA - ASC ANTONIO COELHO VIANA - CÂMARA - VEREADOR ARACY DINIZ PERES - SEMSA - ASC ZONAIRA CARVALHO PEREIRA - CÂMARA - VEREADORA PASTOR JOEL LAURENTINO - IGREJA BATISTA MARANATA - PASTOR LINDOMAR VASCONCELOS DA SILVA - SEMED - COORDENADOR MARGARIDA M. DE BRITO - SEFIN - A.S.G. REINALDO NEPOMUCENO PEREIRA - GAPRE - ANTONIA FERNANDA DUTRA PINTO - SEMED - ASSESSOR SUPERVISORA ARONALDO ALVES DA SILVA - SEMED - PROFESSOR JOSÉ FRANCISCO RAMOS DOS SANTOS - CONSELHO TUTELAR - CONSELHEIRO MARIA CÉLIA ARAÚJO COSTA - SEMED - PROFESSORA ELIAS PAIXÃO - PACS - CONSELHEIRO LINDONISA VASCONCELOS DA SILVA - SEMED - PROFESSORA ANTONIA F. RIBEIRO - SEDUC - PROFESSORA MARIA DE NAZARÉ SANTIAGO DE SOUZA - SEPROR - MARIA DA CONCEIÇÃO B. DA SILVA - SEDUC/SEMED - ASSESSORA PROFESSORA EUNICE F. DE LIMA - SEMED - PROFESSORA JOSÉ CARLOS ROCHA FARIAS - FIRMINO BASTOS - PROFESSOR FRANCISCA ELMA - ESTUDANTE MARIA JOSÉ ROCHA DE SOUZA - PREFEITURA - AUX. MARIA LINDALVA PEREIRA DE SOUZA - ESCOLA

FGV/ISAE 124 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

ADMINISTRATIVO LUCIMAR DA SILVA - SEMSA - A.S.C MARIA DAS DORES VIEIRA DA SILVA - SEMDESMA - ANTONIA LACERDA DA SILVA - ESCOLA ELIZA ASSESSORA PEDROSA - PROFESSORA

VALDENIZE M. DE OLIVEIRA - ESCOLA REGINA DO FRANCISCA FERREIRA BATISTA - ESCOLA SEBASTIÃO ANEXOS CARMO -SERVENTE SAMPAIO - GESTORA GENECY BRÍGIDO MELO - SEDUC - VIGIA TEREZINHA PRAXEDES DE ARAÚJO -ESCOLA ANTONIA SUZY BARROS DE LIMA - SDS (RDS UACARI) ESTADUAL NAIR ALVES - PEREIRA PROFESSORA - COORDENADORA REGINALDO FERREIRA BATISTA - SEMAS - FRANCISCO JAMES A. DE LIMA - SEFIN - FISCAL ORIENTADOR SOCIAL MARIA REGINA F. BARROS ANTONIO CARVALHO DA SILVA - SEPROR - MOTORISTA FLUVIAL GERSON SOUZA COSTA - SEMAS - ASSESSOR ANTONIO QUIRINO ALVES DA SILVA - SEMAS - LUZANIRA MARTINS RIBEIRO CALDAS - ESCOLA COORDENADOR OSVALDO NASCIMENTO - PROFESSORA LINISBERTO SAMPAIO DE FRANÇA - PMC - ASSESSOR ZILDETE FERREIRA VIANA -SEMAS - SERVENTE NILTON C. GUIMARÃES - SEFAZ - GERENTE MILICIANO GOMES DA SILVA - SEMED - COORDENADOR ANTONIA S. DE OLIVEIRA - SEMED - PROFESSORA ALTÓLIO COSME - IGREJA PENTECOSTAL - OBREIRO VERÔNICA RODRIGUES DA SILVA - SEDUC - GESTORA HÉBER DE SOUZA LIMA - UEA (LETRAS) - ALUNO MERIANGLIA RIBEIRO DA SILVA - SEMAS - DIGITADORA SUZIANE BARROS DE LIMA - SEMAS - ASS. ADMINIST. FRANCISCA DE SOUZA BATISTA AILTON CORREA DA SILVA - SEPROR - FISCAL MANOEL TEIXEIRA MELO - IBGE - GERENTE IVANETE DA CRUZ G. CHAVES - SEFIN - ASS. ADMINIST. OLAVO VARELA MOURA - SEMOBUR - ASSESSOR RAIMUNDA PAULINO DA COSTA - ESCOLA FIRMINO BASTOS - SERVENTE JAIRO ALVES DO NASCIMENTO - SEMEC - AUX. ADMINISTRATIVO ROBSON CAVALCANTE DA SILVA - CDHC - ASSESSOR FLUCIMAR FERREIRA GOMES - SEMEC - AUX. DANIEL DA COSTA PASSOS - UEA - GERENTE ADMINISTRATIVO YOLANDA ARAÚJO SAMPAIO - ESCOLA FIRMINO FABIO JÚNIOR M. LOBO - SEMED - ASS. ADMINIST. BASTOS - PROFESSORA CARLOS AUGUSTO DA SILVA - SEMED - A.S.G CLEIDIMAR ARAÚJO SENA - SEMED - PROFESSORA LUCINEI FERREIRA GOMES - SEMEC - ASS. ADMINIST. JOSÉ FRANCISCO FERREIRA SAMPAIO - SEMED - PROFESSOR RAIMUNDO ALVES DA SILVA - SEMED - MOTORISTA ELIVETE DE SOUZA ALBANO - ESCOLA ELIZA PEDROSA JOSUÉ PEREIRA LIMA - SEPROR - MOTORISTA - SERVENTE FLUVIAL ESCOLÁSTICA GOMES DE SOUZA - ESCOLA DANIELA RAIMUNDO MARTINS - CÂMARA - ASSESSORA AMARAL - SERVENTE DIUVAN G. TAVEIRA - SEMSA - ENFERMEIRO RAIMUNDA GOMES DA SILVA - SEMSA - A.S.C JOSÉLIO O. NEPOMUCENO - SEMSA - COORDENADOR ERISNALDO LOPES DA SILVA - SEMSA - A.S.C SILVILEIDE OLIVEIRA DOS SANTOS - UEA - ACADÊMICA FRANCIÉLIO DA SILVA FERREIRA - SEMED - DE LETRAS PROFESSOR SILVANEIDE ALVES DO NASCIMENTO - UEA - ÊMICA

FGV/ISAE 125 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

DE LETRAS PROFESSOR MIZAEL SOUZA COSTA - SEMED - PROFESSOR MARINETE ALVES DA SILVA - SEMEC - SERVENTE RAIMUNDO ALVES PONCIANO - A.C. CARAUARI - JOSÉ RAIMUNDO LOPES MARQUES - SEDUC -

PRESIDENTE PROFESSOR ANEXOS MARIA CRISTINA S. MAGALHÃES - SEMAD - AUX. ROQUILENE VARGAS OCAMPO - SEMED / SEDUC - ADMINISTRATIVO PROFESSORA MARIA ANTONIA CAMELO DIAS - SEMED - DEUZANIRA MARTINS RIBEIRO - SEDUC - PROFESSORA PROFESSORA IRANIR FAUTINO DE PAULA - SEMED - PROFESSOR RAIMUNDO CARDOSO DA SILVA - SEMSA - A.S.C. JOVELINA SANTIAGO DA SILVA - SEMAS - SERVENTE LUCIENE MARIA DE SALES BRITO ANTONIA VITURINO DA SILVA - SEMSA - SERVENTE CLEUDA MARIA P. DA SILVA - SEMED - PROFESSORA GETÚLIO FARIAS DE SOUZA - SEMSA - FISCAL JUCIANY FREITAS DO CARMO - SEMED - PROFESSORA OLAVO JÚNIOR C. MOURA - POLICIA MILITAR - MARIA SUELY - SEMED - AUX. DE SERV. GERAIS DIGITADOR ALZIRA PEREIRA DO NASCIMENTO - SEMED - MARLUCE TELES REBOUÇAS - SEMED - PROFESSORA SERVENTE ROGÉRIO MARTINS SAMPAIO RAIMUNDA INELINA RIBEIRO DA SILVA - SEMSA - AUX. CLEOVANICE BRÍGIDO MELO - SEDUC - PROFESSORA DE ENFERMAGEM MARIA DE JESUS ALVES DA COSTA - ESCOLA MARIA DA CONCEIÇÃO LOPES MAIA - SEMSA - AUX. SEBASTIÃO SAMPAIO - AUX. ADMINISTRATIVO DE ENFERMAGEM JOSÉ CARLOS R. LIMA - SEMED - AUX. ADM. ILDEBERTO SOUZA VASCONCELOS - SEMAS - VIGIA MARIA SILVANIA FREITAS FEITOZA - SEMED - PE. MAURO PRIMO VIEIRA - PARÓQUIA DE CARAUARI PROFESSORA - PADRE MARIA ENEIDA C. JUSTINO - SEMED - GESTORA FRANCISCO PEREIRA CAVALCANTE - SEFIN - OFFICE-BOY MARILENE ELÓIA DA SILVA ANTONIA RAIMUNDA VENTURA DE SOUZA - SEMED - MARIA DAS DORES - PREFEITURA - ASG DIGITADORA JOSENILDE SANTIAGO MAGALHÃES - SEMED - DARCI C. PAULINO - SEPROR - CARPINTEIRO PROFESSORA RENILDO PEREIRA LIMA - SEPROR - CARPINTEIRO FRANCISCA REBELO DE PAULA - SEMED - GESTORA LUCIANO XAVIER DA SILVA -SEMED - PROFESSOR SANDRA MARIA VIEIRA MARTINS - SEMED - PROFESSORA RAIMUNDA BRAGA RODRIGUES - SEMEC - SERVENTE RAMON AGUIAR ROLIN - TIRO-DE-GUERRA - MÉDICO MARIA CIRLEI DA SILVA AMORIM - SEDUC - ASS. ADM. ZENIR P. MARIANO - SEMSA - A.S.C LAURIMAR MARTINS BRITO - FUNCIONÁRIO PORTO URUCU -AJUDANTE ILDETE SOUSA CUNHA - SEMED - PROFESSORA JANAÍNA ARRUDA DE OLIVEIRA -UEA - ACADÊMICA DE RAIMUNDO NONATO C. DA SILVA - SEMSA - A.S.C. LETRAS FLÁGILA DE O. RODRIGUES - SEMED - PROFESSORA MÁRCIA DE ARAÚJO GONÇALVES - UEA - ACADÊMICA ODINEIDA SOUZA PASSOS -SEMED - PROFESSORA DE LETRAS SILVINEY OLIVEIRA DOS SANTOS - SEMED - GIVANILDO DA SILVA CARVALHO - SEMAD - ASSESSOR

FGV/ISAE 126 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

MARIA O. DE BRITO - SEMAD - ASS. ADM. IRACY DA SILVA RUFINO - SEMSA - AUX. DE WENDELL CAMPELO DE LIMA - SEMAD - OFFICE-BOY ENFERMAGEM CLEUTON FERREIRA DE MELO - SEMAD - MARIA DAS GRAÇAS MACHADO COORDENADOR DULCINÉIA PEREIRA MOTA - SEMED - PROFESSORA ANEXOS EDIMILTE PEREIRA DE LIMA - SEMAD - ASS. ADM. RAIMUNDA IVANILDE - ESCOLA MARIA DO CARMO - VANDERLEIA LOPES MARQUES - SEDUC - MERENDEIRA PROFESSORA FRANCISCO IVANILSON LOPES DA SILVA ROSA MARIA DO CARMO BRITO - SEMED - AUX. ADM. MARIA DO PERPÉTUO S. VARELA VIANA - ESCOLA MUN. MARIA ROSÍRIA - GESTORA REGINALDO CELESTINO DA SILVA - SEFIN - COORDENADOR MANOEL DE JESUS F. GREGÓRIO - SEFIN - OFFICE- BOY RAIMUNDO FELINTO DE ARAÚJO - PMC - CARPINTEIRO LUCIANO F. GREGÓRIO - SEFIN - AUX. SERV. GERAIS ERLANDIO PEREIRA DE PAULA - SEMED - OFFICE- BEATRIZ COSTA DE ALMEIDA - SEMAS - ORIENTADORA BOY SOCIAL MICHAEL JACKSON P. SERAFIM - SEMEC - ASSESSOR GEANE CUNHA DE LIMA - SEMED - PROFESSORA PAULO SILVIO DOS SANTOS - SEMAD - ASSESSOR NEUMA LÚCIA B. DE A. DOS SANTOS - SEMED - PROFESSORA EDMAR ALVES LEITE - SEMED - PROFESSORA ROSIELA G. SIQUEIRA - SEMED - PROFESSORA AMÉRICO VITURINO DA SILVA - SEMSA - A.S.C FÁBIO B. FERNANDES - TIRO-DE-GUERRA - MARCOS AURÉLIO MOREIRA DE PAIVA - SEMSA - A.S.C SARGENTO LINDALVA CARVALHO PEREIRA - SEDUC - LUIZA ALMEIDA DA SILVA - SEDUC - PROFESSORA PROFESSORA ROSÉLIA CELESTINO DA SILVA - ESCOLA SÃO JOSÉ - RAIMUNDO NONATO R. DO NASCIMENTO - SEMSA - PROFESSORA A.S.C MARIA LAZUILA E. DE SOUZA MARIA INÊS CORREIA P. DO NASCIMENTO - SEMED - ASSESSORA LUZINEIDE CAMILO ARTICLÍNIO - SEMED - PROFESSORA RAIMUNDA GONZAGA DE LIMA - SEMED - PROFESSORA ANTONIA MÁRCIA S. DO CARMO - ESCOLA NAZARÉ VARELA - GESTORA MARIA JOSÉ PEREIRA DA SILVA - SEMED - PROFESSORA MANOEL SILVA DE OLIVEIRA - SEMSA - GESTOR ADENISMAR FORTE VALENTE - SEMED - MARIA DE ARAÚJO GONÇALVES - SEDUC - PROFESSORA PROFESSORA IDERLANI PEREIRA SORIANO - SEMED - PROFESSORA LEIDA ALVES COSTA - SEDUC - GESTORA MARIA CILENE MARTINS RIBEIRO - SEMED - GESTORA ANTONIO F. SILVA DO CARMO - F.V.S - GERENTE ANTONIO FÁBIO ALVES DE CASTRO - SEMED - AUX. ANTONIA CLÉIA VIEIRA DA SILVA - SEMED - ADM. PROFESSORA CYNTIA SANTOS DE FIGUEIREDO - SEMED - AUX. ADM. AMBROSINA ALVES DA SILVA - SEMED - PROFESSORA ADNAEL VARELA - SEMAS - AUX. ADM. ANTONIA NÁGILA M. PEREIRA - SEMED - PROFESSORA SONIA DUARTE DE LIMA - SEMSA - AUX. DE ENF. ROSILDA DO CARMO BRITO - SEMED - PROFESSORA

FGV/ISAE 127 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

MARIA ELDA MIGUEIS DA COSTA - SEMSA - A.S.C MARIA AUXILIADORA O. DE BRITO - SEDUC - NORMA SERAFIM DE SOUZA - SEDUC - PROFESSORA PROFESSOR MARIA SILMARA ROZENO DE SOUZA - SEMED - RAIMUNDA PEREIRA DOS SANTOS - SEMED -

PROFESSORA SERVENTE ANEXOS MARIA DAS GRAÇAS DOS S. NEPOMUCENO - SEMED - ISMAR OLIVEIRA DE ARAÚJO - SEFIN - FISCAL MERENDEIRA EDNILSA SOUZA - SEMED - SERVENTE JOÃO FERREIRA MONTEIRO - SEMED - GESTOR DULCINEIDE NUNES DA SILVA - SEMSA - A.S.C IRENE MAIA CAVALCANTE - C.M.S / H.U.C. - ALESSANDRO S. DO NASCIMENTO - SEMSA - A.S.C. PRESIDENTE MEILY MENEZES LOBO - CONSELHO TUTELAR - MARIA DO SOCORRO MAIA SILVA - SEMSA - A.S.C. CONSELHEIRA ALAIN VIANA DA SILVA - SEMSA - A.S.C. ANA GLÓRIA ALVES DE LIMA - SEMSA - AUX. DE ANDERSON LUZ DE LIMA - SEMED - DIGITADOR ENFERMAGEM ANA CLÁUDIA DA COSTA LEITÃO - C.N.S - DAZILDA P. DA COSTA - SEMED - PROFESSOR COORDENADORA ROSANILDE M. SAMPAIO - SEMAD - AUX. ADM. OLINDINA MAMEDE MONTEIRO - SEMED - AUX. SERV. ELANE MACIEL LOBO - SEMAD - AUX. ADM. GERAIS NEIVILANY DE LIMA DE AVELINO - SEMED - AUX. ADM. RAIMUNDO MAIA DA SILVA - SEMSA - COORDENADOR EDUARDO DE LIMA - SEMED - VIGIA VERÔNICA PAULINO DA SILVA - SEMED - PROFESSORA RAIMUNDA DANUSIA DE SOUZA - SEDUC - REGINARA MARTINS FREITAS - SEMED - PROFESSOR PROFESSORA VANDERLEI FONTES DA SILVA - SEMAD JUCIMAR DAS CHAGAS - GABINETE - DIGITADOR MARIA DA CONCEIÇÃO MONTEIRO - SEMED - AUX. ADM. GESSE JORGE FREITAS - CÂMARA - SEC. ADM. JOÃO DANTAS DE BRITO NETO - SEDUC/SEMED - FRANCISCO CARLOS ALVES VIANA - GABINETE - PROFESSOR OFFICE - BOY MIRIÃ AZEVEDO DA SILVEIRA - SEMED - AUX. ADM. ERISANTO SILVA DE LIMA - GABINETE - OFFICE - BOY VILMA CRETUDES ESTEVES FRANCISCO DA SILVA MELO - SEDUC - MARIA ANTONIA MARÃES DO NASCIMENTO - SEMED COORDENADOR - PROFESSOR LÉRCIO SOUZA RODRIGUES - POLÍCIA MILITAR - LENITA FERREIRA DESIDÉRIO - SEMSA - ASS. ADM. DELEGADO CARLOS FONSECA - BASA - GERENTE FÁBIO JÚNIOR BATISTA DE FREITAS - PMC -GUARDA MUNICIPAL JOSÉ SAMPAIO DA SILVA - SEMAD - AUX. ADM. JOSIANE CELESTINO VIEIRA - SEMED - PROFESSORA FRANCISCA OTALINA S. DO NASCIMENTO - SEMED - AUX. ADM. FRANCISMEIRE MESQUITA MARQUES - SEMSA -ASS. ADM. JOSÉ DA CRUZ FERREIRA TOMÁZ - UEA - ACADÊMICO DE LETRAS JOSIMARA DA COSTA DOS REIS - SEMSA - A.S.C MARIA JOSÉ PEDROSA DOS SANTOS - SEDUC - FRANCISCA SORIANO - ESC. FIRMINO BASTOS - PROFESSORA PROFESSORA MARIA CLEOPE FIESCA ARAÚJO - SEMED - A.S.G. MARIA SOCORRO P. LACERDA - ESC. DANIELA AMARAL - MERENDEIRA

FGV/ISAE 128 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

NADIR PIRES DA SILVA - SEDUC - PROFESSORA MARIA SILMARA DA S. CARM~VALHO - SEMED - BIANCA ACÁCIA C. MOURA - SEDUC - PROFESSORA PROFESSORA NÚBIA LAFAYETTE ARAÚJO DE SALLES - SEMED - MARIA VALDEJANE A. DE LIMA - SEMSA - ACS GESTORA REGINALDO DUTRA - SEMSA - DIGITADOR ANEXOS JOSÉ AMORIM DA SILVA - PMC MELQUE PAULINO DA COSTA - SEMED - SUPERVISOR JOSÉ ANTONIO V. DA SILVA - SEMAS - DIGITADOR EDIBERTO CONRADO DA SILVA - SEMED - PROFESSOR ELDA MARIA REIS - BRADESCO - GERENTE ROCIRLEY TEIXEIRA FRÓZ - SEMSA - ACS FRANCISCO DAS CHAGAS ALVES MARTINS RAIMUNDO MOTA FILHO - MAÇONARIA - VENERÁVEL ROBERTO ALESSANDRO F. DO CARMO - SEMSA - AILSON OLIVEIRA FRANÇA - SEMEC - DIGITADOR DIGITADOR FRANCISCO A. DA SILVA - SEMSA - ACS NEWTON CARLOS DE LIMA - PREFEITURA - ASSESSOR NOENES PINTO DOS SANTOS - SEMSA - ACS TEREZA FARIAS DE SOUZA - SEMSA - ACS KARINA DA COSTA DAVI - SEMSA - ACS MARIA DE FÁTIMA ARAÚJO FERREIRA - SEMSA - AUX. RÉGILA AZEVEDO DA SILVA - SEMED - PROFESSORA ADMINISTRATIVO FRANCISCO IVON BATISTA - SEMSA - ACS ADLER VIEIRA BATISTA - SEMAS - DIGITADOR MARLENE NUNES DA SILVA - SEMED - SUPERVISORA RAIMUNDA NONATA LOPES DA SILVA - SEMAS - SIDNEY PINTO VALENTE - SEMED - COORDENADOR RECEPCIONISTA ROCÍNIO TEIXEIRA FRÓZ - UEA/LETRAS - ACADÊMICO SILVANIA BESSA PEDROSA - SEMED - PROFESSORA ROSILENE OLIVEIRA DA SILVA - SEMED - PROFESSORA LUIZ XAVIER CORREIA - FLUTUANTE - COMANDANTE FRANCISCA CONCEIÇÃO TAVARES DE BRITO - SEMSA JOSÉ DA CRUZ BRITO - SEMED - COORDENADOR - ACS PAULO DIVINO P. DOS SANTOS - SEMED - PROFESSOR MARIA DE JESUS DA SILVA MIGUEIS - SEMSA - ACS MARIA ELIETE O. DOS SANTOS - COLPESCA - ANTONIA ROSITA BRITO DE OLIVEIRA - SEMSA - ACS TESOUREIRA EDINEUZA NUNES DE ARAÚJO - SEMED - PROFESSORA DOMINGOS SÁVIO VARELA DA SILVA - SEMED - PROFESSOR MARIA ILCINETE PEDROSA SERAFIM - SEMED - SUPERVISORA NAÍZE MARIA PEDROSA SERAFIM - SEMED/SEDUC - PROFESSORA/ASS.ADM. MAÍZA DE SOUZA LIMA - SEMED - PROFESSORA KZUÉ KELLIN S. OLIVEIRA - SEMED/SEDUC - NOÊMIA SALVINO DA CUNHA - SEMED - PROFESSORA PROFESSORA - ASSIST. ADM. MARIA TEREZINHA M. DA COSTA CAIO VALENÇA MELO - IEADAM - PASTOR PRESIDENTE MARIA ERCÍLIA DO C. BRITO - SEMED - PROFESSORA ANTONIA SILVIA NEBLINA DE MARÃES - SEDUC - JOSÉ EUDO SANTOS DA SILVA - ASPROMUC - GESTORA PROFESSOR PEDRO M. DE AMORIM - OAMARÃ - COORD. TÉC. JOSELINDA SANTIAGO MAGALHÃES - SEMED - PEDRO JANUÁRIO LOPES ALVES - SEMAD - VIGIA PROFESSORA GEÍZE M. ARAÚJOP BRITO - SEMED - PROFESSORA MARIA DA CONCEIÇÃO PEDROSA SERAFIM - SUSAM - AGENTE ADMINISTRATIVO MARIA DA CONCEIÇÃO M. RIBEIRO - SEMED - SERVENTE IRISMAIRA VIANA DA SILVA - SEMED - PROFESSORA

FGV/ISAE 129 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

MARIA MARLENE S. DE SOUZA - SEDUC - ANGELITA DA SILVA BARROS - SEMED - PROFESSORA PROFESSORA LEUZIMAR B. NASCIMENTO RAQUEL SANTIAGO NERY - SEMAS - ASSIST. ADM. MEIRE JANE GOMES FARIAS - SEMED/SEDUC -

IRISNÉIAS VIANA DA SILVA - SEMED - PROFESSORA PROFESSORA ANEXOS MINELVINA C. QUIRINO - SEMAS - ORIENTADORA MARIA DO SOCORRO PRINTO VALENTE - SEMED/ MARIA LOURDES VIANA DOS REIS - SEMSA - SEDUC - PROFESSORA COORDENADORA RAIMUNDO NONATO DA S. PESSOA - IGREJA PAULO MICSON A. PINTO - SEMSA - ACS PETENCOSTAL - PASTOR JOSEFA GARCIA FERREIRA - SEMED - PROFESSORA MARIA DO CARMO FROTA DE MENEZES - SEMED - A.S.G. JUCIELEM LIMA PEREIRA - SEMAS - ASSIST. SOCIAL GILEADES MELO BARROS - SEMED - PROFESSORA MARIA VALDINA TELES - SEMED - SERVENTE SANDERLY DA ROCHA RIBEIRO - CONSELHO TUTELAR JOÉLIO AZEVEDO LOPES - SEMAS - COORDENADOR - CONSELHEIRA RIZOMARA MENDONÇA SAMPAIO - SEMED - PROFESSORA MARIA BENILDE B. DA SILVA - SEMED - A.S.G. NAILDE CUNHA - SEMSA - AUX. DE ENFERMAGEM ANTONIA CLEUPA BERNARDINO DA SILVA - SEMED - ASSIST. ADM. ANTONIO SIDNEY S. AMORIM - SEMED - PROFESSOR MARIA IVONE M. CAVALCANTE - SEMED - PROFESSORA HILÁRIO JEBESON VIANA DA COSTA - UEA/LETRAS - RAIMUNDA PEREIRA DE ARAÚJO - SEMED - ACADÊMICO PROFESSORA NÁDMA CARNEIRO DE MENEZES - SEMED - A.S.G. ANTONIA DECILAN M. SILVA - SEMED - PROFESSORA MARIA DA CONCEIÇÃO VARELA - SEMAS - A.S.G. MARIA FAUSTINO DE PAULA - SEMAD - COORD. ALTEMIR PEREIRA BEZERRA - PREFEITURA - COORD. SOLANGE NUNES DE LIMA - SEMSA - ACS SÉRGIO NUNES SENA - SEPROR - MOTORISTA FLUVIAL ANA LÚCIA CARDOSO VIANA - SEMAS - ACS MARIA DE NAZARÉ MASCARENHAS - SEMED - A.S.G. SANCLÉIA DE SOUZA SERRÃO - SEMED/SEDUC - MÁRCIO BRANDÃO MOUTINHO - TIRO-DE-GUERRA - PROFESSORA ASPIRANTE FRANCISCA JOSÉ FERREIRA DE LIMA - SEMSA - ACS RAIMUNDA ARAÚJO - SEMED - SERVENTE IZANEIDE CELESTINO DA SILVA - SEMED - AUX. ADM. FRANCISCA DENIZA DA S. CRUZ - SEMED - SERVENTE RUBENITA SENA COSTA - SEMSA - ACS TÂNIA MARIA FAUSTINO DE PAIVA - SEMSA - TÉC. ENF. SUZYNARA TEIXEIRA FRÓS - SEMED - PROFESSORA ANTONIO FERREIRA DE PAULA NETO - SEMED - MARIA ANTONIA VIANA BARROS - SEMED - PROFESSOR PROFESSORA ANTONIO ALTEVIR EVANGELISTA DA SILVA - EDILENE CHAGAS PEREIRA - SEMED - PROFESSORA PREFEITURA - MECÂNICO WILSON SOUZA COSTA - SEMEC - COORDENADOR GILMAR LOUREIRO DE SENA - CEAM - AUX. ADM. VERA LÚCIA RIBEIRO DA SILVA - SEMSA - ACS LIBERNON SAMPAIO DE FRANÇA - SEDUC - PROFESSOR JANIERES N. DA COSTA - SEMED - PROFESSORA FRANCISCO DAS CHAGAS F. MONTEIRO - SEMED - JUCIMARA F. DO CARMO - SEMED - PROFESSORA A.S.G. PEDRO JÚNIOR PAULINO DE AGUIAR - PMC -AUX. ADM.

FGV/ISAE 130 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

JOSÉ SANTIAGO MAGALHÃES - PREFEITURA - MANUEL DA CRUZ COSME DE SIQUEIRA - COM. NOVO ASSESSOR HORIZONTE DULCINÉIA M. DA SILVA - SEDUC - PROFESSORA FRANCISCO JOEL DA COSTA MOURA - COM-

SANRLEY TELES DA SILVA - SEMED - AUX. ADM. MARACAJÁ ANEXOS VALDIZA DA CRUZ LIMA - SEMED - A.S.G. AGEU NASCIMENTO DE SOUZA - COM. PUPUNHA JOEL FERREIRA DA SILVA - AMEC - PRESIDENTE FRANCISCO PEREIRA DA CUNHA - COM. MONTE ANTONIO CARLOS N. MAGALHÃES - FLORESTA VIVA - DOURO P.M.M. RAIMUNDO VIANA - COM. REMANSO RAIMUNDA INÁCIA DA SILVA - PREFEITURA - GARI ROSIANE VIANA DE AZEVED - COM. REMANSO MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA CUNHA - SEMED - A.S.G. ROSILDA CARVALHO DA SILVA - COM. REMANSO LUIS AUGUSTO MESQUITA DE AZEVEDO - BRASÍLIA/ RAIMUNDO VIANA DA SILVA - COM. REMANSO DF - CONSULTOR MARIA SOCORRO CALIXTO DA SILVA - COM. MORRO FRANCISCO PINTO DOS SANTOS - SEAF/MANAUS ALTO RONALDO LOURENÇO CARNEIRO - IDAM/CARAUARI FRANCISCO LIRA - COM. ANAXIQUI ALEXANDRE SOUZA XAVIER - IDAM/CARAUARI OSMILDE NASCIMENTO DE CASTRO - COM. SANTO WILSON CARLOS DOMINGOS FERREIRA - BANCO DO ANTONIO DO BRITO BRASIL JOSÉ MOREIRA DE OLIVEIRA - COM. PARAÍSO OTACÍLIO NASCIMENTO DE CASTRO - COM. SANTO MÁRIO JORGE VITURINO FEITOSA - COM. BOCA DO ANTONIO DO BRITO XERUÃ VALDECI CAVALCANTE LOPES - COM. SANTO ANTONIO RAIMUNDO NONATO DOS SANTOS RODRIGUES - COM. DE BRITO BOM JESUS MANOEL OLIVEIRA DE ARAÚJO - COM. OURO PRETO LUIS SÉRGIO DOS SANTOS - COM. BOM JESUS RAIMUNDO NONATO LIRA DA SILVA - COM. MORADA MOACIR FIDELIS MARTINS DE LIMA - COM. NOVA UNIÃO NOVA ANTONIO GREGÓRIO FREIRE - COM. PÃO RAIMUNDO ANTONIO BRITO - COM. SANTO ANTONIO PEDRO BENEVIDES DA SILVA - COM. PÃO DO BRITO ANTONIO RAIMUNDO B. DA SILVA - COM. NOVA UNIÃO ANTONIO FIDELIS LIMA - COM. LIBERDADE VANDERLAN LIMA DA SILVA - COM. NOVA UNIÃO SEBASTIÃO NETO DE CASTRO - COM. SANTO ANTONIO FRANCISCO BENEVIDES DA SILVA - COM. NOVA UNIÃO DO BRITO MARIA BARBOSA DA SILVA - COM. PUPUNHA PAULINO FERREIRA BERNALDO - COM. CAROÇAL BENILCE LOPES DA SILVA - COM. MORRO ALTO MARIA RAFAELA DIAS DA COSTA MARIA DE LURDES SÃO BENTO NASCIMENTO - COM. JOSÉ NILTON ARAÚJO DE ARAÚJO - COM. OURO PRETO PUPUNHA ROGÉRIO LIMA FARIAS - COM. OURO PRETO HELENO FRANCO DE ALBUQUERQUE - COM. NOVA MANOEL ANTONIO GOMES DA SILVA - COM. CAROÇAL ESPERANÇA MAURÍCIO LOPES DA SILVA - COM. MORRO ALTO JOSÉ MAIC FERREIRA DE MENEZES - COM. SÃO CLOVES NASCIMENTO DE SOUZA - COM. PUPUNHA RAIMUNDO DARCI ALSELMO DE LIMA - COM. PORTO SAIDE FRANCISCO BRITO DE OLIVEIRA - COM. SANTO ANTONIO DO BRITO

FGV/ISAE 131 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

RAIMUNDA NONATA SILVA DO VALE - COM. BARREIRA VANÚSIA FREITAS CAVALCANTE - SEMED - DO IDÓ PROFESSORA MARILENE DA SILVA GONDIN - COM. BARREIRA DO WANDERLEY CUNHA - TIRO-DE-GUERRA - INSTRUTOR

IDÓ CHEFE ANEXOS CARLOS GALDINO DA SILVA - COM. BARREIRA DO IDÓ JOSÉ CARLOS SANTIAGO MAGALHÃES - IBGE - TÉC. MANOEL OLIVEIRA DE ARAÚJO - COM. OURO PRETO DE PESQUISA OSMILDO GALDINO DA SILVA - COM. BARREIRA DO IDÓ MARIA APARECIDA A. DE SALES TEIXEIRA - SEMED - PAULA SOARES PINHEIRO - IBAMA PROFESSORA JERÔNIMO AMARAL DE CARVALHO - SDS SILDINA SÂMIA FEITOSA DA SILVA - CONSELHO JOSÉ DA CRUZ DA SILVA COSTA - COM. SÃO RAIMUNDO TUTELAR - CONSELHEIRA RAIMUNDO RICARDO GALDINO DA SILVA - COM. CARLOS HENRIQUE BARROSO DE SOUZA - SEDUC - BARREIRA DO IDÓ GESTOR ANTONIO FRANCISCO DA SILVA MAIA - SEMED - BOANERGES DE SIQUEIRA CAVALCANTI - SEDUC - PROFESSOR PROFESSOR LAURINDO ANTONIO BICHOCZXK - APLUB - GERENTE JOÃO DE DEUS COELHO - IBAMA - FISCAL MARCOS ANTONIO L. DO NASCIMENTO - APLUB - SANTOS ALVES DE LIMA - CÂMARA - VEREADOR MOTORISTA LUCIENE MARIA BRITO - ASSOC. COSTUREIRAS - ANTONIO BATISTA - ADVOGADO COSTUREIRA WALTER P. SOARES - IASD - PASTOR RUTH DE ARAÚJO GONÇALVES - SEDUC - GESTORA MARIA BARBOSA DE AZEVEDO ÂNGELA DA SILVA OLIVEIRA - SEFIN - ASSIST. ADM. RAIMUNDA LUCIANE SOARES DUTRA - CNS - RONALDO SALVINO DA CUNHA - CDHC - PORTEIRO INSTRUTORA ANTONIO WALLACE M. DE MELO - CDHC - OP. DE SOM JOÃO MAIA DE AQUINO - SIND. TRAB. RURAIS - ORLANDO FERREIRA CRUZ - ISAE - CONSULTOR PRESIDENTE MANOEL PRAXEDES DOS SANTOS - SEMOBUR - ANTONIA LINDOMAR NEPOMUCENO COSTA - SEFIN - COORDENADOR AUX. ADM. GRICELDA O. MOURA SIQUEIRA - CDHC - ANTONIA JUCIMAR S. DO CARMO - SEMOBUR - COORDENADORA SECRETÁRIA MARIA SUELEM R. DOS REIS - PETROBRAS - JORNALISTA JOÃO LUIZ SUAREZ DE ARAÚJO - PETROBRAS - INDUSTRIÁRIO JORGEANDRO FILINTO DA SILVA - UEA/LETRAS - ACADÊMICO ELANE MACIEL LÔBO - SEMSA - AUX. ADM. RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA - BASA - BANCÁRIO LORENA BORGES DA SILVA - BRADESCO/UEA - BANCÁRIA/ACADÊMICA

FGV/ISAE 132 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI ANEXOS

Fotos Lançamento do Núcleo Gestor Fotos Debate Público 19/06/2008 08/06/2007

Equipe do Núcleo Gestor

FGV/ISAE 133 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DE CARAUARI

2 2 9 8 D 8 E 1 E D ANEXOS

Estado do Amazonas Carauari

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE DESENVOLVIMENTO

FGV/ISAE 134