Deus E O Diabo Na Terra Do Sol

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Deus E O Diabo Na Terra Do Sol UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE LETRAS DEPARTAMENTO DE TEORIA LITERÁRIA E LITERATURAS ELZIMAR FERNANDA NUNES RIBEIRO DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL CARAMURU COMO REPRESENTAÇÃO ÉPICA DA COLONIZAÇÃO Brasília 2007 11 ELZIMAR FERNANDA NUNES RIBEIRO DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL CARAMURU COMO REPRESENTAÇÃO ÉPICA DA COLONIZAÇÃO Tese apresentada ao Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Instituto de Letras da Universidade de Brasília – UnB, como requisito parcial para a obtenção do grau de doutor em Literatura e Práticas Sociais, sob a orientação da Profa. Dra. Sara Almarza. Brasília 2007 12 ELZIMAR FERNANDA NUNES RIBEIRO DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL: CARAMURU, DE SANTA RITA DURÃO, COMO REPRESENTAÇÃO ÉPICA DA COLONIZAÇÃO Tese apresentada ao Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Instituto de Letras da Universidade de Brasília – UnB, como requisito parcial para a obtenção do grau de doutor em Literatura e Práticas Sociais Data de aprovação: _____ de __________________ de 2007. _________________________________________ Profa. Dra. Sara Almarza – UnB Presidente _________________________________________ Prof. Dr. Ivan Teixeira – USP _________________________________________ Profa. Dra. Lúcia Helena Marques Ribeiro - UCB _________________________________________ Prof. Dr. Robson Coelho Tinoco - UnB _________________________________________ Profa. Dra. Sylvia Helena Cyntrão - UnB _________________________________________ Prof. Dr. João Vianney Cavalcanti Nuto - UnB Suplente 13 Aos meus pais, Itamar e Elza. O que sei do amor, aprendi com vocês. 14 AGRADECIMENTOS A realização deste trabalho não seria possível sem o apoio de muitas pessoas e instituições. Em primeiro lugar, quero reconhecer e ressaltar a enorme importância do ensino público brasileiro, pois, apesar de todas as deficiências, ele tem sido o maior instrumento de democratização do conhecimento neste país. Minha homenagem especial aos meus ex- professores do Colégio Estadual Anice Cecílio Pedreiro, que lutaram contra tantos obstáculos para que seus alunos tivessem melhores oportunidades de vida. Agradeço ainda à Universidade Federal de Goiás e à Universidade de Brasília – sem as quais me seria impossível cursar o Ensino Superior – e às agências de fomento CNPq e Capes, cujo suporte financeiro permitiu o desenvolvimento de minhas pesquisas desde a graduação até o doutorado. Quero agradecer também à Biblioteca Municipal de Catalão, cujo acervo me deu acesso ao maravilhoso mundo da leitura. E não poderia me esquecer do professor Adílson Aires, que me abriu generosamente as portas do saudoso Colégio Anchieta. Silney, não há palavras com que eu possa agradecer sua paciência, seu desprendimento e seu auxílio. “Hoje o tempo voa, amor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir. E não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo o que há prá viver, vamos nos permitir”. À professora Sara, por ter acreditado em mim e por ter exigido o máximo. A todos os professores e funcionários do TEL, por terem me acolhido tão bem ao longo de todos estes anos; especialmente à Dora, a generosidade em pessoa. Meu muito obrigada à diretoria, à coordenação e aos queridos colegas do CESB e da Unibrasília; especialmente à Karla, à Graça, à Cristina, à Lenir e ao André, pela amizade e companheirismo nas longas “viagens”. Ao amigo e colega Leonardo, por ter tornado esta jornada menos solitária. Ao Devair, pela chance. Ao Luiz Antônio, pelo socorro prestado. 15 Aos meus alunos, com quem aprendi mais do que ensinei. Ao seu Edimílson e à dona Mariana, por me receberem como filha. À Márcia e ao Júnior – nós temos uma grande herança, meus amores. Aos “meninos” dos meus olhos: João e Lucca, pela alegria e inspiração. Aos familiares e amigos que incentivaram, torceram e compartilharam, meus mais sinceros agradecimentos. 16 O Brasil é feito por nós. Só falta, agora, desatar os nós. Aparício Torelly, o barão de Itararé 17 RESUMO Caramuru (1781), poema épico de Santa Rita Durão, foi recebido pela geração romântica como um dos textos fundadores da literatura brasileira. Desde então, os estudos dedicados à obra tem sido realizados sob a perspectiva de temas como o nacionalismo e a brasilidade. A presente pesquisa segue um caminho diferente, com a intenção de encontrar novas linhas de investigação que sejam capazes de superar a leitura romântica, a fim de realçar outros relevantes sentidos presentes na trama do texto, mas que não têm sido explorados ainda. A contextualização do poema na trajetória intelectual de seu autor e, principalmente, em sua época de composição permite que ele seja compreendido não como um texto nacionalista, mas como uma obra escrita para enaltecer a colonização portuguesa da América. Por isso, esta análise parte da compreensão de que Caramuru é uma representação poética do processo colonial: uma obra cuja ambigüidade possibilita apreender, ao mesmo tempo, tanto a ideologia colonizadora quanto as suas fraturas. Assim, após investigar como Durão absorveu os preceitos desenvolvidos pela poética portuguesa do século XVIII, procura-se inquirir que imagens do Brasil e de seus primitivos habitantes são elaboradas e divulgadas por Caramuru. Examinam-se também as estratégias utilizadas pelo poeta Durão para lidar com os conflitos que a opressão colonial produzia na mentalidade humanista da Europa ilustrada. Palavras-chaves: Representação. Discurso colonial. Tradição literária brasileira. 18 ABSTRACT Caramuru (1781), epic poem by Santa Rita Durão, was received by the romantic generation as one of the founder texts of the Brazilian literature. Since then, the studies about the book have been characterized by themes like the nationalism and the “brazility”. This research intends to take a different approach, with the intention of finding new investigation lines that may supplant the Romantic lecture to bring to light relevant meanings woven into the text, but that haven’t been explored yet. The contextualization of the poem in the intellectual trajectory of its author and, mainly, in the time of its composition permits that it may be perceived not as a nationalist text, but like a book written to glorify the Portuguese colonization of the America. Therefore, this analysis starts of the comprehension from Caramuru as a poetic representation of the colonialist process: a book whose ambiguity allows apprehending the colonial ideology and its fractures at the same time. Consequently, after investigating how Durão used the precepts elaborated by the Portuguese poetic of the century XVIII, it tries to inquire which images of the Brazil and its primitive habitants are elaborated and promoted by Caramuru. It also examines the strategies utilized by the poet to work the conflicts that the colonial oppression produced in the humanist mentality of Europe at the age of Enlightenment. Keywords: Representation. Colonial discourse. Brazilian literary tradiction. 19 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................. 10 CAPÍTULO I - O EPOS EM CARAMURU.................................................................... 25 1. Principais leituras críticas.................................................................................... 25 2. A tradição épica setecentista .............................................................................. 42 3. A Conformação épica de Caramuru..................................................................... 62 CAPÍTULO II - A INVENÇÃO DO BRASIL................................................................ 79 1. Ação e reflexão: um esquema geral de Caramuru.............................................. 79 2. O sonho do Império Luso-brasileiro.................................................................... 112 3. Deus e o Diabo na terra do sol.............................................................................. 128 CAPÍTULO III - A REPRESENTAÇÃO DO OUTRO................................................. 142 1. Modos de olhar...................................................................................................... 142 2. O olhar excludente................................................................................................. 150 3. O olhar inclusivo.................................................................................................... 163 4. O olhar reflexivo.................................................................................................... 173 5. Uma solução conciliatória..................................................................................... 183 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 190 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 197 INTRODUÇÃO Caramuru, epopéia de autoria do frei José de Santa Rita Durão, quase prescinde de apresentação, sendo um poema comumente visto como um dos textos fundadores da tradição literária brasileira. Desde que foi publicado, em 1781, uma vasta bibliografia sobre ele vem se acumulando e muitas vezes se repetindo. Todavia, consideramos que a obra merece um novo olhar, efetivado a partir de pressupostos diferentes daqueles que direcionaram a crítica ao longo dos anos. A entrada de Caramuru no cânone literário brasileiro ocorreu no início do século XIX, sob o patrocínio da geração nacionalista romântica, que buscava encontrar uma origem para a literatura de um país recém- independente, cuja única tradição
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